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Dedicatórias/ Agradecimentos Ao meu pai que me ... - UTL Repository

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Império Germânico: desígnio anulado ou a renascer?<br />

Nuno Morgado<br />

Uma perspectiva geopolítica __________________________________________________________________<br />

Para o efeito, e aconselhados por Azevedo (2006: 112), reduzimos ao mínimo possível as notas<br />

remissivas, uma vez <strong>que</strong> estas interrompem a leitura atenta e, com esta, o raciocínio fluido e<br />

ininterrupto.<br />

Por outro lado, a observação docu<strong>me</strong>ntal, a observação directa e a comparação e<br />

sistematização apresentam-se nas técnicas de investigação a aplicar. Por <strong>me</strong>io da observação<br />

docu<strong>me</strong>ntal será recolhida informação e serão exploradas as fontes docu<strong>me</strong>ntais directas (manuais<br />

universitários, revistas especializadas, tratados, ensaios, obras de referência nos campos de<br />

Relações Internacionais, Geopolítica, História) e fontes docu<strong>me</strong>ntais indirectas (obras literárias e sites<br />

diversos). Assimilámos bem a crítica <strong>que</strong> nos foi exposta, nas aulas de Geopolítica, da imprecisão<br />

científico-histórica e volubilidade de um livro de “Memórias” ou “Alguém Disse-<strong>me</strong>”, como é o caso de<br />

Rauschning (1940). Porém, cuidaram-se as leituras e a escolha de citações <strong>que</strong> cremos corresponder<br />

à realidade, obedecendo a consultas de outras obras e a ponderada reflexão. Da outra técnica da<br />

observação directa, podem apelar-se aos métodos mais ele<strong>me</strong>ntares, desde o empreendi<strong>me</strong>nto de<br />

viagens aos locais geográficos tratados e ao trabalho de campo, à conversa mais singela com o<br />

cidadão comum no intuito de aferir as suas sensibilidades. Sem dúvida, a comparação e a<br />

sistematização arquitectam a cúpula <strong>que</strong> liga as duas técnicas anteriores, pois será neste propósito<br />

<strong>que</strong> a observação, a descrição, a classificação, a explicação, a verificação e validação da hipótese<br />

(por esta ordem) serão cristalizadas. Por conseguinte, pautaremos conteúdos coesos, cuidados e<br />

docu<strong>me</strong>ntados, fundeados numa bibliografia especializada, escalpelizando-se a temática num quadro<br />

<strong>me</strong>ntal em <strong>que</strong> os instru<strong>me</strong>ntos apropriada<strong>me</strong>nte realistas serão os de eleição, deixando,<br />

concomitante<strong>me</strong>nte, o espaço de uma planície para se poder reflectir livre<strong>me</strong>nte.<br />

No entanto, não ficará por fazer uma pe<strong>que</strong>na nota à dificuldade da obtenção de parte da<br />

informação <strong>que</strong> consta nestas páginas - a Geopolítica, como ciência do Estado (Claval, 1996: 6),<br />

esbarra a todo o mo<strong>me</strong>nto com o segredo dos assuntos do Estado (arcana imperii), e neste o silêncio<br />

do Poder pode ser, por vezes, ensurdecedor. Não obstante, tivemos a honra de obter informação<br />

privilegiada, devida<strong>me</strong>nte assinalada como “fonte não citável”, derivado desse secretismo<br />

omnipresente.<br />

Ainda no concernente à <strong>me</strong>todologia, tem-se em vista um discurso não-dogmático nem<br />

determinista, porém sempre com premissas averiguáveis, dado <strong>que</strong> nunca nada deriva apenas de um<br />

factor <strong>me</strong>cânico da super-estrutura, mas antes de vários factores <strong>que</strong> é preciso conhecer, expor e<br />

estudar. Esta é a forma de pensa<strong>me</strong>nto dialéctico <strong>que</strong> se elege, procurando uma visão holística de<br />

compreensão integral, tanto quanto é possível dos fenó<strong>me</strong>nos e recusando o determinismo e<br />

<strong>me</strong>canicismo redutores.<br />

Por último, não se pode deixar de justificar a escolha deste tema, sobre o qual tão pouco se<br />

escreve em Portugal – o poder transhistórico germânico na Europa, cingindo-se o pensa<strong>me</strong>nto<br />

apenas à Alemanha de Hitler. Inserimos, com efeito, esta dissertação na sua pertinência no campo de<br />

estudo geopolítico e geohistórico da Germânia e, de facto, a sua extensa História – como atesta<br />

desde logo as cronologias <strong>que</strong> nos ocupámos a elaborar para exa<strong>me</strong> – materializa-se complexa no<br />

mais alto grau. Se, juntando a este facto, atentarmos a <strong>que</strong> Portugal constituiu, desde o início, uma<br />

nação coesa e una, arrumada num Estado com as fronteiras delimitadas desde o século XIII (as mais<br />

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