21.05.2014 Views

a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...

a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...

a sa Imgen n lid Ora ade - Programa de Pós-Graduação em Letras ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Letras</strong><br />

d i g i t a i s<br />

Teses e Dissertações originais <strong>em</strong> formato digital<br />

Imagen s n a<br />

<strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Angel a Paiva Dionisio<br />

1998<br />

<strong>Programa</strong> <strong>de</strong><br />

Pós-Graduação<br />

<strong>em</strong> <strong>Letras</strong>


Ficha Técnica<br />

Coor<strong>de</strong>nação do Projeto <strong>Letras</strong> Digitais<br />

Angela Paiva Dionísio e Anco Márcio Tenório Vieira (orgs.)<br />

Consultoria Técnica<br />

Augusto Noronha e Karla Vidal (Pipa Comunicação)<br />

Projeto Gráfico e Finalização<br />

Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação)<br />

Digitalização dos Originais<br />

Maria Cândida Paiva Dionízio<br />

Revisão<br />

Angela Paiva Dionísio, Anco Márcio Tenório Vieira e Michelle Leonor da Silva<br />

Produção<br />

Pipa Comunicação<br />

Apoio Técnico<br />

Michelle Leonor da Silva e Rebeca Fernan<strong>de</strong>s Penha<br />

Apoio Institucional<br />

Universid<strong>a<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pernambuco<br />

<strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> <strong>Letras</strong>


Apresentação<br />

Criar um acervo é registrar uma história. Criar um acervo digital é dinamizar a<br />

história. É com es<strong>sa</strong> perspectiva que a Coor<strong>de</strong>nação do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />

<strong>em</strong> <strong>Letras</strong>, representada nas pessoas dos professores Angela Paiva Dionisio e Anco<br />

Márcio Tenório Vieira, criou, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006, o projeto <strong>Letras</strong> Digitais: 30<br />

anos <strong>de</strong> teses e dissertações. Esse projeto surgiu <strong>de</strong>ntre as ações com<strong>em</strong>orativas<br />

dos 30 anos do PG <strong>Letras</strong>, programa que teve início com cursos <strong>de</strong> Especialização<br />

<strong>em</strong> 1975. No segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 1976, surgiu o Mestrado <strong>em</strong> Linguística e Teoria<br />

da Literatura, que obteve cre<strong>de</strong>nciamento <strong>em</strong> 1980. Os cursos <strong>de</strong> Doutorado <strong>em</strong><br />

Linguística e Teoria da Literatura iniciaram, respectivamente, <strong>em</strong> 1990 e 1996. É<br />

relevante fri<strong>sa</strong>r que o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> da UFPE, <strong>de</strong> longa<br />

tradição <strong>em</strong> pesqui<strong>sa</strong>, foi o primeiro a ser instalado no Nor<strong>de</strong>ste e Norte do País. Em<br />

<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, contava com 455 dissertações e 110 teses <strong>de</strong>fendidas.<br />

Diante <strong>de</strong> tão grandioso acervo e do fato <strong>de</strong> apenas as pesqui<strong>sa</strong>s <strong>de</strong>fendidas a partir<br />

<strong>de</strong> 2005 possuir<strong>em</strong> uma versão digital para consulta, os professores Angela Paiva<br />

Dionisio e Anco Márcio Tenório Vieira, autores do referido projeto, <strong>de</strong>cidiram<br />

oferecer para a comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> acadêmica uma versão digital das teses e dissertações<br />

produzidas ao longo <strong>de</strong>stes 30 anos <strong>de</strong> história. Criaram, então, o projeto <strong>Letras</strong><br />

Digitais: 30 anos <strong>de</strong> teses e dissertações com os seguintes objetivos:<br />

(i) produzir um CD-ROM com as informações fundamentais das 469<br />

teses/dissertações <strong>de</strong>fendidas até <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2006 (autor, orientador, resumo,<br />

palavras-chave, data da <strong>de</strong>fe<strong>sa</strong>, área <strong>de</strong> concentração e nível <strong>de</strong> titulação);


(ii) criar um Acervo Digital <strong>de</strong> Teses e Dissertações do PG <strong>Letras</strong>, digitalizando<br />

todo o acervo originalmente constituído apenas da versão impres<strong>sa</strong>;<br />

(iii) criar o hotsite <strong>Letras</strong> Digitais: Teses e Dissertações originais <strong>em</strong> formato<br />

digital, para publicização das teses e dissertações mediante autorização dos<br />

autores;<br />

(iv) transportar para mídia eletrônica off-line as teses e dissertações digitalizadas,<br />

para integrar o Acervo Digital <strong>de</strong> Teses e Dissertações do PG <strong>Letras</strong>, disponível<br />

para consulta na Sala <strong>de</strong> Leitura Cé<strong>sa</strong>r Leal;<br />

(v) publicar <strong>em</strong> DVD coletâneas com as teses e dissertações digitalizados,<br />

organizadas por área concentração, por nível <strong>de</strong> titulação, por orientação etc.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento do projeto prevê ações <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s or<strong>de</strong>ns, tais como:<br />

(i) <strong>de</strong>senc<strong>a<strong>de</strong></strong>rnação das obras para procedimento alimentação automática <strong>de</strong><br />

escaner;<br />

(ii) tratamento técnico <strong>de</strong>scritivo <strong>em</strong> metadados;<br />

(iii) produção <strong>de</strong> Portable Document File (PDF);<br />

(iv) revisão do material digitalizado<br />

(v) procedimentos <strong>de</strong> reenc<strong>a<strong>de</strong></strong>rnação das obras após digitalização;<br />

(vi) diagramação e finalização dos e-books;<br />

(vii) backup dos e-books <strong>em</strong> mídia externa (CD-ROM e DVD);<br />

(viii) <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> rotinas para regularização e/ou cessão <strong>de</strong> registro <strong>de</strong><br />

Direitos Autorais.<br />

Os organizadores


Image<br />

ns na<br />

<strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Ang ela Paiva Dionisio<br />

1998<br />

Copyright © Angela Paiva Dionisio, 1998<br />

Reservados todos os direitos <strong>de</strong>sta edição. Reprodução proibida, mesmo parcialmente,<br />

s<strong>em</strong> autorização expres<strong>sa</strong> do autor.


UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DE PERNAMBUCO<br />

CENTRO DE ARTES E COMUNICAC;Ao<br />

PROGRAMA DE POS-GRADUAC;Ao<br />

EM LETRAS<br />

ORIENTADORA:<br />

Judith Chambliss Hoffnagel<br />

Apresentada<br />

ao Prograrna <strong>de</strong> P6s-Gradua9ao <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> da<br />

UFPE como urn dos requisitos para obten9ao do Grau <strong>de</strong> Doutor<br />

<strong>em</strong> LingOfstica.<br />

Recife, abril <strong>de</strong> 1998.


'S<br />

'v<br />

"£<br />

·z<br />

.~<br />

:S3~Oa"NIW'tX3


A Professora Doutora Judith Chambliss Hoffnagel 0 meu reconhecimento e a<br />

minha gratidao pelas valio<strong>sa</strong>s discussoes te6rico-metodol6gicas que me possibilitaram<br />

reflexao e amadurecimento na elaborac;ao <strong>de</strong>sta tese. De forma especial, quero<br />

<strong>sa</strong>lientar 0 seu apoio na retomada <strong>de</strong>ste trabalho ap6s alguns troper;os.<br />

Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o a Professora Doutora Ingedore Villac;a Koch pelo incentivo na<br />

realizac;aodo doutorado e pela discussoes tecidas sobre esta pesqui<strong>sa</strong>, as quais foram<br />

extr<strong>em</strong>amente valio<strong>sa</strong>s.<br />

Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o a Professora Doutora Maria Auxiliadora Bezerra pelas contribuic;oes<br />

dadas a este trabalho e pelo apoio <strong>de</strong>monstrado durante a realizac;aodo doutorado e,<br />

mais especificamente, na etapa final <strong>de</strong>sta tese.<br />

Agr<strong>a<strong>de</strong></strong>c;o ao <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> P6s-Graduac;ao <strong>em</strong> <strong>Letras</strong> 0 acolhimento e a<br />

colaborac;ao manifestados nos professores, nos funcionarios e nos colegas.<br />

A todos os amigos que me apoiaram no cumprimento <strong>de</strong> mais esta etapa.<br />

Nao<br />

citarei nomes para nao cometer injustic;as.<br />

Sintam-se todos aqui representados<br />

(encarnados e <strong>de</strong>sencarnados).<br />

A minha familia pelo apoio que s<strong>em</strong>pre me <strong>de</strong>u no encaminhamento <strong>de</strong> meus<br />

projetos da vida ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mica.


en6~,a eJpSdap apeplunwooep <strong>sa</strong>JopeJowsoe


uauue.L qeJoqaa<br />

,,·suomsodoJd<br />

l:>eJlsqe uelll<br />

alqeJowaw aJOW pue 6U!:>U!AUO:>aJOW aJe '6u!l<strong>sa</strong>66ns we I'<strong>sa</strong>6ewl"


Em intera


Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual 19<br />

1. Introdug8o 19<br />

2. Imagens e linguag<strong>em</strong>: uma teoria cultural da significag80 lingufstica 22<br />

3. Princlpios geradores <strong>de</strong> imagens 27<br />

4. Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> conhecimentos e correlatos Iingufstico-discursivos no proces<strong>sa</strong>mento<br />

textual <strong>de</strong> imagens 38<br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es 52<br />

1. Introdug8o 52<br />

2. Imagens e Descrigoes 53<br />

3. Imagens da vida na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Pedra D'agua 63<br />

4. Inter-relag8o entre atos linguisticos, paraiinguisticos e cinesicos nas <strong>de</strong>scrig6es 97<br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

1. Introdug8o<br />

2. Imagens nos enunciados enunciativos<br />

3. Imagens nos enunciados metaiinguisticos<br />

105<br />

105<br />

109<br />

112<br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

1. Introdug8o<br />

2. Imagens nos relatos<br />

3. Imagens nas narrativas conver<strong>sa</strong>cionais<br />

148<br />

148<br />

152<br />

157


"There are more interesting linguistic phenomena in the<br />

world than the available linguists and anthropologists can<br />

ever study with scientific rigor."<br />

Gary Palmer


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduyao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduy80


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduc;;ao<br />

pesqui<strong>sa</strong>doras2 ao encontro dos informantes <strong>em</strong> seus locais <strong>de</strong> trabalho ou <strong>em</strong> suas<br />

1 Na transcriyao dos dados, procurei seguir as normas prescritas pelo projeto NURC e por Marcuschi<br />

(1993), mas inseri algumas outras normas <strong>em</strong> funr;:ao dos objetivos <strong>de</strong>sta pesqui<strong>sa</strong>:<br />

a) ... ~ pau<strong>sa</strong>s <strong>em</strong> geral, po is nao foram cronometradas apos urn segundo;<br />

b) [ ] ~ sobreposiyoes<br />

c) : ou :: ~ dois pontos ou mais sinalizam 0 alongamento <strong>de</strong> vogais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da durayao;<br />

d) ( ) ~ cont<strong>em</strong> os segmentos initeligiveis;<br />

e) I ~ truncamentos, isto e, cortes numa unid<strong>a<strong>de</strong></strong> Iinguistica;<br />

f) MAIUSCULAS ~ marcam os segmentos produzidos com enfase;<br />

g) « » ~ cont<strong>em</strong> os comentarios da transcritora;<br />

h) H ou M + N°~ indicam 0 sexo dos informantes e 0 numero que receberam no corpus;<br />

i) POi ~ pesqui<strong>sa</strong>dora na area <strong>de</strong> Linguistica (UFPE);<br />

j) P02 ~ pesqui<strong>sa</strong>dora na area <strong>de</strong> Sociologia Rural (UFPB);<br />

I)" n~ marcam os dialogos proferidos no corpus;<br />

m) * ~ marca os trechos <strong>de</strong> fala com imita980 <strong>de</strong> tra90s prosodicos;<br />

n) negrito ~ <strong>de</strong>staca os termos <strong>de</strong>scritos ou <strong>de</strong>finidos;<br />

0) italico ~ <strong>de</strong>staca as sequencias <strong>de</strong>scritivas ou <strong>de</strong>finidoras.<br />

2 Participou tamb<strong>em</strong> da coleta dos dados Elizabeth Lima que na epoca fazia Mestrado <strong>em</strong> Sociologia<br />

Rural (UFPB-Campus II).


Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu98o<br />

eomunid<strong>a<strong>de</strong></strong>), Qffl.9ve qualquer urn po<strong>de</strong>ria propor t6pieos diseursivos e,<br />

eonsequent<strong>em</strong>ente, realizar turnos nueleares. As vezes, torna-se diffeil elassifiear as<br />

3 Para Gal<strong>em</strong>beck et alii (1990:86-7), os tumos nucleares contribu<strong>em</strong> substancialmente para 0<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do t6pico discursivo e po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>em</strong> justapostos e <strong>em</strong> andamento. 0<br />

primeiro eqUivale a cada interveny80 dos interlocutores: "e nuclear porque <strong>de</strong>senvolve 0 t6pico da<br />

sequencia e e justaposto <strong>em</strong> relay80 ao tumo que se Ihe segue, tumo neces<strong>sa</strong>riamente nuclear,<br />

tamMm". Ja 0 nuclear <strong>em</strong> andamento se caracteriza pera necessid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> 0 falante realizar a<br />

interveny80 subsequente vi<strong>sa</strong>ndo a prosseguir a "unid<strong>a<strong>de</strong></strong> sintatico-s<strong>em</strong>antico-pragmatica <strong>de</strong> sua<br />

interveny80 anterior. Para <strong>de</strong>terminar se urn tumo esta <strong>em</strong> andamento ou n80, e fundamental recorrer<br />

aos dados pros6dicos."


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

IntrodUS:80


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduyao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduc;ao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu98o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu98o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu98o<br />

regulamentagao jurfdica. Recorreram tamb<strong>em</strong> a realiza


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdw;ao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu98o<br />

construrdos. E fundamental que se esclarec;a que 0 termo imag<strong>em</strong> engloba, neste


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduy80<br />

4 Marcuschi (1997:26) sugere que "se adote a expres<strong>sa</strong>o 'generos cornunicativos' ern sUbstituil;ao a<br />

tipos textuais. Textos SaD artefatos ou fenornenos que exorbitarn suas estruturas e 56 tern efeito se se


situar<strong>em</strong> <strong>em</strong> algum contexto comunicativo. Assim, 0 termo comunicativo ao l<strong>a<strong>de</strong></strong> da expres<strong>sa</strong>o genero<br />

daria a qualificagao mais <strong>a<strong>de</strong></strong>quada".


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu9ao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introdu~o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Introduyso


Capitulo I<br />

Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento<br />

Textual<br />

"Language is the play of verbal symbols that are based in imagery.<br />

Imagery is what we see in our mind's eye, but it is also the taste of<br />

a mango, the feel of walking in a tropical downpour, the music of<br />

Mississippi Ma<strong>sa</strong>la. Our imaginations dwell on experiences<br />

obtained through all the sensory mo<strong>de</strong>s, and then we talk".<br />

Gary Palmer


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

(01)<br />

323. M21<br />

324.<br />

325. M02<br />

326. M21<br />

327.<br />

328. M02<br />

329.<br />

330.<br />

331.<br />

332. M17<br />

333. M02<br />

334. M21<br />

[h<strong>em</strong> Dioma? a[ engra9ado foi 0 e: foi es<strong>sa</strong> ... eu<br />

vinha la <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto com a faca ... mai [Jandi/<br />

[0 cabelo chei <strong>de</strong> tot6<br />

sim: "mai Jandira eu vo dize a Anja agora que ela vai apanM a profis<strong>sa</strong>o <strong>de</strong><br />

madrinha agora mermo" ... ai qua no eu cheguei na <strong>sa</strong>! quano eu dou as cara na porta ...[<br />

sorrino e gritano (( M21 comeqa a sorrir)) e Iimpano a faca na mao ... e ela PRA ...<br />

((posiciona as duas maos <strong>em</strong> frente ao rosto, formando um retangulo com os <strong>de</strong>dos<br />

polegares e indicadores, imitando uma maquina fotografica.)) «todos ri<strong>em</strong>»<br />

e ela tava ali ... num tava n<strong>em</strong> Iigano<br />

mai <strong>de</strong>sgra90 Dinda mermo<br />

«ainda sorrindo» vige ma:ria do pu vista<br />

[e


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

para produtor e receptor. Keller e Keller (1996:119) acrescentam que "imagens e<br />

representaQoes sensoriais motoras constitu<strong>em</strong> formas basicas <strong>de</strong> ativid<strong>a<strong>de</strong></strong> mental, as<br />

lingua como um c6digo disponfvel, nao haveria construgao <strong>de</strong> sentidos (e por isso


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

E preciso que se res<strong>sa</strong>lte que "a construcao<br />

do sentido do discurso envolve dimensoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

construidas a partir da verbalizac;ao <strong>de</strong>sta reportagern. Durante urna conver<strong>sa</strong>, urn dos


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> 29<br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

342. H03 e ... eu assisti na Cam! <strong>em</strong> Campina ... eu num tinha visto esse pas<strong>sa</strong>dii aqui ... af<br />

343. quando cheguei <strong>em</strong> Campina ... eu to na frente do televi<strong>sa</strong>o assim ... eu vi pas<strong>sa</strong> : urna<br />

344. rnu/M najane:la ... eu digo "aquela e Zefa Anjo" ... « todos ri<strong>em</strong> » eu digo "ox<strong>em</strong>" ...<br />

345. eu num <strong>sa</strong>bia da histora ... que eles tinham vindo aqui urn dia ... e eu num tinha vindo<br />

346. aqui na vage eu num <strong>sa</strong>bia ... <strong>de</strong> madrugada eu viajei pa Campina ... quano cheguei<br />

347. <strong>em</strong> Campina foi a pr<strong>em</strong>era cara que eu vi foi Zefa Anjo oiando pelajanela no televis6<br />

348. ..."ox<strong>em</strong> que nego{:o e esse?"<br />

349. P01 eu assisti eu vi « sorrir»<br />

350. H03 pois e ... eu tava <strong>em</strong> Campina nesse dia ... e ai <strong>sa</strong>i daqui s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>M num <strong>sa</strong>bia<br />

351. P01 e 0 que foi que 0 senho achO? quando viu la ?<br />

352. H03 quando eu vi ... eu achei eu achei muito ruim: e <strong>de</strong>ferente ... pruque aconteceu isso s<strong>em</strong><br />

353. ... s<strong>em</strong> vim ningu<strong>em</strong> aqui ... eu digo "ox<strong>em</strong> num foi ningu<strong>em</strong> <strong>em</strong> Peda D'agua e a ca<strong>sa</strong><br />

354. <strong>de</strong> Zefa Anjo naquela televi<strong>sa</strong>o" ... <strong>de</strong>poi passe urn: urn rnenino rnontado no burro .<br />

355. <strong>em</strong> osso ... eu digo "aquele menino que ta montado no burro e 0 menino <strong>de</strong> Zito" eu<br />

356. conheci 0 burro ... um burro branco ... digo "e 0 menino <strong>de</strong> Zito ... pass6 montado no<br />

357. burro"<br />

358. H09 <strong>de</strong>nto da televi<strong>sa</strong>o ?<br />

359. H03 <strong>de</strong>nto da televi<strong>sa</strong>o ... "aquilo e Peda D'agua ... e <strong>de</strong> Peda D'agua ..." «H9 sorrir» eu<br />

360. digo... "e <strong>de</strong> Peda D'agua" ... « todos sorri<strong>em</strong>» af eu vim na duvida ne ? mai ainda vim:<br />

361. ... vi e vim na duvida ... quando cheguei na rodoviara ... af tinha uma turma ... <strong>de</strong> Serra<br />

362. do Ponte ... af a turma da Serra do Ponte dixe "Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o<br />

363. ... tu viu?" «P01 sorrir» eu digo "e e Peda D'agua mermo?" dixi "e Peda D'agua"...ai eu<br />

364. digo "born eu vi ... eu vi e Peda D'agua" ... eu digo mai eu num <strong>sa</strong>bia ... a aon<strong>de</strong> eu fui<br />

365. ve( ) af eu dixi "os cara SaDesses mermo [ ... ] e <strong>sa</strong>o" ... a[ eu conheci 18 : 0 menino<br />

366. M06 [e]<br />

367. H03 <strong>de</strong> Zito no burro [ ... e Zefa e Zefa Anjo na janela ... na janela do Oit80da ca<strong>sa</strong> assim do<br />

368. P01 [e<br />

369. H03 lado ... Zefa Anjo na janela ... mai eu conheci ... mar ei fiquei MOR:to <strong>de</strong>: ! pa <strong>sa</strong>be<br />

370. M06 e Zeta Anjo<br />

371. H03 como que foru la « P1 sorrir» ... como e que aquele povo toru 18 « come{:a a sorrir»


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

E<br />

posslvel agrupar estas cenas <strong>em</strong> dois gran<strong>de</strong>s atos (tomo este termo, por


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

A turma<br />

H03<br />

A turma<br />

H03<br />

da Serra dos Pontes<br />

da Serra dos Pontes<br />

Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o ... tu viu?<br />

e e Peda D'agua mermo?<br />

e Peda D'agua<br />

bom eu vi... eu vi e Peda D'agua<br />

os cara s~o esses mermo ... e <strong>sa</strong>o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

566. H03<br />

567.<br />

568.<br />

569.<br />

570.<br />

571.<br />

572.<br />

573.<br />

574.<br />

575. H09<br />

576. H03<br />

e ... 0 t<strong>em</strong>po num da ... pa chega ... melhor6 muito aqui ta melhorado muito ...<br />

num tern n<strong>em</strong> compara ... eu <strong>sa</strong>i daqui uma epoca eu era garoto assim ... assim<br />

((aponta para uma menina com aproximadamente 8 anos)) ( ) uns <strong>de</strong>i zano ...<br />

minha mae dixe "vai vend~ esses ovo" ... <strong>de</strong>z ovo <strong>de</strong> galinha ... "vai vend~ ... pra<br />

compra UM coco pra faze: papa pro menino" ... era Severino 0 mai vel eu <strong>sa</strong>l com<br />

esses ovo .... pra Serra dos Ponte '" ven<strong>de</strong> a tus-tao ... <strong>sa</strong>l com esses ovo ...<br />

peguei pa pa ven<strong>de</strong> 0 ovo a tustao bati Seffa do Ponte ... <strong>de</strong>sci pu Cha dos<br />

Per~ra ... <strong>de</strong> CM dos Perera vortei entrei nos Ponte ... <strong>sa</strong>! na TOffe ...<br />

cheguei <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> com cinco tosHio<br />

s6 ven<strong>de</strong>u cinco ovo ?<br />

[ 56 vendi cinco ovo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

I: 1...11 «num crescendo» assobe <strong>sa</strong>i 18<strong>em</strong> Joao <strong>de</strong> Nadil <strong>de</strong> Joao <strong>de</strong> Nadil <strong>sa</strong>i 18<strong>em</strong> Antoim Gomel<br />

<strong>de</strong> Antoim Gome <strong>sa</strong>i 18no c<strong>em</strong>itero que da Cha ai sobe'e <strong>sa</strong>i na cha, 1 e pertim pertim


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

296. P02<br />

297. H02<br />

298. P02<br />

299. H02<br />

300.<br />

e Pedra D'agua era do mesmo jeito que e hoje ... antigamente era <strong>de</strong>sse mesmo jeito?<br />

era mio ... a terra cansou<br />

naquele t<strong>em</strong>po era melhor?<br />

a terra cansou ... tudo s6 vai pa trai ... s6 vai pa frente fome ... peste ... guerra e<br />

carestia<br />

091. P01<br />

092. H03<br />

093. P01<br />

e por que 0 senhO acha que [ mudou tanto?<br />

[ a terra apudreceu ... a terra [a r09a apudreceu<br />

[ah: ] «exclama)


Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

094. H03<br />

095.<br />

apudreceu a terra ...e a mandioquinha quano a mandioquinha ts engros<strong>sa</strong>no ...<br />

v<strong>em</strong> a chuva do mei <strong>de</strong> Santana<br />

acaba com tudo<br />

(06)<br />

099. H03<br />

100.<br />

101.<br />

102.<br />

mesma ne? chove do merrno jeito as vei ate a chuva vai ps uns canto melh6 ...a<br />

seca <strong>sa</strong>c menas ... tudo melhora maisi 0 0 produto ... foi <strong>em</strong>bora se <strong>de</strong>xa na<br />

terra apudrece se acaba tudo la como seja urn: urna doenc;:aque <strong>de</strong>u na terra ... que<br />

aque:la batata num se cria ... aquilo apudrece na terra mermo ... a terra da a terra<br />

acaba<br />

acaba, a terra cansou, a terra apudreceu- caracterizando a metafora ontol6gica 2 .<br />

2 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas onto/6gicas <strong>sa</strong>o aquelas que transformam conceitos<br />

abstratos <strong>em</strong> entid<strong>a<strong>de</strong></strong>s -coi<strong>sa</strong>s ou seres (animais ou humanos).<br />

3 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas orientacionais <strong>sa</strong>c aquelas que organizam todo um<br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> conceitos com relac;:aoa outro e que t<strong>em</strong> uma base <strong>em</strong> nos<strong>sa</strong>s experiencias cultural e fisica e<br />

estao Iigadas a orientac;:ao espacial: <strong>em</strong> cima/<strong>em</strong>baixo, <strong>de</strong>ntro/fora, frente/atras, profundo/raso.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

081. H03<br />

082.<br />

083.<br />

084.<br />

085.<br />

pruque e como a gente diz '" a carestia e monstra<br />

... todo mundo foi pobre<br />

<strong>de</strong>r<strong>de</strong> 0 comeyo ... entr6 uma carestia <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> cada vei mai a gente vai ... vai se<br />

acabano <strong>de</strong> mundo abaxo cada vei mai a gente vai <strong>de</strong>ceno ... puque 0 que<br />

arranja urn da ... <strong>em</strong>prego ningu<strong>em</strong> tern pa vive aqui s<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego qu<strong>em</strong> trabaia<br />

<strong>em</strong> adicultura adicultura negano negano ..<br />

4 Segundo Lakoff e Johnson (1980), metaforas estruturais SaD aquelas que estruturam urn conceito <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> outro e SaD respon<strong>sa</strong>veis pela estruturayao <strong>de</strong> nosso sist<strong>em</strong>a conceptual <strong>de</strong> maneira<br />

sist<strong>em</strong>atica.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

como "urn conjunto <strong>de</strong> pistas, representadas por el<strong>em</strong>entos lingOfsticos <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

121.<br />

122.<br />

123.<br />

124.<br />

125.<br />

126.<br />

127.<br />

128.<br />

129.<br />

130.<br />

131.<br />

132.<br />

133.<br />

134.<br />

135.<br />

136.<br />

137.<br />

138.<br />

139.<br />

140.<br />

141.<br />

142.<br />

143.<br />

144.<br />

145.<br />

146.<br />

M22<br />

M02<br />

M06<br />

M022<br />

M02<br />

M06<br />

M02<br />

M06<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

M04<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

vei uma mule: naquela mule <strong>de</strong> (<br />

Van?<br />

uma pampa<br />

ai que<strong>de</strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra<br />

uma tampa?<br />

umaPampa<br />

e ((sorrindo))<br />

eu entendi uma tampa<br />

(...) ai a mule veii <strong>de</strong> Campina dana: Denise<br />

veii (<br />

) com Pampa ((continua a sorrir com 0 nome do carro))<br />

ai c<strong>a<strong>de</strong></strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra ... arente fico olhano ela butava a carro ... 0 carro ... <strong>de</strong>scia logo<br />

novinha na hora tinha feito ." e butava nada ... a[: <strong>sa</strong>be quantas nega e nego cheg6 la?<br />

«risos»uns<br />

tinta e cinco ... quando cheg6 pra impurra 0 carro poi levar6 0 carro quaji na<br />

mao ((junta os <strong>de</strong>dos indicadores e os dois polegares tormando um circulo)) pia 0 oi<br />

da mule ((todos ri<strong>em</strong> bastante» ai a felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> que ela conhecia eu '" MUlto ... conhecia<br />

eu ... «ainda rindo» <strong>de</strong> mai (...)<br />

pra leva 0 carro? como?<br />

ai minha fia os neguinhi pequeno e as nega gran<strong>de</strong> e os nego vei impuraru 0 carro e 0<br />

carro .., 6i mai ... quando ela bateu 0 6i que abriu e tecM 0 carro assubiu ... mai a mule<br />

a mule teve medo Madrinha<br />

teve medo teve<br />

«risos»<br />

acho que ela nunca viu tanto assim <strong>de</strong> nego junto «sorrindo» ... ai quando ela cheg6<br />

imcima que <strong>de</strong>u os agr<strong>a<strong>de</strong></strong>cimento<br />

doidinha<br />

<strong>de</strong> medon<br />

ficou com medo por que?<br />

sei la quando ela viu aqueles pre/aqueles<br />

'" mai eu disse "eu conheci que: que a senhora fico<br />

povo to[dim


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

708. P01 tern familia eles?<br />

709. M02 tern uma menina n<strong>em</strong> e branca n<strong>em</strong> e preta n<strong>em</strong> e cor-<strong>de</strong>-ro<strong>sa</strong> ficou <strong>de</strong> meia la meia<br />

710. ca<br />

391. P02 foi? ele e mogo ainda e?<br />

392. M02 e mocim ele cumo Fazele como as pessoa da Africa pretim ate a m§o <strong>de</strong>le e preta<br />

393. P02 ele e preto e?<br />

394. M02 e ate a maC5zinharoxinha ate a lingua ((risos))<br />

395. M04 mas e um preto estudado um preto ne? ele e muito simpatico ele uma pessoa muito<br />

396. legal Divino


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

14. P01 aqui eo que? aqui e bre:jo? aqui e 0 que que e isso ?<br />

15. H03 aqui e agreste<br />

16. P01 agreste?<br />

17. H03 agreste e ... t<strong>em</strong> um cherim <strong>de</strong> catinga '" e um um cherim <strong>de</strong> brejo ... e «P01 sorrir))<br />

18. P02 eu pen<strong>sa</strong>va que era brejo<br />

19. P01 pois eu tava pen<strong>sa</strong>no que era brejo e t~o fri:o<br />

20. H03 num e BREjo brejo nao ... daqui mai: uma leguaja pega brejo mermo ... agua pu<br />

21. todo canto<br />

formac;ao cultural <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los, ao consi<strong>de</strong>rar que os cenarios5 "estimulam nos<strong>sa</strong>s


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

marcas <strong>de</strong> preconceito.<br />

Ja no ex<strong>em</strong>plo (11), a <strong>de</strong>scriC;80do s<strong>em</strong>inarista -Divinomostra<br />

a comparaC;80da sua negritu<strong>de</strong> com os habitantes da Africa e nao com os


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

064. H02<br />

065. P01<br />

066. M11<br />

067. H02<br />

qu<strong>em</strong> e que <strong>sa</strong>be me exprica qu<strong>em</strong> e que t<strong>em</strong> a tripa <strong>de</strong>ntro da agua? «risos»<br />

como e que [e<br />

[e a lui]<br />

090. M11 v6 dize 6tra 0 que e 0 que e que no ma t<strong>em</strong> e mule t<strong>em</strong>? «risos))<br />

091. P01 <strong>em</strong>e


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

092. M17 [[nao<br />

093. M04 [[nao<br />

094. M11 barra ... barra <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ia


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

(14)<br />

009. M03<br />

010.<br />

011.<br />

012.<br />

013.<br />

014.<br />

015.<br />

016.<br />

017. P01<br />

018. M03<br />

019.<br />

020. P01<br />

021. M03<br />

todo dia ... <strong>sa</strong>la 0 dia cedo ... <strong>de</strong> manha ... no t<strong>em</strong>po da panha <strong>de</strong> agudao a gente<br />

pas<strong>sa</strong>va a s<strong>em</strong>ana la ... minha mae juntava aqueles pessoa tudim a gente trabaiava la<br />

... quan vin vinha na sexta ... tinha vei que eu du drumia la ... 56: ou vinha <strong>de</strong> quin:ze<br />

<strong>em</strong> quinze dia ... <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" panhando agudao ... aquilo a tua vo vendia urn: urn<br />

capao ... pu:/ era cada bicho <strong>de</strong>ste tamai «<strong>de</strong>monstra com as maos 0 tamanho do<br />

animal» cevado no no chiquero ... que as galinha <strong>de</strong>la tudo era pre<strong>sa</strong> .,. ela me dava<br />

todos os t<strong>em</strong>pero ... dona Tavinha '" eu: sei que a gente matava ... oi <strong>de</strong>z toe ... a<br />

senhora num num <strong>sa</strong> <strong>sa</strong>l<strong>em</strong>bra <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe ... pense que a senhora num conheceu?<br />

nao ... conheci nao<br />

apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />

tostlio viu?<br />

uhum<br />

al a gente fazia a cota ... eu mai a a finada veia ... Mariana ... Maria MarUm ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

(15)<br />

316. H02<br />

317.<br />

318.<br />

319.<br />

ts urn t<strong>em</strong>po fraco ... urn t<strong>em</strong>po acabado ... as senhora porque <strong>sa</strong>c da praya ... ainda tern<br />

urn alimentozim quaique mai 0 pessoal da ro/do mato ... da (09a quin<strong>em</strong> a gente<br />

trata ... urn af t8 contano fraqueza contando zuada isso e aquilo 6to s6 ps enche a boca<br />

dos 6to <strong>de</strong> f6ia ... mai tudo morto ... t8 tudo morto.<br />

(...)<br />

571. H03 esses ovo .... pra Serra dos Ponte ... ven<strong>de</strong> a tus-tao ... <strong>sa</strong>l com esses ova ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo I: Imagens e Proces<strong>sa</strong>mento Textual<br />

18. M03 apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />

19. tost~oviu?


Capitulo II<br />

Imagens e Descri~oes<br />

"In listening to someone who is <strong>de</strong>scribing something, some<br />

sort of representation will form in your mind -in the<br />

imagination perhaps- as if it were perceived. It will not be<br />

the <strong>sa</strong>me as the thing itself - it will be very abstract<br />

compared with it. It will highlight certain points, which way<br />

be of interest compared to the original perception, and so<br />

on. We are constantly forming re-presentations in this way."<br />

David Bohm


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;oes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

forma, numera, etc.), as prapried<strong>a<strong>de</strong></strong>s das partes focalizadas. E, portanto, a operac;ao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

CapItulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

477. M03 era moeo mermo<br />

478. H03 era mo:eo .., tinha que griM ... chamava ele <strong>de</strong> Zebu « H9 sorrir» ah: dona<br />

479. SinM mermo dona Sinha s6 chamava ele <strong>de</strong> Zebu ... dona Sinha diga a Zebu que<br />

480. venha ca ... af : batia la<br />

481. P01 por que Zebu?<br />

482. H03 dona Sinha gostava <strong>de</strong>le <strong>de</strong>mai<br />

483. M03 porque ele era munto forte<br />

484. H03 porque ele era muito forte<br />

485. P01 sim<br />

486. H03 multo forte ... forte e disposto ... dona Sinha gostava muito <strong>de</strong>le que ele trabaiava<br />

487. muito a dona Sinha ... trabaio muito '" era forte e disposto 0 vei<br />

488. M03 era 0 vei '" teu pai '" quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoco<br />

489. quebrado [ ... tu se al<strong>em</strong>bra<br />

490. H03 [foi:<br />

491. H03 me al<strong>em</strong>bro '"<br />

492. M03 Antoin ?<br />

493. H03 meu irmao ... e:[le<br />

494. M03 [ele tiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota e jogo [ ...<br />

495. H03 [jogo nas costas [ e trouxe pra ca<br />

496. M03 [ nas costas e<br />

497 trouxe sozin ... foi ( )


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

pr6prio discurso dos pedradagOenses.<br />

E 6bvio que neo se po<strong>de</strong> esquecer que a


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri'roes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />

(17)<br />

038. H02<br />

039. P02<br />

040. H02<br />

041.<br />

e ... 0 Mane Palo era 0 her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra aqui [era Mane Palu ah sim ... era comp<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

[a! ele tinha es<strong>sa</strong> terra todinha?<br />

Mane Palu sim tinha es<strong>sa</strong> Pedra D'agua pas<strong>sa</strong> ar... ali... ali... ali ate divi<strong>sa</strong> ...<br />

pas<strong>sa</strong> ali assobe ... vai acola <strong>em</strong> cima daquela casinha que t<strong>em</strong> la <strong>em</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

042.<br />

043. P02<br />

044. H02<br />

045.<br />

046. P02<br />

047. H02<br />

048. P02<br />

049. H02<br />

050. P02<br />

051. H02<br />

052.<br />

cima. ..[ pra <strong>em</strong> cima uma coisinha a divi<strong>sa</strong> ...[ e dos Xunga ...<br />

[sim<br />

[hum<br />

pra fa e dos Xunga e pas<strong>sa</strong> fa 0 naquefa ca<strong>sa</strong> que t<strong>em</strong> da ... da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> coma <strong>de</strong><br />

Jandira ... pra fa t<strong>em</strong> urna ca<strong>sa</strong> ... pas<strong>sa</strong> pa ca mai e assobe ali [e uns doze quadro<br />

por af «0 informante<br />

[ hum<br />

movimenta os bral;os aleatoriamente para direita e esquerda))<br />

e era tudo <strong>de</strong> Paulo?<br />

era ... era <strong>de</strong>sse vej que <strong>de</strong>xQ...[ tinha uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira pa la ...<br />

[sim<br />

tinha uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... antiga ... antiga ... hum ta com mais <strong>de</strong> cern ano '" ta com<br />

mais <strong>de</strong> cern ano<br />

es<strong>sa</strong> Pedra D'agua<br />

pas<strong>sa</strong> ai... ali... ali ali ate divi<strong>sa</strong> ...<br />

pas<strong>sa</strong> ali assobe .<br />

vai acola <strong>em</strong> cima daquela casinha que t<strong>em</strong> la <strong>em</strong> cima


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: lmagens e Descric;6es<br />

pra <strong>em</strong> cima uma coisinha a divi<strong>sa</strong> ...[e dos Xunga ... pra la e dos Xunga<br />

e pas<strong>sa</strong> la 0 naquela ca<strong>sa</strong> que t<strong>em</strong> da ... da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> com<strong>a<strong>de</strong></strong> Jandira<br />

pra la t<strong>em</strong> uma ca<strong>sa</strong> ... pas<strong>sa</strong> pa ca mai<br />

e assobe ali e uns doze quadro por af<br />

((0 informante movimenta os bragos aleatoriamente para direita e esquerda))


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

(18)<br />

218. H02<br />

219.<br />

220.<br />

221. P02<br />

222. H02<br />

223.<br />

224. P02<br />

[tar eu fico com urn pedacinho dali pra Ii... pas<strong>sa</strong> ai nes<strong>sa</strong> grotinha ate<br />

naquele canto <strong>de</strong> la... e vai t<strong>em</strong> 6tro ali... ja pra la e 6 oro...ja daqui daquela<br />

grotinha pra la ja e <strong>de</strong> Godinha e e <strong>de</strong> pedacinho <strong>em</strong> pedacim .,.<br />

e qu<strong>em</strong> divi<strong>de</strong> isso ... como e que [ que<br />

[que divi<strong>de</strong> ... ele se apo<strong>de</strong>rou-se dali ... t8 morando ...<br />

ja que ele teL. adon<strong>de</strong> fez a ca<strong>sa</strong> ele se apo<strong>de</strong>ra daquele pedacinho [e com tanto assim<br />

[sim<br />

(19)<br />

497. P01<br />

498. H05<br />

499.<br />

500. P01<br />

501. H05<br />

502. P01<br />

503. H05<br />

504. P01<br />

505. H05<br />

506. P01<br />

507. H05<br />

508. P01<br />

509. H05<br />

510. P01<br />

511.<br />

512. H05<br />

como e mermo? <strong>de</strong> on<strong>de</strong> e a terra do senho e pra on<strong>de</strong> e?<br />

ta veno aquele ((aponta para varios coqueiros ao seu lado direito)) esse pe <strong>de</strong> coco<br />

que t<strong>em</strong> ali?<br />

esse gran<strong>de</strong>? [esse maior? ((aponta para 0 mais alto))<br />

[ hum? ... sim esse mai6 [ ... esse junto do pequeninin la ... e do mai6<br />

[ sim t6 vendo<br />

pra cA e meu [ ... J pra la<br />

[sim]<br />

((aponta para frente)) aqui [ ... nes<strong>sa</strong> nes<strong>sa</strong> mandioquinha que t<strong>em</strong> ai nes<strong>sa</strong> roga '" ta<br />

[ do lado esquerdo?<br />

veno?<br />

sei<br />

ja e <strong>de</strong> Zito '" aqui e [( )<br />

[ mas e 0/ entao a sua divi<strong>sa</strong> pra cA ((do lado esquerdo)) e<br />

aon<strong>de</strong>? da mandio/ <strong>de</strong>sse pe <strong>de</strong> bananera perlo da mandioca<br />

pra ca?<br />

e ... sim ... pra ca ... muito b<strong>em</strong> mermo no acero do pe da mandioca<br />

dali pra ca e meu


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

517. P01<br />

(...)<br />

523.H05<br />

524.<br />

525. P01<br />

526. H05<br />

527.<br />

528. P01<br />

529.<br />

530. H05<br />

531. P01<br />

532. H05<br />

533. P01<br />

534. H05<br />

535. P01<br />

536. H05<br />

537.<br />

538. P01<br />

539. H05<br />

540. P01<br />

541. H05<br />

542. P01<br />

543. H05<br />

544. P01<br />

56 serve se amostra «ja fora da ca<strong>sa</strong>» pra ca «ou seja, a parte <strong>de</strong> tras da ca<strong>sa</strong>» vai<br />

<strong>sa</strong>be aon<strong>de</strong>?<br />

uhum<br />

num ta veno es<strong>sa</strong>s duas ca<strong>sa</strong>? «apontando para duas ca<strong>sa</strong>s localizadas no alto atras da<br />

ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> H05» es<strong>sa</strong>s duas ca<strong>sa</strong> e minha<br />

ah sim '" es<strong>sa</strong> ro9a af tamb<strong>em</strong>? «apontando para urn plantio <strong>de</strong> mandioca atras da ca<strong>sa</strong><br />

<strong>de</strong> H05»<br />

e: sim ... es<strong>sa</strong> ro9asinha todinha e minha<br />

e vai ate aon<strong>de</strong>? ate la <strong>em</strong> ci:mao? «aponta para 0 alto da serra»<br />

vai inte: a senhora ja and6 porali ja?<br />

ja<br />

e ja? inte a portera? e la<br />

quando eu vim da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> tia Nova ... eu <strong>de</strong>sci poraf ... [ urn dia<br />

mermo mermo ... apoi tern uma portera la<br />

e<br />

e <strong>de</strong> la pra ca 0 fina [ ... 0 fina ... 0 fina e daquele<br />

[e gran<strong>de</strong><br />

vai la urn pouco «fala virando-se<br />

do pe <strong>de</strong> manga?<br />

pra ca ... NAO [ '" inda vai mais Ie<br />

[ sim<br />

[<strong>de</strong>sceu mermo nao ... e<br />

pe <strong>de</strong> coco pra ca ... 0 pe <strong>de</strong> manga<br />

para a parte mais baixa do terreno»


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Irnagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Irnagens e Descrh;:6es<br />

tijolo.<br />

(21)<br />

231. P01<br />

232.<br />

233. H03<br />

234.<br />

235.<br />

236.<br />

237. M03<br />

238. H03<br />

239. M03<br />

240. H03<br />

241. P02<br />

242. H03<br />

243.<br />

244. M03<br />

245. H03<br />

246. H09<br />

247. M03<br />

248. H03<br />

o senhO tava dizendo ainda agora que: aqui antigarnente 56 tinha cas a ... 56 tinha<br />

ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa ne ? a ca<strong>sa</strong> rnelhor era [ <strong>de</strong> :<br />

[ era <strong>de</strong> Ze Firmino meu tii ... era <strong>de</strong> taipa<br />

coberta <strong>de</strong> teia tapadinha <strong>de</strong> barro ... era a ca<strong>sa</strong> rnelh6 que tinha ... aqui ... 0 resta<br />

tudo era ... ca<strong>sa</strong> acabada ... es<strong>sa</strong> aqui mermo era urna ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa ali assim (( aponta<br />

<strong>em</strong> direqao ao antigo lugar ))<br />

era ... [ali assim (( ainda indicando 0 local))<br />

[ a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> meu pai [ era<br />

[era ali assim [ ... ela dali arranc6 boW pali (( aponta<br />

[ tudo <strong>de</strong> taipa?<br />

vagamente para a lateral direita da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> MOB, localon<strong>de</strong> ocorria a conver<strong>sa</strong> ))<br />

com a frente ali pra baxo [ ... ] ali pra cima ... dali arranc6 fei es<strong>sa</strong> daqui ... af<br />

[isto 1<br />

pass6 a tijolo [ ... ar :<br />

[ja foi quano os fii pegaru i pu Ri ?<br />

foi foi<br />

ja quano pegaru i pu Ri ... af foi fazeno urn foi fazeno 6to e foi fazeno urna fazeno


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

a) a melhor ca<strong>sa</strong>:<br />

<strong>de</strong> Ze Firmino meu tii<br />

era <strong>de</strong> taipa<br />

coberta <strong>de</strong> teia<br />

tapadinha <strong>de</strong> barre<br />

era a ca<strong>sa</strong> melh6 que tinha '" aqui<br />

b) as outras ca<strong>sa</strong>s:<br />

tudo era ca<strong>sa</strong> acabada<br />

c) a ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> que ocorre a conver<strong>sa</strong>:<br />

era <strong>de</strong> taipa ali assim ((aponta <strong>em</strong> direr;8o ao antigo lugar))<br />

a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> meu pai era<br />

ele dali arronco boto pali ((aponta vagamente para a lateral direita da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong><br />

M06,1ocal on<strong>de</strong> ocorria a conver<strong>sa</strong>))<br />

com a frente ali pra baixo<br />

dali arranco fei es<strong>sa</strong> daqui<br />

af passo a tijolo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capftulo II: Imagens e Descriyoes<br />

249. oto af meu pai fei uma pruque: eu com <strong>de</strong>zessete pa <strong>de</strong>zoito ano arresovi afaze<br />

250. ... fi bati 0 tijolo fui <strong>em</strong>bora pu Ri ... cheguei no Ri <strong>em</strong>peleitei pra entrega ela<br />

251. coberta '" 0 caba <strong>em</strong>peleito pu oitenta mirei ... pa da coberta eu dano os materia ...<br />

252. man<strong>de</strong>i 0 vei pas<strong>sa</strong> pa <strong>de</strong>nto ... 0 vei passo pa <strong>de</strong>nto eu fiquei nes<strong>sa</strong> agonia af .., pa<br />

253. la e pra ca pa fa e pra ca pa la e pra ca ... e eu sei que termino quano foi <strong>em</strong> quarenta<br />

254. ... foi quarenta e oito eu resolvi a me ca<strong>sa</strong> af vim ... fii uma ca<strong>sa</strong> pra mim ... ele<br />

255. queria <strong>de</strong>ixa a minha ... "nao fiquei na sua" ( ) "0 senho vai morn~ nes<strong>sa</strong> af que vo<br />

256. faze uma pra mim" ... af fi uma <strong>em</strong> quarenta e oito la mai pa trai pa <strong>de</strong>nto das grota<br />

257. ... e fiquei na vida do Ri ... na vida do Ri na vida do Ri na vida do Ri ... e tal ... fui


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;oes<br />

Acima: ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> que ocorre a conver<strong>sa</strong>:<br />

<strong>em</strong> tijolos cobertos com cimento e teto com telhas.<br />

Abaixo: ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> taipa coberta com pal has <strong>de</strong> coqueiro:<br />

primeiro tipo <strong>de</strong> habitac;8o.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

(22)<br />

182. P01<br />

183. H03<br />

184. P01<br />

185. H03<br />

e 0 senh6 ainda acha que esse e 0 t<strong>em</strong>po melh6?<br />

eo t<strong>em</strong>po melh6 ... ainda e melh6 do que antigamente<br />

porque?<br />

por que antigamente eu: eu nasci e me criei dormino numa cama numa paia no ch130


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

186.<br />

187. H9<br />

188. P01<br />

189. H03<br />

'" era numa cama numa paia no chao [ .... J a cas a <strong>de</strong> paia veno as estrela todinha<br />

[ era 1<br />

veno as estrelas « sorrir))<br />

e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sse t<strong>em</strong>po ruim a minha ca<strong>sa</strong> e <strong>de</strong> tijolo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

socied<strong>a<strong>de</strong></strong>1.<br />

0 termo "estigma" esta aqui <strong>em</strong>pregado na concep98o <strong>de</strong> Gottman<br />

1 Nao cabe, neste trabalho, discutir as cau<strong>sa</strong>s do preconceito racial <strong>em</strong> nosso pais, mas gostaria <strong>de</strong> mencionar urn<br />

coment3.rio <strong>de</strong> Azevedo (1987:48-49): os negros foram preservados como "ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> resistencia e heroismo, <strong>de</strong><br />

dignid<strong>a<strong>de</strong></strong> e <strong>de</strong> corag<strong>em</strong>. Mas tamb<strong>em</strong> ... preservado com cicatrizes que <strong>de</strong>sfiguram a percepl;:lOintegral do valor<br />

do eu". [...] Das conseqfiencias da escravatura nao t<strong>em</strong>os duvida que, pior que a pobreza, a miseria, 0<br />

analfabetismo, a marginalizal;:lOe a doenl;a, e... a perda da autovi<strong>sa</strong>o <strong>de</strong> valor. [...] S<strong>em</strong> reconhecer-se fruto<br />

hist6rico <strong>de</strong> uma marginalizal;ao perver<strong>sa</strong>, 0 negro assumiu "0 seu lugar" no mundo dominado pelos brancos."


