BC sobe Selic para 12,5%, a quinta alta consecutiva - Jgn.com.br

Publicação dos Despachos<br />
da Junta Comercial<br />
do Estado do Rio de Janeiro<br />
| PÁGINAS 4 e 5 |<br />
1ª FASE<br />
1875 A 1942<br />
2ª FASE<br />
ANO II<br />
EDIÇÃO Nº 396<br />
Câmbio (R$)<br />
Dólar / BC Compra Venda<br />
Paralelo 1,62 1,73<br />
Comercial 1,559 1,56<br />
Turismo 1,513 1,657<br />
Euro / BC 2,216 2,219<br />
Ouro (R$)<br />
Grama 80,500<br />
Variação<br />
Estável<br />
Blue Chips<br />
%<br />
BMF Bovespa ON + 1,47<br />
Bradesco PN + 0,23<br />
Gerdau PN - 0,35<br />
Itaú Unibanco PN + 0,40<br />
Petrobras PN - 1,19<br />
Sid Nacional PN + 1,46<br />
Vale PNA - 0,52<br />
Economia<br />
A Máquina de Vendas,<br />
fusão da Ricardo Eletro,<br />
com Insinuante e City<br />
Lar, comprou 51% da<br />
rede pernambucana<br />
Eletro Shopping. Com<br />
isso, retoma a viceliderança<br />
em vendas<br />
de eletrodomésticos e<br />
móveis perdida para o<br />
Magazine Luiza. | PÁGINA 5 |<br />
WWW.JGN.COM.BR QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2011 R$ 1,00<br />
<br />
<br />
Aumento de 0,25 ponto já era esperado. Aperto monetário pode ter tido o seu último capítulo<br />
O Comitê de Política Monetária (Copom)<br />
do Banco Central anunciou ontem o aumento<br />
da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual,<br />
para 12,5% ao ano. É a quinta alta<br />
consecutiva feita na Selic para combater a<br />
inflação. No comunicado divulgado ao final<br />
da reunião, o BC sinaliza que o aperto monetário<br />
pode ter tido seu último capítulo, pelo<br />
menos temporariamente.<br />
De um texto longo e que falava de ajuste<br />
por período “suficientemente prolongado”,<br />
usado nas últimas duas reuniões, o Copom<br />
passou para um texto bem mais enxuto e<br />
ainda lançando mão da expressão “neste<br />
momento”. Diz o comunicado: “Avaliando<br />
o cenário prospectivo e o balanço de riscos<br />
para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade,<br />
neste momento, elevar a taxa Selic<br />
para 12,5% ao ano, sem viés”.<br />
Para o economista-chefe da Fram Capital,<br />
Robério Costa, aumentou muito a chance de<br />
o BC parar de subir os juros. Já o economistachefe<br />
da Austin Rating, Alex Agostini, mudou<br />
sua aposta de pelo menos mais uma alta de juros<br />
em agosto para manutenção em 12,5% ao<br />
ano. O presidente da Federação das Indústrias<br />
do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo<br />
Skaf, repudiou a decisão do Copom e considerou<br />
que o quinto aumento consecutivo<br />
da taxa de juros vai acelerar o processo de<br />
desindustrialização nacional. | PÁGINA 2 |<br />
Justiça<br />
As multas do Ministério<br />
da Justiça às<br />
companhias que<br />
descumprirem o Código<br />
de Defesa do Consumidor,<br />
que variavam de R$<br />
212,82 a R$ 3,191<br />
milhões, conforme a<br />
gravidade da infração,<br />
passarão a ser de R$ 400<br />
a R$ 6 milhões. | PÁGINA 8 |<br />
José Geraldo da Fonseca<br />
Direitos e<br />
Deveres<br />
A carteira de trabalho<br />
é obrigatória e<br />
não pode conter<br />
rasuras. Anotações<br />
que discriminem o<br />
trabalhador ou que<br />
dificultem o acesso ao<br />
emprego podem gerar<br />
indenização por danos<br />
morais e devem ser<br />
evitadas. | PÁGINA 8 |<br />
<br />
<br />
O leilão da primeira etapa do trem de<br />
alta velocidade (TAV), que vai interligar as<br />
cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas<br />
(SP), deve ocorrer em fevereiro do ano<br />
que vem. A expectativa é do diretor-geral da<br />
Agência Nacional de Transportes Terrestres<br />
(ANTT), Bernardo Figueiredo.<br />
Segundo o executivo, o edital de licitação<br />
da primeira etapa deve entrar em consulta<br />
Valter Campanato / ABr<br />
Bernardo Figueiredo: “Estamos agendando reuniões com todos os potenciais investidores”<br />
pública em agosto e ser publicado em outubro.<br />
“Estamos agendando reuniões com todos<br />
os potenciais investidores na operação e<br />
na tecnologia”, disse. O governo decidiu dividir<br />
o projeto do trem-bala em duas partes: a<br />
primeira trata da contratação da tecnologia<br />
e do operador do TAV e a segunda, da empresa<br />
responsável pela construção da linha<br />
férrea e das estações. | PÁGINA 3 |<br />
<br />
| PÁGINA 2 |<br />
<br />
<br />
<br />
Na avaliação do ministro da Fazenda,<br />
Guido Mantega, o presidente Barak Obama<br />
vai conseguir aprovar, no Congresso dos Estados<br />
Unidos, o aumento do teto do endividamento<br />
público e acabar com a tensão que<br />
tomou conta dos mercados mundiais diante<br />
da possibilidade de calote. “Eles vão acabar<br />
chegando em um entendimento. É inevitável<br />
que o Congresso acabe dando (a autorização<br />
para elevação dos gastos), senão eles vão engessar<br />
o governo e isso vai pegar mal, também,<br />
para o Congresso”.<br />
Ontem, o secretário de imprensa da Casa<br />
Branca, Jay Carney, disse que o presidente<br />
Obama continua contrário a um acordo com<br />
o Congresso que resolva apenas temporariamente<br />
a questão do limite de endividamento<br />
e não ofereça contrapartidas. | PÁGINA 6 |<br />
Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr<br />
Mantega: “Eles vão acabar chegando<br />
a um entendimento. É inevitável”

ECONOMIA<br />
2 Quinta-feira, 21 de julho de 2011<br />
<br />
<br />
Como já era amplamente esperado pelo mercado, Copom eleva taxa básica em 0,25 ponto percentual, para 12,5% ao ano<br />
Fabio Graner<br />
Da Agência Estado<br />
O Comitê de Política Monetária<br />
(Copom) do Banco Central<br />
decidiu elevar em 0,25 ponto percentual<br />
a taxa básica de juros,<br />
para 12,5% ao ano. Mas, ao promover<br />
a quinta elevação da Selic<br />
este ano para combater a inflação,<br />
o BC sinalizou ao mercado financeiro<br />
que o processo de aperto<br />
monetário pode ter tido ontem<br />
seu último capítulo, pelo menos<br />
temporariamente, embora não se<br />
possa descartar completamente<br />
uma nova alta este ano.<br />
Para fazer essa indicação de<br />
possível fim de alta nos juros, o<br />
Banco Central mudou completamente<br />
o comunicado da decisão.<br />
De um texto longo e que falava<br />
de ajuste por período “suficientemente<br />
prolongado”, usado nas últimas<br />
duas reuniões, o colegiado<br />
passou para um texto bem mais<br />
enxuto, sem menções diretas ou<br />
indiretas sobre período de ajuste<br />
monetário e ainda lançando mão<br />
da expressão “neste momento”,<br />
que abriu a porta para o BC não<br />
subir juros em agosto, como esperavam<br />
e desejavam muitos analistas<br />
do mercado financeiro.<br />
“Avaliando o cenário prospectivo<br />
e o balanço de riscos para a<br />
inflação, o Copom decidiu, por<br />
unanimidade, neste momento,<br />
elevar a taxa Selic para 12,5%<br />
ao ano, sem viés”, disse o BC no<br />
comunicado. Ao usar um estilo<br />
genérico, a ideia é reforçar a tese<br />
de que “cada reunião tem sua<br />
história” e que a decisão reflete<br />
todo o contexto do momento e as<br />
discussões da diretoria.<br />
Pistas - O economista-chefe<br />
do banco WestLB, Roberto Padovani,<br />
afirmou que duas pistas<br />
foram dadas para a interpretação<br />
de que os juros não devem<br />
mais subir: a retirada da expressão<br />
“período suficientemente<br />
prolongado” e a colocação do<br />
“neste momento”. “Os dois sinais<br />
abrem espaço para o BC<br />
não subir os juros em agosto”,<br />
disse Padovani, que espera a<br />
manutenção da Selic em 12,5%<br />
até o fim do ano que vem. “O<br />
BC não está fechando a porta,<br />
mas já prepara o mercado”,<br />
acrescentou o economista, que<br />
já vinha com esse cenário antes<br />
mesmo da decisão.<br />
Para o economista-chefe da<br />
Fram Capital, Robério Costa,<br />
aumentou muito a chance de<br />
o BC parar de subir os juros.<br />
“A probabilidade maior é de<br />
a Selic ficar em 12,5% ao ano.<br />
O BC costuma sinalizar para o<br />
mercado para não haver movimentos<br />
bruscos. E essa é uma<br />
sinalização muito clara de que<br />
pretendem parar por aí”, disse<br />
Costa. Segundo ele, uma eventual<br />
retomada de alta nos juros<br />
não será imediata. Se ocorrer,<br />
só no final do ano.<br />
O economista-chefe da Austin<br />
Rating, Alex Agostini, mudou<br />
sua aposta de pelo menos mais<br />
uma alta de juros em agosto<br />
para manutenção em 12,5% ao<br />
ano. Apesar disso, ele considera<br />
que o BC está no caminho errado<br />
ao não apertar mais a política<br />
monetária em um ambiente<br />
de expectativas para 2012 ainda<br />
longe da meta de 4,5% para o<br />
Índice de Preços ao Consumidor<br />
Amplo (IPCA).<br />
“Esse comunicado sucinto<br />
mudou a expectativa. Agora espero<br />
estabilidade até o fim do<br />
ano. Não é o melhor caminho,<br />
por conta das expectativas (de<br />
inflação), que estão longe do<br />
centro da meta”, disse Agostini.<br />
Freio - A despeito da sinalização<br />
de que poderá parar de<br />
subir os juros, o objetivo do BC<br />
ao elevar a Selic hoje é reforçar<br />
o processo de contenção do crescimento<br />
da economia do País e<br />
assim diminuir as pressões inflacionárias,<br />
especialmente em<br />
setores como o de serviços.<br />
Com uma estratégia gradualista,<br />
a autoridade monetária já<br />
aumentou a Selic em 1,75 ponto<br />
porcentual este ano - incluindo o<br />
ajuste de ontem. Apesar disso, o<br />
BC tem tido dificuldade para reverter<br />
as expectativas de inflação<br />
do mercado financeiro para 2012,<br />
que estão acima de 5% e distantes<br />
do centro da meta. Isso é um<br />
problema porque o BC se comprometeu<br />
a colocar a inflação no próximo<br />
ano em 4,5%. Se os agentes<br />
econômicos não acreditam que<br />
isso vai acontecer, o processo de<br />
controle dos preços fica mais difícil<br />
de ser bem-sucedido.<br />
<br />
O presidente da Federação<br />
das Indústrias do Estado de São<br />
Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, repudiou,<br />
por meio de nota, a decisão<br />
do Comitê de Política Monetária<br />
(Copom) do Banco Central<br />
de elevar a taxa básica de juros<br />
em 0,25 ponto, para 12,5% ao<br />
ano. O presidente da entidade<br />
considerou que o quinto aumento<br />
consecutivo da taxa de<br />
juros vai acelerar o processo de<br />
desindustrialização nacional.<br />
“E poderemos ter perdas de<br />
postos de trabalho, agravando<br />
os sérios problemas que já enfrentamos<br />
com a competitividade<br />
brasileira”, observou.<br />
Paulo Skaf sugeriu ainda que,<br />
em vez de elevar os juros, o governo<br />
federal deveria adotar medidas<br />
que efetivamente reduzam<br />
a carga tributária, equilibrem a<br />
taxa de câmbio e melhorem a infraestrutura<br />
nacional.<br />
Comércio - Para a Federação<br />
do Comércio de Bens, Serviços e<br />
Turismo do Estado de São Paulo<br />
(Fecomercio-SP), a decisão<br />
do Copom foi um “excesso de<br />
conservadorismo”. A elevação,<br />
segundo a entidade, desagrada a<br />
todos os setores produtivos, uma<br />
vez que não reflete o atual momento<br />
econômico brasileiro.<br />
“Em termos práticos, o IPCA<br />
e o INPC mostraram forte desaceleração<br />
nos últimos dois meses<br />
e a componente sazonal da<br />
inflação se confirmou”, considerou.<br />
Segundo a Fecomercio-SP, o<br />
aumento da taxa de juros “merece<br />
a crítica veemente do setor<br />
privado e dos consumidores”.<br />
A Associação Comercial de<br />
São Paulo (ACSP) também criticou<br />
a decisão. “A decisão do<br />
Copom de elevar a Selic em<br />
0,25 ponto percentual já era esperada<br />
pelo mercado, mas consideramos<br />
que, tendo em vista<br />
o cenário externo de incertezas,<br />
e a trajetória recente da inflação,<br />
a taxa básica deveria ter<br />
Vanessa Carvalho / AE<br />
Paulo Skaf: podem haver perdas de postos de trabalho<br />
<br />
<br />
<br />
Daniela Amorim e<br />
Márcio Rodrigues<br />
Da Agência Estado<br />
Uma queda generalizada nos<br />
preços dos alimentos fez com que<br />
a inflação medida pelo Índice de<br />
Preços ao Consumidor Amplo - 15<br />
(IPCA-15), considerado uma prévia<br />
da inflação oficial, desacelerasse<br />
para 0,10% em julho, após<br />
uma alta de 0,23% em junho,<br />
segundo o Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística (IBGE).<br />
O resultado ficou no piso das<br />
previsões do mercado e analistas<br />
já revisaram para baixo suas previsões<br />
para a inflação de julho.<br />
Mas a desaceleração não deve<br />
ser tão intensa, já que o preço do<br />
etanol voltou a subir, reduzindo<br />
o ritmo de queda da gasolina.<br />
Em julho, o grupo Alimentação<br />
e Bebidas teve recuo de 0,39% nos<br />
preços, o que correspondeu a um<br />
impacto de -0,09 ponto percentual<br />
no resultado do IPCA-15. Entre<br />
os alimentos que ficaram mais<br />
baratos, estão a cenoura, tomate,<br />
frutas, hortaliças, batata-inglesa,<br />
frango, carnes e arroz.<br />
As despesas com habitação<br />
e vestuário também surpreenderam<br />
e diminuíram o ritmo de<br />
alta em julho. Enquanto o aluguel<br />
residencial subiu menos e<br />
o condomínio ficou mais barato,<br />
a época de liquidação fez os<br />
preços de artigos de vestuário<br />
deixarem uma alta de 1,28% em<br />
<br />
<br />
O Índice de Preços ao Consumidor<br />
(IPC), apurado pela Fundação<br />
Instituto de Pesquisas<br />
Econômicas (Fipe), registrou<br />
inflação de 0,27% na segunda<br />
quadrissemana de julho, depois<br />
de ter apontado alta de 0,19%<br />
na primeira quadrissemana.<br />
O indicador, que mede a<br />
inflação da cidade de São<br />
Paulo, ficou acima da mediana<br />
das estimativas dos analistas<br />
consultados pelo AE<br />
Projeções, que era de 0,25%.<br />
As previsões iam de 0,21% a<br />
0,34%. No segundo levantamento<br />
de junho, o IPC havia<br />
registrado deflação de 0,08%.<br />
Dos sete grupos pesquisados,<br />
dois tiveram desaceleração<br />
da alta de preços em relação ao<br />
levantamento anterior: Vestuário,<br />
que passou de uma inflação<br />
de 0,63% para uma deflação de<br />
0,05%, e Educação, que havia<br />
apresentado alta de 0,21% na<br />
junho para 0,15% em julho.<br />
A trajetória descendente do<br />
IPCA-15 fez a economista-chefe<br />
da corretora Icap Brasil, Inês Filipa,<br />
reduzir sua projeção para<br />
a inflação oficial em julho, de<br />
primeira quadrissemana e agora<br />
apontou 0,20%.<br />
Todos os demais grupos tiveram<br />
aceleração de preços.<br />
No grupo Habitação, os preços<br />
haviam subido 0,20% na primeira<br />
quadrissemana e tiveram<br />
alta de 0,25% na segunda<br />
quadrissemana. Em Alimentação,<br />
os preços passaram de<br />
uma elevação de 0,01% no<br />
primeiro levantamento do<br />
mês para uma alta de 0,15%<br />
na segunda pesquisa.<br />
No grupo Transportes, os<br />
preços saíram de uma deflação<br />
de 0,12% na primeira quadrissemana<br />
de julho para uma<br />
inflação de 0,17%. O grupo<br />
Despesas Pessoais, que havia<br />
registrado alta de 0,76% no<br />
último levantamento, acelerou<br />
para 0,77%. Em Saúde, os preços<br />
haviam apresentado alta de<br />
0,23% na pesquisa anterior e<br />
agora aceleraram para 0,34%.<br />
0,25% para 0,20%. “Acabou surpreendendo<br />
não só alimentos,<br />
como também vestuário. No IPCA<br />
de julho, o grupo transportes vai<br />
acelerar, mas esses dois grupos<br />
vão segurar o IPCA”, disse Inês.<br />
O resultado do índice também<br />
mudou a projeção da LCA<br />
Consultores para a próxima<br />
leitura do IPCA, que passou de<br />
0,24% para 0,19%. Fábio Romão,<br />
economista da LCA, destacou<br />
como surpreendente também<br />
a desaceleração do grupo<br />
habitação. “Vale lembrar que o<br />
aluguel é indexado ao IGP-M e,<br />
no fim de 2010, o acumulado em<br />
12 meses estava em 11,30%, cedendo<br />
para 8,60% no acumulado<br />
até junho”, explicou Romão.<br />
Para o economista da LCA, o<br />
IPCA de julho deve ter resultado<br />
maior do que a prévia, graças a<br />
uma aceleração no grupo Transportes<br />
e um recuo menor em<br />
alimentação e bebidas. “Deve<br />
haver uma intensificação da alta<br />
do etanol e a gasolina, ainda que<br />
tenha deflação, terá queda muito<br />
pequena”, afirmou.<br />
Mesmo tendo exercido o<br />
principal impacto negativo no<br />
índice, de -0,06 ponto porcentual,<br />
a gasolina recuou 1,49% em<br />
julho, contra uma queda mais<br />
acentuada na leitura anterior,<br />
de 3,43%. Já a alta registrada<br />
pelo etanol foi de 1,79% em<br />
julho, após ter recuado 16,53%<br />
em junho. O aumento foi concentrado,<br />
sobretudo, na região<br />
metropolitana de São Paulo,<br />
onde o preço do litro do álcool<br />
subiu 5,75%, mas houve acréscimos<br />
acentuados também em<br />
Curitiba, Brasília e Salvador.<br />
sido mantida, mesmo que fosse<br />
com um viés de alta”, diz a nota<br />
divulgada à noite.<br />
Para a entidade, a alta taxa<br />
de juros afeta mais os meios produtivos<br />
que o mercado consumidor.<br />
“A taxa Selic já está muito<br />
elevada e seu impacto vem se<br />
fazendo sentir mais na produção<br />
do que no consumo, além de<br />
contribuir para uma valorização<br />
ainda maior do Real”, apontou<br />
Rogério Amato, presidente da<br />
Associação Comercial e Federação<br />
das Associações Comerciais<br />
do Estado de São Paulo.<br />
HSBC - Já para o economista<br />
do HSBC Bank Brasil Constantin<br />
Jancso, a mudança feita no conteúdo<br />
do comunicado da reunião<br />
do Comitê de Política Monetária<br />
(Copom) eleva a probabilidade<br />
de a autoridade monetária interromper<br />
agora a trajetória de<br />
aumento da taxa básica de juros.<br />
O comunicado atual suprimiu<br />
de seu conteúdo a expressão<br />
“ajuste por período suficientemente<br />
prolongado” passando a<br />
afirmar que “avaliando o cenário<br />
<br />
prospectivo e o balanço de riscos<br />
para a inflação, o Copom decidiu,<br />
por unanimidade, neste momento,<br />
elevar a taxa Selic para 12,5%<br />
ao ano, sem viés”. Para Jancso,<br />
a afirmação “neste momento”,<br />
contudo, deixa a porta aberta<br />
para o BC fazer qualquer ajuste<br />
caso os indicadores que serão<br />
divulgados até 31 de agosto demonstrem<br />
alguma piora.<br />
“Não podemos nos esquecer<br />
de que o BC tem até 31 de agosto<br />
para tomar a próxima decisão<br />
de política monetária”, destaca<br />
o economista. Todavia, diz Jancso,<br />
uma taxa de juro de 12,5%<br />
não é suficiente para o BC fazer<br />
a inflação convergir para o centro<br />
da meta, de 4,5%, em 2012.<br />
“Tanto que mantemos nossa<br />
previsão de inflação de 5,40%<br />
para o ano que vem”, afirma o<br />
economista do HSBC.<br />
<br />
<br />
Renata Veríssimo<br />
Da Agência Estado<br />
C U R T A<br />
O Ministério do Planejamento,<br />
no relatório de avaliação de<br />
receitas e despesas do terceiro<br />
bimestre de 2011, manteve a<br />
projeção de crescimento da economia<br />
em 4,5% para 2011. Segundo<br />
o documento, divulgado<br />
ontem, o Produto Interno Bruto<br />
(PIB) nominal estimado para<br />
este ano é de R$ 4,109 trilhões.<br />
O ministério, no entanto, aumentou<br />
de 5,7% para 5,8% a<br />
previsão de IPCA acumulado<br />
em 2011. Para o IGP-DI, a projeção<br />
foi reduzida de 7,01% para<br />
6,14% este ano. O documento<br />
ressalta que a nova projeção<br />
para o IPCA ainda é compatível<br />
com a meta de inflação perseguida<br />
pelo Banco Central.<br />
A projeção da estimativa de<br />
crescimento da massa salarial nominal<br />
foi elevada de 11,71% para<br />
13,36% em 2011. A taxa Selic<br />
média foi revisada de 11,74% ao<br />
ano para 11,87% ao ano. A taxa<br />
de câmbio média foi mantida em<br />
R$ 1,61 por dólar. A projeção do<br />
preço médio do petróleo foi elevada<br />
de US$ 103,31 para US$<br />
112,52 por barril. O relatório ainda<br />
considerou para a reavaliação<br />
