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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE ...

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3.4. Fungos degradadores da madeira<br />

Os principais fungos que degradam eficientemente a madeira pertencem<br />

ao filo Basidiomicota, segundo a classificação de Alexopoulos et al. (1996), e estão organizados<br />

na ordem Aphyllophorales e Agaricales.<br />

Os Aphyllophorales possuem um importante papel nos ecossistemas,<br />

sendo importantes como decompositores da madeira, geralmente associados com outros táxons<br />

(BA<strong>DE</strong>R et al., 1995). Dentro dessa ordem, está o gênero Pycnoporus, um poliporáceo muito<br />

encontrado nas florestas tropicais e também em locais urbanos. Esses fungos são popularmente<br />

conhecidos como “orelhas-de-pau” devido à aparência séssil e endurecida do basidioma. As<br />

espécies da ordem Aphyllophorales são, na sua maioria, saprófitas lignocelulolíticos, que<br />

possuem um papel fundamental na ciclagem de nutrientes e na manutenção dos ecossistemas<br />

terrestres (GLUGLIOTTA e CAPELARI, 1998).<br />

Os fungos comumente conhecidos como cogumelos estão incluídos na<br />

ordem Agaricales. Esses fungos são carnosos e também possuem um papel importante como<br />

decompositores de diversos materiais vegetais, desde folhas até a madeira, chegando a ser<br />

eficientes fungos ligninolíticos, como o cogumelo comestível Lentinula edodes, o “shiitake”<br />

(GLUGLIOTTA e CAPELARI, 1998).<br />

O filo Ascomicota abriga alguns fungos degradadores, mas em menor<br />

quantidade. Neste filo, está o gênero Xylaria, que vem sendo retratado como degradador da<br />

madeira, devido ao hábito de colonizar madeira em decomposição e/ou vivendo como saprófita<br />

de plantas lenhosas. Esses fungos podem ser encontrados na madeira, no folhedo e no solo<br />

(ALEXOPOULOS et al., 1996).<br />

Na maioria dos casos, um grande número de fungos trabalha<br />

simultaneamente na degradação da madeira. As taxas de degradação podem ser maiores quando<br />

há umidade suficiente na madeira (HOADLEY, 2000; RAYNER e BODDY, 1988). O limite de<br />

água presente na madeira não degradada situa-se próximo a 30% e, em potenciais abaixo disso, a<br />

água está presente somente nos microporos, que são muito pequenos para permitir a passagem<br />

das hifas ou de enzimas (GRIFFIN, 1977; MAGAN, 2008).<br />

Sem água, muitas reações metabólicas não acontecem e a habilidade de<br />

colonização do substrato pelos fungos torna-se mais lenta.

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