a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...
a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...
a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Letras</strong><br />
d i g i t a i s<br />
Teses e Dissertações originais <strong>em</strong> formato digital<br />
Imagen s n a<br />
<strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Angel a Paiva Dionisio<br />
1998<br />
<strong>Programa</strong> <strong>de</strong><br />
Pós-Graduação<br />
<strong>em</strong> <strong>Letras</strong>
Ficha Técnica<br />
Coor<strong>de</strong>nação do Projeto <strong>Letras</strong> Digitais<br />
Angela Paiva Dionísio e Anco Márcio Tenório Vieira (orgs.)<br />
Consultoria Técnica<br />
Augusto Noronha e Karla Vidal (Pipa Comunicação)<br />
Projeto Gráfico e Finalização<br />
Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação)<br />
Digitalização dos Originais<br />
Maria Cândida Paiva Dionízio<br />
Revisão<br />
Angela Paiva Dionísio, Anco Márcio Tenório Vieira e Michelle Leonor da Silva<br />
Produção<br />
Pipa Comunicação<br />
Apoio Técnico<br />
Michelle Leonor da Silva e Rebeca Fernan<strong>de</strong>s Penha<br />
Apoio Institucional<br />
Universid<strong>a<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco<br />
<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> <strong>Letras</strong>
Apresentação<br />
Criar um acervo é registrar uma história. Criar um acervo digital é dinamizar a<br />
história. É com es<strong>sa</strong> perspectiva que a Coor<strong>de</strong>nação do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />
<strong>em</strong> <strong>Letras</strong>, representada nas pessoas dos professores Angela Paiva Dionisio e Anco<br />
Márcio Tenório Vieira, criou, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006, o projeto <strong>Letras</strong> Digitais: 30<br />
anos <strong>de</strong> teses e dissertações. Esse projeto surgiu <strong>de</strong>ntre as ações com<strong>em</strong>orativas<br />
dos 30 anos do PG <strong>Letras</strong>, programa que teve início com cursos <strong>de</strong> Especialização<br />
<strong>em</strong> 1975. No segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 1976, surgiu o Mestrado <strong>em</strong> Linguística e Teoria<br />
da Literatura, que obteve cre<strong>de</strong>nciamento <strong>em</strong> 1980. Os cursos <strong>de</strong> Doutorado <strong>em</strong><br />
Linguística e Teoria da Literatura iniciaram, respectivamente, <strong>em</strong> 1990 e 1996. É<br />
relevante fri<strong>sa</strong>r que o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> da UFPE, <strong>de</strong> longa<br />
tradição <strong>em</strong> pesqui<strong>sa</strong>, foi o primeiro a ser instalado no Nor<strong>de</strong>ste e Norte do País. Em<br />
<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, contava com 455 dissertações e 110 teses <strong>de</strong>fendidas.<br />
Diante <strong>de</strong> tão grandioso acervo e do fato <strong>de</strong> apenas as pesqui<strong>sa</strong>s <strong>de</strong>fendidas a partir<br />
<strong>de</strong> 2005 possuir<strong>em</strong> uma versão digital para consulta, os professores Angela Paiva<br />
Dionisio e Anco Márcio Tenório Vieira, autores do referido projeto, <strong>de</strong>cidiram<br />
oferecer para a comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> acadêmica uma versão digital das teses e dissertações<br />
produzidas ao longo <strong>de</strong>stes 30 anos <strong>de</strong> história. Criaram, então, o projeto <strong>Letras</strong><br />
Digitais: 30 anos <strong>de</strong> teses e dissertações com os seguintes objetivos:<br />
(i) produzir um CD-ROM com as informações fundamentais das 469<br />
teses/dissertações <strong>de</strong>fendidas até <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006 (autor, orientador, resumo,<br />
palavras-chave, data da <strong>de</strong>fe<strong>sa</strong>, área <strong>de</strong> concentração e nível <strong>de</strong> titulação);
(ii) criar um Acervo Digital <strong>de</strong> Teses e Dissertações do PG <strong>Letras</strong>, digitalizando<br />
todo o acervo originalmente constituído apenas da versão impres<strong>sa</strong>;<br />
(iii) criar o hotsite <strong>Letras</strong> Digitais: Teses e Dissertações originais <strong>em</strong> formato<br />
digital, para publicização das teses e dissertações mediante autorização dos<br />
autores;<br />
(iv) transportar para mídia eletrônica off-line as teses e dissertações digitalizadas,<br />
para integrar o Acervo Digital <strong>de</strong> Teses e Dissertações do PG <strong>Letras</strong>, disponível<br />
para consulta na Sala <strong>de</strong> Leitura Cé<strong>sa</strong>r Leal;<br />
(v) publicar <strong>em</strong> DVD coletâneas com as teses e dissertações digitalizados,<br />
organizadas por área concentração, por nível <strong>de</strong> titulação, por orientação etc.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento do projeto prevê ações <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s or<strong>de</strong>ns, tais como:<br />
(i) <strong>de</strong>senc<strong>a<strong>de</strong></strong>rnação das obras para procedimento alimentação automática <strong>de</strong><br />
escaner;<br />
(ii) tratamento técnico <strong>de</strong>scritivo <strong>em</strong> metadados;<br />
(iii) produção <strong>de</strong> Portable Document File (PDF);<br />
(iv) revisão do material digitalizado<br />
(v) procedimentos <strong>de</strong> reenc<strong>a<strong>de</strong></strong>rnação das obras após digitalização;<br />
(vi) diagramação e finalização dos e-books;<br />
(vii) backup dos e-books <strong>em</strong> mídia externa (CD-ROM e DVD);<br />
(viii) <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> rotinas para regularização e/ou cessão <strong>de</strong> registro <strong>de</strong><br />
Direitos Autorais.<br />
Os organizadores
Image<br />
ns na<br />
<strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Ang ela Paiva Dionisio<br />
1998<br />
Copyright © Angela Paiva Dionisio, 1998<br />
Reservados todos os direitos <strong>de</strong>sta edição. Reprodução proibida, mesmo parcialmente,<br />
s<strong>em</strong> autorização expres<strong>sa</strong> do autor.
UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DE PERNAMBUCO<br />
CENTRO DE ARTES E COMUNICAC;Ao<br />
PROGRAMA DE POS-GRADUAC;Ao<br />
EM LETRAS<br />
ORIENTADORA:<br />
Judith Chambliss Hoffnagel<br />
Apresentada<br />
ao Prograrna <strong>de</strong> P6s-Gradua9ao <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> da<br />
UFPE como urn dos requisitos para obten9ao do Grau <strong>de</strong> Doutor<br />
<strong>em</strong> LingOfstica.<br />
Recife, abril <strong>de</strong> 1998.
'S<br />
'v<br />
"£<br />
·z<br />
.~<br />
:S3~Oa"NIW'tX3
A Professora Doutora Judith Chambliss Hoffnagel 0 meu reconhecimento e a<br />
minha gratidao pelas valio<strong>sa</strong>s discussoes te6rico-metodol6gicas que me possibilitaram<br />
reflexao e amadurecimento na elaborac;ao <strong>de</strong>sta tese. De forma especial, quero<br />
<strong>sa</strong>lientar 0 seu apoio na retomada <strong>de</strong>ste trabalho ap6s alguns troper;os.<br />
Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o a Professora Doutora Ingedore Villac;a Koch pelo incentivo na<br />
realizac;aodo doutorado e pela discussoes tecidas sobre esta pesqui<strong>sa</strong>, as quais foram<br />
extr<strong>em</strong>amente valio<strong>sa</strong>s.<br />
Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o a Professora Doutora Maria Auxiliadora Bezerra pelas contribuic;oes<br />
dadas a este trabalho e pelo apoio <strong>de</strong>monstrado durante a realizac;aodo doutorado e,<br />
mais especificamente, na etapa final <strong>de</strong>sta tese.<br />
Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o ao <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> P6s-Graduac;ao <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> 0 acolhimento e a<br />
colaborac;ao manifestados nos professores, nos funcionarios e nos colegas.<br />
A todos os amigos que me apoiaram no cumprimento <strong>de</strong> mais esta etapa.<br />
Nao<br />
citarei nomes para nao cometer injustic;as.<br />
Sintam-se todos aqui representados<br />
(encarnados e <strong>de</strong>sencarnados).<br />
A minha familia pelo apoio que s<strong>em</strong>pre me <strong>de</strong>u no encaminhamento <strong>de</strong> meus<br />
projetos da vida ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mica.
en6~,a eJpSdap apeplunwooep <strong>sa</strong>JopeJowsoe
uauue.L qeJoqaa<br />
,,·suomsodoJd<br />
l:>eJlsqe uelll<br />
alqeJowaw aJOW pue 6U!:>U!AUO:>aJOW aJe '6u!l<strong>sa</strong>66ns we I'<strong>sa</strong>6ewl"
Em intera
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual 19<br />
1. Introdug8o 19<br />
2. Imagens e linguag<strong>em</strong>: uma teoria cultural da significag80 lingufstica 22<br />
3. Princlpios geradores <strong>de</strong> imagens 27<br />
4. Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> conhecimentos e correlatos Iingufstico-discursivos no proces<strong>sa</strong>mento<br />
textual <strong>de</strong> imagens 38<br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es 52<br />
1. Introdug8o 52<br />
2. Imagens e Descrigoes 53<br />
3. Imagens da vida na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Pedra D'agua 63<br />
4. Inter-relag8o entre atos linguisticos, paraiinguisticos e cinesicos nas <strong>de</strong>scrig6es 97<br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
1. Introdug8o<br />
2. Imagens nos enunciados enunciativos<br />
3. Imagens nos enunciados metaiinguisticos<br />
105<br />
105<br />
109<br />
112<br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
1. Introdug8o<br />
2. Imagens nos relatos<br />
3. Imagens nas narrativas conver<strong>sa</strong>cionais<br />
148<br />
148<br />
152<br />
157
"There are more interesting linguistic phenomena in the<br />
world than the available linguists and anthropologists can<br />
ever study with scientific rigor."<br />
Gary Palmer
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduyao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduy80
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduc;;ao<br />
pesqui<strong>sa</strong>doras2 ao encontro dos informantes <strong>em</strong> seus locais <strong>de</strong> trabalho ou <strong>em</strong> suas<br />
1 Na transcriyao dos dados, procurei seguir as normas prescritas pelo projeto NURC e por Marcuschi<br />
(1993), mas inseri algumas outras normas <strong>em</strong> funr;:ao dos objetivos <strong>de</strong>sta pesqui<strong>sa</strong>:<br />
a) ... ~ pau<strong>sa</strong>s <strong>em</strong> geral, po is nao foram cronometradas apos urn segundo;<br />
b) [ ] ~ sobreposiyoes<br />
c) : ou :: ~ dois pontos ou mais sinalizam 0 alongamento <strong>de</strong> vogais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da durayao;<br />
d) ( ) ~ cont<strong>em</strong> os segmentos initeligiveis;<br />
e) I ~ truncamentos, isto e, cortes numa unid<strong>a<strong>de</strong></strong> Iinguistica;<br />
f) MAIUSCULAS ~ marcam os segmentos produzidos com enfase;<br />
g) « » ~ cont<strong>em</strong> os comentarios da transcritora;<br />
h) H ou M + N°~ indicam 0 sexo dos informantes e 0 numero que receberam no corpus;<br />
i) POi ~ pesqui<strong>sa</strong>dora na area <strong>de</strong> Linguistica (UFPE);<br />
j) P02 ~ pesqui<strong>sa</strong>dora na area <strong>de</strong> Sociologia Rural (UFPB);<br />
I)" n~ marcam os dialogos proferidos no corpus;<br />
m) * ~ marca os trechos <strong>de</strong> fala com imita980 <strong>de</strong> tra90s prosodicos;<br />
n) negrito ~ <strong>de</strong>staca os termos <strong>de</strong>scritos ou <strong>de</strong>finidos;<br />
0) italico ~ <strong>de</strong>staca as sequencias <strong>de</strong>scritivas ou <strong>de</strong>finidoras.<br />
2 Participou tamb<strong>em</strong> da coleta dos dados Elizabeth Lima que na epoca fazia Mestrado <strong>em</strong> Sociologia<br />
Rural (UFPB-Campus II).
Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu98o<br />
eomunid<strong>a<strong>de</strong></strong>), Qffl.9ve qualquer urn po<strong>de</strong>ria propor t6pieos diseursivos e,<br />
eonsequent<strong>em</strong>ente, realizar turnos nueleares. As vezes, torna-se diffeil elassifiear as<br />
3 Para Gal<strong>em</strong>beck et alii (1990:86-7), os tumos nucleares contribu<strong>em</strong> substancialmente para 0<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do t6pico discursivo e po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>em</strong> justapostos e <strong>em</strong> andamento. 0<br />
primeiro eqUivale a cada interveny80 dos interlocutores: "e nuclear porque <strong>de</strong>senvolve 0 t6pico da<br />
sequencia e e justaposto <strong>em</strong> relay80 ao tumo que se Ihe segue, tumo neces<strong>sa</strong>riamente nuclear,<br />
tamMm". Ja 0 nuclear <strong>em</strong> andamento se caracteriza pera necessid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> 0 falante realizar a<br />
interveny80 subsequente vi<strong>sa</strong>ndo a prosseguir a "unid<strong>a<strong>de</strong></strong> sintatico-s<strong>em</strong>antico-pragmatica <strong>de</strong> sua<br />
interveny80 anterior. Para <strong>de</strong>terminar se urn tumo esta <strong>em</strong> andamento ou n80, e fundamental recorrer<br />
aos dados pros6dicos."
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
IntrodUS:80
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduyao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduc;ao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu98o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu98o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu98o<br />
regulamentagao jurfdica. Recorreram tamb<strong>em</strong> a realiza
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdw;ao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu98o<br />
construrdos. E fundamental que se esclarec;a que 0 termo imag<strong>em</strong> engloba, neste
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduy80<br />
4 Marcuschi (1997:26) sugere que "se adote a expres<strong>sa</strong>o 'generos cornunicativos' ern sUbstituil;ao a<br />
tipos textuais. Textos SaD artefatos ou fenornenos que exorbitarn suas estruturas e 56 tern efeito se se
situar<strong>em</strong> <strong>em</strong> algum contexto comunicativo. Assim, 0 termo comunicativo ao l<strong>a<strong>de</strong></strong> da expres<strong>sa</strong>o genero<br />
daria a qualificagao mais <strong>a<strong>de</strong></strong>quada".
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu9ao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introdu~o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Introduyso
Capitulo I<br />
Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento<br />
Textual<br />
"Language is the play of verbal symbols that are based in imagery.<br />
Imagery is what we see in our mind's eye, but it is also the taste of<br />
a mango, the feel of walking in a tropical downpour, the music of<br />
Mississippi Ma<strong>sa</strong>la. Our imaginations dwell on experiences<br />
obtained through all the sensory mo<strong>de</strong>s, and then we talk".<br />
Gary Palmer
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
(01)<br />
323. M21<br />
324.<br />
325. M02<br />
326. M21<br />
327.<br />
328. M02<br />
329.<br />
330.<br />
331.<br />
332. M17<br />
333. M02<br />
334. M21<br />
[h<strong>em</strong> Dioma? a[ engra9ado foi 0 e: foi es<strong>sa</strong> ... eu<br />
vinha la <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto com a faca ... mai [Jandi/<br />
[0 cabelo chei <strong>de</strong> tot6<br />
sim: "mai Jandira eu vo dize a Anja agora que ela vai apanM a profis<strong>sa</strong>o <strong>de</strong><br />
madrinha agora mermo" ... ai qua no eu cheguei na <strong>sa</strong>! quano eu dou as cara na porta ...[<br />
sorrino e gritano (( M21 comeqa a sorrir)) e Iimpano a faca na mao ... e ela PRA ...<br />
((posiciona as duas maos <strong>em</strong> frente ao rosto, formando um retangulo com os <strong>de</strong>dos<br />
polegares e indicadores, imitando uma maquina fotografica.)) «todos ri<strong>em</strong>»<br />
e ela tava ali ... num tava n<strong>em</strong> Iigano<br />
mai <strong>de</strong>sgra90 Dinda mermo<br />
«ainda sorrindo» vige ma:ria do pu vista<br />
[e
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
para produtor e receptor. Keller e Keller (1996:119) acrescentam que "imagens e<br />
representaQoes sensoriais motoras constitu<strong>em</strong> formas basicas <strong>de</strong> ativid<strong>a<strong>de</strong></strong> mental, as<br />
lingua como um c6digo disponfvel, nao haveria construgao <strong>de</strong> sentidos (e por isso
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
E preciso que se res<strong>sa</strong>lte que "a construcao<br />
do sentido do discurso envolve dimensoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
construidas a partir da verbalizac;ao <strong>de</strong>sta reportagern. Durante urna conver<strong>sa</strong>, urn dos
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> 29<br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
342. H03 e ... eu assisti na Cam! <strong>em</strong> Campina ... eu num tinha visto esse pas<strong>sa</strong>dii aqui ... af<br />
343. quando cheguei <strong>em</strong> Campina ... eu to na frente do televi<strong>sa</strong>o assim ... eu vi pas<strong>sa</strong> : urna<br />
344. rnu/M najane:la ... eu digo "aquela e Zefa Anjo" ... « todos ri<strong>em</strong> » eu digo "ox<strong>em</strong>" ...<br />
345. eu num <strong>sa</strong>bia da histora ... que eles tinham vindo aqui urn dia ... e eu num tinha vindo<br />
346. aqui na vage eu num <strong>sa</strong>bia ... <strong>de</strong> madrugada eu viajei pa Campina ... quano cheguei<br />
347. <strong>em</strong> Campina foi a pr<strong>em</strong>era cara que eu vi foi Zefa Anjo oiando pelajanela no televis6<br />
348. ..."ox<strong>em</strong> que nego{:o e esse?"<br />
349. P01 eu assisti eu vi « sorrir»<br />
350. H03 pois e ... eu tava <strong>em</strong> Campina nesse dia ... e ai <strong>sa</strong>i daqui s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>M num <strong>sa</strong>bia<br />
351. P01 e 0 que foi que 0 senho achO? quando viu la ?<br />
352. H03 quando eu vi ... eu achei eu achei muito ruim: e <strong>de</strong>ferente ... pruque aconteceu isso s<strong>em</strong><br />
353. ... s<strong>em</strong> vim ningu<strong>em</strong> aqui ... eu digo "ox<strong>em</strong> num foi ningu<strong>em</strong> <strong>em</strong> Peda D'agua e a ca<strong>sa</strong><br />
354. <strong>de</strong> Zefa Anjo naquela televi<strong>sa</strong>o" ... <strong>de</strong>poi passe urn: urn rnenino rnontado no burro .<br />
355. <strong>em</strong> osso ... eu digo "aquele menino que ta montado no burro e 0 menino <strong>de</strong> Zito" eu<br />
356. conheci 0 burro ... um burro branco ... digo "e 0 menino <strong>de</strong> Zito ... pass6 montado no<br />
357. burro"<br />
358. H09 <strong>de</strong>nto da televi<strong>sa</strong>o ?<br />
359. H03 <strong>de</strong>nto da televi<strong>sa</strong>o ... "aquilo e Peda D'agua ... e <strong>de</strong> Peda D'agua ..." «H9 sorrir» eu<br />
360. digo... "e <strong>de</strong> Peda D'agua" ... « todos sorri<strong>em</strong>» af eu vim na duvida ne ? mai ainda vim:<br />
361. ... vi e vim na duvida ... quando cheguei na rodoviara ... af tinha uma turma ... <strong>de</strong> Serra<br />
362. do Ponte ... af a turma da Serra do Ponte dixe "Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o<br />
363. ... tu viu?" «P01 sorrir» eu digo "e e Peda D'agua mermo?" dixi "e Peda D'agua"...ai eu<br />
364. digo "born eu vi ... eu vi e Peda D'agua" ... eu digo mai eu num <strong>sa</strong>bia ... a aon<strong>de</strong> eu fui<br />
365. ve( ) af eu dixi "os cara SaDesses mermo [ ... ] e <strong>sa</strong>o" ... a[ eu conheci 18 : 0 menino<br />
366. M06 [e]<br />
367. H03 <strong>de</strong> Zito no burro [ ... e Zefa e Zefa Anjo na janela ... na janela do Oit80da ca<strong>sa</strong> assim do<br />
368. P01 [e<br />
369. H03 lado ... Zefa Anjo na janela ... mai eu conheci ... mar ei fiquei MOR:to <strong>de</strong>: ! pa <strong>sa</strong>be<br />
370. M06 e Zeta Anjo<br />
371. H03 como que foru la « P1 sorrir» ... como e que aquele povo toru 18 « come{:a a sorrir»
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
E<br />
posslvel agrupar estas cenas <strong>em</strong> dois gran<strong>de</strong>s atos (tomo este termo, por
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
A turma<br />
H03<br />
A turma<br />
H03<br />
da Serra dos Pontes<br />
da Serra dos Pontes<br />
Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o ... tu viu?<br />
e e Peda D'agua mermo?<br />
e Peda D'agua<br />
bom eu vi... eu vi e Peda D'agua<br />
os cara s~o esses mermo ... e <strong>sa</strong>o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
566. H03<br />
567.<br />
568.<br />
569.<br />
570.<br />
571.<br />
572.<br />
573.<br />
574.<br />
575. H09<br />
576. H03<br />
e ... 0 t<strong>em</strong>po num da ... pa chega ... melhor6 muito aqui ta melhorado muito ...<br />
num tern n<strong>em</strong> compara ... eu <strong>sa</strong>i daqui uma epoca eu era garoto assim ... assim<br />
((aponta para uma menina com aproximadamente 8 anos)) ( ) uns <strong>de</strong>i zano ...<br />
minha mae dixe "vai vend~ esses ovo" ... <strong>de</strong>z ovo <strong>de</strong> galinha ... "vai vend~ ... pra<br />
compra UM coco pra faze: papa pro menino" ... era Severino 0 mai vel eu <strong>sa</strong>l com<br />
esses ovo .... pra Serra dos Ponte '" ven<strong>de</strong> a tus-tao ... <strong>sa</strong>l com esses ovo ...<br />
peguei pa pa ven<strong>de</strong> 0 ovo a tustao bati Seffa do Ponte ... <strong>de</strong>sci pu Cha dos<br />
Per~ra ... <strong>de</strong> CM dos Perera vortei entrei nos Ponte ... <strong>sa</strong>! na TOffe ...<br />
cheguei <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> com cinco tosHio<br />
s6 ven<strong>de</strong>u cinco ovo ?<br />
[ 56 vendi cinco ovo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
I: 1...11 «num crescendo» assobe <strong>sa</strong>i 18<strong>em</strong> Joao <strong>de</strong> Nadil <strong>de</strong> Joao <strong>de</strong> Nadil <strong>sa</strong>i 18<strong>em</strong> Antoim Gomel<br />
<strong>de</strong> Antoim Gome <strong>sa</strong>i 18no c<strong>em</strong>itero que da Cha ai sobe'e <strong>sa</strong>i na cha, 1 e pertim pertim
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
296. P02<br />
297. H02<br />
298. P02<br />
299. H02<br />
300.<br />
e Pedra D'agua era do mesmo jeito que e hoje ... antigamente era <strong>de</strong>sse mesmo jeito?<br />
era mio ... a terra cansou<br />
naquele t<strong>em</strong>po era melhor?<br />
a terra cansou ... tudo s6 vai pa trai ... s6 vai pa frente fome ... peste ... guerra e<br />
carestia<br />
091. P01<br />
092. H03<br />
093. P01<br />
e por que 0 senhO acha que [ mudou tanto?<br />
[ a terra apudreceu ... a terra [a r09a apudreceu<br />
[ah: ] «exclama)
Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
094. H03<br />
095.<br />
apudreceu a terra ...e a mandioquinha quano a mandioquinha ts engros<strong>sa</strong>no ...<br />
v<strong>em</strong> a chuva do mei <strong>de</strong> Santana<br />
acaba com tudo<br />
(06)<br />
099. H03<br />
100.<br />
101.<br />
102.<br />
mesma ne? chove do merrno jeito as vei ate a chuva vai ps uns canto melh6 ...a<br />
seca <strong>sa</strong>c menas ... tudo melhora maisi 0 0 produto ... foi <strong>em</strong>bora se <strong>de</strong>xa na<br />
terra apudrece se acaba tudo la como seja urn: urna doenc;:aque <strong>de</strong>u na terra ... que<br />
aque:la batata num se cria ... aquilo apudrece na terra mermo ... a terra da a terra<br />
acaba<br />
acaba, a terra cansou, a terra apudreceu- caracterizando a metafora ontol6gica 2 .<br />
