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ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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definiram como a maior ameaça de origem antrópica à diversidade biológica (JONGMAN et<br />

al., 2004).<br />

No planejamento, a fim de atenuar ou contrastar estes efeitos, propõem-se diversas<br />

estratégias, entre as quais assumiu particular relevância o planejamento de redes ecológicas.<br />

A base teórica, constituída pelas contribuições e inovações das ciências ecológicas e da<br />

biogeografia, permitiu a superação da abordagem “insular”, que tem o enfoque da preservação<br />

de sistemas naturais isolados e fechados (BATTISTI, 2004). A nova abordagem aponta para<br />

maiores escalas espaciais e temporais, mais adequadas para a manutenção da biodiversidade e<br />

da funcionalidade dos ecossistemas. Apesar da atenção internacional sobre os temas<br />

ambientais e o planejamento de redes ecológicas, não se nota um conhecimento profundo de<br />

tais problemáticas por parte de quem redige os planos, que se vale somente de maneira<br />

marginal das profissões naturalísticas que, pelo contrário, deveriam ser inseridas no quadro<br />

pragmático e projetual (BATTISTI, 2004).<br />

Portanto, este trabalho propõe complementar as informações ambientais relativas às<br />

análises pedológicas, visando à elaboração de um método para o planejamento de redes<br />

ecológicas.<br />

O território descontínuo<br />

As características com que se manifesta a fragmentação das áreas naturais são: o<br />

desaparecimento e/ou redução em superfície de determinadas tipologias ecossistêmicas<br />

(habitat loss and reduction); a progressiva insularização (habitat isolation); a re-organização<br />

espacial dos fragmentos remanescentes e o aumento do efeito de borda (edge effect)<br />

(BENNETT, 1999 apud BATTISTI, 2004). Estes sintomas agravam-se nas áreas tropicais, em<br />

cujas florestas está presente um número elevado de espécies caracterizadas geralmente por<br />

uma extrema especialização, por uma distribuição geográfica restrita e por uma reduzida<br />

capacidade de dispersão, resultando mais vulneráveis aos efeitos ecológicos e espaciais da<br />

fragmentação (BATTISTI, 2004).<br />

Na Figura 1 são descritos alguns modelos utilizados para ilustrar os mecanismos de<br />

desagregação do território fragmentado: a passagem de um território contínuo a um mais<br />

descontínuo e desagregado pode acontecer por perfuração, dissecação, fragmentação, no

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