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ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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A entidade de tais efeitos negativos sobre o sistema ecológico e a biodiversidade é maior<br />

para as comunidades das zonas tropicais que são, de fato, mais vulneráveis a este fenômeno do<br />

que as das zonas temperadas, por uma série de fatores de tipo climático, evolutivo, ecológico e<br />

histórico-biogeográfico que as caracterizaram de um modo peculiar. Por exemplo, uma grande<br />

parte das espécies nas latitudes tropicais apresenta uma capacidade de dispersão reduzida e<br />

uma elevada especialização ecológica, fatores que as tornam extremamente sensíveis à<br />

fragmentação (WILCOVE et al., 1986 e WILSON, 1993 apud BATTISTI, 2004).<br />

Fragmentação e abordagem multi-espécie baseada em técnicas SIG para a conservação<br />

da biodiversidade.<br />

Existem vários métodos para a análise e interpretação das características dos elementos<br />

da paisagem. Eles tentam responder à complexidade dos processos e das pressões que agem<br />

sobre os sistemas que compõem a paisagem, constituindo uma abordagem espacial para a<br />

análise das inter-relações entre os seus elementos. Entre outros, é possível lembrar alguns<br />

métodos que podem esclarecer estas relações, revistos por Vuillemier et al. (2002):<br />

caraterização do uso do núcleo e do corredor por espécies específicas – Shkedy and Salts,<br />

1999; projeto de corredores – Jordan, 2000; seleção de redes de reservas naturais – Polasky<br />

et al., 2000; modelo celular automático – Darwen e Green, 1996; caminhos aleatórios –<br />

Johson et al., 1992; paisagens neutras – With, 1997; modelos baseados em tecnologia SIG –<br />

Johnson et al., 1992 e Schippers et al., 1996.<br />

Os efeitos postos em evidência neste trabalho estão ligados à conservação do patrimônio<br />

biogenético de várias espécies terrestres, individualizando as áreas de maior capacidade ao<br />

movimento e, deste modo, fornecendo um critério para o projeto de redes ecológicas.<br />

Conservacionistas freqüentemente estudam uma particular espécie e, usualmente, é um<br />

megavertebrado, que atrai a atenção pública, tem valor simbólico e cumpre um papel chave no<br />

ecoturismo (PRIMACK, 1993 apud PHUA et al., 2005). Esta abordagem “mono espécie” é<br />

muito custosa e ineficiente, porque cada organismo per si não pode ser conservado (BARNES<br />

et al., 1998 apud PHUA et al., 2005). Houve uma gradual mudança da abordagem “mono<br />

espécie” para uma “multi espécie”, segundo a qual os ecossistemas deveriam ser o alvo dos<br />

esforços para a conservação (FRANKLIN, 1993; VUILLEUMIER e PRÉLAZ-DOUX, 2002,

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