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

(23)<br />

434. P02<br />

435.<br />

435. M02<br />

436.<br />

437. P02<br />

438. M02<br />

439.<br />

440. P02<br />

441. M04<br />

442. P02<br />

443. M02<br />

444.<br />

445.<br />

446.<br />

447.<br />

448.<br />

449.<br />

450.<br />

451.<br />

452.<br />

453.<br />

454.<br />

455.<br />

o povo aqui gosta <strong>de</strong> fala <strong>de</strong> <strong>de</strong> discuti sobre a questao da discriminac;ao<br />

preconceito<br />

racial que existe contra 0 negro?<br />

«com 0 tom da voz e a cabec;a baixos»<br />

negra cum a branca<br />

racial? do<br />

gosta ... as vei discute assim ... sobre a rac;a<br />

hum ... at se reun<strong>em</strong> e discut<strong>em</strong>?<br />

a:... otro dia veio um padre ai na igreja ... la <strong>em</strong> cima naquela igrejinha ... 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

disse assim: que la tudo a branco naquela igreja ... uns branco fei ((soffir))<br />

a a gente viu<br />

e mermo<br />

e<br />

af 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> chegou conver<strong>sa</strong>ndo dizeno "on<strong>de</strong> mora Jandira?" ... "mora la <strong>em</strong>baxo"<br />

"aon<strong>de</strong> aT mostraro minha ca<strong>sa</strong> "ali mora muita gente?" ... "mora" at disse: "tudo e<br />

moreninho<br />

ou tudo e branco?" af disse "tudo moreno" af pol ele disse assim: "esses<br />

0 padre<br />

moreno ja esses moreno ja casou algum moreno com branca?" ...af 0 dona da igreja 0<br />

rapai 0 home que mora perto que <strong>de</strong>u 0 terreno<br />

disse "casou casou uma fia minha<br />

por cau<strong>sa</strong> que ela num toma me us conselho n<strong>em</strong> t<strong>em</strong> vergonha ... porque negro num<br />

po<strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> com branco" ... af Possidonio falou com 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be que era p<strong>a<strong>de</strong></strong> (P01 e<br />

P02sorri<strong>em</strong>) af disse * "casou porque num toma meus conselhos se ela tivesse vergonha<br />

'" nao tinha ca<strong>sa</strong>do com negro ... ta veno que eu nao gostei"* ... olha 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> falo<br />

"eu tenho um irmao que a ca<strong>sa</strong>do com uma negrinha do cabelim enrolado .., co num:<br />

co num num num t<strong>em</strong> es<strong>sa</strong>s hist6ria <strong>de</strong> co" ... *"TEM puque panela procura<br />

seus texto"*<br />

«sorrir» eu num esqueci mar nunca ... <strong>a<strong>de</strong></strong>poi foi que 0 padre conver<strong>sa</strong>ndo af disse "eu<br />

so 0 padre" ... <strong>sa</strong>be on<strong>de</strong> ele a 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong>? <strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabaiana


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

456. P02 ele era branco?<br />

457. M02 era e 0 que vei maisele moreno<br />

458. P02 sim<br />

459. M02 "eu so 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> intabaiana vim olha a igreja ... <strong>sa</strong>be qu<strong>em</strong> e 0 padroeiro?" af 0<br />

460. Possidonio ficou s<strong>em</strong> grac;a... viu? af ele entro na rac;anegra e rac;abranca 56 sei que<br />

461. ele NUNca mai falo <strong>de</strong> nego e fico s<strong>em</strong> graya ... t8 0 que ele disse


Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descrit;oes<br />

Ziraldo: una verd<strong>a<strong>de</strong></strong>,<br />

0 humor e uma analise crftica do hom<strong>em</strong> e da vida"2).<br />

616. P02 como e 0 nome do bispo <strong>de</strong> Joljo Pessoa?<br />

617. M02 como e mae ... Dom Manoe ... Dom Jose ...<br />

618. P02 ah sim «exclama» Dom Jose Maria Pires<br />

619. M02 e Dom Jose Maria Pires<br />

620. M01 aquele que veio aqui<br />

621. M02 0 bispo <strong>de</strong> Joao Pessoa<br />

622. P02 ele ja veio aqui?


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />

623.<br />

624.<br />

625.<br />

626.<br />

627.<br />

628.<br />

629.<br />

630.<br />

631.<br />

632.<br />

634.<br />

635.<br />

636.<br />

637.<br />

638.<br />

639.<br />

640.<br />

641.<br />

642.<br />

643.<br />

644.<br />

645.<br />

646.<br />

647.<br />

648.<br />

649.<br />

650.<br />

651.<br />

652.<br />

653.<br />

654.<br />

655.<br />

656.<br />

657.<br />

M01<br />

M02<br />

M01<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

M01<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

P02<br />

M02<br />

M01<br />

P02<br />

M02<br />

6i ja almocou aqui na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> negra '" ele 56 queria comida dos negro '" ne? ai 56<br />

sei que Nai<strong>de</strong> ali ... eu disse Nai<strong>de</strong> bora botar 0 almoco ...<br />

ele vei aqui pa on<strong>de</strong> t8 eu ...<br />

ele rezou tanto pra mae<br />

56 foi 56 foi a ca<strong>sa</strong> que ele entro<br />

mas menina ele ja veio aqui?<br />

foi na inauguracao da igreja '" ai veio a1mocar com os negro ... pediu manguza ... ai eu<br />

comprei <strong>em</strong> Campina ... fiz<strong>em</strong>o tanta qua<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> comida ... veio uma moca <strong>de</strong> fora pra<br />

fazer com a gente mai tudo negra '" ele num queria ningu<strong>em</strong><br />

porque?<br />

branco<br />

num sei ... ele disse que era preto «risos» [ ai disse que tava na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> negra ... e<br />

[ ele disse isso foi<br />

queria come na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizero urn presente<br />

presente<br />

... umas n8ga fez urn<br />

muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro alta ... fez aquele neg6cio que bota<br />

assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />

<strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />

tudo <strong>de</strong> labirinto<br />

uma estola ...<br />

pra da pra ele ... gerere ... bot<strong>em</strong>o tanto presente foi uma coi<strong>sa</strong> linda<br />

foi ... as nega fizero gerere ... otas fizero panelinha <strong>de</strong> barro pra levar que ele pediu ...<br />

isso tudo dos nego ... branco nada ... ai fez uma festa<br />

ele e negro?<br />

e ... morenf!lo<br />

sim ... e ele<br />

<strong>de</strong> pescar<br />

chega 0 cabelim e mesmo que espim «risos»<br />

0 que e gerere ... se tava falando <strong>em</strong> gerere<br />

sim aquele neg6cio que voce falou no inicio da tar<strong>de</strong> ne ... que tern uma moca que faz<br />

tern urn que eu fiz ... mas 0 meu eu faco <strong>de</strong> pano ... as men ina faz <strong>de</strong> fio<br />

ele s6 veio aqui uma vez?<br />

56 vei uma vez ... 56 uma<br />

gostaram<br />

ave-maria<br />

tao <strong>de</strong>cente<br />

<strong>de</strong>le?<br />

ah ... gost<strong>em</strong>os <strong>de</strong>mais<br />

e e ne? ele e moco ainda e?<br />

e moqo ainda '" ele e quin<strong>em</strong> Zito marido <strong>de</strong> I<strong>sa</strong>ura ... mais veinho pouca coi<strong>sa</strong> ... esse<br />

povo assim que num trabaia s<strong>em</strong>pre no 56 e...as vei e b<strong>em</strong> veiao mas se toma bern


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

658.<br />

659. P02<br />

660. M02<br />

661. M01<br />

662. P02<br />

663. M02<br />

novinho ...ele vei aqui ele e os padre da Africa ...os padre tlio alto no mundo ...na Franc;:a<br />

alto?<br />

sirn ... cada urn padre<br />

<strong>de</strong>ste tamanho rnia fia 0 pe ((<strong>de</strong>monstra com as mlios 0 tamanho dos pes dos padres))<br />

os padre da Franc;:a?<br />

sirn ... ai "bern varno fazer urna ceia na ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira que a ca<strong>sa</strong> e gran<strong>de</strong>" ...<br />

E interes<strong>sa</strong>nte observar que ao bispo paraibano nao e atribufda a qualificagao <strong>de</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;6es<br />

Urn outro terna-t1tulosurge nesta conver<strong>sa</strong> -os padres da Africa- e os aspectos


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

(25) - [retomada com amplia~aodo ex<strong>em</strong>plo 10]<br />

372. P02 me fala urn pouquinho <strong>de</strong> Divino<br />

373. M02 «rir» tu jil conhece ele?<br />

374. P02 nao... ouvi falar <strong>de</strong>le<br />

375. M04 ouviu falar ne?<br />

376. M02 ele se encontro muito com a gente tern muito encontro muita reuniao muitas coi<strong>sa</strong> ele<br />

377. fez com a gente<br />

378. P02 diz que ele era muito danado ne? assim nas reunil!Jo ele...<br />

379. M02 e hum «exclama» exigente que e med6in ele passou a s<strong>em</strong>ana <strong>sa</strong>nta com a gente 0<br />

380. ana pas<strong>sa</strong>do fazendo com a gente programagao da s<strong>em</strong>ana <strong>sa</strong>nta fumo pra Igreja<br />

381. pas<strong>sa</strong>mo ate umas 11:30 18 com eles fez muitas coi<strong>sa</strong> bonita pra gente ve<br />

382. P02 ele trabalhou muito t<strong>em</strong>po com voces assim mais <strong>de</strong> urn ano?<br />

383. M02 trabalhou mais <strong>de</strong> ana<br />

384. M04 mais <strong>de</strong> ana b<strong>em</strong> dais ana ou mais num fai Moga?<br />

385. M02 foi fazia pastoral aqui <strong>de</strong>pais ele <strong>sa</strong>iu<br />

386. M04 ele era s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>u<strong>de</strong> ficou doente tamMm<br />

387. M02 foi af ficou Greg6rio<br />

388. P02 ai agora ele que adoeceu <strong>sa</strong>iu ne<br />

389. M02 ele foi <strong>em</strong>bora pra terra <strong>de</strong>le num foi madrinha<br />

390. M04 foi agora 56 v<strong>em</strong> aqui daqui ha tres ana ou quatro se ficar born<br />

391. P02 fai? ele e mogo ainda e?<br />

392. M02 e mocim ele cumo faz ele como as pessoa da Africa pretim ate a ml!Jo <strong>de</strong>le e preta<br />

393. P02 ele e preto e?<br />

394. M02 e ate a ma{jzinha roxinha ate a lingua ((risos))<br />

395. M04 mas e um preto estudado um preto ne? ele e muito simpatico ele uma pessoa muito<br />

396. legal Divino


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

c) id<strong>a<strong>de</strong></strong>: "e mocim ele" (Iinha 392);<br />

d) cor: "cumo faz ele como as pessoa da Africa pretim" (linha 392);


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri~6es<br />

(26) - [amplia~aodo ex<strong>em</strong>plo 25]<br />

397. P02 e os outros s<strong>em</strong>inaristas <strong>sa</strong>o pretos ou <strong>sa</strong>o brancos?<br />

398. M02 tern <strong>de</strong> todas as cores ((ri<strong>em</strong>))<br />

399. P01<br />

400. P02<br />

401. M02<br />

ver<strong>de</strong> amarelo azul «ri<strong>em</strong>»<br />

mas dos que v<strong>em</strong> mais praqui dos que v<strong>em</strong> trabalhar com voces?<br />

<strong>sa</strong>o moreno s6 tinha um bran co um tal <strong>de</strong>: aquele s6 tinha um que era branco mai 0<br />

402.<br />

resto tudo moreninho ... esse pretinho mermo e os oto co-<strong>de</strong>-canela<br />

e tinha um bran co<br />

403.<br />

Orlando<br />

era branco


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri~oes<br />

151. P01<br />

152. H07<br />

153. P02<br />

154. P01<br />

155.<br />

156. H07<br />

157. P01<br />

158. H07<br />

159. P01<br />

160. P02<br />

161. H07<br />

162. P01<br />

163. H07<br />

164. P01<br />

165. P02<br />

166. P01<br />

167. H07<br />

168. P02<br />

169. P01<br />

170. H07<br />

171.<br />

172. P01<br />

173. H07<br />

174. P01<br />

175. H07<br />

o senhO apren<strong>de</strong>u<br />

como? qu<strong>em</strong> Ihe ensinou?<br />

ensinou 0 pessoa antigo ne? ... ensinou eu veno eles fazeno af a pessoa fai ne?<br />

e<br />

mais como e que eles eles faziam?<br />

ficava olhando e ia fazendo?<br />

nao eles me dava 0 rodo peu pega ne?<br />

hum<br />

olhe voce t<strong>em</strong> que fazer isso e isso '" ou: osenh6<br />

ele me dava 0 rodo peu pega e: fui fazeno um estajo com ele ne?<br />

[[certo<br />

[[certo<br />

af <strong>de</strong>poi ... af passei a pronto ne?<br />

passei a que?<br />

passei a fica PRONto<br />

sei<br />

e: no [servic;:o ne?<br />

cer:to<br />

e<br />

[no servic;:o<br />

mas 0 senho era menino ou [: ja era hom<strong>em</strong>?<br />

ne? ... fica: e a mesma coi<strong>sa</strong> da leitura ne?<br />

e<br />

tanto fai e <strong>em</strong> qualque<br />

e <strong>de</strong>pois que fica pronto ne?<br />

[menino .., eu era menino ... af <strong>de</strong>poi que a pessoa apren<strong>de</strong><br />

profis<strong>sa</strong>o ne?<br />

<strong>de</strong>pois que fica pronto '" daf pra frente 56 miora ne?


Imagens<br />

na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

01. P01 qual a melhor forma <strong>de</strong> planta es<strong>sa</strong>s bananeiras?<br />

02. H10 es<strong>sa</strong> bananera ... 0 s<strong>em</strong>inarista ensinO a gente porque a gente apranta <strong>de</strong> todo doido<br />

03. ne?um s<strong>em</strong>inarista ensina a gente um s<strong>em</strong>inarista que anda porai ... disse que es<strong>sa</strong><br />

04. bananera ... a: a genl ( ) aqui «aponta para uma parte <strong>de</strong> uma bananeira» aqui e um<br />

05. fi ne? a gente arranca ele e ... bota istrume <strong>sa</strong>be? e t<strong>em</strong> um adubo que bota ... a gente<br />

06. num po<strong>de</strong> a u<strong>sa</strong> isso ... a gente apranta <strong>de</strong> quaque jeito ai


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

01. P01 como e que 0 senhor faz pra plantar as bananas?<br />

02. H23 eu cavo 0 buraco ne ? ... puxo terra do lado dos quatro lado ne ? ... eu fayo 0 matame<br />

03. af eu sento 0 fii <strong>de</strong> banana ahr a: aterro <strong>de</strong> urn l<strong>a<strong>de</strong></strong> e outro at <strong>de</strong> <strong>de</strong>xa rnai nurn aterro<br />

04. tudo ne ? [ .,.] pra fica<br />

05. P01 [uhrn ]<br />

06. H23 ( ) terra com terra ... t<strong>em</strong> que vim os pouco ... quando a banana vie vie tive pegano<br />

07. <strong>em</strong>baxo [ '" ] af no acordo aquele fii ja v<strong>em</strong> fiano ne ?<br />

08. P01 [uhrn]<br />

09. P01 0 buraco rnais ou menos <strong>de</strong> que tamanho?<br />

10. H23 dois paimo <strong>de</strong> fundura ne? ... dois pairno <strong>de</strong> fundura ai entao <strong>de</strong> acordo noi vai vai<br />

11. aterrano ( ) vai vai lacra a terra principal rnermo at 0 fii ja v<strong>em</strong> <strong>de</strong> baxo af pronto


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo 1\:Imagens e Descri90es<br />

09. P01 a buraca mais ou menos <strong>de</strong> que tamanho?<br />

10. H23 dais paimo <strong>de</strong> fundura ne ? ...dais paimo <strong>de</strong> fundura


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

(...)<br />

287. P02 0 que e fazer lamina ... eu num sei 0 que e ...<br />

288. M02 a gente ... fazer lamina a gente pega ...ele da 0 material da Sucam que ve como e que e?<br />

289. P02 mostre «Jandira <strong>sa</strong>i por urn momenta para pegar 0 material da SUCAM a fim <strong>de</strong><br />

290. <strong>de</strong>monstrar como se faz»<br />

291. M01 Jandira trabalha pra danado<br />

292. P02 trabalha?<br />

293. M01 as vei ta no rocado trabaiando chega urn com urn aperrei ... chega Otopa da injecao ...<br />

294. chega oto pa toma vacina<br />

295. M02 esse daqui e <strong>de</strong> faze a lamina ... es<strong>sa</strong> coisinha e a lamina ... nunca viu nao?<br />

296. P02 nao<br />

297. M02 as laminazinha ((mostra duas laminas)) isso aqui a gente tura 0 <strong>de</strong>do com isso aqui 6i<br />

298. ((mostra 0 estilete)) ... ai da um turinho ai bota assim ((eSfrega 0 <strong>de</strong>do indicador da<br />

299. sua mao direita numa lamina)) ... bota aqui pa 0 quadrinho eles leva pra at eles examina<br />

300. at a febre se acaba com os r<strong>em</strong>edio que ele da ... e quando e otra doenga eles leva pra<br />

301. examina at da otros r<strong>em</strong>edio<br />

302. P02 sim ... entendi agora ... pra fazer exame <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ngue ne?<br />

303. M02 e


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

(31)<br />

280. P01<br />

281. H03<br />

282.<br />

283.<br />

284. P01<br />

285. H03<br />

286.<br />

o que e que se tazia aqui? como e que era?<br />

aqui se fazial se plantava cana nes<strong>sa</strong> vage ... coco ... cana ... aqui era coberto ... no:<br />

dia <strong>de</strong> <strong>sa</strong>bado pra domingo ( ) as cinco hora assim tinha urn jogo <strong>de</strong> cana aqui ...<br />

pa COTtacana <strong>em</strong> cace:te aqui era urna diver<strong>sa</strong>o rnuito [ gran<strong>de</strong><br />

[ como e que era?<br />

e ... corta <strong>de</strong> cacete ... as cana ... cada can§o 0 nego cortava af na vage '"<br />

a cana<br />

era duzentos rei uma cana que dize que: 0 oto comprava a cana e botava pu oto<br />

287.<br />

tora ... duas trei <strong>de</strong> pareia<br />

0 nego da porrada com um pau pa corta aquela cana<br />

288.<br />

289. P01<br />

290. H9<br />

291. H03<br />

292. P01<br />

293. H03<br />

294.<br />

295.<br />

«P01 sorrir» qu<strong>em</strong> cortasse ganhava ... e: qu<strong>em</strong> cortasse ganhava aque[ las cana<br />

[sim «rir»<br />

qu<strong>em</strong> num cortasse pagava<br />

e ... qu<strong>em</strong> num cortasse pagava<br />

pagava as cana ? « sorrir»<br />

pagava as cana ... qu<strong>em</strong> num cortasse pagava as cana ... era a diver<strong>sa</strong>o que tinha pu<br />

aqui maio era es<strong>sa</strong> ... urn vei fazia uma testa tornern todo ana ali « indica para<br />

frente » da Conceigao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descril;6es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es<br />

566. H03<br />

567.<br />

568.<br />

e ... 0 t<strong>em</strong>po num da '" pa chega ... melhor6 muito aqui ta melhorado muito ...<br />

nurn tern n<strong>em</strong> compara ... eu <strong>sa</strong>i daqui uma epoca eu era garoto assim ... assim<br />

((aponta para uma menina com aproximadamente 8 anos)) ( ) uns <strong>de</strong>i zano ...<br />

(32)<br />

147.' M03<br />

148. M04<br />

149.<br />

150. P02<br />

[ rnuie e os garoto assim ( )<br />

e ... menino ... garoto assim (( <strong>de</strong>monstra com gestos imprecisos realizados com a<br />

mao 0 tamanho dos garotos ))<br />

sirn<br />

203. M03 certas coi<strong>sa</strong>s ... eu digo perai ... tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui (( pega numa<br />

204. bacia plastica que esta pr6xima e mostra)) uma bacia ... <strong>de</strong> loicta... eu meiei aqui<br />

205. assim (( <strong>de</strong>marca na bacia 0 nlvel da agua colocada na epoca)) eu butei agua ... e :<br />

206. enfiei no rosto '" no t<strong>em</strong>po que: e que 0 s6 foi cripi ... e:ra ... a lua era nova ...<br />

207. queria pas<strong>sa</strong> pra cima viu? [ ... ] agora a lua bigano com 0 s6 viu? ... a lua bigano<br />

208. P02 [ hum]<br />

636. M02 queria come na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizero urn presente ... urnas nega fez urn<br />

637. presente muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro alta ... fez aquele neg6cio que bota<br />

638. assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />

639. P02 <strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />

640. M02 tudo <strong>de</strong> labirinto pra da pra ele ... gerere ... boterno tanto presente foi urna coi<strong>sa</strong> linda<br />

641. M01 umaestola ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descrit;oes<br />

19. M02 assim s<strong>em</strong> assombrac;:aonenhuma apareceu '" 0 rapai e ali <strong>de</strong> pertim ... conhecido ...<br />

20. af ele peg6 but6 nas bol<strong>sa</strong> '" 0 dinhero a mule encheu uma bol<strong>sa</strong> ele encheu ota ...<br />

21. uma bal<strong>sa</strong> assim gran<strong>de</strong> daquelas que vocfJ ((dirige-se a P02)) anda com ela '" urn<br />

22. cobrim encheu Dutrae <strong>sa</strong>iru ... tanto anel <strong>de</strong> Duro ... tracelim [ 56 sei que ela se mand6<br />

(35)<br />

189. M03<br />

190.<br />

(...)<br />

201. M03<br />

202.<br />

af eu vi ... « tosse )) aquilo faze assim (( movimenta os braqos pas<strong>sa</strong>ndo um pelo<br />

outro a sua frente)) no 56 ... eu digo ox<strong>em</strong> « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>)) [ '" af<br />

e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo oxi ... e<br />

aquilo Iigero assim tum tum tum ... e eu espiei ... eu digo eu num tive medo <strong>de</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

