Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha
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5.2.1 Escavações arqueológicas na Via B1 (Polinter)<br />
A futura via B1 se localiza na área Leste <strong>do</strong> Setor B das obras <strong>de</strong> revitalização<br />
da AEIU Portuária, como <strong>de</strong>monstra a Figura 8. Sua extensão é 294 m, sen<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>limitada pelos seguintes vértices:<br />
Início (Túnel Morro da Saú<strong>de</strong> – Projeta<strong>do</strong>) 23K E 685307,479 N 7467189,331<br />
Final (Rua Silvino Montenegro) 23K E 685597,174 N 7467170,535<br />
A Rua B1 foi projetada entra a Avenida Professor Pereira Reais e a Rua Silvino<br />
Montenegro, na zona portuária da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio Janeiro, próxima ao cais <strong>do</strong> porto,<br />
região pre<strong>do</strong>minada por galpões e armazéns <strong>de</strong> uso comercial e <strong>de</strong> serviços.<br />
O trecho correspon<strong>de</strong>nte ao Morro da Saú<strong>de</strong> da Rua B1 (projetada) atualmente<br />
encontra-se <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>. A construção ali erguida constituía um armazém da<br />
Companhia Brasileira <strong>de</strong> Armazenamento (Cibrazem).<br />
Ainda nesse segmento da via constata-se a presença <strong>do</strong> bem tomba<strong>do</strong> Capela<br />
<strong>de</strong> Nossa Senhora da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> 1742.<br />
O Zoneamento Arqueológico Preditivo elabora<strong>do</strong> no início das pesquisas como<br />
ferramenta meto<strong>do</strong>lógica <strong>de</strong> trabalho indicou, para o Setor A, uma alta potencialida<strong>de</strong>,<br />
conforme <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> no Relatório <strong>de</strong> Andamento 2 (janeiro/2012), o Zoneamento<br />
Arqueológico Preditivo foi realiza<strong>do</strong> através <strong>do</strong> cruzamento <strong>de</strong> variáveis ambientais<br />
com variáveis arqueológicas e históricas. Para tanto, foram confecciona<strong>do</strong>s layers<br />
temáticos reunin<strong>do</strong> o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos disponíveis para a área, a partir <strong>do</strong>s<br />
quais realizaram-se as análises científicas.<br />
No que se refere às variáveis ambientais, especial atenção foi dada na<br />
<strong>de</strong>limitação das diferentes linhas da costa existentes ao longo <strong>do</strong>s séculos para a<br />
região portuária <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a longa história <strong>de</strong> expansões feitas<br />
através <strong>de</strong> sucessivos aterros.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, no que se refere às variáveis arqueológicas foi feita uma<br />
vetorização da cartografia histórica <strong>de</strong> maneira a caracterizar os padrões <strong>de</strong> ocupação<br />
da paisagem portuária a cada século (século XVI, século XVII, século XVIII e assim<br />
por diante), bem como caracterizar as tecnologias vigentes e materiais emprega<strong>do</strong>s.<br />
Desta maneira, além <strong>de</strong> espacializar as áreas <strong>de</strong> ocupação e seus edifícios e<br />
arruamentos, as equipes <strong>de</strong> campo contaram com um <strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> vestígios<br />
que po<strong>de</strong>riam encontrar para cada área pesquisada.<br />
<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e<br />
Monitoramento) – Obras <strong>de</strong> Revitalização da AEIU Portuária, Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ<br />
Relatório <strong>de</strong> Andamento 9 – Setembro/2012.<br />
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