Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository
Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository
Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />
Nuno Morgado<br />
Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />
de notre patrie” (Hildebrand, 1991:177). Kohl, quando pronunciou estas palavras, em 1990, aquando<br />
da cerimónia da reunificação alemã, também discursa “. . .l'apport des Länder compris entre l'Elbe et<br />
l'Oder, entre Rügen et la Suisse Saxonne, ne comporte pas seule<strong>me</strong>nt un legs culturel inestimable. Il<br />
comprend aussi des paysages anciens aux riches traditions, avec des témoignages uni<strong>que</strong>s de notre<br />
histoire” (Hildebrand, 1991: 179-180), mostrando o apego ao seu país e a transcendência da pátria<br />
reunida.<br />
Igual<strong>me</strong>nte com este Bundeskanzler católico, a Alemanha aplica o seu pri<strong>me</strong>iro acto de força<br />
nas relações internacionais, desde a II Guerra Mundial. Nos inícios do descalabro ruinoso da<br />
desagregação Jugoslávia, em 1991, “. . .la diplomacia alemana había buscado jugar un papel<br />
destacado en la resolución del conflito, alegando su experiencia histórica en la zona balcánica”. Por<br />
isso, a Alemanha “. . .se mostró impaciente por conseguir un papel protagonista en un terreno <strong>que</strong><br />
decía entender bien. Así fue como el governo alemán se lanzó a una arriesgada operación: el<br />
reconocimiento unilateral de las independencias de Eslovenia y, sobre todo, de Croacia.” (Pereira,<br />
2003: 535). Como nos descreve Pereira, com a pressão alemã na CEE, a Eslovénia e a Croácia são<br />
reconhecidas como Estados independentes e a Alemanha reconquista unilateral<strong>me</strong>nte algum<br />
prestígio e vê consagrada alguma da sua força. Em suma, o Império Germânico esteve, por séculos,<br />
nos Balcãs e havia <strong>que</strong> colher os frutos dessa plantação.<br />
Em 1990, Václav Havel (n.1936) reuniu em Bratislava (antiga Preβburg) representantes da<br />
Polónia, Hungria, Checoslováquia, Áustria, Itália e Jugoslávia com um objectivo não muito difícil de<br />
adivinhar: “procurar um equilíbrio, nessa área, entre a Alemanha e a Rússia” Moreira (2008: 616). E<br />
este é um dos aspectos centrais <strong>que</strong> ocupa o governo alemão na condução da política externa,<br />
obedecendo a um dos ensina<strong>me</strong>ntos mais preciosos da geopolítica clássica alemã: a aliança com a<br />
Rússia.<br />
46