16. M02 <strong>sa</strong>bia ... ele ele quandi <strong>de</strong>u duas pancada ... uma forma cheinha <strong>de</strong> dinhero .., on<strong>de</strong><br />

17. tinha urn tracilirn <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> altura ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho do objeto com as milos, cerca<br />

18. <strong>de</strong> meio metro)) <strong>de</strong> Duro Iimpo Iimpo Iimpo Iimpo ... af 56 sei que eles ... quando viru<br />

28. P01 num ta na pau<strong>sa</strong> nao? «dirige-se a P02 sobre 0 gravador»<br />

29. P02 ta [ nao e porque ta ja no fim<br />

30. M02 [assim 6: ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho da fOrma fazendo um c{rcu!o com os braqos))<br />

31. urna forma assim ... a boca ... uma forma assim ... 0 vei tranco<br />

32. P01 arranco a botija<br />

(37)<br />

740. H03<br />

741.<br />

742.<br />

743. M06<br />

744. H03<br />

[quano eu vortei<br />

raparu tudo ... quano eu vortei raparu tudo ... s6 encontrei 0 estei da ca<strong>sa</strong> <strong>em</strong> pe ...<br />

Mane meu irmao vinha maiseu buto abaxo [ ... 0 estei era <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> grossura<br />

[e levo<br />

assim ((<strong>de</strong>monstra com os braqos 0 diametro do esteio))<br />

(38)<br />

70.<br />

71.<br />

(...)<br />

77.<br />

78.<br />

79.<br />

80.<br />

81.<br />

82.<br />

83.<br />

84.<br />

85.<br />

M03<br />

P01<br />

M03<br />

P01<br />

M03<br />

P01<br />

M03<br />

[ e: ra «sussurando» tirava pa da a gente ... pia pia que taco <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> charque<br />

((<strong>de</strong>monstra com as milos 0 tamanho da came) carne <strong>de</strong> 56 ... ela dava pa gente<br />

pegava pia cada xii cada cara ((<strong>de</strong>monstra 0 tamanho dos peixes com as milos))<br />

<strong>de</strong> mao?<br />

<strong>de</strong> mao<br />

como?<br />

botava a milo assim ((<strong>de</strong>monstra 0 movimento feito com as milos para pegar 0<br />

peixe)) do na no pe da estaca ... a bicha estava tudo no pe da estaca ... as bichinha<br />

e elas ficam perto das estacas e?<br />

ficavam ficavam ... b<strong>em</strong> pertim ... eu sei que passei era b<strong>em</strong> ... muie ... eu passei tao<br />

b<strong>em</strong> la la <strong>em</strong> dona Sinha


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes<br />

(39)<br />

189. M03<br />

190.<br />

(...)<br />

201. M03<br />

202.<br />

af eu vi ... « tosse» aquilo faze assirn (( rnovirnenta os brar;os pas<strong>sa</strong>ndo urn peJo<br />

outro a sua frente)) no 56 ... eu digo ox<strong>em</strong> « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>» [ ... a[<br />

e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo oxi ... e<br />

aquilo ligero assirn turn turn turn ... e eu espiei ... eu digo eu num tive medo <strong>de</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descric;oes<br />

(40)<br />

96. M20<br />

97.<br />

98.<br />

99.<br />

100.<br />

sim foi ai pra tanto fazia buta uma cabaya cum uma foima cumo ela assim 6 /6 /6 /6<br />

((esse e 0 som por e/a proferido para <strong>de</strong>monstrar que a parturiente esta tendo uma<br />

homoffagia, associado ao movimento das mao no sentido rotativo)) vije nos<strong>sa</strong> sinhora ...<br />

vije nos<strong>sa</strong> sinhora eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> ... eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> ... eu nao<br />

sei tuma <strong>sa</strong>ngue di palavra ... nunca tinha visto


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descri90es


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo II: Imagens e Descriyoes


Capitulo III<br />

Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

"- Ah, ja acabou, seu Non6? Que penal Eu gosto tanto<br />

<strong>de</strong>s<strong>sa</strong>s hist6rias, mas tanto que sou capaz <strong>de</strong> ficar horas<br />

escutando, s<strong>em</strong> dar um pio, 0 senhor ja reparou?<br />

- E como e que eu nao ia botar reparo nisso, sua<br />

matraquinha?<br />

-Botaro<br />

que? Sua 0 que?<br />

- E um jeito <strong>de</strong> fa/ar na minha terra, Serafina. Botar<br />

reparo quer dizer reparar, notar, e matraca e a pessoa que<br />

fa/a bastante. Voce, porex<strong>em</strong>plo, vive matraqueando ...<br />

-Ah, bom. Agora eu entendi. Escute aqui, seu Non6, por<br />

que um dia 0 senhor nao faz um dicionario s6 do jeito <strong>de</strong><br />

fa/ar la, da sua terra? T<strong>em</strong> umas coi<strong>sa</strong>s tao diferentesl<br />

- Qu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be, filha, qu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be um dia... "(Grifos meus)<br />

Cristina Porto


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

015. M03<br />

016.<br />

017. P01<br />

018. M03<br />

019.<br />

todos os t<strong>em</strong>pera ... dona Tavinha ... eu: sei que a gente matava ... oi <strong>de</strong>z toe ...<br />

a senhora num num <strong>sa</strong> <strong>sa</strong>l<strong>em</strong>bra <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe ... pense que a senhora num conheceu?<br />

nao ... conheci nao<br />

apoi comprava esse capao pu <strong>de</strong>z toe ... agora <strong>de</strong>z toe ... era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong><br />

tost§o viu?


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

lingOfstico e social dos interlocutores". E possfvel, portanto, afirmar que estes


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

CapItulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

316. H02<br />

317.<br />

318.<br />

ta um t<strong>em</strong>po fraco ... um t<strong>em</strong>po acabado ... as senhora porque <strong>sa</strong>o da pra!fa ... ainda<br />

t<strong>em</strong> urn alimentozim quaique mai 0 pessoal da ro/ do mato ... da raga quin<strong>em</strong> a gente<br />

trata ...<br />

(41)<br />

310. P02<br />

311.<br />

312. M02<br />

313.<br />

314.<br />

315. P02<br />

foi? e 0 que e mais comum <strong>de</strong> doenya aqui do pessoal .., quando faz exame <strong>de</strong> <strong>sa</strong>ngue<br />

e ele manda os comprimido ele diz 0 que e mais comum <strong>de</strong> doenga?<br />

e assim ... ja veio uns exame assim mai tern muito assim neg6cio <strong>de</strong> verme ... neg6cio<br />

<strong>de</strong> ... ja acharo tamb<strong>em</strong> neg6cio <strong>de</strong> malaria ... como e malaria num e aque/a doenc;a<br />

como e 0 nome ...<br />

febre amarela?<br />

316. M01<br />

317. M02<br />

318.<br />

319. M01<br />

320. P02<br />

321. M01<br />

322. M02<br />

323. M01<br />

sezao sim ... que da aquela febre amarela achou ja parece que foi '" <strong>de</strong>pois que eu<br />

trabalho ... ha mais <strong>de</strong> trinta ana acharo somente dois caso disso<br />

acabou-se mai era doengao<br />

a malaria?<br />

nao<br />

era 0 sezl!io que a gente chama ... a malaria<br />

sim ... a malaria acabou ela<br />

(42)<br />

133. H02<br />

134.<br />

135.<br />

ah ... compei carne seca do ceara ... que chama carne seca era tres mil e quinhento e<br />

era tres prata <strong>de</strong> <strong>de</strong>z toe e uma <strong>de</strong> quinhento uma <strong>de</strong> quinhento rei tres e quinhento .<br />

tres e quatrocento carne do ceara mai a carne adon<strong>de</strong> e que ta


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(43)<br />

200. H09<br />

201. H03<br />

202.<br />

203. P01<br />

204. H03<br />

205. P01<br />

206. H03<br />

comeno coco catole [ '" ( )<br />

levano carrera «P01, M03 e H9 sorri<strong>em</strong>) (<br />

[e: comeno coco catole ... robado la pu Nita Aive e ainda<br />

) pa roba coco catole<br />

coco catole e aquele pequenininho e?<br />

e aqueJe pequeninin uns chama coco godora ... Japu Ri eles chama godora<br />

godora?<br />

e ... coco godora ... e aqui e coco catole pois eu passei muitos dia com aquele: coco<br />

76. H10 broquei... t<strong>em</strong> um terreno <strong>de</strong> roc;atam<strong>em</strong> ai <strong>em</strong> cima que eu arren<strong>de</strong>i [...] s<strong>em</strong>pre eu<br />

77. P02 [uhum]<br />

78. H10 a renda[ eu pago renda af ao pessoa af pa riba<br />

79. P02 [sim


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

80. P02 eo f6ro e?<br />

81. H10 eo f6ro<br />

82. P02 que 0 pessoal chama ne?<br />

83. H10 ee<br />

interlocutor(es) apoio pela colabora9801 para nomear algo, ou ainda quando mais <strong>de</strong><br />

1 Segundo Bublitz (1988), a comp1<strong>em</strong>enta9iiose <strong>de</strong>fine como a contribui9iio que 0 Falante Secundano faz para<br />

comp1etar 0 enunciado incomp1eto realizado anteriormente pe10 Falante Primano. A a9ao do Secundano, na<br />

rea<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>, niio s6 comp1eta 0 conteudo como tamb<strong>em</strong> 0 padriio <strong>de</strong> a9iio comunicativa complexa introduzida pelo<br />

Primano.


Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

17. H03 agreste e .., t<strong>em</strong> um cherim <strong>de</strong> catinga ... e um um cherim <strong>de</strong> brejo ... e «P01 sorrir»<br />

(...)<br />

19. P01 pois eu tava pen<strong>sa</strong>no que era brejo ... e tao fri:o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(45)<br />

257. M02<br />

ai eu fiquei com 0 reprodutor<br />

que e 0 bo<strong>de</strong> veio eu qu<strong>em</strong> fiquei com ele<br />

258. P01<br />

sim era isso que eu tava querendo <strong>sa</strong>ber como e tanta mulher c<strong>a<strong>de</strong></strong> 0 hom<strong>em</strong>?<br />

(risos)<br />

259. M02<br />

260.<br />

ai eles me <strong>de</strong>ro tamb<strong>em</strong> uma cabra era muito velhinha <strong>de</strong>u uma cria a forc;a morreu<br />

morreu a minha eu fiquei com 0 bo<strong>de</strong> ela disse "Jandira esse bo<strong>de</strong> vai ficar na sua<br />

261.<br />

262.<br />

263. P01<br />

ca<strong>sa</strong>" ai as cabra que v<strong>em</strong> la pra ca<strong>sa</strong> pra cruzar os pessoal paga dois cruzado<br />

dois cruzado da do projeto ningu<strong>em</strong> paga nada<br />

e da pessoa merrno que tira e paga dois cruzados?<br />

esses<br />

264. M02<br />

265.<br />

agora a do projeto indo pro bo<strong>de</strong> num paga nenhum tostao num <strong>sa</strong>be ados<br />

agora as <strong>de</strong> fora dois cruzado<br />

projeto<br />

266. P01<br />

amante profissional<br />

«risos»<br />

(46)<br />

01. P01<br />

02. M18<br />

03. M16<br />

04. M18<br />

05. M16<br />

06. P01<br />

07. P02<br />

08. M16<br />

09. P01<br />

10. M16<br />

11. 11.<br />

qual e a id<strong>a<strong>de</strong></strong> da senhora?<br />

a id<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

eu sei la minha id<strong>a<strong>de</strong></strong> a senhora <strong>sa</strong>be faze as conta?<br />

<strong>sa</strong>be ...<br />

eu nasci no ano <strong>de</strong> 10<br />

oitenta [ oitenta anos<br />

[e<br />

no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<br />

foi?<br />

no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no dia 7 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no dia da festa dos menino nas rua dia 7<br />

<strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro no ano <strong>de</strong> 10<br />

132. H7<br />

133.<br />

134.<br />

If! existe uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... que: la ningu<strong>em</strong> mexe nao ... eles tern eles tern um<br />

um negocim feito <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ra no mei ... cum ferro e: fica arro<strong>de</strong>ando e: mexeno ELE<br />

mermo e qu<strong>em</strong> qu<strong>em</strong> mexe


Capitulo<br />

Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

135. P01<br />

136. H7<br />

137. P01<br />

138. H7<br />

139. P01<br />

140. H7<br />

e ligado no mot6 ou nl3o?<br />

e ligado <strong>em</strong> eletricid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

ah: sim<br />

e muita faci<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

... agora es<strong>sa</strong> daqui nao ... es<strong>sa</strong> daqui e manual assim mermo<br />

636. M02 queria comer na ca<strong>sa</strong> dos negro ... mas <strong>de</strong>ro ... fizera urn presente ... umas nega fez urn<br />

637. presente muito bonito ... uma toalha <strong>de</strong> labirinto pro altar ... fez aquele neg6cio que bota<br />

638. assim na frente uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />

639. P02 <strong>de</strong>ram <strong>de</strong> presente a ele?<br />

640. M02 tudo <strong>de</strong> labirinto pra da pra ele '" gerere ... bot<strong>em</strong>o tanto presente foi uma coi<strong>sa</strong> linda<br />

641. M01 uma estola '"<br />

642. M02 foL.. as nega fizero gerere ... otas fizero panelinha <strong>de</strong> barro pra levar que ele pediu ..


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(48)<br />

136. H03<br />

137.<br />

planto ... eu num <strong>de</strong>xo nao <strong>de</strong> plante ... e todo ana eu lucro ... agora diminuiu <strong>de</strong>rnai<br />

... dirninuiu <strong>de</strong> urn jeito que: agora dirninuiu <strong>em</strong> TUdo ... tanto dirninuiu '" urn dia <strong>de</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

138.<br />

139.<br />

140.<br />

141.<br />

142.<br />

143. P01<br />

144. H03<br />

145. P01<br />

146. H03<br />

147.<br />

148. H09<br />

149. H03<br />

150. H09<br />

151. H03<br />

152.<br />

sevico que eu pagava pa me ajuda hoje eu num posso paga mai que eu num guento<br />

... urn dia <strong>de</strong> servico hoje e vinte cruzero trinta ... eu num arranjo com que pague<br />

esse dinhero esse dia que dize urn rocado que eu fazia <strong>de</strong> duas cinquenta tenho<br />

que faze trinta braca que agora e eu sozinho e <strong>de</strong>nto daquela trinta braca tern que<br />

arranja pra come 0 mermo tanto <strong>de</strong> gente que cornia ... eu com seis sete quadro ne?<br />

cinquenta bra~as e quantos quadros mais ou menos?<br />

cinquenta<br />

braqa e uma hectare<br />

ah sim ... urn hectare<br />

e porque pas<strong>sa</strong> pas<strong>sa</strong> pas<strong>sa</strong> quarenta braqa uma hectara a cinquenta braqa ... e<br />

quarenta ou e trinta e<strong>a<strong>de</strong></strong>m?<br />

e quarenta e cinco quadrado e um hectare<br />

e quarenta e cinco quadrado m§? uma hectara<br />

e uma urn urn quadro [e e cinquenta<br />

quadrado<br />

[um quadro e e cinquenta e cinco quadrado '" e cinquenta<br />

quadrado justamente ... pois e ... af entao que dize que diminuiu tudo ... pOis e ... af<br />

(49)<br />

032. P01<br />

033. M02<br />

034. P02<br />

035. M17<br />

036. M02<br />

037. P01<br />

038. P02<br />

038. M02<br />

039. P01<br />

040. M17<br />

arranc6 a botija<br />

num apareceu assombracao nenhuma ela fal6 ... nenhuma<br />

s6osonho<br />

tava <strong>de</strong>sencanta [ da<br />

[ s6 fei chega e escavaca um poquim e tira a f6rma<br />

[[como e <strong>de</strong>sencantada?<br />

[[mais ela teve 0 sonho?<br />

<strong>de</strong>sencantada arente os pavo arranca num t<strong>em</strong> assombraqao nenhuma<br />

uhm<br />

que ta na fl6 da terra


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Ex<strong>em</strong>plo<br />

44<br />

48<br />

48<br />

48<br />

50<br />

14<br />

51<br />

52<br />

T <strong>em</strong>a- Titulo<br />

renda<br />

cinquenta bragas<br />

quarenta e cinco<br />

quadrado<br />

urn quadro<br />

cevamo<br />

dois mi rei<br />

escritura<br />

Predica~aoverbal<br />

efOro<br />

e uma hectare<br />

e um hectare<br />

e cinquenta quadrado<br />

<strong>em</strong>oe<br />

era <strong>de</strong>z ... pratinha <strong>de</strong> tostao<br />

era cinco cruzado<br />

papel <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo Ill: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

21. H07 a gente bota <strong>de</strong>nto <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> bacia ai e: « indica com 0 queixo a bacia)) incolocamos la<br />

22. e a gente cevamo<br />

23. P01 cevano e 0 que? e pas<strong>sa</strong>ndo ali? «indica para 0 cevador))


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

24. M09 e<br />

25. P02 e moer ne?<br />

26. H07 e moe ... justamente<br />

27. M09 <strong>de</strong>pois quando termina dali traz praqui ... si impren<strong>sa</strong><br />

(51)<br />

116. H05<br />

117.<br />

118.<br />

119.<br />

120.<br />

121.<br />

122.<br />

123.<br />

124.<br />

125.<br />

126.<br />

127. P02<br />

128. H05<br />

129.<br />

Antoin disse* Nao mai 0 t<strong>em</strong>po e esse * .., eu digo ... "13 esse nada" ... eu antigamente<br />

no t<strong>em</strong>po do Maj6 Honorato 0 avo da senhora « refere-se a P01 » dana Tavinha ...<br />

o meu pai ... dana Tavinha dana Maria do Caimo e muito novinha ... dana Mari<br />

do Caimo nasceu <strong>sa</strong> be quando? <strong>em</strong> trinha ... mae tava <strong>de</strong> resguardo e dana Tavinha ...<br />

a a avo <strong>de</strong>la « dirige-se a P02 apontando para P01 » ... naquele t<strong>em</strong>po era 6to t<strong>em</strong>po<br />

menina mai ho:he as vei com dinherol ta certo ... hoje ... antigamente 0<br />

dinhero era nada era era diffci se arranja e hoje e mai faci ... mai vai<br />

simbora ningu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be num que ... com a carestia ... antigamente nao comprava<br />

cinco quilo <strong>de</strong> carne ... no meu t<strong>em</strong>po ... <strong>sa</strong>be? ... meu pai maiseu ... gan ganhava<br />

... dois cruzado hum rum? dais cruzado nao que num havia cruzado ... havia cruzado<br />

sim ... mai era assim dais mi rei [ ... ] dois mi rei era cinco cruzado no meu t<strong>em</strong>po '" a<br />

[hum]<br />

gente tinha farinha ... tinha fejao ... fa pra fera ... <strong>sa</strong>be quanta era urn quilo <strong>de</strong> carne?<br />

era um urn conto <strong>de</strong> rei [ ... e hoje? ... sim urn quilo <strong>de</strong> carne quanta ta custano?


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

s<strong>em</strong>pre falarmos <strong>em</strong> voz bern alta com ela).<br />

E a propria filha que Ihe respon<strong>de</strong>,<br />

paraibano.<br />

(52)<br />

073. P02<br />

es<strong>sa</strong> terra ... es<strong>sa</strong> comunid<strong>a<strong>de</strong></strong> aqui tern escritura dizendo que Pedra D'agua realmente<br />

074.<br />

pertence<br />

a voces ou nao? tern uma prove?<br />

075. M02<br />

076. M01<br />

ate hoje ningu<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be<br />

<strong>de</strong> que?<br />

077. M02<br />

078. M01<br />

que tern escritura<br />

nao<br />

... papel <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> terra<br />

079. P02<br />

080. M01<br />

num tern papel nao?<br />

diz que tern e aquele povinho<br />

on<strong>de</strong> a senhora ta «cas a <strong>de</strong> Carm<strong>em</strong>»


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Ex<strong>em</strong>plo<br />

25<br />

Predica~aoVerbal<br />

aquele neg6cio que bota assim na frente<br />

uma tunica b<strong>em</strong> bonita <strong>de</strong> labirinto<br />

mae fazia era 0 que? nera aque/es bico ...<br />

como era 0 nome daquilo?<br />

cada negogo <strong>de</strong>sse? Como e 0 nome <strong>de</strong>sse<br />

T<strong>em</strong>a- Titulo<br />

uma e5tola<br />

negoc;o? ((indicando<br />

as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />

<strong>de</strong> mandioca que estao na pren<strong>sa</strong>))<br />

sim ... mas esse: es<strong>sa</strong> estopa cheia <strong>de</strong><br />

mas<strong>sa</strong> tern algum nome?<br />

como e 0 nome disso ((aponta para urn<br />

retangu/o <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente<br />

um metro))<br />

como e 0 nome disso aqui seu Antonio?<br />

e esse negoc;o que 0 senho t8 rnexendo ai?


