FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
54<br />
Tabela 2. Potencial hídrico foliar de base (Ψb, MPa) em folhas de videira cv. Syrah durante o<br />
ciclo em função de três estratégias de irrigação (Irrigação com défice controlado-IDC,<br />
Irrigação deficitária-ID e Irrigação plena-IP). Embrapa Semiárido – Petrolina, PE, 2010.<br />
Dias após a poda<br />
Estratégias de irrigação<br />
IDC ID IP<br />
56 -0,433 Aab -0,399 Aab -0,347 Ab<br />
70 -0,342 Bab -0,325 Ba -0,166 Aa<br />
86 -0,299 Ba -0,300 Ba -0,129 Aa<br />
99 -0,476 ABb -0,515 Bb -0,364 Ab<br />
113 -0,371 ABab -0,422 Bab -0,262 Aab<br />
<strong>CV</strong> (%) 16,49<br />
Médias seguidas de mesma letra minúsculas na coluna e maiúsculas na linha, não diferem<br />
entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.<br />
A redução do conteúdo de água no solo afeta acentuadamente alguns<br />
processos morfofisiológicos, enquanto outros são relativamente insensíveis (SANTOS e<br />
CARLESSO, 1998). A extensão dos efeitos do défice hídrico em espécies vegetais depende da<br />
sua intensidade, duração e da capacidade genética das plantas em responder às mudanças do<br />
ambiente (CHAVES, 1991; CHAVES et al., 2010). Uma das primeiras mudanças metabólicas<br />
que ocorrem nas plantas sob défice hídrico é a sinalização do hormônio vegetal ácido<br />
abscísico (ABA). Segundo Zeevaart e Creelman (1988), o défice hídrico controlado promove<br />
rápida redistribuição e acumulação do ABA nos tecidos da planta, o qual, ao ser transportado<br />
para as folhas provoca o fechamento dos estômatos (LOVEYS, 1984; <strong>DA</strong>VIES e ZANG,<br />
1991; MOUTINHO-PEREIRA et al., 2004; RODRIGUES et al., 2008) e, consequentemente, a<br />
redução da transpiração, mas sem comprometer a produtividade da videira (LOVEYS et al.,<br />
1998; ). A resposta mais proeminente das plantas ao défice hídrico e/ou sinalizadas pelo ABA<br />
consiste no decréscimo da produção da área foliar, no fechamento dos estômatos, na<br />
aceleração da senescência e na abscisão foliar (MCCREE e FERNÁNDEZ, 1989; TAIZ e<br />
ZEIGER, 2009), bem como, na redução da síntese da parede celular e de membranas, da<br />
divisão celular e síntese protéica (BURSSENS et al., 2000). Além disso, as plantas submetidas