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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE ...

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condições, X. hypoxylon produziu menor quantidade de lacase em relação à X. polymorpha. Os<br />

autores também verificaram que esses fungos produziram ativamente outras enzimas como<br />

estearases e celulases, confirmando os resultados obtidos, verificados na Tabela 7, onde Xylaria<br />

sp. e S. ostrea foram os únicos fungos produtores de lipases em meio sólido. A capacidade de<br />

metabolizar ésteres e outros ácidos graxos pode estar relacionada à hidrólise de alguns<br />

componentes dos extrativos, presentes na madeira, que servirão como fonte de nutrientes.<br />

Verificou-se que P. sanguineus foi o único fungo a produzir protease. A<br />

proteína e peptídeos são utilizados com fonte de nitrogênio e enxofre pelos fungos. Para<br />

metabolizá-los, eles secretam proteases que hidrolisam os peptídeos à aminoácidos, e então a<br />

absorção ocorre pela membrana plasmática fúngica. Embora produzida em pouca quantidade, as<br />

proteínas são armazenadas nas células parenquimáticas da madeira para posterior utilização como<br />

fonte de energia no metabolismo primário das plantas (KOGA, 1981, CASTRO e MACHADO,<br />

2006). Souza et al. (2007), estudaram diversos fungos coletados da Amazônia e detectaram o<br />

mesmo perfil com P. sanguineus e outros fungos de podridão branca, como Pleurotus sp. e<br />

Stereum sp., quando o substrato para protease utilizado foi a gelatina e farelo de soja.<br />

Além de fatores nutricionais, como o tipo de substrato lignocelulolítico, a<br />

temperatura e o pH são fatores determinantes na síntese e atividade de diversas enzimas<br />

(BALDRIAN, 2008). O ajuste do pH nos meios de cultivo para pectinases evidenciou a presença<br />

de duas enzimas: a pectato liase (ou pectinase) e a poligalacturonase, verificadas em pH 7,0 e<br />

5,0, respectivamente. Essas enzimas foram produzidas por P. sanguineus, L. bertieri e L. edodes,<br />

com exceção da Xylaria sp. As pectinases agem em diferentes regiões da pectina, rompendo as<br />

ligações glicosídicas da molécula presentes principalmente na lamela média, que une as células<br />

vegetais. Uma das principais características macroscópicas da madeira que sofre o ataque por<br />

fungos de podridão branca é a aparência frágil e quebradiça, do sentido das fibras, causada pelo<br />

afinamento das paredes celulares, da degradação da lignina e também pela dissolução da lamela<br />

média (BLANCHETTE, 1991; LUNA et al., 2004).<br />

Todos os fungos apresentaram atividade celulolítica, facilmente<br />

visualizada pela formação do halo de cor laranja após a aplicação do corante. Segundo Baldrian<br />

(2008), a atividade de celulases provavelmente existe em todos os fungos degradadores da<br />

madeira, porque a celulose é a substância orgânica mais abundante na natureza. Para degradá-la<br />

completamente, é necessário um complexo de enzimas fúngicas, que agem sinergisticamente no

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