2 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas onto/6gicas <strong>sa</strong>o aquelas que transformam conceitos<br />
abstratos <strong>em</strong> entid<strong>a<strong>de</strong></strong>s -coi<strong>sa</strong>s ou seres (animais ou humanos).<br />
3 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas orientacionais <strong>sa</strong>c aquelas que organizam todo um<br />
sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> conceitos com relac;:aoa outro e que t<strong>em</strong> uma base <strong>em</strong> nos<strong>sa</strong>s experiencias cultural e fisica e<br />
estao Iigadas a orientac;:ao espacial: <strong>em</strong> cima/<strong>em</strong>baixo, <strong>de</strong>ntro/fora, frente/atras, profundo/raso.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
081. H03<br />
082.<br />
083.<br />
084.<br />
085.<br />
pruque e como a gente diz '" a carestia e monstra<br />
... todo mundo foi pobre<br />
<strong>de</strong>r<strong>de</strong> 0 comeyo ... entr6 uma carestia <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> cada vei mai a gente vai ... vai se<br />
acabano <strong>de</strong> mundo abaxo cada vei mai a gente vai <strong>de</strong>ceno ... puque 0 que<br />
arranja urn da ... <strong>em</strong>prego ningu<strong>em</strong> tern pa vive aqui s<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego qu<strong>em</strong> trabaia<br />
<strong>em</strong> adicultura adicultura negano negano ..<br />
4 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas estruturais SaD aquelas que estruturam urn conceito <strong>em</strong><br />
termos <strong>de</strong> outro e SaD respon<strong>sa</strong>veis pela estruturayao <strong>de</strong> nosso sist<strong>em</strong>a conceptual <strong>de</strong> maneira<br />
sist<strong>em</strong>atica.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
como "urn conjunto <strong>de</strong> pistas, representadas por el<strong>em</strong>entos lingOfsticos <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
121.<br />
122.<br />
123.<br />
124.<br />
125.<br />
126.<br />
127.<br />
128.<br />
129.<br />
130.<br />
131.<br />
132.<br />
133.<br />
134.<br />
135.<br />
136.<br />
137.<br />
138.<br />
139.<br />
140.<br />
141.<br />
142.<br />
143.<br />
144.<br />
145.<br />
146.<br />
M22<br />
M02<br />
M06<br />
M022<br />
M02<br />
M06<br />
M02<br />
M06<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
M04<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
vei uma mule: naquela mule <strong>de</strong> (<br />
Van?<br />
uma pampa<br />
ai que<strong>de</strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra<br />
uma tampa?<br />
umaPampa<br />
e ((sorrindo))<br />
eu entendi uma tampa<br />
(...) ai a mule veii <strong>de</strong> Campina dana: Denise<br />
veii (<br />
) com Pampa ((continua a sorrir com 0 nome do carro))<br />
ai c<strong>a<strong>de</strong></strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra ... arente fico olhano ela butava a carro ... 0 carro ... <strong>de</strong>scia logo<br />
novinha na hora tinha feito ." e butava nada ... a[: <strong>sa</strong>be quantas nega e nego cheg6 la?<br />
«risos»uns<br />
tinta e cinco ... quando cheg6 pra impurra 0 carro poi levar6 0 carro quaji na<br />
mao ((junta os <strong>de</strong>dos indicadores e os dois polegares tormando um circulo)) pia 0 oi<br />
da mule ((todos ri<strong>em</strong> bastante» ai a felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> que ela conhecia eu '" MUlto ... conhecia<br />
eu ... «ainda rindo» <strong>de</strong> mai (...)<br />
pra leva 0 carro? como?<br />
ai minha fia os neguinhi pequeno e as nega gran<strong>de</strong> e os nego vei impuraru 0 carro e 0<br />
carro .., 6i mai ... quando ela bateu 0 6i que abriu e tecM 0 carro assubiu ... mai a mule<br />
a mule teve medo Madrinha<br />
teve medo teve<br />
«risos»<br />
acho que ela nunca viu tanto assim <strong>de</strong> nego junto «sorrindo» ... ai quando ela cheg6<br />
imcima que <strong>de</strong>u os agr<strong>a<strong>de</strong></strong>cimento<br />
doidinha<br />
<strong>de</strong> medon<br />
ficou com medo por que?<br />
sei la quando ela viu aqueles pre/aqueles<br />
'" mai eu disse "eu conheci que: que a senhora fico<br />
povo to[dim
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
708. P01 tern familia eles?<br />
709. M02 tern uma menina n<strong>em</strong> e branca n<strong>em</strong> e preta n<strong>em</strong> e cor-<strong>de</strong>-ro<strong>sa</strong> ficou <strong>de</strong> meia la meia<br />
710. ca<br />
391. P02 foi? ele e mogo ainda e?<br />
392. M02 e mocim ele cumo Fazele como as pessoa da Africa pretim ate a m§o <strong>de</strong>le e preta<br />
393. P02 ele e preto e?<br />
394. M02 e ate a maC5zinharoxinha ate a lingua ((risos))<br />
395. M04 mas e um preto estudado um preto ne? ele e muito simpatico ele uma pessoa muito<br />
396. legal Divino
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
14. P01 aqui eo que? aqui e bre:jo? aqui e 0 que que e isso ?<br />
15. H03 aqui e agreste<br />
16. P01 agreste?<br />
17. H03 agreste e ... t<strong>em</strong> um cherim <strong>de</strong> catinga '" e um um cherim <strong>de</strong> brejo ... e «P01 sorrir))<br />
18. P02 eu pen<strong>sa</strong>va que era brejo<br />
19. P01 pois eu tava pen<strong>sa</strong>no que era brejo e t~o fri:o<br />
20. H03 num e BREjo brejo nao ... daqui mai: uma leguaja pega brejo mermo ... agua pu<br />
21. todo canto<br />
formac;ao cultural <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los, ao consi<strong>de</strong>rar que os cenarios5 "estimulam nos<strong>sa</strong>s
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
marcas <strong>de</strong> preconceito.<br />
Ja no ex<strong>em</strong>plo (11), a <strong>de</strong>scriC;80do s<strong>em</strong>inarista -Divinomostra<br />
a comparaC;80da sua negritu<strong>de</strong> com os habitantes da Africa e nao com os
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
064. H02<br />
065. P01<br />
066. M11<br />
067. H02<br />
qu<strong>em</strong> e que <strong>sa</strong>be me exprica qu<strong>em</strong> e que t<strong>em</strong> a tripa <strong>de</strong>ntro da agua? «risos»<br />
como e que [e<br />
[e a lui]<br />
090. M11 v6 dize 6tra 0 que e 0 que e que no ma t<strong>em</strong> e mule t<strong>em</strong>? «risos))<br />
091. P01 <strong>em</strong>e
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
092. M17 [[nao<br />
093. M04 [[nao<br />
094. M11 barra ... barra <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ia
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
(14)<br />
009. M03<br />
010.<br />
011.<br />
012.<br />
013.<br />
014.<br />
015.<br />
016.<br />
017. P01<br />
018. M03<br />
019.<br />
020. P01<br />
021. M03<br />
todo dia ... <strong>sa</strong>la 0 dia cedo ... <strong>de</strong> manha ... no t<strong>em</strong>po da panha <strong>de</strong> agudao a gente<br />
pas<strong>sa</strong>va a s<strong>em</strong>ana la ... minha mae juntava aqueles pessoa tudim a gente trabaiava la<br />
... quan vin vinha na sexta ... tinha vei que eu du drumia la ... 56: ou vinha <strong>de</strong> quin:ze<br />
<strong>em</strong> quinze dia ... <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" panhando agudao ... aquilo a tua vo vendia urn: urn<br />
capao ... pu:/ era cada bicho <strong>de</strong>ste tamai «<strong>de</strong>monstra com as maos 0 tamanho do<br />
animal» cevado no no chiquero ... que as galinha <strong>de</strong>la tudo era pre<strong>sa</strong> .,. ela me dava<br />
todos os t<strong>em</strong>pero ... dona Tavinha '" eu: sei que a gente matava ... oi <strong>de</strong>z toe ... a<br />
senhora num num <strong>sa</strong> <strong>sa</strong>l<strong>em</strong>bra <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe ... pense que a senhora num conheceu?<br />
nao ... conheci nao<br />
apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />
tostlio viu?<br />
uhum<br />
al a gente fazia a cota ... eu mai a a finada veia ... Mariana ... Maria MarUm ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
(15)<br />
316. H02<br />
317.<br />
318.<br />
319.<br />
ts urn t<strong>em</strong>po fraco ... urn t<strong>em</strong>po acabado ... as senhora porque <strong>sa</strong>c da praya ... ainda tern<br />
urn alimentozim quaique mai 0 pessoal da ro/do mato ... da (09a quin<strong>em</strong> a gente<br />
trata ... urn af t8 contano fraqueza contando zuada isso e aquilo 6to s6 ps enche a boca<br />
dos 6to <strong>de</strong> f6ia ... mai tudo morto ... t8 tudo morto.<br />
(...)<br />
571. H03 esses ovo .... pra Serra dos Ponte ... ven<strong>de</strong> a tus-tao ... <strong>sa</strong>l com esses ova ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />
18. M03 apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />
19. tost~oviu?
Capitulo II<br />
Imagens e Descri~oes<br />
"In listening to someone who is <strong>de</strong>scribing something, some<br />
sort of representation will form in your mind -in the<br />
imagination perhaps- as if it were perceived. It will not be<br />
the <strong>sa</strong>me as the thing itself - it will be very abstract<br />
compared with it. It will highlight certain points, which way<br />
be of interest compared to the original perception, and so<br />
on. We are constantly forming re-presentations in this way."<br />
David Bohm
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;oes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
forma, numera, etc.), as prapried<strong>a<strong>de</strong></strong>s das partes focalizadas. E, portanto, a operac;ao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
CapItulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
477. M03 era moeo mermo<br />
478. H03 era mo:eo .., tinha que griM ... chamava ele <strong>de</strong> Zebu « H9 sorrir» ah: dona<br />
479. SinM mermo dona Sinha s6 chamava ele <strong>de</strong> Zebu ... dona Sinha diga a Zebu que<br />
480. venha ca ... af : batia la<br />
481. P01 por que Zebu?<br />
482. H03 dona Sinha gostava <strong>de</strong>le <strong>de</strong>mai<br />
483. M03 porque ele era munto forte<br />
484. H03 porque ele era muito forte<br />
485. P01 sim<br />
486. H03 multo forte ... forte e disposto ... dona Sinha gostava muito <strong>de</strong>le que ele trabaiava<br />
487. muito a dona Sinha ... trabaio muito '" era forte e disposto 0 vei<br />
488. M03 era 0 vei '" teu pai '" quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoco<br />
489. quebrado [ ... tu se al<strong>em</strong>bra<br />
490. H03 [foi:<br />
491. H03 me al<strong>em</strong>bro '"<br />
492. M03 Antoin ?<br />
493. H03 meu irmao ... e:[le<br />
494. M03 [ele tiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota e jogo [ ...<br />
495. H03 [jogo nas costas [ e trouxe pra ca<br />
496. M03 [ nas costas e<br />
497 trouxe sozin ... foi ( )
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
pr6prio discurso dos pedradagOenses.<br />
E 6bvio que neo se po<strong>de</strong> esquecer que a
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri'roes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />
(17)<br />
038. H02<br />
039. P02<br />
040. H02<br />
041.<br />
e ... 0 Mane Palo era 0 her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra aqui [era Mane Palu ah sim ... era comp<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
[a! ele tinha es<strong>sa</strong> terra todinha?<br />
Mane Palu sim tinha es<strong>sa</strong> Pedra D'agua pas<strong>sa</strong> ar... ali... ali... ali ate divi<strong>sa</strong> ...<br />
pas<strong>sa</strong> ali assobe ... vai acola <strong>em</strong> cima daquela casinha que t<strong>em</strong> la <strong>em</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
042.<br />
043. P02<br />
044. H02<br />
045.<br />
046. P02<br />
047. H02<br />
048. P02<br />
049. H02<br />
050. P02<br />
051. H02<br />
052.<br />
cima. ..[ pra <strong>em</strong> cima uma coisinha a divi<strong>sa</strong> ...[ e dos Xunga ...<br />
[sim<br />
[hum<br />
pra fa e dos Xunga e pas<strong>sa</strong> fa 0 naquefa ca<strong>sa</strong> que t<strong>em</strong> da ... da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> coma <strong>de</strong><br />
Jandira ... pra fa t<strong>em</strong> urna ca<strong>sa</strong> ... pas<strong>sa</strong> pa ca mai e assobe ali [e uns doze quadro<br />
por af «0 informante<br />
[ hum<br />
movimenta os bral;os aleatoriamente para direita e esquerda))<br />
e era tudo <strong>de</strong> Paulo?<br />
era ... era <strong>de</strong>sse vej que <strong>de</strong>xQ...[ tinha uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira pa la ...<br />
[sim<br />
tinha uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... antiga ... antiga ... hum ta com mais <strong>de</strong> cern ano '" ta com<br />
mais <strong>de</strong> cern ano<br />
es<strong>sa</strong> Pedra D'agua<br />
pas<strong>sa</strong> ai... ali... ali ali ate divi<strong>sa</strong> ...<br />
pas<strong>sa</strong> ali assobe .<br />
vai acola <strong>em</strong> cima daquela casinha que t<strong>em</strong> la <strong>em</strong> cima
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: lmagens e Descric;6es<br />
pra <strong>em</strong> cima uma coisinha a divi<strong>sa</strong> ...[e dos Xunga ... pra la e dos Xunga<br />
e pas<strong>sa</strong> la 0 naquela ca<strong>sa</strong> que t<strong>em</strong> da ... da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> com<strong>a<strong>de</strong></strong> Jandira<br />
pra la t<strong>em</strong> uma ca<strong>sa</strong> ... pas<strong>sa</strong> pa ca mai<br />
e assobe ali e uns doze quadro por af<br />
((0 informante movimenta os bragos aleatoriamente para direita e esquerda))
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
(18)<br />
218. H02<br />
219.<br />
220.<br />
221. P02<br />
222. H02<br />
223.<br />
224. P02<br />
[tar eu fico com urn pedacinho dali pra Ii... pas<strong>sa</strong> ai nes<strong>sa</strong> grotinha ate<br />
naquele canto <strong>de</strong> la... e vai t<strong>em</strong> 6tro ali... ja pra la e 6 oro...ja daqui daquela<br />
grotinha pra la ja e <strong>de</strong> Godinha e e <strong>de</strong> pedacinho <strong>em</strong> pedacim .,.<br />
e qu<strong>em</strong> divi<strong>de</strong> isso ... como e que [ que<br />
[que divi<strong>de</strong> ... ele se apo<strong>de</strong>rou-se dali ... t8 morando ...<br />
ja que ele teL. adon<strong>de</strong> fez a ca<strong>sa</strong> ele se apo<strong>de</strong>ra daquele pedacinho [e com tanto assim<br />
[sim<br />
(19)<br />
497. P01<br />
498. H05<br />
499.<br />
500. P01<br />
501. H05<br />
502. P01<br />
503. H05<br />
504. P01<br />
505. H05<br />
506. P01<br />
507. H05<br />
508. P01<br />
509. H05<br />
510. P01<br />
511.<br />
512. H05<br />
como e mermo? <strong>de</strong> on<strong>de</strong> e a terra do senho e pra on<strong>de</strong> e?<br />
ta veno aquele ((aponta para varios coqueiros ao seu lado direito)) esse pe <strong>de</strong> coco<br />
que t<strong>em</strong> ali?<br />
esse gran<strong>de</strong>? [esse maior? ((aponta para 0 mais alto))<br />
[ hum? ... sim esse mai6 [ ... esse junto do pequeninin la ... e do mai6<br />
[ sim t6 vendo<br />
pra cA e meu [ ... J pra la<br />
[sim]<br />
((aponta para frente)) aqui [ ... nes<strong>sa</strong> nes<strong>sa</strong> mandioquinha que t<strong>em</strong> ai nes<strong>sa</strong> roga '" ta<br />
[ do lado esquerdo?<br />
veno?<br />
sei<br />
ja e <strong>de</strong> Zito '" aqui e [( )<br />
[ mas e 0/ entao a sua divi<strong>sa</strong> pra cA ((do lado esquerdo)) e<br />
aon<strong>de</strong>? da mandio/ <strong>de</strong>sse pe <strong>de</strong> bananera perlo da mandioca<br />
pra ca?<br />
e ... sim ... pra ca ... muito b<strong>em</strong> mermo no acero do pe da mandioca<br />
dali pra ca e meu
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
517. P01<br />
(...)<br />
523.H05<br />
524.<br />
525. P01<br />
526. H05<br />
527.<br />
528. P01<br />
529.<br />
530. H05<br />
531. P01<br />
532. H05<br />
533. P01<br />
534. H05<br />
535. P01<br />
536. H05<br />
537.<br />
538. P01<br />
539. H05<br />
540. P01<br />
541. H05<br />
542. P01<br />
543. H05<br />
544. P01<br />
56 serve se amostra «ja fora da ca<strong>sa</strong>» pra ca «ou seja, a parte <strong>de</strong> tras da ca<strong>sa</strong>» vai<br />
<strong>sa</strong>be aon<strong>de</strong>?<br />
uhum<br />
num ta veno es<strong>sa</strong>s duas ca<strong>sa</strong>? «apontando para duas ca<strong>sa</strong>s localizadas no alto atras da<br />
ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> H05» es<strong>sa</strong>s duas ca<strong>sa</strong> e minha<br />
ah sim '" es<strong>sa</strong> ro9a af tamb<strong>em</strong>? «apontando para urn plantio <strong>de</strong> mandioca atras da ca<strong>sa</strong><br />
<strong>de</strong> H05»<br />
e: sim ... es<strong>sa</strong> ro9asinha todinha e minha<br />
e vai ate aon<strong>de</strong>? ate la <strong>em</strong> ci:mao? «aponta para 0 alto da serra»<br />
vai inte: a senhora ja and6 porali ja?<br />
ja<br />
e ja? inte a portera? e la<br />
quando eu vim da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> tia Nova ... eu <strong>de</strong>sci poraf ... [ urn dia<br />
mermo mermo ... apoi tern uma portera la<br />
e<br />
e <strong>de</strong> la pra ca 0 fina [ ... 0 fina ... 0 fina e daquele<br />
[e gran<strong>de</strong><br />
vai la urn pouco «fala virando-se<br />
do pe <strong>de</strong> manga?<br />
pra ca ... NAO [ '" inda vai mais Ie<br />
[ sim<br />
[<strong>de</strong>sceu mermo nao ... e<br />
pe <strong>de</strong> coco pra ca ... 0 pe <strong>de</strong> manga<br />
para a parte mais baixa do terreno»
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Irnagens e Descrh;:6es<br />
tijolo.<br />
(21)<br />
231. P01<br />
232.<br />
233. H03<br />
234.<br />
235.<br />
236.<br />
237. M03<br />
238. H03<br />
239. M03<br />
240. H03<br />
241. P02<br />
242. H03<br />
243.<br />
244. M03<br />
245. H03<br />
246. H09<br />
247. M03<br />
248. H03<br />
o senhO tava dizendo ainda agora que: aqui antigarnente 56 tinha cas a ... 56 tinha<br />
ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa ne ? a ca<strong>sa</strong> rnelhor era [ <strong>de</strong> :<br />
[ era <strong>de</strong> Ze Firmino meu tii ... era <strong>de</strong> taipa<br />
coberta <strong>de</strong> teia tapadinha <strong>de</strong> barro ... era a ca<strong>sa</strong> rnelh6 que tinha ... aqui ... 0 resta<br />
tudo era ... ca<strong>sa</strong> acabada ... es<strong>sa</strong> aqui mermo era urna ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa ali assim (( aponta<br />
<strong>em</strong> direqao ao antigo lugar ))<br />
era ... [ali assim (( ainda indicando 0 local))<br />
[ a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> meu pai [ era<br />
[era ali assim [ ... ela dali arranc6 boW pali (( aponta<br />
[ tudo <strong>de</strong> taipa?<br />
vagamente para a lateral direita da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> MOB, localon<strong>de</strong> ocorria a conver<strong>sa</strong> ))<br />
com a frente ali pra baxo [ ... ] ali pra cima ... dali arranc6 fei es<strong>sa</strong> daqui ... af<br />
[isto 1<br />
pass6 a tijolo [ ... ar :<br />
[ja foi quano os fii pegaru i pu Ri ?<br />
foi foi<br />
ja quano pegaru i pu Ri ... af foi fazeno urn foi fazeno 6to e foi fazeno urna fazeno
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
a) a melhor ca<strong>sa</strong>:<br />
<strong>de</strong> Ze Firmino meu tii<br />
era <strong>de</strong> taipa<br />
coberta <strong>de</strong> teia<br />
tapadinha <strong>de</strong> barre<br />
era a ca<strong>sa</strong> melh6 que tinha '" aqui<br />
b) as outras ca<strong>sa</strong>s:<br />
tudo era ca<strong>sa</strong> acabada<br />
c) a ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> que ocorre a conver<strong>sa</strong>:<br />
era <strong>de</strong> taipa ali assim ((aponta <strong>em</strong> direr;8o ao antigo lugar))<br />
a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> meu pai era<br />
ele dali arronco boto pali ((aponta vagamente para a lateral direita da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong><br />
M06,1ocal on<strong>de</strong> ocorria a conver<strong>sa</strong>))<br />
com a frente ali pra baixo<br />
dali arranco fei es<strong>sa</strong> daqui<br />
af passo a tijolo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capftulo II: Imagens e Descriyoes<br />
249. oto af meu pai fei uma pruque: eu com <strong>de</strong>zessete pa <strong>de</strong>zoito ano arresovi afaze<br />
250. ... fi bati 0 tijolo fui <strong>em</strong>bora pu Ri ... cheguei no Ri <strong>em</strong>peleitei pra entrega ela<br />
251. coberta '" 0 caba <strong>em</strong>peleito pu oitenta mirei ... pa da coberta eu dano os materia ...<br />
252. man<strong>de</strong>i 0 vei pas<strong>sa</strong> pa <strong>de</strong>nto ... 0 vei passo pa <strong>de</strong>nto eu fiquei nes<strong>sa</strong> agonia af .., pa<br />
253. la e pra ca pa fa e pra ca pa la e pra ca ... e eu sei que termino quano foi <strong>em</strong> quarenta<br />
254. ... foi quarenta e oito eu resolvi a me ca<strong>sa</strong> af vim ... fii uma ca<strong>sa</strong> pra mim ... ele<br />
255. queria <strong>de</strong>ixa a minha ... "nao fiquei na sua" ( ) "0 senho vai morn~ nes<strong>sa</strong> af que vo<br />
256. faze uma pra mim" ... af fi uma <strong>em</strong> quarenta e oito la mai pa trai pa <strong>de</strong>nto das grota<br />
257. ... e fiquei na vida do Ri ... na vida do Ri na vida do Ri na vida do Ri ... e tal ... fui
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;oes<br />
Acima: ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> que ocorre a conver<strong>sa</strong>:<br />
<strong>em</strong> tijolos cobertos com cimento e teto com telhas.<br />
Abaixo: ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa coberta com pal has <strong>de</strong> coqueiro:<br />
primeiro tipo <strong>de</strong> habitac;8o.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
(22)<br />
182. P01<br />
183. H03<br />
184. P01<br />
185. H03<br />
e 0 senh6 ainda acha que esse e 0 t<strong>em</strong>po melh6?<br />
eo t<strong>em</strong>po melh6 ... ainda e melh6 do que antigamente<br />
porque?<br />
por que antigamente eu: eu nasci e me criei dormino numa cama numa paia no ch130
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
186.<br />
187. H9<br />
188. P01<br />
189. H03<br />
'" era numa cama numa paia no chao [ .... J a cas a <strong>de</strong> paia veno as estrela todinha<br />
[ era 1<br />
veno as estrelas « sorrir))<br />
e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sse t<strong>em</strong>po ruim a minha ca<strong>sa</strong> e <strong>de</strong> tijolo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
socied<strong>a<strong>de</strong></strong>1.<br />
0 termo "estigma" esta aqui <strong>em</strong>pregado na concep98o <strong>de</strong> Gottman<br />
1 Nao cabe, neste trabalho, discutir as cau<strong>sa</strong>s do preconceito racial <strong>em</strong> nosso pais, mas gostaria <strong>de</strong> mencionar urn<br />
coment3.rio <strong>de</strong> Azevedo (1987:48-49): os negros foram preservados como "ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> resistencia e heroismo, <strong>de</strong><br />
dignid<strong>a<strong>de</strong></strong> e <strong>de</strong> corag<strong>em</strong>. Mas tamb<strong>em</strong> ... preservado com cicatrizes que <strong>de</strong>sfiguram a percepl;:lOintegral do valor<br />
do eu". [...] Das conseqfiencias da escravatura nao t<strong>em</strong>os duvida que, pior que a pobreza, a miseria, 0<br />
analfabetismo, a marginalizal;:lOe a doenl;a, e... a perda da autovi<strong>sa</strong>o <strong>de</strong> valor. [...] S<strong>em</strong> reconhecer-se fruto<br />
hist6rico <strong>de</strong> uma marginalizal;ao perver<strong>sa</strong>, 0 negro assumiu "0 seu lugar" no mundo dominado pelos brancos."