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

845. P02 tu faz Jandira '" labirinto?<br />

846. M02 fazia muito <strong>de</strong>ixei .. mae fazia era 0 que ... nera aque/es bico ... como era 0 nome<br />

847. daquilo?<br />

848. M01 renda<br />

849. P02 fazia renda?<br />

850. M01 ah renda eu fazia muita ... cada urn bico ave-maria<br />

028. P01<br />

029.<br />

030.<br />

031. H07<br />

032. P01<br />

033.<br />

034. H07<br />

035. P01<br />

036. H07<br />

037. P01<br />

o senho tern i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quantos quilos <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> ... <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> fica <strong>em</strong> cada <strong>sa</strong>cola <strong>de</strong>s<strong>sa</strong>?<br />

como e que voces chamam isso aqui? « aponta para as <strong>sa</strong>colas com mas<strong>sa</strong>s que estao<br />

na pren<strong>sa</strong>))<br />

. . • '?<br />

1550 al e: ... qua.<br />

cada negogo <strong>de</strong>sse? como e 0 nome <strong>de</strong>sse negogo? ((indicando<br />

<strong>de</strong> mandioca<br />

e estopa<br />

que est~o na pren<strong>sa</strong>))<br />

sirn ... mas esse: es<strong>sa</strong> estopa cheia <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> t<strong>em</strong> a/gum nome?<br />

as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />

er: eu acho que nao ... e: e: e: 0 nome disso 0 nome <strong>de</strong>sse pano e nailo ne?<br />

sim


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

038. H07 [e nailo agora 0 nome <strong>de</strong> [: Ie e:<br />

039. P02 [hum<br />

040. M09 [uma <strong>sa</strong>quinha <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong><br />

041. P01 sim ... e es<strong>sa</strong>s [ <strong>sa</strong>quinhas <strong>de</strong> [mas<strong>sa</strong> tern mais ou menos quantas cuias assim<br />

042. P02 [<strong>sa</strong>co <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong><br />

043. P01 Antonio?<br />

044. M09 es<strong>sa</strong>s <strong>sa</strong>quinhas <strong>de</strong>ve da quantas cuia assim Antonio?<br />

091. P01 como e a nome disso? ((aponta para um rettmgulo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente urn<br />

092. metro))<br />

093. M09 e cocho<br />

094. P01 e cacho ne?<br />

095. P02 cacho?<br />

096. P01 cacho ... ela <strong>sa</strong>i ... quando <strong>sa</strong>i dali ((indica a cacho <strong>de</strong> penerar)) <strong>sa</strong>i sequinha assim?<br />

097. M09 nao ... ela daqui quando <strong>sa</strong>i penerada ... ela aqui ta sequinha (( mexe com as maos uma<br />

098. pon;ao <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> ja peneirada no cocho mostrando-nos)) '" ja v<strong>em</strong> sequinha <strong>de</strong> la<br />

099. [ 6i ] ((indica a pren<strong>sa</strong> com 0 rosto e mostra a mas<strong>sa</strong> que <strong>sa</strong>iu da pren<strong>sa</strong> )) af daqui<br />

100. P01 [sim]<br />

101. P02 [hum]<br />

102. M09 bota a penera bota ali ... ((aponta para 0 fomo)) ... af dali vai ressecano af e botano<br />

103. <strong>de</strong> urup<strong>em</strong>a <strong>em</strong> urup<strong>em</strong>a e ela secano af quando termina <strong>de</strong> bota todinha af<br />

104. quando pas<strong>sa</strong>assim uma hora e meia ... nao e Antonio?<br />

105. H07 e<br />

106. M09 uma hora e meia ela ta seca .., af s6 e tira e bota no <strong>sa</strong>co<br />

107. P02 ahrum<br />

108. P01 uma hora e meia aqui (( senta-se na borda do fomo e aponta para 0 mesmo))<br />

109. M09 e<br />

110. P01 como e 0 nome disso aqui seu Antonio?<br />

111. H07 e 0 forno<br />

112. P02 0 fomo<br />

113. P01 e esse negogo que 0 senM ta mexeno ai?<br />

114. H07 eo ROdo<br />

115. P01 rodo?<br />

116. H07 e<br />

117. P02 tern <strong>de</strong> fica mexendo por que heim?<br />

118. P01 [[porque senao<br />

119. H07 Uporquesenao mexe queima


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

028. P01<br />

029.<br />

030.<br />

o senho t<strong>em</strong> i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quantos quilos <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> ... <strong>de</strong> mas<strong>sa</strong> fica <strong>em</strong> cada <strong>sa</strong>cola <strong>de</strong>s<strong>sa</strong>?<br />

como e que voces chamam isso aqui? « aponta para as <strong>sa</strong>colas com mas<strong>sa</strong>s que estao<br />

na pren<strong>sa</strong>»<br />

032. P01 cada negoQo <strong>de</strong>sse? como e 0 nome <strong>de</strong>sse negoQo? ((indicando as <strong>sa</strong>cas com mas<strong>sa</strong><br />

033. <strong>de</strong> mandioca que est~o na pren<strong>sa</strong>»<br />

091. P01 como e 0 nome disso? «aponta para um retangulo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ira <strong>de</strong> aproximadamente um<br />

092. metro»<br />

110. P01 como e a nome disso aqui seu Antonio?<br />

E importante <strong>sa</strong>lientar que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre a apresentaC;80das propried<strong>a<strong>de</strong></strong>s do objeto


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

132. H7<br />

133.<br />

134.<br />

135. P01<br />

136. H7<br />

137. P01<br />

138. H7<br />

139. P01<br />

140. H7<br />

la existe uma ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> farinha ... que: la ningu<strong>em</strong> mexe nao '" eles t<strong>em</strong> eles t<strong>em</strong> um<br />

um negocim feilo <strong>de</strong> m<strong>a<strong>de</strong></strong>ra no mei ... cum ferro e: fica arro<strong>de</strong>ando e: mexeno ELE<br />

mermo e qu<strong>em</strong> qu<strong>em</strong> mexe<br />

o ferro mesmo?<br />

e<br />

e Jigado no mot6 ou nllo?<br />

e Jigado <strong>em</strong> eletricid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

ah: sim<br />

e muita faci<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> ... agora es<strong>sa</strong> daqui nao ... es<strong>sa</strong> daqui e manual assim mermo ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

022. M02 agora 56 nurn <strong>de</strong>u born fol a ... aquele como e 0 nome daquele ... [aquele quin<strong>em</strong> uma<br />

023. P01 [ alface?<br />

024. M02 batatinha?<br />

025. P02 cenoura?<br />

026 M02 cenoura nao se <strong>de</strong>u bern [... mas couve se <strong>de</strong>u rnuito bern<br />

027. P02 [sim


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Capitulo<br />

Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(56)<br />

266. H02<br />

267.<br />

268.<br />

269. P01<br />

270. P02<br />

271. H02<br />

272. P01<br />

273 H02<br />

o coitado do pobre nas cid<strong>a<strong>de</strong></strong>? 0 que t<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego ... muito b<strong>em</strong> ainda da pra i<br />

relando e qu<strong>em</strong> nao t<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego?<br />

«rindo» faze arte<br />

vao faze V80 faze e arte «rir}) vao faze e V80<br />

fazer arte? e 0 que e fazer arte? UI «grita porque ia caindo do tamborete»<br />

voc~ ia fazendo arte ((risos))<br />

roM<br />

roba e fazer arte?<br />

roba «rindo» roM e faz~ arte no que e dos ofro


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

1119.<br />

1120. M04<br />

1121. M02<br />

1122.<br />

tudo que a pessoa faz <strong>em</strong> cima <strong>de</strong>ste mundo [as vei num acha n<strong>em</strong> fuga mermo ... fica<br />

perambufando ne? porque muitas coi<strong>sa</strong> ne madrinha?[ que fez porque fez muitas<br />

coi<strong>sa</strong> horrfvef<br />

[e


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

257. M02<br />

(...)<br />

266. P01


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(58)<br />

194. H03<br />

195.<br />

196. P01<br />

197. H03<br />

198. H09<br />

199. H03<br />

200. H09<br />

201. H03<br />

202.<br />

203. P01<br />

204. H03<br />

205. P01<br />

206. H03<br />

207.<br />

208. M03<br />

209. H03<br />

210. P01<br />

211. H03<br />

212. P01<br />

213. H03<br />

214.<br />

215. P01<br />

216. H09<br />

217. H03<br />

218.<br />

219. H09<br />

220. H03<br />

221.<br />

tao condiQao melM do que meus pai .., ta marmi6 e por isso que eu digo que eu<br />

digo 0 t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> hoje e melh6 [ ... vei es<strong>sa</strong> carestia<br />

[0 sen/<br />

fio passo um dia s<strong>em</strong> come ... e eu dormi mui:ta vei:<br />

e passo dia <strong>de</strong> fome<br />

passei dia <strong>de</strong> fome ... muita vei eu dormi s<strong>em</strong> come<br />

comeno coco catole [ ... (<br />

eu nunca passei um dia n<strong>em</strong><br />

[ e: comeno coco catole ... robado la pu Nita Aive e ainda<br />

levano carrera «P01, M03 e H9 sorri<strong>em</strong>)) ( ) pa roba coco catole<br />

coco catole e aquele pequenininho e?<br />

e aquele pequeninin uns chama coco godora '" la pu Ri eles chama godora<br />

godora?<br />

e ... coco godora ... e aqui e coco catoh§ pois eu passei muitos dia com aquele:<br />

... cara do mate<br />

mari<br />

mari ... cara pitaia ... e a senhora eu acho que num conheci isso ainda nao ?<br />

mart eu conheQo<br />

[[ mari conhece<br />

[[e tudo tipo <strong>de</strong> coco e ? ... esses nomes que 0 senho fala [ e tudo nome <strong>de</strong> coco?<br />

[ e nao senhora ... a<br />

canfl pitaia e uma batata na terra ... 0 cara do mato tamb<strong>em</strong><br />

cara ne inhame nao ?<br />

[[ e nao<br />

e uma batata<br />

[[ ele e quin<strong>em</strong> inhame '" eo m<strong>em</strong>JO feiti do cara inhame mai: e no mate ... esse<br />

da no mato<br />

e t<strong>em</strong> uma epoca que ele amaiga<br />

e ... t<strong>em</strong> uma epoea que ele amaiga igual a que (<br />

coco<br />

) ... e t<strong>em</strong> uma epoea que ele e<br />

enxuto igual a pao ... e <strong>de</strong> pr<strong>em</strong>era pra eom~ ... agora mermo ele num num naseeu


Capitulo<br />

Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

222.<br />

223. H09<br />

224. H03<br />

225.<br />

226.<br />

227.<br />

228.<br />

229. P01<br />

230.H03<br />

ainda se arranca e pr<strong>em</strong>era ... ta dano <strong>de</strong> qua<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

mai e difici ne Pedo? ... [agora encontra ?<br />

[ nao ... tern luga purai puraqui e poul e numl e mais difici<br />

... mas tern luga ai pros brejo '" que eu tern pas<strong>sa</strong>do <strong>em</strong>bolada <strong>de</strong>le que 0 mundo e<br />

coberto 56 <strong>de</strong> rama '" <strong>de</strong>le ... tern muito mai aquilo s6 dtl naquele luga MAl rim<br />

<strong>de</strong> arranca <strong>de</strong>nto daquelas greia <strong>de</strong> pedra (( H9 sorrir» entre uma peda e<br />

6tra [ e aquilo ele s6 da s6 nasce ali <strong>de</strong>nto<br />

[vige<br />

muciga pa gente arranca nfJo ... s6 nasce <strong>de</strong>nto das grugueia<br />

num seil ele num nasce numa terra


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(59)<br />

577. H02<br />

578.<br />

579.<br />

580.<br />

581. P02<br />

582. M14<br />

583. H02<br />

584.<br />

585<br />

586.<br />

587.<br />

ta mudano? cambotinha ... eu fui uma facheada ali b<strong>em</strong> pertim do Sftio Cha dos<br />

Perera ... ( )foi uma facheada <strong>de</strong> cambutinha um trouxe quatrocenta na facheada ... e<br />

eu truxe duzenta matamo ... e hoje <strong>em</strong> dia pas<strong>sa</strong> 0 camaradinha pas<strong>sa</strong> 0 dia todim e as<br />

vez 56 chega com uma e as vez num chega com nenhuma «rir»<br />

o que e facheada ... e e pegar peixe e?<br />

pegar rolinha<br />

(aeheada e e eleva<br />

um eandieiro eheio <strong>de</strong> gai e acend{J e fica ... elas dorme naqueles<br />

pauzinho af pega um pedaeim <strong>de</strong> pau ... bota pA ((Faz um gesto eom os braqos<br />

imitando uma paulada)) bola abaixo e mata <strong>de</strong> pau .... e arribaq~ ... matava com 0<br />

finado meu pai...facheada <strong>de</strong> arribaga ... mai as vez vinha CHEI... dividia os borna<br />

porque as vei num podia chei os borna <strong>de</strong> ribaga ... arribaga faz uns bocado <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

4°) armar-se com um pedac;o <strong>de</strong> pau (ai peg a um pedacim <strong>de</strong> pau ...);<br />

5°) <strong>de</strong>rrubar as aves com um pau (bota pA ((Faz um gesto com os bragos imitando uma


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

02. M11 ta com sono? «varias pessoas estao falando e rindo ao mesmo t<strong>em</strong>po))<br />

03. P01 repete que eu num ouvi nada<br />

04. M04 eh: ela pergunto se ta com <strong>sa</strong>na «rindo))<br />

05. P01 como e que e?<br />

06. M11 ta com sono?<br />

07. P01 to com <strong>sa</strong>na nao<br />

08. M11 entao vamo vai la varna trabaia agora


Capitulo<br />

Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

(61)<br />

15. M11<br />

16. H02<br />

17. P01<br />

18. M11<br />

19. P01<br />

20. M11<br />

21. P01<br />

22. M11<br />

23. P01<br />

24. M11<br />

25. P01<br />

26. M11<br />

27. M11<br />

28. P01<br />

29. P01<br />

30. M12<br />

31. M13<br />

32. M11<br />

33. H02<br />

34. M13<br />

35. H02<br />

36. M11<br />

37. H02<br />

38. M11<br />

39. M12<br />

40. M11<br />

41. H04<br />

42. M11<br />

( )<br />

me ehamo barea<br />

barea ... earrego ser<br />

earrego ser<br />

ando <strong>de</strong> noite pra todo mundo v~ ando pra todo mundo v~<br />

vela?<br />

nao «varias pessoas ri<strong>em</strong>»<br />

me ehamo barea earrego ser e?<br />

e<br />

[lando<br />

[lando<br />

<strong>de</strong> noite?<br />

<strong>de</strong> noite<br />

pra todo mundo V~<br />

pra todo mundo v~? ((varias pessoas tentam adivinhar eomentando entre sill<br />

eu num sei nt!jo<br />

eu tamb<strong>em</strong><br />

vela?<br />

num sei nt!jo<br />

nt!jo<br />

e nos ( [ )<br />

[e e a ( )<br />

nos meus projeto e um BARco<br />

nt!jo<br />

ent!jo?<br />

quase que ee dizia<br />

e a /ua?<br />

nao ... quase que e/e dizia<br />

barea?<br />

nt!jo ... nada ((varias pessoas eontinuam tentando adivinhar, eonver<strong>sa</strong>ndo entre si,<br />

43.<br />

44. M14<br />

45. M11<br />

<strong>de</strong> forma inaudive/))<br />

estre/a?<br />

uhum um ((balanqando<br />

a eabeqa negativamente))


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

46. M07 que danado e?<br />

47. P02 e e 0 que?<br />

48. P01 sei nao... e 0 que?<br />

50. H02 e mermo CCrisose comentarios entre os interlocutores»<br />

51. P01 balao e?<br />

52. M11 num e?<br />

53. CCvariaspessoas falam tentando explicar a adivinha9ao»<br />

54. M11 leva muita gente no batao?<br />

55. P01 carrega 0 ser como?<br />

56. H02 0 ser eo nome 0 nome do balao<br />

57. M11 eo nome<br />

C···)<br />

61. H02 e e pra todo mundo ve mermo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: Imagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

58. P01 ah: sim::: «todos ri<strong>em</strong> bastante»]<br />

59. H02 ganhO «dirigindo-se a M11»<br />

60. P01 ganho eu nao <strong>sa</strong>bia nao «risos»<br />

(...)<br />

62. P01 exato e... tern razao «H02 rir»<br />

63. M05 fac;aotra af «dirigindo a M11, que e sua filha»<br />

(62)<br />

80. H02 o que e que tudo que fai bate no ceu?<br />

81. M11 eo come<br />

82. P02 eo que?<br />

83. H02 tudo quanta fai bate no ceu<br />

84. M11 eo come<br />

85. M12 e 0 ceu da boca<br />

86. M11 o que e 0 que e que [:<br />

87. P02 [e 0 come e?<br />

88. P01 e 0 come mermo?<br />

89. H02 <strong>sa</strong>bidinha ne?( ) (risos)


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo III: lmagens e Metadiscursivid<strong>a<strong>de</strong></strong>


Capitulo IV<br />

Imagens e Narrativas<br />

"Storytelling is a means by which humans organize<br />

and un<strong>de</strong>rstand the world, and feel connected to<br />

each other".<br />

Deborah Tannen


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

futuro.<br />

E diffcil, tamb<strong>em</strong>, imaginar uma cultura <strong>em</strong> que as narra90es <strong>de</strong> eventos<br />

(63)<br />

313. P01<br />

314. H03<br />

315. P01<br />

316. H03<br />

317. P01<br />

318. P01<br />

319. H03<br />

320.<br />

321.<br />

322.<br />

323. H09<br />

[° senhO <strong>de</strong>sculpe eu i perguntando e porque « sorrindo » eu num conhe90<br />

nao •.. po<strong>de</strong> pergunta ... e: e: a senhora que: arruma uma: uma histora b<strong>em</strong><br />

e<br />

contada pa conta eta la [ ••. pa <strong>sa</strong>i <strong>de</strong>poi ne ?<br />

uhrum e isso<br />

[hum<br />

e e born que <strong>sa</strong>ia mermo que: que <strong>a<strong>de</strong></strong>poi que pegaru vim aqui <strong>em</strong> Peda Oagua<br />

firma isso aqui <strong>em</strong> Peda Dagua pego a chega gente aqui <strong>em</strong> Peda Dagua munta<br />

gente ... ja se interes<strong>sa</strong>ru <strong>em</strong> faze es<strong>sa</strong> estrada ". isso e tudo porque vai: histora<br />

daqui la pra fora ... nE!?<br />

e ... que dize que num ta mais isolada


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

CapItulo IV: Imagens e Narrativas<br />

324. H03<br />

325.<br />

326.<br />

nao num ta mais isolada '" tao veno ... 0 pessoa la <strong>de</strong> fora tao veno aqui ... porque aqui<br />

ja foi po be <strong>de</strong>mai ... aqui foi munto pobe '" pa vista <strong>de</strong> hoje '" aqui foi mais pobe mui:to<br />

<strong>em</strong> dobra<br />

pr6pria hist6ria.<br />

A narrativa oral <strong>em</strong> suas tras moda<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>s (afirma98o, relato e<br />

reprodu980 1 )<br />

simboliza a preserva980 da hist6ria, das cren9as e dos valores da<br />

1 Gulich e Quasthoff (1986) classificam as referencias a epis6dios ocorridos no pas<strong>sa</strong>do <strong>em</strong> interac;;oes face-a-face<br />

nestas ires formas.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Quasthoff,1986:225).<br />

E um resumo <strong>de</strong> eventos no qual po<strong>de</strong>m aparecer discurso


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

488. M03 era 0 vei ... teu pai .., quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoyo<br />

489. quebrada [ ... tu se al<strong>em</strong>bra<br />

490. H09 [foi:<br />

491. H03 me al<strong>em</strong>bro '"


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

492. M03 Antoin?<br />

493. Ha3 meu irmao ... e:[le<br />

494. Ma3 [ele tir6 <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota e jogo [ ...<br />

495. Ha3 [jogo nas costas [ e trouxe pra ca<br />

496. M03 [ nas costas e<br />

497 trouxe sozin ... foi ( )<br />

C<br />

E-<br />

N<br />

:A quando 0 finado ( ) morreu ali na grota <strong>de</strong> pescoc;o<br />

R<br />

I<br />

o<br />

tiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>nto da grota<br />

jogo nas costas<br />

e trouxe pra ca<br />

trouxe sozin<br />

E posslvel ainda se criar uma imag<strong>em</strong> do s<strong>em</strong>blante do Severino, a partir da


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

C<br />

E<br />

N<br />

A<br />

R<br />

I<br />

o<br />

antigamente<br />

A<br />

~ eu nasci<br />

o me criei<br />

E dormino numa cama numa paia no chao<br />

S veno as estrela todinha<br />

A reprodugao ou narrativa conver<strong>sa</strong>cionaf,<br />

"forma <strong>de</strong> narrativa mais basica e mais<br />

2 Narrativa conver<strong>sa</strong>cional na literatura especializada e tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> replaying (Gooch e Quasthoff,<br />

1986), storytelling (Quasthoff e Nikolaus, 1982; Jefferson, 1988; Goffman, 1983; Schiffrin, 1984; Houtkoop e<br />

Mazeland, 1985; Polanyi, 1989), story ou narrative (polanyi, 1982; Labove Waletzky, 1967; Jonhstone, 1987;<br />

Bublitz, 1988) e conver<strong>sa</strong>tional story (polanyi, 1985); Ochs, 1997).


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

narrativa, compreen<strong>de</strong> uma serie <strong>de</strong> acontecimentos que se esten<strong>de</strong> ate 0 climax.<br />

E


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

(64)<br />

30. M03<br />

31.<br />

32.<br />

33.<br />

34.<br />

35.<br />

36.<br />

37.<br />

38.<br />

39.<br />

40. H09<br />

41. M03<br />

42. P01<br />

43. M03<br />

44. P01<br />

45. M03<br />

PRAI cornia la ... na barraca tinha urn pai:/ urna barraca a barraca cheia <strong>de</strong> rnii .<br />

a gente drurnia nes<strong>sa</strong> barraca rnuie rnai nesse dia a gente quaji rnorre <strong>de</strong> medo .<br />

tinha ahr: tinha a pota <strong>de</strong> chave ... rnai pubaxo dava pa pas<strong>sa</strong> bicho ou <strong>de</strong>baxo ... ai a<br />

gente tirano 0 rnii ... fastano fastano 0 rnii ... e eu sei que: quano tava pertim <strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

encosta na pare<strong>de</strong> eu vi checo checo checo checo ... eu nunca tinha visto ela ... e:ra a<br />

cascaveia rninha fia ... «bate as rnaos cornpas<strong>sa</strong>damente» ai arrocherno 0 grito pulo<br />

pulo Maj6 ... «sorrir» ( ) ai ai ele tava no roc;ado asSIM ele correu ... "que i:sso<br />

Maria? que isso Maria?" eu digo "Seu Maj6 e urna cascaveia ... 0 povo dii rnai eu<br />

nunca vi" ... ele vei ... Severino SEtanejo ... e<strong>a<strong>de</strong></strong>ro tambern conhece Severino<br />

Setanejo que veii do sertao rnai Zita ... e Maria que vei panM agudao [ Severino<br />

[ conheci<br />

foi que rnato ... tinha Ol:to inrusca '" a gente drurnino na/ [a s<strong>em</strong>an a todinha mai a<br />

[ ah:ahm «exclama<br />

cascaveia «bate novarnente as rnao no rnesrno cornpasso anterior» <strong>de</strong>nto <strong>de</strong>nto<br />

<strong>de</strong>monstrando espanto»<br />

daquela ca<strong>sa</strong><br />

E posslvel observar que a montag<strong>em</strong> do cenario conduz ao clima <strong>de</strong> suspense que


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

as espigas <strong>de</strong> milho num canto da barraca.<br />

E justamente no termino <strong>de</strong>sta tarefa que


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

R<br />

£<br />

S<br />

U<br />

M<br />

o<br />

rnuie rnai nesse dia a gente quaji rnorre <strong>de</strong> rnedo<br />

C<br />

£<br />

N tinha urn pai:1urna barraca a barraca cheia <strong>de</strong> mii<br />

A a gente drurnia nes<strong>sa</strong> barraca...<br />

R tinha ahr: tinha a pota <strong>de</strong> chave<br />

I mai pubaxo dava pa pas<strong>sa</strong> bicho ou <strong>de</strong>baxo ..,<br />

o<br />

A af a gente tirano 0 rnii<br />

C; fastano fastano 0 mii '"<br />

e eu sei que: quano tava pertirn <strong>de</strong> <strong>de</strong> encosta na pare<strong>de</strong><br />

o<br />

C<br />

£<br />

N eu vi checo checo checo checo ...<br />

A eu nunca tinha visto ela ... e:ra a cascaveia minha fia ...<br />

R «bate as maos compas<strong>sa</strong>darnente»<br />

I tinha Ol:to inrusca ...<br />

o<br />

£ ai arrocherno 0 grito pulo pulo Maj6 '" «sorrir»<br />

s ai ai ele tava no rOyadoasSIM ele correu ...<br />

D<br />

I<br />

A Major: "que i:sso Maria? que isso Maria?"<br />

L<br />

6 Maria: "Seu Maj6 e uma cascaveia ... 0 povo dii mai eu nunca vi"<br />

6.<br />

o<br />

R<br />

£<br />

S<br />

o<br />

L<br />

U<br />

C;<br />

It..<br />

o<br />

Severino foi que rnato


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

quando cheguei <strong>em</strong> Campina }<br />

eu to na frente do televi<strong>sa</strong>o assim<br />

quando cheguei na rodoviara }<br />

ai tinha<br />

uma turma da Serra do Ponte<br />

obter exito sinaliza que algo vai acontecer para quebrar a rotina instaurada.<br />

E com


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

C<br />

E.<br />

N<br />

A<br />

R<br />

vei uma mule:<br />

ela vei no carro<br />

ai que<strong>de</strong> subi a l<strong>a<strong>de</strong></strong>ra<br />

I ai a mule vei <strong>de</strong> Campina dana: Denise<br />

o<br />

As vezes, a distinc;ao entre as situac;oes que apenas apoiam a ocorrencia<br />

do episodio e<br />

C<br />

E.<br />

eu vinha 18<strong>de</strong> <strong>de</strong>nto com a faca<br />

o cabelo chei <strong>de</strong> tot6<br />

quano eu cheguei<br />

na <strong>sa</strong>! eu dou as cara na porta<br />

N<br />

A e sorrino<br />

R e gritano « M021 comec;a a sorrir»<br />

I e limpano a faca na mao<br />

o<br />

a construc;ao do cenario e a caracterizac;ao da personag<strong>em</strong><br />

se dao concomitant<strong>em</strong>ente,


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

C<br />

E-<br />

N<br />

it<br />

R<br />

I<br />

o<br />

otro dia veio urn padre al na igreja ... la <strong>em</strong> cima naquela igrejinha<br />

tudo Iii e branco naquela igreja<br />

uns branco fe:i<br />

(65)<br />

184. P02<br />

185. M03<br />

186. M04<br />

187.<br />

188. P02<br />

189. M03<br />

190.<br />

191. M06<br />

192. M03<br />

193. M06<br />

194. P02<br />

[[ que aconteceu 0 eclipsi?<br />

[[ al eu tava cuidano no aimOlio ... eu tava cuidano no aimoc;o ... [ ( )<br />

[ eu num tava Iii<br />

hum?<br />

af eu vi ... « tosse)) aquilo faze assim « movimenta os brac;os pas<strong>sa</strong>ndo urn pelo<br />

outro a sua frente )) no 56 ... eu digo "OX<strong>em</strong>" « fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong> )) [ ... af<br />