das receitas e despesas, o valor<br />
do salário mínimo de R$ 545.<br />
Esses parâmetros macroeconômicos<br />
atualizados servem como<br />
base para a reavaliação da projeção<br />
de receitas e despesas do governo<br />
até o final do ano, considerando a<br />
realização orçamentária e de arrecadação<br />
até o mês de junho.<br />
Funcionários da Eletrobrás<br />
fazem paralisação de 48 horas<br />
Os funcionários do sistema Eletrobrás iniciaram ontem paralisação<br />
de 48 horas. A principal reivindicação é reajuste salarial de 11,2%.<br />
Segundo Associação dos Empregados da Eletrobrás (Aeel), a<br />
empresa oferece apenas 6,51%, percentual referente ao acumulado<br />
pelo IPCA. A entidade estima que cerca de 80% dos funcionários<br />
de todo o País tenham aderido. De acordo com o diretor da Aeel,<br />
Emanuel Mendes Torres, nos setores de operação e manutenção, os<br />
funcionários estão trabalhando em esquema especial para garantir<br />
que não haja cortes de energia. Torres disse que, se a empresa não<br />
reabrir um canal de negociação, os funcionários farão nova greve,<br />
de 72h, e em última instância, uma por tempo indeterminado.<br />
www.jgn.com.br<br />
Publicação da empresa<br />
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responsabilidade dos autores e não<br />
representam, necessariamente,<br />
a opinião deste jornal

Alessandra Saraiva<br />
Da Agência Estado<br />
A Associação de Comércio<br />
Exterior do Brasil (AEB) revisou<br />
as estimativas de comércio exterior<br />
para 2011, com superávit subindo<br />
levemente de US$ 26,100<br />
bilhões para US$ 26,260 bilhões.<br />
José Augusto de Castro, vice-presidente<br />
da entidade, explicou<br />
que o que salvará o superávit comercial<br />
brasileiro este ano será<br />
o preço em alta de commodities.<br />
As importações e as exportações<br />
este ano devem crescer praticamente<br />
na mesma magnitude,<br />
respectivamente 20,2% e 21,1%<br />
contra 2010. Mas o cenário nos<br />
dois setores não poderia ser mais<br />
diferente. Enquanto as compras<br />
externas são impulsionadas pelo<br />
dólar fraco, as vendas externas<br />
são concentradas em commodities,<br />
que têm procura forte no<br />
mercado internacional. “Se não<br />
houvesse esta boa demanda atual<br />
por commodities, as exportações<br />
brasileiras teriam um cenário<br />
diferente”, afirmou.<br />
Dependência - Castro alertou<br />
que, este ano, a dependência brasileira<br />
das exportações de commodities,<br />
que representam 71%<br />
do montante exportado, tornou-se<br />
cada vez mais visível. Ele observou<br />
que, apesar do aumento previsto<br />
para as vendas externas, três<br />
commodities devem responder<br />
por 35,7% das receitas totais de<br />
exportação do Brasil até o final do<br />
ano: minério de ferro, complexo<br />
soja, e petróleo e derivados.<br />
No caso específico do minério,<br />
o produto deve responder por<br />
US$ 39,036 bilhões da receita,<br />
ou 15,96% dos ganhos totais do<br />
País com vendas externas este<br />
ano. Para o especialista, é alto o<br />
risco de uma “reprimarização”<br />
da economia brasileira, que pode<br />
voltar a se posicionar no mercado<br />
internacional apenas como fornecedor<br />
de matérias-primas.<br />
“No momento, estamos respondendo<br />
à boa demanda por commodities<br />
no cenário internacional.<br />
Mas o problema é que, se ocorrer<br />
algo no cenário externo, se a China<br />
reduzir sua demanda, não temos<br />
plano B”, afirmou o executivo.<br />
Medidas - A ineficiência das<br />
medidas adotadas pelo governo<br />
para conter a demanda interna,<br />
anunciadas em dezembro do ano<br />
passado, também influenciou as<br />
revisões das estimativas da AEB.<br />
“Ainda temos forte demanda e,<br />
além disso, a oferta de crédito<br />
aumentou. Isso estimula a demanda<br />
por importações”, comentou<br />
o especialista.<br />
O dólar fraco e demanda interna<br />
forte também provocam<br />
redução no número de exportadoras;<br />
e avanço no de importadoras.<br />
Dados do Ministério do<br />
Desenvolvimento, Indústria e<br />
Comércio Exterior (MDIC) citados<br />
por Castro atestam que<br />
198 empresas deixaram de exportar<br />
de janeiro a maio deste<br />
ano; no mesmo período, surgiram<br />
3.156 novas importadoras.<br />
“O número de importadoras<br />
até maio somou 31.688 empresas,<br />
mais que o dobro das exportadoras<br />
(14 631)”, acrescentou o especialista.<br />
“As exportadoras cada vez<br />
mais perdem o fôlego”, afirmou.<br />
<br />
<br />
Iuri Dantas<br />
Da Agência Estado<br />
O governo brasileiro “está<br />
atento” a manobras de empresas<br />
estrangeiras para burlar punições<br />
comerciais em vigor no País<br />
e deve abrir novas investigações<br />
para apurar triangulação e uso<br />
de falsos documentos de origem<br />
nas próximas semanas. A informação<br />
é da secretária de Comércio<br />
Exterior, Tatiana Prazeres.<br />
O aumento de exportações da<br />
Argentina de produtos alvo de<br />
medidas para defender a indústria<br />
de concorrência predatória<br />
das mesmas mercadorias produzidas<br />
na China a preços mais<br />
baixos que o custo de fabricação<br />
não é suficiente para demonstrar<br />
ilegalidade, disse a secretária.<br />
“A primeira mensagem é que<br />
não basta que exista aumento de<br />
importação para que se conclua<br />
que haja triangulação, fecha a<br />
porta para uma origem e traz<br />
de outro. É importante que haja<br />
produção do bem naquela origem”,<br />
disse a secretária.<br />
Outros fornecedores - Para<br />
Tatiana Prazeres, “é normal”<br />
que empresas brasileiras busquem<br />
outros fornecedores depois<br />
que o governo encarece artigos<br />
chineses. A opção por um<br />
país do Mercosul, que não paga<br />
tarifa na maioria dos produtos<br />
exportados ao Brasil, faria sentido<br />
segundo essa hipótese.<br />
Em maio, por exemplo, o governo<br />
abriu uma investigação pública<br />
para verificar se exportadores<br />
chineses de cobertores usam<br />
Paraguai e Uruguai para escapar<br />
da tarifa antidumping aplicada<br />
pelo governo aos artigos chineses.<br />
De posse dos dados levantados<br />
pela reportagem, a secretária de<br />
Comércio Exterior afirmou que<br />
o crescimento nas compras de<br />
alguns produtos - como alto-falantes<br />
cuja alta foi de 5.383% apenas<br />
no primeiro semestre - levanta<br />
dúvidas. Mas ressaltou que ainda<br />
não há dados suficientes para<br />
abertura de investigação porque<br />
a base de comparação é pequena.<br />
“É difícil tentar identificar tendências,<br />
cabe ao governo em estreita<br />
atuação ser mais ativo e combativo”,<br />
disse Tatiana Prazeres.<br />
Certificados falsos - A estratégia<br />
chinesa de utilizar terceiros<br />
países para evitar punições<br />
comerciais pode incluir, de<br />
acordo com a secretária, o uso<br />
de certificados falsos de origem.<br />
O documento é um dos itens necessários<br />
para comprovar que o<br />
produto foi realmente fabricado<br />
no país mencionado na etiqueta,<br />
segundo regras da Organização<br />
Mundial do Comércio (OMC).<br />
Técnicos de comércio exterior<br />
avaliam ser bastante provável que<br />
a maior parceira comercial do Brasil<br />
lance mão de tal expediente<br />
principalmente em relação à Argentina.<br />
O fato de o país vizinho<br />
concentrar suas vendas externas<br />
em dois portos, Buenos Aires e La<br />
Plata, tornaria mais fácil vistoriar<br />
os objetos e evitar triangulação.<br />
O grupo de inteligência comercial<br />
formado pela Receita Federal<br />
e o Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria e Comércio Exterior<br />
monitora a prática, segundo a secretária<br />
Tatiana dos Przzeres.<br />
ECONOMIAQuinta-feira, 21 de julho de 2011 3<br />
<br />
<br />
<br />
Edital deve entrar em consulta pública em agosto e ser publicado em outubro<br />
Valter Campanato / ABr<br />
Figueiredo: TCU analisar proposta durante a consulta<br />
Eduardo Rodrigues<br />
Da Agência Estado<br />
A primeira etapa do leilão do<br />
trem-bala, que definirá a tecnologia<br />
e a operação do Trem de<br />
Alta Velocidade (TAV) que ligará<br />
Rio de Janeiro, São Paulo e<br />
Campinas, deve ocorrer em fevereiro<br />
de 2012, afirmou, ontem,<br />
o diretor-geral da Agência Nacional<br />
de Transportes Terrestres<br />
(ANTT), Bernardo Figueiredo.<br />
Segundo o executivo, o edital<br />
de licitação da primeira etapa<br />
deve entrar em consulta pública<br />
em agosto e ser publicado em<br />
outubro. “Estamos agendando<br />
reuniões com todos os potenciais<br />
investidores na operação e na<br />
tecnologia. Eles querem entender<br />
melhor o novo modelo e contribuir<br />
para aperfeiçoamento da<br />
licitação”, afirmou Figueiredo.<br />
Conforme estimativas da<br />
ANTT, os consórcios precisarão<br />
de quatro meses, a partir da<br />
publicação do edital, para concluírem<br />
os projetos básicos que<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
concorrerão no leilão. Já o projeto<br />
executivo - que norteará a<br />
segunda fase da licitação, para<br />
as obras de infraestrutura - deverá<br />
ser feito apenas após o leilão,<br />
pelo consórcio vencedor.<br />
TCU - De acordo com Figueiredo,<br />
o Tribunal de Contas da<br />
União (TCU) - que havia solicitado<br />
mudanças no edital que<br />
fracassou - irá analisar a proposta<br />
de edital durante a fase de<br />
consulta pública, para já poder<br />
emitir um parecer tão logo o documento<br />
seja publicado. “Mas as<br />
mudanças pedidas sobre a licitação<br />
anterior perdem sentido no<br />
novo formato”, acrescentou.<br />
Figueiredo também praticamente<br />
descartou a necessidade<br />
de o governo conceder subsídio<br />
aos operadores do trem bala,<br />
caso a demanda nos primeiros<br />
anos de concessão fique bem<br />
aquém do esperado. “Só há possibilidade<br />
de subsídio se o fluxo<br />
nos 40 anos de concessão for negativo,<br />
o que eu acho que dificilmente<br />
deve acontecer”, afirmou.<br />
<br />
Sabrina Craide<br />
Da Agência Brasil<br />
O novo marco regulatório do<br />
setor ferroviário, publicado ontem<br />
no Diário Oficial da União,<br />
deverá ampliar a competitividade<br />
no setor e reduzir o custo dos<br />
fretes, na avaliação do diretorgeral<br />
da Agência Nacional de<br />
Transportes Terrestres (ANTT),<br />
Bernardo Figueiredo. “O objetivo<br />
é criar um ambiente competitivo<br />
nas ferrovias para uma<br />
melhoria na qualidade dos serviços<br />
e um melhor processo de<br />
formação dos preços. Vamos ter<br />
preços mais competitivos e serviços<br />
de melhor qualidade”.<br />
CARNE<br />
<br />
<br />
<br />
Célia Froufe<br />
Da Agência Estado<br />
Os russos terão até o fim do<br />
mês para se posicionarem em relação<br />
ao pedido de suspensão do embargo<br />
feito pelo governo brasileiro<br />
e que atinge 85 frigoríficos de carne<br />
bovina, suína e de frango dos<br />
Estados de Mato Grosso, Paraná<br />
e Rio Grande do Sul. A informação<br />
é do gabinete do ministro da<br />
Agricultura, Wagner Rossi, e diz<br />
respeito à interrupção da importação<br />
desses produtos brasileiros,<br />
que teve início em 15 de junho.<br />
A expectativa era de que a<br />
Rússia se manifestasse até esta<br />
semana sobre o assunto. Isso porque,<br />
no dia 6 de julho, de volta de<br />
uma missão a Moscou, o secretário<br />
de Defesa Agropecuária do<br />
Ministério da Agricultura, Francisco<br />
Jardim, informou que o Serviço<br />
Federal de Fiscalização Veterinária<br />
e Fitossanitária da Rússia<br />
(Rosselkhoznadzor) havia pedido<br />
15 dias para se manifestar. O secretário<br />
disse ainda que o Brasil<br />
respondeu a todos os questionamentos<br />
feitos pelos importadores.<br />
Entre as principais mudanças<br />
estão o estabelecimento de metas<br />
para cada trecho ferroviário,<br />
que serão estabelecidas a partir<br />
do ano que vem, e o direito de<br />
passagem, que determina que<br />
uma concessionária pode usar os<br />
trilhos de outra, pagando uma tarifa<br />
por isso. Segundo Bernardo,<br />
as regras criam compromissos de<br />
exploração da malha ferroviária.<br />
“Hoje, da forma como (a malha)<br />
é gerenciada, as concessionarias<br />
não têm compromisso em<br />
explorar toda a malha e isso permite<br />
que parte não seja utilizada”,<br />
disse Figueiredo.<br />
Dos 28 mil quilômetros de<br />
malha ferroviária que existem<br />
atualmente, cerca de 10 mil quilômetros<br />
estão em boas condições<br />
de trafegabilidade, mas não<br />
são plenamente utilizados. Cerca<br />
de 6 mil quilômetros não estão<br />
em condições de ser usados.<br />
Reutilização - Segundo o<br />
diretor-geral da ANTT, essas resoluções<br />
também criam as condições<br />
para que esses trechos<br />
possam ser reutilizados. Se a<br />
concessionária não tiver a proposta<br />
de explorar e criar serviços<br />
nesses trechos, pode abrir<br />
para o mercado ou devolver<br />
para o governo. “Esses trechos<br />
só não terão transporte ferroviário<br />
se o mercado, de uma forma<br />
integral, não tiver a percepção<br />
de que isso é viável”.<br />
Até o fim do ano, a ANTT<br />
deve colocar em consulta pública<br />
uma proposta sobre os<br />
tetos tarifários para cada tipo<br />
de transporte. Os tetos nunca<br />
foram alterados desde o início<br />
das concessões, em 1996, apenas<br />
corrigidos a cada ano.<br />
Figueiredo disse que, apesar<br />
dos questionamentos dos concessionários<br />
sobre as novas regras,<br />
todas as mudanças foram debatidas<br />
dentro do governo e têm segurança<br />
jurídica. A Associação<br />
Nacional dos Transportadores<br />
Ferroviários (ANTF) informou<br />
que ainda irá avaliar as mudanças<br />
antes de se manifestar.<br />
<br />
<br />
<br />
O índice de intenção de consumo<br />
das famílias (ICF) cresceu<br />
2,2% em julho em relação ao mês<br />
anterior, divulgou ontem a Confederação<br />
Nacional do Comércio<br />
(CNC). A inadimplência cresceu<br />
ainda mais que a vontade de consumir,<br />
mas houve uma melhora<br />
na percepção em relação à capacidade<br />
de pagamento. Na comparação<br />
com igual mês do ano<br />
passado, porém, o indicador de<br />
intenção de consumo se manteve<br />
praticamente estável (+0,1%).<br />
Na mesma base de comparação,<br />
a satisfação com o emprego corrente<br />
subiu 5,3% e a perspectiva<br />
profissional avançou 7,3%.<br />
De acordo com a pesquisa, o<br />
segundo trimestre promoveu um<br />
ajuste na intenção de consumo.<br />
Houve uma queda de 0,2% em<br />
relação ao igual período de 2010<br />
e recuo de 4,2% em relação aos<br />
três primeiros meses deste ano.<br />
Segundo a CNC, os dados de julho<br />
indicam um terceiro trimestre<br />
de expansão mais moderada<br />
dos gastos das famílias.<br />
Uma parcela significativa da<br />
recuperação do ânimo dos consumidores<br />
se deve à volta do crescimento<br />
do mercado de trabalho<br />
que, sazonalmente, reage de forma<br />
positiva no início do segundo<br />
semestre. No entanto, a quase estabilidade<br />
do ICF ante julho de<br />
2010 não deixa de ser um resultado<br />
relevante, pois no ano passado<br />
foi registrado o maior crescimento<br />
das vendas reais do varejo da<br />
última década, aponta a CNC.<br />
A pesquisa mostrou também<br />
que o percentual das famílias<br />
que dizem ter dívidas<br />
em atraso subiu de 23,3% para<br />
23,7% no período, a proporção<br />
das que afirmam não ter condições<br />
de pagar recuou de 8,4%<br />
no mês anterior para 8,1%.<br />
“Há uma perspectiva de que o<br />
mercado de trabalho vai continuar<br />
favorável. Como também<br />
houve uma queda do IPCA nos<br />
últimos meses e o rendimento<br />
real das famílias aumentou,<br />
houve uma percepção de que<br />
é importante atender a seus<br />
compromissos de dívidas nos<br />
próximos meses para continuar<br />
consumindo”, avalia o economista-chefe<br />
da CNC, Carlos<br />
Thadeu de Freitas.<br />
Inadimplência - Segundo o<br />
economista, os dados de inflação<br />
e de mercado de trabalho também<br />
mostram que a inadimplência<br />
vai aumentar de forma moderada<br />
nos próximos meses. “Não<br />
há espaço para que ela aumente<br />
rapidamente, como muitos achavam”,<br />
comenta. De acordo com<br />
a pesquisa, em julho o total de<br />
endividados caiu para 63,5%,<br />
ante 64,1% em junho.<br />
O percentual, porém, ainda é<br />
superior aos 57,7% registrados<br />
em julho do ano passado. A queda<br />
ante o mês anterior é reflexo<br />
das restrições ao crédito no País,<br />
explica a economista Marianne<br />
Lorena Hanson, da CNC. “Podemos<br />
observar desde o início<br />
do ano uma desaceleração na<br />
concessão de crédito, então é natural<br />
que o porcentual de famílias<br />
endividadas lentamente vá<br />
se reduzindo. Não vai ser linear,<br />
porque o saldo de crédito ainda<br />
está muito alto”, diz.

JUNTA COMERCIAL DO<br />
4 Quinta-feira, 21 de julho de 2011 ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
Despachos de 20 de julho de 2011<br />
Documentos Deferidos<br />
PROC. EMPRESA<br />
112609260 2029 J M R ALIMENTOS LTDA ME<br />
112553958 A & V SAT FORTE DAS PARABOLICAS LTDA<br />
ME<br />
112618740 A L DA SILVA RODRIGUES ME<br />
112589111 A L M DOS SANTOS ARAUJO ACADEMIA<br />
DE GINASTICA ME<br />
112553540 A MENINA DO BOLO LTDA<br />
112553567 A MENINA DO BOLO LTDA<br />
112540910 A S COSTA 270 COMERCIO DE AUTOMOVEIS<br />
LTDA EPP<br />
112589944 A SOARES DE LIMA PADARIA ME<br />
112602320 A. K. DE OLIVEIRA - COMERCIO DE ARTIGOS<br />
DO VESTUARIO LTDA<br />
112602363 A. K. DE OLIVEIRA - COMERCIO DE ARTIGOS<br />
DO VESTUARIO LTDA<br />
112592155 ACCIOLY DISTRIBUIDORA DE AGUAS MINERAIS<br />
LTDA ME<br />
111961912 ACCIOLY FITNESS PARTICIPACOES S/A<br />
112589286 ACOTEC SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA<br />
112589316 ACOTEC SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA<br />
112602754 AES COMMUNICATIONS RIO DE JANEIRO S/A<br />
112592392 AGS ASSESSORIA PARA GESTAO SUSTENTAVEL<br />
LTDA<br />
112598404 ALEXANDER SOUZA PESSANHA<br />
111996880 ALIX SERVICOS DE SAUDE LTDA<br />
112186513 ALLIAGE CONSULTORIA EM RECURSOS<br />
HUMANOS LTDA<br />
112591531 AMC RIBEIRO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS<br />
LTDA EPP<br />
112336809 AMILAR NUNES DE ABREU<br />
112553486 ANA CAROLINA FERREIRA BICUDO PILATES<br />
112605206 ANA CRISTINA GONCALVES BAPTISTA<br />
112612610 ANDRE DOS S. DA SILVA SERVICOS DE ENTREGA<br />
RAPIDA<br />
112602142 ANDRE LUIS DA SILVA RODRIGUES TRANSPORTES<br />
112452396 ANEIS COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA<br />
112452469 ANEIS COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA<br />
112404120 ANNA MARIA MILAGRES BOECHAT<br />
112469191 AP RIO ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA<br />
112580882 ARMAZENS GERAIS MURUNDU LTDA<br />
112609929 ART CLIN CAMPO GRANDE CLINICA ODONTOLOGICA<br />
LTDA<br />
112609953 ART CLIN CAMPO GRANDE CLINICA ODONTOLOGICA<br />
LTDA<br />
112595073 ARTE OBJETIVA ALEX SERRALHERIA LTDA ME<br />
112490000 ARX SERVICOS E INFORMATICA LTDA<br />
112556892 ASRIO CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA<br />
112484255 ATALAYA RJ PARTICIPACOES LTDA<br />
112611117 ATLANTICO OFFICES ADMINISTRADORA DE<br />
IMOVEIS SA<br />
112614841 ATLAS JAYMAR SERVICOS DE CONSULTORIA LTDA<br />
EPP<br />
112603556 ATOR COMERCIO DE PRODUTOS ELETRO ELETRONICOS<br />
LTDA<br />
112477860 ATTUALE CORRETORA DE SEGUROS LTDA<br />
112589707 AUTO CENTER NOVO CAR COMERCIO E SERVICOS<br />
LTDA<br />
112602720 BANCO BTG PACTUAL S A<br />
112580475 BANCO MORADA S/A<br />
112362575 BAR E LANCHONETE CALDEIRAO DO CARLAO LTDA<br />
ME<br />
111776414 BAR E MERCEARIA OLITHOME LTDA ME<br />
112594263 BAR TABERNA DO MINHO LTDA ME<br />
112616364 BARBEARIA SANTA RITA LTDA ME<br />
112464599 BASICA FASHION INDUSTRIA DE ROUPAS LTDA ME<br />
