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44 Tabela 11. Fitomassa seca de raízes (g) de P. glomerata cultivada sob diferentes doses de esterco de galinha curtido, em 6 idades de colheita, realizadas entre outubro de 2004 e agosto de 2005, São Manuel, SP. Botucatu, SP, 2006. Colheita Doses de esterco de galinha curtido (Dias após a emergência) Testemunha 15t/ha 30t/ha 45t/ha 60t/ha Média 60 0,135 a C 0,135 a E 0,135 a D 0,135 a C 0,135 a C 0,13 120 0,567 a C 0,628 a E 0,857 a D 0,994 a C 0,782 a C 0,76 180 7,178 a B 5,415 a D 9,045 a C 9,884 a B 8,399 a B 7,98 240 9,081 a B 10,603 a C 12,831 a C 9,906 a B 9,903 a B 10,46 300 11,615 b B 14,031 b B 22,033 a B 13,4625 b B 10,717 b B 14,37 360 16,966 c A 26,339 b A 30,111 b A 33,406 a A 28,608 b A 27,08 Médias seguidas de mesma letra na coluna (maiúscula) e na linha (minúscula) não diferem significativamente, ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F. Observa-se na tabela 11 que, da 2ª para a 3ª e da 5ª para a 6ª colheita, o aumento foi significativo para todos os tratamentos, sendo essas épocas as de maior assimilação de fitomassa seca em relação ao material pré-existente. Com base nesses resultados, dentro do período estudado, a melhor época para colher as raízes foi aos 360 dias após a emergência, uma vez que a antecipação de 2 meses significou uma perda de 47% de fitomassa seca das raízes. Segundo Bentes et al. (2001), para as condições de Manaus, o melhor tempo para a colheita das raízes da espécie é aos 207 dias do plantio; após esse período ocorre uma diminuição na massa de raízes, fato explicado pelo autor em função da entrada da planta em estágio reprodutivo. Apesar de se observar no Estado de São Paulo e do Paraná, que as plantas de P. glomerata florescem durante 8 meses do ano, assim, nesses estados, o florescimento da P. glomerata ocorre antes dos 207 dias após o plantio. A produção de fitomassa seca das raízes de P. glomerata ao final do experimento foi alta quando comparada com a produção observada por Mattos & Salis (2004), que aos 374 dias após a semeadura constataram média de 6,92 g/planta. Apesar de o experimento ter sido realizado em um Vertissolo, com boa fertilidade, ele apresentou restrições à utilização por suas propriedades físicas, como endurecimento e o fendilhamento quando secos, além do rápido encharcamento quando molhados.

45 Côrrea Júnior (2003) observou em plantas de P. glomerata colhidas 12 meses após o transplante para local definitivo, em média, 60,56 g /planta. Aos 8 meses após o plantio a produtividade foi de 23,11 g /planta, aos 10 meses foi de 31,28 g /planta e aos 14 meses a produtividade foi de 52,86 g /planta. Assim, a produção aos 12 meses foi maior que aos 14 meses, indicando que após esse período os fotoassimilados são redirecionados para a parte aérea da planta. Magalhães (2000) obteve produtividade de 1,9 t/ha de raízes secas após um ano de cultivo, 3,2 t/ha após dois anos de cultivo e 4,1 ton/ha após três anos de cultivo. Estas produtividades foram obtidas considerando espaçamento médio de 0,75 m entre plantas. A produtividade do tratamento 45 t/ha, que proporcionou maior fitomassa seca das raízes, foi de 0,67 t/ha, produtividade 2,8 vezes inferior à obtida por Magalhães, sendo que o espaçamento no experimento foi de 1,0 x 0,5 m. As diferenças observadas nesses trabalhos podem refletir à influência dos locais de plantio e/ou a diferença entre os acessos, uma vez que no trabalho de Côrrea Júnior foram estudados acessos do PR, SP e MS, cultivados em região de ocorrência natural (Bacia do Rio Paraná e tributários) e em solos aluviais; enquanto o trabalho de Magalhães foi realizado em Paulínia, SP. Em relação às doses de adubo, as plantas dos tratamentos 30 e 45 t/ha foram as que obtiveram maior fitomassa seca de raízes na 6ª colheita, respectivamente 30,11 e 33,40 g/ planta (tabela 11), respectivamente 0,60 t/ha e 0,67 t/ha. Um acréscimo de 50% na quantidade de esterco (diferença entre os tratamentos 30 e 45 t/ha), provocou aumento de apenas 3% na fitomassa seca das raízes, apesar da diferença entre esses tratamentos ser significativa. Baseado em estudo fornecido por Corrêa Júnior para a produção de 1 ha de P. glomerata, montou-se uma tabela comparativa de custo de produção para 1 ha de P. glomerata produzido com 30 e 45 t/ha de esterco de galinha curtido nas condições do experimento (tabela 12).

