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FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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CO 2 . A limitação da fotossíntese resultante de condições de défice hídrico tem origem,<br />

sobretudo na regulação da abertura dos estômatos, mas existem também limitações não<br />

estomáticas que ocorrem ao nível do mesofilo clorofiliano (FLEXAS et al., 2002; CIFRE et<br />

al., 2005; SOUZA et al., 2005a). Sob baixa a moderada disponibilidade hídrica a manutenção<br />

das atividades das enzimas do ciclo de Calvim e a máxima taxa de carboxilação e o transporte<br />

de elétrons ocorrem normalmente (SOUZA et al., 2005a). No entanto, se a deficiência hídrica<br />

se intensifica ocorre declínio, principalmente, no transporte de elétrons, (MAROCO et al.,<br />

2002; SOUZA et al., 2005a) possivelmente, resultando na redução da produção de ATP<br />

(LAWLOR e TEZARA, 2009), levantando a hipótese de que espécies reativas de oxigênio<br />

(ROS) produzidas sob condições de baixo CO 2 e excesso de luz podem induzir danos<br />

oxidativos na ATPase do cloroplasto.<br />

A transpiração e a fotossíntese estão, portanto, intrínsicamente<br />

relacionadas. Se por um lado o complexo mecanismo que regula as trocas gasosas das plantas<br />

é importante na adaptação às condições de aridez, através da redução da transpiração, este<br />

mesmo mecanismo poderá conduzir também à menor taxa fotossintética, com consequências<br />

no crescimento e produção (KRAUTER, 2001). A solução para este problema passa por<br />

melhor eficiência do uso da água pelas plantas, geralmente, avaliada pela razão entre a<br />

fotossíntese e a transpiração (A/E) ou entre a fotossíntese e a condutância estomática (A/gs)<br />

(DURING, 1994; FLEXAS et al., 1998).<br />

A irrigação deficitária e a irrigação com défice controlado<br />

apresentaram as menores taxas transpiratórias e fotossintéticas aos 115 <strong>DA</strong>P, evidenciando a<br />

importância da disponibilidade hídrica no solo no favorecimento das trocas gasosas. Nesse<br />

momento já havia sido restabelecido aumento na lâmina de irrigação segundo a ETc da cultura<br />

na fase final do ciclo fenológico e o tratamento IP aumentou em valor significativo suas taxas<br />

fotossintéticas e transpiratórias comparando-as à avaliação anterior (101 <strong>DA</strong>P). Esse resultado<br />

pode ter sido influenciado, muito provavelmente, pelo retorno de uma maior incidência de<br />

radiação solar, conforme a Figura 5, o que gerou também aumento na temperatura do ar e no<br />

DPV, gerando maior efluxo do vapor d’água e influxo do CO 2 , especificamente, na câmara<br />

subestomática nas folhas. Ainda nessa avaliação não houve diferença significativa para os Ψb<br />

entre 99 e 113 <strong>DA</strong>P, no entanto, não se pode descartar a hipótese de que uma menor tensão da<br />

água no solo registrada pelo Ψb aos 115 <strong>DA</strong>P possa ter contribuído nessa resposta do

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