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PRODUÇÃO DE VINHO DE UVAS DOS CULTIVARES NIÁGARA ...

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abaixo de 30 mg/L, provavelmente, devido a uma maior combinação com componentes do<br />

vinho que ainda não se encontrava totalmente clarificado.<br />

4.3 Produção e análise do destilado alcoólico<br />

Verifica-se nas Tabelas 6 e 7 que as maiores quantidades de etanol<br />

foram recuperadas nas primeiras frações da destilação devido a maior volatilidade do etanol<br />

em relação aos demais componentes do bagaço fermentado. Observou-se, também, que a<br />

primeira fração dos destilados apresentou maiores valores de acidez e pH. A acidez elevada<br />

nas primeiras frações da destilação reflete a presença de ácidos mais voláteis que o álcool. As<br />

demais parcelas apresentaram uma redução gradual dos valores de pH para valores<br />

praticamente estáveis de acidez. Estas variações podem ocorrer devido à capacidade de<br />

dissociação dos ácidos e sua relação com o pH. Possivelmente, no início da destilação os<br />

ácidos fracos estão presente em maior quantidade, assim a acidez total e o pH apresentam<br />

teores elevados. Com o decorrer da destilação, aumenta a concentração de ácidos com maior<br />

poder de dissociação, causando a queda dos valores de pH.<br />

O rendimento (em etanol) da destilação do bagaço de Niágara foi igual<br />

a 7,0 L de etanol/100 kg de bagaço. Para o bagaço de Bordô, o rendimento foi de 6,2 L de<br />

etanol/100 kg de bagaço.<br />

A recuperação de etanol através da destilação dos bagaços de uva foi<br />

maior para o destilado de uva Niágara em relação ao de uva Bordô. Estes resultados se<br />

justificam pelo maior teor de sólidos solúveis presentes na uva Niágara Rosada contribuindo<br />

para maior produção de álcool a partir do bagaço.<br />

A mistura das frações coração dos destilados teve seu teor alcoólico<br />

corrigido para 45 °GL com a adição de água destilada. Foram obtidos 2,090 L de graspa de<br />

uva Niágara Rosada e 1,781 L de graspa de uva Bordô.<br />

O rendimento das destilações, considerando-se a fração coração, foi<br />

semelhante ao citado por Odello (2001). Porém, quando se considerou a produção das graspas<br />

de Niágara e Bordô (considerando-se a bebida com 50 °GL) o rendimento foi de 7,84 e 6,68 L<br />

de graspa/100 kg de bagaço, menor em relação ao citado por Rizzon et al. (1999a) que<br />

obtiveram 10,0 L de graspa/100 kg de bagaço.

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