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FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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devido às exigências da fase fenológica da cultura, reduzindo a disponibilidade de água para<br />

as plantas nessa fase. As plantas dos tratamentos com restrição hídrica nessa avaliação<br />

apresentaram os mais negativos potenciais foliares de base, sem indicação visual de<br />

murchamento e/ou comprometimento do aparato fotossintético, indicando assim, adaptação ao<br />

estresse submetido. Esses resultados confirmam também a resistência do porta-enxerto<br />

‘Paulsen 1103’ à seca (CARBONNEAU, 1985) e o comportamento anisohídrico da cultivar<br />

copa Syrah (SCHULTZ, 2003; CHALMERS, 2007; ROGIERS et al., 2009).<br />

Durante a noite com o fechamento estomático, o potencial hídrico das<br />

plantas tende a se equilibrar com o potencial hídrico do solo. No entanto, há crescentes<br />

evidências de que nem sempre os estômatos são fechados à noite e que a transpiração noturna<br />

(En) pode afetar as relações hídricas das plantas durante o dia. A condutância noturna (gn) é<br />

significativa em uma variada gama de espécies C3 e C4, incluindo os cultivos comerciais<br />

(CAIRD et al., 2007; <strong>DA</strong>WSON et al., 2007; KAVANAGH et al., 2007) e a En pode exceder<br />

em 30% os valores diurnos (CAIRD et al., 2007; <strong>DA</strong>WSON et al., 2007). Além disso, gn e En<br />

podem contribuir para a vulnerabilidade das plantas ao défice hídrico. A En pode resultar<br />

ainda em um incompleto equilíbrio ao amanhecer entre o potencial hídrico das plantas e do<br />

solo (DO<strong>NO</strong>VAN et al., 2001; KAVANAGH et al., 2007). Plantas anisohídricas,<br />

normalmente, exibem menor controle estomatal sobre a demanda evaporativa e a umidade do<br />

solo, permitindo maior flutuação no potencial hídrico foliar (FRANKS et al., 2007).<br />

A relevância ecológica da En pode incluir maior absorção de nutrientes<br />

(DO<strong>NO</strong>VAN et al., 2001) ou a liberação do oxigênio dissolvido no tecido lenhoso (<strong>DA</strong>WSON<br />

et al., 2007). Rogiers et al. (2009) estudaram a contribuição da En no comportamento<br />

anisohídrico da variedade Semillon em relação a outras cultivares, concluindo que a<br />

transpiração noturna contribuiu significativamente para os baixos valores de potencial hídrico<br />

foliar encontrados na Semillon durante noites quentes e secas.<br />

Desta forma, apesar de não ter sido medida a En, acredita-se que a<br />

leitura dos potenciais hídricos foliares dos tratamentos ID e IDC aos 99 <strong>DA</strong>P possa ter sofrido<br />

também influência da mesma.<br />

Marinho et al. (2011) estudaram o potencial de água no solo e na folha<br />

da videira variedade Sugarone sob défice hídrico no Submédio do Vale do São Francisco e<br />

encontraram variações no potencial hídrico foliar de base (-0,10 a -0,27 MPa) na fase de

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