112595456 BAZAR 16 DE ABRIL LTDA<br />
112613136 BB GESTAO DE RECURSOS DISTRIBUIDORA DE TITULOS<br />
E VALORES MOBILIARIOS S A<br />
112612857 BELLA VISTA TURISMO MARITIMO LTDA<br />
112595570 BELMARE ENGENHARIA E COMERCIO LTDA<br />
112595634 BELMARE ENGENHARIA E COMERCIO LTDA<br />
112589782 BEZERRA CARNEVAL REPRESENTACOES COMERCIAIS<br />
LTDA ME<br />
111605016 BG COMERCIO E IMPORTACAO LTDA<br />
112602070 BIQUINI RAIO DE SOL CONFECCAO E COMERCIO DE<br />
ROUPAS E ACESSORIOS LTDA<br />
112602134 BIQUINI RAIO DE SOL CONFECCAO E COMERCIO DE<br />
ROUPAS E ACESSORIOS LTDA<br />
112304958 BIT RANNER LTDA ME<br />
112456170 BR040 PNEUS LTDA ME<br />
112612865 BROOKFIELD INCORPORACOES S A<br />
112593585 BRUNO MOTOS PECAS E ACESSORIOS LTDA<br />
112593593 BRUNO MOTOS PECAS E ACESSORIOS LTDA<br />
112608248 BULK INFO COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA<br />
LTDA ME<br />
112608264 BULK INFO COMERCIO E SERVICOS DE INFORMATICA<br />
LTDA ME<br />
112294219 BUTSKINA’S BAR E RESTAURANTE LTDA<br />
112294243 BUTSKINA’S BAR E RESTAURANTE LTDA<br />
112612024 BUZIOS RJ PARTICIPACOES LTDA<br />
112588581 BWTEX CONSTRUCOES E MONTAGENS LTDA<br />
112588620 BWTEX CONSTRUCOES E MONTAGENS LTDA<br />
112615325 C D COUTINHO CENTRO DE ESTETICA<br />
112615392 C D COUTINHO CENTRO DE ESTETICA<br />
112602800 C T L TRANSPORTADORA LTDA<br />
112591272 CABELEIREIROS MAISON 115 COIFFER LTDA ME<br />
112583571 CALCADOS LEBLON 01 LTDA EPP<br />
112599010 CALCADOS LUZ 25 LTDA EPP<br />
112606512 CALDEIRAO DO INDIO BAR E RESTAURANTE LTDA<br />
112223184 CALDEIRAO DO INDIO BAR E RESTAURANTE LTDA<br />
112591710 CAMPOS MACIEL SERVICOS ESPECIALIZADOS<br />
LTDA ME<br />
112613110 CANABARRO COMERCIO E SERVICOS LTDA EPP<br />
112595324 CARDIOTEAM ASSISTENCIA MEDICA LTDA<br />
112611818 CARLOS DA SILVA RESPLANDE<br />
112614787 CASSIOPEIA INCORPORADORA LTDA<br />
112472087 CENTRO DE LAZER GG 40 LTDA ME<br />
112599869 CENTRO DE MATURIDADE E MOVIMENTO VILMA<br />
CAMARA LTDA<br />
112612474 CENTURION COMERCIO E SERVICOS DE BOMBAS<br />
LTDA ME<br />
112612490 CENTURION COMERCIO E SERVICOS DE BOMBAS<br />
LTDA ME<br />
112580203 CF FANTASTICO COMERCIO DE VEICULOS LTDA<br />
ME<br />
112613128 CGF SERVICOS DE REFORMA E CONSERVACAO<br />
LTDA<br />
112613152 CGF SERVICOS DE REFORMA E CONSERVACAO<br />
LTDA<br />
112601600 CHARLES AUGUSTO DA COSTA SANTOS CONFECCOES<br />
112601634 CHARLES AUGUSTO DA COSTA SANTOS CONFECCOES<br />
112559760 CHARMOSA DO MEIER PADARIA E CONFEITARIA LTDA<br />
112604633 CICILIA DE JESUS AVELINO FERREIRA<br />
112433340 CLINICA MEDICA AREIA BRANCA LTDA EPP<br />
112433405 CLINICA MEDICA AREIA BRANCA LTDA EPP<br />
112532845 CLJ COMERCIO DE PRODUTOS DE INFORMATICA<br />
LTDA<br />
112532900 CLJ COMERCIO DE PRODUTOS DE INFORMATICA<br />
LTDA<br />
112582362 COBRA TECNOLOGIA S/A<br />
112233490 COBRA TECNOLOGIA S/A<br />
112604110 COLONIZADORA E INDUSTRIAL S/A<br />
112471773 COMERCIAL DE CEREAIS MAZONI LTDA<br />
112565298 COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DA<br />
REGIAO DO PORTO DO RIO DE JANEIRO S/A<br />
CDURP<br />
112598897 COMPORTE MATERIAIS DE PROTECAO E SERVICOS<br />
LTDA ME<br />
112465374 CONFECCOES DA GENY LTDA<br />
112465412 CONFECCOES DA GENY LTDA<br />
112603998 CONSORCIO BMC 7<br />
112604048 CONSORCIO BM-C-47<br />
112612970 CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S/A<br />
112488188 CONSTRUTORA ROQUETE & CORREA<br />
EMPREENDIMENTOS LTDA<br />
112488234 CONSTRUTORA ROQUETE & CORREA<br />
EMPREENDIMENTOS LTDA<br />
112457215 CONSTRUTORA SANTA EDUVIRGENS LTDA<br />
112457231 CONSTRUTORA SANTA EDUVIRGENS LTDA<br />
112497241 COR DO BRASIL SERVICOS DE PETROLEO LTDA<br />
112603467 COZINHA NATURAL COMERCIO DE REFEICOES<br />
CASEIRAS LTDA ME<br />
112608019 CRBS S A<br />
112603521 CRECHE ESCOLA SHALON BABY LTDA<br />
112603572 CRECHE ESCOLA SHALON BABY LTDA<br />
112603920 CRIAR AMIGOS DESIGN E DECORACAO LTDA ME<br />
112351875 CSA 8137 COMERCIO DE PECAS AUTOMOTIVAS<br />
LTDA ME<br />
112493106 D BEDIM FILHO COMERCIO DE VEICULOS<br />
112493203 D BEDIM FILHO COMERCIO DE VEICULOS<br />
112594204 D L R MATERIAL ELETRICO LTDA ME<br />
112605494 D MILLER CONFECCOES DE MODA INTIMA LTDA<br />
112605540 D MILLER CONFECCOES DE MODA INTIMA LTDA<br />
111857813 D O C G IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA<br />
DE BEBIDAS LTDA ME<br />
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS<br />
112320600 D O C G IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA<br />
DE BEBIDAS LTDA ME<br />
112533850 DANIEL A TUCCIARELLI PROCESSAMENTO DE DADOS<br />
112533876 DANIEL A TUCCIARELLI PROCESSAMENTO DE DADOS<br />
112600581 DANIEL PEREIRA MARTINS PENSAO<br />
112598471 DANIEL SOUZA BRAGA<br />
112580343 DECKER BRASIL EQUIPAMENTOS LTDA<br />
112580378 DECKER BRASIL EQUIPAMENTOS LTDA<br />
112560784 DELICIAS DO CHOCOLATE ITAPERUNA LTDA ME<br />
112506542 DELIDELI INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS<br />
LTDA ME<br />
112476473 DELTA CENTER ARTIGOS DE INFORMATICA LTDA<br />
112476503 DELTA CENTER ARTIGOS DE INFORMATICA LTDA<br />
112610021 DEPOSITO DE GAS BETEL LTDA ME<br />
112398863 DEZOITO DO FORTE CALCADOS LTDA EPP<br />
112605400 DIONEIA MILLER GRAVITOL GUIMARAES<br />
112593550 DIRETORIO 312 BAR E RESTAURANTE LTDA ME<br />
112570445 DO LABOR AO SABOR CONVENIENCIAS LTDA ME<br />
112588433 DOCELANDIA DISTRIBUIDORA DE DOCES LTDA<br />
ME<br />
112618995 DOIS M BISCOITO LTDA ME<br />
112591124 DROGARIA RETA DE TERESOPOLIS LTDA ME<br />
112594760 DUQUE TUBOS E CONEXOES LTDA<br />
112594786 DUQUE TUBOS E CONEXOES LTDA<br />
112595502 E M DO NASCIMENTO MODAS ME<br />
112485715 E. DO NASCIMENTO RAMOS MARMORARIA ME<br />
112598536 EASYFLY SERVICOS AERONAUTICOS LTDA<br />
112602851 EDIR LANCA PINHEIRO<br />
112602878 EDIR LANCA PINHEIRO<br />
112595600 EDNA GOMES DA SILVA RESTAURANTE<br />
112595685 EDNA GOMES DA SILVA RESTAURANTE<br />
112604480 EGM LANCHONETE LTDA<br />
112604552 EGM LANCHONETE LTDA<br />
112593445 ELAINE DE OLIVEIRA PORTUGAL<br />
112595405 ELZA ALVES DOS SANTOS<br />
112595871 ELZA MARIA DOS SANTOS GUILHERME<br />
112350305 EMERALD ADMINISTRACAO E PARTICIPACOES<br />
LTDA<br />
112502431 EMPRESA MUNICIPAL DE ARTES GRAFICAS S/A<br />
IMPRENSA DA CIDADE<br />
112502490 EMPRESA MUNICIPAL DE ARTES GRAFICAS S/A<br />
IMPRENSA DA CIDADE<br />
112447155 ENI PACHECO ME<br />
112314716 ENTREGAS 7 GRILL REGIAO OCEANICA LTDA<br />
112314783 ENTREGAS 7 GRILL REGIAO OCEANICA LTDA<br />
112294553 ES COMERCIAL AGRICOLA LTDA<br />
112610137 ESPACO DEPIL INSTITUTO DE DEPILACAO LTDA<br />
112610153 ESPACO DEPIL INSTITUTO DE DEPILACAO LTDA<br />
112603530 ESSENCIAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO<br />
GERENCIAL LTDA<br />
112603564 ESSENCIAL TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO<br />
GERENCIAL LTDA<br />
107349078 EURIDICE MARIA DE CASTRO PERDIGAO<br />
112597017 F FONTOURA MERCEARIA ME<br />
112617352 F L DE OLIVEIRA ME<br />
112594069 F SEPULVEDA BELIENE - SERVICOS<br />
112594034 F SEPULVEDA BELIENE SERVICOS<br />
112588310 F&L LEAL TRANSPORTES LTDA<br />
112588344 F&L LEAL TRANSPORTES LTDA<br />
112618120 FABIO RODRIGUES DIOGO<br />
112356400 FACILE DISPLAYS LTDA EPP<br />
112596657 FATO LOGISTICA LTDA EPP<br />
112275761 FATORIAL PARTICIPACAO E PLANEJAMENTO<br />
LTDA<br />
112613381 FER DO NASCIMENTO REVENDA DE IOGURTE<br />
E FRIOS ME<br />
111756030 FERREIRA & VIANA EMPREENDIMENTOS<br />
CONSTRUCAO E MANUTENCAO LTDA<br />
112507328 FLAVIA COSTA - CABELEIREIROS<br />
112507352 FLAVIA COSTA - CABELEIREIROS<br />
112404685 FOCO ESQUADRIAS E DECORACOES LTDA<br />
112404758 FOCO ESQUADRIAS E DECORACOES LTDA<br />
112609562 FONTES PARK SERVICOS DE PARQUEAMENTO<br />
LTDA<br />
112613233 FRANCISCO EDMAR RODRIGUES DO NASCIMENTO<br />
112617204 FREITAS & TITONELLI ARTEFATOS DE MADEIRA<br />
LTDA ME<br />
112597076 G A COUTO RESTAURANTE ME<br />
112183654 G L EMPREITEIRA COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112183697 G L EMPREITEIRA COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112615996 G V 2005 DIESEL MECANICA PECAS E REBOQUE<br />
LTDA ME<br />
112409792 G4 PARTICIPACOES LTDA<br />
112516653 GA DE ARAUJO SERVICOS CONTABIL<br />
112516688 GA DE ARAUJO SERVICOS DE CONTABILIDADE<br />
112428525 GALGOSOFT COMERCIO E SERVICOS LTDA ME<br />
112592570 GBI GRAFICA E EDITORA LTDA EPP<br />
112608728 GENUS S/A<br />
112604609 GERDAU ACOS LONGOS S/A<br />
112604650 GERDAU ACOS LONGOS S/A<br />
112604471 GERDAU S/A<br />
112604544 GERDAU S/A<br />
112599273 GF MATTOS PRESENTES E DESIGN LTDA<br />
112599311 GF MATTOS PRESENTES E DESIGN LTDA<br />
112612920 GF MENDES OLIVEIRA SERVICOS DE INFORMATICA<br />
LTDA ME<br />
112595154 GIGOR ROSAS COMERCIO DE PRODUTOS NATURAIS<br />
LTDA ME<br />
112505007 GLEYTON RODRIGUES ROSA ME<br />
112476155 GM2 ENGENHARIA LTDA<br />
112603742 GME4 DO BRASIL PARTICIPACOES E EMPREENDIMENTOS<br />
S. A.<br />
112541615 GOLDEN CROSS ASSISTENCIA INTERNACIONAL DE<br />
SAUDE LTDA<br />
112609090 GOOAL MARKETING E INTELIGENCIA ONLINE LTDA.<br />
112427570 GPF COMERCIO E LOCACAO DE MAQUINAS PARA<br />
CONSTRUCAO LTDA<br />
112427596 GPF COMERCIO E LOCACAO DE MAQUINAS PARA<br />
CONSTRUCAO LTDA<br />
112225594 GRAFICA KATERPIER DO ROCHA E EDITORA LTDA ME<br />
112519229 GTREID COMERCIO E ENVASILHAMENTO DE GELO<br />
LTDA ME<br />
112519342 GTREID COMERCIO E ENVASILHAMENTO DE GELO<br />
LTDA ME<br />
112595332 GUEDES PISOS E REFORMAS LTDA<br />
112595359 GUEDES PISOS E REFORMAS LTDA<br />
112605915 GUINHO DO PILAR COMERCIO DE GAS LP LTDA ME<br />
112586821 HARMONIA ARMAZENS GERAIS LTDA<br />
112586872 HARMONIA ARMAZENS GERAIS LTDA<br />
112586899 HARMONIA ARMAZENS GERAIS LTDA<br />
112598935 HOMACC COMERCIO DE MATERIAL MEDICO HOSPITALAR<br />
LTDA ME<br />
112606547 HOPEVIG TECNOLOGIA LTDA<br />
112617280 HOTEL SERNAMBETIBA BARRA LTDA<br />
112600476 HRT O&G EXPLORACAO E PRODUCAO DE PETROLEO<br />
LTDA<br />
112614876 HRT PARTICIPACOES EM PETROLEO S A<br />
111956447 HUNGRY MAN RIO PRODUCOES LTDA<br />
112580246 IAT COMERCIO E INFORMATICA LTDA<br />
112580270 IAT COMERCIO E INFORMATICA LTDA<br />
112591361 ICAP DO BRASIL CORRETORA DE TITULOS E VALORES<br />
MOBILIARIOS LTDA<br />
112461891 ILMA NASCIMENTO RIBEIRO PROMOCAO E DIVULGACAO<br />
ME<br />
112325050 IMPACT MIDIA SERVICE PUBLICIDADE LTDA<br />
112609619 INEARA DE SOUZA ARAUJO<br />
112518206 INGRID BAHIENSE PRATAS LTDA<br />
112518222 INGRID BAHIENSE PRATAS LTDA<br />
112484468 INSUMOS AGRICOLAS JU LTDA<br />
112458807 INTELLIGERE CONSULTORIA LTDA<br />
112275117 INTERACT SOLUTIONS FRANQUIA RIO DE JANEIRO<br />
LTDA<br />
112481507 INTESA INTEGRACAO TRANSMISSORA DE ENERGIA<br />
S/A<br />
112564240 IRMATEC CONSTRUTORA LTDA<br />
112589758 J B DE DEUS BIJOUTERIAS ME<br />
112593860 J C CORREIA ZELADORIA<br />
112593887 J C CORREIA ZELADORIA<br />
112544835 J GONCALVES HENRIQUES ME<br />
112456839 J L DOCES DE FRIBURGO BOMBONIERE LTDA<br />
112456863 J L DOCES DE FRIBURGO BOMBONIERE LTDA<br />
112619762 J M DE BARROS<br />
112312284 J M DO NASCIMENTO CONSTRUTORA LTDA ME<br />
112600751 J O DO CARMO TRANSPORTE E LOCACOES<br />
112600786 J O DO CARMO TRANSPORTE E LOCACOES<br />
112580165 J REI 1000 REFORMAS E CONSTRUCOES LTDA ME<br />
112590101 J S SALES JUNIOR ENGENHARIA NAVAL ME<br />
112586163 J W OBRAS E CONSTRUCOES LTDA<br />
112543790 JA E - LAVA JATO E BAR LTDA<br />
112543901 JA E - LAVA JATO E BAR LTDA<br />
112497276 JD INSTALACOES DE TOLDOS E ALUMINIOS LTDA<br />
ME<br />
112611982 JEFFERSON ASSIS MUNIZ<br />
112593755 JEFFERSON RIBEIRO DA SILVA<br />
112619835 JM DE BARROS<br />
111439035 JOSE RAIMUNDO COSTA<br />
112610072 JOSE ROBERTO DA CONCEICAO COSTA ME<br />
112549730 JOSEFINA AUGUSTA DA SILVA FRAGA<br />
112549756 JOSEFINA AUGUSTA DA SILVA FRAGA<br />
112606431 JRA CONSTRUTORA LTDA<br />
112606458 JRA CONSTRUTORA LTDA<br />
112600654 JULIANA HAUAJI LIMA MACHADO<br />
112595219 JUST POWER COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112595162 JUST POWER COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112463525 JUST POWER COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112594140 JXL BAR E LANCHONETE LTDA ME<br />
112552900 K & P ALIMENTOS LTDA<br />
112552927 K & P ALIMENTOS LTDA<br />
112598722 K N FASHION HAIR LTDA<br />
112598730 K N FASHION HAIR LTDA<br />
112595200 KACTOS PEDRAS DECORATIVAS LTDA ME<br />
112607675 KAWAE SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA ME<br />
112595448 KEILA FREIRE DOS SANTOS DE SOUZA<br />
112621058 KLINECAR AUTO SERVICO LTDA ME<br />
112599389 KSI ROLAMENTOS E PECAS LTDA ME<br />
112596983 L DE ALMEIDA FERREIRA COMERCIO DE ROUPAS<br />
112597041 L DE ALMEIDA FERREIRA COMERCIO DE ROUPAS<br />
112546404 L E R LIMA PECAS INTIMAS ME<br />
112592406 L H S PRODUCOES ARTISTICAS LTDA<br />
112606490 L M D&M LOGISTICA E DISTRIBUICAO LTDA ME<br />
112184359 L M M B TORRES RODRIGUES INSTRUTOR DE<br />
EDUCACAO FISICA<br />
112604714 L M SANTOS CABELEREIROS ME<br />
112608914 L V DE CASTRO CONTABILIDADE ME<br />
112282148 LABORATORIO DE IDEIAS EDITORACAO ELETRONICA<br />
GRAFICA E BRINDES LTDA ME<br />
112611249 LABS CARDIOCLINICA EXAMES COMPLEMENTARES<br />
S A<br />
112617174 LAERTE TERRA DUQUE CONTABILIDADE<br />
112340105 LAJU REPRESENTACOES COMERCIAIS LTDA<br />
112612881 LANCHONETE CAQUI LTDA ME<br />
112603769 LANCHONETE E PASTELARIA LIHE GUAPORE 2011<br />
LTDA<br />
112603777 LANCHONETE E PASTELARIA LIHE GUAPORE 2011<br />
LTDA<br />
112558828 LANCHONETE TIA BIA LTDA ME<br />
112601235 LEITE RIO CLARO LTDA ME<br />
112589618 LEME SUL TECNOLOGIA MARITIMA LTDA<br />
112594131 LEYLA C F TELLES CASAL EPP<br />
112602983 LIGHT ENERGIA S/A<br />
112278906 LINS DE VASCONCELOS CONSULTORIA EMPRESARIAL<br />
LTDA<br />
112278965 LINS DE VASCONCELOS CONSULTORIA EMPRESARIAL<br />
LTDA<br />
112498272 LINTRAN DO BRASIL PARTICIPACOES S/A<br />
112601499 LOBAO NATURAL CABELOS CURSOS E SALAO DE<br />
CABELEIREIROS LTDA<br />
112601537 LOBAO NATURAL CABELOS CURSOS E SALAO DE<br />
CABELEIREIROS LTDA<br />
112595006 LOL CONSULTORIA DE ENGENHARIA LTDA<br />
112470629 LUBIANE DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS E CEREAIS LTDA<br />
ME<br />
112575641 LUCIO DE S CELESTINO ME<br />
112490956 LUCMAR MALHAS LTDA<br />
112490972 LUCMAR MALHAS LTDA<br />
112595251 LUFETEC COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112595294 LUFETEC COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
112546943 LUIZ PEDRO PROTESE ODONTOLOGICA<br />
112612067 LUMIAR RJ PARTICIPACOES LTDA<br />
112583148 M A M FERREIRA COMERCIO DE ROUPAS ME<br />
112598021 M CRISTINA DE OLIVEIRA CONSERVACAO E LIMPEZA<br />
111849799 M G F DOS SANTOS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS<br />
111849845 M G F DOS SANTOS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS<br />
112299032 M SIQUEIRA BARROS ME<br />
112565808 M T OLIVEIRA FONTES COMERCIO ATACADISTA E<br />
VAREJISTA DE CONFECCOES ME<br />
112605583 M4U MIDIA E ENTRETENIMENTO S A<br />
112601936 MARCENARIA LUNAS 2000 LTDA ME<br />
112603840 MARIA HELENA SILVA PASSOS<br />
112330266 MARIA MADALENA DE OLIVEIRA<br />
112619932 MARIANGELA BRAGA<br />
112581404 MARLA DE SOUZA BOECHAT FARIA DE JESUS<br />
112379796 MARTINS SERVICOS E COMERCIO LTDA EPP<br />
112567100 MARTUANI COMERCIO DE ROUPAS LTDA<br />
112613179 MAXNET TECNOLOGIA DE SISTEMAS DIGITAIS LTDA<br />
112031676 ME LEMBRA VOCE REPRESENTACAO COMERCIAL<br />
LTDA EPP<br />
112573657 MED LIFE CIRURGICA LTDA ME<br />
112608850 MEDIDATA INFORMATICA S/A<br />
112605869 MEP PELLEGRINI DO BRASIL GUINDASTES E<br />
EQUIPAMENTOS NAVAIS LTDA<br />
112606571 MERCADINHO PORTAL DA ILHA LTDA<br />
112606598 MERCADINHO PORTAL DA ILHA LTDA<br />
112397611 MERCADO AMIGAO DE SANTA RITA LTDA<br />
111769965 MERCEARIA E BAR LOURETO LTDA ME<br />
112602231 MERCEARIA PRINCIPE DE COPACABANA LTDA EPP<br />
112621120 MEU BICHINHO 40 RACOES LTDA ME<br />
112596797 MIAMI LOGISTICA LTDA EPP<br />
112591159 MODERN SOUND MUSICA E EQUIPAMENTOS LTDA<br />
112603050 MONI TRANSPORTES LYDA ME<br />
112528570 MONTEVAN PREVIDENCIA PRIVADA S/A EM LIQUIDACAO<br />
ORDINARIA<br />
112595081 MORADA DO SABOR COZINHA INDUSTRIAL LTDA<br />
112595278 MORADA DO SABOR COZINHA INDUSTRIAL LTDA<br />
112594530 MORAES & FERNANDES LOCADORA DE VEICULOS<br />
LTDA ME<br />
112609490 MPE PARTICIPACOES EM ENGENHARIA E SERVICOS<br />
S/A<br />
112621112 MUT MACAE COMERCIO DE ROUPAS LTDA ME<br />
112611940 NATUROIL COMBUSTIVEIS RENOVAVEIS S A<br />
112591086 NEFER ARTES GRAFICAS LTDA<br />
112601847 NEGOCILAR IMOVEIS LTDA ME<br />
112610897 NETGAMES COOPERATIVE WORLD DIVERSOES LTDA<br />
112609007 NEVES & NUNES ACESSORIOS AUTOMOTIVOS LTDA<br />
112609163 NEVES & NUNES ACESSORIOS AUTOMOTIVOS LTDA<br />
112596762 NEW EXPRESS LOGISTICA LTDA EPP<br />
112061486 NICO LEAL MATERIAIS DE LIMPEZA ALIMENTOS E<br />
DESCARTAVEIS LTDA<br />
112061451 NICO LEAL MATERIAIS DE LIMPEZAS ALIMENTOS E<br />
DESCARTAVEIS LTDA<br />
112389902 NOVA CASCADURA REFRIGERACAO LTDA ME<br />
112426220 NOVA DOBLO LOCACAO DE AUTOS E TRANSPORTES<br />
DE PASSAGEIROSLTDA ME<br />
112583121 NOVO ESPACO MODELO 4 CABELEIREIROS LTDA<br />
112589669 OCEANIC ESTALEIROS LTDA<br />
112612962 OFICINA MECANICA RIO LTDA<br />
112433502 OILMAR E&P CONSULTORIA LTDA<br />
112541593 ORILIA PARTICIPACOES LTDA<br />
110859529 P C DEPOSITO DE GAS LTDA<br />
112598420 P H L CORRETAGEM E ADMINISTRACAO DE SEGUROS<br />
LTDA<br />
112557244 PADARIA E LANCHONETE PRINCESA DA VILA LTDA<br />
112557317 PADARIA E LANCHONETE PRINCESA DA VILA LTDA<br />
112541062 PADARIA FLOR DO JARDIM LTDA ME<br />
112591752 PAPELARIA PAPELONIA LTDA ME<br />
112553869 PARTEL PARTICIPACOES S/A<br />
112517439 PATRICIA SILVA DE CARVALHO<br />
112560040 PAULO TARDIN DE SIQUEIRA ME<br />
112479111 PDG ARAXA INCOME S/A<br />
112603068 PEIXARIA SOL NATAL LTDA<br />
112603106 PEIXARIA SOL NATAL LTDA<br />
112201849 PELTRON AMBIENTAL GESTAO E NEGOCIOS EMPRES<br />
COM E REPRESENTACOES LTDA<br />
112466290 PEM DISTRIBUIDORA E BAZAR LTDA ME<br />
112550797 PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS<br />
112591558 PETROLINK SERVICOS LTDA<br />
112598668 PETROVAN AUTO PECAS E SERVICOS LTDA<br />
112598684 PETROVAN AUTO PECAS E SERVICOS LTDA<br />
112603831 PI4 PARTICIPACOES E EMPREENDIMENTOS S. A.<br />
112539270 PIAI AUTO PECAS E SERVICOS LTDA ME<br />
112501362 PILOES EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS E<br />
PARTICIPACOES LTDA<br />
112470700 PINCELANDO BABY COMERCIO DE ARTIGOS INFANTIS<br />
LTDA<br />
112608213 POLO CASUAL LTDA<br />
112608230 POLO CASUAL LTDA<br />
112591213 POSTO ESTACAO DE TERESOPOLIS SERVICOS<br />
LTDA<br />
112608302 PRC SERVICOS DE ANALISE & GESTAO DE NEGOCIOS<br />
LTDA<br />
112598323 PREMIERE RIO COMERCIO DE DESCARTAVEIS<br />
PLASTICOS LTDA<br />
112592449 PROCOMP COMERCIO ASSISTENCIA TECNICA E<br />
SERVICOS LTDA<br />
112599176 PROMME GESTAO EM MEDICINA OCUPACIONAL<br />
CARTAO DE DESCONTOS COBRANCAS E VENDAS DE<br />
SEGUROS DE SAUDE LTDA<br />
112573800 PROSEGUR SISTEMAS DE SEGURANCA LTDA<br />
112471820 PROSPER 2008 COMERCIO SERVICOS DE REFORMAS<br />
E MANUTENCAO PREDIAL LTDA ME<br />
112506232 PRYMER SUPRIMENTOS COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
ME<br />
112611044 QUALITY FARMACIA COM MANIPULACAO E HOMEOPATIA<br />
LTDA ME<br />
112597920 R C I OLIVEIRA SERVICOS DE VIGILANCIA E LIMPEZA ME<br />
112582770 R F & R LANCHONETE E PIZZARIA LTDA ME<br />
112515134 R F DEPILACAO E ESTETICA LTDA<br />
112515258 R F DEPILACAO E ESTETICA LTDA

112597815 R G R DA COSTA LEAL ME<br />
112319009 R M F PALHARES CONFECCOES DE ACESSORIOS<br />
DE MODA E PRODUCAO DE EVENTOS<br />
112319050 R M F PALHARES CONFECCOES DE ACESSORIOS<br />
DE MODA E PRODUCAO DE EVENTOS<br />
112511716 R N FERREIRA COMERCIO E SERVICOS DE REPARACAO<br />
DE MAQUINAS ME<br />
112598056 R O DA SILVA CONFECCOES ME<br />
112377831 R O M CARE SERVICOS MEDICOS HOSPITALARES LTDA<br />
112615333 RADHJA ADN CONSERTOS DE MAQUINAS E<br />
EQUIPAMENTOS LTDA EPP<br />
112613101 RAIF CONSTRUCOES E LOCACOES LTDA<br />
112620590 RAMALHO INSTALACAO DE PORTAS LTDA<br />
112620647 RAMALHO INSTALACAO DE PORTAS LTDA<br />
112562817 REDENTOR ENERGIA S/A<br />
112603882 REGOBEL COMERCIO DE BEBIDAS LTDA ME<br />
112595065 REI DAS MALAS LTDA ME<br />
