Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository
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Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />
Nuno Morgado<br />
Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />
interrompida em certos períodos, ditada pelas aspirações culturais dos povos germânicos às quais<br />
as suas elites têm sido, em geral, paretiana<strong>me</strong>nte ligadas como leões, ou seja, conhecendo as suas<br />
raízes, são-lhes fiéis, e não puras raposas especuladoras, na simples mobilização traiçoeira.<br />
Exige-se, então, um quadro intelectual abrangente, para uma explicação científica, pois<br />
como aconselha Renouvin (1991: 2): “pour comprendre l'action diplomati<strong>que</strong>, il faut chercher à<br />
percevoir les influences. . .” Não pretendemos, constringente<strong>me</strong>nte, um simples desfilar de datas e<br />
tratados celebrados nas páginas da História.<br />
Numa segunda parte, apontar-se-á uma reflexão atenta e relativa<strong>me</strong>nte profunda no<br />
concernente às políticas externas dos governos de Schröder e Merkel, bem como parte do <strong>que</strong> se<br />
tem escrito sobre política externa alemã, desde a reunificação, com o intuito de revelar <strong>que</strong> vias têm<br />
sido percorridas, pela feitura da política externa alemã, levada a cabo pelos governos desses<br />
estadistas. A fim de manter a objectividade, o rigor e a rectidão do trabalho, a anteceder a esta<br />
análise, traremos nova<strong>me</strong>nte algumas considerações ao enquadra<strong>me</strong>nto teórico, para <strong>que</strong><br />
<strong>me</strong>todologica<strong>me</strong>nte se oriente a problemática.<br />
Deste modo, procede-se a mais um passo desta dissertação tendo em vista a verificação<br />
científica da hipótese proposta - a ideia ele<strong>me</strong>ntar de <strong>que</strong> o poder germânico é ciclica<strong>me</strong>nte<br />
hegemónico e <strong>que</strong> se a última etapa foi a sua destruição pelos seus inimigos (<strong>que</strong> criticam esse<br />
poder fig. 17), a nova etapa <strong>que</strong> eventual<strong>me</strong>nte se avizinha será a<strong>que</strong>loutra do seu ressurgi<strong>me</strong>nto,<br />
não obstante o desprovi<strong>me</strong>nto aflitivo de pensa<strong>me</strong>nto geopolítico na Alemanha, sobre a qual foi<br />
proclamado o anátema das democracias ocidentais até à sua conversão. Assim, estudamos a<br />
Política Externa da grande potência como <strong>me</strong>canismo para desvendar os objectivos do Estado.<br />
Um último curto aponta<strong>me</strong>nto dirige-se para a economia. Embora se fo<strong>me</strong>nte e se sublinhe a<br />
importância do factor económico no seio da análise do softpower germânico, a<strong>que</strong>la perspectiva<br />
duguiniana de <strong>que</strong> é a geopolítica <strong>que</strong> corrige a economia (Dugin, 2010b: 227) e não a economia<br />
<strong>que</strong> assu<strong>me</strong> papel de prima donna no <strong>que</strong> toca ao palco máximo do poder, constitui-se na posição<br />
<strong>que</strong> se defende.<br />
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