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CQ 049<br />

Físico-Química IV<br />

Eletroquímica<br />

Atividade – Lei limite de Debye Hückel<br />

Condutividade de eletrólitos fortes<br />

cÜÉy t A exz|Çt `tÜ|t dâx|ÜÉé wx `xÄÄÉ<br />

http://www.quimica.ufpr.br/rmqm


(a)<br />

Atividade (a) dos íons<br />

Definição: Medida da interação entre os íons ou<br />

Medida da concentração efetiva de íons numa mistura<br />

O potencial químico de um componente de uma solução qualquer é:<br />

µ<br />

i<br />

= µ<br />

o<br />

i<br />

+ RT ln a<br />

i<br />

onde a i é a atividade do componente e µ io é o potencial<br />

químico do componente no estado padrão caracterizado<br />

por um valor unitário da atividade.<br />

Numa solução diluída, o soluto segue a lei de Henry e a atividade pode ser<br />

substituída por uma variável de concentração, sendo a mais adequada a<br />

concentração em mol.kg -1 (b) por ser independente da temperatura.<br />

Assim, para o soluto temos:<br />

µ<br />

i<br />

= µ<br />

o<br />

i<br />

+<br />

RT ln( b<br />

i<br />

/ b<br />

o<br />

)<br />

o<br />

Então: a ∝ ( b i<br />

/ b )<br />

a<br />

i<br />

= γ ( b<br />

i<br />

/<br />

b<br />

o<br />

)<br />

γ<br />

= coeficiente de atividade (fator empírico)<br />

estado padrão: b o = 1 mol.kg -1 2/32


Portanto, temos que o coeficiente de atividade (γ) mede o desvio em<br />

relação ao comportamento que o soluto teria se cumprisse a lei de<br />

Henry na concentração considerada.<br />

Numa dada temperatura, o coeficiente de atividade é função da<br />

concentração, mas se aproxima da unidade quando a concentração se<br />

aproxima de zero, isto é:<br />

lim γ =<br />

b→0<br />

1<br />

lim a = ( b<br />

b→0<br />

Para uma solução de um eletrólito forte temos:<br />

/ b<br />

o<br />

)<br />

Para os cátions:<br />

Para os ânions:<br />

µ<br />

µ<br />

= RT ln a<br />

o<br />

+<br />

µ<br />

+<br />

+<br />

= RT ln a<br />

o<br />

−<br />

µ<br />

−<br />

+<br />

−<br />

+<br />

3/32


(b) Como não se pode preparar soluções separadas de cátions e<br />

ânions, é necessário trabalhar com o coeficiente de atividade<br />

médio (γ ± ), que nada mais é que a média geométrica dos<br />

coeficientes de atividade de cada íon.<br />

γ<br />

( )<br />

ν ν<br />

v −<br />

γ . γ<br />

+ −<br />

+ +<br />

= v<br />

± + −<br />

1<br />

γ<br />

=<br />

Ex.: CaCl 2<br />

Al 2 (SO 4 ) 3<br />

( )<br />

1<br />

2<br />

γ .<br />

3 Ca<br />

γ<br />

± Cl<br />

2+<br />

−<br />

(c) Pelo mesmo motivo, a atividade iônica média é:<br />

1<br />

υ+ υ−<br />

υ+<br />

+ υ−<br />

a± = ( a+<br />

. a−<br />

)<br />

γ<br />

±<br />

⎛<br />

= ⎜γ<br />

⎝<br />

1<br />

5<br />

2 3 ⎞<br />

3 + γ ⎟<br />

Al<br />

−<br />

⎠<br />

SO<br />

2<br />

4<br />

(d) E a molalidade iônica média é:<br />

1<br />

b<br />

b( υ<br />

= υ υ−<br />

± +<br />

υ υ<br />

−<br />

.<br />

)<br />

+ − υ+<br />

+<br />

4/32


(5) Calcule a molalidade iônica média, em soluções 0,0500 mol.kg -1 de<br />

Ca(NO 3 ) 2 , NaOH, MgSO 4 e AlCl 3 .<br />

Resp.: 0,0794 mol.kg -1 - 0,0500 mol.kg -1 - 0,0500 mol.kg -1 - 0,114 mol.kg -1<br />