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
(23)<br />
434. P02<br />
435.<br />
435. M02<br />
436.<br />
437. P02<br />
438. M02<br />
439.<br />
440. P02<br />
441. M04<br />
442. P02<br />
443. M02<br />
444.<br />
445.<br />
446.<br />
447.<br />
448.<br />
449.<br />
450.<br />
451.<br />
452.<br />
453.<br />
454.<br />
455.<br />
o povo aqui gosta <strong>de</strong> fala <strong>de</strong> <strong>de</strong> discuti sobre a questao da discriminac;ao<br />
preconceito<br />
racial que existe contra 0 negro?<br />
«com 0 tom da voz e a cabec;a baixos»<br />
negra cum a branca<br />
racial? do<br />
gosta ... as vei discute assim ... sobre a rac;a<br />
hum ... at se reun<strong>em</strong> e discut<strong>em</strong>?<br />
a:... otro dia veio um padre ai na igreja ... la <strong>em</strong> cima naquela igrejinha ... 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
disse assim: que la tudo a branco naquela igreja ... uns branco fei ((soffir))<br />
a a gente viu<br />
e mermo<br />
e<br />
af 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> chegou conver<strong>sa</strong>ndo dizeno "on<strong>de</strong> mora Jandira?" ... "mora la <strong>em</strong>baxo"<br />
"aon<strong>de</strong> aT mostraro minha ca<strong>sa</strong> "ali mora muita gente?" ... "mora" at disse: "tudo e<br />
moreninho<br />
ou tudo e branco?" af disse "tudo moreno" af pol ele disse assim: "esses<br />
0 padre<br />
moreno ja esses moreno ja casou algum moreno com branca?" ...af 0 dona da igreja 0<br />
rapai 0 home que mora perto que <strong>de</strong>u 0 terreno<br />
disse "casou casou uma fia minha<br />
por cau<strong>sa</strong> que ela num toma me us conselho n<strong>em</strong> t<strong>em</strong> vergonha ... porque negro num<br />
po<strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> com branco" ... af Possidonio falou com 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be que era p<strong>a<strong>de</strong></strong> (P01 e<br />
P02sorri<strong>em</strong>) af disse * "casou porque num toma meus conselhos se ela tivesse vergonha<br />
'" nao tinha ca<strong>sa</strong>do com negro ... ta veno que eu nao gostei"* ... olha 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> falo<br />
"eu tenho um irmao que a ca<strong>sa</strong>do com uma negrinha do cabelim enrolado .., co num:<br />
co num num num t<strong>em</strong> es<strong>sa</strong>s hist6ria <strong>de</strong> co" ... *"TEM puque panela procura<br />
seus texto"*<br />
«sorrir» eu num esqueci mar nunca ... <strong>a<strong>de</strong></strong>poi foi que 0 padre conver<strong>sa</strong>ndo af disse "eu<br />
so 0 padre" ... <strong>sa</strong>be on<strong>de</strong> ele a 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong>? <strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabaiana
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
456. P02 ele era branco?<br />
457. M02 era e 0 que vei maisele moreno<br />
458. P02 sim<br />
459. M02 "eu so 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> intabaiana vim olha a igreja ... <strong>sa</strong>be qu<strong>em</strong> e 0 padroeiro?" af 0<br />
460. Possidonio ficou s<strong>em</strong> grac;a... viu? af ele entro na rac;anegra e rac;abranca 56 sei que<br />
461. ele NUNca mai falo <strong>de</strong> nego e fico s<strong>em</strong> graya ... t8 0 que ele disse
Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descrit;oes<br />
Ziraldo: una verd<strong>a<strong>de</strong></strong>,<br />
0 humor e uma analise crftica do hom<strong>em</strong> e da vida"2).<br />
616. P02 como e 0 nome do bispo <strong>de</strong> Joljo Pessoa?<br />
617. M02 como e mae ... Dom Manoe ... Dom Jose ...<br />
618. P02 ah sim «exclama» Dom Jose Maria Pires<br />
619. M02 e Dom Jose Maria Pires<br />
620. M01 aquele que veio aqui<br />
621. M02 0 bispo <strong>de</strong> Joao Pessoa<br />
622. P02 ele ja veio aqui?
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />
623.<br />
624.<br />
625.<br />
626.<br />
627.<br />
628.<br />
629.<br />
630.<br />
631.<br />
632.<br />
634.<br />
635.<br />
636.<br />
637.<br />
638.<br />
639.<br />
640.<br />
641.<br />
642.<br />
643.<br />
644.<br />
645.<br />
646.<br />
647.<br />
648.<br />
649.<br />
650.<br />
651.<br />
652.<br />
653.<br />
654.<br />
655.<br />
656.<br />
657.<br />
M01<br />
M02<br />
M01<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
M01<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
P02<br />
M02<br />
M01<br />
P02<br />
M02<br />
6i ja almocou aqui na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> negra '" ele 56 queria comida dos negro '" ne? ai 56<br />
sei que Nai<strong>de</strong> ali ... eu disse Nai<strong>de</strong> bora botar 0 almoco ...<br />
ele vei aqui pa on<strong>de</strong> t8 eu ...<br />
ele rezou tanto pra mae<br />
56 foi 56 foi a ca<strong>sa</strong> que ele entro<br />
mas menina ele ja veio aqui?<br />
foi na inauguracao da igreja '" ai veio a1mocar com os negro ... pediu manguza ... ai eu<br />
comprei <strong>em</strong> Campina ... fiz<strong>em</strong>o tanta qua<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> comida ... veio uma moca <strong>de</strong> fora pra<br />
fazer com a gente mai tudo negra '" ele num queria ningu<strong>em</strong><br />
porque?<br />
branco<br />
num sei ... ele disse que era preto «risos» [ ai disse que tava na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> negra ... e<br />
[ ele disse isso foi<br />
queria come na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizero urn presente<br />
presente<br />
... umas n8ga fez urn<br />
muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro alta ... fez aquele neg6cio que bota<br />
assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />
<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />
tudo <strong>de</strong> labirinto<br />
uma estola ...<br />
pra da pra ele ... gerere ... bot<strong>em</strong>o tanto presente foi uma coi<strong>sa</strong> linda<br />
foi ... as nega fizero gerere ... otas fizero panelinha <strong>de</strong> barro pra levar que ele pediu ...<br />
isso tudo dos nego ... branco nada ... ai fez uma festa<br />
ele e negro?<br />
e ... morenf!lo<br />
sim ... e ele<br />
<strong>de</strong> pescar<br />
chega 0 cabelim e mesmo que espim «risos»<br />
0 que e gerere ... se tava falando <strong>em</strong> gerere<br />
sim aquele neg6cio que voce falou no inicio da tar<strong>de</strong> ne ... que tern uma moca que faz<br />
tern urn que eu fiz ... mas 0 meu eu faco <strong>de</strong> pano ... as men ina faz <strong>de</strong> fio<br />
ele s6 veio aqui uma vez?<br />
56 vei uma vez ... 56 uma<br />
gostaram<br />
ave-maria<br />
tao <strong>de</strong>cente<br />
<strong>de</strong>le?<br />
ah ... gost<strong>em</strong>os <strong>de</strong>mais<br />
e e ne? ele e moco ainda e?<br />
e moqo ainda '" ele e quin<strong>em</strong> Zito marido <strong>de</strong> I<strong>sa</strong>ura ... mais veinho pouca coi<strong>sa</strong> ... esse<br />
povo assim que num trabaia s<strong>em</strong>pre no 56 e...as vei e b<strong>em</strong> veiao mas se toma bern
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
658.<br />
659. P02<br />
660. M02<br />
661. M01<br />
662. P02<br />
663. M02<br />
novinho ...ele vei aqui ele e os padre da Africa ...os padre tlio alto no mundo ...na Franc;:a<br />
alto?<br />
sirn ... cada urn padre<br />
<strong>de</strong>ste tamanho rnia fia 0 pe ((<strong>de</strong>monstra com as mlios 0 tamanho dos pes dos padres))<br />
os padre da Franc;:a?<br />
sirn ... ai "bern varno fazer urna ceia na ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira que a ca<strong>sa</strong> e gran<strong>de</strong>" ...<br />
E interes<strong>sa</strong>nte observar que ao bispo paraibano nao e atribufda a qualificagao <strong>de</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />
Urn outro terna-t1tulosurge nesta conver<strong>sa</strong> -os padres da Africa- e os aspectos
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
(25) - [retomada com amplia~aodo ex<strong>em</strong>plo 10]<br />
372. P02 me fala urn pouquinho <strong>de</strong> Divino<br />
373. M02 «rir» tu jil conhece ele?<br />
374. P02 nao... ouvi falar <strong>de</strong>le<br />
375. M04 ouviu falar ne?<br />
376. M02 ele se encontro muito com a gente tern muito encontro muita reuniao muitas coi<strong>sa</strong> ele<br />
377. fez com a gente<br />
378. P02 diz que ele era muito danado ne? assim nas reunil!Jo ele...<br />
379. M02 e hum «exclama» exigente que e med6in ele passou a s<strong>em</strong>ana <strong>sa</strong>nta com a gente 0<br />
380. ana pas<strong>sa</strong>do fazendo com a gente programagao da s<strong>em</strong>ana <strong>sa</strong>nta fumo pra Igreja<br />
381. pas<strong>sa</strong>mo ate umas 11:30 18 com eles fez muitas coi<strong>sa</strong> bonita pra gente ve<br />
382. P02 ele trabalhou muito t<strong>em</strong>po com voces assim mais <strong>de</strong> urn ano?<br />
383. M02 trabalhou mais <strong>de</strong> ana<br />
384. M04 mais <strong>de</strong> ana b<strong>em</strong> dais ana ou mais num fai Moga?<br />
385. M02 foi fazia pastoral aqui <strong>de</strong>pais ele <strong>sa</strong>iu<br />
386. M04 ele era s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>u<strong>de</strong> ficou doente tamMm<br />
387. M02 foi af ficou Greg6rio<br />
388. P02 ai agora ele que adoeceu <strong>sa</strong>iu ne<br />
389. M02 ele foi <strong>em</strong>bora pra terra <strong>de</strong>le num foi madrinha<br />
390. M04 foi agora 56 v<strong>em</strong> aqui daqui ha tres ana ou quatro se ficar born<br />
391. P02 fai? ele e mogo ainda e?<br />
392. M02 e mocim ele cumo faz ele como as pessoa da Africa pretim ate a ml!Jo <strong>de</strong>le e preta<br />
393. P02 ele e preto e?<br />
394. M02 e ate a ma{jzinha roxinha ate a lingua ((risos))<br />
395. M04 mas e um preto estudado um preto ne? ele e muito simpatico ele uma pessoa muito<br />
396. legal Divino
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
c) id<strong>a<strong>de</strong></strong>: "e mocim ele" (Iinha 392);<br />
d) cor: "cumo faz ele como as pessoa da Africa pretim" (linha 392);
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri~6es<br />
(26) - [amplia~aodo ex<strong>em</strong>plo 25]<br />
397. P02 e os outros s<strong>em</strong>inaristas <strong>sa</strong>o pretos ou <strong>sa</strong>o brancos?<br />
398. M02 tern <strong>de</strong> todas as cores ((ri<strong>em</strong>))<br />
399. P01<br />
400. P02<br />
401. M02<br />
ver<strong>de</strong> amarelo azul «ri<strong>em</strong>»<br />
mas dos que v<strong>em</strong> mais praqui dos que v<strong>em</strong> trabalhar com voces?<br />
<strong>sa</strong>o moreno s6 tinha um bran co um tal <strong>de</strong>: aquele s6 tinha um que era branco mai 0<br />
402.<br />
resto tudo moreninho ... esse pretinho mermo e os oto co-<strong>de</strong>-canela<br />
e tinha um bran co<br />
403.<br />
Orlando<br />
era branco
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri~oes<br />
151. P01<br />
152. H07<br />
153. P02<br />
154. P01<br />
155.<br />
156. H07<br />
157. P01<br />
158. H07<br />
159. P01<br />
160. P02<br />
161. H07<br />
162. P01<br />
163. H07<br />
164. P01<br />
165. P02<br />
166. P01<br />
167. H07<br />
168. P02<br />
169. P01<br />
170. H07<br />
171.<br />
172. P01<br />
173. H07<br />
174. P01<br />
175. H07<br />
o senhO apren<strong>de</strong>u<br />
como? qu<strong>em</strong> Ihe ensinou?<br />
ensinou 0 pessoa antigo ne? ... ensinou eu veno eles fazeno af a pessoa fai ne?<br />
e<br />
mais como e que eles eles faziam?<br />
ficava olhando e ia fazendo?<br />
nao eles me dava 0 rodo peu pega ne?<br />
hum<br />
olhe voce t<strong>em</strong> que fazer isso e isso '" ou: osenh6<br />
ele me dava 0 rodo peu pega e: fui fazeno um estajo com ele ne?<br />
[[certo<br />
[[certo<br />
af <strong>de</strong>poi ... af passei a pronto ne?<br />
passei a que?<br />
passei a fica PRONto<br />
sei<br />
e: no [servic;:o ne?<br />
cer:to<br />
e<br />
[no servic;:o<br />
mas 0 senho era menino ou [: ja era hom<strong>em</strong>?<br />
ne? ... fica: e a mesma coi<strong>sa</strong> da leitura ne?<br />
e<br />
tanto fai e <strong>em</strong> qualque<br />
e <strong>de</strong>pois que fica pronto ne?<br />
[menino .., eu era menino ... af <strong>de</strong>poi que a pessoa apren<strong>de</strong><br />
profis<strong>sa</strong>o ne?<br />
<strong>de</strong>pois que fica pronto '" daf pra frente 56 miora ne?
Imagens<br />
na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
01. P01 qual a melhor forma <strong>de</strong> planta es<strong>sa</strong>s bananeiras?<br />
02. H10 es<strong>sa</strong> bananera ... 0 s<strong>em</strong>inarista ensinO a gente porque a gente apranta <strong>de</strong> todo doido<br />
03. ne?um s<strong>em</strong>inarista ensina a gente um s<strong>em</strong>inarista que anda porai ... disse que es<strong>sa</strong><br />
04. bananera ... a: a genl ( ) aqui «aponta para uma parte <strong>de</strong> uma bananeira» aqui e um<br />
05. fi ne? a gente arranca ele e ... bota istrume <strong>sa</strong>be? e t<strong>em</strong> um adubo que bota ... a gente<br />
06. num po<strong>de</strong> a u<strong>sa</strong> isso ... a gente apranta <strong>de</strong> quaque jeito ai
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
01. P01 como e que 0 senhor faz pra plantar as bananas?<br />
02. H23 eu cavo 0 buraco ne ? ... puxo terra do lado dos quatro lado ne ? ... eu fayo 0 matame<br />
03. af eu sento 0 fii <strong>de</strong> banana ahr a: aterro <strong>de</strong> urn l<strong>a<strong>de</strong></strong> e outro at <strong>de</strong> <strong>de</strong>xa rnai nurn aterro<br />
04. tudo ne ? [ .,.] pra fica<br />
05. P01 [uhrn ]<br />
06. H23 ( ) terra com terra ... t<strong>em</strong> que vim os pouco ... quando a banana vie vie tive pegano<br />
07. <strong>em</strong>baxo [ '" ] af no acordo aquele fii ja v<strong>em</strong> fiano ne ?<br />
08. P01 [uhrn]<br />
09. P01 0 buraco rnais ou menos <strong>de</strong> que tamanho?<br />
10. H23 dois paimo <strong>de</strong> fundura ne? ... dois pairno <strong>de</strong> fundura ai entao <strong>de</strong> acordo noi vai vai<br />
11. aterrano ( ) vai vai lacra a terra principal rnermo at 0 fii ja v<strong>em</strong> <strong>de</strong> baxo af pronto
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo 1\:Imagens e Descri90es<br />
09. P01 a buraca mais ou menos <strong>de</strong> que tamanho?<br />
10. H23 dais paimo <strong>de</strong> fundura ne ? ...dais paimo <strong>de</strong> fundura
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
(...)<br />
287. P02 0 que e fazer lamina ... eu num sei 0 que e ...<br />
288. M02 a gente ... fazer lamina a gente pega ...ele da 0 material da Sucam que ve como e que e?<br />
289. P02 mostre «Jandira <strong>sa</strong>i por urn momenta para pegar 0 material da SUCAM a fim <strong>de</strong><br />
290. <strong>de</strong>monstrar como se faz»<br />
291. M01 Jandira trabalha pra danado<br />
292. P02 trabalha?<br />
293. M01 as vei ta no rocado trabaiando chega urn com urn aperrei ... chega Otopa da injecao ...<br />
294. chega oto pa toma vacina<br />
295. M02 esse daqui e <strong>de</strong> faze a lamina ... es<strong>sa</strong> coisinha e a lamina ... nunca viu nao?<br />
296. P02 nao<br />
297. M02 as laminazinha ((mostra duas laminas)) isso aqui a gente tura 0 <strong>de</strong>do com isso aqui 6i<br />
298. ((mostra 0 estilete)) ... ai da um turinho ai bota assim ((eSfrega 0 <strong>de</strong>do indicador da<br />
299. sua mao direita numa lamina)) ... bota aqui pa 0 quadrinho eles leva pra at eles examina<br />
300. at a febre se acaba com os r<strong>em</strong>edio que ele da ... e quando e otra doenga eles leva pra<br />
301. examina at da otros r<strong>em</strong>edio<br />
302. P02 sim ... entendi agora ... pra fazer exame <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ngue ne?<br />
303. M02 e
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
(31)<br />
280. P01<br />
281. H03<br />
282.<br />
283.<br />
284. P01<br />
285. H03<br />
286.<br />
o que e que se tazia aqui? como e que era?<br />
aqui se fazial se plantava cana nes<strong>sa</strong> vage ... coco ... cana ... aqui era coberto ... no:<br />
dia <strong>de</strong> <strong>sa</strong>bado pra domingo ( ) as cinco hora assim tinha urn jogo <strong>de</strong> cana aqui ...<br />
pa COTtacana <strong>em</strong> cace:te aqui era urna diver<strong>sa</strong>o rnuito [ gran<strong>de</strong><br />
[ como e que era?<br />
e ... corta <strong>de</strong> cacete ... as cana ... cada can§o 0 nego cortava af na vage '"<br />
a cana<br />
era duzentos rei uma cana que dize que: 0 oto comprava a cana e botava pu oto<br />
287.<br />
tora ... duas trei <strong>de</strong> pareia<br />
0 nego da porrada com um pau pa corta aquela cana<br />
288.<br />
289. P01<br />
290. H9<br />
291. H03<br />
292. P01<br />
293. H03<br />
294.<br />
295.<br />
«P01 sorrir» qu<strong>em</strong> cortasse ganhava ... e: qu<strong>em</strong> cortasse ganhava aque[ las cana<br />
[sim «rir»<br />
qu<strong>em</strong> num cortasse pagava<br />
e ... qu<strong>em</strong> num cortasse pagava<br />
pagava as cana ? « sorrir»<br />
pagava as cana ... qu<strong>em</strong> num cortasse pagava as cana ... era a diver<strong>sa</strong>o que tinha pu<br />
aqui maio era es<strong>sa</strong> ... urn vei fazia uma testa tornern todo ana ali « indica para<br />
frente » da Conceigao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descril;6es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />
566. H03<br />
567.<br />
568.<br />
e ... 0 t<strong>em</strong>po num da '" pa chega ... melhor6 muito aqui ta melhorado muito ...<br />
nurn tern n<strong>em</strong> compara ... eu <strong>sa</strong>i daqui uma epoca eu era garoto assim ... assim<br />
((aponta para uma menina com aproximadamente 8 anos)) ( ) uns <strong>de</strong>i zano ...<br />
(32)<br />
147.' M03<br />
148. M04<br />
149.<br />
150. P02<br />
[ rnuie e os garoto assim ( )<br />
e ... menino ... garoto assim (( <strong>de</strong>monstra com gestos imprecisos realizados com a<br />
mao 0 tamanho dos garotos ))<br />
sirn<br />
203. M03 certas coi<strong>sa</strong>s ... eu digo perai ... tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui (( pega numa<br />
204. bacia plastica que esta pr6xima e mostra)) uma bacia ... <strong>de</strong> loicta... eu meiei aqui<br />
205. assim (( <strong>de</strong>marca na bacia 0 nlvel da agua colocada na epoca)) eu butei agua ... e :<br />
206. enfiei no rosto '" no t<strong>em</strong>po que: e que 0 s6 foi cripi ... e:ra ... a lua era nova ...<br />
207. queria pas<strong>sa</strong> pra cima viu? [ ... ] agora a lua bigano com 0 s6 viu? ... a lua bigano<br />
208. P02 [ hum]<br />
636. M02 queria come na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizero urn presente ... urnas nega fez urn<br />
637. presente muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro alta ... fez aquele neg6cio que bota<br />
638. assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />
639. P02 <strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />
640. M02 tudo <strong>de</strong> labirinto pra da pra ele ... gerere ... boterno tanto presente foi urna coi<strong>sa</strong> linda<br />
641. M01 umaestola ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descrit;oes<br />
19. M02 assim s<strong>em</strong> assombrac;:aonenhuma apareceu '" 0 rapai e ali <strong>de</strong> pertim ... conhecido ...<br />
20. af ele peg6 but6 nas bol<strong>sa</strong> '" 0 dinhero a mule encheu uma bol<strong>sa</strong> ele encheu ota ...<br />
21. uma bal<strong>sa</strong> assim gran<strong>de</strong> daquelas que vocfJ ((dirige-se a P02)) anda com ela '" urn<br />
22. cobrim encheu Dutrae <strong>sa</strong>iru ... tanto anel <strong>de</strong> Duro ... tracelim [ 56 sei que ela se mand6<br />
(35)<br />
189. M03<br />
190.<br />
(...)<br />
201. M03<br />
202.<br />
af eu vi ... « tosse )) aquilo faze assim (( movimenta os braqos pas<strong>sa</strong>ndo um pelo<br />
outro a sua frente)) no 56 ... eu digo ox<strong>em</strong> « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>)) [ '" af<br />
e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo oxi ... e<br />
aquilo Iigero assim tum tum tum ... e eu espiei ... eu digo eu num tive medo <strong>de</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
16. M02 <strong>sa</strong>bia ... ele ele quandi <strong>de</strong>u duas pancada ... uma forma cheinha <strong>de</strong> dinhero .., on<strong>de</strong><br />
17. tinha urn tracilirn <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> altura ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho do objeto com as milos, cerca<br />
18. <strong>de</strong> meio metro)) <strong>de</strong> Duro Iimpo Iimpo Iimpo Iimpo ... af 56 sei que eles ... quando viru<br />
28. P01 num ta na pau<strong>sa</strong> nao? «dirige-se a P02 sobre 0 gravador»<br />
29. P02 ta [ nao e porque ta ja no fim<br />
30. M02 [assim 6: ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho da fOrma fazendo um c{rcu!o com os braqos))<br />
31. urna forma assim ... a boca ... uma forma assim ... 0 vei tranco<br />
32. P01 arranco a botija<br />
(37)<br />
740. H03<br />
741.<br />
742.<br />
743. M06<br />
744. H03<br />
[quano eu vortei<br />
raparu tudo ... quano eu vortei raparu tudo ... s6 encontrei 0 estei da ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> pe ...<br />
Mane meu irmao vinha maiseu buto abaxo [ ... 0 estei era <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> grossura<br />
[e levo<br />
assim ((<strong>de</strong>monstra com os braqos 0 diametro do esteio))<br />
(38)<br />
70.<br />
71.<br />
(...)<br />
77.<br />
78.<br />
79.<br />
80.<br />
81.<br />
82.<br />
83.<br />
84.<br />
85.<br />
M03<br />
P01<br />
M03<br />
P01<br />
M03<br />
P01<br />
M03<br />
[ e: ra «sussurando» tirava pa da a gente ... pia pia que taco <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> charque<br />
((<strong>de</strong>monstra com as milos 0 tamanho da came) carne <strong>de</strong> 56 ... ela dava pa gente<br />
pegava pia cada xii cada cara ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho dos peixes com as milos))<br />
<strong>de</strong> mao?<br />
<strong>de</strong> mao<br />
como?<br />
botava a milo assim ((<strong>de</strong>monstra 0 movimento feito com as milos para pegar 0<br />
peixe)) do na no pe da estaca ... a bicha estava tudo no pe da estaca ... as bichinha<br />
e elas ficam perto das estacas e?<br />
ficavam ficavam ... b<strong>em</strong> pertim ... eu sei que passei era b<strong>em</strong> ... muie ... eu passei tao<br />
b<strong>em</strong> la la <strong>em</strong> dona Sinha
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />
(39)<br />
189. M03<br />
190.<br />
(...)<br />
201. M03<br />
202.<br />
af eu vi ... « tosse» aquilo faze assirn (( rnovirnenta os brar;os pas<strong>sa</strong>ndo urn peJo<br />
outro a sua frente)) no 56 ... eu digo ox<strong>em</strong> « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>» [ ... a[<br />
e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo oxi ... e<br />
aquilo ligero assirn turn turn turn ... e eu espiei ... eu digo eu num tive medo <strong>de</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descric;oes<br />
(40)<br />
96. M20<br />
97.<br />
98.<br />
99.<br />
100.<br />
sim foi ai pra tanto fazia buta uma cabaya cum uma foima cumo ela assim 6 /6 /6 /6<br />
((esse e 0 som por e/a proferido para <strong>de</strong>monstrar que a parturiente esta tendo uma<br />
homoffagia, associado ao movimento das mao no sentido rotativo)) vije nos<strong>sa</strong> sinhora ...<br />
vije nos<strong>sa</strong> sinhora eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> ... eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> ... eu nao<br />
sei tuma <strong>sa</strong>ngue di palavra ... nunca tinha visto
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descri90es
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo II: Imagens e Descriyoes
Capitulo III<br />
Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
"- Ah, ja acabou, seu Non6? Que penal Eu gosto tanto<br />
<strong>de</strong>s<strong>sa</strong>s hist6rias, mas tanto que sou capaz <strong>de</strong> ficar horas<br />
escutando, s<strong>em</strong> dar um pio, 0 senhor ja reparou?<br />
- E como e que eu nao ia botar reparo nisso, sua<br />
matraquinha?<br />
-Botaro<br />
que? Sua 0 que?<br />
- E um jeito <strong>de</strong> fa/ar na minha terra, Serafina. Botar<br />
reparo quer dizer reparar, notar, e matraca e a pessoa que<br />
fa/a bastante. Voce, porex<strong>em</strong>plo, vive matraqueando ...<br />
-Ah, bom. Agora eu entendi. Escute aqui, seu Non6, por<br />
que um dia 0 senhor nao faz um dicionario s6 do jeito <strong>de</strong><br />
fa/ar la, da sua terra? T<strong>em</strong> umas coi<strong>sa</strong>s tao diferentesl<br />
- Qu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be, filha, qu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be um dia... "(Grifos meus)<br />
Cristina Porto
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
015. M03<br />
016.<br />
017. P01<br />
018. M03<br />
019.<br />
todos os t<strong>em</strong>pera ... dona Tavinha ... eu: sei que a gente matava ... oi <strong>de</strong>z toe ...<br />
a senhora num num <strong>sa</strong> <strong>sa</strong>l<strong>em</strong>bra <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe ... pense que a senhora num conheceu?<br />
nao ... conheci nao<br />
apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />
tost§o viu?
