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PRODUÇÃO DE VINHO DE UVAS DOS CULTIVARES NIÁGARA ...

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do Sul, o consumo seja de aproximadamente 8 L/pessoa/ano. Na Serra Gaúcha, o consumo<br />

alcança 30 litros anuais per capita (RIZZON et al., 1994; SEIBEL, 2002).<br />

O mercado brasileiro é composto por um grande contingente de<br />

consumidores com baixo poder aquisitivo, para os quais a decisão em tomar vinho ou outra<br />

bebida é fortemente influenciada pelo preço. Esta circunstância, aliada às condições climáticas<br />

que dificultam o cultivo de uvas finas, favorece o setor dos vinhos comuns ou de mesa,<br />

restringindo a expansão do cultivo de uvas finas a uma área limitada, para atendimento de um<br />

mercado também limitado (CAMARGO, 2003).<br />

Assim, o setor vinícola brasileiro apresenta uma característica atípica<br />

em relação aos países tradicionais produtores de vinhos, pois enquanto naqueles são admitidos<br />

apenas produtos originários de uvas viníferas (Vitis vinifera), no Brasil, além destes existem<br />

produtos originários de cultivares americanos e híbridos (V. labrusca e V. bourquina). Os<br />

vinhos comuns representam mais de 80 % do volume total de vinhos produzidos no país<br />

(CORRÊA et al., 2005). Além do Brasil, poucos países utilizam uvas V. labrusca para<br />

produção de vinhos: Azerbaijão, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Geórgia e Uruguai<br />

(SOUSA, 2000).<br />

A produção de vinhos comuns é encontrada em nove regiões<br />

vitivinícolas no Brasil: as regiões da Serra Gaúcha, de Jaguari, de São José do Ouro e de<br />

Rolante no Rio Grande do Sul, do Alto Vale do Rio do Peixe e Urussanga em Santa Catarina,<br />

de São Roque e Capão Bonito em São Paulo e a região de Caldas – Andradas em Minas Gerais<br />

(FALCA<strong>DE</strong> e TONIETTO, citados por TONIETTO, 2002).<br />

As uvas americanas e híbridas mais utilizadas na produção de vinho<br />

são: Isabel, Bordô, Jacquez, Seibel 1077 e Niágara Branca. São cultivares rústicos, produtivos<br />

e que originam vinhos muito bem aceitos por uma faixa importante de consumidores<br />

(CAMARGO, 2002).<br />

Os vinhos comuns, provenientes de cultivares americanos e híbridos,<br />

apresentaram crescimento de 26,4 % no período de 1997 a 2001. Atualmente, o mercado<br />

brasileiro de vinhos mantém-se estável, apresentando queda de 2,16% no ano de 2004<br />

(CORRÊA et al., 2005). Este comportamento do mercado consumidor está relacionado com o<br />

poder aquisitivo da população, preferência pelas características de sabor e aroma típico dos

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