OPERAÃÃO URBANA CONSORCIADA DA ... - Porto Maravilha
OPERAÃÃO URBANA CONSORCIADA DA ... - Porto Maravilha
OPERAÃÃO URBANA CONSORCIADA DA ... - Porto Maravilha
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
DOS MEIOS, RECURSOS E CONTRAPARTI<strong>DA</strong>S <strong>DA</strong> OPERAÇÃO <strong>URBANA</strong> <strong>CONSORCIA<strong>DA</strong></strong> <strong>DA</strong> REGIÃO DO PORTO DO RIO<br />
DE JANEIRO<br />
As Intervenções previstas na OUCPRJ têm custo R$ 7.609.000.000,00 (sete bilhões e seiscentos e nove<br />
milhões de reais), para realização no prazo também estimado de 15 (quinze) anos, respectivamente.<br />
Com a finalidade de custear tais Intervenções, a LC 101/2009 (vide página 06) permitiu à Prefeitura a<br />
utilização de mecanismos próprios à legislação imobiliária, inclusive outorgando de forma onerosa, nos<br />
terrenos situados dentro da OUCPRJ: (i) o direito de construir; e (ii) a alteração de uso.<br />
Além destes instrumentos, o Município e a CDURP esperam obter o registro perante a CVM de um fundo de<br />
investimento imobiliário, que deverá ser utilizado na montagem da captação de recursos necessários para o<br />
financiamento da OUCPRJ. O Fundo de Investimento (vide página 06) terá entre seus cotistas a CDURP<br />
e/ou o Município, que nele poderão aportar bens imóveis e/ou CEPAC.<br />
<strong>DA</strong> OUTORGA ONEROSA AO DIREITO DE CONSTRUIR<br />
A LC 101/2009 (vide página 06) introduziu no Plano Diretor Anterior o instrumento da outorga onerosa sobre<br />
o direito de construir, exclusivamente no âmbito de operações urbanas consorciadas. Tal dispositivo foi<br />
recepcionado pelo Plano Diretor Atual, que prevê a outorga onerosa em seu artigo 79.<br />
A outorga onerosa sobre o direito de construir prevê que a municipalidade admita um coeficiente de<br />
aproveitamento mínimo (básico) e gratuito de construção, definido a partir da relação entre a área do terreno<br />
e a área construída computável. Acima desse coeficiente básico, o Município admite construção de áreas<br />
(solo criado) até um máximo estabelecido em lei. Assim, para introduzi-la, a lei da OUCPRJ aprovada<br />
estabeleceu CAB e CAM para as áreas por ela abrangidas. A legislação pertinente deve prever, ainda, uma<br />
forma de cobrança dessa outorga do direito de construir específica.<br />
Em resumo, a outorga onerosa do direito de construir revela-se uma forma de o proprietário (ou qualquer<br />
interessado) efetivar qualquer construção que ultrapasse os padrões permitidos pelo CAB de uma<br />
determinada área, limitando-se àqueles arbitrados pelo CAM. No âmbito da OUCPRJ, a outorga onerosa do<br />
direito de construir será verificada nos setores que não estão sujeitos ao CEPAC.<br />
<strong>DA</strong> OUTORGA ONEROSA <strong>DA</strong> ALTERAÇÃO DE USO<br />
A outorga onerosa da alteração de uso foi introduzida no Plano Diretor Anterior pelo art. 6º da LC 101/2009<br />
(vide página 06), recepcionada pelo Plano Diretor Atual, em seu art. 79, e foi prevista como fonte de custeio<br />
da OUCPRJ pelo art. 33, I. Nesse sentido, o Decreto nº. 32.551, de 20 de julho de 2010, a regulou no âmbito<br />
da OUCPRJ, determinando que esta ocorra mediante o pagamento de Contrapartida (vide página 05),<br />
definida pela CDURP a partir da multiplicação da área do terreno objeto da alteração de uso e o valor médio<br />
do CEPAC obtido no último leilão realizado ou, inexistindo, o seu valor de face.<br />
Portanto, as modificações de uso no âmbito da AEIU (vide página 04) terão como Contrapartida (vide página<br />
05) a outorga onerosa instituída por meio do Decreto Municipal nº 32.551/2010 . Nesse sentido, os CEPAC<br />
não são passíveis de utilização como Contrapartida (vide página 05) de alteração de uso. Como toda a AEIU<br />
70