FACULDADE DE CIÃNCIAS AGRONÃMICAS CAMPUS DE ...
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mole. Esses tipos de fungos podem degradar a madeira em condições extremamente adversas<br />
(pouco ou excesso de água) fato que evita ou inibe a atividade de outros fungos.<br />
Um bom conhecimento dos mecanismos de degradação pode oferecer<br />
importantes esclarecimentos de estratégias e mecanismos de colonização fúngica<br />
(BLANCHETTE, 1991).<br />
3.5. Uso de fungos apodrecedores da madeira na destoca natural<br />
Com a crescente demanda por madeira a cada ano, mais áreas devem ser<br />
exploradas, e as áreas já plantadas merecem maior atenção, devido principalmente à presença dos<br />
cepos e raízes que ficam nesses locais após o corte raso. Após o terceiro corte, esses restos<br />
culturais devem ser retirados de alguma forma, e atualmente, existem duas práticas mais usadas,<br />
o rebaixamento de tocos e a retirada mecânica. Contudo, essas práticas demandam alta energia e<br />
custo, encarecendo todo o processo produtivo da madeira.<br />
A retirada dos tocos, mesmo quando necessária causa um grave<br />
empobrecimento do solo, tanto de nutrientes quanto da microbiota. Após o período de um ano da<br />
retirada de raízes, Hope (2007) verificou que várias mudanças químicas ocorreram solo, dentre<br />
elas, baixas concentrações de nitrogênio, carbono, enxofre e altas concentrações de fósforo. Os<br />
autores verificaram também que normalização da quantidade de nutrientes no solo, através da<br />
atividade microbiana, foi restituída somente 10 anos após a retirada das raízes.<br />
A degradação da madeira, em especial de tocos e raízes, em solos de<br />
clima tropical é favorecida pela temperatura. Segundo Chen et al. (2000), a taxa de CO 2 liberado<br />
pela respiração de microrganismos, que atuam em raízes mortas, aumenta com a temperatura,<br />
alcançado o máximo a 30-40º C. Acima disso, entre 50-60º C, ocorre declínio dos processos de<br />
respiração, embora ela não pare completamente. Em geral, temperaturas mais elevadas propiciam<br />
as atividades enzimáticas. Essa situação pode ocorrer em áreas recém cortadas, devido à radiação<br />
solar elevada. Concomitantemente com a umidade, espécie e idade da madeira, presença de<br />
microrganismos entre outros fatores, a degradação da madeira é favorecida (CHEN et al., 2000).<br />
De acordo com O’Connell (1990), no folhedo de florestas de eucalipto, o<br />
fator umidade (próximo a 100%) e temperatura (entre 33-34º C) resultaram em um taxa de