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Tabela 11. Fitomassa seca <strong>de</strong> raízes (g) <strong>de</strong> P. glomerata cultivada sob diferentes<br />

doses <strong>de</strong> esterco <strong>de</strong> galinha curtido, em 6 ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colheita, realizadas<br />

entre outubro <strong>de</strong> 2004 e agosto <strong>de</strong> 2005, São Manuel, SP. Botucatu, SP,<br />

2006.<br />

Colheita<br />

Doses <strong>de</strong> esterco <strong>de</strong> galinha curtido<br />

(Dias após a<br />

emergência)<br />

Testemunha 15t/ha 30t/ha 45t/ha 60t/ha Média<br />

60 0,135 a C 0,135 a E 0,135 a D 0,135 a C 0,135 a C 0,13<br />

120 0,567 a C 0,628 a E 0,857 a D 0,994 a C 0,782 a C 0,76<br />

180 7,178 a B 5,415 a D 9,045 a C 9,884 a B 8,399 a B 7,98<br />

240 9,081 a B 10,603 a C 12,831 a C 9,906 a B 9,903 a B 10,46<br />

300 11,615 b B 14,031 b B 22,033 a B 13,4625 b B 10,717 b B 14,37<br />

360 16,966 c A 26,339 b A 30,111 b A 33,406 a A 28,608 b A 27,08<br />

Médias seguidas <strong>de</strong> mesma letra na coluna (maiúscula) e na linha (minúscula) não diferem<br />

significativamente, ao nível <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> pelo teste F.<br />

Observa-se na tabela 11 que, da 2ª para a 3ª e da 5ª para a 6ª<br />

colheita, o aumento foi significativo para todos os tratamentos, sendo essas épocas as<br />

<strong>de</strong> maior assimilação <strong>de</strong> fitomassa seca em relação ao material pré-existente.<br />

Com base nesses resultados, <strong>de</strong>ntro do período estudado, a<br />

melhor época para colher as raízes foi aos 360 dias após a emergência, uma vez que a<br />

antecipação <strong>de</strong> 2 meses significou uma perda <strong>de</strong> 47% <strong>de</strong> fitomassa seca das raízes.<br />

Segundo Bentes et al. (2001), para as condições <strong>de</strong> Manaus, o melhor tempo para a<br />

colheita das raízes da espécie é aos 207 dias do plantio; após esse período ocorre uma<br />

diminuição na massa <strong>de</strong> raízes, fato explicado pelo autor em função da entrada da<br />

planta em estágio reprodutivo. Apesar <strong>de</strong> se observar no Estado <strong>de</strong> São Paulo e do<br />

Paraná, que as plantas <strong>de</strong> P. glomerata florescem durante 8 meses do ano, assim,<br />

nesses estados, o florescimento da P. glomerata ocorre antes dos 207 dias após o<br />

plantio.<br />

A produção <strong>de</strong> fitomassa seca das raízes <strong>de</strong> P. glomerata ao<br />

final do experimento foi alta quando comparada com a produção observada por<br />

Mattos & Salis (2004), que aos 374 dias após a semeadura constataram média <strong>de</strong><br />

6,92 g/planta. Apesar <strong>de</strong> o experimento ter sido realizado em<br />

um Vertissolo, com boa fertilida<strong>de</strong>, ele apresentou restrições à utilização por suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s físicas, como endurecimento e o fendilhamento quando secos, além do<br />

rápido encharcamento quando molhados.

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