112363261 RENALAR COMERCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCAO<br />
LTDA<br />
112363350 RENALAR COMERCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUCAO<br />
LTDA<br />
112600441 RESIDENCIAL ASSUERO SPE LTDA<br />
112603173 RESTAURANTE BOM PALADAR DE HIGIENOPOLIS<br />
LTDA<br />
112603211 RESTAURANTE BOM PALADAR DE HIGIENOPOLIS<br />
LTDA<br />
112568335 RESTAURANTE E PIZZARIA AMIZADE LTDA<br />
112568351 RESTAURANTE E PIZZARIA AMIZADE LTDA<br />
112571581 RIO COLOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS DE<br />
CONSTRUCAO LTDA EPP<br />
112600050 RIO DE JANEIRO REFRESCOS LTDA<br />
112570402 RIO SUL VEICULOS LTDA ME<br />
112598773 RIO TRENS PARTICIPACOES S/A<br />
112598790 RIO TRENS PARTICIPACOES S/A<br />
112598854 RIO TRENS PARTICIPACOES S/A<br />
112588263 RISEJO RESTAURANTE LTDA<br />
112611850 RN DE GUARATIBA MATERIAIS DE CONSTRUCAO<br />
LTDA<br />
112611877 RN DE GUARATIBA MATERIAIS DE CONSTRUCAO<br />
LTDA<br />
112581153 RODAC BARRA MANSA S/A<br />
112587070 RODRIGO FRIGHETTO SERVICOS AEREOS ME<br />
112383807 RODRIGUES & MARTINS MULTIPLOS<br />
EMPREENDIMENTOS LTDA<br />
112383823 RODRIGUES & MARTINS MULTIPLOS<br />
EMPREENDIMENTOS LTDA<br />
112348629 ROODSARI RESOURSES PARTICIPACOES E GESTAO<br />
LTDA<br />
112604420 ROSEMERE DE SOUZA SILVA TRANSPORTES<br />
112604510 ROSEMERE DE SOUZA SILVA TRANSPORTES<br />
112594271 RR&BB AGENCIA DE TURISMO E VIAGENS LTDA<br />
112589430 RRAN BRAZIL COMERCIO DE ROUPAS LTDA ME<br />
112589456 RRAN BRAZIL COMERCIO DE ROUPAS LTDA ME<br />
112398820 S AGUIAR OLIVEIRA BAR E MERCEARIA ME<br />
112600638 S M G INVESTIMENTOS E PARTICIPACOES LTDA<br />
112610480 S NASCENTE MONTAGENS EM ESTRUTURA<br />
METALICA LTDA<br />
112610633 S NASCENTE MONTAGENS EM ESTRUTURA<br />
METALICA LTDA<br />
112589189 S RIBEIRO COMERCIO ESPECIALIZADO EM<br />
REFRIGERACAO ME<br />
112333389 S S BEZERRA COMERCIO E REPRESENTACOES DE<br />
CALCADOS<br />
112335128 S S BEZERRA COMERCIO E REPRESENTACOES DE<br />
CALCADOS<br />
112578853 SA CAVALCANTE PARTICIPACOES LTDA<br />
112610560 SABRINA COTA DA SILVA<br />
112605176 SAVEIROS CAMUYRANO SERVICOS MARITIMOS S/A<br />
112600255 SDM COMERCIO VAREJISTA LTDA ME<br />
112600239 SDM COMERCIO VAREJISTA LTDA.ME<br />
112620663 SELTEC MONITORAMENTO E SISTEMAS DE SEGURANCA<br />
LTDA ME<br />
112606377 SENDAS DISTRIBUIDORA S/A<br />
112438385 SERB SANEAMENTO E ENERGIA RENOVAVEL DO<br />
BRASIL S A<br />
112587038 SERGIO S SIMOES SERVICOS DE PILOTAGEM DE<br />
AERONAVES ME<br />
111922011 SERRALHERIA 18 DO FORTE LTDA<br />
112564976 SERRAMAR ACESSORIOS E AUTO PECAS LTDA<br />
112565026 SERRAMAR ACESSORIOS E AUTO PECAS LTDA<br />
112594840 SETEMBRO PARTICIPACOES SOCIETARIAS LTDA<br />
112599052 SETMED CLINICA MEDICA LTDA EPP<br />
112589588 SHOPCELL 3 COMUNICACAO LTDA ME<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Wellington Bahnemann<br />
Da Agência Estado<br />
O forte desempenho do consumo<br />
industrial segue impulsionando<br />
as vendas de gás natural<br />
no Brasil. Em junho de 2011, o<br />
volume total comercializado foi<br />
de 50,3 milhões de metros cúbicos<br />
por dia (m3/d), ligeira alta de<br />
1,18% sobre os 49,71 milhões de<br />
m3/d de igual mês do ano passado,<br />
segundo a Associação Brasileira<br />
das Empresas Distribuidoras<br />
de Gás Canalizado (Abegás).<br />
Excluída as térmicas, o volume<br />
de gás consumido nos demais<br />
segmentos apresentou aumento<br />
de 10,57%, passando de 37,01 milhões<br />
de m3/d para 40,93 milhões<br />
de m3/d no período em questão.<br />
Os dados da Abegás mostram<br />
que o consumo de gás industrial<br />
cresceu 12,88% entre junho de<br />
2011 e igual mês de 2010, passando<br />
de 26,31 milhões de m3/d para<br />
29,71 milhões de m3/d. O uso do<br />
gás como matéria-prima também<br />
aumentou 7,48% no período, totalizando<br />
746,8 mil m3/d.<br />
Outro mercado ligado ao segmento<br />
industrial que as distribuidoras<br />
informaram pequena alta<br />
nas vendas foi o de cogeração, que<br />
passou de 3,05 milhões de m3/d<br />
para 3,12 milhões de m3/d.<br />
GNV- Um dos grandes destaques<br />
no período foi o desempenho<br />
do segmento de gás natural veicular<br />
(GNV). Pela primeira vez nos<br />
últimos anos, as vendas de GVN<br />
cresceram no País. Entre junho<br />
de 2011 e igual mês de 2010, a<br />
JUNTA COMERCIAL DO<br />
ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
PUBLICAÇÃO DE DESPACHOS<br />
demanda pelo insumo aumentou<br />
3,7%, passando de 5,23 milhões de<br />
m3/d para 5,43 milhões de m3/d.<br />
Outro fato relevante é que, pela<br />
primeira vez na história, o consumo<br />
residencial de gás natural ultrapassou<br />
a casa de 1 milhão de m3/d. As<br />
concessionárias registraram forte<br />
crescimento de 16,52% no período<br />
em questão, passando de 904,1 mil<br />
m3/d para 1,05 milhão de m3/d. Já<br />
as vendas do segmento comercial<br />
aumentaram 5,02%, de 660,9 mil<br />
m3/d para 694,1 mil m3/d.<br />
Geração elétrica - O consumo<br />
de gás para a geração elétrica<br />
recuou 26,7% no período de comparação,<br />
de 12,69 milhões de m3/d<br />
para 9,29 milhões de m3/d. A queda<br />
reflete a melhor situação dos<br />
reservatórios das hidrelétricas em<br />
2011 em relação a 2010, o que reduz<br />
a necessidade de as térmicas<br />
serem despachadas para garantir<br />
a segurança energética do sistema.<br />
Contudo, o volume de junho<br />
de 2011 representa uma forte<br />
alta de 35,02% sobre os 6,88 milhões<br />
de m3/d de maio deste ano,<br />
o que sinaliza que o Operador Nacional<br />
do Sistema Elétrico (ONS)<br />
está ampliando o despacho das<br />
termelétricas para que o sistema<br />
faça frente ao período seco.<br />
No ranking estadual das concessionárias,<br />
São Paulo segue<br />
na liderança, com um volume<br />
de vendas de 15,791 milhões de<br />
m3/d em junho de 2011. As empresas<br />
do Rio de Janeiro seguem<br />
em segundo lugar, com 11,451<br />
milhões de m3/d, seguidas pela<br />
Bahia (3,979 milhões de m3/d).<br />
112589855 SIGLA SISTEMA GLOBO DE GRAVACOES AUDIOVISUAIS<br />
DA AMAZONIA LTDA<br />
112606440 SIGNITY REPRESENTACOES E ASSESSORIA LTDA<br />
112606504 SIGNITY REPRESENTACOES E ASSESSORIA LTDA<br />
112418511 SILBARRA VEICULOS LTDA ME<br />
112509215 SILBARRA VEICULOS LTDA ME<br />
112342272 SILVANI DAS GRACAS LOPES DIAS<br />
112596410 SILVANI DAS GRACAS LOPES DIAS<br />
112542255 SILVIA BAZZONI ARTE ME<br />
107349159 SIMONE GASSE SILVA<br />
112594875 SINIMPLAST INDUSTRIA E COMERCIO LIMITADA<br />
112507204 SND DISTRIBUICAO DE PRODUTOS DE INFORMATICA<br />
S A<br />
112590764 SO EVENT SPORTS LTDA<br />
112440860 SO EVENT SPORTS LTDA<br />
112427804 SOMBRA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES<br />
LTDA<br />
112514154 SOVALE ADMINISTRADORA LTDA<br />
112609015 SPECIAL SOUND SONORIZACAO LTDA<br />
112497918 SPLICE INDUSTRIA COMERCIO E SERVICOS LTDA<br />
111846463 STIL EVENTOS E SERVICOS DE REDE LTDA ME<br />
112612830 SUARIEL REFORMAS E MANUTENCOES LTDA ME<br />
112540996 SUCARIOT BOMBONIERE LTDA ME<br />
111967449 SUPERMERCADO D’MELLO LTDA<br />
112598889 SUPERVIA CONCESSIONARIA DE TRANSPORTE<br />
FERROVIARIO S/A<br />
112617450 SUPPORT COMERCIO E SERVICOS LTDA ME<br />
112519474 T M P COMERCIO DE PRODUTOS NUTRICIONAIS E<br />
ACESSORIOS LTDA<br />
112393799 T. GALHANO DIAS RESTAURANTE E SIMILARES<br />
112393861 T. GALHANO DIAS RESTAURANTE E SIMILARES<br />
112519504 T.M.P. COMERCIO DE PRODUTOS NUTRICIONAIS E<br />
ACESSORIOS LTDA<br />
112587186 TAUIL IMPORTACAO EXPORTACAO E COMERCIO DE<br />
VEICULOS LTDA<br />
112616046 TECGRAFF INFO ACESSORIOS E SERVICOS DE<br />
INFORMATICA LTDA ME<br />
112582320 TEPLANI SOLUCOES PREDIAIS LTDA<br />
112587720 TERRAMAQ E LOCACAO DE MAQUINAS LTDA ME<br />
112617158 THATIANE DE SOUZA CONCEICAO<br />
112587585 TIAGO PINHO GRAND COURT CONSULTORIA<br />
112600689 TOBY E DODO LTDA ME<br />
112506607 TOP PLAST COMERCIO DE PAPEIS E PLASTICOS<br />
LTDA<br />
112596312 TRAMPISO PAVIMENTACAO E CONCRETO LTDA<br />
112544940 TRANS PACIFIC VIAGENS E TURISMO LTDA ME<br />
112596711 TRANSCOPA LOGISTICA LTDA EPP<br />
112554482 TRANSPORTADORA COLATINENSE LTDA<br />
112575803 TRANSPORTADORA RADOVAN LTDA ME<br />
112213596 TRANSPORTES E MATERIAIS PARA CONSTRUCAO<br />
LUZITANO LTDA EPP<br />
112213650 TRANSPORTES E MATERIAIS PARA CONSTRUCAO<br />
LUZITANO LTDA EPP<br />
112575900 TRIANGULAR CONSTRUCOES E EMPREENDIMENTOS<br />
LTDA<br />
112608183 UNIDOS PRESTADORA DE SERVICOS LTDA ME<br />
112598080 URIEL BORGES DA SILVA<br />
112598188 URIEL DA SILVA ASSESSORIA EM CONTABILIDADE ME<br />
112212948 USER DESIGNE GRAFICO LTDA<br />
112213030 USER DESIGNE GRAFICO LTDA<br />
112532063 VALE SA<br />
112612890 VANDONADO TRANSPORTES E LOGISTICA LTDA ME<br />
112590535 VANESSA LISBOA NUNES<br />
111923883 VANS IMPORT COMERCIO E DISTRIBUICAO DE PECAS<br />
E SERVICOS PARA VEICULO LTDA<br />
111923930 VANS IMPORT COMERCIO E DISTRIBUICAO DE PECAS<br />
E SERVICOS PARA VEICULO LTDA<br />
112492584 VELOSO S ADMINISTRACAO MANUTENCAO LTDA ME<br />
112595928 VERA LUCIA DE MENEZES COSTA<br />
112595987 VERA LUCIA DE MENEZES COSTA<br />
112600166 VERGUI PRODUCOES LTDA ME<br />
112608337 VESTICAO CONFECCAO LTDA ME<br />
112255442 VIA VAN IMPORT LAGOS LTDA ME<br />
112617921 VIDRACARIA JORDAO LTDA<br />
112617972 VIDRACARIA JORDAO LTDA<br />
112533892 VILLA BONITA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS<br />
LTDA<br />
111956790 VILLAR & PEREIRA COMERCIO LTDA ME<br />
112612946 VIRADA GOMES COMERCIO DE ROUPAS LTDA ME<br />
112594247 VITORIA DE VOLTA REDONDA RETIFICA LTDA ME<br />
112598641 VIXNU COMERCIO LTDA EPP<br />
112591647 VSPM INFORMATICA LTDA ME<br />
112398871 W FEITOSA AUTOPECAS LTDA<br />
112398936 W FEITOSA AUTOPECAS LTDA<br />
ECONOMIA<br />
Quinta-feira, 21 de julho de 2011<br />
112580190 W M ALMEIDA COMERCIO DE PRODUTOS<br />
ALIMENTICIOS ME<br />
112589723 W3 COMERCIO DE PRODUTOS VETERINARIOS<br />
LTDA EPP<br />
112601219 WARRIOR COMERCIO DE ROUPAS E ACESSORIOS<br />
LTDA ME<br />
112601316 WARRIOR COMERCIO DE ROUPAS E ACESSORIOS<br />
LTDA ME<br />
112587704 WEI SHI BAZAR LTDA<br />
112610820 WEST MIDIAS DIGITAIS LTDA<br />
112610846 WEST MIDIAS DIGITAIS LTDA<br />
112514863 WILSON DE BRITO CONFECCOES<br />
112514898 WILSON DE BRITO CONFECCOES<br />
112596550 WILSON SONS ULTRATUG PARTICIPACOES SA<br />
112596614 WILSON SONS ULTRATUG PARTICIPACOES SA<br />
112589359 WORK 02 ENGENHARIA E SERVICOS LTDA ME<br />
112613098 WT 2000 INFORMACOES CADASTRAIS E INVESTIGACOES<br />
LTDA EPP<br />
112492223 Z S DE MORAIS COMERCIO E SERVICOS ME<br />
112617107 ZAMBON E REIS COMERCIO DE PERFUMARIA LTDA<br />
ME<br />
112598781 ZE DO TRIGO DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS PARA<br />
PANIFICACOES LTDA ME<br />
112616151 ZINC LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA<br />
112616216 ZINC LOGISTICA E TRANSPORTE LTDA<br />
112608973 ZOESTE DISTRIBUIDORA LTDA EPP<br />
Documento Indeferido<br />
PROC. EMPRESA<br />
110487478 HUDSON MACHADO BARCELLOS<br />
DOCUMENTOS EM EXIGÊNCIA<br />
112600468 112453210 112610234 112617654 112619339 112601782 112615350<br />
112596150 112604374 112610269 112488790 112584500 112620370 112615309<br />
112479103 112556930 112605591 112055001 112584535 112620493 112583067<br />
112600115 112616461 112608116 112605729 112509959 101402562 111590043<br />
112600085 112616356 112603114 112619398 112615139 112548415 112273378<br />
112599982 112579086 112595839 112619258 112615171 112548326 112596959<br />
112450814 112588646 112592074 112616585 112615198 112588328 112561381<br />
112601740 112592287 112592090 112616798 112597840 112594549 112561403<br />
112521924 112395252 112579167 112616259 112597858 112580726 112594166<br />
112575277 112602550 112609252 112616291 112580238 112600530<br />
112505503<br />
112575331 112601855 112600824 112589731 112611486 112588751<br />
112528155<br />
112600794 112601928 112589022 112588611 112611664 112316530<br />
112595944<br />
112600867 112234569 112610188 112612555 112616771 112609546<br />
111788447 112234585 112579264 112592538 112616895 112609333<br />
112602770<br />
112581765 112612504 112423396 112592562 111958890 112611176<br />
112593402<br />
112570658 112472508 112423370 111740789 112599559 112611257 112593526<br />
112600093 112593712 112601677 112610790 112354610 112596088 110912055<br />
112594662 112607543 112608558 112610749 112594239 112584233 110912101<br />
112394272 112607551 112594026 112589804 112594255 112234496 112594042<br />
112394302 112362249 112575587 112563627 112576150 112616755 112594611<br />
112616224 112583369 112596509 112563589 112616747 112596207 112198309<br />
101402864 112473555 112540791 112595057 112601146 112402437 112490832<br />
112584900 112597734 112558305 112591078 112601170 112577571 112573720<br />
112584934 112473628 112525970 112317405 112567797 112582478 112573738<br />
112575048 112473601 112526004 111355010 112567878 111926319 112589421<br />
112484077 112440983 112595855 112503756 112349846 112602614 112555578<br />
112484085 112611516 112605702 112503829 112021360 112600506 112472877<br />
112614981 112611532 112605664 112503691 112595529 112489591 112546439<br />
111984386 112601774 112589251 112613926 112580971 112500129 112489532<br />
112428495 112574343 112619037 112607640 112226957 112500145 112489516<br />
112600301 112472176 112599281 111781418 112553613 112610510 112528821<br />
112242928 112472206 112599249 112619460 112599141 112452981 112528830<br />
112536913 112588980 111891140 112525911 112599290 112583130 112428657<br />
112505139 112201148 112581609 112595464 112603513 112583164<br />
112583016<br />
112610285 112201180 112581641 112593682 111769477 112598838<br />
112611001<br />
112610340 112288294 112592678 112308457 112505112 112598862<br />
112610919<br />
112511929 112511910 112592694 112308490 112601707 112620248<br />
112605753 112283128 112593720 112602274 112611990 112612059<br />
112575579<br />
112573630 112605435 112593763 112553737 112589499 112612075<br />
112601502<br />
112601480 112506160 112456502 112597890 112582982 112602584 112610714<br />
112601448 112409482 112456766 112600573 112583032 112580157 112599931<br />
112583040 112600980 112598463 112601987 112530389 112403344 112351255<br />
112583180 112520057 112539513 112595995 112435440 112575730 112526659<br />
112243053 112597149 112609414 112595960 112535917 112504817 112515339<br />
112544827 112589049 112609449 112593666 112583989 112504841 112614973<br />
112532918 112589103 112463657 112617492 112584020 112611958 112606610<br />
112605397 112549012 112563686 112588840 112579310 112613780 112607896<br />
112575447 112549039 112563660 112619312 112601758 112593453 111618819<br />
<br />
<br />
<br />
Varejista retoma a vice-liderança perdida para o Magazine Luiza e já mira o Sul<br />
Márcia De Chiara<br />
Da Agência Estado<br />
A Máquina de Vendas, fusão<br />
da Ricardo Eletro, com Insinuante<br />
e City Lar, comprou 51% da rede<br />
pernambucana Eletro Shopping.<br />
Com isso, a varejista retoma a vice-liderança<br />
em vendas de eletrodomésticos<br />
e móveis perdida para<br />
o Magazine Luiza e se prepara ir<br />
às compras no Sul do País.<br />
“Estamos seguindo o plano<br />
traçado de, até 2014, ter mil lojas,<br />
30 mil funcionários e faturamento<br />
de R$ 10 bilhões. Isso prevê<br />
aquisições no Sul, com certeza”,<br />
disse o presidente da Máquina de<br />
Vendas, Ricardo Nunes.<br />
Origem dos recursos - Por<br />
questões contratuais, o valor<br />
do negócio não foi revelado. De<br />
acordo com Nunes, os recursos<br />
para a aquisição são provenientes<br />
do caixa da empresa e da<br />
capitalização de cerca R$ 500<br />
milhões feita em fevereiro pelo<br />
HSBC na rede varejista para<br />
criar um braço financeiro.<br />
Com o negócio, a Máquina de<br />
Vendas terá 900 lojas, faturamento<br />
de R$ 6,5 bilhões, 24 mil funcionários<br />
e estará presente em 301<br />
cidades espalhadas por 23 estados<br />
e o Distrito Federal. Até dezembro,<br />
a previsão é faturar R$ 7,2 bilhões.<br />
Em um ano, é a segunda vez<br />
que a empresa recorre à fusão<br />
com concorrentes para se fortalecer<br />
no mercado e enfrentar<br />
o avanço da Globex, que reúne<br />
Recursos para a aquisição, cujo valor não foi<br />
informado, são oriundos do caixa da empresa e da<br />
capitalização de R$ 500 milhões feita pelo HSBC<br />
Casas Bahia, Ponto Frio e Extra<br />
Eletro, e do Magazine Luiza,<br />
que em julho de 2010 comprou<br />
a paraibana Lojas Maia e no<br />
mês passado a Lojas do Baú.<br />
Em junho do ano passado, a<br />
Máquina de Vendas comprou o<br />
controle da City Lar.<br />
Nunes contou que o negócio<br />
foi fechado em 90 dias e a intenção<br />
da fusão é consolidar a<br />
presença da empresa no Nordeste,<br />
a região do País com maior<br />
crescimento de vendas de eletrodomésticos.<br />
“Em 70% das cidades<br />
do Nordeste onde a Eletro<br />
Shopping está a Insinuante não<br />
está”, observou. Por isso, ele não<br />
acredita que o negócio sofra restrições<br />
no Conselho Administrativo<br />
de Defesa Econômica.<br />
Gestão - Nunes não se diz<br />
assustado com o gigantismo da<br />
operação da Máquina de Vendas.<br />
Ele argumenta que o modelo de<br />
negócio criado por ele e por Luiz<br />
Carlos Batista, presidente do<br />
Conselho de Administração da<br />
Máquina de Vendas Brasil, que<br />
prevê que a gestão das redes seja<br />
feita pelos sócios locais e apenas<br />
as compras e a parte financeira<br />
5<br />
centralizadas, permite dar agilidade<br />
à empresa. “Esse modelo<br />
de negócio agradou. Eles vendem<br />
e continuam no negócio, como se<br />
nada tivesse acontecido”.<br />
Com a entrada da Eletro Shopping<br />
na Máquina de Vendas,<br />
foram criadas sob o comando da<br />
holding, mais uma divisão: a Máquina<br />
de Vendas Nordeste, que<br />
será comandada por Richards<br />
Saunders, da Eletro Shopping.<br />
A outra divisão é a Máquina de<br />
Vendas Norte, que é gerida por<br />
Erivelto Gasques, da City Lar.<br />
Nunes contou que a estratégia<br />
da companhia de manter as<br />
marcas das novas empresas continua.<br />
As bandeiras Insinuante<br />
e Eletro Shopping serão para as<br />
lojas do Nordeste, a Ricardo Eletro<br />
para as unidades do Sudeste,<br />
Goiás e Distrito Federal e a City<br />
Lar na região Norte, Mato Grosso<br />
e Mato Grosso do Sul.<br />
Defesa - Para o consultor<br />
da Mixxer Desenvolvimento<br />
Empresarial, Eugênio Foganholo,<br />
essa nova fusão capitaneada<br />
pela Máquina de Vendas é um<br />
claro movimento defensivo da<br />
companhia para barrar o avanço<br />
das Casas Bahia e do Magazine<br />
Luiza no Nordeste. “No<br />
fundo, eles querem ter um tamanho<br />
cada vez maior para poder<br />
negociar com maior poder<br />
de barganha com os fornecedores”,<br />
diz o consultor.<br />
Empresários da indústria de<br />
eletrodomésticos não gostaram<br />
do negócio e acham que serão afetados<br />
na hora de acertar as condições<br />
de compra com o varejo.<br />
Segundo cálculos feitos por<br />
analistas de mercado, a concentração<br />
no varejo de eletrodomésticos<br />
cresce em ritmo<br />
acelerado, especialmente nos<br />
últimos anos. Hoje os dez maiores<br />
canais de vendas de eletroeletrônicos<br />
detêm três quartos<br />
do bolo ou 76% do mercado. Em<br />
2000, as dez maiores redes varejistas<br />
do setor respondiam por<br />
55% das vendas totais.<br />
Só a fatia de mercado das<br />
três maiores redes de eletroeletrônicos<br />
aumentou de 35% em<br />
2000 para 50% neste ano, apontam<br />
cálculos de fabricantes. Em<br />
2000, as três maiores varejistas<br />
eram Casas Bahia, Ponto Frio e<br />
Magazine Luiza. Agora as três gigantes<br />
são Globex, Máquina de<br />
Vendas e Magazine Luiza.<br />
Para os concorrentes, como<br />
a Lojas Cem, as recentes fusões<br />
não ameaçam. José Domingos<br />
Alves, supervisor geral da rede,<br />
diz que o objetivo da sua empresa<br />
é ser a melhor e que o gigantismo<br />
dificulta a administração.