A Lei Limite de Debye-Hückel<br />

• Explica a origem do coeficiente de atividade iônica,<br />

permitindo o seu cálculo em soluções diluídas, sem qualquer<br />

recurso a medidas experimentais.<br />

• Para isso, combinaram a lei de Poisson (da eletrostática)<br />

com a lei de distribuição de Boltzmann.<br />

5/32


Descrição qualitativa:<br />

• Os íons são esferas condutoras, eletricamente carregadas,<br />

e imersos em um solvente de constante dielétrica relativa.<br />

• Íons de carga oposta se atraem e estão em constante<br />

movimento<br />

• A solução é eletricamente neutra, mas nas vizinhanças de<br />

um íon há um excesso de contra-íons; é a atmosfera iônica.<br />

Para soluções com baixa força iônica (I ≤ 0,01) é válida a<br />

seguinte expressão da Lei Limite de Debye-Hückel (LLDH)<br />

logγ<br />

±<br />

= −<br />

z<br />

+<br />

z<br />

−<br />

A.<br />

I<br />

1/ 2<br />

onde:<br />

6/32


Para soluções aquosas e T = 25 o C; A = 0,509, então:<br />

logγ<br />

= −0,509<br />

±<br />

z<br />

+<br />

z<br />

−<br />

I<br />

1/ 2<br />

Para análise envolvendo apenas um único tipo de íon, é<br />

válida a expressão:<br />

log<br />

γ<br />

i<br />

=<br />

−0,509<br />

z<br />

2<br />

i<br />

I<br />

1/ 2<br />

O nome “Lei Limite” é porque a lei é válida apenas no<br />

limite de pequenas concentrações de íons, onde γ ± →1<br />

7/32


logγ<br />

= −<br />

±<br />

0,509<br />

z<br />

+<br />

z<br />

−<br />

I<br />

1/ 2<br />

eixo y<br />

eixo x<br />

Legenda<br />

curvas em azul = traçadas conforme LLDH<br />

curvas em vermelho = traçadas a partir de<br />

dados experimentais<br />

8/32


(b) Lei de Debye Hückel generalizada<br />

Para soluções com força<br />

iônica maior (10 -2 < I


A Lei de Debye Hückel<br />

generalizada concorda<br />

com os resultados<br />

experimentais sobre<br />

faixa mais ampla de<br />

molalidades do que a<br />

lei limite, mas falha em<br />

molalidades altas.<br />

Legenda<br />

curvas em azul = traçadas conforme<br />

LLDH<br />

curvas em vermelho = traçadas a<br />

partir de dados experimentais<br />

10/32


11/32


Exercícios<br />

(6) Calcular o coeficiente médio de atividade para as soluções:<br />

a) NaCl 0,010 mol.kg -1 b) Na 2 SO 4 0,0010 mol.kg -1 c) KCl 0,0050 mol.kg -1<br />

d) CaCl 2 0,0010 mol.kg -1 e) ácido acético 0,10 mol.kg -1 com α = 0,01331.<br />

Resp.: (0,89 – 0,88 – 0,92 – 0,88 – 0,96)<br />

(7) Calcule a força iônica de uma solução contendo KCl 0,10 mmol.kg -1 e<br />

CuSO 4 0,20 mmol.kg -1 e estime o coeficiente médio de atividade do<br />

sulfato de cobre nessa solução. Resp.: 9,0 x 10 -4 – 0,87<br />

(8) Considere a solução: CaCl 2 0,0<strong>02</strong>00 mol.kg -1 . Use a LLDH para<br />

calcular o coeficiente médio de atividade dos íons e do eletrólito. Calcule<br />

também a atividade do sal.<br />

Resp.: γ(Ca 2+ ) = 0,695 γ(Cl - ) = 0,913 γ(CaCl 2 ) = 0,834 a(CaCl 2 ) = 0,0<strong>02</strong>65<br />

