FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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26 1984; NORBERTO et al., 2009; KRIEDEMANN, 1977; 1968), umidade relativa (SEPÚLVEDA e KLIEWER, 1986), disponibilidade hídrica (ALLEWELDT e RUHL, 1982; COSTACURTA e ROSELLI, 1980; HIDALGO, 1993; WINKLER, 1970), idade da folha (ALLEWELDT et al., 1982; KLOBET, 1984; KRIEDEMANN, 1968; 1977; KRIEDEMANN et al., 1970), concentração de CO 2 e O 2 (KRIEDEMANN, 1968; 1977), relação fonte-dreno e cultivar (FERNANDES, 2009) contribuem para explicar a variabilidade do comportamento fotossintético. A radiação influencia a abertura dos estômatos, órgãos responsáveis pelas trocas gasosas da folha, bem como, pelo estímulo ao nível dos cloroplastos. A videira é uma planta de sol que realiza a fixação do CO 2 atmosférico segundo o metabolismo C 3 (TAIZ e ZEIGER, 2009). Este tipo de planta apresenta, na ausência de fatores limitantes, uma resposta da fotossíntese caracterizada por uma primeira fase de aumentos proporcionais e uma segunda fase de aumentos decrescentes, até atingir a taxa fotossintética máxima correspondente ao ponto de saturação (FERNANDES, 2009). Altas e baixas temperaturas, dependendo da intensidade e da duração, impedem as atividades metabólicas, o crescimento e desenvolvimento e a produtividade das plantas. O estresse pelo calor, primeiramente provoca distúrbios no aparelho fotossintético, inativando enzimas termolábeis, desorganizando o metabolismo dos ácidos nucléicos e proteínas e degenerando as biomembranas celulares. A baixa temperatura, inicialmente, provoca a parada da corrente citoplasmática, atingindo em seguida, a fotossíntese, com lesões nas biomembranas e interrupção do fornecimento de energia celular (LARCHER, 2000). Ambos os estresses pelo calor ou pelo frio quando não reversíveis podem provocar a morte celular. A umidade relativa do ar está diretamente relacionada com a evapotranspiração e com os aspectos fitossanitários da videira. Em condições de baixa umidade relativa, como em regiões áridas e semiáridas, o fluxo transpiratório é intenso, principalmente, nas horas mais quentes do dia, provocando o fechamento estomático como forma de defesa das plantas contra a perda excessiva de água para a atmosfera. O vento, ao influenciar as transferências de calor de matéria e de energia por convecção, tem também papel importante nas perdas de água de uma cobertura vegetal (LOPES, 1994). Além disso, favorece a proliferação de ácaros e oídio. Em condições de alta umidade relativa às plantas

27 apresentam desenvolvimento de ramos mais vigorosos, porém aumenta a incidência de doenças fúngicas (MOTA et al., 1974; SENTELHAS, 1998). A umidade relativa ideal, considerando o manejo fitossanitário, seria entre 62% e 68% (KISHINO e CARAMORI, 2007). Entre os recursos naturais que as plantas precisam para o crescimento, a água é o mais limitante para a produtividade agrícola, visto ser essencial aos diversos processos metabólicos, principalmente, durante o período inicial de desenvolvimento (SOUSA et al., 2001). A videira é uma planta bastante resistente à seca, adaptando-se bem, desde regiões com 200 mm (PEDRO JUNIOR e SENTELHAS, 2003), 250 mm (TONIETTO e MANDELLI, 2003), 400 mm (WILLIAMS e MATTHEWS, 1990; EVANS et al., 1993; ÁVILA NETO et al., 2000) a 1000 mm (PEDRO JUNIOR e SENTELHAS, 2003) 1200 mm (WILLIAMS e MATTHEWS, 1990; EVANS et al., 1993; ÁVILA NETO et al., 2000) de chuva durante o ciclo. A demanda hídrica da videira varia em função das fases do ciclo fenológico, sendo que uma das características da sua capacidade de adaptação a regiões relativamente áridas é a presença de um sistema radicular profundo (DOORENBOS e KASSAN, 1994). A irrigação tem a possibilidade de interferir de forma direta no estado hídrico das videiras, tornando-a uma técnica desejável e ao mesmo tempo controversa (KLIEWER et al., 1983; MATTHEWS e ANDERSON, 1988; GIRONA, 2005). Irrigar a videira é promover um défice hídrico tolerado pelas plantas, de modo que as mesmas mantenham seu metabolismo compatível com uma produção de qualidade. Em várias regiões do mundo, os viticultores utilizam a irrigação em períodos de seca, de forma a promover a estabilidade da produção e da sua qualidade. No entanto, a sua utilização não é desprovida de inconvenientes; o maior problema resultante desta prática é o excesso de vigor derivado do crescimento contínuo dos novos brotos, que tem repercussões na composição dos frutos (MCCARTHY, 2002) e na sua qualidade fitossanitária. Assim, é necessário estabelecer o equilíbrio entre o crescimento vegetativo e reprodutivo da videira para tirar o máximo proveito da técnica da irrigação. Para o melhor uso dos recursos hídricos, atuais e futuros, a irrigação deficitária, definida como a aplicação de água abaixo das necessidades totais da cultura (ET,

