20.05.2014 Views

abrir - Faculdade de Ciências Agronômicas - Unesp

abrir - Faculdade de Ciências Agronômicas - Unesp

abrir - Faculdade de Ciências Agronômicas - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

12<br />

Atualmente novas espécies vêm sendo <strong>de</strong>tectadas e estudadas na<br />

Austrália e nos próximos anos espera-se que a comunida<strong>de</strong> científica conheça mais 10<br />

espécies pertencentes a esta família (Noack, informação pessoal), po<strong>de</strong>ndo ser um sério<br />

problema para áreas florestais produtoras <strong>de</strong> eucalipto em todo o mundo.<br />

A <strong>de</strong>scrição taxonômica <strong>de</strong> T. peregrinus feita por Carpintero e<br />

Dellapé (2006) <strong>de</strong>monstrou que relatos anteriores sobre a ocorrência <strong>de</strong> Thaumastocoris<br />

australicus Kirkaldy 1908, em Pretória, África do Sul em 2003 (JACOBS e NESER, 2005) e<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Moreno, Argentina, em 2005 (NOACK e COVIELLA, 2006), tratava-se na<br />

verda<strong>de</strong> da espécie T. peregrinus. As duas espécies são morfologicamente próximas, po<strong>de</strong>ndo<br />

as T. peregrinus e T. australicus serem distinguidas pelo pronoto, pois T. peregrinus apresenta<br />

um par <strong>de</strong> tubérculos anterolaterais, ausentes em T. australicus, e bem como pelo fato da<br />

cápsula genital masculina, em vista ventral, <strong>abrir</strong>-se para o lado esquerdo enquanto T.<br />

australicus abre no sentido oposto (CARPINTERO & DELLAPÉ, 2006).<br />

T. peregrinus é um percevejo pequeno <strong>de</strong> corpo achatado e<br />

aproximadamente 3 mm <strong>de</strong> comprimento. Em sua cabeça há presença <strong>de</strong> placas mandibulares<br />

<strong>de</strong>senvolvidas, antenas com quatro segmentos, sendo os apicais mais escuros e olhos<br />

avermelhados. De acordo com Carpintero & Dellapé (2006), os adultos apresentam coloração<br />

marrom clara com áreas mais escuras, sendo a genitália do macho assimétrica. Trata-se <strong>de</strong><br />

uma espécie fitófaga tanto no estágio ninfal quanto no adulto.<br />

Sua ágil locomoção, Jacobs & Neser (2005) afirmam que é favorecida<br />

pela presença <strong>de</strong> apêndices apicais nas tíbias, o que lhes confere a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agarrar<br />

tenazmente, até mesmo em superfícies lisas. Os ovos <strong>de</strong> T. peregrinus possuem coloração<br />

preta e ficam agrupados nas folhas (BUTTON, 2007).<br />

Noack & Rose (2007) afirmam que o percevejo bronzeado apresenta<br />

cinco ínstares ninfais, durando em média 20 dias, sob temperatura variável <strong>de</strong> 17 a 20 o C,<br />

sendo que cada fêmea po<strong>de</strong> ovipositar em média 60 ovos. Esses dados são similares aos<br />

valores encontrados por Crosa (2008), on<strong>de</strong> cada fêmea coloca em média 2 ovos por dia, com<br />

longevida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30 dias. O elevado número <strong>de</strong> ovos produzidos por Thaumastocoridae,<br />

segundo Kumar (1963), é <strong>de</strong>vido ao aspecto fisiológico das fêmeas, pois possuem dois ovários<br />

com três ovaríolos cada.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!