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FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE ...

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máquinas para adubação e para a colheita da madeira (ONOFRE et al., 2001). Na primeira e<br />

segunda rotação, o plantio é feito entre linhas, já na terceira rotação, não há espaço para novos<br />

plantios e, a menos que os tocos e raízes ali presentes sejam retirados mecanicamente, a área<br />

torna-se imprópria para novos plantios.<br />

Apesar de atrapalhar o manejo da cultura, manter esses tocos nos próprios<br />

locais gera riquezas às florestas plantadas, pois sua degradação promove a ciclagem de nutrientes,<br />

disponibilizando-os às novas plantas, além de aumentar a comunidade microbiana e aeração do<br />

solo.<br />

Uma maneira de acelerar o processo de degradação dos tocos e raízes é o<br />

emprego de fungos degradadores da madeira não patogênicos, muito conhecidos como fungos de<br />

podridão branca. O método consiste basicamente, na inoculação dos tocos com fungos adaptados<br />

à região onde a técnica será aplicada, o qual é denominado de destoca biológica (ANDRA<strong>DE</strong>,<br />

2003; ABREU et al., 2007). Ademais, com este método, tem-se uma redução da exportação de<br />

nutrientes da área e manutenção da microbiota, contribuindo desta forma, para a sustentabilidade<br />

desse sistema (ALONSO et al., 2007).<br />

Os microrganismos conhecidamente capazes de degradar madeira são os<br />

basidiomicotas pertencentes às ordens Agaricales e Aphylloporales. Durante o crescimento<br />

micelial e formação de basidiomas, estes fungos produzem enzimas oxidativas, lacases e<br />

peroxidases, que estão envolvidas no processo de degradação dos componentes estruturais da<br />

parede celular vegetal: celulose, hemicelulose e lignina (HAKALA et al., 2004). Contudo, a<br />

capacidade de degradação da madeira pode variar entre espécies de fungos e mesmo da madeira a<br />

ser degradada (ORTH et al., 1993; FERNAN<strong>DE</strong>S, 2005).<br />

Como em todos os processos de biodegradação, tem-se a formação de<br />

metabólicos diversos e de produtos finais, como a água, CO 2 e liberação de calor<br />

(BOOMINATHAN e REID, 1992). Neste processo, os fungos obtêm energia e nutrientes para<br />

seu metabolismo, crescimento miceliano e reprodução, geralmente pela formação dos basidiomas<br />

(KÜES e LIU, 2000).<br />

A biodegradação de madeira, também conhecida como podridão, é<br />

classificada em três tipos: mole, branca e parda (BLANCHETTE, 1985, 1991). Na podridão mole<br />

ocorre a degradação de compostos solúveis, como os açúcares simples e carboidratos. Na<br />

podridão branca, ocorre a degradação dos principais constituintes da célula vegetal da madeira,

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