FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
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60 controlar o estado hídrico da videira, as diferentes variedades de plantas apresentam diferentes potenciais hídricos foliar de base e a resposta da planta ao estresse hídrico vai depender da situação atual em que se encontra e das condições anteriores pelas quais foram submetidas. Os resultados de Ψb encontrados no presente experimento, discordam dos encontrados por Pereira et al. (2006) e Souza et al. (2009) que trabalharam com diferentes manejos de irrigação (Irrigação parcial das raízes-PRD e DI), diferentes copas e porta-enxertos e não registraram potenciais hídricos foliares de base inferiores a -0,2 MPa durante suas avaliações realizadas no SVSF. Antes de iniciar as estratégias hídricas de irrigação plena (IP), irrigação com défice controlado (IDC) e irrigação deficitária (ID), até 44 DAP o armazenamento de água no solo nas camadas até 60 cm apresentava valores próximos e sem a presença de deficiência hídrica. Após o início das estratégias de irrigação, a quantidade de água armazenada no solo nas camadas de 0,15 a 0,60 m de profundidade (Figura 3) apresentaram variações em função das irrigações e ocorrência de precipitações, sendo a evapotranspiração e a drenagem os principais depletores de água no perfil do solo. O tratamento IP apresentou a maior variação do armazenamento de água em função da irrigação constante durante o ciclo. Além da variação na disponibilidade hídrica, fatores intrínsecos do solo e elementos meteorológicos podem ter interferido nas respostas fisiológicas e bioquímicas das plantas. A presença na área experimental de fragipan, um horizonte subsuperficial, aparentemente cimentado, denso e com consistência dura a muito dura, quando seco, e, quando molhado, apresenta-se quebradiço (EMBRAPA, 1999), pode ter restringido parcialmente a penetração de água e raízes no perfil do solo, provocando variações no Ψb das folhas e no armazenamento de água no solo. As condições atmosféricas no momento das coletas também podem ter influenciado as leituras fisiológicas e bioquímicas. É sabido que os elementos climáticos: temperatura, radiação, insolação e umidade (Figura 1) são menos limitantes ao crescimento e desenvolvimento das plantas no final do primeiro semestre no Vale do Submédio do São Francisco, período em que foi executado o experimento, sendo registradas condições climáticas favoráveis às plantas C3 como temperaturas mínimas e máximas variando entre 19,8 a 31ºC (LUTTGE et al., 1996. citado por PIMENTEL, 1998), respectivamente, menor incidência direta da radiação solar devido a períodos com
61 nebulosidades durante as avaliações, o que era de se esperar, visto coincidir com o período de menor insolação e radiação solar nessa região, caracterizado como solstício de inverno. Isso resultou em alguns períodos ao longo do ciclo das plantas em menor demanda evaporativa do ar pelas folhas, o que facilitaria rápida recuperação da turgescência celular no período noturno e antemanhã. Além disso, maior ou menor exigência hídrica devido à evolução das fases fenológicas das plantas pode ter contribuído também para a variação do potencial hídrico foliar de base. A videira é uma planta com alguma adaptação à limitação da disponibilidade hídrica do solo, devido ao seu sistema radicular profundo e aos mecanismos fisiológicos desencadeados, traduzidos numa eficiente redução da condutância estomática e na capacidade de ajustamento osmótico (RODRIGUES et al., 1993, PATAKAS e NOITSAKIS, 2001). 4.2 Trocas gasosas 4.2.1 Assimilação de CO 2 (A) A fotossíntese é um processo vital aos seres vivos dependentes de O 2 e metabólitos primários, envolvendo por um processo difusivo a entrada e saída de substâncias químicas inorgânicas na forma gasosa (CO 2 , H 2 O e O 2 ) entre os vegetais e o ambiente ao qual estão inseridos, na presença da energia radiante (radiação solar fotossinteticamente ativa). Além disso, envolve o consumo de nitrogênio para a síntese de enzimas carboxilativas (Rubisco e Pep-case) e, também, no sítio fotossintético (cloroplastos) vegetal, reações oxidorredutoras de transferência (e - ); armazenamento de energia (ATP e NADPH) e reações bioquímicas de construção de esqueletos carbônicos (triose fosfato), necessários às rotas do metabolismo primário e secundário dos vegetais. Os dados referentes ao resumo da análise de variância da taxa de assimilação de CO 2 aos 54, 60, 73, 87, 101 e 115 DAP encontram-se na Tabela 3. Ocorreram
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situação atual em que se encontra e das condições anteriores pelas quais foram submetidas.<br />
Os resultados de Ψb encontrados no presente experimento, discordam<br />
dos encontrados por Pereira et al. (2006) e Souza et al. (2009) que trabalharam com diferentes<br />
manejos de irrigação (Irrigação parcial das raízes-PRD e DI), diferentes copas e porta-enxertos<br />
e não registraram potenciais hídricos foliares de base inferiores a -0,2 MPa durante suas<br />
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Antes de iniciar as estratégias hídricas de irrigação plena (IP),<br />
irrigação com défice controlado (IDC) e irrigação deficitária (ID), até 44 <strong>DA</strong>P o<br />
armazenamento de água no solo nas camadas até 60 cm apresentava valores próximos e sem a<br />
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Após o início das estratégias de irrigação, a quantidade de água<br />
armazenada no solo nas camadas de 0,15 a 0,60 m de profundidade (Figura 3) apresentaram<br />
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Além da variação na disponibilidade hídrica, fatores intrínsecos do<br />
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bioquímicas das plantas. A presença na área experimental de fragipan, um horizonte<br />
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Vale do Submédio do São Francisco, período em que foi executado o experimento, sendo<br />
registradas condições climáticas favoráveis às plantas C3 como temperaturas mínimas e<br />
máximas variando entre 19,8 a 31ºC (LUTTGE et al., 1996. citado por PIMENTEL, 1998),<br />
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