Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha
Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha
5.2.3 Zoneamento Arqueológico Preditivo O Zoneamento Arqueológico Preditivo elaborado como ferramenta metodológica de trabalho indicou, para o Setor A, uma alta potencialidade, conforme é possível visualizar pela Figura 12. Conforme detalhado em relatórios anteriores, o Zoneamento Arqueológico Preditivo foi realizado através do cruzamento de variáveis ambientais com variáveis arqueológicas e históricas. Para tanto, foram confeccionados layers temáticos reunindo o conjunto de conhecimentos disponíveis para a área, a partir dos quais se realizaram as análises científicas. No que se refere às variáveis ambientais, especial atenção foi dada na delimitação das diferentes linhas da costa existentes ao longo dos séculos para a região portuária do Rio de Janeiro, considerando a longa história de expansões feitas através de sucessivos aterros. Por outro lado, no que se refere às variáveis arqueológicas foi feita uma vetorização da cartografia histórica de maneira a caracterizar os padrões de ocupação da paisagem portuária a cada século (século XVI, século XVII, século XVIII e assim por diante), bem como caracterizar as tecnologias vigentes e materiais empregados. Desta maneira, além de espacializar as áreas de ocupação e seus edifícios e arruamentos, as equipes de campo contaram com um descritivo do tipo de vestígios que poderiam encontrar para cada área pesquisada. Já no que se refere ao contexto arqueológico pré-colonial, conta-se com um universo muito mais reduzido de informações para a área específica aqui tratada. Assim, foram realizadas projeções de terrenos que reuniriam maior potencialidade em conter vestígios de ocupações pretéritas (como sítios sambaqui ou sítios cerâmicos). Neste caso, os vestígios estariam preferencialmente nos solos naturais (portanto, obedecendo à linha da costa registrada pelos primeiros cartógrafos portugueses), embora se considere, também, a possibilidade teórica de ocorrerem sambaquis mais antigos que já estivessem então submersos pelos movimentos de transgressão marinha. Em relação ao terreno da CEDAE, também em pesquisa, o alto potencial arqueológico indicado pelo Zoneamento Preditivo se baseou nas seguintes variáveis: Localiza-se na baixa vertente do Morro de São Bento, o qual tem ocupação colonial desde meados do século XVII, com a construção do Mosteiro de São Bento; Encontra-se nas imediações da antiga Rua Direita, a qual tem origem no antigo caminho de Manoel de Brito, do século XVI; Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e Monitoramento) – Obras de Revitalização da AEIU Portuária, Rio de Janeiro/RJ Relatório de Andamento 9 – Setembro/2012. 100
Encontra-se nas imediações do Arsenal da Marinha, cuja fundação remonta a 1763. Já a área da Polinter, agora em pesquisa, o alto potencial arqueológico indicado pelo Zoneamento Preditivo se baseou nas seguintes variáveis: Assenta-se sobre duas antigas linhas de costa, atualmente aterradas (1758 e 1886), onde haviam trapiches e outros equipamentos urbanos; Localiza-se na base do Morro da Saúde, o qual é encimado pela Igreja de Nossa Senhora da Saúde de 1742 e a antiga Hospedaria dos Imigrantes da segunda metade do século XIX; Localiza-se na área onde nas plantas do século XVIII surge os armazéns e trapiche de Antônio Leite e no século XIX o trapiche da Saúde, que a partir da segunda metade do século XIX passa a receber os imigrantes estrangeiros; Encontra-se nas imediações do Armazém Frigorífico, cuja fundação remonta a 1914 e do Moinho Fluminense. Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e Monitoramento) – Obras de Revitalização da AEIU Portuária, Rio de Janeiro/RJ Relatório de Andamento 9 – Setembro/2012. 101
- Page 51 and 52: Dentro deste contexto, foi previame
- Page 53 and 54: Tabela 4 - Listagem das sondagens a
- Page 55 and 56: Prancha 7- Prospecções na Rua da
- Page 57 and 58: Prancha 9 - Prospecções na Rua da
- Page 59 and 60: Prancha 11 - Prospecções na Rua d
- Page 61 and 62: Tabela 5 - Prospecções arqueológ
- Page 63 and 64: Nível 21 (200 - 210 cm) Marrom ama
- Page 65 and 66: Por fim, após a abertura com o uso
- Page 67 and 68: ) Trapiche Modesto Leal (DGPC); c)
- Page 69 and 70: 5.2 Escavações Arqueológicas O p
- Page 71 and 72: camadas de origem antrópica e as e
- Page 73 and 74: Cotas altimétricas dos planos fina
- Page 75 and 76: acompanhados de informação oral e
- Page 77 and 78: 5.2.1 Escavações arqueológicas n
- Page 79 and 80: Já no que se refere ao contexto ar
- Page 81 and 82: Tabela 6 - Vestígios/estruturas ar
- Page 83 and 84: Com o término dos trabalhos de cam
- Page 85 and 86: Como referido nos relatórios anter
- Page 87 and 88: Croqui com planta de localização
- Page 89 and 90: Figura 10 - Escavação Sistemátic
- Page 91 and 92: Prancha 15- Estruturas e materiais
- Page 93 and 94: Figura 11 - Localização do terren
- Page 95 and 96: Entre os dias 9 a 14 de Abril, ocor
- Page 97 and 98: escavação dessas quadrículas for
- Page 99 and 100: Fotografia aérea de cerca de 1920-
- Page 101: Prancha 18- Estruturas e materiais
- Page 105 and 106: 5.3 Monitoramento Arqueológico Seg
- Page 107 and 108: Rua 1º de Março Desde o dia 4 de
