FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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20.05.2014 Views

88 no dia foi relativamente baixa e oscilante, com apenas 3,7 horas. A luz e o teor de NO - 3 são fatores importantes na indução e manutenção da atividade da NR nos tecidos vegetais. A luz (LILLO, 1994) e o substrato (HEWITT et al., 1976) estimulam à síntese de novo da NR, enquanto que o défice moderado, da ordem de -0,8 a -2,0 MPa , pode reduzir sua produção em 20%, chegando a 50% quando a planta sofre estresse intenso (HSIAO, 1979). O potencial hídrico foliar no presente estudo não foi acompanhado ao longo do dia; no entanto, com os dados de evapotranspiração da cultura registrados pela estação meteorológica do campo experimental de Bebedouro, juntamente com o seu potencial hídrico foliar de base, sugere-se que as plantas podem ter atingido valores próximos aos preconizados por Hsiao (1979), o que pode ter influenciado na menor atividade da NR registrada no tratamento IDC aos 54 DAP e ID aos 73 e 101 DAP. Além disso, o tratamento ID dispunha de menor quantidade de água no solo (28 dias sem irrigação) disponível, o que dificulta também o transporte do nitrato das raízes até o citossol das células foliares, gerando menor valor da atividade da NR nessas avaliações. Em plantas superiores, a redução do NO - 3 ocorre, principalmente, nas células do mesofilo, onde a nitrato redutase se localiza no citoplasma e a nitrito redutase no cloroplasto. Tal redução ocorre também em raízes e outros tecidos não fotossintetizantes, como em tremoço, onde a ferrodoxina funciona como doadora de elétrons. Essa redução de NO - 3 a NH 3 ocorre, preferencialmente, em tecidos fotossintetizantes devido à grande demanda de elétrons, - que são fornecidos pelos fotossistemas, na presença de luz. Assim, a assimilação de NO 3 depende da fotossíntese para fornecimento de elétrons, pelo fotossistema I, para a redução do NO - 3 , competindo com o CO 2 pelo poder redutor (CLARK, 1991). Quando as plantas foram avaliadas aos 87 DAP notou-se que o tratamento ID não se distinguiu estatisticamente dos demais tratamentos, no entanto, o tratamento IP diferiu estatisticamente do IDC, apresentando 14% a mais de atividade da enzima nitrato redutase. Essa superioridade do tratamento IP em relação ao IDC pode ser devido a sua maior disponibilidade de água aos processos fisiológicos e metabólicos das plantas em estudo. A atividade da NR é aumentada, rapidamente, pela presença do substrato inicial, o NO - 3 , pelo aumento da luz e temperatura, sendo reduzida pelo acúmulo do produto final, o NH 3 , pelo estresse hídrico ou térmico e pela obscuridade (KRAMER e BOYER, 1995). O aumento da atividade do sistema é devido à síntese de novo das enzimas e a redução pela sua degradação, sendo que sua atividade é máxima quando a expansão foliar é máxima,

89 assim como para a atividade fotossintética, decrescendo após, com a redução dessa atividade (GUPTA e BEEVERS, 1985). Na última avaliação da atividade da nitrato redutase (101 DAP) podese perceber superioridade de 19 e 36% da estratégia de irrigação IP em relação às demais estratégias hídricas, IDC e ID, respectivamente. A constância na manutenção da lâmina de água às plantas pode ter contribuído para o bom desempenho do primeiro. Os tratamentos ID e IDC apresentaram as menores atividade da nitrato redutase, indicando que a falta do recurso água afeta a síntese e o funcionamento da enzima, além de afetar o deslocamento do seu substrato (NO - 3 ) do solo para o citossol das células foliares, onde serão metabolizados. Conforme os dados apresentados na Tabela 18, pode-se observar que a atividade da nitrato redutase diminui com o tempo de avaliação. Isto pode estar relacionado com a idade da folha que é outro fator que influencia a redução do nitrato. Segundo Marrenco e Lopes (2009) a atividade da NR aumenta com a ontogenia da folha, atingindo o pico de maior atividade quando a taxa de expansão foliar é máxima. A partir desse momento, a atividade da NR começa a diminuir, mostrando menor atividade em folhas completamente expandidas. Isso pode ser verificado em todos os tratamentos ao longo do ciclo. Os resultados aqui obtidos discordam do encontrados por Pereira et al. (2006) que trabalharam com videira no SVSF e não registraram efeito dos diferentes manejos de irrigação (RDI e PRD) utilizados e dos diferentes porta-enxertos na atividade da nitrato redutase. 4.5 Proteína solúvel total Na Tabela 19 encontram-se os dados referentes ao resumo da análise de variância para o teor de proteína solúvel total (μg g -1 MF) aos 54, 60, 73, 87, 101 e 115 dias após a poda. Os resultados mostram que houve resposta significativa entre os diferentes dias após a poda.

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assim como para a atividade fotossintética, decrescendo após, com a redução dessa atividade<br />

(GUPTA e BEEVERS, 1985).<br />

Na última avaliação da atividade da nitrato redutase (101 <strong>DA</strong>P) podese<br />

perceber superioridade de 19 e 36% da estratégia de irrigação IP em relação às demais<br />

estratégias hídricas, IDC e ID, respectivamente. A constância na manutenção da lâmina de<br />

água às plantas pode ter contribuído para o bom desempenho do primeiro. Os tratamentos ID e<br />

IDC apresentaram as menores atividade da nitrato redutase, indicando que a falta do recurso<br />

água afeta a síntese e o funcionamento da enzima, além de afetar o deslocamento do seu<br />

substrato (<strong>NO</strong> - 3 ) do solo para o citossol das células foliares, onde serão metabolizados.<br />

Conforme os dados apresentados na Tabela 18, pode-se observar que a<br />

atividade da nitrato redutase diminui com o tempo de avaliação. Isto pode estar relacionado<br />

com a idade da folha que é outro fator que influencia a redução do nitrato. Segundo Marrenco<br />

e Lopes (2009) a atividade da NR aumenta com a ontogenia da folha, atingindo o pico de<br />

maior atividade quando a taxa de expansão foliar é máxima. A partir desse momento, a<br />

atividade da NR começa a diminuir, mostrando menor atividade em folhas completamente<br />

expandidas. Isso pode ser verificado em todos os tratamentos ao longo do ciclo.<br />

Os resultados aqui obtidos discordam do encontrados por Pereira et al.<br />

(2006) que trabalharam com videira no SVSF e não registraram efeito dos diferentes manejos<br />

de irrigação (RDI e PRD) utilizados e dos diferentes porta-enxertos na atividade da nitrato<br />

redutase.<br />

4.5 Proteína solúvel total<br />

Na Tabela 19 encontram-se os dados referentes ao resumo da análise<br />

de variância para o teor de proteína solúvel total (μg g -1 MF) aos 54, 60, 73, 87, 101 e 115 dias<br />

após a poda. Os resultados mostram que houve resposta significativa entre os diferentes dias<br />

após a poda.

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