20.05.2014 Views

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

59<br />

maturação das bagas, indicando que as plantas passaram por estresse suave a moderado e<br />

concluíram que o uso do défice hídrico na região é uma estratégia sem muitos impactos nas<br />

condições hídricas das videiras e com economia de água.<br />

A última avaliação feita aos 113 <strong>DA</strong>P apresentou aumento no valor do<br />

potencial hídrico foliar de base em todos os tratamentos. No entanto, só ocorreu diferença<br />

significativa apenas entre as estratégias hídricas IP e ID. A estratégia de irrigação IP, com<br />

regular disponibilidade hídrica durante todo o ciclo, pode ter tido acréscimo no valor do seu<br />

potencial hídrico de base aos 113 <strong>DA</strong>P em função de uma modificação na lâmina de irrigação,<br />

realizada aos 104 <strong>DA</strong>P para compensar a elevação da evapotranspiração da cultura (Etc). Essa<br />

modificação pode ter contribuído também na manutenção de maior valor no potencial hídrico<br />

de base nas videiras submetidas a esse tratamento. O tratamento IDC recebeu correção hídrica<br />

dois dias antes das leituras dos potenciais, no entanto, não foi suficiente para diferenciá-lo do<br />

tratamento com maior restrição hídrica (ID). A irrigação deficitária, mesmo sem suprimento<br />

hídrico artificial (irrigação) entre as avaliações, não se diferenciou estatisticamente do<br />

tratamento IDC. Assim, é possível que nas plantas sob esse tratamento possam ter ocorrido<br />

alterações morfofisiológicas como aumento do seu sistema radicular, juntamente, com o<br />

ajustamento osmótico e aumento da rigidez da parede celular das raízes, o que facilitaria a<br />

absorção de água em maiores profundidades e tensões no solo, considerando que o portaenxerto<br />

‘Paulsen 1103’ é resistente à seca (CARBONNEAU, 1985). Todavia, consegue<br />

manter o potencial hídrico mais elevado em algumas cultivares copa de videira quando sob<br />

deficiência hídrica no solo, como registrado por Souza et al. (2001) e no presente estudo. As<br />

alterações citadas acima seriam alguns dos mecanismos de resistência e/ou tolerância à<br />

deficiência hídrica. Essas respostas seriam sinalizadas pelo regulador vegetal ácido abscísico<br />

que teria se acumulado nas folhas (KLIEWER, 1981), induzindo o fechamento estomático,<br />

mas mantendo a absorção de água pelas raízes (TAIZ e ZEIGER, 2009).<br />

A irrigação plena manteve o estado hídrico ótimo das plantas durante<br />

todo o ciclo, para o Ψb variando de -0,12 a -0,36 MPa, valores estes muito abaixo das<br />

condições consideradas estressantes (abaixo de -0,5 MPa) (HSIAO, 1973), o que permitiu às<br />

plantas sob esse tratamento uma melhor recuperação do turgor celular quando comparadas às<br />

plantas sob os tratamentos IDC (-0,29 a -0,476 MPa ) e ID (-0,30 a -0,51 MPa ). Deloire et al.<br />

(2005) relatam que além do potencial hídrico ser considerado o método mais prático para

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!