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FISIOLOGIA E METABOLISMO DA VIDEIRA CV. SYRAH NO ...

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No presente trabalho os resultados obtidos concordam com os obtidos<br />

por Freeman et al. (1980) que constataram redução nas características de qualidade da uva<br />

‘Shiraz’ quando submetidas ao estresse hídrico. Segundo Esteban et al. (2002) condições de<br />

défice hídrico favorecem o catabolismo do ácido málico, reduzindo assim, a acidez do mosto.<br />

Para Conde et al. (2007) o aumento na temperatura das bagas, aumenta também o consumo de<br />

energia e para manter a produção energética a célula recorre ao ácido málico armazenado<br />

através do aumento de atividade da enzima málica. Além disso, a concentração mineral,<br />

principalmente de Potássio, afeta a metabolização dos ácidos orgânicos, a relação<br />

tartárico/málico e o pH (OLLAT et al., 2002).<br />

Para Coombe (1987) a temperatura está relacionada com a acidez total<br />

do mosto, pois quanto mais elevada for a temperatura, dentro dos limites críticos para cultura,<br />

maior será a concentração de açúcares e menor de ácido málico nos frutos, já que o mesmo é<br />

utilizado como substrato da respiração durante o amadurecimento. Ruffner et al. (1983),<br />

atribui ao decréscimo na acidez titulável, a diluição da concentração de ácidos por aumento do<br />

volume da baga, ativação da degradação, a inibição da síntese e transformação destes ácidos<br />

em açúcares. Conde et al. (2007) relataram que a concentração ideal de ácidos orgânicos na<br />

uva madura deve variar entre 0,65 e 0,85 g 100 mL -1 (90-110 meq/l). Entretanto, as condições<br />

climáticas afetam o metabolismo dos ácidos orgânicos durante a maturação, regulando a taxa<br />

de transformação do ácido málico em fontes de carbono para a respiração celular (JACKSON<br />

e LOMBARD, 1993) ou a sua acumulação sob a forma de frutose e glicose (CONDE et al.,<br />

2007). O aumento na quantidade de água aplicada à cultura pode interferir no aumento da<br />

acidez total do mosto, contribuindo para a perda da qualidade no processamento da uva<br />

(BEVILAQUA, 1995). Os valores de acidez obtidos no presente experimento estão bem acima<br />

dos encontrados por outros autores (SANTOS e KAYE, 2009; FERNANDES, 2009). Esse<br />

fato pode ser explicado pela coleta precoce dos frutos (ainda com elevada acidez titulável)<br />

para as avaliações químicas, em função da antecipação da colheita devido ao ataque de<br />

pássaros e insetos.<br />

Os sólidos solúveis (SS) e a relação sólidos solúveis/acidez titulável<br />

(SS/AT) tiveram comportamento inverso significativo ao da acidez, aumentando os seus<br />

valores com o avanço do ciclo (Tabela 29). Esse comportamento é esperado, pois caracteriza a<br />

evolução da maturação de bagas. O acúmulo de sólidos solúveis nas bagas ocorre lentamente

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