12/32


(9) Estime para a solução que é 0,010 mol.kg -1 de CaCl 2 (aq) e 0,030<br />

mol.kg -1 de NaF (aq):<br />

(a) A força iônica (I) da solução<br />

(b) o coeficiente médio de atividade iônica (γ i ) para cada íon<br />

(c) a atividade (a) para cada sal.<br />

(a)<br />

I<br />

1 2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

= (0,010 x 2 + 0,<strong>02</strong>0 x1<br />

+ 0,030 x1<br />

+ 0,030 x1<br />

2<br />

)<br />

=<br />

0,060<br />

(b)<br />

log<br />

γ<br />

Ca<br />

γ<br />

2 +<br />

Ca<br />

2 +<br />

= 0,32<br />

= − 0,509<br />

2<br />

2<br />

0,06<br />

log γ<br />

γ<br />

Cl<br />

−<br />

Cl<br />

=<br />

−<br />

γ<br />

=<br />

Na<br />

− 0,509<br />

+<br />

= γ<br />

F<br />

−<br />

1<br />

2<br />

=<br />

0,06<br />

0,75<br />

13/32


a<br />

a<br />

a<br />

2 1/ 3<br />

CaCl<br />

= ( a 2+<br />

a − )<br />

aNaF<br />

= ( a a − ) +<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

2<br />

2<br />

2<br />

(c) a atividade (a) para cada sal.<br />

Ca<br />

= 9,0x10<br />

Cl<br />

= (0,32x0,010x0,<strong>02</strong>0<br />

−3<br />

2<br />

x0,75<br />

2<br />

)<br />

1/ 3<br />

OU<br />

a<br />

a<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

2<br />

2<br />

Na<br />

F<br />

−2<br />

1/ 2<br />

= (0,75x0,030<br />

x0,030x0,75)<br />

= 2,2x10<br />

1/ 2<br />

γ<br />

γ<br />

b<br />

b<br />

a<br />

a<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2<br />

CaCl<br />

CaCl<br />

2<br />

2<br />

= (0,32x0,75<br />

= 0,565<br />

= 0,010(1 x2<br />

= 0,0159<br />

= γ<br />

CaCl<br />

2<br />

b<br />

= 9,0x10<br />

CaCl<br />

−3<br />

2<br />

2<br />

2<br />

)<br />

)<br />

1/ 3<br />

1/ 3<br />

γ<br />

γ<br />

b<br />

b<br />

a<br />

a<br />

NaF<br />

NaF<br />

NaF<br />

NaFl<br />

NaF<br />

NaF<br />

2<br />

=<br />

=<br />

=<br />

(0,75 x0,75<br />

0,75<br />

0,030 (1x1)<br />

= 0,030<br />

= γ<br />

NaF<br />

b<br />

= 2,2x10<br />

NaF<br />

−2<br />

2<br />

)<br />

1 / 2<br />

1 / 2<br />

OBS.: A atividade deve estar presente em todos os cálculos envolvendo<br />

alta força iônica. Os exemplos a seguir ilustram o efeito da diminuição da<br />

solubilidade devido ao efeito do íon comum (ex.10) e do aumento da<br />

solubilidade devido à adição de sal inerte (ex.11). 14/32


(10) Calcule a solubilidade do Ba(IO 3 ) 2 em:<br />

(a) água (b) em uma solução 0,033 mol.kg -1 de Mg(IO 3 ) 2 onde<br />

γ(Ba 2+ ) = 0,38 e γ(IO 3- ) = 0,78<br />

Dados: O produto de solubilidade para o iodato de bário é 1,57 x 10 -9 .<br />

(a) Ba(IO 3 ) 2 ⇔ Ba 2+ + 2IO 3<br />

-<br />

x 2x<br />

(b) Ba(IO 3 ) 2 ⇔ Ba 2+ + 2IO 3<br />

-<br />

x 2x<br />

Mg(IO 3 ) 2 ⇔ Mg 2+ + 2IO 3<br />

-<br />

0,033 0,066<br />

Houve diminuição<br />

da solubilidade,<br />

conforme esperado<br />

Kps<br />

solução diluída, γ=1, então a = b<br />

Kps = x.(2x) 2 = 4x 3<br />

