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ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE PSICROTRÓFICOS AERÓBIOS E DE ...

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2.4 – Listeriose, surtos alimentares<br />

Nos últimos anos, têm-se estudado e referido, inúmeros casos e surtos de listeriose<br />

humana em todo o mundo, mas particularmente na Europa e América do Norte<br />

(Farber e Peterkin, 1991).<br />

A listeriose afecta principalmente segmentos específicos da população que<br />

apresentam maior vulnerabilidade. Basicamente, L. monocytogenes é um<br />

microrganismo oportunista que afecta quase sempre pessoas com uma doença ou<br />

uma circunstância subjacente grave por ex. pessoas imunodeprimidas, infectadas com<br />

HIV/SI<strong>DA</strong> e/ ou infecções crónicas, grávidas (20 vezes mais sensíveis que a<br />

população normal), fetos e recém-nascidos e idosos (300 vezes mais sensíveis)<br />

(FAO/OMS, 2004).<br />

A listeriose transmitida por alimentos é uma doença relativamente pouco comum mas<br />

grave, com elevadas taxas de mortalidade (20 a 30%), quando comparadas com as de<br />

outros microrganismos patogénicos transmitidos por alimentos, como a Salmonella<br />

(FAO/OMS, 2004). A maioria dos casos de listeriose humana são esporádicos ou<br />

surtos cuja delimitação geográfica e/ ou temporal é geralmente difusa. A transmissão<br />

de L. monocytogenes pode ser também vertical (de mãe para filho), zoonótica (de<br />

animal para pessoa) ou nosocomial (contraída em hospital), A importância dos<br />

alimentos como via primária de transmissão às pessoas, de L. monocytogenes, não<br />

era reconhecida até à década de 80, quando aconteceram várias grandes epidemias<br />

de listeriose de origem comum, no Norte da América e na Europa (Miler et al., 1990).<br />

As infecções de L. monocytogenes podem causar um risco vital, com taxas de<br />

letalidade de 20 a 30 %. Os dados existentes indicam que, todas as estirpes de L.<br />

monocytogenes são patogénicas. A virulência relativa dos isolados individuais de L.<br />

monocytogenes podem variar consideravelmente (Hof e Rocourt, 1992), e as<br />

variações da virulência definidas em estudos experimentais com animais, podem<br />

alcançar até um factor de 1000. De forma similar, existem provas de que há variação<br />

da virulência entre as diferentes estirpes isoladas de L. monocytogenes em alimentos<br />

(Neves et al., 2008) A maioria dos casos de listeriose encontram-se associados a um<br />

número limitado de serótipos: 1/2a (1,5 – 2,5 %); 1/2b (10 – 35 %); 1/2c (0 – 4 %); 3 (1<br />

– 2 %); 4b (37 – 64 %); e 4 não b (0 – 6 %)<br />

(Farber e Peterkin, 1991). No entanto, não foram detectadas provas coerentes de<br />

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