ECONOMIA<br />
6 Quinta-feira, 21 de julho de 2011<br />
<br />
<br />
<br />
Embate entre republicanos e democratas não terá reflexos no Brasil, diz ministro<br />
Luciene Cruz<br />
Da Agência Brasil<br />
O ministro da Fazenda, Guido<br />
Mantega, acredita que o<br />
presidente dos Estados Unidos,<br />
Barak Obama, vai conseguir<br />
aprovar, no Congresso daquele<br />
país, a elevação do teto do endividamento<br />
público e acabar<br />
com a tensão que tomou conta<br />
dos mercados mundiais diante<br />
da possibilidade de calote por<br />
parte da economia mais forte<br />
do planeta. “Eles vão acabar<br />
chegando em um entendimento.<br />
É inevitável que o Congresso<br />
acabe dando (a autorização<br />
para elevação dos gastos), senão<br />
eles vão engessar o governo<br />
e isso vai pegar mal, também,<br />
para o Congresso. Não vai<br />
haver rebaixamento (da classificação<br />
de risco da dívida) dos<br />
Estados Unidos, eu tenho certeza.<br />
Duvido que isso venha a<br />
acontecer”, disse o ministro.<br />
O governo dos Estados Unidos<br />
tem até o dia 2 de agosto<br />
para conseguir aprovar, no Congresso,<br />
a ampliação do limite da<br />
dívida pública, que está em US$<br />
14,3 trilhões. Segundo Mantega,<br />
o embate entre republicanos e<br />
democratas sobre o assunto não<br />
terá reflexos no Brasil.<br />
Europa - No entanto, na visão<br />
de Mantega, o otimismo não se<br />
estende à situação da economia<br />
da Europa, uma vez que alguns<br />
países encontram dificuldade<br />
para honrar compromissos. “Lá<br />
(na zona do euro), o buraco é um<br />
pouco mais embaixo, um pouco<br />
mais complicado. Eles (os países<br />
da União Europeia) vão continuar<br />
administrando essa situação<br />
até encontrar uma solução de<br />
fato para a Grécia e países adjacentes”,<br />
acrescentou.<br />
Sobre o fluxo cambial brasileiro,<br />
o ministro da Fazenda disse<br />
que a entrada de quase US$<br />
9 bilhões na semana passada<br />
foi pontual. “Não está entrando<br />
todo esse dinheiro. Foi contido.<br />
Entrou num dia para ajustar<br />
uma norma que o Banco Central<br />
passou a exigir. Aí, os bancos tiveram<br />
que captar mais para poder<br />
se adequar a essa norma. O<br />
fluxo está contido, está regular,<br />
tanto é verdade que não há alterações<br />
na cotação do câmbio”.<br />
<br />
O presidente dos Estados Unidos,<br />
Barack Obama, está aberto<br />
a um acordo de curto prazo<br />
para elevar o aumento no teto<br />
da dívida do país se os líderes do<br />
Congresso e a Casa Branca conseguirem<br />
chegar a um consenso a<br />
respeito das medidas necessárias<br />
para reduzir o déficit orçamentário<br />
norte-americano. Obama, no<br />
entanto, continua contrário a um<br />
acordo que resolva apenas temporariamente<br />
a questão do limite<br />
de endividamento e não ofereça<br />
contrapartidas.<br />
“Acreditamos que um aumento<br />
de curto prazo no teto da dívida<br />
sem um acordo mais amplo<br />
(sobre o déficit) é inaceitável”,<br />
disse o secretário de imprensa da<br />
Casa Branca, Jay Carney. “Obviamente,<br />
se os dois lados concordarem<br />
com algo significativo, vamos<br />
apoiar as medidas necessárias<br />
para finalizar os detalhes”, acrescentou,<br />
sem explicar o que seria<br />
“algo significativo” ou qual seria<br />
o aumento no limite de endividamento<br />
que Obama aceitaria.<br />
O teto da dívida dos EUA está<br />
atualmente em US$ 14,29 trilhões<br />
e precisa ser elevado até 2 de agosto<br />
para impedir que o país deixe<br />
de cumprir obrigações financeiras,<br />
segundo o Departamento do<br />
Tesouro norte-americano.<br />
<br />
<br />
<br />
Claudia Violante, Silvana Rocha<br />
e Rosangela Dolis<br />
Da Agência Estado<br />
A queda nos preços das blue<br />
chips e da maioria das siderúrgicas<br />
pesou, mas foi insuficiente<br />
para fazer a Bovespa fechar em<br />
queda. Assim, a Bolsa doméstica<br />
trabalhou a maior parte do dia na<br />
contramão de Nova York, que se<br />
ressentiu de um indicador fraco e<br />
da indefinição sobre o aumento do<br />
teto do endividamento norte-americano<br />
e passou o dia sem muito<br />
vigor. A valorização das ações ligadas<br />
ao setor financeiro e de construção<br />
garantiram a pequena alta,<br />
de 0,06%, do Ibovespa.<br />
O índice à vista alcançou ontem<br />
59.119,71 pontos. Na mínima, registrou<br />
59.045 pontos (-0,06%) e, na<br />
máxima, 59.552 pontos (+0,79%).<br />
No mês, acumula perda de 5,26% e,<br />
no ano, de 14,7%. O giro financeiro<br />
totalizou R$ 5,396 bilhões.<br />
Europa - O dia começou positivo<br />
no exterior, diante da expectativa<br />
de que os europeus cheguem a<br />
um acordo na reunião de hoje que<br />
vai discutir a situação grega e que<br />
o mesmo aconteça com os Estados<br />
Unidos sobre sua dívida. Esse sentimento<br />
deu sustentação às bolsas<br />
europeias, que subiram empurradas<br />
pelas ações de bancos e também por<br />
papéis de tecnologia, estimulados<br />
pelo balanço favorável divulgado<br />
anteontem à noite pela Apple.<br />
Em Londres, o índice FT-100<br />
fechou em alta de 1,10%, aos<br />
5.853,82 pontos. Em Frankfurt,<br />
o índice Xetra-DAX terminou a<br />
sessão com valorização de 0,38%,<br />
aos 7.220,19 pontos. Em Paris, o<br />
índice CAC-40 fechou em alta de<br />
1,61%, aos 3.754,60 pontos.<br />
Nos EUA, as bolsas também<br />
abriram no azul, diante de sinais<br />
de que o impasse sobre o teto da<br />
dívida norte-americana estaria<br />
próximo de ser resolvido, após o<br />
presidente dos EUA, Barack Obama,<br />
ter elogiado o plano elaborado<br />
pela ‘gangue dos seis’ e que prevê<br />
a redução da dívida em US$ 3,7<br />
trilhões. Mas essa avaliação foi<br />
mudando com o passar do tempo,<br />
já que são grandes as chances de a<br />
Câmara não aprovar essa proposta.<br />
E, além do mais, ela trata apenas da<br />
dívida, sem citar o aumento do teto<br />
do endividamento. A única certeza<br />
é que as negociações prosseguem.<br />
O Dow Jones recuou 0,12%,<br />
aos 12.571,91 pontos, o S&P perdeu<br />
0,07%, aos 1.325,84 pontos,<br />
e o Nasdaq perdeu 0,43%, aos<br />
2.814,23 pontos. Também contribuiu<br />
para o desempenho das ações<br />
ontem a queda de 0,8% nas vendas<br />
de imóveis residenciais usados<br />
nos EUA em junho ante maio. A<br />
previsão era de aumento de 1,9%.<br />
Altas e baixas - No Brasil, a<br />
Bovespa segurou-se bem, embora<br />
tenha praticamente zerado os<br />
ganhos a minutos do fim, de olho<br />
no exterior. As ações dos bancos e<br />
construtoras ajudaram a segurar o<br />
índice, já que foram bastante penalizados<br />
este ano e também contaram<br />
com a leitura benevolente<br />
do IPCA-15. O índice ficou no piso<br />
das projeções (0,10%) e aumentou<br />
as apostas de que a alta da Selic<br />
ontem, de 0,25 ponto percentual,<br />
pode ser a última do ano.<br />
Bradesco PN subiu 1,23%,<br />
Itaú Unibanco PN, 0,72%, BB ON,<br />
2,07%, Santander unit, 0,13%. Gafisa<br />
ON, 4,87%, Cyrela ON, 2,62%,<br />
PDG ON, 1,49%, Bisa ON, 1,08% e<br />
Rossi ON, 0,43%. As blue chips, no<br />
entanto, caíram e pesaram sobre o<br />
Ibovespa. Vale, de novo, teve desempenho<br />
melhor do que Petrobras.<br />
A ação ON ficou estável e a PNA<br />
perdeu 0,52%. Petrobras caiu 0,8%<br />
na ON e 1,19% na PN. Na Nymex, o<br />
contrato do petróleo de agosto, que<br />
venceu ontem, subiu 0,65%, a US$<br />
98,14 o barril, e o de setembro avançou<br />
0,55%, a US$ 98,40.<br />
Câmbio - O dólar manteve-se<br />
em baixa ontem, furou momentaneamente<br />
à tarde o piso informal de<br />
R$ 1,560, caindo até a mínima de<br />
R$ 1,5590 no mercado à vista. No fechamento,<br />
a moeda foi reconduzida<br />
para R$ 1,560, em queda de 0,45%<br />
no balcão. Na BM&F, o dólar pronto<br />
terminou no valor mais baixo do dia,<br />
a R$ 1,5601, com recuo de 0,41%. O<br />
declínio das cotações atraiu demanda<br />
no mercado, como de importadores<br />
e também do Banco Central por<br />
meio do seu leilão diário vespertino<br />
de compra. A taxa de corte no leilão<br />
ficou em R$ 1,5599. O fluxo cambial<br />
aparentemente negativo na sessão<br />
contribuiu para leve aumento do<br />
giro financeiro. Às 16h45, o volume<br />
total à vista somava cerca de US$<br />
1,749 bilhão (+18%), sendo US$<br />
1,291 bilhão em D+2.<br />
No mercado futuro, no mesmo<br />
horário, o dólar para agosto de<br />
2011 recuava 0,29%, a R$ 1,5635,<br />
com um giro de US$ 11,94 bilhões.<br />
Em Nova York, às 16h58, o euro<br />
subia a US$ 1,4228, de US$ 1,415<br />
no fim da tarde de anteontem.<br />
O dólar caía para 78,76 ienes, de<br />
79,17 ienes ontem, e recuava para<br />
0,8197 franco suíço, de 0,824 franco<br />
suíço. A libra era negociada a US$<br />
1,6161, de US$ 1,6124 anteontem.<br />
Juros - Ao término da negociação<br />
normal, o DI janeiro de<br />
2012 (395.640 contratos) subiu de<br />
12,46% no ajuste de terça-feira<br />
para 12,49% (na máxima), o DI<br />
julho de 2012 evoluiu de 12,57%<br />
para 12,60% (131.330 contratos)<br />
e o DI janeiro de 2013 (172.050<br />
contratos) avançou de 12,63%<br />
para 12,65%. Na ponta longa, o DI<br />
janeiro de 2017 (17.640 contratos)<br />
passou de 12,44% para 12,46% e o<br />
DI janeiro de 2021 (1.575 contratos)<br />
fechou na máxima de 12,30%,<br />
de 12,27% na véspera.<br />
Obama falou na terça-feira<br />
com líderes do Congresso, entre<br />
eles o deputado republicano John<br />
Boehner, que preside a Câmara<br />
dos Representantes, e o senador<br />
Mitch McConnell, líder da minoria<br />
republicana no Senado, sobre a<br />
questão do déficit e do teto da dívida,<br />
segundo Carney. Ele acrescentou<br />
que Obama ainda está pressionando<br />
pela máxima redução<br />
possível no déficit orçamentário.<br />
<br />
O presidente da Comissão Europeia,<br />
José Manuel Barroso, convocou<br />
os governos da zona do euro<br />
a encontrar uma solução para a<br />
crise de dívida da região na cúpula<br />
marcada para hoje. “Eles disseram<br />
que vão fazer tudo que for possível<br />
para garantir a estabilidade da<br />
zona do euro”, disse Barroso. “Agora<br />
é o momento de cumprir essa<br />
promessa”, acrescentou.<br />
Barroso destacou que todos os<br />
atores precisam assumir as suas<br />
responsabilidades, em uma referência<br />
ao Banco Central Europeu<br />
(BCE), e pediu que os líderes não<br />
cheguem à mesa de negociação<br />
com uma lista do que não podem<br />
fazer, mas sim do que podem fazer.<br />
Chefes de Estado e de governos,<br />
bem como o presidente<br />
do BCE, Jean-Claude Trichet,<br />
se encontrarão hoje para elaborar<br />
um segundo pacote de<br />
resgate para a Grécia. A cúpula<br />
tem sido vista como um ponto<br />
de virada para a estratégica<br />
de combate à crise europeia,<br />
já que tem como objetivo apresentar<br />
soluções mais abrangentes<br />
para fortalecer o sentimento<br />
do mercado financeiro<br />
com relação à zona do euro.<br />
Barroso também afirmou que<br />
os líderes precisam mostrar clareza<br />
sobre o escopo para mais flexibilidade<br />
na Linha de Estabilidade<br />
Financeira Europeia (EFSF, na sigla<br />
em inglês), o fundo de resgate<br />
da zona do euro, e acrescentou<br />
que os benefícios do euro compensam<br />
de longe os seus custos.<br />
Além disso, é preciso oferecer<br />
medidas para garantir o<br />
fornecimento de liquidez para o<br />
sistema bancário, segundo Barroso.<br />
“Todos os nossos esforços<br />
são baseados em um mercado<br />
único forte e em um euro forte.<br />
É isso que está em jogo. Por isso<br />
temos de alcançar uma solução<br />
amanhã (hoje)”, enfatizou.<br />
DEMANDA<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As encomendas à indústria<br />
da Itália subiram fortemente em<br />
maio, revertendo as perdas registradas<br />
em abril, à medida que a<br />
demanda do exterior aumentou<br />
mais de 12% em um único mês,<br />
segundo dados do escritório nacional<br />
de estatísticas, o Istat.<br />
A alta nas encomendas industriais<br />
foi de 4,1% em maio<br />
ante abril, em termos ajustados<br />
sazonalmente, depois da queda<br />
de 6% naquele mês. O declínio<br />
de abril foi revisado e havia sido<br />
inicialmente calculado em 6,4%.<br />
A demanda doméstica, porém,<br />
caiu 0,8% em maio ante abril,<br />
destacando a dependência que a<br />
terceira maior economia da zona<br />
do euro tem das exportações.<br />
Na comparação com maio do<br />
ano passado, as encomendas à<br />
indústria subiram 13,6%, em<br />
termos não ajustados, depois de<br />
aumentar 5,8% no ano em abril<br />
e 21% no ano em março.<br />
As vendas da indústria, enquanto<br />
isso, caíram 1,7% em maio<br />
ante abril, quase neutralizando o<br />
ganho de 1,5% registrado no mês<br />
anterior, e cresceram 10,8% em<br />
relação a maio do ano passado, em<br />
termos ajustados pelos dias úteis.<br />
As vendas domésticas diminuíram<br />
2,9% em maio ante abril, enquanto<br />
as vendas para o exterior<br />
subiram 0,9%, marcando o quinto<br />
avanço mensal consecutivo.<br />
Déficit - O Banco da Itáçia<br />
informou que o déficit em contacorrente<br />
do país diminuiu para<br />
5,1 bilhões em maio, em comparação<br />
com5,5 bilhões em maio<br />
do ano passado. Nos 12 meses<br />
terminados em maio, a terceira<br />
maior economia da zona do euro<br />
registrou déficit em conta corrente<br />
de 60,9 bilhões, acima<br />
dos36,1 bilhões registrados no<br />
mesmo período de 2010.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Fabio Graner e<br />
Adriana Fernandes<br />
Da Agência Estado<br />
A maior restrição imposta pelo<br />
Banco Central para as apostas dos<br />
bancos na valorização do real levou<br />
a uma corrida pelo dólar no<br />
dia 11 de julho que fez disparar os<br />
números do fluxo cambial no mês.<br />
De acordo com dados divulgados<br />
pelo BC, as entradas de moeda<br />
estrangeira no Brasil superaram<br />
as saídas em US$ 10,13 bilhões na<br />
primeira metade de julho.<br />
O resultado parcial deste mês<br />
faz lembrar o desempenho do primeiro<br />
trimestre do ano, quando<br />
o fluxo apresentou saldos muito<br />
acima do normal e levou o governo<br />
a adotar uma série de medidas<br />
para conter o ingresso de dólares<br />
no País, o que se mostrou eficiente<br />
nos meses seguintes.<br />
O resultado de julho está basicamente<br />
determinado pela entrada<br />
de US$ 7,36 bilhões no dia 11,<br />
sendo US$ 6,89 bilhões no segmento<br />
financeiro, onde são registrados<br />
empréstimos, investimentos, remessas<br />
e outros itens que não compõem<br />
a balança comercial. Este<br />
foi o primeiro dia de vigência da<br />
medida cambial anunciada na noite<br />
do dia 8, que restringia a aposta<br />
dos bancos na valorização do real<br />
(chamada de posição vendida) a<br />
US$ 1 bilhão ou o tamanho do patrimônio<br />
da instituição.<br />
Ou seja, para tapar o buraco<br />
contábil proporcionado pela posição<br />
vendida, os bancos foram<br />
no mercado externo buscar dólares<br />
e reduzir essa exposição.<br />
Ajuste - “O fluxo aumentou<br />
num dia para se ajustar a uma<br />
norma que o BC passou a exigir,<br />
que diminuiu o nível de exposição<br />
(cambial) do bancos. Aí,<br />
os bancos tiveram que captar<br />
mais para se adequar à norma”,<br />
<br />
<br />
<br />
Naiana Oscar<br />
Da Agência Estado<br />
As incertezas do mercado levaram<br />
mais duas empresas a interromper<br />
suas ofertas iniciais<br />
de ações na BMF&Bovespa. Ontem,<br />
a brasileira Copersucar e<br />
o grupo argentino Los Grobo<br />
decidiram adiar seus planos<br />
para o mercado de capitais. No<br />
início do mês, num mesmo dia,<br />
a sucroalcooleira Tereos e a Perenco<br />
Petróleo e Gás já haviam<br />
cancelado seus IPOs.<br />
No comunicado enviado à<br />
Comissão de Valores Mobiliários,<br />
a Copersucar pediu a interrupção<br />
da oferta por um prazo<br />
de 60 dias úteis por causa da<br />
“atual conjuntura de mercado,<br />
desfavorável à realização da<br />
oferta neste momento”.<br />
Com os lotes suplementar e<br />
adicional, a companhia pretendia<br />
captar até R$ 2,7 bilhões -<br />
valor que lhe daria o título de<br />
maior IPO do ano. O início das<br />
negociações estava previsto<br />
para o dia 21 de julho.<br />
“A empresa foi com muita<br />
sede ao pote, fazendo uma oferta<br />
muito grande um momento<br />
ruim”, disse o professor do Insper,<br />
Ricardo Almeida. “Além<br />
disso, ela não declarou direito<br />
o que ia fazer com o dinheiro<br />
e que investimentos pretendia<br />
fazer: isso gera insegurança.”<br />
Os pedidos de reserva feitos<br />
nas instituições financeiras<br />
consorciadas serão cancelados<br />
e os valores eventualmente pagos,<br />
devolvidos.<br />
Grupo argentino - Com registro<br />
de capital aberto desde o<br />
dia 31 de maio, o grupo argentino<br />
de agronegócios Los Grobo<br />
confirmou ontem a agências<br />
internacionais que também<br />
retiraria sua oferta inicial de<br />
O resultado<br />
registrado na primeira<br />
metade deste mês<br />
foi basicamente<br />
determinado pela<br />
entrada de US$ 7,36<br />
bilhões no dia 11<br />
explicou o ministro da Fazenda,<br />
Guido Mantega, em sua primeira<br />
entrevista após retornar das<br />
férias. “Tanto é verdade que<br />
não há alteração na cotação do<br />
câmbio”, reforçou.<br />
Segundo o economista da Tendências<br />
Consultoria Silvio Campos<br />
Neto ao buscar os dólares<br />
fora e não no mercado interno, os<br />
bancos acabaram evitando uma<br />
desvalorização maior do real. “A<br />
medida acabou não tendo a eficácia<br />
de elevar a demanda por dólar<br />
no mercado doméstico”, disse.<br />
O diretor de pesquisas da Associação<br />
Brain, André Sacconato, explica<br />
que esse movimento de buscar<br />
fechar a posição vendida com<br />
recursos tomados fora do País é natural,<br />
dado que o diferencial de juros<br />
entre o Brasil e o exterior favorece<br />
muito esse movimento. Apesar<br />
disso, ele considera que a medida<br />
adotada pelo governo tem impacto<br />
no sentido que a equipe econômica<br />
deseja, ou seja, de conter o processo<br />
de valorização do real.<br />
Sacconato adverte para o risco<br />
de o governo fazer medidas<br />
de restrição ao mercado futuro, o<br />
que, segundo ele, pode prejudicar<br />
operações de proteção (hedge) das<br />
empresas ou promover a migração<br />
do mercado para outros países.<br />
ações, sem detalhar por quanto<br />
tempo o plano de fazer IPO<br />
ficará suspenso.<br />
A companhia, com operações<br />
na Argentina, Brasil, Paraguai e<br />
Uruguai, já anunciou que pretende<br />
transferir seus no sul da<br />
América do Sul para a holding<br />
brasileira LG Agronegócios e<br />
Participações. Entre os sócios<br />
da empresa, estão a família argentina<br />
Grobocopatel e a gestora<br />
Vinci Partners, de ex-sócios<br />
do Banco Pactual.<br />
Para o professor do Insper,<br />
a interrupção dos IPOs é, em<br />
grande parte, reflexo das crises<br />
nos países europeus e nos<br />
Estados Unidos. “Num cenário<br />
em que há apreensão à demanda<br />
futura para qualquer produto,<br />
é natural que as ofertas não<br />
emplaquem”, afirma.<br />
“Para que captar se não vou<br />
investir?” Ele não acha, no entanto,<br />
que as próximas ofertas<br />
estarão comprometidas. “Tudo<br />
é uma questão de preço.”<br />
No primeiro semestre deste<br />
ano, 19 empresas captaram R$<br />
15,2 bilhões - montante que foi<br />
12% superior ao registrado no<br />
mesmo período do ano passado.<br />
Entre as companhias que<br />
foram à bolsa entre janeiro e<br />
junho estão Brazil Pharma, Magazine<br />
Luiza, Arezzo e T4F.<br />
Abril - A próxima da fila<br />
deve ser a Abril Educação. A<br />
empresa do grupo Civita dona<br />
de editoras e sistemas de ensino<br />
pode captar até R$ 670<br />
milhões. O período de reserva<br />
terminou ontem.<br />
O registro da oferta na CVM<br />
está previsto para sexta-feira<br />
e a negociação dos papéis na<br />
bolsa, para o dia 26 de julho. A<br />
empresa será listada no Nível<br />
2 de governança corporativa da<br />
BM&FBovespa.

