09.06.2014 Views

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />

Nuno Morgado<br />

Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />

Alemania renuncie voluntaria<strong>me</strong>nte a territorios <strong>que</strong> fueron suyos y <strong>que</strong>, en algunos casos, son muy<br />

representativos de su historia.” Com efeito, “espaço abunda a Leste e aí ainda existe resquícios da<br />

cultura germânica da Prússia, tratando-se de saber quando se farão os acertos” (Bessa, 2011a: 2).<br />

A própria fronteira do Oder-Neiβe, insista-se, gera discusão e não está encerrada (Röder, 2009:235-<br />

244).<br />

Desta forma, e motivado o trabalho científico não apenas no saber livresco, mas também no<br />

conheci<strong>me</strong>nto prático da realidade, passa-se a descrever, relacionados com a matéria das fronteiras<br />

da Germânia na linha do <strong>que</strong> se afirmou em Portero e tendo em conta a política externa alemã<br />

actual, dois episódios <strong>que</strong> vivemos e registámos aquando de uma viagem pela antiga Prússia, no<br />

ano de 2009, com o objectivo de deslindar o espírito dos habitantes da<strong>que</strong>la região, no quadro do<br />

ambiente linguístico, arquitectónico, tradicional, enfim, cultural <strong>que</strong> por a<strong>que</strong>la área se vive. Em<br />

suma, o posiciona<strong>me</strong>nto do terreno.<br />

O pri<strong>me</strong>iro episódio a relatar, passado em Danzig, ocorreu quando um alfarrabista alemão,<br />

após lhe termos adquirido um livro (Witzleben: 1953) (<strong>que</strong>, a propósito, na sua página 4 nos<br />

apresenta um poema dedicado à (de iure) extinta Prússia, <strong>que</strong> inicia: “Ich kann dich nicht lassen/<br />

<strong>me</strong>in Herzheimatland” [Eu não te posso abandonar, minha <strong>que</strong>rida Pátria]) nos oferece amavel<strong>me</strong>nte<br />

um antigo mapa da cidade livre de Danzig de 1938. Portanto, tendo nós adquirido a<strong>que</strong>le livro - <strong>que</strong><br />

colecta textos de História, Geopolítica, Cultura, Artes, Personalidades, Instituições, etc. da Prússia<br />

secular, com o intuito de manter viva a lembrança do território ligado à Pátria germânica numa<br />

cidade hoje sob administração polaca - em conversa com a<strong>que</strong>le indivíduo houve uma compreensão<br />

pela sua parte dos nossos interesses académicos, bem como da hipótese formulada. Com efeito, o<br />

alfarrabista alemão deu o seu contibuto para um fo<strong>me</strong>nto esperançoso destes estudos, mostrandonos<br />

<strong>que</strong> embora “livre” a cidade de Danzig fazia parte do território tradicional da Alemanha (Erich<br />

Herman Waluta, comunicação pessoal, 2009, Julho 26). Mais, a 13 de Junho de 2011 recebemos,<br />

como oferta, mais um livro (Witzleben: 1950), mostrando <strong>que</strong> o contacto e a confiança na hipótese<br />

funda<strong>me</strong>ntada por este trabalho, válida e sujeita a verificação, continuam vivos.<br />

Outro episódio ocorreu na cidade de Königsberg. A nossa visita à outrora capital da Prússia<br />

Oriental, passou por marcar presença na catedral alemã onde adquirimos, até para nossa<br />

admiração, um Königsberger Express (2009) <strong>que</strong> analisaremos mais à frente. À nossa entrada na<br />

Catedral recebeu-nos uma alemã nascida no Cazaquistão (fig. 19) <strong>que</strong>, a <strong>me</strong>io de agradável<br />

conversa, acabou por afirmar em tom de desafio, ipsis verbis, as palavras <strong>que</strong> registámos<br />

i<strong>me</strong>diata<strong>me</strong>nte: “estou casada com um russo, mas por<strong>que</strong> acha o senhor <strong>que</strong> vivo aqui? Se eu<br />

gostasse da Rússia ía para Moscovo... Eu vivo aqui por<strong>que</strong> estou na Alemanha e <strong>que</strong>ro estender a<br />

presença alemã, pelas terras da Alemanha!” (Lili Erlev, comunicação pessoal, 2009, Julho 23). Estas<br />

palavras confirmam e justificam, indubitavel<strong>me</strong>nte, a hipótese apresentada nesta dissertação e de<br />

igual modo comprovam <strong>que</strong>, no mínimo, existe um seg<strong>me</strong>nto da opinião pública germânica <strong>que</strong> se<br />

inscreve na base das convicções <strong>que</strong> aqui se apresentam. Com efeito, este conheci<strong>me</strong>nto empírico<br />

foi trazido à análise apenas para vincar o facto de <strong>que</strong> a política externa alemã dá continuidade a<br />

estas aspirações das minorias germânicas <strong>que</strong> vivem para lá das fronteiras traçadas por a<strong>me</strong>ricanos<br />

e russos.<br />

57

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!