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
lingOfstico e social dos interlocutores". E possfvel, portanto, afirmar que estes
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
CapItulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
316. H02<br />
317.<br />
318.<br />
ta um t<strong>em</strong>po fraco ... um t<strong>em</strong>po acabado ... as senhora porque <strong>sa</strong>o da pra!fa ... ainda<br />
t<strong>em</strong> urn alimentozim quaique mai 0 pessoal da ro/ do mato ... da raga quin<strong>em</strong> a gente<br />
trata ...<br />
(41)<br />
310. P02<br />
311.<br />
312. M02<br />
313.<br />
314.<br />
315. P02<br />
foi? e 0 que e mais comum <strong>de</strong> doenya aqui do pessoal .., quando faz exame <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ngue<br />
e ele manda os comprimido ele diz 0 que e mais comum <strong>de</strong> doenga?<br />
e assim ... ja veio uns exame assim mai tern muito assim neg6cio <strong>de</strong> verme ... neg6cio<br />
<strong>de</strong> ... ja acharo tamb<strong>em</strong> neg6cio <strong>de</strong> malaria ... como e malaria num e aque/a doenc;a<br />
como e 0 nome ...<br />
febre amarela?<br />
316. M01<br />
317. M02<br />
318.<br />
319. M01<br />
320. P02<br />
321. M01<br />
322. M02<br />
323. M01<br />
sezao sim ... que da aquela febre amarela achou ja parece que foi '" <strong>de</strong>pois que eu<br />
trabalho ... ha mais <strong>de</strong> trinta ana acharo somente dois caso disso<br />
acabou-se mai era doengao<br />
a malaria?<br />
nao<br />
era 0 sezl!io que a gente chama ... a malaria<br />
sim ... a malaria acabou ela<br />
(42)<br />
133. H02<br />
134.<br />
135.<br />
ah ... compei carne seca do ceara ... que chama carne seca era tres mil e quinhento e<br />
era tres prata <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe e uma <strong>de</strong> quinhento uma <strong>de</strong> quinhento rei tres e quinhento .<br />
tres e quatrocento carne do ceara mai a carne adon<strong>de</strong> e que ta
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(43)<br />
200. H09<br />
201. H03<br />
202.<br />
203. P01<br />
204. H03<br />
205. P01<br />
206. H03<br />
comeno coco catole [ '" ( )<br />
levano carrera «P01, M03 e H9 sorri<strong>em</strong>) (<br />
[e: comeno coco catole ... robado la pu Nita Aive e ainda<br />
) pa roba coco catole<br />
coco catole e aquele pequenininho e?<br />
e aqueJe pequeninin uns chama coco godora ... Japu Ri eles chama godora<br />
godora?<br />
e ... coco godora ... e aqui e coco catole pois eu passei muitos dia com aquele: coco<br />
76. H10 broquei... t<strong>em</strong> um terreno <strong>de</strong> roc;atam<strong>em</strong> ai <strong>em</strong> cima que eu arren<strong>de</strong>i [...] s<strong>em</strong>pre eu<br />
77. P02 [uhum]<br />
78. H10 a renda[ eu pago renda af ao pessoa af pa riba<br />
79. P02 [sim
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
80. P02 eo f6ro e?<br />
81. H10 eo f6ro<br />
82. P02 que 0 pessoal chama ne?<br />
83. H10 ee<br />
interlocutor(es) apoio pela colabora9801 para nomear algo, ou ainda quando mais <strong>de</strong><br />
1 Segundo Bublitz (1988), a comp1<strong>em</strong>enta9iiose <strong>de</strong>fine como a contribui9iio que 0 Falante Secundano faz para<br />
comp1etar 0 enunciado incomp1eto realizado anteriormente pe10 Falante Primano. A a9ao do Secundano, na<br />
rea<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>, niio s6 comp1eta 0 conteudo como tamb<strong>em</strong> 0 padriio <strong>de</strong> a9iio comunicativa complexa introduzida pelo<br />
Primano.
Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
17. H03 agreste e .., t<strong>em</strong> um cherim <strong>de</strong> catinga ... e um um cherim <strong>de</strong> brejo ... e «P01 sorrir»<br />
(...)<br />
19. P01 pois eu tava pen<strong>sa</strong>no que era brejo ... e tao fri:o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(45)<br />
257. M02<br />
ai eu fiquei com 0 reprodutor<br />
que e 0 bo<strong>de</strong> veio eu qu<strong>em</strong> fiquei com ele<br />
258. P01<br />
sim era isso que eu tava querendo <strong>sa</strong>ber como e tanta mulher c<strong>a<strong>de</strong></strong> 0 hom<strong>em</strong>?<br />
(risos)<br />
259. M02<br />
260.<br />
ai eles me <strong>de</strong>ro tamb<strong>em</strong> uma cabra era muito velhinha <strong>de</strong>u uma cria a forc;a morreu<br />
morreu a minha eu fiquei com 0 bo<strong>de</strong> ela disse "Jandira esse bo<strong>de</strong> vai ficar na sua<br />
261.<br />
262.<br />
263. P01<br />
ca<strong>sa</strong>" ai as cabra que v<strong>em</strong> la pra ca<strong>sa</strong> pra cruzar os pessoal paga dois cruzado<br />
dois cruzado da do projeto ningu<strong>em</strong> paga nada<br />
e da pessoa merrno que tira e paga dois cruzados?<br />
esses<br />
264. M02<br />
265.<br />
agora a do projeto indo pro bo<strong>de</strong> num paga nenhum tostao num <strong>sa</strong>be ados<br />
agora as <strong>de</strong> fora dois cruzado<br />
projeto<br />
266. P01<br />
amante profissional<br />
«risos»<br />
(46)<br />
01. P01<br />
02. M18<br />
03. M16<br />
04. M18<br />
05. M16<br />
06. P01<br />
07. P02<br />
08. M16<br />
09. P01<br />
10. M16<br />
11. 11.<br />
qual e a id<strong>a<strong>de</strong></strong> da senhora?<br />
a id<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
eu sei la minha id<strong>a<strong>de</strong></strong> a senhora <strong>sa</strong>be faze as conta?<br />
<strong>sa</strong>be ...<br />
eu nasci no ano <strong>de</strong> 10<br />
oitenta [ oitenta anos<br />
[e<br />
no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<br />
foi?<br />
no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no dia da festa dos menino nas rua dia 7<br />
<strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no ano <strong>de</strong> 10<br />
132. H7<br />
133.<br />
134.<br />
If! existe uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... que: la ningu<strong>em</strong> mexe nao ... eles tern eles tern um<br />
um negocim feito <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ra no mei ... cum ferro e: fica arro<strong>de</strong>ando e: mexeno ELE<br />
mermo e qu<strong>em</strong> qu<strong>em</strong> mexe
Capitulo<br />
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
135. P01<br />
136. H7<br />
137. P01<br />
138. H7<br />
139. P01<br />
140. H7<br />
e ligado no mot6 ou nl3o?<br />
e ligado <strong>em</strong> eletricid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
ah: sim<br />
e muita faci<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
... agora es<strong>sa</strong> daqui nao ... es<strong>sa</strong> daqui e manual assim mermo<br />
636. M02 queria comer na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizera urn presente ... umas nega fez urn<br />
637. presente muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro altar ... fez aquele neg6cio que bota<br />
638. assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />
639. P02 <strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />
640. M02 tudo <strong>de</strong> labirinto pra da pra ele '" gerere ... bot<strong>em</strong>o tanto presente foi uma coi<strong>sa</strong> linda<br />
641. M01 uma estola '"<br />
642. M02 foL.. as nega fizero gerere ... otas fizero panelinha <strong>de</strong> barro pra levar que ele pediu ..
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(48)<br />
136. H03<br />
137.<br />
planto ... eu num <strong>de</strong>xo nao <strong>de</strong> plante ... e todo ana eu lucro ... agora diminuiu <strong>de</strong>rnai<br />
... dirninuiu <strong>de</strong> urn jeito que: agora dirninuiu <strong>em</strong> TUdo ... tanto dirninuiu '" urn dia <strong>de</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
138.<br />
139.<br />
140.<br />
141.<br />
142.<br />
143. P01<br />
144. H03<br />
145. P01<br />
146. H03<br />
147.<br />
148. H09<br />
149. H03<br />
150. H09<br />
151. H03<br />
152.<br />
sevico que eu pagava pa me ajuda hoje eu num posso paga mai que eu num guento<br />
... urn dia <strong>de</strong> servico hoje e vinte cruzero trinta ... eu num arranjo com que pague<br />
esse dinhero esse dia que dize urn rocado que eu fazia <strong>de</strong> duas cinquenta tenho<br />
que faze trinta braca que agora e eu sozinho e <strong>de</strong>nto daquela trinta braca tern que<br />
arranja pra come 0 mermo tanto <strong>de</strong> gente que cornia ... eu com seis sete quadro ne?<br />
cinquenta bra~as e quantos quadros mais ou menos?<br />
cinquenta<br />
braqa e uma hectare<br />
ah sim ... urn hectare<br />
e porque pas<strong>sa</strong> pas<strong>sa</strong> pas<strong>sa</strong> quarenta braqa uma hectara a cinquenta braqa ... e<br />
quarenta ou e trinta e<strong>a<strong>de</strong></strong>m?<br />
e quarenta e cinco quadrado e um hectare<br />
e quarenta e cinco quadrado m§? uma hectara<br />
e uma urn urn quadro [e e cinquenta<br />
quadrado<br />
[um quadro e e cinquenta e cinco quadrado '" e cinquenta<br />
quadrado justamente ... pois e ... af entao que dize que diminuiu tudo ... pOis e ... af<br />
(49)<br />
032. P01<br />
033. M02<br />
034. P02<br />
035. M17<br />
036. M02<br />
037. P01<br />
038. P02<br />
038. M02<br />
039. P01<br />
040. M17<br />
arranc6 a botija<br />
num apareceu assombracao nenhuma ela fal6 ... nenhuma<br />
s6osonho<br />
tava <strong>de</strong>sencanta [ da<br />
[ s6 fei chega e escavaca um poquim e tira a f6rma<br />
[[como e <strong>de</strong>sencantada?<br />
[[mais ela teve 0 sonho?<br />
<strong>de</strong>sencantada arente os pavo arranca num t<strong>em</strong> assombraqao nenhuma<br />
uhm<br />
que ta na fl6 da terra
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Ex<strong>em</strong>plo<br />
44<br />
48<br />
48<br />
48<br />
50<br />
14<br />
51<br />
52<br />
T <strong>em</strong>a- Titulo<br />
renda<br />
cinquenta bragas<br />
quarenta e cinco<br />
quadrado<br />
urn quadro<br />
cevamo<br />
dois mi rei<br />
escritura<br />
Predica~aoverbal<br />
efOro<br />
e uma hectare<br />
e um hectare<br />
e cinquenta quadrado<br />
<strong>em</strong>oe<br />
era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong> tostao<br />
era cinco cruzado<br />
papel <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo Ill: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
21. H07 a gente bota <strong>de</strong>nto <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> bacia ai e: « indica com 0 queixo a bacia)) incolocamos la<br />
22. e a gente cevamo<br />
23. P01 cevano e 0 que? e pas<strong>sa</strong>ndo ali? «indica para 0 cevador))
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
24. M09 e<br />
25. P02 e moer ne?<br />
26. H07 e moe ... justamente<br />
27. M09 <strong>de</strong>pois quando termina dali traz praqui ... si impren<strong>sa</strong><br />
(51)<br />
116. H05<br />
117.<br />
118.<br />
119.<br />
120.<br />
121.<br />
122.<br />
123.<br />
124.<br />
125.<br />
126.<br />
127. P02<br />
128. H05<br />
129.<br />
Antoin disse* Nao mai 0 t<strong>em</strong>po e esse * .., eu digo ... "13 esse nada" ... eu antigamente<br />
no t<strong>em</strong>po do Maj6 Honorato 0 avo da senhora « refere-se a P01 » dana Tavinha ...<br />
o meu pai ... dana Tavinha dana Maria do Caimo e muito novinha ... dana Mari<br />
do Caimo nasceu <strong>sa</strong> be quando? <strong>em</strong> trinha ... mae tava <strong>de</strong> resguardo e dana Tavinha ...<br />
a a avo <strong>de</strong>la « dirige-se a P02 apontando para P01 » ... naquele t<strong>em</strong>po era 6to t<strong>em</strong>po<br />
menina mai ho:he as vei com dinherol ta certo ... hoje ... antigamente 0<br />
dinhero era nada era era diffci se arranja e hoje e mai faci ... mai vai<br />
simbora ningu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be num que ... com a carestia ... antigamente nao comprava<br />
cinco quilo <strong>de</strong> carne ... no meu t<strong>em</strong>po ... <strong>sa</strong>be? ... meu pai maiseu ... gan ganhava<br />
... dois cruzado hum rum? dais cruzado nao que num havia cruzado ... havia cruzado<br />
sim ... mai era assim dais mi rei [ ... ] dois mi rei era cinco cruzado no meu t<strong>em</strong>po '" a<br />
[hum]<br />
gente tinha farinha ... tinha fejao ... fa pra fera ... <strong>sa</strong>be quanta era urn quilo <strong>de</strong> carne?<br />
era um urn conto <strong>de</strong> rei [ ... e hoje? ... sim urn quilo <strong>de</strong> carne quanta ta custano?
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
s<strong>em</strong>pre falarmos <strong>em</strong> voz bern alta com ela).<br />
E a propria filha que Ihe respon<strong>de</strong>,<br />
paraibano.<br />
(52)<br />
073. P02<br />
es<strong>sa</strong> terra ... es<strong>sa</strong> comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> aqui tern escritura dizendo que Pedra D'agua realmente<br />
074.<br />
pertence<br />
a voces ou nao? tern uma prove?<br />
075. M02<br />
076. M01<br />
ate hoje ningu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be<br />
<strong>de</strong> que?<br />
077. M02<br />
078. M01<br />
que tern escritura<br />
nao<br />
... papel <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra<br />
079. P02<br />
080. M01<br />
num tern papel nao?<br />
diz que tern e aquele povinho<br />
on<strong>de</strong> a senhora ta «cas a <strong>de</strong> Carm<strong>em</strong>»
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Ex<strong>em</strong>plo<br />
25<br />
Predica~aoVerbal<br />
aquele neg6cio que bota assim na frente<br />
uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />
mae fazia era 0 que? nera aque/es bico ...<br />
como era 0 nome daquilo?<br />
cada negogo <strong>de</strong>sse? Como e 0 nome <strong>de</strong>sse<br />
T<strong>em</strong>a- Titulo<br />
uma e5tola<br />
negoc;o? ((indicando<br />
as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />
<strong>de</strong> mandioca que estao na pren<strong>sa</strong>))<br />
sim ... mas esse: es<strong>sa</strong> estopa cheia <strong>de</strong><br />
mas<strong>sa</strong> tern algum nome?<br />
como e 0 nome disso ((aponta para urn<br />
retangu/o <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente<br />
um metro))<br />
como e 0 nome disso aqui seu Antonio?<br />
e esse negoc;o que 0 senho t8 rnexendo ai?