PAÍSQuinta-feira, 21 de julho de 2011 7<br />
TRANSPORTES<br />
PR se irrita com as demissões<br />
Segundo líder do partido, na primeira semana de agosto, deputados e senadores do partido devem se reunir para debater a crise<br />
Eduardo Bresciani<br />
Da Agência Estado<br />
BRIGA<br />
Agressores<br />
negam homofobia<br />
Tatiana Fávaro<br />
Da Agência Estado<br />
Dois rapazes de 25 e 20 anos<br />
confessaram à Polícia Civil de<br />
São João da Boa Vista terem<br />
agredido pai e filho durante<br />
exposição agropecuária no<br />
município do interior paulista.<br />
Um autônomo de 42 anos teve<br />
parte da orelha arrancada durante<br />
a briga e seu filho sofreu<br />
lesões leves. Segundo a vítima,<br />
morador da cidade vizinha de<br />
Vargem Grande do Sul, o motivo<br />
da confusão foi que ele e<br />
seu filho foram confundidos<br />
com homossexuais. Os rapazes,<br />
funcionários de uma serralheria<br />
no município, negaram,<br />
porém, que o motivo da briga<br />
tenha sido preconceito.<br />
A polícia pediu a prisão<br />
temporária dos jovens, negada<br />
pela 2ª Vara Criminal de São<br />
João da Boa Vista. Segundo informações<br />
da equipe de investigações,<br />
as versões de ambos<br />
os agressores são semelhantes.<br />
O primeiro rapaz, de 25 anos,<br />
detido na terça-feira, disse que<br />
o autônomo deve ter se confundido,<br />
já que ele não teria dito<br />
nada sobre homossexualismo<br />
Segundo policiais, ele confessou<br />
ter bebido e disse que só se<br />
deu conta de ter arrancado parte<br />
da orelha da vítima depois<br />
do ocorrido. O segundo rapaz<br />
afirmou que ele tentou apartar<br />
uma primeira confusão, mas<br />
MORTE NO CAMPO<br />
depois teria voltado ao local<br />
em que estavam pai e filho com<br />
o amigo, e participado da briga.<br />
De acordo com a equipe de<br />
investigações, imagens cedidas<br />
pela organização da exposição<br />
à polícia mostram o primeiro<br />
momento da confusão, que a<br />
vítima chamou de “empurraempurra”.<br />
Segundo o autônomo,<br />
ele abraçou o filho e um<br />
grupo de amigos começou a tirar<br />
sarro e a perguntar se eles<br />
eram gays. “Aí começou aquele<br />
empurra-empurra, que depois<br />
dispersou. Mas deu cinco minutos<br />
e eu senti uma pancada por<br />
trás, bem no queixo”, afirmou.<br />
A vítima foi atendida em um<br />
pronto-socorro de São João da<br />
Boa Vista e encaminhado a um<br />
cirurgião plástico que o mandou<br />
ao Hospital das Clínicas (HC)<br />
em São Paulo. Após consulta ontem,<br />
o autônomo foi informado<br />
que deverá passar por três ou<br />
quatro cirurgias plásticas.<br />
Fazendeiro pode<br />
pegar 30 anos<br />
Carlos Mendes<br />
Da Agência Estado<br />
A polícia do Pará indiciou<br />
por duplo homicídio triplamente<br />
qualificado o fazendeiro<br />
José Rodrigues Moreira, o<br />
irmão dele, Lindojonson Silva<br />
Rocha, e Alberto Lopes Teixeira,<br />
conhecido como Neguinho.<br />
Eles são acusado de matar o<br />
casal de ambientalistas José<br />
Cláudio Silva e Maria do Espírito<br />
Santo Silva, em maio,<br />
no assentamento Praialta Piranheira,<br />
em Nova Ipixuna, no<br />
sudeste do Pará. Os três estão<br />
foragidos e, se forem condenados,<br />
podem pegar, no mínimo,<br />
30 anos de prisão cada um.<br />
O delegado José Humberto<br />
Melo Júnior, que solicitou o inquérito,<br />
pediu ontem a prisão<br />
preventiva dos acusados. “Não<br />
há dúvidas quanto a autoria e<br />
execução do crime”, garantiu o<br />
delegado Silvio Maués, diretor<br />
de Polícia do Interior.<br />
De acordo com<br />
a equipe de<br />
investigações, imagens<br />
cedidas à polícia<br />
mostram o primeiro<br />
momento da confusão<br />
Segundo a investigação da<br />
polícia, Lindojonson e Neguinho<br />
foram os executores e teriam<br />
disparado os tiros que mataram<br />
o casal a mando do fazendeiro<br />
José Rodrigues. A polícia apurou<br />
ainda que o crime foi motivado<br />
pela disputa de um lote de<br />
terra reivindicado pelo fazendeiro,<br />
mas que estava ocupado por<br />
parentes do ambientalista morto.<br />
“Os dois (José Cláudio e José<br />
Rodrigues) tinham uma briga<br />
direta”, afirmou Maués.<br />
De acordo com o delegado, a<br />
investigação começou com cinco<br />
linhas de atuação, mas quatro foram<br />
descartadas, incluindo a luta<br />
do casal pela preservação das florestas<br />
da região. Segundo ele, a<br />
polícia fez escutas telefônicas de<br />
madeireiros e não encontrou nesse<br />
setor razões para o assassinato.<br />
O delegado explicou ainda<br />
que a investigação foi sustentada<br />
por análise de provas periciais,<br />
análise de banco de dados<br />
e provas testemunhais.<br />
Castro diz não ser normal demissões “a conta-gotas”<br />
ASSESSORIA<br />
Divulgação<br />
O PR não está satisfeito com<br />
a forma como o governo tem<br />
conduzido a crise no Ministério<br />
dos Transportes. Depois<br />
de o líder do partido, Lincoln<br />
Portela (MG), reclamar que a<br />
“balança” tem de ser a mesma<br />
para todos os partidos, o vicelíder<br />
do governo Luciano Castro<br />
(PR) reclamou do fato de as<br />
demissões estarem ocorrendo<br />
de forma fracionada. “Nós vemos<br />
o processo de substituição<br />
como normal, é natural que o<br />
novo ministro faça substituições,<br />
mas o que não parece ser<br />
normal é fazer isso a conta-gotas”,<br />
reclamou Castro.<br />
Na terça, foram demitidos<br />
seis funcionários da pasta e outros<br />
três tiveram suas demissões<br />
publicadas ontem no Diário Oficial.<br />
Para Castro, todas as saídas<br />
deveriam ter ocorrido ao mesmo<br />
tempo. “Porque não se demitiu<br />
os nove de uma vez? Fica um<br />
sentimento de que se tenta fazer<br />
a cada dia um fato político”.<br />
O vice-líder do governo afirmou<br />
que a maneira como tem<br />
sido feita a chamada “faxina” no<br />
Ministério está causando um desconforto<br />
no PR. “Nesta forma de<br />
fazer se expõe o nosso partido e<br />
nos deixa numa situação desconfortável<br />
com o governo”<br />
Segundo Castro, na primeira<br />
semana de agosto, os deputados<br />
e senadores do partido deverão<br />
se reunir para debater a crise.<br />
Ele destaca que o PR não pode<br />
ser apontado como único culpado<br />
de erros na pasta porque as<br />
decisões eram colegiadas e havia<br />
integrantes de outros partidos,<br />
como o PT. Castro nega,<br />
porém, que haja a possibilidade<br />
de o PR deixar de apoiar o<br />
governo Dilma Rousseff.<br />
Demissões - Mais três servidores<br />
ligados ao Ministério<br />
dos Transportes foram exonerados<br />
pelo Palácio do Planalto.<br />
As demissões foram publicadas<br />
na edição de ontem do Diário<br />
Oficial da União. Desde o início<br />
do mês, quando foram reveladas<br />
as denúncias de corrupção<br />
na pasta, 16 pessoas já foram<br />
afastadas de suas funções.<br />
Entre as demissões oficializadas<br />
ontem está a de Eduardo<br />
Lopes, funcionário do Ministério<br />
dos Transportes, conforme<br />
antecipou o jornal “O Estado de<br />
S. Paulo” na edição de ontem. Os<br />
demais são os funcionários da<br />
estatal Valec Cleilson Gadelha<br />
Queiroz, gerente de licitações e<br />
contratos, e Pedro Ivan Guimarães,<br />
assessor da estatal.<br />
Ajuste - O ministro dos<br />
Transportes, Paulo Sérgio Passos,<br />
disse ontem, no Recife, que<br />
as demissões que vem sendo realizadas<br />
desde o início do mês na<br />
sua pasta se devem a “ajustes”<br />
que ele considera necessários.<br />
“Assumi o Ministério dos<br />
Transportes e, ao fazê-lo, entendo<br />
que são necessários ajustes,<br />
e esses ajustes tem sido feitos”,<br />
afirmou, ao responder a pergunta<br />
sobre a motivação das demissões,<br />
em rápida entrevista coletiva<br />
no Palácio do Campo da<br />
Princesas, ao lado do governador<br />
Eduardo Campos (PSB). “Naturalmente,<br />
na medida em que<br />
haja necessidade de compatibilizar<br />
o ajustamento da máquina<br />
com aquilo que seja necessário,<br />
com aquilo que eu entenda que<br />
seja necessário para o funcionamento<br />
do ministério, eu farei”.<br />
Segundo ele, este ajustamento<br />
é “fundamental para o bom<br />
desempenho do Ministério”, e<br />
ele garantiu ter autonomia para<br />
agir. “Tenho autonomia e a confiança<br />
da presidente e enquanto<br />
tiver (esta confiança) vou tomar<br />
as decisões que entenda que<br />
deva adotar”, disse. “Quando<br />
necessário submeter qualquer<br />
tipo de assunto à sua consideração<br />
(da presidente), eu o farei”.<br />
Ministério da Agricultura<br />
faz ajustes em cargos técnicos<br />
Célia Froufe<br />
Da Agência Estado<br />
Depois de acomodar secretários<br />
em cargos de assessoria,<br />
uma nova rodada de ajustes se<br />
passa no Ministério da Agricultura.<br />
Conhecidos pelos próprios<br />
nomes no meio agrícola, a Pasta<br />
exonerou nos últimos dias três<br />
técnicos do Departamento de comercialização<br />
e de abastecimento<br />
agrícola e pecuário (Deagro):<br />
PROGRAMA<br />
Na TV, PSTU<br />
atacará<br />
governo<br />
Wladimir D’Andrade<br />
Da Agência Estado<br />
O PSTU colocará no ar hoje, às<br />
20h30, o programa semestral do<br />
partido na TV para tratar de inflação,<br />
endividamento das famílias e<br />
salários. Durante cinco minutos, o<br />
partido pretende sustentar que o<br />
crescimento do Brasil atrelado ao<br />
consumo tem como consequência<br />
o comprometimento do salário do<br />
trabalhador com o pagamento de<br />
dívidas e com a inflação. “O programa<br />
vai discutir a política econômica<br />
do governo à luz daquilo<br />
que mais afeta a população: a escalada<br />
dos preços dos alimentos<br />
e dos serviços públicos. Isso é o<br />
que está na base do crescimento<br />
da inflação”, afirma o presidente<br />
nacional do PSTU, Zé Maria.<br />
O partido defende que a<br />
vida da classe trabalhadora<br />
não acompanha o crescimento<br />
econômico brasileiro. Zé Maria<br />
diz que, para salvar o Brasil da<br />
crise financeira mundial, o governo<br />
estimulou o trabalhador<br />
a consumir às custas de “juros<br />
altíssimos”, enquanto bancos e<br />
grandes empresas têm acesso<br />
a crédito a taxas “irrisórias”.<br />
“Além de ganharem pouco as<br />
pessoas se metem a fazer crediário<br />
e deixam boa parte do<br />
salário com os bancos em forma<br />
de juros”, diz. “Não há aumento<br />
do padrão de vida das pessoas, e<br />
sim do padrão de consumo.”<br />
José Maria dos Anjos, Sávio Pereira<br />
e Silvio Farnese.<br />
O trio, ligado ao então secretário<br />
de Política Agrícola,<br />
Edilson Guimarães, era conhecido<br />
por colocar a mão na massa<br />
para viabilizar as operações<br />
que o Ministério realizava,<br />
principalmente no apoio à comercialização<br />
aos produtores.<br />
Além de coordenar a parte<br />
técnica das operações, cabia a<br />
eles fundamentar a Agricultura<br />
para discutir os trâmites técnicos<br />
com o Ministério da Fazenda<br />
bem como os pleitos da<br />
Pasta por mais verba ou prazos.<br />
Guimarães também deixou o<br />
cargo em 18 de maio. Agora, ele<br />
foi acomodado na Secretaria de<br />
Relações Internacionais. Um pouco<br />
antes, o então secretário-executivo<br />
da Pasta, Gerardo Fontelles,<br />
também deixou o cargo para<br />
se tornar assessor do gabinete do<br />
ministro. No lugar de Guimarães<br />
está José Carlos Vaz e, no de Fontelles,<br />
Milton Ortolan.<br />
Procurada, a Secretaria de Política<br />
Agrícola informou que os três<br />
técnicos exonerados serão reconduzidos<br />
à Pasta nos próximos dias.<br />
As mudanças seriam apenas um<br />
processo de ajuste interno e não<br />
se tratam de alterações na equipe.<br />
José Maria dos Anjos, por exemplo,<br />
continuará a cuidar da comercialização<br />
dos produtos agrícolas,<br />
conforme uma fonte do Ministério.<br />
MINC<br />
Atrito atrasa debate<br />
de projetos culturais<br />
Jotabê Medeiros<br />
Da Agência Estado<br />
Atritos entre a atual gestão do<br />
Ministério da Cultura e congressistas<br />
estão atrasando os principais<br />
projetos legislativos do setor.<br />
Até o unânime Vale Cultura,<br />
que no final do ano passado já<br />
tinha sido aprovado em todas as<br />
comissões de Senado e Câmara,<br />
está parado no Congresso, embora<br />
pronto para ir a votação.<br />
Em junho, o novo texto da Lei<br />
Rouanet (intitulado Procultura),<br />
subiu no telhado. Crítica pública<br />
do MinC à relatora do projeto,<br />
deputada Alice Portugal (PC do<br />
B/BA), irritou os deputados que<br />
participaram da aprovação do texto<br />
em todas as comissões da casa<br />
No dia 15 de junho, em entrevista,<br />
o secretário de Fomento do<br />
MinC, Henilton Menezes, apontou<br />
problemas no texto aprovado<br />
e afirmou que a ministra Ana de<br />
Hollanda sugeria modificações.<br />
“Causa espanto ver um secretário<br />
de uma pasta ministerial de um<br />
governo que se apresenta como de<br />
continuidade simplesmente ignorar<br />
todo o trabalho feito em torno<br />
da construção de um projeto de<br />
modificação da lei brasileira de incentivo<br />
à cultura”, reagiu a deputada<br />
Alice Portugal, que citou a reportagem<br />
do O Estado de S.Paulo,<br />
em carta indignada à ministra da<br />
Cultura. Alice Portugal é titular da<br />
Comissão de Educação e Cultura<br />
da Câmara dos Deputados.<br />
A ministra se viu obrigada a<br />
ligar para Alice, para dizer quer<br />
aquela era “a opinião de uma pessoa<br />
do MinC”, mas não era a sua.<br />
Ana de Hollanda prometeu abrir<br />
os debates para apresentar sua<br />
visão do Procultura. A deputada<br />
Jandira Feghali (PC do B/RJ), que<br />
preside a Frente Nacional de Cultura<br />
no Congresso, já fala em convocar<br />
uma audiência para debater<br />
a nova postura do MinC face ao<br />
Procultura. O PC do B considera<br />
que há uma tentativa do ministério<br />
de “suprimir os avanços” do<br />
texto, já debatido anteriormente.<br />
PREJUÍZOS<br />
Estados afetados por<br />
chuvas terão ajuda<br />
A presidente Dilma Rousseff<br />
conversou ontem, por telefone,<br />
com os governadores de Pernambuco,<br />
Eduardo Campos, e<br />
da Paraíba, Ricardo Coutinho, e<br />
ofereceu a ajuda do governo federal<br />
para enfrentar os prejuízos<br />
provocados pela forte chuva.<br />
Governo criará Sistema de<br />
Informações de Segurança Pública<br />
Já está em fase de formatação final, na Casa Civil da Presidência<br />
da República, o texto da proposta que será enviada ao Congresso<br />
Nacional criando o Sistema Nacional de Informações de Segurança<br />
Pública. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prevê que a<br />
aprovação deverá acontecer “de forma rápida” e a implantação do<br />
sistema também. Tão logo conclua o trabalho, a Casa Civil deverá<br />
submeter o texto à presidente Dilma Rousseff, segundo Cardozo.<br />
C U R T A S<br />
O ministro dos Transportes,<br />
Paulo Sérgio Passos, percorreu<br />
ontem os dois estados para fazer<br />
um levantamento sobre os<br />
estragos e ver que medidas podem<br />
ser tomadas. A presidente<br />
ainda orientou o ministro da<br />
Integração Nacional, Fernando<br />
Bezerra, a prestar a assistência<br />
necessária.<br />
Desde o último final de semana,<br />
as chuvas que atingem Pernambuco<br />
deixaram desabrigados<br />
e provocaram mortes. Na Paraíba,<br />
cerca de 30 municípios decretaram<br />
situação de emergência.<br />
PRF de Vitória da Conquista faz<br />
apreensão avaliada em R$ 130 mil<br />
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Vitória da Conquista<br />
apreendeu 19.091 produtos de origem estrangeira, sem nota fiscal,<br />
avaliados em R$ 130 mil, divulgou a polícia hoje. Segundo a Polícia,<br />
foi a maior apreensão de produtos contrabandeados deste ano na<br />
BR 116. Os itens eletroeletrônicos e equipamentos de informática<br />
correspondem a 50,61% das mercadorias apreendidas este ano na<br />
região, afirmou a Polícia Rodoviária Federal.

