FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
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evapotranspiração), constitui instrumento importante na redução do uso de água em culturas<br />
irrigadas (FERERES e SORIA<strong>NO</strong>, 2006), sem prejuízo ao processo produtivo.<br />
A carência e/ou abundância hídrica geram estresses nas plantas, o que<br />
pode resultar em uvas de baixa qualidade, com reflexos na produção e processamento das<br />
mesmas. O equilíbrio entre esses dois extremos (abundância e carência) está na gestão de um<br />
défice hídrico moderado em fases fenológicas com maior resposta à disponibilidade hídrica<br />
(WINKLER et al., 1974; KOUNDOURAS et al., 1999). Desta forma, a utilização criteriosa da<br />
irrigação poderá contribuir em resultados positivos concretos (ESCALONA et al., 1999;<br />
CABRITA et al., 2001; GAUDILLERE et al., 2002).<br />
O estado hídrico da planta tem sido reconhecido como um fator<br />
determinante que influencia em todos os aspectos do crescimento e qualidade das uvas. Por<br />
este motivo, a técnica do controle do estresse hídrico é agora utilizada de forma extensa para<br />
manipular a uva para produzir vinho de qualidade (DRY et al., 2001). É conhecido que um<br />
determinado nível de estresse hídrico pode surpreendentemente melhorar a qualidade da uva e,<br />
portanto, do vinho (ONCINS et al., 2005).<br />
Vários estudos realizados nas principais regiões vitivinícolas do<br />
mundo, visando avaliar o impacto de estratégias de irrigação durante fases fenológicas da<br />
videira, constataram que um estresse moderado nas plantas proporciona redução no<br />
crescimento dos ramos e melhoria na composição das bagas, como o aumento na concentração<br />
de açúcares, taninos e antocianinas (Mc CARTHY, 1997; 2002; WAMPLE, 2002;<br />
PEDREIRA DOS SANTOS et al., 2007).<br />
A irrigação deficitária é defendida pela maioria dos autores como a<br />
melhor estratégia para controlar o estresse hídrico (CIFRE et al., 2005) e o vigor das videiras<br />
(DRY et al., 2001; KANG e ZHANG, 2004; BRAVDO, 2005). O desenvolvimento de<br />
estratégias de irrigação deficitárias tiveram como objetivo o aumento da eficiência do uso da<br />
água pelas culturas (LOVEYS et al., 1997; DRY et al., 2001; MAROCO et al., 2002;<br />
FLEXAS et al., 2004; GU et al., 2004; SOUZA et al., 2005), levando a importantes reduções<br />
do uso da água na agricultura (STIKIC et al., 2003). A irrigação deficitária permite melhorar o<br />
microclima ao nível dos cachos (BRAVDO, 2005) conseguindo-se ganhos em muitos dos<br />
parâmetros qualitativos das bagas (DRY et al., 2001). Em estudos onde se compararam<br />
diferentes estratégias de irrigação deficitária com uma testemunha irrigada plenamente, de