- Page 109 and 110: Setembro Dia Local Pesquisador Rela
- Page 111 and 112: Agosto Dia Local Pesquisador Relat
- Page 113 and 114: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 115 and 116: Prancha 19 - Monitoramento de obras
- Page 117 and 118: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 119 and 120: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 121 and 122: Prancha 21 - Monitoramento de obras
- Page 123 and 124: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 125 and 126: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 127 and 128: Prancha 23 - Monitoramento de obras
- Page 129 and 130: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 131 and 132: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 133 and 134: Prancha 25 - Monitoramento de obras
- Page 135 and 136: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 137 and 138: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 139 and 140: Prancha 27 - Monitoramento de obras
- Page 141 and 142: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 143 and 144: CONTEXTO ARQUEOLÓGICO DE REFERÊNC
- Page 145 and 146: Prancha 29 - Monitoramento de obras
- Page 147 and 148: FICHA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGIC
- Page 149 and 150: 5.4 Sustentabilidade em Acervos As
- Page 151 and 152: http://www.jefpat.org/diagnostic/Po
5.2.3 Zoneamento Arqueológico Preditivo<br />
O Zoneamento Arqueológico Preditivo elabora<strong>do</strong> como ferramenta<br />
meto<strong>do</strong>lógica <strong>de</strong> trabalho indicou, para o Setor A, uma alta potencialida<strong>de</strong>, conforme é<br />
possível visualizar pela Figura 12.<br />
Conforme <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> em relatórios anteriores, o Zoneamento Arqueológico<br />
Preditivo foi realiza<strong>do</strong> através <strong>do</strong> cruzamento <strong>de</strong> variáveis ambientais com variáveis<br />
arqueológicas e históricas. Para tanto, foram confecciona<strong>do</strong>s layers temáticos<br />
reunin<strong>do</strong> o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos disponíveis para a área, a partir <strong>do</strong>s quais se<br />
realizaram as análises científicas.<br />
No que se refere às variáveis ambientais, especial atenção foi dada na<br />
<strong>de</strong>limitação das diferentes linhas da costa existentes ao longo <strong>do</strong>s séculos para a<br />
região portuária <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a longa história <strong>de</strong> expansões feitas<br />
através <strong>de</strong> sucessivos aterros.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, no que se refere às variáveis arqueológicas foi feita uma<br />
vetorização da cartografia histórica <strong>de</strong> maneira a caracterizar os padrões <strong>de</strong> ocupação<br />
da paisagem portuária a cada século (século XVI, século XVII, século XVIII e assim<br />
por diante), bem como caracterizar as tecnologias vigentes e materiais emprega<strong>do</strong>s.<br />
Desta maneira, além <strong>de</strong> espacializar as áreas <strong>de</strong> ocupação e seus edifícios e<br />
arruamentos, as equipes <strong>de</strong> campo contaram com um <strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> vestígios<br />
que po<strong>de</strong>riam encontrar para cada área pesquisada.<br />
Já no que se refere ao contexto arqueológico pré-colonial, conta-se com um<br />
universo muito mais reduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong> informações para a área específica aqui tratada.<br />
Assim, foram realizadas projeções <strong>de</strong> terrenos que reuniriam maior potencialida<strong>de</strong> em<br />
conter vestígios <strong>de</strong> ocupações pretéritas (como sítios sambaqui ou sítios cerâmicos).<br />
Neste caso, os vestígios estariam preferencialmente nos solos naturais (portanto,<br />
obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> à linha da costa registrada pelos primeiros cartógrafos portugueses),<br />
embora se consi<strong>de</strong>re, também, a possibilida<strong>de</strong> teórica <strong>de</strong> ocorrerem sambaquis mais<br />
antigos que já estivessem então submersos pelos movimentos <strong>de</strong> transgressão<br />
marinha.<br />
Em relação ao terreno da CEDAE, também em pesquisa, o alto potencial<br />
arqueológico indica<strong>do</strong> pelo Zoneamento Preditivo se baseou nas seguintes variáveis:<br />
Localiza-se na baixa vertente <strong>do</strong> Morro <strong>de</strong> São Bento, o qual tem ocupação<br />
colonial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVII, com a construção <strong>do</strong> Mosteiro <strong>de</strong> São<br />
Bento;<br />
Encontra-se nas imediações da antiga Rua Direita, a qual tem origem no antigo<br />
caminho <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Brito, <strong>do</strong> século XVI;<br />
<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e<br />
Monitoramento) – Obras <strong>de</strong> Revitalização da AEIU Portuária, Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ<br />
Relatório <strong>de</strong> Andamento 9 – Setembro/2012.<br />
100