ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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20.05.2014 Views

14 elementos; padrões de redes lineares, como por exemplo, as faixas de vegetação ciliar que cria uma conexão entre fragmentos florestais; padrões de superfície, medidas quantitativas que variam de forma contínua na paisagem, como, por exemplo, o modelo digital do terreno e padrões temáticos, que representam categorias do sistema em exame na forma discreta de fragmentos (MCGARIGAL e MARKS, 1995). As medições dos padrões da paisagem são computadas através de índices, que são referidos aos mapas categoriais e são conhecidos com o nome de “métricas da paisagem”. McGarigal e Marks (1995) definem as métricas da paisagem como as medidas estruturais ou funcionais da paisagem. Segundo esta definição, a paisagem pode ser apresentada em termos de composição e de configuração, onde por composição entende-se a abundância relativa e a variedade dos elementos da paisagem e por configuração entende-se as relações espaciais entre os elementos da paisagem (GIORDANO, 2004). Desta forma, as métricas da paisagem podem ser agrupadas como métricas de composição e métricas de configuração (MCGARIGAL e MARKS, 1995). Ao primeiro grupo pertencem: • abundância proporcional – proporção de cada classe relativamente à inteira paisagem; • riqueza – número de diferentes tipos de fragmentos; • dominância – abundância relativa dos diferentes tipos de fragmentos; • diversidade – medida composta da riqueza e da dominância. Os principais aspectos das métricas de configuração espacial são: • densidade e dimensão dos fragmentos – medida do tamanho e da distribuição do fragmento (média, mediana, variância ou valor máximo nos níveis de paisagem e de classe); • complexidade da forma – medida da geometria dos fragmentos, simples e compacta ou irregular e complexa; • área nuclear – área interna ao fragmento com uma profundidade de borda especificada; • isolação e proximidade – distância relativa entre fragmentos da mesma classe ou ecologicamente compatíveis;

15 • contraste – diferença relativa entre fragmentos de classes diferentes; • dispersão – tendência dos fragmentos a estar regularmente distribuídos ou agregados; • contágio e intercalação – contágio refere-se ao grau de agregação dos tipos de fragmentos, intercalação refere-se ao grau de dispersão relativa entre os tipos de fragmentos; • subdivisão – medida do grau com que um tipo de fragmento está dividido em fragmentos separados; • conectividade – medida das conexões funcionais entre os fragmentos. As métricas definem desta forma a caracterização espacial e a distribuição dos fragmentos. A caracterização espacial depende do nível da avaliação dos padrões, que pode ser referida ao fragmento individual, ao tipo ou classe de fragmento, ou à paisagem como um todo. As métricas no nível de fragmentos são definidas individualmente por cada fragmento, enquanto no nível de classe são agregadas por todos os fragmentos de uma dada classe. No nível de paisagem a agregação acontece para todas as classes (MCGARIGAL e MARKS, 1995). Apesar de uma certa descrença e confusão relativas ao elevado número de indicadores (LEITÃO e AHERN, 2002), e uma certa redundância e sobreposição de informações derivadas (RIITTERS et al., 1995; HARGIS et al., 1998; O’NEILL et al., 1999), muitos estudos foram desenvolvidos consolidando e certificando o uso de um restrito grupo de métricas: área nuclear total (TCA), densidade de fragmentos (PD), densidade de bordas (ED), índice de diversidade de Shannon (SHDI) e índice de dominância de Shannon (SHEI), distância euclidiana do vizinho mais próximo (ENN) e índice de conectividade (CONNECT). Todos estes índices são recomendados no projeto de corredores verdes (LEITÃO e AHERN, 2002), por serem sensíveis às mudanças e numericamente confiáveis no detectar os padrões da paisagem, fornecendo informações ecologicamente significantes (ZHANG e WANG, 2006). Este grupo de métricas foi complementado por outras, utilizadas em estudos análogos até no Brasil (GIORDANO, 2004; VALENTE, 2001), com a intenção de clarear o significado da avaliação e de testar novos indicadores para um uso futuro.

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elementos; padrões de redes lineares, como por exemplo, as faixas de vegetação ciliar que cria<br />

uma conexão entre fragmentos florestais; padrões de superfície, medidas quantitativas que<br />

variam de forma contínua na paisagem, como, por exemplo, o modelo digital do terreno e<br />

padrões temáticos, que representam categorias do sistema em exame na forma discreta de<br />

fragmentos (MCGARIGAL e MARKS, 1995).<br />

As medições dos padrões da paisagem são computadas através de<br />

índices, que são referidos aos mapas categoriais e são conhecidos com o nome de “métricas da<br />

paisagem”. McGarigal e Marks (1995) definem as métricas da paisagem como as medidas<br />

estruturais ou funcionais da paisagem. Segundo esta definição, a paisagem pode ser<br />

apresentada em termos de composição e de configuração, onde por composição entende-se a<br />

abundância relativa e a variedade dos elementos da paisagem e por configuração entende-se as<br />

relações espaciais entre os elementos da paisagem (GIOR<strong>DA</strong>NO, 2004).<br />

Desta forma, as métricas da paisagem podem ser agrupadas como<br />

métricas de composição e métricas de configuração (MCGARIGAL e MARKS, 1995). Ao<br />

primeiro grupo pertencem:<br />

• abundância proporcional – proporção de cada classe relativamente à inteira<br />

paisagem;<br />

• riqueza – número de diferentes tipos de fragmentos;<br />

• dominância – abundância relativa dos diferentes tipos de fragmentos;<br />

• diversidade – medida composta da riqueza e da dominância.<br />

Os principais aspectos das métricas de configuração espacial são:<br />

• densidade e dimensão dos fragmentos – medida do tamanho e da distribuição do<br />

fragmento (média, mediana, variância ou valor máximo nos níveis de paisagem e de<br />

classe);<br />

• complexidade da forma – medida da geometria dos fragmentos, simples e compacta<br />

ou irregular e complexa;<br />

• área nuclear – área interna ao fragmento com uma profundidade de borda<br />

especificada;<br />

• isolação e proximidade – distância relativa entre fragmentos da mesma classe ou<br />

ecologicamente compatíveis;

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