ECOLOGIA DA PAISAGEM PARA AVALIAÇÃO DA IDONEIDADE ...

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20.05.2014 Views

6 Neste panorama, a conectividade física e funcional constitui um dos mais importantes atributos da paisagem para a dispersão e persistência de populações de espécies espacialmente estruturadas, e para a manutenção de fluxos de matéria e energia associados às dinâmicas biofísicas (por exemplo, a ação hidrológica e suas funções de depuração e de regeneração ambiental). A fim de promover a restauração da conectividade, a pesquisa indagou sobre as redes ecológicas como instrumento do planejamento do território. O trabalho nasceu internamente às discussões e dos estudos elaborados para o Plano Diretor Participativo do Município de Agudos, SP, Brasil, para o qual foi proposto um estudo de determinação da capacidade de uso do solo como instrumento de suporte ao planejamento ambiental. Neste contexto, partiu-se para o entendimento da problemática na sua mais ampla complexidade, representada pela discussão do território contemporâneo. Logo, o que poderia ser uma pesquisa endereçada a subsidiar orientações para o sistema produtivo do município, constituiuse em um instrumento capaz de abarcar as problemáticas ambientais mais complexas, na acepção mais ampla do termo, isto é, onde o homem e suas atividades têm espaço próprio dentro do meio ambiente. Para tal finalidade, ampliou-se o panorama da análise, complementando o banco de dados, formado durante as análises pedológicas, com elementos relativos ao sistema vegetativo e animal. De fato, as análises do solo, conduzidas para determinar a capacidade de uso da terra, são indispensáveis para uma clara compreensão da realidade física e para uma gestão sustentável do território, porém, quase sempre deixam de lado os fenômenos que agem sobre a vegetação natural. Com o objetivo de superar o limite desta abordagem e de promover a restauração da conectividade, a pesquisa desenvolveu um método que embasa o projeto de redes ecológicas. Através deste instrumento, as manchas de vegetação natural ficarão mais interconexas, o fluxo de detritos e nutrientes será mais contido, diminuindo o depauperamento do solo e dos cursos d’água. Este instrumento de planejamento está em sintonia com o método onde se privilegiam as intervenções de conservação de habitats interconectados mais do que de manchas isoladas, e cumpre não somente a tarefa de criar ambientes ecologicamente mais estáveis, mas também de fornecer possibilidade de agregação social.

7 O projeto de redes ecológicas abrange áreas que se expandem necessariamente além dos limites administrativos de cada município e requer, portanto, uma dilatação da escala de investigação, de modo que seja significativa e, em outras palavras, represetantiva da paisagem, constituindo-se referência para todo o território. Desta forma, a escala territorial da paisagem representou o âmbito de contextualização mais adequado para a análise, onde foi possível reconhecer as diversas realidades (sociais, econômicas, ecossistêmicas, de uso e ocupação, de criticidade e potencialidade) que estão espacialmente distribuídas e que devem ser investigadas e compreendidas. Foi possivel quantificar os efeitos destas formas de uso sobre o sistema de vegetação natural através de indicadores e métodos de avaliação multicriterial. Em função do exposto, o objetivo geral da pesquisa foi a definição de uma metodologia analítica para o estudo do território e da paisagem como suporte ao planejamento ambiental, com enfoque no desenvolvimento do sistema verde, através da valorização e elaboração de projetos sustentáveis de redes ecológicas para centros de médio e pequeno porte. Os objetivos específicos foram: evidenciar as funções do sistema ambiental na escala territorial, em particular da área verde; desenvolver propostas de redes ecológicas na forma de cenários, que sejam de fácil compreensão e quantitativamente confrontáveis com relação à escala de valores selecionada.

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O projeto de redes ecológicas abrange áreas que se expandem<br />

necessariamente além dos limites administrativos de cada município e requer, portanto, uma<br />

dilatação da escala de investigação, de modo que seja significativa e, em outras palavras,<br />

represetantiva da paisagem, constituindo-se referência para todo o território.<br />

Desta forma, a escala territorial da paisagem representou o âmbito de<br />

contextualização mais adequado para a análise, onde foi possível reconhecer as diversas<br />

realidades (sociais, econômicas, ecossistêmicas, de uso e ocupação, de criticidade e<br />

potencialidade) que estão espacialmente distribuídas e que devem ser investigadas e<br />

compreendidas. Foi possivel quantificar os efeitos destas formas de uso sobre o sistema de<br />

vegetação natural através de indicadores e métodos de avaliação multicriterial.<br />

Em função do exposto, o objetivo geral da pesquisa foi a definição de<br />

uma metodologia analítica para o estudo do território e da paisagem como suporte ao<br />

planejamento ambiental, com enfoque no desenvolvimento do sistema verde, através da<br />

valorização e elaboração de projetos sustentáveis de redes ecológicas para centros de médio e<br />

pequeno porte. Os objetivos específicos foram: evidenciar as funções do sistema ambiental na<br />

escala territorial, em particular da área verde; desenvolver propostas de redes ecológicas na<br />

forma de cenários, que sejam de fácil compreensão e quantitativamente confrontáveis com<br />

relação à escala de valores selecionada.

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