1,57x10 -9 = 4x 3<br />

x = 7,32 x 10 -4 mol.kg -1<br />

Kps<br />

=<br />

Kps = γ<br />

1,57 x10<br />

1,57 x10<br />

2<br />

= a Ba<br />

+ aIO<br />

a<br />

Ba<br />

Ba<br />

−9<br />

−9<br />

2+<br />

2+<br />

x = 1,56 x10<br />

2 −<br />

3<br />

a<br />

−6<br />

2<br />

IO<br />

( b<br />

−<br />

3<br />

Ba<br />

2+<br />

/ b<br />

o<br />

mol.<br />

kg<br />

). γ<br />

= 0,38. x.0,78<br />

= 0,38. x.0,78<br />

−1<br />

2<br />

IO<br />

2<br />

2<br />

−<br />

3<br />

( b<br />

IO<br />

−<br />

3<br />

.(2x<br />

+ 0,066)<br />

.(0,066)<br />

/ b<br />

2<br />

o<br />

)<br />

2<br />

2<br />

15/32


(11) Calcule a solubilidade do cloreto de prata em:<br />

(a) água.<br />

(b) K 2 SO 4 0,<strong>02</strong>0 mol kg -1 sabendo-se que γ(Ag + ) = γ(Cl - ) = 0,75 nesse meio.<br />

(a)<br />

AgCl ⇔ Ag + + Cl -<br />

Kps(<br />

AgCl)<br />

= a + a −<br />

Ag<br />

Cl<br />

1,62 x 10<br />

-10<br />

=<br />

x<br />

2<br />

x<br />

= 1,27x10<br />

-5<br />

mol.<br />

kg<br />

−1<br />

(b)<br />

AgCl ⇔ Ag + + Cl -<br />

K 2 SO 4 → 2K + + SO<br />

2-<br />

4<br />

Kps = a<br />

Ag<br />

+<br />

.<br />

a<br />

Cl<br />

−<br />

Houve aumento da<br />

solubilidade,<br />

conforme esperado<br />

Kps<br />

= γ<br />

Ag<br />

+<br />

( b<br />

Ag<br />

+<br />

/ b<br />

o<br />

). γ<br />

Cl<br />

−<br />

( b<br />

Cl<br />

−<br />

/ b<br />

o<br />

)<br />

1,62 x10<br />

−10<br />

=<br />

0,75. x.0,75.<br />

x<br />

x<br />

= 1,70 x10<br />

−5<br />

mol.<br />

kg<br />

−1<br />

16/32


Lei de Ohm: E = i.R<br />

Condução Metálica<br />

E = tensão em potencial (Volts = V)<br />

i = corrente (Ampère = A)<br />

R = resistência (Ohms = Ω)<br />

Nos metais, a corrente é devido inteiramente aos elétrons, que transportam<br />

carga negativa (velocidade ∝ campo elétrico).<br />

Transporte de carga em materiais<br />

Um material apresenta condutividade elétrica quando possuir partículas<br />

carregadas que podem se mover livremente através do material.<br />

⇒ Sólidos: condutores (elétrons)<br />

semicondutores (elétrons e buracos)<br />

isolantes (não há transporte)<br />

⇒Soluções eletróliticas: Soluções condutoras iônicas (cátions e ânions)<br />

17/32


Medidas de condutividade<br />

G<br />

G<br />

G<br />

18/32


símbolo Grandeza Fórmula Unidade (SI)<br />

φ campo elétrico V.m -1<br />

j<br />

densidade de<br />

corrente<br />

φ =V /l<br />

j = i /<br />

R resistência Ω<br />

R = V /<br />

A.m -2<br />

G condutância S (siemens)<br />

ρ resistividade Ω.m<br />

k condutividade S.m -1<br />

A<br />

i<br />

G =1/ R<br />

ρ = R . A/<br />

l<br />

k = l / R.<br />

A<br />

19/32


(12) Foi aplicado um potencial de 100V num fio condutor de 2m de<br />

comprimento e 0,05cm de diâmetro. Se a corrente foi de 25 A, calcule:<br />

(i) a resistência e a condutância do fio; (ii) a intensidade do campo; (iii)<br />