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
845. P02 tu faz Jandira '" labirinto?<br />
846. M02 fazia muito <strong>de</strong>ixei .. mae fazia era 0 que ... nera aque/es bico ... como era 0 nome<br />
847. daquilo?<br />
848. M01 renda<br />
849. P02 fazia renda?<br />
850. M01 ah renda eu fazia muita ... cada urn bico ave-maria<br />
028. P01<br />
029.<br />
030.<br />
031. H07<br />
032. P01<br />
033.<br />
034. H07<br />
035. P01<br />
036. H07<br />
037. P01<br />
o senho tern i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quantos quilos <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> ... <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> fica <strong>em</strong> cada <strong>sa</strong>cola <strong>de</strong>s<strong>sa</strong>?<br />
como e que voces chamam isso aqui? « aponta para as <strong>sa</strong>colas com mas<strong>sa</strong>s que estao<br />
na pren<strong>sa</strong>))<br />
. . • '?<br />
1550 al e: ... qua.<br />
cada negogo <strong>de</strong>sse? como e 0 nome <strong>de</strong>sse negogo? ((indicando<br />
<strong>de</strong> mandioca<br />
e estopa<br />
que est~o na pren<strong>sa</strong>))<br />
sirn ... mas esse: es<strong>sa</strong> estopa cheia <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> t<strong>em</strong> a/gum nome?<br />
as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />
er: eu acho que nao ... e: e: e: 0 nome disso 0 nome <strong>de</strong>sse pano e nailo ne?<br />
sim
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
038. H07 [e nailo agora 0 nome <strong>de</strong> [: Ie e:<br />
039. P02 [hum<br />
040. M09 [uma <strong>sa</strong>quinha <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong><br />
041. P01 sim ... e es<strong>sa</strong>s [ <strong>sa</strong>quinhas <strong>de</strong> [mas<strong>sa</strong> tern mais ou menos quantas cuias assim<br />
042. P02 [<strong>sa</strong>co <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong><br />
043. P01 Antonio?<br />
044. M09 es<strong>sa</strong>s <strong>sa</strong>quinhas <strong>de</strong>ve da quantas cuia assim Antonio?<br />
091. P01 como e a nome disso? ((aponta para um rettmgulo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente urn<br />
092. metro))<br />
093. M09 e cocho<br />
094. P01 e cacho ne?<br />
095. P02 cacho?<br />
096. P01 cacho ... ela <strong>sa</strong>i ... quando <strong>sa</strong>i dali ((indica a cacho <strong>de</strong> penerar)) <strong>sa</strong>i sequinha assim?<br />
097. M09 nao ... ela daqui quando <strong>sa</strong>i penerada ... ela aqui ta sequinha (( mexe com as maos uma<br />
098. pon;ao <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> ja peneirada no cocho mostrando-nos)) '" ja v<strong>em</strong> sequinha <strong>de</strong> la<br />
099. [ 6i ] ((indica a pren<strong>sa</strong> com 0 rosto e mostra a mas<strong>sa</strong> que <strong>sa</strong>iu da pren<strong>sa</strong> )) af daqui<br />
100. P01 [sim]<br />
101. P02 [hum]<br />
102. M09 bota a penera bota ali ... ((aponta para 0 fomo)) ... af dali vai ressecano af e botano<br />
103. <strong>de</strong> urup<strong>em</strong>a <strong>em</strong> urup<strong>em</strong>a e ela secano af quando termina <strong>de</strong> bota todinha af<br />
104. quando pas<strong>sa</strong>assim uma hora e meia ... nao e Antonio?<br />
105. H07 e<br />
106. M09 uma hora e meia ela ta seca .., af s6 e tira e bota no <strong>sa</strong>co<br />
107. P02 ahrum<br />
108. P01 uma hora e meia aqui (( senta-se na borda do fomo e aponta para 0 mesmo))<br />
109. M09 e<br />
110. P01 como e 0 nome disso aqui seu Antonio?<br />
111. H07 e 0 forno<br />
112. P02 0 fomo<br />
113. P01 e esse negogo que 0 senM ta mexeno ai?<br />
114. H07 eo ROdo<br />
115. P01 rodo?<br />
116. H07 e<br />
117. P02 tern <strong>de</strong> fica mexendo por que heim?<br />
118. P01 [[porque senao<br />
119. H07 Uporquesenao mexe queima
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
028. P01<br />
029.<br />
030.<br />
o senho t<strong>em</strong> i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quantos quilos <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> ... <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> fica <strong>em</strong> cada <strong>sa</strong>cola <strong>de</strong>s<strong>sa</strong>?<br />
como e que voces chamam isso aqui? « aponta para as <strong>sa</strong>colas com mas<strong>sa</strong>s que estao<br />
na pren<strong>sa</strong>»<br />
032. P01 cada negoQo <strong>de</strong>sse? como e 0 nome <strong>de</strong>sse negoQo? ((indicando as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />
033. <strong>de</strong> mandioca que est~o na pren<strong>sa</strong>»<br />
091. P01 como e 0 nome disso? «aponta para um retangulo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente um<br />
092. metro»<br />
110. P01 como e a nome disso aqui seu Antonio?<br />
E importante <strong>sa</strong>lientar que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre a apresentaC;80das propried<strong>a<strong>de</strong></strong>s do objeto
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
132. H7<br />
133.<br />
134.<br />
135. P01<br />
136. H7<br />
137. P01<br />
138. H7<br />
139. P01<br />
140. H7<br />
la existe uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... que: la ningu<strong>em</strong> mexe nao '" eles t<strong>em</strong> eles t<strong>em</strong> um<br />
um negocim feilo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ra no mei ... cum ferro e: fica arro<strong>de</strong>ando e: mexeno ELE<br />
mermo e qu<strong>em</strong> qu<strong>em</strong> mexe<br />
o ferro mesmo?<br />
e<br />
e Jigado no mot6 ou nllo?<br />
e Jigado <strong>em</strong> eletricid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
ah: sim<br />
e muita faci<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> ... agora es<strong>sa</strong> daqui nao ... es<strong>sa</strong> daqui e manual assim mermo ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
022. M02 agora 56 nurn <strong>de</strong>u born fol a ... aquele como e 0 nome daquele ... [aquele quin<strong>em</strong> uma<br />
023. P01 [ alface?<br />
024. M02 batatinha?<br />
025. P02 cenoura?<br />
026 M02 cenoura nao se <strong>de</strong>u bern [... mas couve se <strong>de</strong>u rnuito bern<br />
027. P02 [sim
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Capitulo<br />
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(56)<br />
266. H02<br />
267.<br />
268.<br />
269. P01<br />
270. P02<br />
271. H02<br />
272. P01<br />
273 H02<br />
o coitado do pobre nas cid<strong>a<strong>de</strong></strong>? 0 que t<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego ... muito b<strong>em</strong> ainda da pra i<br />
relando e qu<strong>em</strong> nao t<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego?<br />
«rindo» faze arte<br />
vao faze V80 faze e arte «rir}) vao faze e V80<br />
fazer arte? e 0 que e fazer arte? UI «grita porque ia caindo do tamborete»<br />
voc~ ia fazendo arte ((risos))<br />
roM<br />
roba e fazer arte?<br />
roba «rindo» roM e faz~ arte no que e dos ofro
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
1119.<br />
1120. M04<br />
1121. M02<br />
1122.<br />
tudo que a pessoa faz <strong>em</strong> cima <strong>de</strong>ste mundo [as vei num acha n<strong>em</strong> fuga mermo ... fica<br />
perambufando ne? porque muitas coi<strong>sa</strong> ne madrinha?[ que fez porque fez muitas<br />
coi<strong>sa</strong> horrfvef<br />
[e
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
257. M02<br />
(...)<br />
266. P01
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(58)<br />
194. H03<br />
195.<br />
196. P01<br />
197. H03<br />
198. H09<br />
199. H03<br />
200. H09<br />
201. H03<br />
202.<br />
203. P01<br />
204. H03<br />
205. P01<br />
206. H03<br />
207.<br />
208. M03<br />
209. H03<br />
210. P01<br />
211. H03<br />
212. P01<br />
213. H03<br />
214.<br />
215. P01<br />
216. H09<br />
217. H03<br />
218.<br />
219. H09<br />
220. H03<br />
221.<br />
tao condiQao melM do que meus pai .., ta marmi6 e por isso que eu digo que eu<br />
digo 0 t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> hoje e melh6 [ ... vei es<strong>sa</strong> carestia<br />
[0 sen/<br />
fio passo um dia s<strong>em</strong> come ... e eu dormi mui:ta vei:<br />
e passo dia <strong>de</strong> fome<br />
passei dia <strong>de</strong> fome ... muita vei eu dormi s<strong>em</strong> come<br />
comeno coco catole [ ... (<br />
eu nunca passei um dia n<strong>em</strong><br />
[ e: comeno coco catole ... robado la pu Nita Aive e ainda<br />
levano carrera «P01, M03 e H9 sorri<strong>em</strong>)) ( ) pa roba coco catole<br />
coco catole e aquele pequenininho e?<br />
e aquele pequeninin uns chama coco godora '" la pu Ri eles chama godora<br />
godora?<br />
e ... coco godora ... e aqui e coco catoh§ pois eu passei muitos dia com aquele:<br />
... cara do mate<br />
mari<br />
mari ... cara pitaia ... e a senhora eu acho que num conheci isso ainda nao ?<br />
mart eu conheQo<br />
[[ mari conhece<br />
[[e tudo tipo <strong>de</strong> coco e ? ... esses nomes que 0 senho fala [ e tudo nome <strong>de</strong> coco?<br />
[ e nao senhora ... a<br />
canfl pitaia e uma batata na terra ... 0 cara do mato tamb<strong>em</strong><br />
cara ne inhame nao ?<br />
[[ e nao<br />
e uma batata<br />
[[ ele e quin<strong>em</strong> inhame '" eo m<strong>em</strong>JO feiti do cara inhame mai: e no mate ... esse<br />
da no mato<br />
e t<strong>em</strong> uma epoca que ele amaiga<br />
e ... t<strong>em</strong> uma epoea que ele amaiga igual a que (<br />
coco<br />
) ... e t<strong>em</strong> uma epoea que ele e<br />
enxuto igual a pao ... e <strong>de</strong> pr<strong>em</strong>era pra eom~ ... agora mermo ele num num naseeu
Capitulo<br />
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
222.<br />
223. H09<br />
224. H03<br />
225.<br />
226.<br />
227.<br />
228.<br />
229. P01<br />
230.H03<br />
ainda se arranca e pr<strong>em</strong>era ... ta dano <strong>de</strong> qua<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
mai e difici ne Pedo? ... [agora encontra ?<br />
[ nao ... tern luga purai puraqui e poul e numl e mais difici<br />
... mas tern luga ai pros brejo '" que eu tern pas<strong>sa</strong>do <strong>em</strong>bolada <strong>de</strong>le que 0 mundo e<br />
coberto 56 <strong>de</strong> rama '" <strong>de</strong>le ... tern muito mai aquilo s6 dtl naquele luga MAl rim<br />
<strong>de</strong> arranca <strong>de</strong>nto daquelas greia <strong>de</strong> pedra (( H9 sorrir» entre uma peda e<br />
6tra [ e aquilo ele s6 da s6 nasce ali <strong>de</strong>nto<br />
[vige<br />
muciga pa gente arranca nfJo ... s6 nasce <strong>de</strong>nto das grugueia<br />
num seil ele num nasce numa terra
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(59)<br />
577. H02<br />
578.<br />
579.<br />
580.<br />
581. P02<br />
582. M14<br />
583. H02<br />
584.<br />
585<br />
586.<br />
587.<br />
ta mudano? cambotinha ... eu fui uma facheada ali b<strong>em</strong> pertim do Sftio Cha dos<br />
Perera ... ( )foi uma facheada <strong>de</strong> cambutinha um trouxe quatrocenta na facheada ... e<br />
eu truxe duzenta matamo ... e hoje <strong>em</strong> dia pas<strong>sa</strong> 0 camaradinha pas<strong>sa</strong> 0 dia todim e as<br />
vez 56 chega com uma e as vez num chega com nenhuma «rir»<br />
o que e facheada ... e e pegar peixe e?<br />
pegar rolinha<br />
(aeheada e e eleva<br />
um eandieiro eheio <strong>de</strong> gai e acend{J e fica ... elas dorme naqueles<br />
pauzinho af pega um pedaeim <strong>de</strong> pau ... bota pA ((Faz um gesto eom os braqos<br />
imitando uma paulada)) bola abaixo e mata <strong>de</strong> pau .... e arribaq~ ... matava com 0<br />
finado meu pai...facheada <strong>de</strong> arribaga ... mai as vez vinha CHEI... dividia os borna<br />
porque as vei num podia chei os borna <strong>de</strong> ribaga ... arribaga faz uns bocado <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
4°) armar-se com um pedac;o <strong>de</strong> pau (ai peg a um pedacim <strong>de</strong> pau ...);<br />
5°) <strong>de</strong>rrubar as aves com um pau (bota pA ((Faz um gesto com os bragos imitando uma
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
02. M11 ta com sono? «varias pessoas estao falando e rindo ao mesmo t<strong>em</strong>po))<br />
03. P01 repete que eu num ouvi nada<br />
04. M04 eh: ela pergunto se ta com <strong>sa</strong>na «rindo))<br />
05. P01 como e que e?<br />
06. M11 ta com sono?<br />
07. P01 to com <strong>sa</strong>na nao<br />
08. M11 entao vamo vai la varna trabaia agora
Capitulo<br />
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
(61)<br />
15. M11<br />
16. H02<br />
17. P01<br />
18. M11<br />
19. P01<br />
20. M11<br />
21. P01<br />
22. M11<br />
23. P01<br />
24. M11<br />
25. P01<br />
26. M11<br />
27. M11<br />
28. P01<br />
29. P01<br />
30. M12<br />
31. M13<br />
32. M11<br />
33. H02<br />
34. M13<br />
35. H02<br />
36. M11<br />
37. H02<br />
38. M11<br />
39. M12<br />
40. M11<br />
41. H04<br />
42. M11<br />
( )<br />
me ehamo barea<br />
barea ... earrego ser<br />
earrego ser<br />
ando <strong>de</strong> noite pra todo mundo v~ ando pra todo mundo v~<br />
vela?<br />
nao «varias pessoas ri<strong>em</strong>»<br />
me ehamo barea earrego ser e?<br />
e<br />
[lando<br />
[lando<br />
<strong>de</strong> noite?<br />
<strong>de</strong> noite<br />
pra todo mundo V~<br />
pra todo mundo v~? ((varias pessoas tentam adivinhar eomentando entre sill<br />
eu num sei nt!jo<br />
eu tamb<strong>em</strong><br />
vela?<br />
num sei nt!jo<br />
nt!jo<br />
e nos ( [ )<br />
[e e a ( )<br />
nos meus projeto e um BARco<br />
nt!jo<br />
ent!jo?<br />
quase que ee dizia<br />
e a /ua?<br />
nao ... quase que e/e dizia<br />
barea?<br />
nt!jo ... nada ((varias pessoas eontinuam tentando adivinhar, eonver<strong>sa</strong>ndo entre si,<br />
43.<br />
44. M14<br />
45. M11<br />
<strong>de</strong> forma inaudive/))<br />
estre/a?<br />
uhum um ((balanqando<br />
a eabeqa negativamente))
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
46. M07 que danado e?<br />
47. P02 e e 0 que?<br />
48. P01 sei nao... e 0 que?<br />
50. H02 e mermo CCrisose comentarios entre os interlocutores»<br />
51. P01 balao e?<br />
52. M11 num e?<br />
53. CCvariaspessoas falam tentando explicar a adivinha9ao»<br />
54. M11 leva muita gente no batao?<br />
55. P01 carrega 0 ser como?<br />
56. H02 0 ser eo nome 0 nome do balao<br />
57. M11 eo nome<br />
C···)<br />
61. H02 e e pra todo mundo ve mermo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
58. P01 ah: sim::: «todos ri<strong>em</strong> bastante»]<br />
59. H02 ganhO «dirigindo-se a M11»<br />
60. P01 ganho eu nao <strong>sa</strong>bia nao «risos»<br />
(...)<br />
62. P01 exato e... tern razao «H02 rir»<br />
63. M05 fac;aotra af «dirigindo a M11, que e sua filha»<br />
(62)<br />
80. H02 o que e que tudo que fai bate no ceu?<br />
81. M11 eo come<br />
82. P02 eo que?<br />
83. H02 tudo quanta fai bate no ceu<br />
84. M11 eo come<br />
85. M12 e 0 ceu da boca<br />
86. M11 o que e 0 que e que [:<br />
87. P02 [e 0 come e?<br />
88. P01 e 0 come mermo?<br />
89. H02 <strong>sa</strong>bidinha ne?( ) (risos)
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo III: lmagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>
Capitulo IV<br />
Imagens e Narrativas<br />
"Storytelling is a means by which humans organize<br />
and un<strong>de</strong>rstand the world, and feel connected to<br />
each other".<br />
Deborah Tannen
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
futuro.<br />
E diffcil, tamb<strong>em</strong>, imaginar uma cultura <strong>em</strong> que as narra90es <strong>de</strong> eventos<br />
(63)<br />
313. P01<br />
314. H03<br />
315. P01<br />
316. H03<br />
317. P01<br />
318. P01<br />
319. H03<br />
320.<br />
321.<br />
322.<br />
323. H09<br />
[° senhO <strong>de</strong>sculpe eu i perguntando e porque « sorrindo » eu num conhe90<br />
nao •.. po<strong>de</strong> pergunta ... e: e: a senhora que: arruma uma: uma histora b<strong>em</strong><br />
e<br />
contada pa conta eta la [ ••. pa <strong>sa</strong>i <strong>de</strong>poi ne ?<br />
uhrum e isso<br />
[hum<br />
e e born que <strong>sa</strong>ia mermo que: que <strong>a<strong>de</strong></strong>poi que pegaru vim aqui <strong>em</strong> Peda Oagua<br />
firma isso aqui <strong>em</strong> Peda Dagua pego a chega gente aqui <strong>em</strong> Peda Dagua munta<br />
gente ... ja se interes<strong>sa</strong>ru <strong>em</strong> faze es<strong>sa</strong> estrada ". isso e tudo porque vai: histora<br />
daqui la pra fora ... nE!?<br />
e ... que dize que num ta mais isolada
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
CapItulo IV: Imagens e Narrativas<br />
324. H03<br />
325.<br />
326.<br />
nao num ta mais isolada '" tao veno ... 0 pessoa la <strong>de</strong> fora tao veno aqui ... porque aqui<br />
ja foi po be <strong>de</strong>mai ... aqui foi munto pobe '" pa vista <strong>de</strong> hoje '" aqui foi mais pobe mui:to<br />
<strong>em</strong> dobra<br />
pr6pria hist6ria.<br />
A narrativa oral <strong>em</strong> suas tras moda<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>s (afirma98o, relato e<br />
reprodu980 1 )<br />
simboliza a preserva980 da hist6ria, das cren9as e dos valores da<br />
1 Gulich e Quasthoff (1986) classificam as referencias a epis6dios ocorridos no pas<strong>sa</strong>do <strong>em</strong> interac;;oes face-a-face<br />
nestas ires formas.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Quasthoff,1986:225).<br />
E um resumo <strong>de</strong> eventos no qual po<strong>de</strong>m aparecer discurso
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
488. M03 era 0 vei ... teu pai .., quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoyo<br />
489. quebrada [ ... tu se al<strong>em</strong>bra<br />
490. H09 [foi:<br />
491. H03 me al<strong>em</strong>bro '"
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
492. M03 Antoin?<br />
493. Ha3 meu irmao ... e:[le<br />
494. Ma3 [ele tir6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota e jogo [ ...<br />
495. Ha3 [jogo nas costas [ e trouxe pra ca<br />
496. M03 [ nas costas e<br />
497 trouxe sozin ... foi ( )<br />
C<br />
E-<br />
N<br />
:A quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoc;o<br />
R<br />
I<br />
o<br />
tiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota<br />
jogo nas costas<br />
e trouxe pra ca<br />
trouxe sozin<br />
E posslvel ainda se criar uma imag<strong>em</strong> do s<strong>em</strong>blante do Severino, a partir da
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
C<br />
E<br />
N<br />
A<br />
R<br />
I<br />
o<br />
antigamente<br />
A<br />
~ eu nasci<br />
o me criei<br />
E dormino numa cama numa paia no chao<br />
S veno as estrela todinha<br />
A reprodugao ou narrativa conver<strong>sa</strong>cionaf,<br />
"forma <strong>de</strong> narrativa mais basica e mais<br />
2 Narrativa conver<strong>sa</strong>cional na literatura especializada e tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> replaying (Gooch e Quasthoff,<br />
1986), storytelling (Quasthoff e Nikolaus, 1982; Jefferson, 1988; Goffman, 1983; Schiffrin, 1984; Houtkoop e<br />
Mazeland, 1985; Polanyi, 1989), story ou narrative (polanyi, 1982; Labove Waletzky, 1967; Jonhstone, 1987;<br />
Bublitz, 1988) e conver<strong>sa</strong>tional story (polanyi, 1985); Ochs, 1997).
