ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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20.05.2014 Views

82 • Ligação ecológica – Habitat não necessariamente linear que facilita os movimentos da fauna ou a continuidade dos processos ecológicos na paisagem; • Habitat linear – Faixa linear de vegetação (não necessariamente autóctone) de ligação entre áreas ecologicamente isoladas; • Corredores de habitats – Faixa linear de vegetação posta para ligação de habitat de maior extensão, com função estrutural sem referência ao seu uso funcional por parte da fauna; • Corredores de distúrbios – Entre estes elementos tipicamente lineares de origem antrópica enumeram-se as linhas ferroviárias, as estradas, os eletrodos, etc. Diferem da matriz em que são inseridas e têm, normalmente, efeitos negativos sobre as áreas naturais circunstantes; • Pontos de ligação – Manchas naturais de habitat com elevada funcionalidade, em outras palavras, ótimas áreas de parada e refúgio para determinadas espécies. Outros autores utilizam os termos corredores ecológicos para espaços abertos, cujas estrutura e qualidade servem funcionalmente para assegurar a passagem das espécies no mosaico ambiental; outros falam de corredores de dispersão para indicar os habitats com função de ligação entre fragmentos idôneos para determinadas espécies (SCOCCIANTE, 2001 apud BATTISTI, 2004). O termo corredores parece sintetizar bem a natureza de tais ligações, seja pelas características geométricas da configuração espacial, principalmente lineares, seja pela função de conexão entre áreas naturais. Os termos caminhos verdes e cinturões verdes são muito difusos e utilizados normalmente como sinônimos de corredores, mas esses se referem aos aspectos perceptivos, de fruição e estéticos ligados a qualidade de vida humana e urbanística (BATTISTI, 2004). A presente pesquisa assume que nos termos rede ecológica se fundem os conceitos de corredores ecológicos com os de caminhos verdes, mantendo a conservação ecossistêmica como objetivo principal, sem excluir a priori a possibilidade de um uso misto. Ao contrário, a multifuncionalidade pode ajudar a estimular a participação da população residente no território no processo de decisão e na realização e manutenção do projeto. Além disso, os corredores verdes podem ser vistos não somente como um sistema de conexão de espaços abertos, mas como uma oportunidade que consegue reformular a estrutura e a funcionalidade do espaço de

83 forma ecológica, combinando uma visão economicamente factível e socialmente desejável (LINEHAN et al., 1995 apud CHON, 2004). De modo geral, os projetos de redes ecológicas podem ser classificados em termos das várias configurações adotadas para o planejamento dos espaços abertos, com as seguintes alternativas teóricas (TURNER, 1995 apud IMAM, 2005): (A) um parque central multiuso similar ao Central Park em New York; (B) uma distribuição eqüitativa de espaços abertos entre as cidades remanescentes dos quarteirões residenciais como no centro de Londres; (C) uma hierarquia de parques de diferentes dimensões: metropolitana, distrital e local; (D) uma trilha para a comunidade em uma área residencial similar àquele proposto por Olmsted; (E) um sistema de parques intimamente conexo ao longo de vias que conectam espaços abertos, semelhante ao Emerald Necklace em Boston; (F) uma rede ambientalmente funcional de corredores sobrepostos: destinados aos pedestres, ao transporte leve e às funções ecológicas, que, através de superfícies pavimentadas e cobertura vegetal, se estendem em todo o território urbanizado, como no caso da cidade de Denver (Figura 2). Figura 2. Alternativas teóricas para o planejamento de espaços abertos, propostas por Turner (1995 apud IMAM, 2005). Figure 2. Alternatives theories for open space planning, by Turner (1995 apud IMAM, 2005).

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forma ecológica, combinando uma visão economicamente factível e socialmente desejável<br />

(LINEHAN et al., 1995 apud CHON, 2004).<br />

De modo geral, os projetos de redes ecológicas podem ser classificados em termos das<br />

várias configurações adotadas para o planejamento dos espaços abertos, com as seguintes<br />

alternativas teóricas (TURNER, 1995 apud IMAM, 2005): (A) um parque central multiuso<br />

similar ao Central Park em New York; (B) uma distribuição eqüitativa de espaços abertos<br />

entre as cidades remanescentes dos quarteirões residenciais como no centro de Londres; (C)<br />

uma hierarquia de parques de diferentes dimensões: metropolitana, distrital e local; (D) uma<br />

trilha para a comunidade em uma área residencial similar àquele proposto por Olmsted; (E)<br />

um sistema de parques intimamente conexo ao longo de vias que conectam espaços abertos,<br />

semelhante ao Emerald Necklace em Boston; (F) uma rede ambientalmente funcional de<br />

corredores sobrepostos: destinados aos pedestres, ao transporte leve e às funções ecológicas,<br />

que, através de superfícies pavimentadas e cobertura vegetal, se estendem em todo o território<br />

urbanizado, como no caso da cidade de Denver (Figura 2).<br />

Figura 2. Alternativas teóricas para o planejamento de espaços abertos, propostas por Turner (1995 apud<br />

IMAM, 2005).<br />

Figure 2. Alternatives theories for open space planning, by Turner (1995 apud IMAM, 2005).

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