a densidade de corrente e (iv) a resistividade e a condutividade.<br />

( i)<br />

R = V / i<br />

( ii ) φ = V / l ( iii)<br />

j = i / A<br />

R<br />

G<br />

= 100V<br />

=<br />

1 /<br />

R<br />

/<br />

=<br />

25<br />

A<br />

=<br />

0,25 S<br />

( iv)<br />

ρ =<br />

4,0Ω<br />

R.<br />

A / l<br />

ρ = 4,0Ω.1,96<br />

x10<br />

ρ = 3,9 x10<br />

−5<br />

−3<br />

Ω..<br />

cm<br />

−1<br />

φ =<br />

φ =<br />

cm<br />

100<br />

50 V<br />

Condução Eletrolítica<br />

2<br />

Fenômeno mais complexo que a passagem de corrente através de um<br />

metal mas ela também segue a lei de Ohm.<br />

Como cátions e ânions possuem MASSA considerável, o fenômeno<br />

envolve também transporte de massa.<br />

Além disso, cátions e ânions transportam frações diferentes de<br />

corrente.<br />

V<br />

/ 200cm<br />

/<br />

. m<br />

2 m<br />

−1<br />

k<br />

k<br />

j<br />

j<br />

= 1/ ρ<br />

=<br />

= 2,5x10<br />

25 A / π (0,<strong>02</strong>5)<br />

= 1,3 x10<br />

4<br />

S.<br />

cm<br />

4<br />

−1<br />

A.<br />

cm<br />

−2<br />

2<br />

20/32


Medida da resistência elétrica da solução<br />

θ<br />

k =<br />

R<br />

k<br />

=<br />

k<br />

1<br />

R<br />

=<br />

d<br />

A efetiva<br />

θ<br />

R<br />

θ =<br />

d<br />

A efetiva<br />

constante<br />

da célula<br />

θ =<br />

d<br />

A efetiva<br />

θ = k.R<br />

2 placas de platina platinizadas<br />

21/32


Instrumentação – Ponte de Wheatstone<br />

+ -<br />

• Para medidas num condutor<br />

eletrônico, é usada corrente<br />

contínua.<br />

• Para medidas de soluções,<br />

é usada corrente alternada,<br />

para evitar a eletrólise.<br />

22/32


A constante da célula (θ) é determinada pela medida da resistência da<br />

célula quando imersa em solução de condutividade conhecida.<br />

Ex.: solução 0,<strong>02</strong>000 mol.L -1 de KCl possui condutividade de 2,768<br />

mS.cm -1 a 25 o C.<br />

(13) A condutividade do KCL a 0,1 mol.L -1 é de 1,1639 S.m -1 . Numa célula<br />

de condutividade, a resistência da solução foi de 32,0 Ω. Nessa mesma<br />

célula, uma solução de NaOH a 0,<strong>02</strong>00 mol.L -1 apresentou resistência de<br />