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
narrativa, compreen<strong>de</strong> uma serie <strong>de</strong> acontecimentos que se esten<strong>de</strong> ate 0 climax.<br />
E
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
(64)<br />
30. M03<br />
31.<br />
32.<br />
33.<br />
34.<br />
35.<br />
36.<br />
37.<br />
38.<br />
39.<br />
40. H09<br />
41. M03<br />
42. P01<br />
43. M03<br />
44. P01<br />
45. M03<br />
PRAI cornia la ... na barraca tinha urn pai:/ urna barraca a barraca cheia <strong>de</strong> rnii .<br />
a gente drurnia nes<strong>sa</strong> barraca rnuie rnai nesse dia a gente quaji rnorre <strong>de</strong> medo .<br />
tinha ahr: tinha a pota <strong>de</strong> chave ... rnai pubaxo dava pa pas<strong>sa</strong> bicho ou <strong>de</strong>baxo ... ai a<br />
gente tirano 0 rnii ... fastano fastano 0 rnii ... e eu sei que: quano tava pertim <strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
encosta na pare<strong>de</strong> eu vi checo checo checo checo ... eu nunca tinha visto ela ... e:ra a<br />
cascaveia rninha fia ... «bate as rnaos cornpas<strong>sa</strong>damente» ai arrocherno 0 grito pulo<br />
pulo Maj6 ... «sorrir» ( ) ai ai ele tava no roc;ado asSIM ele correu ... "que i:sso<br />
Maria? que isso Maria?" eu digo "Seu Maj6 e urna cascaveia ... 0 povo dii rnai eu<br />
nunca vi" ... ele vei ... Severino SEtanejo ... e<strong>a<strong>de</strong></strong>ro tambern conhece Severino<br />
Setanejo que veii do sertao rnai Zita ... e Maria que vei panM agudao [ Severino<br />
[ conheci<br />
foi que rnato ... tinha Ol:to inrusca '" a gente drurnino na/ [a s<strong>em</strong>an a todinha mai a<br />
[ ah:ahm «exclama<br />
cascaveia «bate novarnente as rnao no rnesrno cornpasso anterior» <strong>de</strong>nto <strong>de</strong>nto<br />
<strong>de</strong>monstrando espanto»<br />
daquela ca<strong>sa</strong><br />
E posslvel observar que a montag<strong>em</strong> do cenario conduz ao clima <strong>de</strong> suspense que
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
as espigas <strong>de</strong> milho num canto da barraca.<br />
E justamente no termino <strong>de</strong>sta tarefa que
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
R<br />
£<br />
S<br />
U<br />
M<br />
o<br />
rnuie rnai nesse dia a gente quaji rnorre <strong>de</strong> rnedo<br />
C<br />
£<br />
N tinha urn pai:1urna barraca a barraca cheia <strong>de</strong> mii<br />
A a gente drurnia nes<strong>sa</strong> barraca...<br />
R tinha ahr: tinha a pota <strong>de</strong> chave<br />
I mai pubaxo dava pa pas<strong>sa</strong> bicho ou <strong>de</strong>baxo ..,<br />
o<br />
A af a gente tirano 0 rnii<br />
C; fastano fastano 0 mii '"<br />
e eu sei que: quano tava pertirn <strong>de</strong> <strong>de</strong> encosta na pare<strong>de</strong><br />
o<br />
C<br />
£<br />
N eu vi checo checo checo checo ...<br />
A eu nunca tinha visto ela ... e:ra a cascaveia minha fia ...<br />
R «bate as maos compas<strong>sa</strong>darnente»<br />
I tinha Ol:to inrusca ...<br />
o<br />
£ ai arrocherno 0 grito pulo pulo Maj6 '" «sorrir»<br />
s ai ai ele tava no rOyadoasSIM ele correu ...<br />
D<br />
I<br />
A Major: "que i:sso Maria? que isso Maria?"<br />
L<br />
6 Maria: "Seu Maj6 e uma cascaveia ... 0 povo dii mai eu nunca vi"<br />
6.<br />
o<br />
R<br />
£<br />
S<br />
o<br />
L<br />
U<br />
C;<br />
It..<br />
o<br />
Severino foi que rnato
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
quando cheguei <strong>em</strong> Campina }<br />
eu to na frente do televi<strong>sa</strong>o assim<br />
quando cheguei na rodoviara }<br />
ai tinha<br />
uma turma da Serra do Ponte<br />
obter exito sinaliza que algo vai acontecer para quebrar a rotina instaurada.<br />
E com
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
C<br />
E.<br />
N<br />
A<br />
R<br />
vei uma mule:<br />
ela vei no carro<br />
ai que<strong>de</strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra<br />
I ai a mule vei <strong>de</strong> Campina dana: Denise<br />
o<br />
As vezes, a distinc;ao entre as situac;oes que apenas apoiam a ocorrencia<br />
do episodio e<br />
C<br />
E.<br />
eu vinha 18<strong>de</strong> <strong>de</strong>nto com a faca<br />
o cabelo chei <strong>de</strong> tot6<br />
quano eu cheguei<br />
na <strong>sa</strong>! eu dou as cara na porta<br />
N<br />
A e sorrino<br />
R e gritano « M021 comec;a a sorrir»<br />
I e limpano a faca na mao<br />
o<br />
a construc;ao do cenario e a caracterizac;ao da personag<strong>em</strong><br />
se dao concomitant<strong>em</strong>ente,
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
C<br />
E-<br />
N<br />
it<br />
R<br />
I<br />
o<br />
otro dia veio urn padre al na igreja ... la <strong>em</strong> cima naquela igrejinha<br />
tudo Iii e branco naquela igreja<br />
uns branco fe:i<br />
(65)<br />
184. P02<br />
185. M03<br />
186. M04<br />
187.<br />
188. P02<br />
189. M03<br />
190.<br />
191. M06<br />
192. M03<br />
193. M06<br />
194. P02<br />
[[ que aconteceu 0 eclipsi?<br />
[[ al eu tava cuidano no aimOlio ... eu tava cuidano no aimoc;o ... [ ( )<br />
[ eu num tava Iii<br />
hum?<br />
af eu vi ... « tosse)) aquilo faze assim « movimenta os brac;os pas<strong>sa</strong>ndo urn pelo<br />
outro a sua frente )) no 56 ... eu digo "OX<strong>em</strong>" « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong> )) [ ... af<br />
[ as<br />
... os pinl<br />
pinto correro tudim com medo<br />
e foi? « sorrindo ))
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
195. M06 foi ... com medo<br />
196. M03 mai « exclama» ...[ dava pa pa corre doida mermo ... eu abri assim '" num tinha<br />
197. M06 [correu tudim « P02 sorrir» ... ( ) correu tudim ( ) eu atai<br />
198. M03 uma lui ... fico pardo ...<br />
199. M06 ... eu mae mai Joaquim « M03 sorrir» e : e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato ...<br />
200. foi nao?<br />
201. M03 e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo "oxi" ... e<br />
202. aquilo ligero assim turn turn turn e eu espiei ... eu digo "eu num tive medo <strong>de</strong><br />
203. certas coi<strong>sa</strong>s" '" eu digo "perai" tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui « pega numa<br />
204. bacia plastica que esta pr6xima e mostra» uma bacia ... <strong>de</strong> loic;:a... eu meiei aqui<br />
205. assim « <strong>de</strong>marca na bacia 0 niveJda agua colocada na epoca» eu butei agua ... e :<br />
206. enfiei no rosto ... no t<strong>em</strong>po que: e que 0 56 foi cripi ... e:ra ... a lua era nova ...<br />
207. queria passelpra cima viu? [ ... ] agora a lua bigano com 056 viu? ... a lua bigano<br />
208. P02 [ hum]<br />
209. M03 com 056 ... e eu <strong>de</strong> coca espiano assim ... eu digo "se eu tive <strong>de</strong> morre ... eu 56<br />
210. morro no terrero ... mai <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> eu num ento" ... e ( ) e ela bigano .., ela<br />
211. bigano ( ) a lua foi puriM do s6 ... eo 56 foi pubaxo e a foi pucima ... a lua a<br />
212. senhora <strong>sa</strong>be que e fria ... eo s6 e quente '" ela trac;:apucima '" paga a Juido 56 ...<br />
213. ai foi que escureceu '" a gente viu as estrela do ceu todinha ... a este/ a galinha<br />
214. subiu pu pulera ... 0 galo bateu a<strong>sa</strong> « bate com as maos» subiu pu puJera... canto<br />
215. ... ai ai eu ai lavinha rninha rnadinha ... e: e: aque/ madinha e: [e:<br />
216. M06 [ mai correu gente<br />
217. M03 6i mai foi tanta gente a corre [ nesse mundo <strong>de</strong> Deus<br />
218. P02 [ e 0 Maj6 tava aon<strong>de</strong> nes<strong>sa</strong> hora? tava tamb<strong>em</strong> ta [ va<br />
219. M03<br />
220. P02 venda 0 eclipsi?<br />
221. M03 tava tava <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> ... "a: 0 mundo vai se acaM" ." eu digo "a 0 0 mundo davei do<br />
222. mundo se acaM eu: eu v6 morre no no terrero" ( ) pass6-se pouco t<strong>em</strong>po ... 6i foi<br />
223. tanta gente ate Lorenc;:oGome <strong>de</strong>u urn pas<strong>sa</strong>mento que quaji <strong>de</strong> morre ...<br />
224. carregaru correru atai <strong>de</strong> aico 0 aico pelpasselna: no narii <strong>de</strong>le ... nos puc;:oe<br />
225. tudo ... e ele pu morto ... quano pas<strong>sa</strong> bern urna hora foi que [ ele (<br />
226. P02 [ com medo?<br />
227. M04 com medo<br />
228. M03 com medo ... pass6 ... aqui pu l<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Lagoa Gran<strong>de</strong> morreu foi gente ... minha fia<br />
229. P02 foi mermo?<br />
230. M03 com medo ... ( ) que sofria do corac;:ao... ave maria « exclama » escap6
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capftulo IV: Imagens e Narrativas<br />
231. nenhum [ ... e eu sei que passo b<strong>em</strong> u-ma ho-ra au mai ... e eu sei que la vai aquilo<br />
232. P02 [ a:ve<br />
233. M03 abino « baixa a voz e diminui a velocid<strong>a<strong>de</strong></strong>» abino abino abino abino abino '" a<br />
234. banda do s6 '" do s6 ... a lua passo '" e 0 s6 fico '" af '" n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> eu corri mai<br />
235. ... n<strong>em</strong> nada ... ali ( ) aquele mundo azu:: fico quin<strong>em</strong> uma peda <strong>de</strong> ani ...<br />
236. ningu<strong>em</strong> num via uma nuve mai ... sumiu-se tudim ... e uma coi<strong>sa</strong> que a gente s6<br />
237. morre quano Deus que mermo<br />
C1 montado por M03:<br />
quano foi. .. pu vorta <strong>de</strong>: es<strong>sa</strong> hora assim eu tava cuidano do aimogo<br />
numtinha uma lui. .. fico pardo<br />
C eu tava morava aqui na dona Mocinha ...ali naquela vage <strong>de</strong>la<br />
£ tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui «peg a numa bacia plastica que esta pr6xima e mostra»<br />
N uma bacia ... <strong>de</strong> loiga<br />
it eu meiei aqui assim «<strong>de</strong>marca na bacia 0 nivel da agua colocada na epoca»<br />
R eu butei agua ...<br />
I<br />
o<br />
e: enfiei no rosto<br />
a gente viu as estrelas do ceu todinha<br />
a galinha subiu pu pulero<br />
o galo bateu a<strong>sa</strong> «bate com as maos»<br />
subiu pu pulero<br />
canto<br />
mai foi tanta gente a corre nesse mundo <strong>de</strong> Deus
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
C2 montado por M06:<br />
c<br />
E-<br />
N os pinto correro tudim com medo<br />
A correu tudim correu tudim<br />
R () eu atai eu mae Joaquim e: e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato<br />
I mai correu gente<br />
o<br />
02. M17 (...) uma vei eu vi urn presepe muito fei la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" po<strong>de</strong> cre [... eu vi urn presepe<br />
03. P01 [h<strong>em</strong>?<br />
04. la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> muito fei<br />
(...)<br />
09. M17 uma atrupelada ... co/ como uma cavalaria <strong>sa</strong>be? [ '" ] assim num <strong>sa</strong>be?<br />
10. P01 [hum]<br />
11. uns pessoal assim: vamo dize assim na minha mente ... 13: uns pessoal...<br />
12. correndo a cavalo e os casco dos cavalo bateno [ ... ] ai quando chegava<br />
13. P01 [hum]<br />
14. M17 na porta da frente assim: como que a pessoa puxasse 0 arei do cavalo <strong>em</strong> disparado ...<br />
15. na porta da frente ... al escute [ ...nes<strong>sa</strong> epoca nesse t<strong>em</strong>po Deca «0 marido <strong>de</strong> M17»<br />
(...)<br />
17. M17 tava no Rii eu disse assim: eu disse «sorrindo»"e gente fazendo '" fazendo<br />
18. sombran9a" al eu disse "perai que eu pego ja a foice" quando eu disse que eu pegava<br />
19. a foice '" num brinque nao minha fia cheg6 uma voi mais triste do mundo ... ai pedindo<br />
20. pra mim reza treis tel90 [...eu disse al eu diche assim: caquele caquele caquele:<br />
22. M02 [e era aima que morreu<br />
21. M17 caquela raiva no cora980 assim: pu cau<strong>sa</strong> do medo ... eu diche "logo trei<br />
23. ah: rezo nada" .., mermo assim<br />
24. P01 mas tu <strong>em</strong> pe? isso tu tava <strong>em</strong> pe <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong>? pu tava <strong>de</strong>itada??<br />
25. M17 eu <strong>de</strong>itada coberta pe e cabe9a e tudo minha fia ... «P01 sorrir» e:: dizeno pu <strong>de</strong>baxo<br />
26. da coberta ... digo "logo trei ... ah: rezo nada" '" mermo assim "e abuso" ... minha fi:a
Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
quando cabei: <strong>de</strong> dize isso: num brinque nao ... minha fia quaje morro ... farto nada ...<br />
mai mai chego uma voi mais TRISte do mundo ... eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> daquela ...<br />
37.<br />
38.<br />
39.<br />
40.<br />
41.<br />
42.<br />
43.<br />
44.<br />
45.<br />
46.<br />
47.<br />
48.<br />
49.<br />
50.<br />
51.<br />
52.<br />
53.<br />
54.<br />
55.<br />
56.<br />
57.<br />
58.<br />
59.<br />
60.<br />
61.<br />
62.<br />
63.<br />
64.<br />
M02<br />
P01<br />
M17<br />
(...)<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
P01<br />
M17<br />
n<strong>em</strong> ai <strong>de</strong> ve mar [ nunca ... ai eu fiquei <strong>de</strong>baxo da coberta [ ... <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> coberta ... pedino<br />
[e voi do oto mundo<br />
[e a voz dizia 0 que?<br />
pra eu reza esses terc;o ... <strong>de</strong>baxo <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> coberta ... e uma menina b<strong>em</strong> novinha minha<br />
fia ... a menina nova ... os oto tudo dormino e eu pen<strong>sa</strong>n: [no como era ... eu ... eu ...<br />
[eu pen<strong>sa</strong>no ... como era que eu ... que eu<br />
<strong>sa</strong>ia correno assim ... uma hora eu pen<strong>sa</strong>va assim ... <strong>em</strong> <strong>sa</strong>ii correno pela pela porta<br />
da frente ... ai eu pen<strong>sa</strong>/ ai eu digo "nao mai pela porta da frente eu nurn corre porque<br />
o presepe 0 presepe ta na porta da frente ... e se eu corre pela porta da frente ... ele<br />
num vai me pega? ... eu vo pela da cozinha" ... af eu pen<strong>sa</strong>va assim "como e que eu vo<br />
arrasta esses trei menino na carrera «sorrindo» pela porta da frente? eu podia era da<br />
uma peitada [assim na porta"<br />
[ «sorrindo» isso isso enrolada na coberta?<br />
inco / nao eu queria corre <strong>de</strong> oi fechado assim [mai s<strong>em</strong> bate<br />
[sim ... pen<strong>sa</strong>ndo isso enrolada?<br />
e num tirava nao «galo canta» eu tinha certeza que se eu: abrisse os zoiu ... eu via<br />
<strong>sa</strong>be? [... af aquilo ali eu<br />
[sim<br />
fiquei a noite todinha ... e a menina fazia mermo assim que n<strong>em</strong> uma jiinha quando uma<br />
pessoa bota <strong>sa</strong>l ... mermo assim [... chorano '" eu digo "voce po<strong>de</strong> morre ... giguitia af<br />
[eita<br />
«P01 sorrir» mai eu num Iigo ... n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> abro os z6i n<strong>em</strong> acendo a lui '" hoje nao" ...<br />
ai pedindo a Deus que manhecesse ... pra eu <strong>sa</strong>i buta es<strong>sa</strong> menina no brac;o e <strong>sa</strong>ii<br />
daqui correno pra dize a esse povo «sorrir) mo<strong>de</strong> esse presepe num vim mai ...<br />
quando 0 dia manheceu ... a menina ja tava moiada <strong>de</strong> suo: [...<br />
[<strong>de</strong> tanto grita? [a bichinha<br />
[<strong>de</strong> tanto<br />
<strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> coberta e eu abria? e eu n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobria[ ...n<strong>em</strong> acendia a lui<br />
[8 sim sim<br />
e n<strong>em</strong> falava com a menina ... ficava s6 com ela no brac;o assim e ela ginguitiano<br />
... quando 0 dia clario peguei a menina butei no brac;o ." minha fia e fii carrera pra ca<strong>sa</strong><br />
<strong>de</strong> Tutu ai quando cheguei na ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Tutu ai eu diche a Tutu '" "Tutu se tu visse oi ...<br />
QUAJe morri" "<strong>de</strong> que?" eu digo "uma aima minha fia ... me apareceu pedino:/ com uma
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
65. presepada MAl feia do mundo ... pedino paeu reza tres teyo" ... af Tutu diche<br />
66. "assim voce num l<strong>em</strong>bra I tu num l<strong>em</strong>bra qu<strong>em</strong> foi nao?" e "pra mim era uma:<br />
67. uma voi assim uma te <strong>de</strong> Ana ... eu sei Ie qu<strong>em</strong> e es<strong>sa</strong> Ana '" porque a pessoa que<br />
68. v<strong>em</strong> pedi as coi<strong>sa</strong> os oto ... v<strong>em</strong> com boas manera ... nurn v<strong>em</strong> com urna presepada<br />
69. daquela nao [... <strong>sa</strong>be <strong>de</strong> uma coi<strong>sa</strong> ... eu num gostei nao" eu diche ... «P01 sorrir»<br />
70. M02 [mai que e do oto mundo s6 e assim<br />
71. M17 zangada ainda [com a alma ... eu digo "<strong>sa</strong>be <strong>de</strong> uma coi<strong>sa</strong> eu num gostei nao... <strong>sa</strong>be<br />
72. P01 [com a alma<br />
73. M17 por que? quaje que eu morro isso num e serviyo que se faya nao"<br />
74. P01 isso num e jeito <strong>de</strong> chega na ca<strong>sa</strong> dos outros nao ... ne?<br />
75. M17 Tutu diche "nao mule mai mai reza ... ela ela ta quereno uma petiyao que <strong>de</strong>ve t8 / ela<br />
76. num ta <strong>em</strong> born luga ... se ela tivesse <strong>em</strong> born luga ela vinha faze urn medo <strong>de</strong>sse a<br />
77. voce" eu digo "e Tutu qu<strong>em</strong> v<strong>em</strong> pedi as coi<strong>sa</strong>s aos zoto num v<strong>em</strong> daquele jeito nao ...<br />
78. tern que vim com boa manera ... eu num gostei nao '" vo reze mai:"<br />
79. M02 eu nunca: vi e n<strong>em</strong> [quero ve<br />
80. M17 [af quano foi «sorrir» <strong>de</strong> noite ... af rezei parece que doi chamei<br />
81. Tutu ainda ... parece que ainda rezei doi '" af <strong>de</strong>poi eu dizia "hoje eu vo durmi <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>"<br />
82. ...quano dava es<strong>sa</strong> hora assim «a graVay80 ocorreu aproximadamente as 17:00hs»<br />
83. minha fia a janta pronta ... eu butava na cayalora<br />
84. P01 af num dormia <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?<br />
85. M17 durmia 0 que? foi uma sombranya munto gran<strong>de</strong> mu [Ie
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Cenario do fato sobrenatural:<br />
c<br />
£<br />
N uma atrupelada ... col como uma cavalaria <strong>sa</strong>be?<br />
It uns pessoal. ..correndo a cavalo e os casco dos cavalo bateno<br />
R<br />
I<br />
o<br />
quando chegava na porta da frente assim: como que a pessoa puxasse 0 arei do cavalo <strong>em</strong><br />
disparado<br />
'" na porta da frente<br />
Cenario do mundo real:<br />
eu <strong>de</strong>itada coberta pe e cabeya e tudo<br />
eu fiquei <strong>de</strong>baxo da coberta<br />
uma menina b<strong>em</strong> novinha<br />
C os oto tudo dormino<br />
£ a menina fazia mermo assim que n<strong>em</strong> uma jiinha quando uma pessoa bota <strong>sa</strong>l<br />
N mermo assim chorano<br />
It quando 0 dia manheceu ... a menina ja tava mioada <strong>de</strong> su6: <strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> coberta<br />
R eu n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobria n<strong>em</strong> acendia a lui<br />
I quando 0 dia clario<br />
o<br />
peguei a menina<br />
butei no bra90<br />
fi carrera pra ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Tutu
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
informaC;80 com 0 objetivo <strong>de</strong> criar envolvimento e eficacia comunicativa". E importante
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
A turma da Serra dos Pontes<br />
Morador<br />
A turrna da Serra dos Pontes<br />
Morador<br />
Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o ... tu viu?<br />
e e Peda D'agua rnerrno?<br />
e Peda D'agua<br />
born eu vi ... eu vi e Peda D'agua<br />
os cara <strong>sa</strong>c esses rnerrno ... e <strong>sa</strong>c<br />
C<br />
E.<br />
N<br />
otro dia veia urn padre ai na igreja ... la <strong>em</strong> cirna naquela igrejinha<br />
A tuda la e branco naquela igreja<br />
R uns branco fe:i<br />
I<br />
o
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Moradores<br />
on<strong>de</strong> mora Jandira?<br />
mora 18<strong>em</strong>baxo<br />
aon<strong>de</strong> e?<br />
«resposta na voz da narradora na forma verbal <strong>de</strong> 3 3 pessoa plural"mostraro"»<br />
ali mora muita gente?<br />
mora<br />
tudo e moreninho<br />
tudo moreno<br />
ou tudo e branco?<br />
eu digo<br />
digo<br />
eu digo<br />
eu digo<br />
eu digo<br />
oxam «fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>»<br />
oxi<br />
eu nunca tive medo <strong>de</strong> certas coi<strong>sa</strong><br />
perai<br />
se eu tive <strong>de</strong> morre ... eu 56 morro no terrero ... mai <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> eu num ento
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
D<br />
I<br />
it<br />
eu digo<br />
eu digo<br />
eu digo<br />
L<br />
0 eu digo<br />
6. digo<br />
0<br />
S<br />
eu digo<br />
aquela e Zefa Anjo<br />
ox<strong>em</strong><br />
ox<strong>em</strong> num foi ningu<strong>em</strong> <strong>em</strong> Peda O'agua e a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Zefa Anjo naquela<br />
televi<strong>sa</strong>o<br />
aquele menino que ta mntado no burro e 0 menino <strong>de</strong> Zito<br />
eo menino <strong>de</strong> Zito ... passo montado no burro<br />
aquilo e Peda O'agua ... e Peda O'agua<br />
e Peda O'agua<br />
D eu pen<strong>sa</strong>l ai eu digo nao mai pela porta da frente eu num corre porque 0 presepe<br />
I 0 presepe ta na porta da frente ... e se eu corre pela porta da frente '"<br />
A ele num vai me peg a?<br />
L<br />
eu vo pela da cozinha<br />
o eu pen<strong>sa</strong>va assim como e que eu vo arrasti essestrei menino na carrera «sorrindo)) pela<br />