[ as<br />

... os pinl<br />

pinto correro tudim com medo<br />

e foi? « sorrindo ))


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

195. M06 foi ... com medo<br />

196. M03 mai « exclama» ...[ dava pa pa corre doida mermo ... eu abri assim '" num tinha<br />

197. M06 [correu tudim « P02 sorrir» ... ( ) correu tudim ( ) eu atai<br />

198. M03 uma lui ... fico pardo ...<br />

199. M06 ... eu mae mai Joaquim « M03 sorrir» e : e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato ...<br />

200. foi nao?<br />

201. M03 e eu eu tava morava aqui na dona Mocinha ... ali naquela vage <strong>de</strong>la ... digo "oxi" ... e<br />

202. aquilo ligero assim turn turn turn e eu espiei ... eu digo "eu num tive medo <strong>de</strong><br />

203. certas coi<strong>sa</strong>s" '" eu digo "perai" tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui « pega numa<br />

204. bacia plastica que esta pr6xima e mostra» uma bacia ... <strong>de</strong> loic;:a... eu meiei aqui<br />

205. assim « <strong>de</strong>marca na bacia 0 niveJda agua colocada na epoca» eu butei agua ... e :<br />

206. enfiei no rosto ... no t<strong>em</strong>po que: e que 0 56 foi cripi ... e:ra ... a lua era nova ...<br />

207. queria passelpra cima viu? [ ... ] agora a lua bigano com 056 viu? ... a lua bigano<br />

208. P02 [ hum]<br />

209. M03 com 056 ... e eu <strong>de</strong> coca espiano assim ... eu digo "se eu tive <strong>de</strong> morre ... eu 56<br />

210. morro no terrero ... mai <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> eu num ento" ... e ( ) e ela bigano .., ela<br />

211. bigano ( ) a lua foi puriM do s6 ... eo 56 foi pubaxo e a foi pucima ... a lua a<br />

212. senhora <strong>sa</strong>be que e fria ... eo s6 e quente '" ela trac;:apucima '" paga a Juido 56 ...<br />

213. ai foi que escureceu '" a gente viu as estrela do ceu todinha ... a este/ a galinha<br />

214. subiu pu pulera ... 0 galo bateu a<strong>sa</strong> « bate com as maos» subiu pu puJera... canto<br />

215. ... ai ai eu ai lavinha rninha rnadinha ... e: e: aque/ madinha e: [e:<br />

216. M06 [ mai correu gente<br />

217. M03 6i mai foi tanta gente a corre [ nesse mundo <strong>de</strong> Deus<br />

218. P02 [ e 0 Maj6 tava aon<strong>de</strong> nes<strong>sa</strong> hora? tava tamb<strong>em</strong> ta [ va<br />

219. M03<br />

220. P02 venda 0 eclipsi?<br />

221. M03 tava tava <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> ... "a: 0 mundo vai se acaM" ." eu digo "a 0 0 mundo davei do<br />

222. mundo se acaM eu: eu v6 morre no no terrero" ( ) pass6-se pouco t<strong>em</strong>po ... 6i foi<br />

223. tanta gente ate Lorenc;:oGome <strong>de</strong>u urn pas<strong>sa</strong>mento que quaji <strong>de</strong> morre ...<br />

224. carregaru correru atai <strong>de</strong> aico 0 aico pelpasselna: no narii <strong>de</strong>le ... nos puc;:oe<br />

225. tudo ... e ele pu morto ... quano pas<strong>sa</strong> bern urna hora foi que [ ele (<br />

226. P02 [ com medo?<br />

227. M04 com medo<br />

228. M03 com medo ... pass6 ... aqui pu l<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Lagoa Gran<strong>de</strong> morreu foi gente ... minha fia<br />

229. P02 foi mermo?<br />

230. M03 com medo ... ( ) que sofria do corac;:ao... ave maria « exclama » escap6


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capftulo IV: Imagens e Narrativas<br />

231. nenhum [ ... e eu sei que passo b<strong>em</strong> u-ma ho-ra au mai ... e eu sei que la vai aquilo<br />

232. P02 [ a:ve<br />

233. M03 abino « baixa a voz e diminui a velocid<strong>a<strong>de</strong></strong>» abino abino abino abino abino '" a<br />

234. banda do s6 '" do s6 ... a lua passo '" e 0 s6 fico '" af '" n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> eu corri mai<br />

235. ... n<strong>em</strong> nada ... ali ( ) aquele mundo azu:: fico quin<strong>em</strong> uma peda <strong>de</strong> ani ...<br />

236. ningu<strong>em</strong> num via uma nuve mai ... sumiu-se tudim ... e uma coi<strong>sa</strong> que a gente s6<br />

237. morre quano Deus que mermo<br />

C1 montado por M03:<br />

quano foi. .. pu vorta <strong>de</strong>: es<strong>sa</strong> hora assim eu tava cuidano do aimogo<br />

numtinha uma lui. .. fico pardo<br />

C eu tava morava aqui na dona Mocinha ...ali naquela vage <strong>de</strong>la<br />

£ tinha uma bacia conforme es<strong>sa</strong> aqui «peg a numa bacia plastica que esta pr6xima e mostra»<br />

N uma bacia ... <strong>de</strong> loiga<br />

it eu meiei aqui assim «<strong>de</strong>marca na bacia 0 nivel da agua colocada na epoca»<br />

R eu butei agua ...<br />

I<br />

o<br />

e: enfiei no rosto<br />

a gente viu as estrelas do ceu todinha<br />

a galinha subiu pu pulero<br />

o galo bateu a<strong>sa</strong> «bate com as maos»<br />

subiu pu pulero<br />

canto<br />

mai foi tanta gente a corre nesse mundo <strong>de</strong> Deus


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

C2 montado por M06:<br />

c<br />

E-<br />

N os pinto correro tudim com medo<br />

A correu tudim correu tudim<br />

R () eu atai eu mae Joaquim e: e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato<br />

I mai correu gente<br />

o<br />

02. M17 (...) uma vei eu vi urn presepe muito fei la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" po<strong>de</strong> cre [... eu vi urn presepe<br />

03. P01 [h<strong>em</strong>?<br />

04. la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> muito fei<br />

(...)<br />

09. M17 uma atrupelada ... co/ como uma cavalaria <strong>sa</strong>be? [ '" ] assim num <strong>sa</strong>be?<br />

10. P01 [hum]<br />

11. uns pessoal assim: vamo dize assim na minha mente ... 13: uns pessoal...<br />

12. correndo a cavalo e os casco dos cavalo bateno [ ... ] ai quando chegava<br />

13. P01 [hum]<br />

14. M17 na porta da frente assim: como que a pessoa puxasse 0 arei do cavalo <strong>em</strong> disparado ...<br />

15. na porta da frente ... al escute [ ...nes<strong>sa</strong> epoca nesse t<strong>em</strong>po Deca «0 marido <strong>de</strong> M17»<br />

(...)<br />

17. M17 tava no Rii eu disse assim: eu disse «sorrindo»"e gente fazendo '" fazendo<br />

18. sombran9a" al eu disse "perai que eu pego ja a foice" quando eu disse que eu pegava<br />

19. a foice '" num brinque nao minha fia cheg6 uma voi mais triste do mundo ... ai pedindo<br />

20. pra mim reza treis tel90 [...eu disse al eu diche assim: caquele caquele caquele:<br />

22. M02 [e era aima que morreu<br />

21. M17 caquela raiva no cora980 assim: pu cau<strong>sa</strong> do medo ... eu diche "logo trei<br />

23. ah: rezo nada" .., mermo assim<br />

24. P01 mas tu <strong>em</strong> pe? isso tu tava <strong>em</strong> pe <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong>? pu tava <strong>de</strong>itada??<br />

25. M17 eu <strong>de</strong>itada coberta pe e cabe9a e tudo minha fia ... «P01 sorrir» e:: dizeno pu <strong>de</strong>baxo<br />

26. da coberta ... digo "logo trei ... ah: rezo nada" '" mermo assim "e abuso" ... minha fi:a


Imagens na Gra<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

quando cabei: <strong>de</strong> dize isso: num brinque nao ... minha fia quaje morro ... farto nada ...<br />

mai mai chego uma voi mais TRISte do mundo ... eu nunca vi uma coi<strong>sa</strong> daquela ...<br />

37.<br />

38.<br />

39.<br />

40.<br />

41.<br />

42.<br />

43.<br />

44.<br />

45.<br />

46.<br />

47.<br />

48.<br />

49.<br />

50.<br />

51.<br />

52.<br />

53.<br />

54.<br />

55.<br />

56.<br />

57.<br />

58.<br />

59.<br />

60.<br />

61.<br />

62.<br />

63.<br />

64.<br />

M02<br />

P01<br />

M17<br />

(...)<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

P01<br />

M17<br />

n<strong>em</strong> ai <strong>de</strong> ve mar [ nunca ... ai eu fiquei <strong>de</strong>baxo da coberta [ ... <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> coberta ... pedino<br />

[e voi do oto mundo<br />

[e a voz dizia 0 que?<br />

pra eu reza esses terc;o ... <strong>de</strong>baxo <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> coberta ... e uma menina b<strong>em</strong> novinha minha<br />

fia ... a menina nova ... os oto tudo dormino e eu pen<strong>sa</strong>n: [no como era ... eu ... eu ...<br />

[eu pen<strong>sa</strong>no ... como era que eu ... que eu<br />

<strong>sa</strong>ia correno assim ... uma hora eu pen<strong>sa</strong>va assim ... <strong>em</strong> <strong>sa</strong>ii correno pela pela porta<br />

da frente ... ai eu pen<strong>sa</strong>/ ai eu digo "nao mai pela porta da frente eu nurn corre porque<br />

o presepe 0 presepe ta na porta da frente ... e se eu corre pela porta da frente ... ele<br />

num vai me pega? ... eu vo pela da cozinha" ... af eu pen<strong>sa</strong>va assim "como e que eu vo<br />

arrasta esses trei menino na carrera «sorrindo» pela porta da frente? eu podia era da<br />

uma peitada [assim na porta"<br />

[ «sorrindo» isso isso enrolada na coberta?<br />

inco / nao eu queria corre <strong>de</strong> oi fechado assim [mai s<strong>em</strong> bate<br />

[sim ... pen<strong>sa</strong>ndo isso enrolada?<br />

e num tirava nao «galo canta» eu tinha certeza que se eu: abrisse os zoiu ... eu via<br />

<strong>sa</strong>be? [... af aquilo ali eu<br />

[sim<br />

fiquei a noite todinha ... e a menina fazia mermo assim que n<strong>em</strong> uma jiinha quando uma<br />

pessoa bota <strong>sa</strong>l ... mermo assim [... chorano '" eu digo "voce po<strong>de</strong> morre ... giguitia af<br />

[eita<br />

«P01 sorrir» mai eu num Iigo ... n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> abro os z6i n<strong>em</strong> acendo a lui '" hoje nao" ...<br />

ai pedindo a Deus que manhecesse ... pra eu <strong>sa</strong>i buta es<strong>sa</strong> menina no brac;o e <strong>sa</strong>ii<br />

daqui correno pra dize a esse povo «sorrir) mo<strong>de</strong> esse presepe num vim mai ...<br />

quando 0 dia manheceu ... a menina ja tava moiada <strong>de</strong> suo: [...<br />

[<strong>de</strong> tanto grita? [a bichinha<br />

[<strong>de</strong> tanto<br />

<strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> coberta e eu abria? e eu n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobria[ ...n<strong>em</strong> acendia a lui<br />

[8 sim sim<br />

e n<strong>em</strong> falava com a menina ... ficava s6 com ela no brac;o assim e ela ginguitiano<br />

... quando 0 dia clario peguei a menina butei no brac;o ." minha fia e fii carrera pra ca<strong>sa</strong><br />

<strong>de</strong> Tutu ai quando cheguei na ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Tutu ai eu diche a Tutu '" "Tutu se tu visse oi ...<br />

QUAJe morri" "<strong>de</strong> que?" eu digo "uma aima minha fia ... me apareceu pedino:/ com uma


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

65. presepada MAl feia do mundo ... pedino paeu reza tres teyo" ... af Tutu diche<br />

66. "assim voce num l<strong>em</strong>bra I tu num l<strong>em</strong>bra qu<strong>em</strong> foi nao?" e "pra mim era uma:<br />

67. uma voi assim uma te <strong>de</strong> Ana ... eu sei Ie qu<strong>em</strong> e es<strong>sa</strong> Ana '" porque a pessoa que<br />

68. v<strong>em</strong> pedi as coi<strong>sa</strong> os oto ... v<strong>em</strong> com boas manera ... nurn v<strong>em</strong> com urna presepada<br />

69. daquela nao [... <strong>sa</strong>be <strong>de</strong> uma coi<strong>sa</strong> ... eu num gostei nao" eu diche ... «P01 sorrir»<br />

70. M02 [mai que e do oto mundo s6 e assim<br />

71. M17 zangada ainda [com a alma ... eu digo "<strong>sa</strong>be <strong>de</strong> uma coi<strong>sa</strong> eu num gostei nao... <strong>sa</strong>be<br />

72. P01 [com a alma<br />

73. M17 por que? quaje que eu morro isso num e serviyo que se faya nao"<br />

74. P01 isso num e jeito <strong>de</strong> chega na ca<strong>sa</strong> dos outros nao ... ne?<br />

75. M17 Tutu diche "nao mule mai mai reza ... ela ela ta quereno uma petiyao que <strong>de</strong>ve t8 / ela<br />

76. num ta <strong>em</strong> born luga ... se ela tivesse <strong>em</strong> born luga ela vinha faze urn medo <strong>de</strong>sse a<br />

77. voce" eu digo "e Tutu qu<strong>em</strong> v<strong>em</strong> pedi as coi<strong>sa</strong>s aos zoto num v<strong>em</strong> daquele jeito nao ...<br />

78. tern que vim com boa manera ... eu num gostei nao '" vo reze mai:"<br />

79. M02 eu nunca: vi e n<strong>em</strong> [quero ve<br />

80. M17 [af quano foi «sorrir» <strong>de</strong> noite ... af rezei parece que doi chamei<br />

81. Tutu ainda ... parece que ainda rezei doi '" af <strong>de</strong>poi eu dizia "hoje eu vo durmi <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>"<br />

82. ...quano dava es<strong>sa</strong> hora assim «a graVay80 ocorreu aproximadamente as 17:00hs»<br />

83. minha fia a janta pronta ... eu butava na cayalora<br />

84. P01 af num dormia <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?<br />

85. M17 durmia 0 que? foi uma sombranya munto gran<strong>de</strong> mu [Ie


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Cenario do fato sobrenatural:<br />

c<br />

£<br />

N uma atrupelada ... col como uma cavalaria <strong>sa</strong>be?<br />

It uns pessoal. ..correndo a cavalo e os casco dos cavalo bateno<br />

R<br />

I<br />

o<br />

quando chegava na porta da frente assim: como que a pessoa puxasse 0 arei do cavalo <strong>em</strong><br />

disparado<br />

'" na porta da frente<br />

Cenario do mundo real:<br />

eu <strong>de</strong>itada coberta pe e cabeya e tudo<br />

eu fiquei <strong>de</strong>baxo da coberta<br />

uma menina b<strong>em</strong> novinha<br />

C os oto tudo dormino<br />

£ a menina fazia mermo assim que n<strong>em</strong> uma jiinha quando uma pessoa bota <strong>sa</strong>l<br />

N mermo assim chorano<br />

It quando 0 dia manheceu ... a menina ja tava mioada <strong>de</strong> su6: <strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> coberta<br />

R eu n<strong>em</strong> n<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobria n<strong>em</strong> acendia a lui<br />

I quando 0 dia clario<br />

o<br />

peguei a menina<br />

butei no bra90<br />

fi carrera pra ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Tutu


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

informaC;80 com 0 objetivo <strong>de</strong> criar envolvimento e eficacia comunicativa". E importante


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

A turma da Serra dos Pontes<br />

Morador<br />

A turrna da Serra dos Pontes<br />

Morador<br />

Peda D'agua tava pas<strong>sa</strong>no na televi<strong>sa</strong>o ... tu viu?<br />

e e Peda D'agua rnerrno?<br />

e Peda D'agua<br />

born eu vi ... eu vi e Peda D'agua<br />

os cara <strong>sa</strong>c esses rnerrno ... e <strong>sa</strong>c<br />

C<br />

E.<br />

N<br />

otro dia veia urn padre ai na igreja ... la <strong>em</strong> cirna naquela igrejinha<br />

A tuda la e branco naquela igreja<br />

R uns branco fe:i<br />

I<br />

o


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Moradores<br />

on<strong>de</strong> mora Jandira?<br />

mora 18<strong>em</strong>baxo<br />

aon<strong>de</strong> e?<br />

«resposta na voz da narradora na forma verbal <strong>de</strong> 3 3 pessoa plural"mostraro"»<br />

ali mora muita gente?<br />

mora<br />

tudo e moreninho<br />

tudo moreno<br />

ou tudo e branco?<br />

eu digo<br />

digo<br />

eu digo<br />

eu digo<br />

eu digo<br />

oxam «fala <strong>de</strong>monstrando surpre<strong>sa</strong>»<br />

oxi<br />

eu nunca tive medo <strong>de</strong> certas coi<strong>sa</strong><br />

perai<br />

se eu tive <strong>de</strong> morre ... eu 56 morro no terrero ... mai <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> eu num ento


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

D<br />

I<br />

it<br />

eu digo<br />

eu digo<br />

eu digo<br />

L<br />

0 eu digo<br />

6. digo<br />

0<br />

S<br />

eu digo<br />

aquela e Zefa Anjo<br />

ox<strong>em</strong><br />

ox<strong>em</strong> num foi ningu<strong>em</strong> <strong>em</strong> Peda O'agua e a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Zefa Anjo naquela<br />

televi<strong>sa</strong>o<br />

aquele menino que ta mntado no burro e 0 menino <strong>de</strong> Zito<br />

eo menino <strong>de</strong> Zito ... passo montado no burro<br />

aquilo e Peda O'agua ... e Peda O'agua<br />

e Peda O'agua<br />

D eu pen<strong>sa</strong>l ai eu digo nao mai pela porta da frente eu num corre porque 0 presepe<br />

I 0 presepe ta na porta da frente ... e se eu corre pela porta da frente '"<br />

A ele num vai me peg a?<br />

L<br />

eu vo pela da cozinha<br />

o eu pen<strong>sa</strong>va assim como e que eu vo arrasti essestrei menino na carrera «sorrindo)) pela<br />

6. porta da frente?<br />

o<br />

eu podia era da uma peitada assim na porta<br />

eu disse assim:<br />

eu disse<br />

eu digo<br />

«sorrindo» e gente fazendo ... fazendo sombranya<br />

perai que eu pego ja a foice quando eu disse que eu pegava<br />

a foice<br />

Oeca num ta <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> '" e gente fazeno presepe eu pego ja a foiye<br />

eu pego ja foige<br />

voce po<strong>de</strong> morre ... giguitia ai mai eu n<strong>em</strong> ligo '" n<strong>em</strong> abro os z6i n<strong>em</strong><br />

acendo a lui '" hoje nao<br />

hoje eu vo durmi <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

162. M02 ai um dia eu tava na fila .,. boiinha vivinha [ ... «todos sorri<strong>em</strong>» no Inga ... agora eu ta<br />

164. M17 [numa elevac;:ao<br />

165. P02 [vivinha?<br />

166. M02 sonho <strong>de</strong> quatro <strong>em</strong> quatro ano ... as vei <strong>de</strong> tres <strong>em</strong> trei<br />

167. P01 «sorrindo»<br />

168. M02 perto <strong>de</strong>u sonM com ele <strong>de</strong> novo [...] ai urn home dizeno assim:/tava na fila eu e os<br />

169. P02 [hum]<br />

170. M02 povo todo ne? <strong>de</strong> Inga '" ai cheg6/ tinha urn home assim "voc~ ja tira 0 dinhero?" eu<br />

171. disse "nao senhO"..."voce vai <strong>de</strong> que pra ca<strong>sa</strong>? <strong>de</strong> carro ou <strong>de</strong> peis?" agora meu coraC;80<br />

172. vei logo 0 senho <strong>de</strong> engenho direitim [... ] moreno ... alto ... eu disse "eu vo <strong>de</strong> carro" ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

173. P01 [ hum]<br />

174. M02 ele disse "voce num que i <strong>de</strong> peis ate <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?" pergunta a Doca e 0 povo Serra do<br />

175. Ponte? eu disse "por que 0 senho me pergunta isso?" "por que voce num vai <strong>de</strong> peis?<br />

176. quando chega numa portera do lado esquerdo ... a primeira portera que voce encontra<br />

177. tern um pe <strong>de</strong> jua ... e do lado esquerdo voce ve chamano por voce Jandira ai voce ...<br />

178. vai no tronco do pe <strong>de</strong> jua que tern uma felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> pra voce" ... ai eu disse "eu num vo<br />

179. nao" ai Seu Doca <strong>de</strong> Serra do Ponte [ ... ai: Chiquim <strong>de</strong> Seu Carlo disse "vai que eu vo<br />

180. H06 [eu sei qu<strong>em</strong> e<br />

181. M02 com voce" ai eu disse "eu num vo nao eu vo/" "voce fai assim [ ( )"<br />

182. P01 [eles virol eles ouviram a<br />

183. historia?<br />

184. M02 tudim escutano 0 home dizeno a eu<br />

185. P02 e esse home qu<strong>em</strong> era?<br />

186. M02 eu num sei ... ai ele tava na fila ... ai eu fiquei fri:a ... ai eu disse assim "eu nurn posso i<br />

187. <strong>de</strong> carro nao [e quando cheganesse pe <strong>de</strong> jua ." que 0 senho disse 0 pr<strong>em</strong>ero pe <strong>de</strong> jua<br />

188. H06 [era uma foima cheia <strong>de</strong> dinhero<br />

189. M02 que encontra eu <strong>sa</strong>lta e olha nao?" ele disse "nao so se fo <strong>de</strong> peis daqui a:TE <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>li<br />

190. M04 ave maria ... mai <strong>de</strong> Inga<br />

191. M17 eu vinha<br />

192. H06 eu vinha<br />

193. H08 eu vinha tamb<strong>em</strong><br />

194. P01 tu nao quiseste a botija que te <strong>de</strong>ro <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong>? «fala com M17, referindo-se a urna outra<br />

195. estoria contada por ela))<br />

196. M17 ah: mai <strong>de</strong> dia e mare man<strong>sa</strong> rapai<br />

197. P01 ah: : «sorrir)) «varias pessoas sorri<strong>em</strong>))<br />

198. M02 () [tudo vinha maizeu...tudo vinha comigo ne? ..as menina ai eu disse "[eu num vo<br />

199. H06 leu vinha ( ) mo<strong>de</strong> muito dinheiro<br />

200. M17 [<strong>de</strong> dia<br />

201. quaque e: «sorrindo)) pia as perna « aponta para as pernas, indicando que po<strong>de</strong>ria<br />

202. correr))<br />

203. M02 nao" mai eu fiquei com muito medo...meu C<strong>Ora</strong>9aopego logo bate...eu fiquei com medo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Hom<strong>em</strong><br />

