09.06.2014 Views

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />

Nuno Morgado<br />

Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />

2.2) A Política Externa<br />

“As relações internacionais baseiam-se<br />

essencial<strong>me</strong>nte numa relação de força”<br />

(Freund, 1974: 167)<br />

Pelo <strong>que</strong> se tem, paulatina<strong>me</strong>nte, afirmado e, do <strong>me</strong>smo modo, consultando nos domínios<br />

da História milenar do espaço germânico e neste, da Alemanha em particular, não pode pensar<br />

na<strong>que</strong>le (actual<strong>me</strong>nte pe<strong>que</strong>no quando comparado com a Groβdeutschland de outrora) país como<br />

simples caniche de estimação dos EUA. Toda a humilhação <strong>que</strong> a pátria alemã sofreu, desde o final<br />

da II Guerra Mundial até à saída dos a<strong>me</strong>ricanos do território alemão (não olvidamos <strong>que</strong> os Aliados<br />

quiseram “. . .formal<strong>me</strong>nte sancionar o projecto” da reunificação da Alemanha (Scheidl, 1999: 53)),<br />

tem vindo a dissipar-se no nevoeiro do tempo, até <strong>que</strong> a Alemanha se tem, passo a passo, impondo<br />

nas relações internacionais, por <strong>me</strong>io de uma política externa sagaz e inteligente.<br />

Assim, as nações germânicas em posse dos instru<strong>me</strong>ntos, conceitos e explicações da<br />

escola geopolítica clássica já explicitados podem descansar nas suas elites dirigentes o papel da<br />

acção política externa.<br />

Por conseguinte, encontra-se esta dissertação no ponto focal para proceder à análise da<br />

política externa alemã, compondo-se a proposta por <strong>me</strong>io da observação e análise de política<br />

externa histórica, por um lado, e da política externa actual, por uma limitação temporal aos três<br />

governos alemães mais recentes e respectivo labor interpretativo, por outro, sucedendo-se ainda<br />

uma particularização da pesquisa e compreensão da política externa cultural em fase ulterior.<br />

Metodologica<strong>me</strong>nte, para realizar esta parte do estudo declinamos os seguintes ângulos de<br />

decomposição da Política Externa: o da intervenção do país nas organizações internacionais a <strong>que</strong><br />

pertence; o do cruza<strong>me</strong>nto de dados para uma análise analógica; e o da reflexão específica de<br />

apenas um ministro em particular. Portanto, estes métodos de revelar a política externa de um país<br />

não nos ocuparão.<br />

Embora procuremos integrar a Alemanha no Mundo – e a Geopolítica trata das <strong>que</strong>stões do<br />

domínio mundial - cuidadosa<strong>me</strong>nte circunscrevemos a política externa da Alemanha relativa<strong>me</strong>nte à<br />

Europa, por impossibilidade prática de abordarmos, numa dissertação com imposição de limites<br />

formais de di<strong>me</strong>nsão, a totalidade da política externa alemã. Porém, e por<strong>que</strong> este é um trabalho<br />

<strong>que</strong> faz uso dos aparelhos da Geopolítica, não ficam erradicadas, de resto, algumas referências <strong>que</strong><br />

consideremos pertinentes e <strong>que</strong> extravasem a região em causa.<br />

Visando esgotar esta tarefa particular <strong>que</strong> se define, propomos de acordo com a<br />

<strong>me</strong>todologia definida, em pri<strong>me</strong>iro lugar, passar um breve olhar sobre História da Germânia e retirar<br />

dela algumas ideias e conceitos, a fim de mais uma vez traçar as referidas “deducciones<br />

geohistóricas” (Vives, 1961: 13), constituindo uma “dualidade contínuo/descontínuo” (Bessa &Dias,<br />

2007: 57) de grandes rupturas e grandes continuidades na área germânica, por <strong>me</strong>io do padrão<br />

geohistórico. De resto, depreendem-se generica<strong>me</strong>nte estes termos, pois na leitura de Sternburg<br />

(2006), capítulo a capítulo descortinamos uma palpável linha contínua, não obstante ser<br />

39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!