6. porta da frente?<br />
o<br />
eu podia era da uma peitada assim na porta<br />
eu disse assim:<br />
eu disse<br />
eu digo<br />
«sorrindo» e gente fazendo ... fazendo sombranya<br />
perai que eu pego ja a foice quando eu disse que eu pegava<br />
a foice<br />
Oeca num ta <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" e gente fazeno presepe eu pego ja a foiye<br />
eu pego ja foige<br />
voce po<strong>de</strong> morre ... giguitia ai mai eu n<strong>em</strong> ligo '" n<strong>em</strong> abro os z6i n<strong>em</strong><br />
acendo a lui '" hoje nao<br />
hoje eu vo durmi <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
162. M02 ai um dia eu tava na fila .,. boiinha vivinha [ ... «todos sorri<strong>em</strong>» no Inga ... agora eu ta<br />
164. M17 [numa elevac;:ao<br />
165. P02 [vivinha?<br />
166. M02 sonho <strong>de</strong> quatro <strong>em</strong> quatro ano ... as vei <strong>de</strong> tres <strong>em</strong> trei<br />
167. P01 «sorrindo»<br />
168. M02 perto <strong>de</strong>u sonM com ele <strong>de</strong> novo [...] ai urn home dizeno assim:/tava na fila eu e os<br />
169. P02 [hum]<br />
170. M02 povo todo ne? <strong>de</strong> Inga '" ai cheg6/ tinha urn home assim "voc~ ja tira 0 dinhero?" eu<br />
171. disse "nao senhO"..."voce vai <strong>de</strong> que pra ca<strong>sa</strong>? <strong>de</strong> carro ou <strong>de</strong> peis?" agora meu coraC;80<br />
172. vei logo 0 senho <strong>de</strong> engenho direitim [... ] moreno ... alto ... eu disse "eu vo <strong>de</strong> carro" ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
173. P01 [ hum]<br />
174. M02 ele disse "voce num que i <strong>de</strong> peis ate <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?" pergunta a Doca e 0 povo Serra do<br />
175. Ponte? eu disse "por que 0 senho me pergunta isso?" "por que voce num vai <strong>de</strong> peis?<br />
176. quando chega numa portera do lado esquerdo ... a primeira portera que voce encontra<br />
177. tern um pe <strong>de</strong> jua ... e do lado esquerdo voce ve chamano por voce Jandira ai voce ...<br />
178. vai no tronco do pe <strong>de</strong> jua que tern uma felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> pra voce" ... ai eu disse "eu num vo<br />
179. nao" ai Seu Doca <strong>de</strong> Serra do Ponte [ ... ai: Chiquim <strong>de</strong> Seu Carlo disse "vai que eu vo<br />
180. H06 [eu sei qu<strong>em</strong> e<br />
181. M02 com voce" ai eu disse "eu num vo nao eu vo/" "voce fai assim [ ( )"<br />
182. P01 [eles virol eles ouviram a<br />
183. historia?<br />
184. M02 tudim escutano 0 home dizeno a eu<br />
185. P02 e esse home qu<strong>em</strong> era?<br />
186. M02 eu num sei ... ai ele tava na fila ... ai eu fiquei fri:a ... ai eu disse assim "eu nurn posso i<br />
187. <strong>de</strong> carro nao [e quando cheganesse pe <strong>de</strong> jua ." que 0 senho disse 0 pr<strong>em</strong>ero pe <strong>de</strong> jua<br />
188. H06 [era uma foima cheia <strong>de</strong> dinhero<br />
189. M02 que encontra eu <strong>sa</strong>lta e olha nao?" ele disse "nao so se fo <strong>de</strong> peis daqui a:TE <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>li<br />
190. M04 ave maria ... mai <strong>de</strong> Inga<br />
191. M17 eu vinha<br />
192. H06 eu vinha<br />
193. H08 eu vinha tamb<strong>em</strong><br />
194. P01 tu nao quiseste a botija que te <strong>de</strong>ro <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>? «fala com M17, referindo-se a urna outra<br />
195. estoria contada por ela))<br />
196. M17 ah: mai <strong>de</strong> dia e mare man<strong>sa</strong> rapai<br />
197. P01 ah: : «sorrir)) «varias pessoas sorri<strong>em</strong>))<br />
198. M02 () [tudo vinha maizeu...tudo vinha comigo ne? ..as menina ai eu disse "[eu num vo<br />
199. H06 leu vinha ( ) mo<strong>de</strong> muito dinheiro<br />
200. M17 [<strong>de</strong> dia<br />
201. quaque e: «sorrindo)) pia as perna « aponta para as pernas, indicando que po<strong>de</strong>ria<br />
202. correr))<br />
203. M02 nao" mai eu fiquei com muito medo...meu C<strong>Ora</strong>9aopego logo bate...eu fiquei com medo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Hom<strong>em</strong><br />
Jandira<br />
Hom<strong>em</strong><br />
Jandira<br />
Hom<strong>em</strong><br />
Jandira<br />
Hom<strong>em</strong><br />
Jandira<br />
Chiquim<br />
Jandira<br />
Hom<strong>em</strong><br />
Jandira<br />
<strong>de</strong> Seu Carlo<br />
voce ja tin) 0 dinheiro?<br />
nao senho<br />
voce vai pra ca<strong>sa</strong>? <strong>de</strong> carro ou <strong>de</strong> peis?<br />
eu vo <strong>de</strong> carro<br />
voce num que ir <strong>de</strong> peis ate <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?<br />
por que 0 senho me pergunta isso?<br />
por que voce num vai <strong>de</strong> peis quando chega numa portera do lado<br />
esquerdo ...<br />
a pr<strong>em</strong>era portera que voce encontra t<strong>em</strong> um pe <strong>de</strong> jua ... e do lado<br />
esquerdo<br />
voce ve chamano por voce Jandira af voce ... vai no tronco do pe <strong>de</strong> jua<br />
que t<strong>em</strong> uma felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> pra voce<br />
eu num vo nao<br />
vai que eu vo com voce<br />
eu num vo nao<br />
eu num posso i <strong>de</strong> carro nao e quando chega nesse pe <strong>de</strong> jua ... que 0<br />
senho disse 0 pr<strong>em</strong>ero pe <strong>de</strong> jua que encontra eu <strong>sa</strong>lta e olha nao?<br />
nao s6 se fe <strong>de</strong> peis daqui a: TE <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong><br />
eu num vo nao
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
M17<br />
Tutu<br />
M17<br />
Tutu<br />
M17<br />
Tutu se tu visse oi... QUAje morri<br />
<strong>de</strong> que?<br />
uma aima minha fia ... me apareceu pedino:/ com uma presepada MAl<br />
feia do mundo ... pedino peu reza tres tel
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Moradores<br />
Padre<br />
Pai da Noiva<br />
Pai da Noiva<br />
Padre<br />
on<strong>de</strong> mora Jandira?<br />
mora la <strong>em</strong>baxo<br />
aon<strong>de</strong> e?<br />
«resposta na voz da narradora»<br />
ali mora muita gente?<br />
mora<br />
tudo e moreninho ou tudo e branco?<br />
tudo moreno<br />
esses moreno ja esses moreno ja casou algum com branca?<br />
casou casou uma fia minha por cau<strong>sa</strong> que ela num toma meus conselho<br />
tern vergonha ... porque negro num po<strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> com branco<br />
*casou porque num toma meus conselhos se ela tivesse vergonha ... nao tina<br />
ca<strong>sa</strong>do com negro ... num ta veno que eu num gostei*<br />
olha ... eu tenho urn irmao que e ca<strong>sa</strong>do com uma negrinha do cabelim<br />
enrolado ...cO num: co num num num tern es<strong>sa</strong>s historia <strong>de</strong> co<br />
*TEM puque panela procura seus texto*<br />
eu s6 0 padre<br />
eu s6 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> intabaiana vim olM a igreja ... <strong>sa</strong>be qu<strong>em</strong> e 0 padroeiro?<br />
n<strong>em</strong><br />
(68)<br />
29. M04<br />
30.<br />
31.<br />
32. H14<br />
33. M02<br />
34. M04<br />
35. M02<br />
36. M04<br />
37. M02<br />
eu vo te conta-te e toil arente <strong>de</strong>u a maio sorte do mundo aquele menino<br />
'" aquele<br />
aquele menino num te indoidado duma vei aqui ... visse? puque urn homao daquele:<br />
mim aye maria meu Je[sui «tala exclamando»<br />
[ urn rapai daquele ( )<br />
eu num tinha muito me:do ... pucaso que 0 pai <strong>de</strong>le tava com ele [ ... mai tinha noite que<br />
[era<br />
mermo<br />
eu dizia assim ... "es<strong>sa</strong> praga <strong>de</strong>sse taman hi ... bati nas porta quebra tudo [ ... «risos»<br />
[e mermo e<br />
mermo pronto ... aye maria ... pa gente maTA ou senao da uma pancada pra ele cal ...<br />
pra
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
38.<br />
39.<br />
40.<br />
41.<br />
42.<br />
43.<br />
44.<br />
45.<br />
46.<br />
47.<br />
48.<br />
49.<br />
50.<br />
51.<br />
52.<br />
53.<br />
M04<br />
M021<br />
M02<br />
M04<br />
M02<br />
M04<br />
P02<br />
P02<br />
M02<br />
M04<br />
M02<br />
M04<br />
o pai num vai gost{l"<br />
num [ vai 90st8<br />
[ nao<br />
ar ficava s6 - pergunta:nu e ele conver<strong>sa</strong>va as bestera * e: a minha mae num <strong>sa</strong>be Ie<br />
NAO ... enten<strong>de</strong>ul mai ela e pufessora ... [tf! pe<strong>sa</strong>no 0 QUE? * '" mai doido mai doido<br />
[ TA «sorrir))<br />
s6 [ conver<strong>sa</strong> arisia «risos)) * e: minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NADA mai pufessora ela e *<br />
[nunca vi «risos))<br />
num sei ( )<br />
tf! .., num <strong>sa</strong>be Ie mais e professora?<br />
ar 0 pai <strong>de</strong>le *"<strong>de</strong>:xa di:sso Ramundin: <strong>de</strong>xa 0 povo durmi"* ...*"V8 <strong>em</strong>bora velho besta<br />
... boca <strong>de</strong> acor<strong>de</strong>a"* «risos)) ai eu incuidinha no meu quarto com a porta fechada ... e<br />
ele discutia mai 0 pai discutia '" garrava no sono [ e t8 uma pessoa s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be Ie e<br />
[ garrava no sono<br />
pufessora? nunca ouvi dize uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> «risos)) coita:do ... num vai <strong>sa</strong>r TAO cedo<br />
num vai mermo nao ... num vai nao<br />
A sequencia dial6gica referida acima e:<br />
D<br />
I<br />
it<br />
L<br />
o<br />
Ei<br />
o<br />
Pai do menino<br />
Menino<br />
doente<br />
*e: a minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NAo ... enten<strong>de</strong>u?<br />
Mai ela e pufessora ... t8 pen<strong>sa</strong>no 0 QUE?*<br />
*e: minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NADA mai pufessora ela e*<br />
*<strong>de</strong>:xa di:sso Ramundin:<br />
<strong>de</strong>xa 0 povo durmi*<br />
*V8 <strong>em</strong>bora velho besta ... boca <strong>de</strong> acor<strong>de</strong>a*
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
"es<strong>sa</strong> praga <strong>de</strong>sse tamanhi<br />
mermo pronto ... ave maria<br />
da uma pancada pra ele car<br />
bati nas porta quebra tudo ... «risos))<br />
pa gente maTA ou senao<br />
0 pai num vai gosta"<br />
(69)<br />
512. P01<br />
513. H03<br />
como e que 0 senha contou ai?<br />
a: a: a minha tia [ ... ] uma tia minha [ ... ] morreu <strong>de</strong>nto da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong>l a ... sozinha sortera<br />
514. P01<br />
[sim]<br />
[sim]<br />
515. H03<br />
mindingada <strong>de</strong>nto s<strong>em</strong> ningu<strong>em</strong> que quii trata <strong>de</strong>la ... puque ningu<strong>em</strong> queria i subi esse<br />
516.<br />
morro « aponta <strong>em</strong> direl;aO a uma serra)) [pa ita<br />
... toda hora<br />
517. M06<br />
518. H03<br />
[mai e<br />
Ifl com ela [ ... e ela doente <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> '" eu fui busca truce na na<br />
519. M06<br />
mermo<br />
[mai era mermo<br />
520. H03<br />
521. M06<br />
preguil;o<strong>sa</strong> [ ... butei la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> ... fii urn / butei numa cama ... butei ela ...<br />
[era isso<br />
522. H03<br />
<strong>de</strong>i um purgante e ela todo dia "*va mimbora<br />
... va <strong>sa</strong>i daqui*" ... « fala movimentando<br />
523.<br />
524.<br />
os bral;os para os lados )) «P01 e M06 comel;am a rir)) "*isso e urn inferno ... eu num<br />
seio que ... eu va mimbora*" "Mari:inha voce ta ai calma quetinha tenha paciencia num<br />
525.<br />
farta comida num farta r<strong>em</strong>edio<br />
... num farta nada puque EU pel;o ate 0 povo mai a
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
526.<br />
527.<br />
528.<br />
529.<br />
530.<br />
531.<br />
532.<br />
533.<br />
534<br />
535.<br />
536.<br />
537.<br />
538.<br />
539.<br />
540.<br />
541.<br />
542.<br />
543.<br />
544.<br />
545.<br />
546.<br />
547.<br />
548.<br />
549.<br />
550.<br />
551.<br />
552.<br />
553.<br />
554.<br />
555.<br />
556.<br />
557.<br />
558.<br />
559.<br />
560.<br />
561.<br />
M06<br />
H03<br />
P01<br />
H03<br />
H09<br />
P01<br />
H03<br />
M06<br />
H03<br />
H09<br />
H03<br />
M06<br />
H03<br />
P02<br />
H03<br />
P01<br />
H03<br />
H09<br />
H03<br />
P01<br />
senhora<br />
num pas<strong>sa</strong> fome" ... "*NAO ... eu tano na minha ca<strong>sa</strong> to mi6 ...[e um alivo e um<br />
alivo*" «H09 sorrir»<br />
LagoaGran<strong>de</strong><br />
puque num encontrei<br />
[e num e mermo?<br />
e la vai naquela agonia e vei ate que ela pioro ... eu tui leva pa<br />
." levei daqui pa Lagoa Gran<strong>de</strong> nas costa ... viu? butano abaxo aqui acola<br />
um carro [ ... pa leva<br />
[vige maria « <strong>de</strong>monstra espanto» pa Lagoa Gran<strong>de</strong>?<br />
pa Lagoa Gran<strong>de</strong> levei nas costa ... pal cheguei ali in in in in Ze Fegueredo<br />
." esperei<br />
um carro <strong>de</strong> BEM cedo ate quatro hora da tar<strong>de</strong> ... num passo urn pa entra pa Lagoa<br />
Gran<strong>de</strong><br />
af jogo nas costa<br />
isso foi quando? faz t<strong>em</strong>po?<br />
tai t<strong>em</strong>po<br />
tai munto zano<br />
fai munto zano<br />
naquele t<strong>em</strong>po ele era novo<br />
ai eu peguei ela e joguei nas costa joguei nas costa e meti 0 pe '" quando cheguei la<br />
num luga que a gente chama Sarto eu butei abaxo ... <strong>de</strong>scansei 0 corpo ... pA<br />
«movimenta os brayos <strong>de</strong>monstrando como segurou a mulher e a jogou para tras »<br />
joguei<br />
nas costa <strong>de</strong> novo ... e ela s6 "*ai ai*" gritano gritano<br />
gritano [ num aperrei ( ) e eu toquei com ela aqui <strong>de</strong> mundo atora ...<br />
[mai e mermo 0 que ele ta dizeno e certo mermo<br />
quando toi negoyo <strong>de</strong> sete hora da noite eu cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong> na porta da rua '"<br />
morava: Mane: ... Mane Foiyada ... a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Maria Foiyada morava ate na ponta da<br />
rua ... butei na na abaxo na porta <strong>de</strong>le ... mai eu mai morto do que vivo ... «P01 sorrir»<br />
mai MOR:to<br />
e ia com ela nas costas?<br />
com ela nas costa <strong>de</strong> Ze fe! dai <strong>de</strong> Ze Fegueredo<br />
e como e que 0 senho carregava<br />
ela nas costa? como?<br />
ate <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> Lagoa Gran<strong>de</strong><br />
ora eu butava ela [ '" atrepada ... ora butava ela «P01 comeya a rir» amuntada ... e ora<br />
[atrepa! «comeya<br />
a rir»<br />
quano num podia pegava pelo mei e <strong>sa</strong>ia ... com ela garrada<br />
tinha mais ou menos?<br />
ela ja tinha uma base duns: cinquenta<br />
pelo mei [ ... mai era<br />
[quantos<br />
anos ela<br />
e sessenta ana ... mai era ... era uma mule era<br />
MOya ... ela era nova puque era uma mOya [ ... ] mais era <strong>de</strong> BEM id<strong>a<strong>de</strong></strong> ." levei ela pa<br />
[hum]
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
562. H03<br />
563.<br />
564.<br />
565. P01<br />
566.<br />
567. P02<br />
568. H03<br />
569.<br />
570.<br />
571. P01<br />
572. H03<br />
573.<br />
574. H09<br />
575. H03<br />
576'.<br />
577.<br />
578.<br />
579.<br />
580.<br />
581.<br />
582<br />
583.<br />
584.<br />
585.<br />
586.<br />
587.<br />
588.<br />
589.<br />
590.<br />
591.<br />
592.<br />
593.<br />
594. M06<br />
595. H03<br />
596.<br />
597.<br />
Lagoa Gran<strong>de</strong> .., cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong> fui pu SESSU «FSESP -hospital da cid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> Alagoa Gran<strong>de</strong>» ... mal butei ela internei ... <strong>de</strong>xei ela la internada e fiquei dano viage<br />
pra la e pra ca [ <strong>de</strong> pei<br />
leu pensei que 0 senhO tinha se internado <strong>de</strong> can<strong>sa</strong>c;o [ tamb<strong>em</strong> «fala<br />
[eu tamb<strong>em</strong><br />
NAO ... mai dava pa se interna ... «todos sorri<strong>em</strong>» puque dojeito que eu cheguei la ...<br />
podia interna que eu tava quaji pi6 do que ela ... ta:va ... tava <strong>de</strong> machucado e: pi<strong>sa</strong>do<br />
e: acabado ... [<strong>de</strong>xei la ... e fiquei dano viage e me intritia 18 e tal e ela s<strong>em</strong>pre foi<br />
[bota isso ali «diz para P02 entregando-Ihe uma fita cassete»<br />
miorano foi miorano ... <strong>a<strong>de</strong></strong>poi teve um medico la Seu Afredu ... num sei se Antoin<br />
conheceu?«fala olhando para H09»<br />
e: doto Afredu<br />
doto Afredu disse "a veinha ta munto miorada e eu va fica com ela ... ela vai mora<br />
maizeu" ... e ah: num fale isso pro medico que ela <strong>de</strong>u braba e: <strong>de</strong>u braba "*eu vo <strong>sa</strong><br />
cunzinhera <strong>de</strong> sua ca<strong>sa</strong> ... DEur: me <strong>de</strong>fenda nunca fui ... cunzinhera da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong><br />
ningu<strong>em</strong> ... NUNCA*" ... e haja e haja s6 sei que 0 medico ... "nao ningu<strong>em</strong> vai faze<br />
nada com ela nao ... n<strong>em</strong> pertuba veiinha <strong>de</strong>xa ela i <strong>em</strong>bora" ... eu fui busca truce ... pa<br />
ca<strong>sa</strong> ... quano chego <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> "0 medico disse voce num trabaii mai n<strong>em</strong> nada que es<strong>sa</strong><br />
sua todinha foi ... foi voce trabaia e drumi com ropa mioada" 56 tinha uma ropa s6<br />
coitada '" eu acho ... e: drumia ca ropa moiada ... "voce num vai trabaia mai" ...<br />
chegola <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> eu digo "CE tam <strong>em</strong> num vai pra ca<strong>sa</strong> mai nao" ... "*vo mimbora ...<br />
eu to andano eu va pa ca<strong>sa</strong>*" eu digo "Mar:inha voce num vi trabaia mai" ...<br />
"*vo ... va trabaia vo trabaia ... viva comeno nas custa duzoto ... s6 come quano os zoto<br />
da ... e: <strong>de</strong>sse feito eu num vivo ... eu va e trabaia*" ... ai foi simbora pa casinha <strong>de</strong>la ...<br />
chegola buto pa trabaia ... ai eu ia la leva a boi:nha <strong>de</strong>l a ... Mari:nha num trabrai '" a<br />
senhora ta mi6 ta quaji boa num trabai" ... "*NAO ... eu trabaio voce que que eu va<br />
busca na sua ca<strong>sa</strong> todo dia ne? va busca como voce ta quereno eu nunca comi <strong>de</strong><br />
irmola ... no t<strong>em</strong>po do meu pai eu nunca comi <strong>de</strong> irmola*" "Mari:nha num diga isso voce<br />
num ta comeno <strong>de</strong> irmola ... eu talhe dano pruque voce e minha tia ... foi qu<strong>em</strong> me cri6<br />
... e eu t6 Ihe dano ... mai isso num e irmola nao" ... pass6-se pas<strong>sa</strong>-se trabaia ... quano<br />
<strong>de</strong>u no mei <strong>de</strong>l ela [trabai6 ... no comec;o do ana '" qua no come90 a chega fejao<br />
[mei <strong>de</strong> mal90<br />
jerimum mii tudo ja tinha maduro ...rnai ela fei urna base assim dum: duma met<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
cinquenta <strong>de</strong> terreno perto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> ... Antoin '" rnai parece que <strong>de</strong>u pu <strong>de</strong>spedida ... 0<br />
fejao toma urn carrgeo ." fico urn cot6 .., 0 rnii jerirnurn [e el rnai ela num comeu urn
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
598. M06<br />
599. H03 cozinhado [ ... a doenGa arrepetiu morreu<br />
Cenario 1:<br />
A~oes 1:<br />
ca<strong>sa</strong> do sobrinho<br />
enumera
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
C<strong>em</strong>irio 2:<br />
viag<strong>em</strong> ao hospital<br />
A~oes 2: enumerac;ao das ac;oes dos personagens<br />
levei daqui pa Lagoa Gran<strong>de</strong> nas costa<br />
butano abaxo aqui acola puque num encontrei urn carro ... pa leva<br />
cheguei ali in in ini inZe Fegueredo<br />
esperei urn carro <strong>de</strong> BEM cedo ate quatro hora da tar<strong>de</strong><br />
ai eu peguei ela<br />
joguei nas costa<br />
e meti 0 pe<br />
quando cheguei num luga que a gente chama Sorto ... eu butei abaxo ...<br />
<strong>de</strong>scansei 0 corpo<br />
pA «movimenta os bracos <strong>de</strong>monstrando como segurou a mulher e a jogou para tras »<br />
joguei nas costa <strong>de</strong> novo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
Cena 2:<br />
D<br />
I<br />
A<br />
L<br />
o<br />
G<br />
o<br />
Medico<br />
Tia/Paciente<br />
Medico<br />
Medico<br />
e ela 56 ... (...) gritano gritano gritano<br />
quando foi negoyo <strong>de</strong> sete hora eu cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong><br />
butei abaxo na porta <strong>de</strong>le (Mane Foiyada))<br />
cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong><br />
fui pu SESSu (FSESP - hospital da cid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Alagoa Gran<strong>de</strong>))<br />
butei ela internei<br />
fiquei dano viag<strong>em</strong> pra la e pra ca <strong>de</strong> pei<br />
ela s<strong>em</strong>pre foi miorano foi miorano<br />
a veinha ta munto miorada e eu va fica com ela ... ela vai mora<br />
maizeu<br />
*eu va 58 cunzinhera <strong>de</strong> sua ca<strong>sa</strong> ... DEur: me <strong>de</strong>fenda nunca fui ... cunzinhera<br />
da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> ningu<strong>em</strong> ... NUNCA *<br />
nao ningu<strong>em</strong> vai faze nada com ela nao ... n<strong>em</strong> pertuba veiinha<br />
<strong>de</strong>xa<br />
ela i <strong>em</strong>bora<br />
voce num trabaii mai n<strong>em</strong> nada que es<strong>sa</strong> doenya sua todinha<br />
foi ... foi voce trabaia e drumi com r6pa mioada voce num vai trabaia mai ...
