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4.2. Aspectos bioecológicos <strong>de</strong> T. peregrinus em diferentes temperaturas<br />
4.2.1. Fase <strong>de</strong> ninfa<br />
Assim como observado em todos os materiais vegetais utilizados no<br />
experimento 1 as ninfas apresentaram coloração marrom claro a mais escuro no fim do ciclo<br />
imaturo, porém nas temperaturas igual e inferior a 22°C as ninfas eram mais escuras que nas<br />
temperaturas superiores. Essas, mesmo em baixas temperaturas, mantinham movimentos<br />
rápidos.<br />
a) Duração<br />
Como os insetos são animais pecilotérmicos, ou seja, a temperatura<br />
ambiente influencia sua temperatura corporal (ODUM, 1988; IOWA, 2006), esta exerce<br />
gran<strong>de</strong> influência sobre seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Nos primeiro e segundo ínstares todos os tratamentos diferiram entre<br />
si, porém, a partir do terceiro ao quinto ínstar, nas temperaturas <strong>de</strong> 26 e 30°C não houve<br />
diferenças significativas. Para a duração média do período ninfal, assim como na duração<br />
média do 1° e 2° ínstar, houve diferenças significativas entre todos os tratamento, com<br />
aumento da duração do ciclo ninfal <strong>de</strong> acordo com a redução da temperatura (Tabela 7)<br />
Assim, como esperado, ao reduzir-se a temperatura do ambiente a<br />
duração dos ínstares foi prolongada. A duração máxima do período ninfal (eclosão da ninfa até<br />
emergência do adulto) foi obtida à 14°C, com 58 dias, e a menor duração foi verificada à 30°C<br />
com 12 dias. Houve diferença entre as temperaturas testadas, porém não na análise entre os<br />
sexo (Tabela 7).<br />
As análises <strong>de</strong> regressões propostas explicaram mais <strong>de</strong> 90% da<br />
variação ocorrida no tempo médio da duração dos estágios ninfais <strong>de</strong> T. peregrinus. Observouse<br />
que a duração dos estágios ninfais à 14ºC foi maior quando comparada com as outras<br />
temperaturas (Fig. 10). Para outras espécies da família Tingidae, Silva (2004) para Gargaphia<br />
torresi e Cividanes et al (2004) para L. heveae, também verificaram que com o aumento da<br />
temperatura o <strong>de</strong>senvolvimento ninfal foi acelerado.