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73 forma, os teores totais dos constituintes da madeira intacta (Testemunha 0) foram usados para se obter os valores reais dos constituintes da madeira, que restaram após a degradação. Os aqui dados discutidos foram então obtidos da subtração dos teores dos tratamentos Testemunhas correspondentes, 50 e 100. Teor de celulose total A Tabela 9 ilustra a degradação da celulose nos tratamentos com 50% e 100% de umidade, em relação à madeira não autoclavada (Testemunha 0) e às testemunhas autoclavadas (Testemunhas 50 e 100). Verificou-se que, na umidade 50%, o consumo de celulose foi semelhante na madeira degradada por P. sanguineus (8,9%) e L. bertieri (8,1%). As baixas perdas de massa causadas por Xylaria sp. (2,6%) e L. edodes (3,7%), foram também refletidas nos baixos consumos de celulose, sendo inferiores ao P. sanguineus em 70,6 e 58,8%, respectivamente. Nos tratamentos com 100% de umidade, P. sanguineus e L. bertieri tiveram alta capacidade celulolítica, com perdas de 46,5% e 30,7%, respectivamente. L. edodes consumiu apenas 5% de celulose e Xylaria sp. consumiu apenas 5,3% de celulose, porém foi 30,7% a mais, comparado ao tratamento com 50% de umidade. Os teores totais de celulose obtidos do tratamento Testemunha 50, foi de 0,26%, enquanto que na Testemunha 100, observou-se acréscimo em 1% do peso, quando comparado ao teor obtido da Testemunha 0 (38,1%). Teor de hemicelulose total Nos tratamentos com 50% de umidade, os maiores consumidores de hemicelulose foram L. edodes (8%), L. bertieri (6,3%) e P. sanguineus (4,1%). Os teores de hemicelulose perdidos da madeira da Testemunha 50 foi de 7,7%, e da Testemunha 100 foi de 10,2% (Tabela 9). As análises químicas da madeira degradada por Xylaria sp. acusaram aumento dos teores de hemicelulose, tanto a 50% de umidade (acréscimo de 1,4%) quanto a 100% (acréscimo de 3,9%), quando comparado às testemunhas correspondentes, e tomando como base a testemunha 0. Na umidade 100%, P. sanguineus e L. bertieri consumiram 40,2 e 23,1% da hemicelulose, respectivamente. Nesse caso, a umidade influenciou perdas significativas

74 superiores a 80 e 72,7%, em relação aos tratamentos com 50% de umidade. L. edodes aumentou o consumo de hemicelulose em 44,4%, em relação à umidade 50%. Assim, sugere-se que o crescimento e metabolismo de L. edodes sofreram influência não somente pela presença da água, mas também pelo tipo de substrato utilizado, dentre outros fatores. Teor de lignina total Em relação à madeira não degradada, a ordem decrescente de consumo da lignina, nos tratamentos com 50% de umidade, foi composta por P. sanguineus (6,4%), L. edodes (4,7%), L. bertieri (3,8). Assim como observado nos teores de hemicelulose, a madeira que sofreu ataque da Xylaria sp. teve acréscimo em 2,57%, em relação à Testemunha 0. Tabela 9: Média dos teores totais (%) dos componentes químicos da madeira degradada de eucalipto urograndis, por Pycnoporus sanguineus, Lentinus bertieri, Xylaria sp. e Lentinula edodes, e das Testemunhas, submetidas às umidades de 50 e 100%, após 120 dias de degradação. Tratamentos Extrativos Lignina Celulose Hemicelulose Pycnoporus sanguineus 50 a 5,4 c 21,1 34,6 32,0 Pycnoporus sanguineus 100 b 4,2 12,2 20,0 18,0 Lentinus bertieri 50 6,3 21,7 34,9 31,2 Lentinus bertieri 100 5,8 16,4 26,0 24,2 Xylaria sp. 50 5,2 23,9 37,0 34,0 Xylaria sp. 100 4,8 22,8 35,7 32,8 Lentinula edodes 50 6,5 21,5 36,6 30,6 Lentinula edodes 100 6,4 20,7 35,8 29,9 Testemunha 0 4,8 23,3 38,1 36,3 Testemunha 50 5,2 22,6 38,0 33,5 Testemunha 100 4,8 23,7 38,5 32,6 Legendas: a, b = Umidades de 50 e 100 %, respectivamente. c = média da o em duplicata.

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forma, os teores totais dos constituintes da madeira intacta (Testemunha 0) foram usados para se<br />

obter os valores reais dos constituintes da madeira, que restaram após a degradação. Os aqui<br />

dados discutidos foram então obtidos da subtração dos teores dos tratamentos Testemunhas<br />

correspondentes, 50 e 100.<br />

Teor de celulose total<br />

A Tabela 9 ilustra a degradação da celulose nos tratamentos com 50% e<br />

100% de umidade, em relação à madeira não autoclavada (Testemunha 0) e às testemunhas<br />

autoclavadas (Testemunhas 50 e 100).<br />

Verificou-se que, na umidade 50%, o consumo de celulose foi semelhante<br />

na madeira degradada por P. sanguineus (8,9%) e L. bertieri (8,1%). As baixas perdas de massa<br />

causadas por Xylaria sp. (2,6%) e L. edodes (3,7%), foram também refletidas nos baixos<br />

consumos de celulose, sendo inferiores ao P. sanguineus em 70,6 e 58,8%, respectivamente.<br />

Nos tratamentos com 100% de umidade, P. sanguineus e L. bertieri<br />

tiveram alta capacidade celulolítica, com perdas de 46,5% e 30,7%, respectivamente. L. edodes<br />

consumiu apenas 5% de celulose e Xylaria sp. consumiu apenas 5,3% de celulose, porém foi<br />

30,7% a mais, comparado ao tratamento com 50% de umidade. Os teores totais de celulose<br />

obtidos do tratamento Testemunha 50, foi de 0,26%, enquanto que na Testemunha 100,<br />

observou-se acréscimo em 1% do peso, quando comparado ao teor obtido da Testemunha 0<br />

(38,1%).<br />

Teor de hemicelulose total<br />

Nos tratamentos com 50% de umidade, os maiores consumidores de<br />

hemicelulose foram L. edodes (8%), L. bertieri (6,3%) e P. sanguineus (4,1%). Os teores de<br />

hemicelulose perdidos da madeira da Testemunha 50 foi de 7,7%, e da Testemunha 100 foi de<br />

10,2% (Tabela 9).<br />

As análises químicas da madeira degradada por Xylaria sp. acusaram<br />

aumento dos teores de hemicelulose, tanto a 50% de umidade (acréscimo de 1,4%) quanto a<br />

100% (acréscimo de 3,9%), quando comparado às testemunhas correspondentes, e tomando como<br />

base a testemunha 0. Na umidade 100%, P. sanguineus e L. bertieri consumiram 40,2 e 23,1%<br />

da hemicelulose, respectivamente. Nesse caso, a umidade influenciou perdas significativas

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