FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...
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18 1 INTRODUÇÃO A posição geográfica, a diversidade edafoclimática, os recursos hídricos, o uso de tecnologias e a expansão equilibrada das fronteiras agrícolas no Brasil, possibilitam ao país gerar grandes riquezas no setor primário e se tornar uma das maiores potências agrícolas mundiais do século XXI. Entre os ramos do setor agrícola em grande expansão está a fruticultura, com destaque para a região Nordeste, maior exportadora de frutas tropicais do país e de algumas frutas de clima temperado, a exemplo da uva. A uva de mesa cultivada, principalmente, no perímetro irrigado dos Estados de Pernambuco e Bahia é uma das frutas com maior valor agregado na exportação, tendo em vista o uso de tecnologias modernas de produção e a possibilidade de disponibilizar frutos no mercado internacional durante o período da entressafra dos maiores produtores mundiais. Em 2010 a produção de uvas no Brasil para consumo ‘in natura’ foi de 1.300.000 toneladas métricas, ocupando o quarto lugar entre os maiores produtores mundiais dessa fruta (AGRIANUAL, 2011). A viticultura tropical brasileira foi efetivamente desenvolvida a partir da década de 1960, com o plantio de vinhedos comerciais de uva de mesa na região do SVSF,
19 no Nordeste Semiárido brasileiro, onde o uso de tecnologia permite obter alta produtividade e um produto de qualidade superior, com amplas condições de acesso ao mercado internacional. Na agricultura irrigada do SVSF, a cultura da videira destaca-se como um exemplo de sucesso, apresentando na última década notável expansão da área colhida, passando de 1.759 ha em 1990 (AGRIANUAL, 1997) para 11.034 ha em 2010 (AGRIANUAL, 2011) e a diversificação de atividades com a exploração da produção de vinhos tintos e espumantes já se encontram estabelecidas, com uma produção relativamente crescente e bem aceita no mercado interno e externo. Contudo, por ser uma atividade relativamente recente nas condições semiáridas do Nordeste requer informações científicas adequadas à realidade da região, no que tange à cultivar, produção, produtividade, qualidade dos frutos e, consequentemente, dos vinhos. Os resultados de produção, produtividade e qualidade de uma cultivar estão diretamente relacionados com as condições de solo e clima do local de cultivo e o manejo adotado. Dentro desse enfoque são numerosas as possíveis variáveis que influenciam na composição da uva e, consequentemente, na qualidade potencial de seus subprodutos. Análises fisiológicas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas facilitam a compreensão e indicam as possíveis respostas das mesmas às condições externas (solo, água, clima e manejo adotado) às quais estão submetidas. Na região semiárida nordestina, na maioria das vezes, o fator limitante ao crescimento e desenvolvimento vegetal é a ausência quase na sua totalidade do recurso natural água e/ou a sua má distribuição. Neste contexto, o uso da técnica da irrigação se torna imprescindível como fator de produção. A irrigação racional nos cultivos agrícolas proporciona uma hidratação adequada a nível celular, além de condicionar maior e melhor absorção de nutrientes essenciais para um bom funcionamento do metabolismo primário e secundário das plantas. Pesquisas com irrigação fornecem informações da evapotranspiração e quantidade de água consumida pelas plantas durante o ciclo. Um maior ou menor consumo de água pela videira está diretamente relacionado com seu estádio fenológico, com ênfase no consumo durante a floração e produção de frutos.
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no Nordeste Semiárido brasileiro, onde o uso de tecnologia permite obter alta produtividade e<br />
um produto de qualidade superior, com amplas condições de acesso ao mercado internacional.<br />
Na agricultura irrigada do SVSF, a cultura da videira destaca-se como<br />
um exemplo de sucesso, apresentando na última década notável expansão da área colhida,<br />
passando de 1.759 ha em 1990 (AGRIANUAL, 1997) para 11.034 ha em 2010<br />
(AGRIANUAL, 2011) e a diversificação de atividades com a exploração da produção de<br />
vinhos tintos e espumantes já se encontram estabelecidas, com uma produção relativamente<br />
crescente e bem aceita no mercado interno e externo. Contudo, por ser uma atividade<br />
relativamente recente nas condições semiáridas do Nordeste requer informações científicas<br />
adequadas à realidade da região, no que tange à cultivar, produção, produtividade, qualidade<br />
dos frutos e, consequentemente, dos vinhos.<br />
Os resultados de produção, produtividade e qualidade de uma cultivar<br />
estão diretamente relacionados com as condições de solo e clima do local de cultivo e o<br />
manejo adotado. Dentro desse enfoque são numerosas as possíveis variáveis que influenciam<br />
na composição da uva e, consequentemente, na qualidade potencial de seus subprodutos.<br />
Análises fisiológicas de acompanhamento do crescimento e<br />
desenvolvimento das plantas cultivadas facilitam a compreensão e indicam as possíveis<br />
respostas das mesmas às condições externas (solo, água, clima e manejo adotado) às quais<br />
estão submetidas.<br />
Na região semiárida nordestina, na maioria das vezes, o fator limitante<br />
ao crescimento e desenvolvimento vegetal é a ausência quase na sua totalidade do recurso<br />
natural água e/ou a sua má distribuição. Neste contexto, o uso da técnica da irrigação se torna<br />
imprescindível como fator de produção.<br />
A irrigação racional nos cultivos agrícolas proporciona uma hidratação<br />
adequada a nível celular, além de condicionar maior e melhor absorção de nutrientes<br />
essenciais para um bom funcionamento do metabolismo primário e secundário das plantas.<br />
Pesquisas com irrigação fornecem informações da evapotranspiração e<br />
quantidade de água consumida pelas plantas durante o ciclo. Um maior ou menor consumo de<br />
água pela videira está diretamente relacionado com seu estádio fenológico, com ênfase no<br />
consumo durante a floração e produção de frutos.