FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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72 hídrico na folha atinge valores entre -1,3 a -1,6 MPa. O início da ocorrência de limitações metabólicas da fotossíntese é verificada quando os valores de condutância estomática situamse entre 0,15> gs > 0,05 mol H 2 O m -2 s -1 , caracterizado também como nível médio de carência hídrica (FLEXAS et al., 2002; 2004; MEDRANO et al., 2002; CIFRE et al., 2005). Os valores de potenciais citados acima não foram mensurados no presente experimento, pois não se avaliou o potencial hídrico das plantas ao longo do dia e nas horas mais quentes (maior défice de pressão de vapor). Entretanto, em função de um valor mais ou menos negativo nas leituras do Ψb realizadas na madrugada posterior às condições climáticas mais estressantes, facilitaria a interpretação de que aquelas plantas poderiam ter atingido os seus limites estomáticos e/ou metabólicos de uma forma mais ou menos severa. Alguns autores defendem que se deve irrigar a videira apenas quando a condutância estomática decresce abaixo do nível médio de carência hídrica, uma vez que este nível permite uma razão A/gs máxima, rápida recuperação da fotossíntese após a irrigação e melhor qualidade das uvas, com perdas reduzidas de rendimento comparativamente a irrigação intensiva (FLEXAS et al., 2002; MEDRANO et al., 2002; CIFRE et al., 2005).

73 Tabela 8. Condutância estomática (mol m -2 s -1 ) em folhas de Syrah ao longo do ciclo em função de três estratégias de irrigação (Irrigação com défice controlado-IDC, Irrigação deficitário-ID e Irrigação plena-IP). Embrapa Semiárido – Petrolina, PE, 2010. Dias após a poda Estratégias de irrigação IDC ID IP Média 54 0,38 0,38 0,41 0,39 b 60 0,32 0,33 0,35 0,33 bc 73 0,37 0,50 0,65 0,51 a 87 0,35 0,41 0,51 0,42 ab 101 0,22 0,26 0,30 0,26 c 115 0,09 0,07 0,15 0,10 d Média 0,28 B 0,32 B 0,39 A CV (%) 24,75 Médias seguidas de mesma letra minúsculas na coluna e maiúsculas na linha, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O valor médio da gs ao longo do ciclo para o tratamento IP (0,39 mol m -2 s -1 ) foi superior estatisticamente aos tratamentos IDC e ID. Essa resposta pode estar associada com a frequência da irrigação, onde as folhas coletados no tratamento IP apresentavam melhor estado hídrico, o que pode ter resultado em maior abertura estomática, favorecendo a gs em relação aos tratamentos IDC e ID. Aos 73 DAP as folhas marcadas para análise das trocas gasosas apresentaram os maiores valores de condutância estomática, diferenciando estatisticamente das folhas coletadas anteriormente (56 e 60 DAP), e aos 101 e 115 DAP. No entanto, essa média do resultado de condutância estomática não diferiu da 4ª coleta feita aos 87 DAP (Tabela 8). Os valores de gs registrados ao longo do ciclo estão de acordo com os resultados obtidos para fotossíntese e transpiração, indicando boa interação entre esses três processos. Esse resultado expressivo, principalmente, obtido na 3ª coleta (73 DAP) pode ter sido influenciado por uma maior hidratação da zona radicular em função de precipitação e irrigação localizada, ocasionando, consequentemente, maior absorção e transporte de água até a parte

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hídrico na folha atinge valores entre -1,3 a -1,6 MPa. O início da ocorrência de limitações<br />

metabólicas da fotossíntese é verificada quando os valores de condutância estomática situamse<br />

entre 0,15> gs > 0,05 mol H 2 O m -2 s -1 , caracterizado também como nível médio de carência<br />

hídrica (FLEXAS et al., 2002; 2004; MEDRA<strong>NO</strong> et al., 2002; CIFRE et al., 2005).<br />

Os valores de potenciais citados acima não foram mensurados no<br />

presente experimento, pois não se avaliou o potencial hídrico das plantas ao longo do dia e nas<br />

horas mais quentes (maior défice de pressão de vapor). Entretanto, em função de um valor<br />

mais ou menos negativo nas leituras do Ψb realizadas na madrugada posterior às condições<br />

climáticas mais estressantes, facilitaria a interpretação de que aquelas plantas poderiam ter<br />

atingido os seus limites estomáticos e/ou metabólicos de uma forma mais ou menos severa.<br />

Alguns autores defendem que se deve irrigar a videira apenas quando a condutância<br />

estomática decresce abaixo do nível médio de carência hídrica, uma vez que este nível permite<br />

uma razão A/gs máxima, rápida recuperação da fotossíntese após a irrigação e melhor<br />

qualidade das uvas, com perdas reduzidas de rendimento comparativamente a irrigação<br />

intensiva (FLEXAS et al., 2002; MEDRA<strong>NO</strong> et al., 2002; CIFRE et al., 2005).

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