8 Quinta-feira, 21 de julho de 2011JUSTIÇA<br />
CONSUMIDOR<br />
Multas contra empresas<br />
poderão ser dobradas<br />
Quem descumprir o CDC poderá pagar de R$ 400 a R$ 6 milhões<br />
Célia Froufe<br />
Da Agência Estado<br />
Corroídas pela inflação por<br />
mais de 10 anos, as multas aplicadas<br />
pelo Ministério da Justiça às<br />
companhias que descumprirem<br />
o Código de Defesa do Consumidor<br />
terão agora praticamente o<br />
dobro do valor. Assim, o intervalo<br />
das quantias das punições que ia<br />
de R$ 212,82 a R$ 3,191 milhões,<br />
de acordo com a gravidade da infração,<br />
passará a ser de R$ 400 a<br />
R$ 6 milhões. “Custará mais caro<br />
GRUPO EBX<br />
descumprir o Código. Vai custar<br />
o dobro, então o melhor negócio<br />
é respeitar o consumidor”, disse<br />
a diretora do Departamento de<br />
Proteção e Defesa do Consumidor,<br />
Juliana Pereira da Silva.<br />
Até então, a base utilizada<br />
para aplicação das penalidades<br />
pelo DPDC, do Ministério, ainda<br />
era a Unidade Fiscal de Referência<br />
(Ufir), que foi extinta em<br />
novembro de 2000. Como não<br />
havia alternativa, as punições<br />
às empresas estavam congeladas.<br />
O governo resolveu, então,<br />
trazer a valores atuais os patamares<br />
da Ufir, o que resultou na<br />
forte elevação das quantias.<br />
Inflação - Para que o DPDC<br />
não se depare com o mesmo problema<br />
no futuro, o Ministério da<br />
Justiça decidiu que usará o IPCAe<br />
como referência para o reajuste<br />
dos valores da multa quando<br />
achar relevante. O IPCA é o índice<br />
de inflação oficial do governo,<br />
divulgado mensalmente pelo Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e<br />
Estatística (IBGE). O IPCA-e faz<br />
parte da “mesma família” de índices,<br />
mas sua divulgação e taxas<br />
são referentes a três meses<br />
“Era um desejo antigo nosso<br />
atualizar os valores das multas.<br />
Tivemos que trabalhar com uma<br />
força-tarefa, partindo de uma<br />
analise econômica e também da<br />
consultoria jurídica do Ministério”,<br />
comemorou Juliana.<br />
No último ano e meio, o DPDC<br />
autuou companhias que realizaram<br />
28 infrações. O valor total dessas<br />
multas foi de R$ 19 milhões,<br />
dos quais R$ 6 milhões aplicados<br />
apenas para o setor de telefonia.<br />
Julgado mais um processo<br />
entre Eike Batista e Landim<br />
O juiz Luiz Roberto Ayoub, da<br />
1ª Vara Empresarial da Capital,<br />
julgou procedentes os pedidos de<br />
Rodolfo Landim, que poderá vender<br />
as ações ordinárias de emissão<br />
da empresa OGX. Na ação, ele pedia<br />
a nulidade de uma cláusula do<br />
Contrato de Opção de Compra de<br />
Ações assinado por ele e Eike Batista<br />
quando começou a trabalhar<br />
no Grupo EBX, em abril de 2008.<br />
Segundo Rodolfo Landim,<br />
quando foi excluído dos quadros<br />
da empresa em 2010, a<br />
respectiva cláusula de bloqueio<br />
tornou-se abusiva e onerosa,<br />
pois o impedia de transferir<br />
suas 5.540.900 ações da OGX,<br />
também de propriedade de Eike<br />
Batista, do Banco Itaú-Unibanco<br />
para a custódia de outro banco.<br />
Além de declarar a ineficácia<br />
da cláusula do contrato a partir<br />
do desligamento do autor da sociedade,<br />
ou seja, 30 de abril de<br />
2010, o juiz Luiz Roberto Ayoub<br />
também determinou a transferência<br />
do restante das ações depositadas<br />
no Itaú-Unibanco para<br />
a Bradesco Corretora e que Eike<br />
e a OGX se abstenham de praticar<br />
qualquer ato de interferência<br />
junto ao Banco Itaú-Unibanco e à<br />
Itaú Corretora que restrinja o direito<br />
de Rodolfo na qualidade de<br />
acionista, tudo sob pena de multa<br />
diária no valor de R$ 10 mil.<br />
Segundo o magistrado, a cláusula<br />
de barreira do Contrato de<br />
Opção de Compra de Ações objetivava<br />
manter Rodolfo comprometido<br />
com o projeto a ser<br />
desenvolvido por ambos, mantendo,<br />
para tanto, uma espécie<br />
de fidelização à sociedade.<br />
PROCESSO CRIMINAL<br />
Bombeiros do Rio<br />
deverão ser anistiados<br />
Flávia Villela<br />
Da Agência Brasil<br />
A 6ª Câmara Criminal do Tribunal<br />
de Justiça do Rio de Janeiro<br />
(TJ-RJ) suspendeu o processo<br />
criminal contra 429 bombeiros e<br />
dois policiais militares que invadiram<br />
o quartel central da corporação<br />
no dia 3 de junho, durante manifestação<br />
por melhores salários.<br />
Na decisão, a desembargadora<br />
Rosita Maria de Oliveira<br />
Netto explica que suspendeu<br />
o processo por ora, enquanto o<br />
projeto de lei da anistia para os<br />
bombeiros tramita no Congresso<br />
Nacional, que está em recesso. A<br />
anistia, que extingue a responsabilidade<br />
penal dos denunciados,<br />
deve ainda ser sancionada pela<br />
presidente Dilma Rousseff.<br />
Se forem condenados, os militares<br />
podem pegar penas que,<br />
somadas, chegariam a mais de<br />
80 anos de reclusão, pelos crimes<br />
de motim, dano em material<br />
ou aparelhamento de guerra,<br />
dano em aparelhos e instalações<br />
de aviação e navais e em estabelecimentos<br />
militares.<br />
Um dos líderes do movimento,<br />
o cabo Laércio Soares, disse que<br />
os bombeiros estão otimistas e<br />
que, se a lei não sair, eles voltarão<br />
às ruas para pedir apoio à população.<br />
“Acreditamos que tudo que<br />
foi acordado lá atrás será cumprido<br />
e a anistia será sancionada,<br />
mas, se houver algum empecilho e<br />
a anistia não for dada, com certeza,<br />
iremos para a rua novamente.”<br />
Segundo o cabo Soares, cerca<br />
de 10 mil militares do Rio<br />
estarão em Brasília no dia 9 de<br />
agosto para pedir a apreciação<br />
da proposta de emenda à Constituição<br />
(PEC 300) que estabelece<br />
piso salarial nacional para<br />
policiais militares.<br />
“No último dia 12, conseguimos<br />
a assinatura do PMDB e do<br />
PSDB para que a PEC 300, que<br />
tramita na Câmara dos Deputados,<br />
entre na pauta. Nosso próximo<br />
passo é voltar para reivindicar<br />
a assinatura do PT”, disse Soares.<br />
TERROR PSICOLÓGICO<br />
Condenação por<br />
‘mobbing’ institucional<br />
Uma operadora de telemarketing<br />
que sofria ameaças constantes<br />
de demissão por parte do seu<br />
superior hierárquico, o chamado<br />
“mobbing” ou terror psicológico,<br />
será indenizada em R$ 6 mil. A<br />
decisão é da 5ª turma do Tribunal<br />
Regional do Trabalho do Rio<br />
de Janeiro (TRT/RJ) que manteve<br />
a condenação de 1º grau.<br />
Em depoimento, a trabalhadora<br />
afirmou que era ameaçada<br />
caso não conseguisse atingir as<br />
metas estabelecidas pela empresa,<br />
bem como se não acelerasse a<br />
prestação de serviços para evitar<br />
a denominada “fila de espera”.<br />
Em sua defesa, a empresa<br />
sustentou ainda inexistir prova<br />
de ato grave capaz de justificar<br />
a condenação por assédio moral<br />
e ressalva que verificação<br />
de produção e imposição de<br />
metas e cotas decorre do poder<br />
de direção e fiscalização. Acrescentou<br />
também que o cumprimento<br />
de metas é inerente ao<br />
poder de direção, procedimento<br />
comum e necessário no mercado<br />
de consumo, competitivo.<br />
“Ocorre que a referida e lógica<br />
fidelização desaparece quando a<br />
sociedade é desfeita com o afastamento<br />
do autor por ato voluntário<br />
e unilateral do 4º réu (Eike<br />
Batista). Ou seja, não estando mais<br />
vinculado à sociedade esvazia-se<br />
a motivação da cláusula de limitação<br />
temporária da circulação<br />
das ações, justificando-se, assim, a<br />
procedência do pedido de liberação<br />
do ônus imposto pela aludida<br />
cláusula. Esvaziada a motivação da<br />
cláusula, não permanece hígido o<br />
propósito de mantê-la”, destacou.<br />
CORREGEDORIA<br />
Inquérito<br />
contra Draco<br />
é suspenso<br />
O juiz em exercício da 34ª<br />
Vara Criminal, Rodrigo Meano,<br />
determinou nesta segunda-feira,<br />
o trancamento do inquérito, instaurado<br />
pela Corregedoria da Polícia<br />
Civil, contra os policiais lotados<br />
na Delegacia de Repressão<br />
às Ações Criminosas (DRACO),<br />
por suposta prática do delito de<br />
extorsão. Segundo o magistrado,<br />
o procedimento investigatório<br />
teve por base, exclusivamente,<br />
denúncia apócrifa, destituída de<br />
outros elementos de convicção.<br />
O inquérito pedia a quebra de<br />
sigilo bancário, telefônico e de<br />
dados, referentes às linhas telefônicas<br />
dos policiais. Segundo a decisão,<br />
a denúncia anônima relata,<br />
genericamente, a prática de extorsão<br />
pelos policiais da delegacia.<br />
Na decisão, o magistrado ressalta<br />
que não há no inquérito<br />
depoimento sequer dos supostos<br />
servidores municipais e/ou<br />
empresários envolvidos no ato<br />
de corrupção dos indiciados. Ao<br />
contrário, ‘as declarações do Sr.<br />
Prefeito e do Secretario de Administração<br />
do Município de Rio<br />
das Ostras são contundentes ao<br />
negar qualquer tipo de extorsão’,<br />
afirma o juiz.<br />
Segundo o magistrado, a perícia<br />
não conseguiu determinar<br />
se os caracteres mecanográficos<br />
que compõem o documento<br />
apreendido foram elaborados<br />
por uma das três máquinas de<br />
escrever apreendidas e se foram<br />
subscritos pelos indiciados Luiz<br />
Henrique e Cláudio Ferraz.<br />
José Geraldo da Fonseca<br />
Direitos<br />
e Deveres<br />
ze@predialnet.com.br<br />
blogzegera.blogspot.com<br />
www.poisze.com.br<br />
Palavras que ofendem<br />
A<br />
A carteira de trabalho<br />
é obrigatória e<br />
não pode conter<br />
rasuras. Anotações<br />
que discriminem o<br />
trabalhador ou que<br />
dificultem o acesso<br />
ao emprego podem<br />
gerar indenização<br />
por danos morais e<br />
devem ser evitadas<br />
linguagem — disse-o Saint-Éxupery — é uma fonte<br />
de mal-entendidos. Tudo o que se lança na carteira de<br />
trabalho do empregado tem um custo para quem escreve<br />
e para quem precisa desse documento para ir tocando<br />
a vida. Cabe ao patrão lançar nessa carteira todos os dados<br />
relevantes da vida funcional do empregado, como promoções,<br />
reajustes de salário e outros de interesse da Previdência<br />
Social e dos órgãos de controle da saúde ocupacional<br />
do trabalhador, como férias, licenças médicas, acidentes<br />
de trabalho, afastamentos legais e compulsórios. A carteira<br />
de trabalho do empregado é o seu currículo, um retrato o<br />
mais fiel possível do seu passado profissional. Em princípio,<br />
todas as anotações lançadas nesse documento vinculam<br />
ambas as partes(o patrão e o empregado), mas não o imposto<br />
de renda e o INSS,por exemplo. A Receita Federal, o<br />
INSS, o FGTS podem discutir a certeza e a validade dessas<br />
anotações sempre que puderem provar que não coincidem<br />
com o que efetivamente se passa na execução do contrato<br />
de trabalho. A carteira de trabalho é obrigatória. Nenhum<br />
empregado pode ser admitido no emprego sem ela, assinada<br />
pelo patrão. O patrão deve recebê-la mediante recibo e<br />
devolvê-la ao empregado em 48 horas depois de recebida.<br />
Trata-se de um documento público, cuja retenção é crime.<br />
As anotações ali lançadas devem corresponder ao real, devem<br />
espelhar aquilo que as partes efetivamente combinaram.<br />
É risco muito grande, além de evidente sonegação de<br />
impostos(imposto de renda e encargos sociais, entre outros),<br />
anotar na carteira do empregado salário menor do que o<br />
efetivamente pago apenas para tornar menor o recolhimento<br />
dos encargos previdenciários,<br />
ou mentir a<br />
verdadeira data de início<br />
da prestação do trabalho.<br />
Embora necessárias,<br />
essas anotações são relativas,<br />
gozam de presunção<br />
juris tantum, isto é, admitem<br />
prova em contrário<br />
tanto de parte do empregado<br />
quanto do ex-patrão.<br />
O registro dos contratos<br />
de trabalho, constantes<br />
da carteira de trabalho<br />
do empregado, provam o<br />
grau de experiência do<br />
trabalhador e o tempo em<br />
que permaneceu em um<br />
emprego ou noutro. Esse<br />
aspecto é relevante para o<br />
empregador aferir o grau<br />
de estabilidade do trabalhador<br />
em cada emprego.<br />
O artigo 29, §4º, da<br />
CLT, não permite que o<br />
empregador faça anotações desabonadoras na carteira de<br />
trabalho do empregado. Anotações desabonadoras são todas<br />
as que, mesmo indiretamente, caluniam ou discriminam<br />
o empregado, seja passando ao novo empregador um<br />
perfil que não corresponda ao real, ou impeça ou dificulte a<br />
obtenção de novo emprego. Embora afastamentos por problemas<br />
de saúde ou de acidente do trabalho devam constar<br />
das anotações da carteira, pode ser que esses registros deponham<br />
contra o próprio trabalhador. É preciso cuidado.<br />
A carteira profissional não deve conter rasuras. Se<br />
houver algum erro de lançamento, o empregador deve<br />
utilizar as folhas de “anotações gerais”, constantes do<br />
próprio documento, e ali fazer as ressalvas necessárias.<br />
O pior que pode ocorrer em relação às anotações lançadas<br />
na carteira de trabalho do empregado é o patrão<br />
anotar no local do distrato o motivo da terminação do vínculo<br />
quando isso se der por prática de falta grave, isto é,<br />
se a rescisão se deu por justa causa. Outro registro muito<br />
comum, e que de algum modo discrimina o portador da<br />
carteira de trabalho, se dá quando o empregador admite o<br />
empregado, sem registro em carteira, e ele tem de recorrer<br />
à Justiça do Trabalho para obter o reconhecimento da<br />
relação de emprego e as verbas decorrentes do distrato.<br />
Obrigado a reconhecer o vínculo de emprego, o patrão,<br />
intencionalmente ou não, anota que o vínculo foi reconhecido<br />
por sentença judicial. Esse registro, embora verdadeiro,<br />
revela ao futuro empregador um momento da vida<br />
profissional do empregado que ele não se obriga a revelar.<br />
Esses registros são terminantemente proibidos e podem<br />
causar ao trabalhador lesão moral que os juízes trabalhistas<br />
costumam apenar com vultosas indenizações.<br />
José Geraldo da Fonseca é desembargador Federal do Trabalho no Rio de<br />
Janeiro (7ª Turma), membro da SEDI e da Comissão de Jurisprudência do TRT/<br />
RJ, presidente do Conselho Consultivo da ESACS (Escola de Capacitação do<br />
TRT/RJ), especialista em Processo Civil pela PUC/SP e em Direito Processual do<br />
Trabalho pela UFF/Escola Judicial do TRT/RJ, doutorando em Direito do Trabalho<br />
na Universidade Pública de Buenos Aires (UBA), autor e professor universitário.<br />
Ex-deputado estadual Luiz Fernando<br />
Carli Filho está proibido de sair do Brasil<br />
O Tribunal de Justiça do Paraná proibiu nesta terça-feira o<br />
ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, de 29<br />
anos, de sair do País. Carli Filho terá até 24 horas para entregar<br />
seu passaporte, a partir da entrega do comunicado pelo Oficial<br />
de Justiça. O ex-parlamentar Carli Filho, no dia 7 de maio de<br />
2009, dirigia embriagado e em alta velocidade quando bateu se<br />
envolveu em um acidente, batendo no carro em que estavam dois<br />
rapazes - um de 26 anos e outro de 20. A defesa do ex-deputado<br />
diz que vai recorrer no Superior Tribunal de Justiça.<br />
C U R T A S<br />
Justiça de Minas condena três<br />
pela morte de jogador William Morais<br />
A Justiça de Minas Gerais condenou a mais de 20 anos de<br />
prisão os três homens que mataram o atacante William Morais,<br />
do Corinthians, em fevereiro deste ano. Segundo o Tribunal<br />
de Justiça de Minas (TJ-MG), os três foram condenados por<br />
latrocínio (roubo seguido de morte). Na época, o atleta estava<br />
emprestado ao América-MG. Moraes estava em um sítio na região<br />
da Pampulha, em Belo Horizonte. O trio deverá cumprir as penas<br />
em regime inicialmente fechado. Dois receberam pena de 20 anos<br />
e seis meses cada e o terceiro, de 21 anos e seis meses.<br />
Rafinha Bastos vai depor<br />
após declarações sobre estupro<br />
O humorista Rafinha Bastos foi intimado a prestar depoimento na<br />
próxima terça-feira no 14º DP de São Paulo, em Pinheiros. Ele será<br />
ouvido a respeito de suas declarações sobre estupro, consideradas<br />
pelo Ministério Público (MP) como apologia ao crime. O MP havia<br />
pedido a abertura de inquérito policial com base nas supostas<br />
afirmações do humorista sobre estupro tanto em apresentações no<br />
Clube de Comédia como em entrevista na revista “Rolling Stones”.<br />
Na matéria, consta que Rafinha teria dito que “Toda mulher que<br />
eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c.”.

BUEIROS<br />
Light e Ceg podem<br />
ser multadas por<br />
cada explosão<br />
A Light terá que pagar multa<br />
de R$ 100 mil cada vez que<br />
houver explosão em bueiro que<br />
provoque morte, ferimentos ou<br />
danos ao patrimônio público ou<br />
privado. O Termo de Ajustamento<br />
de Conduta (TAC), que prevê<br />
a multa, foi publicado na edição<br />
de ontem do Diário Oficial do<br />
Poder Judiciário do estado.<br />
Por meio de nota, a Light reconheceu<br />
que suas instalações subterrâneas<br />
são “muito antigas”. A<br />
empresa informou também que<br />
está executando um programa<br />
emergencial para recuperar a<br />
rede. O trabalho começou em junho<br />
de 2010 e deve ser concluído<br />
em dezembro deste ano.<br />
De acordo com a nota, o<br />
conselho de administração da<br />
INVESTIMENTO<br />
Light determinou prioridade<br />
aos investimentos de recuperação<br />
da rede .<br />
A Light também esclareceu<br />
que as quatro explosões foram<br />
provocadas por problemas na<br />
rede elétrica. As demais, de<br />
acordo com as inspeções dos<br />
técnicos, foram causadas por<br />
infiltrações de gás em instalações<br />
da própria Light ou de<br />
outras concessionárias.<br />
A Companhia Estadual de<br />
Gás também vai aceitar a assinar<br />
o TAC proposto pelo Ministério<br />
Público do Rio. O presdente da<br />
empresa, Bruno Armbrust, disse<br />
que caso venha ocorrer nova explosão<br />
provocada por sua rede, a<br />
companhia está disposta a pagar<br />
a multa de R$ 100 mil.<br />
Turismo receberá<br />
US$ 187 milhões<br />
O estado do Rio de Janeiro receberá<br />
o maior investimento de sua<br />
história para o setor de turismo.<br />
Até a primeira quinzena de agosto<br />
será assinado, pelo presidente<br />
do Banco Interamericano de Desenvolvimento<br />
(BID), Luis Alberto<br />
Moreno, e pelo governador Sérgio<br />
Cabral, o Prodetur – RJ (Programa<br />
de Desenvolvimento do Turismo).<br />
O anúncio foi feito ontem, pelo secretário<br />
de estado de Turismo, Ronald<br />
Ázaro, na abertura da reunião<br />
do Conselho Estadual de Turismo<br />
(CET), presidido por ele.<br />
Aprovada no último dia 12<br />
pelo Senado, a verba do BID será<br />
de US$ 112 milhões que, com a<br />
contrapartida dos governos federal<br />
e estadual trarão US$ 187 milhões<br />
para o turismo do estado do<br />
Rio de Janeiro. Para Ronald Ázaro,<br />
o Prodetur-RJ trará benefícios<br />
jamais conquistados pelo turismo.<br />
“O Prodetur-RJ chegou em um<br />
momento essencial para o incremento<br />
do turismo fluminense. Às<br />
vésperas de eventos que trarão milhões<br />
de turistas para o nosso estado,<br />
é gratificante saber que teremos<br />
condições de executar obras há<br />
anos planejadas e necessárias para<br />
o incremento da atividade turística”,<br />
afirma o secretário de turismo.<br />
SECA<br />
ONU declara<br />
estado de fome<br />
na Somália<br />
A Organização das Nações<br />
Unidas (ONU) declarou ontem<br />
estado de fome em duas regiões<br />
da Somália por conta da estiagem<br />
que afeta mais de 10 milhões de<br />
pessoas no Chifre da África. As<br />
áreas afetadas são Bakool e Baixa<br />
Shabelle, ambas localizadas no<br />
sul do país, informou um comunicado<br />
emitido hoje pelo departamento<br />
de Relações Humanitárias<br />
da ONU para Somália.<br />
“Em todo o país quase metade<br />
da população somali - ou 3,7<br />
milhões de pessoas - agora está<br />
em crise, da qual cerca de 2,8<br />
milhões de pessoas estão no sul”,<br />
disse a ONU. “Sucessivas estações<br />
de seca afetaram o país nos<br />
ITÁLIA<br />
últimos anos, enquanto o contínuo<br />
conflito tornou extremamente<br />
difícil para as agências operarem”,<br />
informou a organização.<br />
A menos que ações de caráter<br />
emergencial sejam tomadas, autoridades<br />
alertaram que as áreas<br />
afetadas pela fome aumentarão<br />
“Se não agirmos agora, a fome se<br />
espalhará para todas as oito regiões<br />
do sul da Somália dentro de<br />
dois meses devido às fracas colheitas<br />
e ao surto de doenças infecciosas”,<br />
afirmou Mark Bowden, coordenador<br />
de medidas humanitárias<br />
da ONU na Somália, a repórteres.<br />
Os Estados Unidos ofereceram<br />
ontem mais US$ 28 milhões<br />
em recursos emergenciais.<br />
Alfonso Papa<br />
perde a imunidade<br />
A Câmara dos Deputados<br />
da Itália votou e aprovou ontem<br />
uma moção que permite a<br />
detenção do deputado Alfonso<br />
Papa, acusado de corrupção e<br />
membro do Partido Povo da Liberdade,<br />
do primeiro-ministro<br />
Silvio Berlusconi. Em voto secreto,<br />
319 deputados votaram a favor<br />
da prisão de Papa, enquanto<br />
293 votaram contra. Na Itália, os<br />
deputados e senadores possuem<br />
imunidade, que pode ser retirada<br />
apenas por seus colegas.<br />
Papa, deputado pela província<br />
de Nápoles, discursou mais cedo e<br />
defendeu sua inocência. A aprovação<br />
da moção que permite a<br />
detenção de Papa é mais uma derrota<br />
política para Berlusconi. A<br />
promotoria de Nápoles investiga<br />
Papa por supostamente ter sido<br />
subornado por uma ampla organização<br />
secreta, chamada P4, que<br />
envolveria políticos, empresários<br />
e outras figuras poderosas. Berlusconi<br />
disse que a votação de hoje<br />
“foi um loucura para me atingir”.<br />
MUNDO<br />
RIOQuinta-feira, 21 de julho de 2011 9<br />
MP-RJ<br />
Decretada prisão dos<br />
policiais do caso Juan<br />
Um dos acusados já foi indiciado pelas mortes de mais 13 pessoas<br />
Flávia Villela<br />
Da Agência Brasil<br />
Os quatro policiais militares<br />
(PMs) suspeitos de executar o menino<br />
Juan Moraes Neto, 11 anos,<br />
podem ser presos a qualquer momento.<br />
O pedido de prisão temporária<br />
foi feito na noite de terça-feira<br />
pelo Ministério Público<br />
(MP/RJ). Um dos acusados, o cabo<br />
Edilberto Barros do Nascimento,<br />
já foi indiciado pelas mortes de<br />
mais 13 pessoas. Em todos os casos,<br />
alega que elas morreram em<br />
“confronto com a polícia”.<br />
A Divisão de Homicídios da<br />
Baixada informou ontem que provas<br />
testemunhais comprovam que<br />
os suspeitos mentiram e que não<br />
houve confronto com supostos<br />
traficantes. O juiz da 4ª Vara Criminal<br />
de Nova Iguaçu, Márcio Pacheco<br />
da Silva, ainda precisa avaliar<br />
