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Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha

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sítios arqueológicos e/ou históricos) e paisagísticos, resultan<strong>do</strong> em um Complexo<br />

Cultural/Arqueológico que hoje compõe a cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> o tempo e os<br />

espaços se misturam.<br />

To<strong>do</strong>s estes fatores, inicia<strong>do</strong>s milênios antes da chegada <strong>do</strong> coloniza<strong>do</strong>r através<br />

das ocupações <strong>de</strong> grupos indígenas e que se perpetuam e renovam até hoje, <strong>de</strong>finem<br />

sua zona portuária como um porto vivo, on<strong>de</strong> vestígios materiais, paisagens, tradições<br />

e memórias compõem os marcos para a existência, produção e reprodução cultural <strong>de</strong><br />

seus habitantes.<br />

No tratamento <strong>de</strong>ste patrimônio <strong>de</strong>lineiam-se estratégias científicas que visam<br />

contribuir com o conhecimento arqueológico regional <strong>de</strong>finin<strong>do</strong>-se, como temas <strong>de</strong><br />

pesquisa <strong>do</strong> presente <strong>Programa</strong>:<br />

<br />

Abordar a própria construção/evolução das estruturas portuárias <strong>de</strong> uma<br />

perspectiva arqueológica <strong>de</strong> transformação da paisagem. Embora se trate <strong>de</strong><br />

um fenômeno bem contextualiza<strong>do</strong> historicamente, <strong>de</strong>verá ser<br />

arqueologicamente caracteriza<strong>do</strong>, em termos <strong>de</strong> constituição material,<br />

estratigrafia e, nos aterros mais antigos principalmente, composição. Nestes,<br />

os sedimentos mobiliza<strong>do</strong>s na construção <strong>de</strong>verão trazer evidências<br />

arqueológicas da ocupação da zona portuária <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro em momentos<br />

anteriores (louças, cerâmicas, entre outros), tornan<strong>do</strong>-os sítios arqueológicos<br />

secundários (isto é, que contém evidências arqueológicas remobilizadas,<br />

removidas <strong>de</strong> seus contextos originais <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição), portanto, passíveis <strong>de</strong><br />

registro e estu<strong>do</strong>. Em síntese, cabe tratar o porto como um sítio arqueológico,<br />

caracterizan<strong>do</strong> as diversas fases <strong>de</strong> sua construção e <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> diferentes<br />

graus <strong>de</strong> valoração (e intervenção) em função <strong>de</strong> seu conteú<strong>do</strong> informativo em<br />

potencial.<br />

<br />

Por outro la<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a sobreposição entre terrenos da antiga linha da<br />

costa com presença <strong>de</strong> vestígios arqueológicos, é possível que se conte com<br />

contextos originais (sítios primários), mesmo que bastante altera<strong>do</strong>s pela<br />

seqüência <strong>de</strong> intervenções e dinâmica <strong>de</strong> ocupação da área. Portanto, a<br />

meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> escavação realizará procedimentos que permitam i<strong>de</strong>ntificar<br />

também contextos <strong>de</strong>sta natureza, embora se preveja lidar, essencialmente,<br />

com partes ou fragmentos <strong>de</strong> sítios arqueológicos, o que se <strong>de</strong>ve tanto ao tipo<br />

<strong>de</strong> terreno abrangi<strong>do</strong> por este <strong>Programa</strong> (vias, áreas <strong>de</strong> menores extensões)<br />

como pela própria dinâmica <strong>de</strong> urbanização e alteração em subsuperfície que a<br />

região portuária sofreu ao longo <strong>do</strong>s séculos.<br />

<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e<br />

Monitoramento) – Obras <strong>de</strong> Revitalização da AEIU Portuária, Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ<br />

Projeto Científico e Documentação para obtenção <strong>de</strong> Portaria IPHAN – Novembro/2011<br />

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