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PRODUÇÃO DE VINHO DE UVAS DOS CULTIVARES NIÁGARA ...

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c) Fenóis-ácidos: estão presentes sob a forma de ésteres dos ácidos cinâmico e benzóico;<br />

d) Taninos condensados: são constituídos a partir de leucoantocianinas e provenientes das<br />

sementes, casca e engaço. O teor nos vinhos tintos varia de 1 a 3 mg.L -1 . Durante o<br />

envelhecimento do vinho, o conteúdo de taninos diminui pela combinação com aldeídos,<br />

precipitação com proteínas e outras reações;<br />

e) Taninos catéquicos: provenientes do uso de barril de madeira no envelhecimento do vinho<br />

ou do emprego de tanino comercial (taninagem).<br />

A maior parte dos compostos responsáveis pela coloração dos vinhos<br />

tintos, de uvas Vitis vinifera, se localiza nos vacúolos das células da casca sendo liberada no<br />

vinho, principalmente, pelo efeito destruidor do calor e do etanol sobre as células da casca. As<br />

variedades de Vitis vinifera apresentam somente um glicosídeo unido às antocianinas.<br />

Enquanto Vitis labrusca e outras variedades, com raras exceções, apresentam pigmentos<br />

diglicosídeos que permitem diferenciar as espécies de uva (OUGH, 1992).<br />

As antocianinas diglicosídicas são mais sensíveis ao escurecimento e<br />

mais instáveis que as antocianinas monoglicosídicas. Sims e Morris (1984) relatam que o<br />

vinho Cabernet Sauvignon apresentou maior estabilidade da cor ao longo de 12 meses em<br />

relação ao vinho Noble (Vitis rotundifolia Michx).<br />

As antocianinas são extraídas nos primeiros dias da fermentação,<br />

enquanto os taninos possuem extração mais lenta, diretamente proporcional à quantidade de<br />

álcool do meio (ZOECKLEIN et al., 1994; GUERRA, 2003).<br />

A coloração dos vinhos tintos jovens é devida, quase inteiramente, a<br />

antocianinas monoméricas da uva. As antocianinas são muito reativas e desde o início da<br />

fermentação interagem com outros compostos em reações de adição, condensação e<br />

polimerização, sendo também degradadas por oxidações e hidrólises. Como conseqüência<br />

destes fenômenos, a cor dos vinhos tintos envelhecidos deve-se, quase exclusivamente, a<br />

compostos fenólicos poliméricos (SOMERS, 1978; VARNAM, 1994; GONZÁLEZ-NEVES<br />

et al., 2003). Mudanças na coloração de vinhos tintos podem ocorrer, também, como resultado<br />

de deslocamentos no equilíbrio entre formas de pigmentos coloridas e incolores (AMERINE et<br />

al., 1967).<br />

A cor dos vinhos pode ser determinada pela leitura dos comprimentos<br />

de onda predominantes. Assim, a predominância do vermelho é observada em 520 nm, do

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