Jandira<br />

Hom<strong>em</strong><br />

Jandira<br />

Hom<strong>em</strong><br />

Jandira<br />

Hom<strong>em</strong><br />

Jandira<br />

Chiquim<br />

Jandira<br />

Hom<strong>em</strong><br />

Jandira<br />

<strong>de</strong> Seu Carlo<br />

voce ja tin) 0 dinheiro?<br />

nao senho<br />

voce vai pra ca<strong>sa</strong>? <strong>de</strong> carro ou <strong>de</strong> peis?<br />

eu vo <strong>de</strong> carro<br />

voce num que ir <strong>de</strong> peis ate <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> nao?<br />

por que 0 senho me pergunta isso?<br />

por que voce num vai <strong>de</strong> peis quando chega numa portera do lado<br />

esquerdo ...<br />

a pr<strong>em</strong>era portera que voce encontra t<strong>em</strong> um pe <strong>de</strong> jua ... e do lado<br />

esquerdo<br />

voce ve chamano por voce Jandira af voce ... vai no tronco do pe <strong>de</strong> jua<br />

que t<strong>em</strong> uma felicid<strong>a<strong>de</strong></strong> pra voce<br />

eu num vo nao<br />

vai que eu vo com voce<br />

eu num vo nao<br />

eu num posso i <strong>de</strong> carro nao e quando chega nesse pe <strong>de</strong> jua ... que 0<br />

senho disse 0 pr<strong>em</strong>ero pe <strong>de</strong> jua que encontra eu <strong>sa</strong>lta e olha nao?<br />

nao s6 se fe <strong>de</strong> peis daqui a: TE <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong><br />

eu num vo nao


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

M17<br />

Tutu<br />

M17<br />

Tutu<br />

M17<br />

Tutu se tu visse oi... QUAje morri<br />

<strong>de</strong> que?<br />

uma aima minha fia ... me apareceu pedino:/ com uma presepada MAl<br />

feia do mundo ... pedino peu reza tres tel


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Moradores<br />

Padre<br />

Pai da Noiva<br />

Pai da Noiva<br />

Padre<br />

on<strong>de</strong> mora Jandira?<br />

mora la <strong>em</strong>baxo<br />

aon<strong>de</strong> e?<br />

«resposta na voz da narradora»<br />

ali mora muita gente?<br />

mora<br />

tudo e moreninho ou tudo e branco?<br />

tudo moreno<br />

esses moreno ja esses moreno ja casou algum com branca?<br />

casou casou uma fia minha por cau<strong>sa</strong> que ela num toma meus conselho<br />

tern vergonha ... porque negro num po<strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> com branco<br />

*casou porque num toma meus conselhos se ela tivesse vergonha ... nao tina<br />

ca<strong>sa</strong>do com negro ... num ta veno que eu num gostei*<br />

olha ... eu tenho urn irmao que e ca<strong>sa</strong>do com uma negrinha do cabelim<br />

enrolado ...cO num: co num num num tern es<strong>sa</strong>s historia <strong>de</strong> co<br />

*TEM puque panela procura seus texto*<br />

eu s6 0 padre<br />

eu s6 0 p<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> intabaiana vim olM a igreja ... <strong>sa</strong>be qu<strong>em</strong> e 0 padroeiro?<br />

n<strong>em</strong><br />

(68)<br />

29. M04<br />

30.<br />

31.<br />

32. H14<br />

33. M02<br />

34. M04<br />

35. M02<br />

36. M04<br />

37. M02<br />

eu vo te conta-te e toil arente <strong>de</strong>u a maio sorte do mundo aquele menino<br />

'" aquele<br />

aquele menino num te indoidado duma vei aqui ... visse? puque urn homao daquele:<br />

mim aye maria meu Je[sui «tala exclamando»<br />

[ urn rapai daquele ( )<br />

eu num tinha muito me:do ... pucaso que 0 pai <strong>de</strong>le tava com ele [ ... mai tinha noite que<br />

[era<br />

mermo<br />

eu dizia assim ... "es<strong>sa</strong> praga <strong>de</strong>sse taman hi ... bati nas porta quebra tudo [ ... «risos»<br />

[e mermo e<br />

mermo pronto ... aye maria ... pa gente maTA ou senao da uma pancada pra ele cal ...<br />

pra


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

38.<br />

39.<br />

40.<br />

41.<br />

42.<br />

43.<br />

44.<br />

45.<br />

46.<br />

47.<br />

48.<br />

49.<br />

50.<br />

51.<br />

52.<br />

53.<br />

M04<br />

M021<br />

M02<br />

M04<br />

M02<br />

M04<br />

P02<br />

P02<br />

M02<br />

M04<br />

M02<br />

M04<br />

o pai num vai gost{l"<br />

num [ vai 90st8<br />

[ nao<br />

ar ficava s6 - pergunta:nu e ele conver<strong>sa</strong>va as bestera * e: a minha mae num <strong>sa</strong>be Ie<br />

NAO ... enten<strong>de</strong>ul mai ela e pufessora ... [tf! pe<strong>sa</strong>no 0 QUE? * '" mai doido mai doido<br />

[ TA «sorrir))<br />

s6 [ conver<strong>sa</strong> arisia «risos)) * e: minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NADA mai pufessora ela e *<br />

[nunca vi «risos))<br />

num sei ( )<br />

tf! .., num <strong>sa</strong>be Ie mais e professora?<br />

ar 0 pai <strong>de</strong>le *"<strong>de</strong>:xa di:sso Ramundin: <strong>de</strong>xa 0 povo durmi"* ...*"V8 <strong>em</strong>bora velho besta<br />

... boca <strong>de</strong> acor<strong>de</strong>a"* «risos)) ai eu incuidinha no meu quarto com a porta fechada ... e<br />

ele discutia mai 0 pai discutia '" garrava no sono [ e t8 uma pessoa s<strong>em</strong> <strong>sa</strong>be Ie e<br />

[ garrava no sono<br />

pufessora? nunca ouvi dize uma coi<strong>sa</strong> <strong>de</strong>s<strong>sa</strong> «risos)) coita:do ... num vai <strong>sa</strong>r TAO cedo<br />

num vai mermo nao ... num vai nao<br />

A sequencia dial6gica referida acima e:<br />

D<br />

I<br />

it<br />

L<br />

o<br />

Ei<br />

o<br />

Pai do menino<br />

Menino<br />

doente<br />

*e: a minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NAo ... enten<strong>de</strong>u?<br />

Mai ela e pufessora ... t8 pen<strong>sa</strong>no 0 QUE?*<br />

*e: minha mae num <strong>sa</strong>be Ie NADA mai pufessora ela e*<br />

*<strong>de</strong>:xa di:sso Ramundin:<br />

<strong>de</strong>xa 0 povo durmi*<br />

*V8 <strong>em</strong>bora velho besta ... boca <strong>de</strong> acor<strong>de</strong>a*


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

"es<strong>sa</strong> praga <strong>de</strong>sse tamanhi<br />

mermo pronto ... ave maria<br />

da uma pancada pra ele car<br />

bati nas porta quebra tudo ... «risos))<br />

pa gente maTA ou senao<br />

0 pai num vai gosta"<br />

(69)<br />

512. P01<br />

513. H03<br />

como e que 0 senha contou ai?<br />

a: a: a minha tia [ ... ] uma tia minha [ ... ] morreu <strong>de</strong>nto da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong>l a ... sozinha sortera<br />

514. P01<br />

[sim]<br />

[sim]<br />

515. H03<br />

mindingada <strong>de</strong>nto s<strong>em</strong> ningu<strong>em</strong> que quii trata <strong>de</strong>la ... puque ningu<strong>em</strong> queria i subi esse<br />

516.<br />

morro « aponta <strong>em</strong> direl;aO a uma serra)) [pa ita<br />

... toda hora<br />

517. M06<br />

518. H03<br />

[mai e<br />

Ifl com ela [ ... e ela doente <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> '" eu fui busca truce na na<br />

519. M06<br />

mermo<br />

[mai era mermo<br />

520. H03<br />

521. M06<br />

preguil;o<strong>sa</strong> [ ... butei la <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> ... fii urn / butei numa cama ... butei ela ...<br />

[era isso<br />

522. H03<br />

<strong>de</strong>i um purgante e ela todo dia "*va mimbora<br />

... va <strong>sa</strong>i daqui*" ... « fala movimentando<br />

523.<br />

524.<br />

os bral;os para os lados )) «P01 e M06 comel;am a rir)) "*isso e urn inferno ... eu num<br />

seio que ... eu va mimbora*" "Mari:inha voce ta ai calma quetinha tenha paciencia num<br />

525.<br />

farta comida num farta r<strong>em</strong>edio<br />

... num farta nada puque EU pel;o ate 0 povo mai a


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

526.<br />

527.<br />

528.<br />

529.<br />

530.<br />

531.<br />

532.<br />

533.<br />

534<br />

535.<br />

536.<br />

537.<br />

538.<br />

539.<br />

540.<br />

541.<br />

542.<br />

543.<br />

544.<br />

545.<br />

546.<br />

547.<br />

548.<br />

549.<br />

550.<br />

551.<br />

552.<br />

553.<br />

554.<br />

555.<br />

556.<br />

557.<br />

558.<br />

559.<br />

560.<br />

561.<br />

M06<br />

H03<br />

P01<br />

H03<br />

H09<br />

P01<br />

H03<br />

M06<br />

H03<br />

H09<br />

H03<br />

M06<br />

H03<br />

P02<br />

H03<br />

P01<br />

H03<br />

H09<br />

H03<br />

P01<br />

senhora<br />

num pas<strong>sa</strong> fome" ... "*NAO ... eu tano na minha ca<strong>sa</strong> to mi6 ...[e um alivo e um<br />

alivo*" «H09 sorrir»<br />

LagoaGran<strong>de</strong><br />

puque num encontrei<br />

[e num e mermo?<br />

e la vai naquela agonia e vei ate que ela pioro ... eu tui leva pa<br />

." levei daqui pa Lagoa Gran<strong>de</strong> nas costa ... viu? butano abaxo aqui acola<br />

um carro [ ... pa leva<br />

[vige maria « <strong>de</strong>monstra espanto» pa Lagoa Gran<strong>de</strong>?<br />

pa Lagoa Gran<strong>de</strong> levei nas costa ... pal cheguei ali in in in in Ze Fegueredo<br />

." esperei<br />

um carro <strong>de</strong> BEM cedo ate quatro hora da tar<strong>de</strong> ... num passo urn pa entra pa Lagoa<br />

Gran<strong>de</strong><br />

af jogo nas costa<br />

isso foi quando? faz t<strong>em</strong>po?<br />

tai t<strong>em</strong>po<br />

tai munto zano<br />

fai munto zano<br />

naquele t<strong>em</strong>po ele era novo<br />

ai eu peguei ela e joguei nas costa joguei nas costa e meti 0 pe '" quando cheguei la<br />

num luga que a gente chama Sarto eu butei abaxo ... <strong>de</strong>scansei 0 corpo ... pA<br />

«movimenta os brayos <strong>de</strong>monstrando como segurou a mulher e a jogou para tras »<br />

joguei<br />

nas costa <strong>de</strong> novo ... e ela s6 "*ai ai*" gritano gritano<br />

gritano [ num aperrei ( ) e eu toquei com ela aqui <strong>de</strong> mundo atora ...<br />

[mai e mermo 0 que ele ta dizeno e certo mermo<br />

quando toi negoyo <strong>de</strong> sete hora da noite eu cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong> na porta da rua '"<br />

morava: Mane: ... Mane Foiyada ... a ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Maria Foiyada morava ate na ponta da<br />

rua ... butei na na abaxo na porta <strong>de</strong>le ... mai eu mai morto do que vivo ... «P01 sorrir»<br />

mai MOR:to<br />

e ia com ela nas costas?<br />

com ela nas costa <strong>de</strong> Ze fe! dai <strong>de</strong> Ze Fegueredo<br />

e como e que 0 senho carregava<br />

ela nas costa? como?<br />

ate <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> Lagoa Gran<strong>de</strong><br />

ora eu butava ela [ '" atrepada ... ora butava ela «P01 comeya a rir» amuntada ... e ora<br />

[atrepa! «comeya<br />

a rir»<br />

quano num podia pegava pelo mei e <strong>sa</strong>ia ... com ela garrada<br />

tinha mais ou menos?<br />

ela ja tinha uma base duns: cinquenta<br />

pelo mei [ ... mai era<br />

[quantos<br />

anos ela<br />

e sessenta ana ... mai era ... era uma mule era<br />

MOya ... ela era nova puque era uma mOya [ ... ] mais era <strong>de</strong> BEM id<strong>a<strong>de</strong></strong> ." levei ela pa<br />

[hum]


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

562. H03<br />

563.<br />

564.<br />

565. P01<br />

566.<br />

567. P02<br />

568. H03<br />

569.<br />

570.<br />

571. P01<br />

572. H03<br />

573.<br />

574. H09<br />

575. H03<br />

576'.<br />

577.<br />

578.<br />

579.<br />

580.<br />

581.<br />

582<br />

583.<br />

584.<br />

585.<br />

586.<br />

587.<br />

588.<br />

589.<br />

590.<br />

591.<br />

592.<br />

593.<br />

594. M06<br />

595. H03<br />

596.<br />

597.<br />

Lagoa Gran<strong>de</strong> .., cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong> fui pu SESSU «FSESP -hospital da cid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

<strong>de</strong> Alagoa Gran<strong>de</strong>» ... mal butei ela internei ... <strong>de</strong>xei ela la internada e fiquei dano viage<br />

pra la e pra ca [ <strong>de</strong> pei<br />

leu pensei que 0 senhO tinha se internado <strong>de</strong> can<strong>sa</strong>c;o [ tamb<strong>em</strong> «fala<br />

[eu tamb<strong>em</strong><br />

NAO ... mai dava pa se interna ... «todos sorri<strong>em</strong>» puque dojeito que eu cheguei la ...<br />

podia interna que eu tava quaji pi6 do que ela ... ta:va ... tava <strong>de</strong> machucado e: pi<strong>sa</strong>do<br />

e: acabado ... [<strong>de</strong>xei la ... e fiquei dano viage e me intritia 18 e tal e ela s<strong>em</strong>pre foi<br />

[bota isso ali «diz para P02 entregando-Ihe uma fita cassete»<br />

miorano foi miorano ... <strong>a<strong>de</strong></strong>poi teve um medico la Seu Afredu ... num sei se Antoin<br />

conheceu?«fala olhando para H09»<br />

e: doto Afredu<br />

doto Afredu disse "a veinha ta munto miorada e eu va fica com ela ... ela vai mora<br />

maizeu" ... e ah: num fale isso pro medico que ela <strong>de</strong>u braba e: <strong>de</strong>u braba "*eu vo <strong>sa</strong><br />

cunzinhera <strong>de</strong> sua ca<strong>sa</strong> ... DEur: me <strong>de</strong>fenda nunca fui ... cunzinhera da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong><br />

ningu<strong>em</strong> ... NUNCA*" ... e haja e haja s6 sei que 0 medico ... "nao ningu<strong>em</strong> vai faze<br />

nada com ela nao ... n<strong>em</strong> pertuba veiinha <strong>de</strong>xa ela i <strong>em</strong>bora" ... eu fui busca truce ... pa<br />

ca<strong>sa</strong> ... quano chego <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> "0 medico disse voce num trabaii mai n<strong>em</strong> nada que es<strong>sa</strong><br />

sua todinha foi ... foi voce trabaia e drumi com ropa mioada" 56 tinha uma ropa s6<br />

coitada '" eu acho ... e: drumia ca ropa moiada ... "voce num vai trabaia mai" ...<br />

chegola <strong>em</strong> ca<strong>sa</strong> eu digo "CE tam <strong>em</strong> num vai pra ca<strong>sa</strong> mai nao" ... "*vo mimbora ...<br />

eu to andano eu va pa ca<strong>sa</strong>*" eu digo "Mar:inha voce num vi trabaia mai" ...<br />

"*vo ... va trabaia vo trabaia ... viva comeno nas custa duzoto ... s6 come quano os zoto<br />

da ... e: <strong>de</strong>sse feito eu num vivo ... eu va e trabaia*" ... ai foi simbora pa casinha <strong>de</strong>la ...<br />

chegola buto pa trabaia ... ai eu ia la leva a boi:nha <strong>de</strong>l a ... Mari:nha num trabrai '" a<br />

senhora ta mi6 ta quaji boa num trabai" ... "*NAO ... eu trabaio voce que que eu va<br />

busca na sua ca<strong>sa</strong> todo dia ne? va busca como voce ta quereno eu nunca comi <strong>de</strong><br />

irmola ... no t<strong>em</strong>po do meu pai eu nunca comi <strong>de</strong> irmola*" "Mari:nha num diga isso voce<br />

num ta comeno <strong>de</strong> irmola ... eu talhe dano pruque voce e minha tia ... foi qu<strong>em</strong> me cri6<br />

... e eu t6 Ihe dano ... mai isso num e irmola nao" ... pass6-se pas<strong>sa</strong>-se trabaia ... quano<br />

<strong>de</strong>u no mei <strong>de</strong>l ela [trabai6 ... no comec;o do ana '" qua no come90 a chega fejao<br />

[mei <strong>de</strong> mal90<br />

jerimum mii tudo ja tinha maduro ...rnai ela fei urna base assim dum: duma met<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

cinquenta <strong>de</strong> terreno perto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> ... Antoin '" rnai parece que <strong>de</strong>u pu <strong>de</strong>spedida ... 0<br />

fejao toma urn carrgeo ." fico urn cot6 .., 0 rnii jerirnurn [e el rnai ela num comeu urn


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

598. M06<br />

599. H03 cozinhado [ ... a doenGa arrepetiu morreu<br />

Cenario 1:<br />

A~oes 1:<br />

ca<strong>sa</strong> do sobrinho<br />

enumera


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

C<strong>em</strong>irio 2:<br />

viag<strong>em</strong> ao hospital<br />

A~oes 2: enumerac;ao das ac;oes dos personagens<br />

levei daqui pa Lagoa Gran<strong>de</strong> nas costa<br />

butano abaxo aqui acola puque num encontrei urn carro ... pa leva<br />

cheguei ali in in ini inZe Fegueredo<br />

esperei urn carro <strong>de</strong> BEM cedo ate quatro hora da tar<strong>de</strong><br />

ai eu peguei ela<br />

joguei nas costa<br />

e meti 0 pe<br />

quando cheguei num luga que a gente chama Sorto ... eu butei abaxo ...<br />

<strong>de</strong>scansei 0 corpo<br />

pA «movimenta os bracos <strong>de</strong>monstrando como segurou a mulher e a jogou para tras »<br />

joguei nas costa <strong>de</strong> novo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

Cena 2:<br />

D<br />

I<br />

A<br />

L<br />

o<br />

G<br />

o<br />

Medico<br />

Tia/Paciente<br />

Medico<br />

Medico<br />

e ela 56 ... (...) gritano gritano gritano<br />

quando foi negoyo <strong>de</strong> sete hora eu cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong><br />

butei abaxo na porta <strong>de</strong>le (Mane Foiyada))<br />

cheguei in Lagoa Gran<strong>de</strong><br />

fui pu SESSu (FSESP - hospital da cid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Alagoa Gran<strong>de</strong>))<br />

butei ela internei<br />

fiquei dano viag<strong>em</strong> pra la e pra ca <strong>de</strong> pei<br />

ela s<strong>em</strong>pre foi miorano foi miorano<br />

a veinha ta munto miorada e eu va fica com ela ... ela vai mora<br />

maizeu<br />

*eu va 58 cunzinhera <strong>de</strong> sua ca<strong>sa</strong> ... DEur: me <strong>de</strong>fenda nunca fui ... cunzinhera<br />

da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> ningu<strong>em</strong> ... NUNCA *<br />

nao ningu<strong>em</strong> vai faze nada com ela nao ... n<strong>em</strong> pertuba veiinha<br />

<strong>de</strong>xa<br />

ela i <strong>em</strong>bora<br />

voce num trabaii mai n<strong>em</strong> nada que es<strong>sa</strong> doenya sua todinha<br />

foi ... foi voce trabaia e drumi com r6pa mioada voce num vai trabaia mai ...


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

A~oes 3:<br />

Cena 3:<br />

D<br />

I<br />

A<br />

L<br />

o<br />

Ei<br />

o<br />

Sobrinho<br />

Tia<br />

Sobrinho<br />

Tia<br />

enumera


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

(70)<br />

262. M3<br />

263.<br />

264. P02<br />

265. M3<br />

266. P02<br />

267. M3<br />

268. P02<br />

269. M3<br />

270.<br />

271.<br />

272.<br />

avo Avo puque foi 0 0: 0: pai do meu pai '" quele morava ali: finado Mane Palu ...<br />

ali <strong>de</strong> poi da ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> Jandira [ ... ] ali .., puli tudo era mato ... tudo era mato e eu sei<br />

[hum]<br />

que no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>: canl a senhora ouviu fala num tal <strong>de</strong> Queba-quili?<br />

nao nao<br />

nunca viu fala? nunca viu fala nao? [dixe: que esse po:vo era tudo escondido ... 0<br />

[ 0 que foi isso ?<br />

meu avo falava: 0: senao a poli9a v<strong>em</strong> atrai pa leva '" pa bota num sei padon<strong>de</strong> ...<br />

af 0 meu avo « na rea<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong> e bi<strong>sa</strong>vo. E comum os informantes trocar<strong>em</strong> os<br />

substantivos que <strong>de</strong>sign am 0 grau <strong>de</strong> parentesco » ( ) era munto <strong>sa</strong>bido munto<br />

<strong>sa</strong>bido ... ( ) 0 povl a: a poliga « baixa a voz e fala batendo as maos<br />

273.<br />

compas<strong>sa</strong>damente»<br />

atrai ... atrai <strong>de</strong>le atrai <strong>de</strong>le ... quano foi urn dia ... entraru<br />

274.<br />

275. P02<br />

aqui na BOca da noite af minha v6 « ou seja, bi<strong>sa</strong>v6» chamava Fulau Fulozina [ ... ]<br />

[uhum]<br />

276. M3<br />

minha bi<strong>sa</strong>v6 « baixa a voz»<br />

"Mane ... ali v<strong>em</strong> uns trupe" '" dixe que af: quano a<br />

277.<br />

poliga CHEgo na pota ... ele viro-se num gato ... <strong>sa</strong>rto pu riba da janela [ ... ai:<br />

278. P02<br />

279. M3<br />

«sorrindo<br />

[ ahm<br />

» que <strong>sa</strong>bia <strong>de</strong> oragao ... ai 0 a 0 sodado dixe "ta ... aqui passo uma gato<br />

280.<br />

281. P02<br />

282. M3<br />

283.<br />

preto" ... e era ele [ '" e ele correu puli puli pudon<strong>de</strong> era a barrage on<strong>de</strong> fizeru<br />

[ aham « exclama »<br />

aquela aquela barrage « refere-se a primeira barrag<strong>em</strong> construida na comunid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

no final <strong>de</strong> 89» ele escon<strong>de</strong>u-se ... passo dois dia escondido naquela grota ... e a<br />

284.<br />

285. P02<br />

poliga pu todo CAN:to pa la e [ pa ca ... ai ele dixe "<strong>sa</strong>be Fulozina<br />

[ atras <strong>de</strong>le?<br />

... eu VQ faze urn:<br />

286. M3<br />

negogo ... <strong>de</strong>nto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> .. af na <strong>sa</strong>la da janta"<br />

... ele passo a noil 0 resto da noite<br />

287.<br />

288. P02<br />

289. P02<br />

todinha<br />

ja<br />

cavano aquele fojo quin<strong>em</strong> tatu [ ... ] a senhora ja viu tatu?<br />

[ahm]<br />

290. M3<br />

apoi b<strong>em</strong> ... eu sei que ele fei aquele fojo pu <strong>de</strong>baxo do chao « comega a <strong>de</strong>screver<br />

a<br />

291.<br />

292.<br />

dimen<strong>sa</strong>o do buraco» que ia como daqui: pas<strong>sa</strong>va ia pu la pu cima ... fei aquele ... urn<br />

buraco b<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> ... acaba fei aquele fojo pulo chao que <strong>de</strong>sse pele pas<strong>sa</strong> ... viu ? que