38,0 Ω. Calcule a condutividade desta solução. (Resp. 0,980 S.m -1 )<br />

θ =<br />

k.<br />

R<br />

= 1,1639 S.<br />

m<br />

−1<br />

.32,0Ω<br />

θ =<br />

k.<br />

R<br />

θ =<br />

37,2448m<br />

−1<br />

OU<br />

k<br />

1<br />

R<br />

1<br />

=<br />

R<br />

2<br />

k<br />

=<br />

θ<br />

=<br />

R<br />

37,2448m<br />

38,0Ω<br />

−1<br />

=<br />

0,980S.<br />

m<br />

−1<br />

1,1639 S.<br />

m<br />

k<br />

2<br />

=<br />

θ<br />

R<br />

−1<br />

.32,0Ω =<br />

= 0,980S.<br />

m<br />

−1<br />

k<br />

2<br />

.38,0Ω<br />

23/32


Condutividade molar (Λ m )<br />

Como a condutividade de uma solução depende do n o<br />

de íons presentes, usa-se a condutividade molar.<br />

Λ<br />

m =<br />

k<br />

c<br />

c = concentração<br />

Unidade: S.m -1 / (mol.m -3 ) = S.m 2 .mol -1<br />

Cuidado com a transformação:<br />

mol/L para mol/m 3<br />

(14) A condutividade molar do KCl 0,100 mol.L -1 é 129 S.cm 2 .mol -1. A<br />

resistência da solução, medida numa célula de condutividade, foi de 28,44<br />

Ω. Qual a constante da célula? Na mesma célula, contendo NaOH 0,0500<br />

mol.L -1, a resistência foi de 31,60 Ω. Calcule a condutividade molar do<br />

NaOH nessa concentração.<br />

k<br />

= Λ<br />

m<br />

. c<br />

k = 1,29 x10<br />

= 129S.<br />

cm<br />

−2<br />

S.<br />

cm<br />

−1<br />

2<br />

. mol<br />

−1<br />

.1.10<br />

−4<br />

mol.<br />

cm<br />

−3<br />

−1<br />

−2<br />

−1<br />

2 −1<br />

θ = k.<br />

R = 1,29 x10<br />

S.<br />

cm .28,44Ω<br />

Λ<br />

m<br />

= =<br />

= 232Scm<br />

. mol<br />

−5<br />

−3<br />

−1<br />

c 5x10<br />

mol.<br />

cm<br />

24/32<br />

θ = 0,367cm<br />

k<br />

NaOH<br />

0,367cm<br />

=<br />

31,60Ω<br />

k<br />

−1<br />

0,0116S.<br />

cm<br />

= 0,0116S.<br />

cm<br />

−1


OU<br />

θ = k.<br />

R = Λ<br />

θ = 129S.<br />

cm<br />

m<br />

2<br />

. c.<br />

R<br />

. mol<br />

−1<br />

.1.10<br />

−4<br />

mol.<br />

cm<br />

−3<br />

.28,44Ω<br />

Λ<br />

m<br />

( NaOH)<br />

=<br />

θ<br />

c.<br />

R<br />

=<br />

5x10<br />

−5<br />

0,367cm<br />

mol.<br />

cm<br />

−3<br />

−1<br />

.31,60Ω<br />

θ =<br />

0,367cm<br />

−1<br />

Λ<br />

m<br />

( NaOH)<br />

=<br />

232Scm<br />

2<br />

. mol<br />

−1<br />

Dependência entre Λ m e concentração<br />

Foi verificado<br />

experimentalmente<br />

que a condutividade<br />

molar varia com<br />

a concentração do<br />

eletrólito.<br />

eletrólito forte<br />

eletrólito fraco<br />

25/32


(a) Eletrólitos fortes<br />

• São totalmente ionizadas em solução.<br />

• Friedrich Kohlrausch (séc. XIX) → mostrou a validade<br />

da seguinte expressão:<br />

Λ<br />

m<br />

= Λ<br />

o<br />

m<br />

−<br />

R<br />

1/<br />

c<br />

2<br />

Lei de Kohlrausch<br />

eletrólitos fortes<br />

onde:<br />

Λ o m<br />

R =<br />

=<br />

condutividade molar a diluição infinita<br />

constante empírica que depende da estequiometria<br />

do eletrólito<br />

26/32


• Kohlrausch também demonstrou que:<br />

Λ<br />

o<br />

m<br />

= υ<br />

λ<br />

o<br />

+ +<br />

+<br />

υ<br />

−<br />

λ<br />

o<br />

−<br />

Lei da migração<br />

independente<br />

dos íons<br />

válida para eletrólitos fortes e fracos!!!<br />

onde:<br />

υ + e υ_ = atomicidade de cátions e ânions, respectivamente<br />

λ + e λ_ = condutividade iônica de cátions e ânions, respectivamente<br />

27/32


Dados de condutividade molar (S.cm 2 .mol -1 ) a 25 o C<br />

Pares de Diferença Pares de Diferença<br />

eletrólitos<br />

eletrólitos<br />

KCl 149,86 23,41 KCl 149,86 4,90<br />