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1984; <strong>NO</strong>RBERTO et al., 2009; KRIEDEMANN, 1977; 1968), umidade relativa<br />

(SEPÚLVE<strong>DA</strong> e KLIEWER, 1986), disponibilidade hídrica (ALLEWELDT e RUHL, 1982;<br />

COSTACURTA e ROSELLI, 1980; HI<strong>DA</strong>LGO, 1993; WINKLER, 1970), idade da folha<br />

(ALLEWELDT et al., 1982; KLOBET, 1984; KRIEDEMANN, 1968; 1977; KRIEDEMANN<br />

et al., 1970), concentração de CO 2 e O 2 (KRIEDEMANN, 1968; 1977), relação fonte-dreno e<br />

cultivar (FERNANDES, 2009) contribuem para explicar a variabilidade do comportamento<br />

fotossintético.<br />

A radiação influencia a abertura dos estômatos, órgãos responsáveis<br />

pelas trocas gasosas da folha, bem como, pelo estímulo ao nível dos cloroplastos. A videira é<br />

uma planta de sol que realiza a fixação do CO 2 atmosférico segundo o metabolismo C 3 (TAIZ<br />

e ZEIGER, 2009). Este tipo de planta apresenta, na ausência de fatores limitantes, uma<br />

resposta da fotossíntese caracterizada por uma primeira fase de aumentos proporcionais e uma<br />

segunda fase de aumentos decrescentes, até atingir a taxa fotossintética máxima<br />

correspondente ao ponto de saturação (FERNANDES, 2009).<br />

Altas e baixas temperaturas, dependendo da intensidade e da duração,<br />

impedem as atividades metabólicas, o crescimento e desenvolvimento e a produtividade das<br />

plantas. O estresse pelo calor, primeiramente provoca distúrbios no aparelho fotossintético,<br />

inativando enzimas termolábeis, desorganizando o metabolismo dos ácidos nucléicos e<br />

proteínas e degenerando as biomembranas celulares. A baixa temperatura, inicialmente,<br />

provoca a parada da corrente citoplasmática, atingindo em seguida, a fotossíntese, com lesões<br />

nas biomembranas e interrupção do fornecimento de energia celular (LARCHER, 2000).<br />

Ambos os estresses pelo calor ou pelo frio quando não reversíveis podem provocar a morte<br />

celular.<br />

A umidade relativa do ar está diretamente relacionada com a<br />

evapotranspiração e com os aspectos fitossanitários da videira. Em condições de baixa<br />

umidade relativa, como em regiões áridas e semiáridas, o fluxo transpiratório é intenso,<br />

principalmente, nas horas mais quentes do dia, provocando o fechamento estomático como<br />

forma de defesa das plantas contra a perda excessiva de água para a atmosfera. O vento, ao<br />

influenciar as transferências de calor de matéria e de energia por convecção, tem também<br />

papel importante nas perdas de água de uma cobertura vegetal (LOPES, 1994). Além disso,<br />

favorece a proliferação de ácaros e oídio. Em condições de alta umidade relativa às plantas

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