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PRODUÇÃO DE VINHO DE UVAS DOS CULTIVARES NIÁGARA ...

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maturação favorecida por condições de estiagem no verão produzindo, assim, vinho com teor<br />

alcoólico superior e acidez total inferior aos verificados neste trabalho.<br />

A uva Bordô apresenta coloração intensa e seus vinhos refletem essas<br />

características apresentando maior intensidade de coloração e conteúdo de polifenóis. Além<br />

disto, os vinhos com 70 e 100% Niágara (T4 e T5) possuem os maiores valores de pH,<br />

contribuindo para a diminuição da intensidade da coloração. Segundo Sims e Morris (1984), o<br />

aumento nos valores de pH interfere na coloração dos vinhos por favorecer menor<br />

concentração de antocianinas na forma colorida e menor polimerização antocianina-tanino.<br />

Durante as fermentações tumultuosa e lenta, o vinho de uva Niágara<br />

apresentou coloração rosada que passou para amarela-dourada ao longo do processo de<br />

vinificação. Esta alteração pode ser explicada segundo Zoecklein et al. (1994). Estes autores<br />

afirmam que a tonalidade ou comprimento de onda dominante pode mudar do rosado para o<br />

amarelo rapidamente em vinhos nos quais as antocianinas livres estão presentes em quantidade<br />

maior que os taninos. Sugere-se que em vinificações futuras, a adição de engaço ao mosto seja<br />

avaliada como forma de aumentar o teor de taninos e, conseqüentemente, contribuir para a<br />

manutenção da coloração rosada, conforme proposto por Zoecklein et al. (1994).<br />

Os vinhos T1, T2 e T3 apresentaram comprimento de onda dominante<br />

na região da cor vermelha (D.O. 520 nm), o vinho T4 apresentou valores próximos nas regiões<br />

das cores vermelha e amarela (D.O. 420 nm), enquanto para o vinho T5 (100% Niágara) a<br />

predominância ocorreu em 420 nm. O vinho com 100% Bordô (T1) apresentou os maiores<br />

valores em 620 nm, região do violeta.<br />

Os vinhos produzidos, com exceção do 100% Niágara, apresentaram<br />

concentração de polifenóis totais e intensidade de cor superior àquelas verificadas em vinho de<br />

uva Isabel, conforme relatado por Rizzon et al. (2000). Quando comparados com os resultados<br />

encontrados por Prezzi (1998), os valores de intensidade de cor dos vinhos deste trabalho<br />

foram superiores, porém com tonalidade semelhante.<br />

A concentração de dióxido de enxofre total foi inferior ao limite<br />

máximo estabelecido pela legislação (350 mg/L; BRASIL, 1988). Segundo Rosier (1995), a<br />

conservação dos vinhos é favorecida pela concentração de 30 mg/L de dióxido de enxofre<br />

livre, valores que não foram observados neste trabalho. Embora os cálculos da sulfitagem do<br />

vinho tenham levado em consideração a quantidade recomendada, os teores de SO 2 ficaram

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