NaCl 126,45 KNO 3 144,96<br />

KNO 3 144,96 23,41 NaCl 126,45 4,90<br />

NaNO 3 121,55 NaNO 3 121,55<br />

KI 150,32 23,41<br />

NaI 126,91<br />

Dados de condutividade iônica molar (S.cm 2 .mol -1 ) a 25 o C<br />

λ<br />

Cátion<br />

o Ânion<br />

o<br />

+<br />

λ −<br />

H + 349,82 OH - 198,5<br />

K + 73,52 Br - 78,4<br />

NH<br />

+<br />

4 73,40 I - 76,8<br />

Ag + 61,92 Cl - 76,34<br />

Na + 50,11 NO<br />

-<br />

3 71,44<br />

Li + 38,69 CH 3 COO - 40,9<br />

Por que?<br />

28/32


Por que o íon H 3 O + tem condutividade<br />

iônica molar tão alta?<br />

Porque o H 3 O + não precisa migrar, ele<br />

pode simplesmente transferir seu<br />

próton à molécula de água. Efeito<br />

similar ocorre com o OH - .<br />

IMPORTANTE! A lei da migração<br />

independente permite o cálculo da<br />

condutividade molar a diluição infinita<br />

de um composto a partir dos valores<br />

de condutividade molar a diluição<br />

infinita de outros compostos.<br />

Ex.: Λ mo (HAc) =<br />

Λ mo (NaAc) + Λ mo (HCl) - Λ m<br />

o<br />

(NaCl)<br />

29/32


(15) Calcule a Λ mo do cloreto de bário e do sulfato de potássio.<br />

Dados em ms.m 2 .mol -1 :<br />

λ (Ba 2+ ) = 12,72; λ (Cl - ) = 7,63; λ (K + ) = 7,35 e λ (SO 4<br />

2-<br />

) = 16,00<br />

Resp. 27,98 ms.m 2 .mol -1 e 30,70 ms.m 2 .mol -1<br />

(16) Calcule a condutividade molar limite do ácido acético e do<br />

AgCl. Expresse o resultado em mS.m 2. mol –1 .<br />

Dados em S.cm 2. mol –1 :<br />

Λ mo (HCl) = 426; Λ mo (NaAc) = 91,0; Λ mo (NaCl) = 126,5;<br />

Λ mo (AgNO 3 ) = 133,4 Λ mo (KCl) = 149,9 Λ mo (KNO 3 ) = 145,0<br />

Resp. 39,05 ms.m 2 .mol -1 e 13,83 ms.m 2 .mol -1 30/32<br />

(17) As resistências de diversas soluções aquosas de NaCl,<br />

preparadas por diluições sucessivas de uma amostra inicial,<br />

foram medidas numa célula com constante de célula de<br />

0,2063 cm -1 . Os seguintes valores foram obtidos:


C x 10 4 / mol.L -1 5,0 10,0 50,0 100 200 500<br />

R / Ω 3314 1669 342,1 174,1 89,08 37,14<br />

Responda os itens a) e b) usando unidades do SI.<br />

a)Verifique se os dados estão de acordo com a Lei de Kohlrausch e<br />

determine a condutividade molar limite.<br />

b) Para uma solução de NaI 0,010 mol.L -1 , considere o valor do coeficiente<br />

angular obtido no item anterior e calcule a condutividade molar, a<br />

condutividade e a resistência da célula. Dados/ mS.m 2. mol -1 :<br />

λ (Na + ) = 5,01 e λ (I - ) = 7,68<br />

(a)<br />

c/mol.m -3 R/Ω k/S.m -1 Λ m<br />

/S.m 2 .mol -1 c 1/2 /(mol.m -3 ) 1/2<br />

0,5 3314 0,006225 0,01245 0,70711<br />

1 1669 0,01236 0,01236 1,00000<br />

5 342,1 0,06030 0,01206 2,23607<br />

10 174,1 0,1185 0,01185 3,16228<br />

20 89,08 0,2316 0,01158 4,47214<br />

50 37,14 0,5555 0,01111 7,07107<br />

31/32


Λm /S.m 2 .mol -1<br />

0,0124<br />

0,0120<br />

0,0116<br />

0,0112<br />

r = 0,99279<br />

Intercepto = 0,01256<br />

inclinação = -2,10452x10 -4<br />

c 1/2 /(mol.m -3 ) 1/2<br />

0 2 4 6 8<br />

(a) Obedece a lei pq o coeficiente<br />

de correlação foi próximo a 1.<br />

Λ mo = 12,56 mS.m 2 .mol -1<br />

( b)<br />

Λ<br />

c<br />

k<br />

1/ 2<br />

= Λ<br />

o<br />

m<br />

= 3,162<br />

m<br />

. c<br />

R = θ / k =<br />

( NaI)<br />

= 1x5,01<br />

+ 1x7,68<br />

= 12,69mS.<br />

m<br />

Λ<br />

m<br />

= 120,3mS.<br />

m<br />

20,63m<br />

−1<br />

= 12,69x10<br />

−1<br />

/120,3x10<br />

-3<br />

−3<br />

- 2,10x10<br />

S.<br />

m<br />

−1<br />

-4<br />

2<br />

. mol<br />

= 171,5 Ω<br />

−1<br />

2<br />

x3,162 = 12,03mS.m .mol<br />

-1<br />

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