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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE ...

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Nestas análises, observou-se também perda do teor da lignina pela<br />

Testemunha 50, em 3%. Já na Testemunha 100, observou-se acréscimo no teor de lignina total<br />

em 1,7%, quando comparado à Testemunha 0 (Tabela 9). Assim, na umidade 100%, para a<br />

comparação do teor de lignina total, utilizou-se o valor obtido pelas análises da Testemunha 0.<br />

Na umidade 100%, a ordem decrescente de consumo da lignina foi<br />

composta por P. sanguineus (47,6%), L. bertieri (29,6%), L. edodes (11,1%) e Xylaria sp.<br />

(2,1%). O aumento das taxas de degradação entre os tratamentos 50 e 100% de umidade foram<br />

de 86,4% para P. sanguineus, 87,2% para L. bertieri e de 30,8% para L. edodes. Neste estudo,<br />

com base nos resultados obtidos dos teores totais de celulose, hemicelulose e lignina, dos<br />

tratamentos a 100% de umidade, considera-se P. sanguineus e L. bertieri como sendo fungos de<br />

degradação simultânea da madeira, ou seja, organismos capazes de degradar tais componentes em<br />

praticamente na mesma velocidade.<br />

Através dos estudos sobre a capacidade ligninolítica do P. sanguineus e<br />

L. bertieri, é possível considerar a aplicação destes na destoca biológica, já que a lignina é o<br />

composto natural mais difícil de ser degradado na natureza. Já o L. edodes não mostrou boa<br />

capacidade ligninolítica nas condições avaliadas, apesar de ser conhecidamente bom degradador<br />

da madeira (ANDRA<strong>DE</strong>, 2007; GUGLUIOTTA e CAPELARI, 1998). A Xylaria sp. mostrou-se<br />

pouco ligninolítica, tendo maior preferência pela hemicelulose (Tabela 9).<br />

Teor de extrativos totais<br />

Observou-se que o único fungo a diminuir o teor de extrativos totais foi o<br />

P. sanguineus, na umidade 100%. Os demais, inclusive a Testemunha 50, apresentaram<br />

acréscimos nos teores de extrativos, devido ao metabolismo dos compostos solúveis em álcool e<br />

tolueno ((Tabela 9). Os fungos L. bertieri e L. edodes causaram, durante o processo de<br />

degradação nos tratamentos a 50% de umidade, aumento nos teores de extrativos em 32,1 e<br />

35,4%, isso ocorreu provavelmente pelo metabolismo parcial de compostos solúveis.<br />

No tratamento com 100% de umidade, P. sanguineus consumiu maior<br />

quantidade de massa da madeira, revelando também o metabolismo de compostos solúveis, como<br />

os extrativos. Deste modo, a quantidade de extrativos retirada da madeira foi menor,<br />

provavelmente devido à decomposição de vários polissacarídeos presentes no parênquima, na

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