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Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico ... - Porto Maravilha

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4. CONCEITUAÇÃO CIENTÍFICA<br />

Este <strong>Programa</strong> contempla o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas no campo <strong>do</strong><br />

Patrimônio Arqueológico, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os remanescentes físicos e locacionais na<br />

paisagem referentes às diversas ocupações humanas que se <strong>de</strong>senvolveram na área<br />

pesquisada, ao longo <strong>do</strong> tempo.<br />

. Para o alcance <strong>de</strong>ste objetivo, a Gestão <strong>do</strong> Conhecimento <strong>do</strong> <strong>Programa</strong> está<br />

conceitual e meto<strong>do</strong>logicamente baseada no cruzamento <strong>de</strong> duas vertentes teóricas:<br />

Ecologia Histórica e Arqueologia das Paisagens Culturais<br />

(Environmental Archaeology), no que se refere à prática da pesquisa e<br />

<strong>do</strong> Conhecimento Científico; e<br />

Arqueologia Pública e Colaborativa, no que se refere ao envolvimento<br />

da comunida<strong>de</strong>.<br />

O texto que segue <strong>de</strong>talha cada uma <strong>de</strong>las.<br />

4.1 Arqueologia das Paisagens Culturais (Environmental Archaeology)<br />

A conceituação teórica da pesquisa está apoiada no tratamento <strong>de</strong> Paisagens<br />

Culturais, voltada para a análise <strong>do</strong>s processos e formas <strong>de</strong> apropriação <strong>do</strong> espaço ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo. O entendimento dispensa<strong>do</strong> ao que passaremos a chamar <strong>de</strong><br />

“patrimônio paisagístico” necessita que recuperemos alguns elementos da<br />

conceituação <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong> patrimônio. Isso se faz necessário, pois é a luz da<br />

confluência entre estes três conceitos que, individualmente, se esclarecem e<br />

sustentam as <strong>de</strong>finições da “paisagem”.<br />

Como “cultura” empregamos a conceituação a um só templo ampla e radical,<br />

em seu senti<strong>do</strong> semântico. Cultura como “forma <strong>de</strong> fazer”, expressão múltipla <strong>do</strong> estar<br />

no mun<strong>do</strong>, ocupar, transformar, valorar, significar, construída cotidianamente e em<br />

eterna mutação pelos povos. Como “patrimônio”, <strong>de</strong>ntro da trajetória <strong>de</strong> construção e<br />

transformação <strong>do</strong> conceito, a<strong>do</strong>tamos aquilo que é herda<strong>do</strong>, que é transmiti<strong>do</strong> através<br />

<strong>do</strong> tempo e valora<strong>do</strong> por cada geração, ainda que essa valoração seja absolutamente<br />

dinâmica.<br />

Com isso temos a terceira dimensão da questão, a da paisagem. Paisagem é,<br />

a priori, um conceito que advém da dimensão cultural da existência. Alguns teóricos<br />

ten<strong>de</strong>ram a tentar classificá-la como “espaços marca” ou “espaços matriz”, buscan<strong>do</strong><br />

<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Patrimônio Arqueológico (Etapas Prospecção, Escavação e<br />

Monitoramento) – Obras <strong>de</strong> Revitalização da AEIU Portuária, Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ<br />

Projeto Científico e Documentação para obtenção <strong>de</strong> Portaria IPHAN – Novembro/2011<br />

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