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
A~oes 3:<br />
Cena 3:<br />
D<br />
I<br />
A<br />
L<br />
o<br />
Ei<br />
o<br />
Sobrinho<br />
Tia<br />
Sobrinho<br />
Tia<br />
enumera
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
(70)<br />
262. M3<br />
263.<br />
264. P02<br />
265. M3<br />
266. P02<br />
267. M3<br />
268. P02<br />
269. M3<br />
270.<br />
271.<br />
272.<br />
avo Avo puque foi 0 0: 0: pai do meu pai '" quele morava ali: finado Mane Palu ...<br />
ali <strong>de</strong> poi da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira [ ... ] ali .., puli tudo era mato ... tudo era mato e eu sei<br />
[hum]<br />
que no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>: canl a senhora ouviu fala num tal <strong>de</strong> Queba-quili?<br />
nao nao<br />
nunca viu fala? nunca viu fala nao? [dixe: que esse po:vo era tudo escondido ... 0<br />
[ 0 que foi isso ?<br />
meu avo falava: 0: senao a poli9a v<strong>em</strong> atrai pa leva '" pa bota num sei padon<strong>de</strong> ...<br />
af 0 meu avo « na rea<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> e bi<strong>sa</strong>vo. E comum os informantes trocar<strong>em</strong> os<br />
substantivos que <strong>de</strong>sign am 0 grau <strong>de</strong> parentesco » ( ) era munto <strong>sa</strong>bido munto<br />
<strong>sa</strong>bido ... ( ) 0 povl a: a poliga « baixa a voz e fala batendo as maos<br />
273.<br />
compas<strong>sa</strong>damente»<br />
atrai ... atrai <strong>de</strong>le atrai <strong>de</strong>le ... quano foi urn dia ... entraru<br />
274.<br />
275. P02<br />
aqui na BOca da noite af minha v6 « ou seja, bi<strong>sa</strong>v6» chamava Fulau Fulozina [ ... ]<br />
[uhum]<br />
276. M3<br />
minha bi<strong>sa</strong>v6 « baixa a voz»<br />
"Mane ... ali v<strong>em</strong> uns trupe" '" dixe que af: quano a<br />
277.<br />
poliga CHEgo na pota ... ele viro-se num gato ... <strong>sa</strong>rto pu riba da janela [ ... ai:<br />
278. P02<br />
279. M3<br />
«sorrindo<br />
[ ahm<br />
» que <strong>sa</strong>bia <strong>de</strong> oragao ... ai 0 a 0 sodado dixe "ta ... aqui passo uma gato<br />
280.<br />
281. P02<br />
282. M3<br />
283.<br />
preto" ... e era ele [ '" e ele correu puli puli pudon<strong>de</strong> era a barrage on<strong>de</strong> fizeru<br />
[ aham « exclama »<br />
aquela aquela barrage « refere-se a primeira barrag<strong>em</strong> construida na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
no final <strong>de</strong> 89» ele escon<strong>de</strong>u-se ... passo dois dia escondido naquela grota ... e a<br />
284.<br />
285. P02<br />
poliga pu todo CAN:to pa la e [ pa ca ... ai ele dixe "<strong>sa</strong>be Fulozina<br />
[ atras <strong>de</strong>le?<br />
... eu VQ faze urn:<br />
286. M3<br />
negogo ... <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> .. af na <strong>sa</strong>la da janta"<br />
... ele passo a noil 0 resto da noite<br />
287.<br />
288. P02<br />
289. P02<br />
todinha<br />
ja<br />
cavano aquele fojo quin<strong>em</strong> tatu [ ... ] a senhora ja viu tatu?<br />
[ahm]<br />
290. M3<br />
apoi b<strong>em</strong> ... eu sei que ele fei aquele fojo pu <strong>de</strong>baxo do chao « comega a <strong>de</strong>screver<br />
a<br />
291.<br />
292.<br />
dimen<strong>sa</strong>o do buraco» que ia como daqui: pas<strong>sa</strong>va ia pu la pu cima ... fei aquele ... urn<br />
buraco b<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> ... acaba fei aquele fojo pulo chao que <strong>de</strong>sse pele pas<strong>sa</strong> ... viu ? que
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
293.<br />
294.<br />
295. P02<br />
296. M3<br />
<strong>de</strong>sse pa ele pas<strong>sa</strong> ... ele pas<strong>sa</strong>va in: inriba fei um: tapa tudirn ... s6 fico aquele<br />
buraquim da pota da camarinha pu povo num ve [ ... ] ai ali<br />
[hum]<br />
ele entrava ali pu <strong>de</strong>nto ali ali cornia '" bebia ... drurnia sern ningu<strong>em</strong> NUNca pegaru ele
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
a for~ac;ao mental <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s imagens. Por<strong>em</strong> uma das ac;6es do sobrinho fez com<br />
511. P01<br />
512. H03<br />
513. HOg<br />
514. H03<br />
515. P01<br />
516.<br />
517. H03<br />
518.<br />
519. P01<br />
e como e que a senh6 carregava ela nas costa? como?<br />
ora eu butava ela [ ... atrepada ... ora butava ela «P01 carneys a rir» amuntada ... e ora<br />
[atrepa! «comeya a rir»<br />
quano num podia pegava pelo mei e <strong>sa</strong>ra ... com ela garrada pelo mei [ ... mai era<br />
[quantos anos ela<br />
tinha mais au menos?<br />
ela ja tinha uma base duns: cinquenta e sessenta ana ... mai era ... era uma mule era<br />
MOya ... ela era nova puque era uma moya [ ... ] mais era <strong>de</strong> BEM id<strong>a<strong>de</strong></strong> ... levei ela pa<br />
[hum]
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
eu vi ... aquilo faze assim «movimenta os bra~os pas<strong>sa</strong>ndo urn pelo outro a sua frente» no s6<br />
e aquilo ligero assim turn turn turn ... e eu espiei<br />
a lua era nova ... queria pas<strong>sa</strong> pra cima viu?<br />
agora a lua bigano com 0 56 viu? a lua bigano com 0 56<br />
e ela bigano ... ela bigano<br />
a lua foi puriba do 56<br />
e 0 56 foi pubaxo<br />
e a lua foi pucima<br />
a lua e fria e 0 56 e quente<br />
ela tra~o pucima ... pago a lui do s6<br />
af foi que escureceu<br />
passo b<strong>em</strong> u-ma ho-ra ou maL ..<br />
vai aquilo abino «baixa a voz e diminui a velocid<strong>a<strong>de</strong></strong>» abino abino abino abino<br />
abino a banda do 56... do 56 ... a lua passe e 0 56 fico
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />
"os pinto correro tudim com medon<br />
"a galinha subiu pu pulero"<br />
"0 galo bateu a<strong>sa</strong> «bate com as maos»"<br />
"subiu pu pulero"<br />
"cantO"<br />
"mai foi tanta gente a corre nesse mundo <strong>de</strong> Deus"<br />
"eu atai ... eu mae Joaquim"<br />
"e: e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato"<br />
"mai correu gente<br />
"eu tava cuidano do aimoc;o"<br />
"eu meiei aqui assim «<strong>de</strong>marca na bacia 0 n[vel da agua colocada na epoca»<br />
"eu butei agua"<br />
"e: entiei no rosto"<br />
"e eu <strong>de</strong> coca espiano assim"
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Capitulo IV: Imagens e Narrativas
Consi<strong>de</strong>racoes Finais<br />
Vou parafrasear Ochs mais uma vez: imagin<strong>em</strong>os 0 mundo s<strong>em</strong> imagens, imagin<strong>em</strong>os<br />
o indivlduo s<strong>em</strong> a capacid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> perceber e construir imagens. Imposslvel! Como<br />
pu<strong>de</strong>mos observar nos ex<strong>em</strong>plos aqui anali<strong>sa</strong>dos e como assegura Palmer (1996: 292-<br />
293), "humanos <strong>em</strong> qualquer lugar t<strong>em</strong> a capacid<strong>a<strong>de</strong></strong> para imag<strong>em</strong> (...). Todos os<br />
humanos esqu<strong>em</strong>atizam suas experiencias e organizam seus esqu<strong>em</strong>as <strong>em</strong> categorias<br />
complexas, c<strong>a<strong>de</strong></strong>ias e hierarquias. Humanos <strong>em</strong> qualquer lugar modulam suas<br />
experiencias <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e esqu<strong>em</strong>as existentes". Ao <strong>de</strong>screver uma<br />
experiencia nova, ou seja, um significado ernergente, os inforrnantes procuraram<br />
envolver as experiencias anteriores, ou seja, urn significado situado, como se verificou<br />
<strong>em</strong> (70), <strong>em</strong> que a escavagao do hom<strong>em</strong> e comparada com a do tatu, ou ainda <strong>em</strong> (66)<br />
on<strong>de</strong> ha uma associay80 entre 0 som realizado pelas alrnas com 0 sorn produzido por<br />
cavalos <strong>em</strong> disparada<br />
que freiam <strong>de</strong> imediato.<br />
Cotidianamente<br />
viv<strong>em</strong>os situayoes <strong>em</strong> que uma imag<strong>em</strong> provoca urn sorriso, urn alento,<br />
uma ernOy80, uma aprendizag<strong>em</strong>. As linguagens envolvidas no proces<strong>sa</strong>mento <strong>de</strong><br />
imagens resultam da ativay80 conjunta dos prindpios geradores <strong>de</strong> imagens, dos
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />
637. P01<br />
638. H05<br />
639.<br />
entao eu posso dize que a linha e esse caminho?<br />
fica meu pa ca ainda<br />
[nao?<br />
[e pol NAo assim oxente<br />
640. P01<br />
641. H05<br />
642. P01<br />
643. H05<br />
ah: assim eu to dando sua terra pros outros ((sorrir))<br />
e ... e ((sorrir))<br />
entao v<strong>em</strong> por on<strong>de</strong>? aqui por esse baxio e?<br />
voces quer<strong>em</strong> i 18<strong>em</strong>: Maria agora que?
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>ra90es Finais
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>ra90es Finais<br />
interac;ao este compartilhamento surg<strong>em</strong> as ac;oes metadiscursivas. As vezes, 0 proprio
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />
necessita construir esta imag<strong>em</strong>. As vezes, 0 falante t<strong>em</strong> a imag<strong>em</strong> do que esta sendo
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>ra90es Finais<br />
596 H03 cinquenta <strong>de</strong> terreno perto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> ... Antoin '" mai parece que <strong>de</strong>u pu <strong>de</strong>spedida '" 0<br />
597. fejao tomo urn carrego '" fico urn coto ... 0 mii jerimum [e el mai ela num comeu urn<br />
598. M06 [era mermo<br />
599. H03 cozinhado [ ... a doen9a arrepetiu morreu<br />
600. M06 [nao foi<br />
601. P01 ficou ... 0 fejao ficou como seu:?<br />
602. H03 fico tudim ... ficOtudim ... 0 povo ... azirma e e e os neto foi foi qu<strong>em</strong> invadiru ...<br />
603 invadiru tudo '" eu sei que eu fui qu<strong>em</strong> fii 0 interro <strong>de</strong>la ... quano eu vortei do interro
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />
604 num tinha mar nada ... «H9 sorrir» num tinha mar nada tava tudo rapado<br />
Parece-me que "coto" e uma qualificayao dada ao feijao, <strong>em</strong> reforyo a qualificayao<br />
586. H03 a senhora acha que urn dia <strong>de</strong> sevico pu quinhenlos rei <strong>de</strong>z loin naquela<br />
587. epoca ...dava pa ningu<strong>em</strong> compra nada ?<br />
588. P01 <strong>sa</strong>be que eu n<strong>em</strong> sei...porque eu nao sei quanta e quinhentos reis...n<strong>em</strong> <strong>de</strong>z<br />
589. toin «risos»<br />
590. H03 pois e ... conhece nao ... foi do seu t<strong>em</strong>po nao<br />
591. M03 vint<strong>em</strong>? voce alcanyou vint<strong>em</strong>?<br />
592. P01 nao<br />
593. H03 pois e
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />
328. M02 [e<br />
329. sorrino e gritano (( M21 comega a sorrir)) e /impano a faca na m~o ... e ela PRA ..,<br />
330. ((posiciona as duas m~os <strong>em</strong> frente ao rasto, formando um retangulo com os <strong>de</strong>dos<br />
331. po/egares e indicadores, imitando uma maquina fotografica.)) «todos ri<strong>em</strong>»
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rayoes Finais
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Consi<strong>de</strong>rac;6es Finais
ABAURRE, M. B. & POSSENTI, S. 1993. Lingua Portugue<strong>sa</strong>: Vestibular da<br />
UNICAMP. Campinas, Globo.<br />
ADAM, J. M. 1987. Approche linguistique <strong>de</strong> la sequence <strong>de</strong>scriptive. Pratiques<br />
55:3-26.<br />
ADAM, J. M. 1990. El<strong>em</strong>ents <strong>de</strong> Iinguistique textuelle: theorie et pratique <strong>de</strong><br />
I'analyse textuelle. Liege, Mardaga.<br />
ADAM, J. M. 1993. Les Textes: types et prototypes. Recit, <strong>de</strong>scription,<br />
argumentation et dialogue. Paris, Nathan.<br />
ADAM, J. M. & PETITJEAN 1982a. Introduction au type <strong>de</strong>scriptif. Pratiques 34:77-92.<br />
ADAM, J. M. & PETITJEAN, 1982b. Les enjeux textuels <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scription.<br />
Pratiques 34:93-117.<br />
ALMEIDA, A. 1988. Terras <strong>de</strong> Preto, Terras <strong>de</strong> Santo, Terra <strong>de</strong> indio: posse comunal e<br />
conflito. Humanid<strong>a<strong>de</strong></strong>s 15:42-48.<br />
ALVES, I. M. 1993.0 Lexico na LIngua Falada. In A. CASTILHO (org.) Gramatica do<br />
Portugues Falado. Vo1.3. Campinas, Editora da UNICAMP, pp. 157-167.<br />
ALVES, I. M. 1997. Marcas do discurso <strong>de</strong> divulgaC;aona Iinguag<strong>em</strong> falada culta. In: D.<br />
PRETI (org.) 0 discurso oral culto. Sao Paulo, FFLCH/USP, pp.125-134.<br />
ANDRADE, M. 1963. M<strong>em</strong>oria e assombraC;ao.In: M. ANDRADE. Os filhos da Candinha.<br />
Sao Paulo, Martins Fontes.<br />
BAGNo, M. 1997. A lingua <strong>de</strong> Eulalia: novela sociolingiiistica. Sao Paulo, Contexto.<br />
BARTH, F. (org.) 1969. Etnic Groups and Boudaries: the social organition of culture<br />
difference. Dergen-olso, University Fortaget.<br />
BATESON, G. [1997] 1954. Uma teoria sobre brinc<strong>a<strong>de</strong></strong>ira e fantasia. C<strong>a<strong>de</strong></strong>rnos do IPUB,<br />
5:25-37.<br />
BEZERRA, M. A. 1990. Tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finic;ao<strong>de</strong> palavras <strong>em</strong> palavras cruzadas <strong>de</strong> nfvel<br />
"Facil" e "Diffcil". Alfa 34:101-113.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Referencias Bibliograficas<br />
BOHM, D. 1996. On Dialogue. london, Routledge.<br />
BORBA, F. S. 1990. Dicionario Gramatical <strong>de</strong> verbos do Portugues<br />
Cont<strong>em</strong>poraneo do Brasil. Sao Paulo, Editora da UNESP.<br />
BORlllO, A. 1985. Discours ou Metadiscours? DRLAV 32:21-32.<br />
BRAIT, B. 1995. 0 processo interacional. In: D. PRETlln:(org.) Analise <strong>de</strong> Textos<br />
<strong>Ora</strong>is. Sao Paulo, FFlCH/USP. pp.189-214.<br />
BRAIT, B. 1997. Imagens da norma culta, interagao e constituigaodo texto oral. In: D.<br />
PRETI (org.) 0 discurso oral culto. Sao Paulo, FFlCH/USP, pp. 45-62.<br />
BUBLlTZ,W.1988. Supportive fellow-speakers and cooperative conver<strong>sa</strong>tional<br />
discourse topics and topical actions, participant roles and "recepient<br />
action"in a particular type of everdayconver<strong>sa</strong>tion. Amesterdam, John<br />
Benjamin.<br />
CHAFE. W. 1985. Linguistic differences produced by differences between speaking and<br />
writing. IN: D. OLSON, NTORRANCE e A. HllDYARD (org.). Literacy<br />
language and learning: The nature and consequences of reading and<br />
writing. Cambridge, Cambridge University Press, pp.05-123.<br />
DIONISIO, A. 1992. A interagao <strong>em</strong> narrativas orais. Recife, UFPE, dissertagao <strong>de</strong><br />
mestrado.<br />
DIONISIO, A. 1996a. A construgao das <strong>de</strong>finigoes na conver<strong>sa</strong>. Anais do IV<br />
Congresso Brasileiro <strong>de</strong> LingUistica Aplicada, Campinas, UNICAMP. pp. 140-<br />
148.<br />
DIONISIO, A. & HOFFNAGEl, J. 1996b. Recursos paraiinguisticos e supra-segmentais<br />
nas narrativas conver<strong>sa</strong>cionais. In Maria Izabel Magalhaes, org. As multiplas<br />
faces da linguag<strong>em</strong>. Brasflia, Editora da UNB, pp. 503-514.<br />
FENTRESS, J. & WICKHAM, C. 1992. Social M<strong>em</strong>ory. Blackwell Publishers, Oxford.<br />
FERREIRA, A. 1975. Novo Dicionario da Lingua Portugue<strong>sa</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Nova<br />
Fronteira.<br />
FONSECA. J. 1994. Pragmatica LingUistica: Introdu~ao, Teoria e Descri~ao do
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Refer<strong>em</strong>ciasBibliograficas<br />
Portugues.<br />
Porto, Porto Editora.<br />
GALEMBECK, P. et alii. 1990.0 turno conver<strong>sa</strong>cional. In D. PRETI e H. URBANO.<br />
A linguag<strong>em</strong> falada culta na cid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Sao Paulo. V.IV., Sao Paulo,<br />
T. A. QueiroziFASESP, pp. 59-98.<br />
GARCIA, O. M. [1995] 1967. Comunica~ao <strong>em</strong> pro<strong>sa</strong> mo<strong>de</strong>rna. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Funda980 GeWlio Vargas.<br />
GERALDI.J. W. 1993. Portos <strong>de</strong> Pas<strong>sa</strong>g<strong>em</strong>. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />
GOFFMAN, E. 1983. Forms of Talk. Phil<strong>a<strong>de</strong></strong>lphia, University of Pennsylvania Press.<br />
GOFFMAN, E. 1985. A representa~ao do EU na vida cotidiana. Petr6polis, Vozes.<br />
GOFFMAN, E. 1988. Estigma: Notas sobre a Manipula~ao da I<strong>de</strong>ntid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Deteriorada.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, Guanabara.<br />
GOUCH, E. & QUASTHOFF, U.1985. Narrative Analysis. In T. van DIJK (ed.)<br />
Handbook of Discourse Analysis. V.2. London, Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic Press, pp. 169-197.<br />
and interactive aspects. Poetics 15:217-241.<br />
GOUCH, E. & QUASTHOFF, U.1986. Story-telling in Conver<strong>sa</strong>tion: cognitive<br />
and interactive aspects. Poetics 15:217-241.<br />
GUMPERZ, J. 1982. Discourse Strategies. Cambridge, Cambridge University Press.<br />
HAMON, P. 1981. Introduction a analyse du <strong>de</strong>scriptif. Paris, Hachette.<br />
HEGENBERG, L. 1974. Defini~oes: termos te6ricos e significado. Sao Paulo, Cultrix.<br />
HOUTKOOP, H. & MAZELAND, H. 1986. Turns and Discourse units in everyday<br />
conver<strong>sa</strong>tion. Journal of Pragmatics 9:595-619.<br />
ISHIKAVA, M. 1991. Iconicity in discourse: The case of repetition. TEXT 11(4):553-580.<br />
JEFFERSON, G. 1978. Sequencial aspects of storytelling in conver<strong>sa</strong>tion.<br />
In J. Scheenkein (org.) Studies in the organization interaction. New York,<br />
Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic, pp. 219-248.<br />
JOLLES, A. 1976. Formas Simples. Sao Paulo, Cultrix.<br />
JUBRAN, C. C. A. S. 1996. Para uma <strong>de</strong>scri~ao textual-interativa das fun~oes das<br />
parentiza~ao. In: Mary Kato (org.) Gramatica do Portugues Falado, vol. V:
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Referencias Bibliograficas<br />
Converg<strong>em</strong>cias, pp. 339-354.<br />
KELLER, M. C. & KELLER, J. D. 1996. Imaging in iron, or thought is not inner speech.<br />
In: J. GUMPERZ<br />
& S. LEVINSON (orgs.) Rethinking linguistic relativity.<br />
Cambridge, Cambridge University Press, pp.115-129.<br />
KOCH, I. & FAvERO, L. 1987. Contribuigao a uma tipologia textual. <strong>Letras</strong> & <strong>Letras</strong>,<br />
3:3-10.<br />
KOCH, I. 1992. A inter-a~ao pela Iinguag<strong>em</strong>. Sao Paulo, Contexto.<br />
KOCH, I. 1996. Cognigao e Proces<strong>sa</strong>mento textual. Revista da ANPOLL, n° 02, 35-44.<br />
KOCH, I. 1997.0<br />
texto e a constru~ao dos sentidos. Sao Paulo, Contexto.<br />
LABOV. W. 1972. The transformation of experience in narrative syntaxe. In: W. LABOV<br />
(org.) Language in the inner city. Oxford, Basil Blackwell, pp. 354-396.<br />
LABOV. W. & WALETZKY, J. 1967. Narrative analyses: oral versions of personal<br />
experience. In: J. HELM (ed.). Es<strong>sa</strong>ys on the verbal and visual arts. Seattle,<br />
University of Washingtn Press, pp.12-44.<br />
LAKOFF, G. & JOHNSON, M. 1980. Metaphors we live by. Chicago, The University of<br />
Chicago Press.<br />
LEVISON, S. 1996. Relativity in spatial conception and <strong>de</strong>scription. In: J. J. Gumperz e<br />
S. C. LEVINSON (org.) Rethinking linguistic relativity. Cambridge, Cambridge<br />
University Press, pp. 177-202.<br />
MADEIRA, M. C. (1988). Avaliagao psico-social <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> difu<strong>sa</strong>o controlada <strong>de</strong><br />
novas tecnologias <strong>em</strong> pequenas propried<strong>a<strong>de</strong></strong>s rurais: representagoes <strong>de</strong><br />
peroprietarios, familiares e trabalhadores. UFPB/CNPq. mimeo.<br />
MARCUSCHI, L.1983. LingUistica <strong>de</strong> texto: 0 que e e como se faz. Recife, Editora<br />
da UFPE.<br />
MARCUSCHI,<br />
L.1986. Analise da Conver<strong>sa</strong>~ao. Sao Paulo, Atica.<br />
MARCUSCHI. L. A. 1993. Sist<strong>em</strong>a minimo <strong>de</strong> notagoes reelaborado para as<br />
transcrigoes do projeto sobre a hesitayao na lingua falada. Recife, mimeo.<br />
MARCUSCHI, L. 1997. Por uma proposta para a classificagao dos generos textuais.<br />
Recife, mimeo.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Refer€mciasBibliograficas<br />
MARCUSCHI, L. 1997. Cita
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Refer<strong>em</strong>ciasBibliograficas<br />
por universitarios. Recife, UFPE. Tese <strong>de</strong> doutorado.<br />
ROCHA, R. 1995. A enuncia~ao dos proverbios: <strong>de</strong>scri~oes <strong>em</strong> trances e portugues.<br />
Sao Paulo, ANNABLUME.<br />
SCHIEFFELlN, B. 1979. Getting it together: an etnographic approach to the study of<br />
the <strong>de</strong>velopment of communicative competence. In E. Ocks e B. Schieffelin<br />
(eds.) Developmental Pragmatics. New York, Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic Press, pp. 73-108.<br />
SCHIFFRIN. D. 1984. How a story <strong>sa</strong>ys what it means and does. Text (4) 4:313-346.<br />
SCHIFFRIN, D. 1986. Discovering the context of an utterance. In N. Dittmar (ed.)<br />
Special issues of Linguistics. 25:<br />
SCHIFFRIN, D. 1987. Discourse Markers. Cambridge, Cambridge University Press.<br />
SCHIFFRIN, D. 1997. Interactional sociolinguistics. In S. L. McKaye N. H. Hornberger<br />
(eds.) Sociolinguistics and Language Teaching, Cambridge, Cambridge<br />
University Press, pp. 307-328.<br />
SEARLE, J. R. 1995 [1979]. Expres<strong>sa</strong>o e Significado. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />
SEARLE, J. R. 1995 [1983]. Intenciona<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />
SIGNORINI, I. 1991. Explicar e mostrar como fazer X <strong>em</strong> situac;oes dial6gicas<br />
assimetricas. Trab. Ling. Aplic. (18) 127-155.<br />
SIGNORINI, I. 1994. Pedir informagoes/explicar: estrategias comunicativas <strong>em</strong><br />
interagoes assimetricas letrado/nao letrado, D.E.L.T.A. 10:29-46.<br />
SOARES, M. e CAMPOS, E. 1978. Tecnicas <strong>de</strong> reda~ao. Sao Paulo, Ao Livre<br />
Tecnico.<br />
STEINBERG, M. 1988. Os el<strong>em</strong>entos nao-verbais da conver<strong>sa</strong>~ao, Sao Paulo, Atual.<br />
TANNEN, D. 1985. Relative focus on involv<strong>em</strong>ent in oral and written discourse. In D.<br />
Olson, D. Torrance & A. Hildard (org.). Literacy, language, and learning: the<br />
nature and consequences of reading and writing. Cambridge, Cambridge<br />
University<br />
Press.<br />
TANNEN, D. 1989. Talking voices: repetiton, dialogue, and imagery in<br />
conver<strong>sa</strong>tional discourse. Cambridge, Cambridge University Press.
Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />
Referencias Bibliograficas<br />
TODOROV, T. 1980. Os generos do discurso. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />
TOLENTINO, M. V. F. 1992. Muito al<strong>em</strong> das metaforas. In E. Pontes (org,). A metafora.<br />
Campinas, Editora da UNICAMP.<br />
TRAVAGLlA, L. C. 1992. Tipologia Textual e a Coe<strong>sa</strong>o/Coer<strong>em</strong>cia no Texto <strong>Ora</strong>l:<br />
transic;5es tipol6gicas. <strong>Letras</strong> & <strong>Letras</strong> 8: 35-52.<br />
URBANO, H. 1997. A expressivid<strong>a<strong>de</strong></strong> na lingua falada <strong>de</strong> pessoas cultas. In: D.<br />
Preti (arg.) 0 discurso oral culto. FFLCH/USP 91-110.<br />
VIVELA, M. 1996. A metafora na instaurac;ao da linguag<strong>em</strong>: teoria e aplicac;ao. Revista<br />
da Faculd<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> "Unguas e Literaturas", XIII, pp.317-356.<br />
WERLICH.<br />
E.1983. A Text Grammar of English. Quelle & Meyern Hei<strong>de</strong>lberg,<br />
Hei<strong>de</strong>lberg.<br />
ZANOTTO, M. S. 1994. Metafora <strong>de</strong> figura <strong>de</strong> ret6rica a operac;ao cognitiva<br />
fundamental. Mimeo.<br />
ZANOTTO, M. S. 1995. Metafora, Cognic;ao e Ensino <strong>de</strong> Leitura. D.E.L.T.A. 11:241-<br />
254.