CARACTERIZAÇÃO DO MECANISMO FOTOSSINTÉTICO E

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16 4 JUSTIFICATIVA O Brasil é o país que apresenta o maior índice de casos de malária das Américas (OPS, 2001; OPS, 2002; WHO, 2005) e com o aumento da resistência do parasita causador da doença, há uma necessidade urgente de alternativas seguras para as drogas que estão perdendo eficácia. Neste momento, a melhor alternativa para o tratamento da malária, causada pelo P. falciparum, é a terapia combinada com artemisinina (TCA) (WHO, 2005; ENSERINK, 2005). A síntese química da artemisinina é complexa, envolvendo inúmeras etapas e apresentando baixos rendimentos (CHAN et al., 1995; GELDRE et al., 1997). Corroborando, os baixos rendimentos via cultivo de células e tecidos (DELABAYS et al., 2001) e os altos custos da síntese da molécula tornam o isolamento a partir da planta de A.annua a melhor forma para obtenção da droga (WOERDENBAG et al., 1991; FERREIRA & JANICK, 1996; GELDRE et al., 1997; DELABAYS et al., 2001). A demanda por TCA aumentou rapidamente desde que GFATM iniciou o apoio financeiro aos países atingidos pela enfermidade (WHO, 2005), mas por uma cruel ironia, apesar do recurso disponível, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não conseguiu entregar em tempo metade das 60 milhões de doses do medicamento programado para o início de 2005, devido ao insucesso dos produtores chineses e vietnamitas em formecer

17 a matéria prima (folhas de A. annua) demandada pela empresa NOVARTIS, fornecedora da OMS (ENSERINK, 2005). Uma outra variável que poderá em breve provocar um aumento na demanda por artemisinina, foi a recente descoberta de atividade anti-câncer para a molécula (POSNER et al, 1999; SINGH & LAI, 2004; EFFERTH, 2005), O CPQBA/UNICAMP está patenteando o processo de extração de artemisinina e a derivatização em artesunato de sódio foi otimizada podendo ser usada em escala piloto ou industrial. Algumas indústrias farmacêuticas nacionais estão demonstrando interesse na locação ou compra da patente da UNICAMP para fabricarem fármacos derivados da artemisinina, uma vez que o Ministério da Saúde está demandando lotes deste antimalárico, que até o momento são importados da China. O centro de origem da A. annua é a China, em regiões de clima subtropical e temperado, similares aos do Sul do Brasil. Com o cultivo do acesso CPQBA 2/39x1V de A. annua, no sudoeste do Paraná, informações relativas ao comportamento de A. annua diante de distintos fotoperíodos e épocas de plantio serão obtidas, fornecendo subsídios para que se possa otimizar a produção de fitomassa e dos teores de artemisinina, adequando a época de plantio com o fotoperíodo da região. A. annua pode tornar-se uma nova opção para o pequeno produtor diversificar a renda em sua propriedade, comercializando a produção para a indústria farmacêutica, uma vez que existe demanda nacional e internacional para a matéria prima da espécie.

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a matéria prima (folhas de A. annua) demandada pela empresa NOVARTIS, fornecedora da<br />

OMS (ENSERINK, 2005). Uma outra variável que poderá em breve provocar um aumento na<br />

demanda por artemisinina, foi a recente descoberta de atividade anti-câncer para a molécula<br />

(POSNER et al, 1999; SINGH & LAI, 2004; EFFERTH, 2005),<br />

O CPQBA/UNICAMP está patenteando o processo de extração de<br />

artemisinina e a derivatização em artesunato de sódio foi otimizada podendo ser usada em<br />

escala piloto ou industrial. Algumas indústrias farmacêuticas nacionais estão demonstrando<br />

interesse na locação ou compra da patente da UNICAMP para fabricarem fármacos derivados<br />

da artemisinina, uma vez que o Ministério da Saúde está demandando lotes deste antimalárico,<br />

que até o momento são importados da China.<br />

O centro de origem da A. annua é a China, em regiões de clima<br />

subtropical e temperado, similares aos do Sul do Brasil. Com o cultivo do acesso CPQBA<br />

2/39x1V de A. annua, no sudoeste do Paraná, informações relativas ao comportamento de A.<br />

annua diante de distintos fotoperíodos e épocas de plantio serão obtidas, fornecendo subsídios<br />

para que se possa otimizar a produção de fitomassa e dos teores de artemisinina, adequando a<br />

época de plantio com o fotoperíodo da região. A. annua pode tornar-se uma nova opção para o<br />

pequeno produtor diversificar a renda em sua propriedade, comercializando a produção para a<br />

indústria farmacêutica, uma vez que existe demanda nacional e internacional para a matéria<br />

prima da espécie.

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