ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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28 Posteriormente, durante o Cretáceo Superior, já em clima semi-árido, depositaram-se sobre a seqüência dos derrames basálticos, em ambiente flúvio-lacustre, as seqüências areníticas do Grupo Bauru. Segundo Suguio e Barcelos (1980), o ciclo inicial de sedimentação Bauru parece ter-se processado sobre um relevo profundamente irregular, favorecendo a formação de ambientes eminentemente lacustres. Esta fase não apresentava ainda uma drenagem muito organizada e correspondera à etapa de assoreamento das irregularidades da superfície basáltica. Tendo sido depositada em ambiente essencialmente lacustre raso, a principal cauda de diferenciação textural entre as unidades litoestratigráficas, deve ser atribuída às fontes arenosas (arenito Botucatu) e argilosa (basalto Serra Geral). Destacam-se as seguintes possibilidades de mineralizações: argilas para diversos fins – bentonita (emectita e atapulgita), argilas refratárias (caulinita e gibsita), agregação leve (illita), fertilizantes termo-fosfato potássico (illita) e cerâmica vermelha; rochas carbonatadas – corretivo do solo; sais evaporíticos – diamantes; metais (Cu, U) etc. 4.1.2. Grupo Bauru O pacote de sedimentos do Grupo Bauru, no âmbito do Município de Agudos é representado por duas formações geológicas: Adamantina e Marília, dispostas sobre os basaltos da formação Serra Geral (Tabela 2 – IPT, 1981). Tabela 2. Unidades geológicas. Fonte: Mapa Geológico do Estado de São Paulo, escala 1: 500.000, IPT/1981. Período Símbolo – Formação Geológica Litologia Mesozóico Formação Marília (Unidade Aqüífera Bauru) Formação Adamantina (Unidade Aqüífera Bauru) Arenitos de granulação fina a grossa, compreendendo bancos maciços com tênues estratificações cruzadas de médio porte, incluindo lentes e intercalações subordinadas de siltitos e arenitos muito finos com estratificação plano-paralela. Presença comum de nódulos carbonáticos. Arenitos finos a muito finos, podendo apresentar cimentação e nódulos carbonáticos, com lentes de siltitos argilosos e argilitos, ocorrendo em bancos maciços. Teor de matriz variável, cores creme e vermelho.

29 As rochas deste grupo foram originadas em um ambiente de sedimentação reconhecidamente continental flúvio-lacustre, o que lhe confere grande descontinuidade nas suas duas unidades geológicas. As rochas destas duas formações geológicas, constituídas predominantemente por arenitos são em geral brandas, apresentando baixas resistências mecânicas, porém, quando cimentadas, esta condição é alterada, passando a ter maiores coerências e resistências. Formação Adamantina Esta formação aflora em vasta extensão do oeste do Estado de São Paulo, recobrindo as unidades pretéritas do Grupo Bauru (formações Caiuá e Santo Anastácio) e da formação Serra Geral e é recoberta pela Formação Marília e em parte por depósitos cenozóicos. A principal característica da formação Adamantina é a presença de bancos de arenitos de granulação fina e muito fina - contendo estratificação, com espessura entre 2 e 20m – alternados com bancos de lamitos, silitosos e arenitos. É comum a presença de nódulos carbonáticos e seixos de argilito da própria unidade. As maiores espessuras ocorrem geralmente nas porções ocidentais dos espigões entre os grandes rios. Atinge 160m entre os rios São José dos Dourados e Peixe, 190m entre os rios Santo Anastácio e Paranapanema e 100 a 150m entre os rios Peixe e Turvo, adelgaçando-se dessas regiões em sentido a leste e nordeste. No Estado de São Paulo, os depósitos atribuíveis à Formação Adamantina transgridem do embasamento basáltico por sobre unidades infrabasálticas (Formação Botucatu) somente em áreas muito localizadas. Suguio et al. (1977) referem-se a um grande horst na região de Bauru-Agudos, formado por uma tectônica pré-Adamantina, onde esta formação se deposita diretamente sobre a Formação Botucatu. Trabalhos de detalhamento realizados posteriormente (COUTO et al., 1980), confirmaram a existência no local de um alto estrutural nas proximidades de Piratininga, área em que afloram rochas da Formação Teresina e da Formação Pirambóia, havendo dados de subsuperfície que mostram a Formação Adamantina repousando diretamente sobre estas duas unidades mais antigas. Possui ampla distribuição em todo o município, sendo a formação geológica dominante em relação às demais unidades. Suas rochas são em geral pouco alteradas, destacando-se pela coloração creme e vermelho, às vezes amarronzada clara, sendo por isto de fácil distinção das demais unidades do Grupo Bauru.

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Posteriormente, durante o Cretáceo Superior, já em clima semi-árido, depositaram-se<br />

sobre a seqüência dos derrames basálticos, em ambiente flúvio-lacustre, as seqüências<br />

areníticas do Grupo Bauru. Segundo Suguio e Barcelos (1980), o ciclo inicial de sedimentação<br />

Bauru parece ter-se processado sobre um relevo profundamente irregular, favorecendo a<br />

formação de ambientes eminentemente lacustres. Esta fase não apresentava ainda uma<br />

drenagem muito organizada e correspondera à etapa de assoreamento das irregularidades da<br />

superfície basáltica. Tendo sido depositada em ambiente essencialmente lacustre raso, a<br />

principal cauda de diferenciação textural entre as unidades litoestratigráficas, deve ser<br />

atribuída às fontes arenosas (arenito Botucatu) e argilosa (basalto Serra Geral).<br />

Destacam-se as seguintes possibilidades de mineralizações: argilas para diversos fins –<br />

bentonita (emectita e atapulgita), argilas refratárias (caulinita e gibsita), agregação leve (illita),<br />

fertilizantes termo-fosfato potássico (illita) e cerâmica vermelha; rochas carbonatadas –<br />

corretivo do solo; sais evaporíticos – diamantes; metais (Cu, U) etc.<br />

4.1.2. Grupo Bauru<br />

O pacote de sedimentos do Grupo Bauru, no âmbito do Município de Agudos é<br />

representado por duas formações geológicas: Adamantina e Marília, dispostas sobre os<br />

basaltos da formação Serra Geral (Tabela 2 – IPT, 1981).<br />

Tabela 2. Unidades geológicas. Fonte: Mapa Geológico do Estado de São Paulo, escala 1: 500.000, IPT/1981.<br />

Período Símbolo – Formação<br />

Geológica<br />

Litologia<br />

Mesozóico<br />

Formação Marília<br />

(Unidade Aqüífera Bauru)<br />

Formação Adamantina<br />

(Unidade Aqüífera Bauru)<br />

Arenitos de granulação fina a grossa,<br />

compreendendo bancos maciços com tênues<br />

estratificações cruzadas de médio porte,<br />

incluindo lentes e intercalações subordinadas de<br />

siltitos e arenitos muito finos com estratificação<br />

plano-paralela. Presença comum de nódulos<br />

carbonáticos.<br />

Arenitos finos a muito finos, podendo apresentar<br />

cimentação e nódulos carbonáticos, com lentes<br />

de siltitos argilosos e argilitos, ocorrendo em<br />

bancos maciços. Teor de matriz variável, cores<br />

creme e vermelho.

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