o material enviado pelo MP.<br />
Os policiais ficarão detidos<br />
por pelo menos 30 dias. A Polícia<br />
Civil informou ainda que a prisão<br />
servirá sobretudo para facilitar<br />
as investigações, porque as testemunhas<br />
não estavam querendo<br />
depor temendo represálias.<br />
Inquérito - A Delegacia de<br />
Homicídios da Baixada Fluminense<br />
concluiu o inquérito do<br />
caso Juan de Moraes e definiu<br />
que o estudante de 11 anos foi<br />
executado em uma ação policial<br />
na Favela Danon, em Nova Iguaçu,<br />
onde não houve troca de tiros<br />
entre policiais e criminosos.<br />
No início do mês o diretor de<br />
Polícia Técnica e Científica da<br />
Polícia Civil, Sérgio Henriques,<br />
revelou, após realizar a perícia,<br />
que não foram encontrados indícios<br />
de disparos por parte de<br />
criminosos. Segundo ele, apenas<br />
cinco cápsulas deflagradas<br />
do mesmo calibre usado pela<br />
PM do Rio foram encontradas<br />
no local dos crimes.<br />
Além de Juan, o suposto traficante<br />
Igor de Souza Afonso, de 17<br />
anos, também morreu durante a<br />
incursão policial. Foram feridos o<br />
irmão de Juan, Wesley de Moraes,<br />
de 14, e o vendedor W., de 19.<br />
Os sobreviventes foram incluídos<br />
em programas federais de<br />
proteção a testemunhas. No noite<br />
de ontem, o Ministério Público<br />
do Rio pediu as prisões temporárias<br />
dos cabos PMs Edilberto Barros<br />
do Nascimento e Rubens da<br />
Silva, e os sargentos Isaías Souza<br />
do Carmo e Ubirani Soares.<br />
Ontem fez um mês do assassinato<br />
de Juan, que foi morto<br />
na comunidade Danon, em<br />
Nova Iguaçu. Os policiais Edilberto,<br />
Isaias Souza do Carmo,<br />
Rubens da Silva e Ubirani Soares<br />
são suspeitos de dois homicídios<br />
– entre eles, o de Juan - e<br />
duas tentativas de homicídio<br />
duplamente qualificados, por<br />
motivo torpe e impossibilidade<br />
de defesa das vítimas.<br />
Na época, os policiais militares<br />
alegaram que entraram<br />
em confronto com traficantes.<br />
Igor de Souza Afonso, 17 anos,<br />
também morreu. O irmão de<br />
Juan, Wesley Moraes, 14 anos,<br />
e Wanderson dos Santos Assis,<br />
9 anos, sobreviveram e desmentiram<br />
os policiais. O corpo<br />
de Juan foi encontrado no Rio<br />
Botas, dias depois.<br />
PORTO MARAVILHA<br />
Começa restauração de galpões<br />
O processo de revitalização<br />
da zona portuária do Rio de Janeiro<br />
deu mais um passo ontem.<br />
Dois galpões abandonados no<br />
bairro da Gamboa, que funcionavam<br />
como terminal ferroviário e<br />
serviam para escoar a produção<br />
de café no século 19, serão restaurados<br />
e transformados em polos<br />
sociais e culturais da região.<br />
O contrato para as obras foi assinado<br />
pela prefeitura do Rio.<br />
A obra de recuperação dos dois<br />
galpões de 3,6 mil metros quadrados<br />
custará R$ 7,8 milhões e deverá<br />
ficar pronta em 22 meses. De acordo<br />
com o prefeito Eduardo Paes,<br />
o projeto de revitalização da zona<br />
portuária significa a reconstrução<br />
de uma área que estava abandonada<br />
e que voltará a abrigar prédios<br />
comerciais e residenciais.<br />
“Acima de tudo é um grande<br />
encontro do Rio com sua história,<br />
com sua origem na zona portuária,<br />
onde a cidade dialogava<br />
com o mundo. Cada canto aqui é<br />
cercado de muita riqueza e muita<br />
história”, disse o prefeito.<br />
A intenção da prefeitura<br />
é construir também uma praça<br />
e recuperar os trens que<br />
ainda estão no local. Ainda<br />
segundo Paes, a restauração<br />
dos galpões é a primeira ação<br />
do programa Porto Maravilha<br />
Cultural, que contará com 3%<br />
dos recursos destinadas à revitalização<br />
da região.<br />
O Porto Maravilha tem como<br />
objetivo requalificar uma área<br />
de 5 milhões de metros quadrados<br />
na região. Estão sendo<br />
feitas obras de reurbanização,<br />
novas redes de água, esgoto e<br />
drenagem. Além disso, a zona<br />
portuária da capital abrigará<br />
dois novos museus.<br />
ESCÂNDALO<br />
Em discurso, Cameron<br />
defende funcionários<br />
Premier ataca políticos do Partido Trabalhista que teriam cortejado Murdoch<br />
O primeiro-ministro da Grã-<br />
Bretanha, David Cameron, fez uma<br />
forte defesa de seus funcionários e<br />
explicou suas atitudes sobre o escândalo<br />
dos grampos telefônicos,<br />
admitindo que se tivesse ciência<br />
dos fatos que vieram à tona recentemente,<br />
não teria contratado o<br />
ex-editor do “News of the World”,<br />
Andy Coulson. O premier britânico,<br />
conservador, também atacou políticos<br />
do Partido Trabalhista, que segundo<br />
ele teriam cortejado o magnata<br />
da mídia Rupert Murdoch. O<br />
magnata, embora tenha fechado o<br />
“News of the World”, ainda é proprietário<br />
de três jornais na Grã-<br />
Bretanha, entre eles o “The Times”.<br />
Em comunicado de emergência<br />
à Câmara dos Comuns, a câmara<br />
baixa do Parlamento britânico, Cameron<br />
tentou retomar o controle<br />
sobre o escândalo, destacando que<br />
o povo quer que os parlamentares<br />
trabalhem juntos para resolver o<br />
problema, de forma que possam<br />
voltar a discutir questões como a<br />
criação de empregos e a imigração.<br />
“Tom Baldwin ainda trabalha<br />
nos escritórios do Partido Trabalhista”,<br />
disparou Cameron em<br />
discurso na Câmara dos Comuns,<br />
referindo-se ao estrategista dos<br />
trabalhistas que foi acusado de<br />
obter ilegalmente informações de<br />
“private banking” em 1999, quando<br />
trabalhava como jornalista<br />
para o The Times. Baldwin não foi<br />
encontrado pela reportagem em<br />
Londres para comentar o assunto.<br />
Nos últimos dias, o escândalo<br />
se aproximou ainda mais do<br />
primeiro-ministro. Seu chefe de<br />
gabinete, Ed Llewellyn, foi criticado<br />
por pedir à polícia que<br />
não passasse informações ao<br />
primeiro-ministro sobre o andamento<br />
das investigações.<br />
Cameron disse que seu funcionários<br />
“se comportaram de<br />
forma totalmente apropriada”<br />
e que a decisão de Llewellyn<br />
foi correta, já que era importante<br />
que o primeiro-ministro<br />
não fosse visto como alguém<br />
que tentava influenciar um sensível<br />
inquérito policial.<br />
Repórteres suspensos - Dois<br />
repórteres que cobriram na terça-feira<br />
o depoimento de Rupert<br />
GUERRA CIVIL<br />
<br />
O ministro das Relações Exteriores<br />
da França, Alain Juppé,<br />
sugeriu ontem que uma possível<br />
solução para o impasse provocado<br />
pela guerra civil na Líbia seria permitir<br />
que o governante líbio Muamar<br />
Kadafi permaneça no país do<br />
Norte da África, se ele concordar<br />
em renunciar ao poder. Kadafi, por<br />
sua vez, insiste que não renunciará<br />
e não deixará a Líbia, país que<br />
ele governa desde 1969. Mas com<br />
o conflito civil líbio em seu quinto<br />
mês e numa situação de impasse,<br />
Provas testemunhais ajudaram a comprovar<br />
que os suspeitos mentiram e que não houve<br />
confronto com supostos traficantes<br />
a comunidade internacional busca<br />
estratégias de saída.<br />
O presidente francês Nicolas<br />
Sarkozy teve ontem uma reunião<br />
com representantes dos insurgentes<br />
líbios da cidade de Misurata,<br />
que buscam em Paris armamentos<br />
e dinheiro para avançar<br />
contra Tripoli. Juppé disse que a<br />
França deseja manter “ligações<br />
muito próximas” com os insurgentes<br />
“para ver como podemos<br />
ajudar”. Questionado se Kadafi<br />
poderia ficar na Líbia sob prisão<br />
Murdoch, quando um comediante<br />
espirrou creme de barbear no<br />
magnata midiático, foram suspensos<br />
ontem de trabalhar no<br />
Parlamento britânico. O repórter<br />
da BBC Paul Lambert, que capturou<br />
em imagens o exato momento<br />
em que o comediante foi retirado<br />
do Parlamento pela polícia,<br />
e o repórter Theo Usherwood,<br />
da Press Association, foram suspensos.<br />
Segundo a Câmara dos<br />
Comuns, os dois transgrediram<br />
as estritas regras do Parlamento<br />
sobre os locais onde os jornalistas<br />
podem filmar. A BBC e a Press<br />
Association estão tentando resolver<br />
o assunto com as autoridades<br />
da Câmara para que os dois possam<br />
voltar a trabalhar no local.<br />
domiciliar, Juppé afirmou ao canal<br />
de televisão LCI: “Uma das<br />
hipóteses é que ele fique na Líbia,<br />
com uma condição.. a de que<br />
ele deixe totalmente a vida política.<br />
É isso que esperamos antes<br />
de lançar um processo político”.<br />
Inicialmente, os insurgentes<br />
líbios insistiam que Kadafi<br />
deixasse o país magrebino, mas<br />
agora alguns não descartam a<br />
possibilidade de que o governante<br />
fique na Líbia se renunciar<br />
totalmente aos seus poderes.<br />
Mas as duas partes estão<br />
num impasse militar, com os<br />
insurgentes incapazes de avançar<br />
além de algumas cidades no<br />
oeste líbio, apesar dos bombardeios<br />
da Organização do Tratado<br />
do Atlântico Norte (Otan)<br />
contra as tropas de Kadafi.<br />
Os insurgentes controlam<br />
grande parte do leste da Líbia,<br />
mas têm sido incapazes de tomar<br />
o estratégico terminal petrolífero<br />
de Brega, onde estão<br />
tropas de Kadafi.

ARTES<br />
10 Quinta-feira, 21 de julho de 2011<br />
Entre o roteiro cultural noturno pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro está a Praça Tiradentes<br />
PASSEIO<br />
História, beleza e<br />
cultura pelo Centro<br />
Projeto de extensão da Uerj promove roteiros diurnos e noturnos a pé pela cidade<br />
Cerca de 60 pessoas entre<br />
moradores do Rio, turistas de<br />
outros estados e estrangeiros<br />
participaram, na noite da última<br />
quinta-feira, do projeto Roteiros<br />
Geográficos, realizado pelo Núcleo<br />
de Estudos Sobre Geografia<br />
Humanística, Artes e Cidade do<br />
Rio (NeghaRIO), do Instituto de<br />
Geografia da Universidade do<br />
Estado do Rio de Janeiro (Uerj).<br />
O passeio noturno incluiu visitas<br />
a prédios e monumentos localizados<br />
entre a Rua da Carioca<br />
e a Praça Tiradentes, na Rua<br />
do Lavradio e nas proximidades<br />
dos Arcos da Lapa.<br />
Criado há 10 anos, o projeto<br />
de extensão universitária oferece<br />
caminhadas gratuitas diurnas<br />
e noturnas pelo Centro carioca,<br />
e bairros como Glória, Catete,<br />
Flamengo, Copacabana, e Nova<br />
Aliança. Dez roteiros diurnos e<br />
seis noturnos são realizados pelo<br />
coordenador do programa, professor<br />
Dr. João Baptista Ferreira<br />
de Mello, com o apoio de bolsistas<br />
da Uerj, sendo todos os trajetos<br />
percorridos a pé, com a exceção<br />
do Roteiro “Um Olhar Sobre<br />
a Geografia do Rio de Janeiro”.<br />
“Nosso objetivo é contribuir<br />
para a autoestima do carioca. Procuramos<br />
descortinar a geografia<br />
do Rio de Janeiro, focando na sua<br />
história, arquitetura, religiosidade,<br />
política, artes, entre outros assuntos.<br />
Traduzimos e decodificamos<br />
o que vemos pelo caminho para<br />
quem está participando destes<br />
roteiros. A experiência tem sido<br />
ESPORTES<br />
Após seguidas lesões,<br />
o chinês Yao Ming<br />
confirma o fim de sua<br />
carreira no basquete<br />
Rogério Santana / Governo do Estado<br />
gratificante para todos nós e a resposta<br />
do público é muito boa”, ressaltou<br />
o coordenador do projeto.<br />
Da Igreja Presbiteriana, passando<br />
pelo belo prédio do Real<br />
Gabinete Português, pelas casas de<br />
samba da Lapa, e seu secular símbolo,<br />
por onde a água era distribuída<br />
em meados de 1.700, até a Sala<br />
Cecília Meirelles: o roteiro noturno<br />
encantou a servidora pública, Cláudia<br />
Valéria de Souza, 31 anos.<br />
“Ou trabalhamos no Centro ou<br />
passamos por ele na correria, e<br />
não percebemos os detalhes. Acho<br />
que o carioca sabe pouco sobre a<br />
sua história. Pretendo realizar<br />
passeios diurnos também”, disse.<br />
O nova-iorquino Brian Godfrey,<br />
professor de geografia, foi chamado<br />
por um amigo e aceitou o convite.<br />
O estrangeiro, que já morou<br />
na Amazônia, e retorna pela quarta<br />
vez ao Rio, adorou a oportunidade<br />
de conhecer mais sobre a<br />
história e a cultura de uma cidade<br />
tão divulgada no exterior.<br />
“Estou adorando, a explicação<br />
do professor é muito boa e é uma<br />
oportunidade de parar, olhar, observar.<br />
Sou professor de geografia,<br />
então, me interesso sobre o assunto.<br />
Acho a arquitetura maravilhosa<br />
e percebo que está surgindo<br />
um novo interesse em relação a<br />
esta região”, conta o turista.<br />
O projeto disponibiliza um<br />
blog com informações sobre<br />
todos os roteiros oferecidos:<br />
http://roteirosgeorio.wordpress.<br />
com/nossos-roteiros/roteiro-noturno-no-centro-do-rio-a-pe/.<br />
COPA 2014<br />
<br />
para Itaquerão é assinada<br />
Orçado em R$ 820 milhões, novo estádio será sede de SP para receber o Mundial<br />
Gustavo Uribe<br />
Da Agência Estado<br />
O prefeito de São Paulo, Gilberto<br />
Kassab, sancionou ontem a lei<br />
que autoriza a concessão de incentivos<br />
fiscais para a construção do<br />
estádio do Corinthians, o Itaquerão,<br />
na zona leste da capital paulista.<br />
A futura arena esportiva foi<br />
confirmada pela Fifa, na semana<br />
passada, como a sede de São Paulo<br />
para receber os jogos da Copa de<br />
2014 e é a mais cotada para receber<br />
a partida de abertura.<br />
A lei, assinada no canteiro de<br />
obras do estádio, prevê a emissão<br />
de Certificados de Incentivo<br />
ao Desenvolvimento (CIDs) para<br />
bancar até 60% do valor investido,<br />
não podendo ultrapassar o teto<br />
de R$ 420 milhões. O Corinthians<br />
anunciou ontem que chegou a um<br />
consenso com a Odebrecht sobre<br />
o valor da arena: R$ 820 milhões.<br />
Em discurso, o prefeito ressaltou<br />
que, se o jogo de abertura da<br />
Copa do Mundo for confirmado<br />
em São Paulo, a cidade poderá arrecadar<br />
até R$ 1,5 bilhão. “Eu espero,<br />
e acredito, que em algumas<br />
semanas será anunciado o estádio<br />
da abertura da Copa”, disse.<br />
Os certificados poderão ser usados,<br />
por exemplo, para pagamento<br />
Site para monitorar gastos públicos<br />
Flávia Albuquerque<br />
Da Agência Brasil<br />
A sociedade civil ganhou uma<br />
ferramenta para acompanhar cada<br />
obra ou investimento com recurso<br />
público da Copa do Mundo de 2014<br />
e dos Jogos Olímpicos em 2016. A<br />
página na internet, desde ontem<br />
no ar, do projeto “Jogos limpos,<br />
dentro e fora dos estádios” permite<br />
que o cidadão tenha acesso às<br />
atividades e aos debates que estão<br />
sendo promovidos pelo governo e<br />
pela sociedade civil, às notícias sobre<br />
transparência e controle social<br />
e ao mapeamento das iniciativas<br />
ligadas aos eventos esportivos.<br />
Os interessados poderão acompanhar<br />
também o estágio das<br />
obras, a origem dos recursos, quais<br />
são as empresas responsáveis pelo<br />
trabalho, se há denúncias de remoção<br />
forçada e se a obra está de<br />
Divulgação / Prefeitura de São Paulo<br />
Futura arena poderá receber o jogo de abertura<br />
acordo com os padrões de responsabilidade<br />
social e ambiental.<br />
De acordo com o presidente<br />
do Instituto Ethos, que lidera a<br />
iniciativa, Jorge Luiz Abrahão,<br />
os investimentos que serão feitos<br />
para a Copa do Mundo e os Jogos<br />
Olímpicos são uma oportunidade<br />
para o Brasil, mas o país deve ficar<br />
atento, pois já há um aprendizado<br />
com os Jogos Pan-Americanos<br />
que ocorreram no Rio de<br />
Futebol feminino do Brasil<br />
goleia Canadá por 10 a 0<br />
e está nas semifinais dos<br />
Jogos Militares<br />
de Imposto sobre Serviços (ISS) e<br />
ou de Imposto Predial e Territorial<br />
Urbano (IPTU), sendo próprios ou<br />
de terceiros. Os incentivos fiscais<br />
preveem ainda, por exemplo, redução<br />
de 50% no IPTU referente<br />
ao imóvel pelo prazo de dez anos,<br />
diminuição de 60% no ISS e abatimento<br />
de 50% do Imposto sobre<br />
Transmissão de Bens Imóveis<br />
(ITBI) referente ao imóvel.<br />
Segurança - Com a sanção,<br />
encerra-se uma fase da preparação<br />
do Brasil para a Copa do<br />
Mundo de 2014, segundo o ministro<br />
do Esporte, Orlando Silva.<br />
Ele afirmou que a nova prioridade<br />
do governo na Copa é a<br />
segurança. “O que está no nosso<br />
radar e que deve ser a próxima<br />
definição diz respeito ao<br />
plano de segurança. Aeroportos<br />
já têm um plano estabelecido;<br />
mobilidade urbana, os projetos<br />
estão todos selecionados; estádios<br />
estão equacionados. Precisamos<br />
definir a segurança”.<br />
O ministro disse que espera<br />
que este assunto esteja resolvido<br />
até o mês que vem. De acordo com<br />
ele, o plano de segurança para a<br />
Copa vai integrar ações de cidades,<br />
estados e do governo federal.<br />
Por isso, o planejamento será fundamental<br />
para sua eficácia.<br />
Janeiro em 2007, nos quais os<br />
investimentos feitos não geraram<br />
uma herança positiva para o país.<br />
“Foram investimentos pontuais<br />
e o legado que isso deixou foi<br />
questionável. Estamos diante de<br />
um processo que o investimento<br />
será muito maior, em torno de R$<br />
23 bilhões para a Copa. E o número<br />
ainda está sendo atualizado.<br />
Há entidades que acham que será<br />
muito mais”, disse Abrahão.<br />
Agnaldo Timóteo<br />
Agnaldo iniciou sua carreira<br />
cantando em programas<br />
de calouros, na rádio de Caratinga,<br />
em Minas Gerais. Logo<br />
mudou-se para o Rio de Janeiro,<br />
passando a trabalhar como<br />
motorista da cantora Ângela<br />
Maria. Ajudado e incentivado<br />
pela “sapoti”, continuava<br />
em busca de um lugar ao sol<br />
na MPB. E logo conseguiu.<br />
Sua gravação da canção<br />
“Meu Grito”, de Roberto<br />
Carlos estourou nas rádios e<br />
daí em frente foi só sucesso.<br />
Com a volta de Brizola do<br />
exílio, tornou-se seu amigo<br />
ingressando na politica pelo<br />
PDT. Na eleiçào de 1982 foi o<br />
deputado federal mais votado<br />
na história do Rio, com cerca<br />
de 600 mil votos. No meio de<br />
seu mandato brigou com Brizola,<br />
transferindo-se para o partido<br />
de Paulo Maluf, de quem é<br />
amigo e ferrenho defensor.<br />
Conheci Agnaldo no gabinete<br />
do prefeito Cesar Maia. E<br />
MPB & outras histórias<br />
João Marcos Cavalcanti<br />
todas as vezes que ia falar com<br />
o nosso alcaide passava pela<br />
minha sala para conversarmos<br />
sobre política e MPB. Em um<br />
desses encontros, a agenda do<br />
prefeito atrasara e minha sala<br />
estava repleta de pessoas de<br />
partidos e ideologias diferentes.<br />
Lá estavam alguns pastores<br />
evangélicos que falavam<br />
da bíblia e do poder de Deus.<br />
Agnaldo, no seu canto, ouvia<br />
tudo em silêncio. Em um dado<br />
momento pensei alto e disse:<br />
“Pastor, eu sou bastante feliz<br />
e penso que Deus me deu mais<br />
do que eu merecia”. Foi aí que<br />
Timóteo interviu e falou com<br />
seu vozeirão: “Alto lá, secretário,<br />
Deus é justo e dá sempre<br />
na medida certa. Se deu, foi<br />
porque o senhor mereceu”.<br />
Os pastores calaram-se e<br />
passaram a ouvir Agnaldo,<br />
que continuou com sua “pregação”<br />
encantando a todos.<br />
Onde você estiver um saudoso<br />
abraço, velho amigo.<br />
João Marcos Cavalcanti de Albuquerque é advogado formado pela PUC, exsecretário<br />
chefe do gabinete de Cesar Maia, escritor bissexto e estudioso da MPB.<br />
E-mail: jmarcosa@uol.com.br<br />
C U R T A<br />
Theatro Municipal apresenta a<br />
ópera ‘Nabucco’, de Guiseppe Verdi<br />
Primeiro grande sucesso de Giuseppe Verdi, a ópera Nabucco retorna<br />
hoje ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro depois de 14<br />
anos, para uma temporada de cinco apresentações. Assinada por<br />
André Heller-Lopes, a nova montagem apresenta, pela primeira vez<br />
no Theatro Municipal, a partitura integral da obra, sem os chamados<br />
cortes de tradição. A produção, que envolve mais de 400 profissionais,<br />
será também a primeira desta obra com elenco inteiramente brasileiro,<br />
reunindo nomes de destaque na cena lírica nacional e internacional<br />
como a soprano Eliane Coelho, os barítonos Rodrigo Esteves e Rodolfo<br />
Giuliani; e o baixo Sávio Sperandio.<br />
Nado sincronizado<br />
brasileiro vai para a final<br />
no Mundial de Esportes<br />
Aquáticos, na China<br />
BOXE<br />
Popó voltará<br />
para enfrentar<br />
Michael Oliveira<br />
Wilson Baldini Jr.<br />
Da Agência Estado<br />
Acelino Popó Freitas aceitou<br />
o desafio de enfrentar Michael<br />
Oliveira, em dezembro, provavelmente<br />
no Ginásio do Ibirapuera,<br />
em São Paulo. Só falta que a MO<br />
Production, empresa que cuida da<br />
carreira de Michael, acerte o valor<br />
da bolsa a ser dada ao ex-campeão<br />
mundial dos superpenas e leves.<br />
Outro obstáculo para a realização<br />
do combate entre os dois<br />
brasileiros é o peso com os quais<br />
eles vão se apresentar. Popó, aos<br />
35 anos, não luta desde de abril<br />
de 2007, quando perdeu o cinturão<br />
dos leves da Organização<br />
DOPING<br />
Mundial de Boxe, diante do mexicano<br />
Juan Diaz. Naquela noite, no<br />
Foxwoods Casino, em Mashantucket,<br />
nos Estados Unidos, ele pesou<br />
61,2 quilos e perdeu por nocaute<br />
técnico no oitavo assalto. O<br />
agora deputado federal engordou<br />
e diz estar perto dos 80 quilos.<br />
Michael Oliveira, de 21 anos,<br />
pesou 72,4 quilos frente ao dominicano<br />
Jose Soto, no sábado,<br />
no ringue armado no Credicard<br />
Hall, em São Paulo. Mas é visível<br />
que ainda pode perder mais alguns<br />
quilos. Assim, o duelo com<br />
Popó pode ser disputado com o<br />
peso intermediário de 68 quilos.<br />
“Preciso de quatro meses para<br />
entrar em forma”, disse Popó.<br />
Veredicto de Cesar<br />
Cielo deve sair hoje<br />
A Corte Arbitral do Esporte<br />
promete anunciar hoje, o veredicto<br />
do julgamento de Cesar Cielo<br />
e dos outros três nadadores brasileiros<br />
flagrados em exame antidoping<br />
(Nicholas Santos, Henrique<br />
Barbosa e Vinicius Waked).<br />
A audiência dos quatro atletas<br />
aconteceu nesta quarta, em Xangai,<br />
na China, onde está sendo<br />
disputado o Mundial de Esportes<br />
Aquáticos - as provas de natação<br />
começam neste domingo.<br />
Os quatro nadadores brasileiros<br />
foram flagrados durante a disputa<br />
do Troféu Maria Lenk, em<br />
maio, no Rio, quando o mesmo<br />
diurético proibido - furosemida<br />
- foi detectado em seus exames.<br />
No julgamento da Confederação<br />
Brasileira de Desportos<br />
Aquáticos (CBDA), os<br />
argumentos de defesa foram<br />
aceitos e os quatro nadadores<br />
receberam apenas uma advertência,<br />
sem qualquer suspensão.<br />
Mas a Federação Internacional<br />
de Natação (Fina)<br />
achou a punição muito branda<br />
e entrou com recurso no CAS.