20.05.2014 Views

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

28<br />

evapotranspiração), constitui instrumento importante na redução do uso de água em culturas<br />

irrigadas (FERERES e SORIA<strong>NO</strong>, 2006), sem prejuízo ao processo produtivo.<br />

A carência e/ou abundância hídrica geram estresses nas plantas, o que<br />

pode resultar em uvas de baixa qualidade, com reflexos na produção e processamento das<br />

mesmas. O equilíbrio entre esses dois extremos (abundância e carência) está na gestão de um<br />

défice hídrico moderado em fases fenológicas com maior resposta à disponibilidade hídrica<br />

(WINKLER et al., 1974; KOUNDOURAS et al., 1999). Desta forma, a utilização criteriosa da<br />

irrigação poderá contribuir em resultados positivos concretos (ESCALONA et al., 1999;<br />

CABRITA et al., 2001; GAUDILLERE et al., 2002).<br />

O estado hídrico da planta tem sido reconhecido como um fator<br />

determinante que influencia em todos os aspectos do crescimento e qualidade das uvas. Por<br />

este motivo, a técnica do controle do estresse hídrico é agora utilizada de forma extensa para<br />

manipular a uva para produzir vinho de qualidade (DRY et al., 2001). É conhecido que um<br />

determinado nível de estresse hídrico pode surpreendentemente melhorar a qualidade da uva e,<br />

portanto, do vinho (ONCINS et al., 2005).<br />

Vários estudos realizados nas principais regiões vitivinícolas do<br />

mundo, visando avaliar o impacto de estratégias de irrigação durante fases fenológicas da<br />

videira, constataram que um estresse moderado nas plantas proporciona redução no<br />

crescimento dos ramos e melhoria na composição das bagas, como o aumento na concentração<br />

de açúcares, taninos e antocianinas (Mc CARTHY, 1997; 2002; WAMPLE, 2002;<br />

PEDREIRA DOS SANTOS et al., 2007).<br />

A irrigação deficitária é defendida pela maioria dos autores como a<br />

melhor estratégia para controlar o estresse hídrico (CIFRE et al., 2005) e o vigor das videiras<br />

(DRY et al., 2001; KANG e ZHANG, 2004; BRAVDO, 2005). O desenvolvimento de<br />

estratégias de irrigação deficitárias tiveram como objetivo o aumento da eficiência do uso da<br />

água pelas culturas (LOVEYS et al., 1997; DRY et al., 2001; MAROCO et al., 2002;<br />

FLEXAS et al., 2004; GU et al., 2004; SOUZA et al., 2005), levando a importantes reduções<br />

do uso da água na agricultura (STIKIC et al., 2003). A irrigação deficitária permite melhorar o<br />

microclima ao nível dos cachos (BRAVDO, 2005) conseguindo-se ganhos em muitos dos<br />

parâmetros qualitativos das bagas (DRY et al., 2001). Em estudos onde se compararam<br />

diferentes estratégias de irrigação deficitária com uma testemunha irrigada plenamente, de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!