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

293.<br />

294.<br />

295. P02<br />

296. M3<br />

<strong>de</strong>sse pa ele pas<strong>sa</strong> ... ele pas<strong>sa</strong>va in: inriba fei um: tapa tudirn ... s6 fico aquele<br />

buraquim da pota da camarinha pu povo num ve [ ... ] ai ali<br />

[hum]<br />

ele entrava ali pu <strong>de</strong>nto ali ali cornia '" bebia ... drurnia sern ningu<strong>em</strong> NUNca pegaru ele


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

a for~ac;ao mental <strong>de</strong> diver<strong>sa</strong>s imagens. Por<strong>em</strong> uma das ac;6es do sobrinho fez com<br />

511. P01<br />

512. H03<br />

513. HOg<br />

514. H03<br />

515. P01<br />

516.<br />

517. H03<br />

518.<br />

519. P01<br />

e como e que a senh6 carregava ela nas costa? como?<br />

ora eu butava ela [ ... atrepada ... ora butava ela «P01 carneys a rir» amuntada ... e ora<br />

[atrepa! «comeya a rir»<br />

quano num podia pegava pelo mei e <strong>sa</strong>ra ... com ela garrada pelo mei [ ... mai era<br />

[quantos anos ela<br />

tinha mais au menos?<br />

ela ja tinha uma base duns: cinquenta e sessenta ana ... mai era ... era uma mule era<br />

MOya ... ela era nova puque era uma moya [ ... ] mais era <strong>de</strong> BEM id<strong>a<strong>de</strong></strong> ... levei ela pa<br />

[hum]


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

eu vi ... aquilo faze assim «movimenta os bra~os pas<strong>sa</strong>ndo urn pelo outro a sua frente» no s6<br />

e aquilo ligero assim turn turn turn ... e eu espiei<br />

a lua era nova ... queria pas<strong>sa</strong> pra cima viu?<br />

agora a lua bigano com 0 56 viu? a lua bigano com 0 56<br />

e ela bigano ... ela bigano<br />

a lua foi puriba do 56<br />

e 0 56 foi pubaxo<br />

e a lua foi pucima<br />

a lua e fria e 0 56 e quente<br />

ela tra~o pucima ... pago a lui do s6<br />

af foi que escureceu<br />

passo b<strong>em</strong> u-ma ho-ra ou maL ..<br />

vai aquilo abino «baixa a voz e diminui a velocid<strong>a<strong>de</strong></strong>» abino abino abino abino<br />

abino a banda do 56... do 56 ... a lua passe e 0 56 fico


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas<br />

"os pinto correro tudim com medon<br />

"a galinha subiu pu pulero"<br />

"0 galo bateu a<strong>sa</strong> «bate com as maos»"<br />

"subiu pu pulero"<br />

"cantO"<br />

"mai foi tanta gente a corre nesse mundo <strong>de</strong> Deus"<br />

"eu atai ... eu mae Joaquim"<br />

"e: e: correu tudim pa ca<strong>sa</strong> <strong>de</strong> seu Norato"<br />

"mai correu gente<br />

"eu tava cuidano do aimoc;o"<br />

"eu meiei aqui assim «<strong>de</strong>marca na bacia 0 n[vel da agua colocada na epoca»<br />

"eu butei agua"<br />

"e: entiei no rosto"<br />

"e eu <strong>de</strong> coca espiano assim"


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Capitulo IV: Imagens e Narrativas


Consi<strong>de</strong>racoes Finais<br />

Vou parafrasear Ochs mais uma vez: imagin<strong>em</strong>os 0 mundo s<strong>em</strong> imagens, imagin<strong>em</strong>os<br />

o indivlduo s<strong>em</strong> a capacid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> perceber e construir imagens. Imposslvel! Como<br />

pu<strong>de</strong>mos observar nos ex<strong>em</strong>plos aqui anali<strong>sa</strong>dos e como assegura Palmer (1996: 292-<br />

293), "humanos <strong>em</strong> qualquer lugar t<strong>em</strong> a capacid<strong>a<strong>de</strong></strong> para imag<strong>em</strong> (...). Todos os<br />

humanos esqu<strong>em</strong>atizam suas experiencias e organizam seus esqu<strong>em</strong>as <strong>em</strong> categorias<br />

complexas, c<strong>a<strong>de</strong></strong>ias e hierarquias. Humanos <strong>em</strong> qualquer lugar modulam suas<br />

experiencias <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e esqu<strong>em</strong>as existentes". Ao <strong>de</strong>screver uma<br />

experiencia nova, ou seja, um significado ernergente, os inforrnantes procuraram<br />

envolver as experiencias anteriores, ou seja, urn significado situado, como se verificou<br />

<strong>em</strong> (70), <strong>em</strong> que a escavagao do hom<strong>em</strong> e comparada com a do tatu, ou ainda <strong>em</strong> (66)<br />

on<strong>de</strong> ha uma associay80 entre 0 som realizado pelas alrnas com 0 sorn produzido por<br />

cavalos <strong>em</strong> disparada<br />

que freiam <strong>de</strong> imediato.<br />

Cotidianamente<br />

viv<strong>em</strong>os situayoes <strong>em</strong> que uma imag<strong>em</strong> provoca urn sorriso, urn alento,<br />

uma ernOy80, uma aprendizag<strong>em</strong>. As linguagens envolvidas no proces<strong>sa</strong>mento <strong>de</strong><br />

imagens resultam da ativay80 conjunta dos prindpios geradores <strong>de</strong> imagens, dos


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />

637. P01<br />

638. H05<br />

639.<br />

entao eu posso dize que a linha e esse caminho?<br />

fica meu pa ca ainda<br />

[nao?<br />

[e pol NAo assim oxente<br />

640. P01<br />

641. H05<br />

642. P01<br />

643. H05<br />

ah: assim eu to dando sua terra pros outros ((sorrir))<br />

e ... e ((sorrir))<br />

entao v<strong>em</strong> por on<strong>de</strong>? aqui por esse baxio e?<br />

voces quer<strong>em</strong> i 18<strong>em</strong>: Maria agora que?


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>ra90es Finais


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>ra90es Finais<br />

interac;ao este compartilhamento surg<strong>em</strong> as ac;oes metadiscursivas. As vezes, 0 proprio


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />

necessita construir esta imag<strong>em</strong>. As vezes, 0 falante t<strong>em</strong> a imag<strong>em</strong> do que esta sendo


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>ra90es Finais<br />

596 H03 cinquenta <strong>de</strong> terreno perto <strong>de</strong> ca<strong>sa</strong> ... Antoin '" mai parece que <strong>de</strong>u pu <strong>de</strong>spedida '" 0<br />

597. fejao tomo urn carrego '" fico urn coto ... 0 mii jerimum [e el mai ela num comeu urn<br />

598. M06 [era mermo<br />

599. H03 cozinhado [ ... a doen9a arrepetiu morreu<br />

600. M06 [nao foi<br />

601. P01 ficou ... 0 fejao ficou como seu:?<br />

602. H03 fico tudim ... ficOtudim ... 0 povo ... azirma e e e os neto foi foi qu<strong>em</strong> invadiru ...<br />

603 invadiru tudo '" eu sei que eu fui qu<strong>em</strong> fii 0 interro <strong>de</strong>la ... quano eu vortei do interro


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />

604 num tinha mar nada ... «H9 sorrir» num tinha mar nada tava tudo rapado<br />

Parece-me que "coto" e uma qualificayao dada ao feijao, <strong>em</strong> reforyo a qualificayao<br />

586. H03 a senhora acha que urn dia <strong>de</strong> sevico pu quinhenlos rei <strong>de</strong>z loin naquela<br />

587. epoca ...dava pa ningu<strong>em</strong> compra nada ?<br />

588. P01 <strong>sa</strong>be que eu n<strong>em</strong> sei...porque eu nao sei quanta e quinhentos reis...n<strong>em</strong> <strong>de</strong>z<br />

589. toin «risos»<br />

590. H03 pois e ... conhece nao ... foi do seu t<strong>em</strong>po nao<br />

591. M03 vint<strong>em</strong>? voce alcanyou vint<strong>em</strong>?<br />

592. P01 nao<br />

593. H03 pois e


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais<br />

328. M02 [e<br />

329. sorrino e gritano (( M21 comega a sorrir)) e /impano a faca na m~o ... e ela PRA ..,<br />

330. ((posiciona as duas m~os <strong>em</strong> frente ao rasto, formando um retangulo com os <strong>de</strong>dos<br />

331. po/egares e indicadores, imitando uma maquina fotografica.)) «todos ri<strong>em</strong>»


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rayoes Finais


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Consi<strong>de</strong>rac;6es Finais


ABAURRE, M. B. & POSSENTI, S. 1993. Lingua Portugue<strong>sa</strong>: Vestibular da<br />

UNICAMP. Campinas, Globo.<br />

ADAM, J. M. 1987. Approche linguistique <strong>de</strong> la sequence <strong>de</strong>scriptive. Pratiques<br />

55:3-26.<br />

ADAM, J. M. 1990. El<strong>em</strong>ents <strong>de</strong> Iinguistique textuelle: theorie et pratique <strong>de</strong><br />

I'analyse textuelle. Liege, Mardaga.<br />

ADAM, J. M. 1993. Les Textes: types et prototypes. Recit, <strong>de</strong>scription,<br />

argumentation et dialogue. Paris, Nathan.<br />

ADAM, J. M. & PETITJEAN 1982a. Introduction au type <strong>de</strong>scriptif. Pratiques 34:77-92.<br />

ADAM, J. M. & PETITJEAN, 1982b. Les enjeux textuels <strong>de</strong> la <strong>de</strong>scription.<br />

Pratiques 34:93-117.<br />

ALMEIDA, A. 1988. Terras <strong>de</strong> Preto, Terras <strong>de</strong> Santo, Terra <strong>de</strong> indio: posse comunal e<br />

conflito. Humanid<strong>a<strong>de</strong></strong>s 15:42-48.<br />

ALVES, I. M. 1993.0 Lexico na LIngua Falada. In A. CASTILHO (org.) Gramatica do<br />

Portugues Falado. Vo1.3. Campinas, Editora da UNICAMP, pp. 157-167.<br />

ALVES, I. M. 1997. Marcas do discurso <strong>de</strong> divulgaC;aona Iinguag<strong>em</strong> falada culta. In: D.<br />

PRETI (org.) 0 discurso oral culto. Sao Paulo, FFLCH/USP, pp.125-134.<br />

ANDRADE, M. 1963. M<strong>em</strong>oria e assombraC;ao.In: M. ANDRADE. Os filhos da Candinha.<br />

Sao Paulo, Martins Fontes.<br />

BAGNo, M. 1997. A lingua <strong>de</strong> Eulalia: novela sociolingiiistica. Sao Paulo, Contexto.<br />

BARTH, F. (org.) 1969. Etnic Groups and Boudaries: the social organition of culture<br />

difference. Dergen-olso, University Fortaget.<br />

BATESON, G. [1997] 1954. Uma teoria sobre brinc<strong>a<strong>de</strong></strong>ira e fantasia. C<strong>a<strong>de</strong></strong>rnos do IPUB,<br />

5:25-37.<br />

BEZERRA, M. A. 1990. Tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finic;ao<strong>de</strong> palavras <strong>em</strong> palavras cruzadas <strong>de</strong> nfvel<br />

"Facil" e "Diffcil". Alfa 34:101-113.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Referencias Bibliograficas<br />

BOHM, D. 1996. On Dialogue. london, Routledge.<br />

BORBA, F. S. 1990. Dicionario Gramatical <strong>de</strong> verbos do Portugues<br />

Cont<strong>em</strong>poraneo do Brasil. Sao Paulo, Editora da UNESP.<br />

BORlllO, A. 1985. Discours ou Metadiscours? DRLAV 32:21-32.<br />

BRAIT, B. 1995. 0 processo interacional. In: D. PRETlln:(org.) Analise <strong>de</strong> Textos<br />

<strong>Ora</strong>is. Sao Paulo, FFlCH/USP. pp.189-214.<br />

BRAIT, B. 1997. Imagens da norma culta, interagao e constituigaodo texto oral. In: D.<br />

PRETI (org.) 0 discurso oral culto. Sao Paulo, FFlCH/USP, pp. 45-62.<br />

BUBLlTZ,W.1988. Supportive fellow-speakers and cooperative conver<strong>sa</strong>tional<br />

discourse topics and topical actions, participant roles and "recepient<br />

action"in a particular type of everdayconver<strong>sa</strong>tion. Amesterdam, John<br />

Benjamin.<br />

CHAFE. W. 1985. Linguistic differences produced by differences between speaking and<br />

writing. IN: D. OLSON, NTORRANCE e A. HllDYARD (org.). Literacy<br />

language and learning: The nature and consequences of reading and<br />

writing. Cambridge, Cambridge University Press, pp.05-123.<br />

DIONISIO, A. 1992. A interagao <strong>em</strong> narrativas orais. Recife, UFPE, dissertagao <strong>de</strong><br />

mestrado.<br />

DIONISIO, A. 1996a. A construgao das <strong>de</strong>finigoes na conver<strong>sa</strong>. Anais do IV<br />

Congresso Brasileiro <strong>de</strong> LingUistica Aplicada, Campinas, UNICAMP. pp. 140-<br />

148.<br />

DIONISIO, A. & HOFFNAGEl, J. 1996b. Recursos paraiinguisticos e supra-segmentais<br />

nas narrativas conver<strong>sa</strong>cionais. In Maria Izabel Magalhaes, org. As multiplas<br />

faces da linguag<strong>em</strong>. Brasflia, Editora da UNB, pp. 503-514.<br />

FENTRESS, J. & WICKHAM, C. 1992. Social M<strong>em</strong>ory. Blackwell Publishers, Oxford.<br />

FERREIRA, A. 1975. Novo Dicionario da Lingua Portugue<strong>sa</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Nova<br />

Fronteira.<br />

FONSECA. J. 1994. Pragmatica LingUistica: Introdu~ao, Teoria e Descri~ao do


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Refer<strong>em</strong>ciasBibliograficas<br />

Portugues.<br />

Porto, Porto Editora.<br />

GALEMBECK, P. et alii. 1990.0 turno conver<strong>sa</strong>cional. In D. PRETI e H. URBANO.<br />

A linguag<strong>em</strong> falada culta na cid<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Sao Paulo. V.IV., Sao Paulo,<br />

T. A. QueiroziFASESP, pp. 59-98.<br />

GARCIA, O. M. [1995] 1967. Comunica~ao <strong>em</strong> pro<strong>sa</strong> mo<strong>de</strong>rna. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Funda980 GeWlio Vargas.<br />

GERALDI.J. W. 1993. Portos <strong>de</strong> Pas<strong>sa</strong>g<strong>em</strong>. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />

GOFFMAN, E. 1983. Forms of Talk. Phil<strong>a<strong>de</strong></strong>lphia, University of Pennsylvania Press.<br />

GOFFMAN, E. 1985. A representa~ao do EU na vida cotidiana. Petr6polis, Vozes.<br />

GOFFMAN, E. 1988. Estigma: Notas sobre a Manipula~ao da I<strong>de</strong>ntid<strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Deteriorada.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Guanabara.<br />

GOUCH, E. & QUASTHOFF, U.1985. Narrative Analysis. In T. van DIJK (ed.)<br />

Handbook of Discourse Analysis. V.2. London, Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic Press, pp. 169-197.<br />

and interactive aspects. Poetics 15:217-241.<br />

GOUCH, E. & QUASTHOFF, U.1986. Story-telling in Conver<strong>sa</strong>tion: cognitive<br />

and interactive aspects. Poetics 15:217-241.<br />

GUMPERZ, J. 1982. Discourse Strategies. Cambridge, Cambridge University Press.<br />

HAMON, P. 1981. Introduction a analyse du <strong>de</strong>scriptif. Paris, Hachette.<br />

HEGENBERG, L. 1974. Defini~oes: termos te6ricos e significado. Sao Paulo, Cultrix.<br />

HOUTKOOP, H. & MAZELAND, H. 1986. Turns and Discourse units in everyday<br />

conver<strong>sa</strong>tion. Journal of Pragmatics 9:595-619.<br />

ISHIKAVA, M. 1991. Iconicity in discourse: The case of repetition. TEXT 11(4):553-580.<br />

JEFFERSON, G. 1978. Sequencial aspects of storytelling in conver<strong>sa</strong>tion.<br />

In J. Scheenkein (org.) Studies in the organization interaction. New York,<br />

Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic, pp. 219-248.<br />

JOLLES, A. 1976. Formas Simples. Sao Paulo, Cultrix.<br />

JUBRAN, C. C. A. S. 1996. Para uma <strong>de</strong>scri~ao textual-interativa das fun~oes das<br />

parentiza~ao. In: Mary Kato (org.) Gramatica do Portugues Falado, vol. V:


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Referencias Bibliograficas<br />

Converg<strong>em</strong>cias, pp. 339-354.<br />

KELLER, M. C. & KELLER, J. D. 1996. Imaging in iron, or thought is not inner speech.<br />

In: J. GUMPERZ<br />

& S. LEVINSON (orgs.) Rethinking linguistic relativity.<br />

Cambridge, Cambridge University Press, pp.115-129.<br />

KOCH, I. & FAvERO, L. 1987. Contribuigao a uma tipologia textual. <strong>Letras</strong> & <strong>Letras</strong>,<br />

3:3-10.<br />

KOCH, I. 1992. A inter-a~ao pela Iinguag<strong>em</strong>. Sao Paulo, Contexto.<br />

KOCH, I. 1996. Cognigao e Proces<strong>sa</strong>mento textual. Revista da ANPOLL, n° 02, 35-44.<br />

KOCH, I. 1997.0<br />

texto e a constru~ao dos sentidos. Sao Paulo, Contexto.<br />

LABOV. W. 1972. The transformation of experience in narrative syntaxe. In: W. LABOV<br />

(org.) Language in the inner city. Oxford, Basil Blackwell, pp. 354-396.<br />

LABOV. W. & WALETZKY, J. 1967. Narrative analyses: oral versions of personal<br />

experience. In: J. HELM (ed.). Es<strong>sa</strong>ys on the verbal and visual arts. Seattle,<br />

University of Washingtn Press, pp.12-44.<br />

LAKOFF, G. & JOHNSON, M. 1980. Metaphors we live by. Chicago, The University of<br />

Chicago Press.<br />

LEVISON, S. 1996. Relativity in spatial conception and <strong>de</strong>scription. In: J. J. Gumperz e<br />

S. C. LEVINSON (org.) Rethinking linguistic relativity. Cambridge, Cambridge<br />

University Press, pp. 177-202.<br />

MADEIRA, M. C. (1988). Avaliagao psico-social <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> difu<strong>sa</strong>o controlada <strong>de</strong><br />

novas tecnologias <strong>em</strong> pequenas propried<strong>a<strong>de</strong></strong>s rurais: representagoes <strong>de</strong><br />

peroprietarios, familiares e trabalhadores. UFPB/CNPq. mimeo.<br />

MARCUSCHI, L.1983. LingUistica <strong>de</strong> texto: 0 que e e como se faz. Recife, Editora<br />

da UFPE.<br />

MARCUSCHI,<br />

L.1986. Analise da Conver<strong>sa</strong>~ao. Sao Paulo, Atica.<br />

MARCUSCHI. L. A. 1993. Sist<strong>em</strong>a minimo <strong>de</strong> notagoes reelaborado para as<br />

transcrigoes do projeto sobre a hesitayao na lingua falada. Recife, mimeo.<br />

MARCUSCHI, L. 1997. Por uma proposta para a classificagao dos generos textuais.<br />

Recife, mimeo.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Refer€mciasBibliograficas<br />

MARCUSCHI, L. 1997. Cita


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Refer<strong>em</strong>ciasBibliograficas<br />

por universitarios. Recife, UFPE. Tese <strong>de</strong> doutorado.<br />

ROCHA, R. 1995. A enuncia~ao dos proverbios: <strong>de</strong>scri~oes <strong>em</strong> trances e portugues.<br />

Sao Paulo, ANNABLUME.<br />

SCHIEFFELlN, B. 1979. Getting it together: an etnographic approach to the study of<br />

the <strong>de</strong>velopment of communicative competence. In E. Ocks e B. Schieffelin<br />

(eds.) Developmental Pragmatics. New York, Ac<strong>a<strong>de</strong></strong>mic Press, pp. 73-108.<br />

SCHIFFRIN. D. 1984. How a story <strong>sa</strong>ys what it means and does. Text (4) 4:313-346.<br />

SCHIFFRIN, D. 1986. Discovering the context of an utterance. In N. Dittmar (ed.)<br />

Special issues of Linguistics. 25:<br />

SCHIFFRIN, D. 1987. Discourse Markers. Cambridge, Cambridge University Press.<br />

SCHIFFRIN, D. 1997. Interactional sociolinguistics. In S. L. McKaye N. H. Hornberger<br />

(eds.) Sociolinguistics and Language Teaching, Cambridge, Cambridge<br />

University Press, pp. 307-328.<br />

SEARLE, J. R. 1995 [1979]. Expres<strong>sa</strong>o e Significado. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />

SEARLE, J. R. 1995 [1983]. Intenciona<strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong>. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />

SIGNORINI, I. 1991. Explicar e mostrar como fazer X <strong>em</strong> situac;oes dial6gicas<br />

assimetricas. Trab. Ling. Aplic. (18) 127-155.<br />

SIGNORINI, I. 1994. Pedir informagoes/explicar: estrategias comunicativas <strong>em</strong><br />

interagoes assimetricas letrado/nao letrado, D.E.L.T.A. 10:29-46.<br />

SOARES, M. e CAMPOS, E. 1978. Tecnicas <strong>de</strong> reda~ao. Sao Paulo, Ao Livre<br />

Tecnico.<br />

STEINBERG, M. 1988. Os el<strong>em</strong>entos nao-verbais da conver<strong>sa</strong>~ao, Sao Paulo, Atual.<br />

TANNEN, D. 1985. Relative focus on involv<strong>em</strong>ent in oral and written discourse. In D.<br />

Olson, D. Torrance & A. Hildard (org.). Literacy, language, and learning: the<br />

nature and consequences of reading and writing. Cambridge, Cambridge<br />

University<br />

Press.<br />

TANNEN, D. 1989. Talking voices: repetiton, dialogue, and imagery in<br />

conver<strong>sa</strong>tional discourse. Cambridge, Cambridge University Press.


Imagens na <strong>Ora</strong><strong>lid</strong><strong>a<strong>de</strong></strong><br />

Referencias Bibliograficas<br />

TODOROV, T. 1980. Os generos do discurso. Sao Paulo, Martins Fontes.<br />

TOLENTINO, M. V. F. 1992. Muito al<strong>em</strong> das metaforas. In E. Pontes (org,). A metafora.<br />

Campinas, Editora da UNICAMP.<br />

TRAVAGLlA, L. C. 1992. Tipologia Textual e a Coe<strong>sa</strong>o/Coer<strong>em</strong>cia no Texto <strong>Ora</strong>l:<br />

transic;5es tipol6gicas. <strong>Letras</strong> & <strong>Letras</strong> 8: 35-52.<br />

URBANO, H. 1997. A expressivid<strong>a<strong>de</strong></strong> na lingua falada <strong>de</strong> pessoas cultas. In: D.<br />

Preti (arg.) 0 discurso oral culto. FFLCH/USP 91-110.<br />

VIVELA, M. 1996. A metafora na instaurac;ao da linguag<strong>em</strong>: teoria e aplicac;ao. Revista<br />

da Faculd<strong>a<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> "Unguas e Literaturas", XIII, pp.317-356.<br />

WERLICH.<br />

E.1983. A Text Grammar of English. Quelle & Meyern Hei<strong>de</strong>lberg,<br />

Hei<strong>de</strong>lberg.<br />

ZANOTTO, M. S. 1994. Metafora <strong>de</strong> figura <strong>de</strong> ret6rica a operac;ao cognitiva<br />

fundamental. Mimeo.<br />

ZANOTTO, M. S. 1995. Metafora, Cognic;ao e Ensino <strong>de</strong> Leitura. D.E.L.T.A. 11:241-<br />

254.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!