Relatório Completo - Volume I - ONS
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PLANO DE AMPLIAÇÕES E<br />
REFORÇOS NA REDE BÁSICA<br />
PERÍODO 2004 A 2006<br />
VOLUME I<br />
Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />
Presidência<br />
Rua da Quitanda 196/24º andar, Centro<br />
20091-005 Rio de Janeiro RJ<br />
tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444
© 2003/<strong>ONS</strong><br />
Todos os direitos reservados.<br />
Qualquer alteração é proibida sem autorização.<br />
<strong>ONS</strong> 2.1.036/2003<br />
PLANO DE AMPLIAÇÕES E<br />
REFORÇOS NA REDE BÁSICA<br />
PERÍODO 2004 A 2006<br />
VOLUME I<br />
Aprovado pelo Conselho de<br />
Administração em 26 de Maio de 2003<br />
K:\2004-2006\#Documentos\Relatórios\PAR2004-2006_Vol_I.doc
Sumário<br />
APRESENTAÇÃO 8<br />
1 Introdução 12<br />
2 Relação das Ampliações e Reforços<br />
Propostos para a Rede Básica Ainda sem<br />
Concessão – Período 2004 a 2006 15<br />
2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica<br />
Necessários até 2006 cuja Concessão ainda não foi<br />
Equacionada 16<br />
2.1.1 Interligações Inter-Regionais 17<br />
2.1.2 Região Sul 18<br />
2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste 25<br />
2.1.4 Regiões Norte/Nordeste 43<br />
2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na<br />
Rede Básica Necessários até 2006 48<br />
2.2.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e<br />
Transformadores Previstos no PAR 2004-2006<br />
(relação completa) 48<br />
2.2.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e<br />
Transformadores Propostos no Par 2004-2006 que<br />
ainda não foram Equacionados junto à Aneel 51<br />
2.2.3 Estimativa de Investimento Associado às<br />
Ampliações e aos Reforços Propostos 52<br />
3 Síntese das Condições de Atendimento do<br />
Sistema Interligado Nacional – Horizonte<br />
2006 55<br />
3.1 Introdução 55<br />
3.2 Observações de Caráter Geral 56<br />
3.3 Região Sul 62<br />
3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV 62<br />
3.3.2 Área Rio Grande do Sul 76<br />
3.3.3 Área Santa Catarina 92<br />
3.3.4 Área Paraná 108<br />
3.4 Região Sudeste 123<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 3 / 530
3.4.1 Área Rio de Janeiro/Espírito Santo 123<br />
3.4.2 Área Minas Gerais 139<br />
3.4.3 Área São Paulo 168<br />
3.5 Região Centro-Oeste 202<br />
3.5.1 Área Goiás/Distrito Federal 202<br />
3.5.2 Área Mato Grosso 212<br />
3.5.3 Área Mato Grosso do Sul 229<br />
3.6 Região Norte 239<br />
3.6.1 Área Pará 239<br />
3.6.2 Área Maranhão/Tocantins 245<br />
3.7 Região Nordeste 252<br />
3.7.1 Área Oeste 252<br />
3.7.2 Área Norte 257<br />
3.7.3 Área Leste 264<br />
3.7.4 Área Sul 272<br />
3.7.5 Área Centro 279<br />
3.7.6 Área Sudoeste 282<br />
4 Síntese das Condições de Desempenho das<br />
Interligações Inter-regionais 286<br />
4.1 Descrição das Interligações 287<br />
4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 287<br />
4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e<br />
Sudeste 289<br />
4.2 Conclusões 292<br />
4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre<br />
Subsistemas 298<br />
4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e<br />
Sudeste 298<br />
4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte,<br />
Nordeste e Sudeste 306<br />
4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das<br />
Interligações Inter-regionais 311<br />
4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais 313<br />
4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 313<br />
4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e<br />
Sudeste 322<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 4 / 530
5 Síntese da Análise da Confiabilidade da<br />
Rede Básica 328<br />
5.1 Aspectos Conceituais 328<br />
5.2 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema<br />
Brasileiro 332<br />
5.2.1 Evolução Temporal do Risco Probabilístico<br />
Intrínseco da Malha Elétrica 332<br />
5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão 336<br />
5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de<br />
Transmissão 340<br />
5.3 Principais Conclusões 344<br />
6 Condicionantes dos Estudos 347<br />
6.1 Mercado 347<br />
6.1.1 Contexto 347<br />
6.1.2 Dados 347<br />
6.1.3 Processo 348<br />
6.1.4 Resultados 349<br />
6.1.5 Requisitos Máximos Anuais 375<br />
6.2 Geração 379<br />
6.3 Programa de Obras na Rede Básica 380<br />
6.4 Programa de Obras das Distribuidoras 402<br />
6.4.1 CEEE-D 402<br />
6.4.2 RGE 402<br />
6.4.3 AES 403<br />
6.4.4 CELESC 403<br />
6.4.5 COPEL-D 404<br />
6.4.6 ENERSUL 405<br />
6.4.7 ESCELSA 406<br />
6.4.8 CELG 407<br />
6.4.9 CEB 409<br />
6.4.10 CEMAT 413<br />
6.4.11 SÃO PAULO 415<br />
6.4.12 CEMIG 418<br />
6.4.13 CELPA 418<br />
6.4.14 CELTINS 419<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 5 / 530
6.4.15 COELCE 421<br />
6.4.16 COSERN 421<br />
6.4.17 CELPE 422<br />
6.4.18 ENERGIPE 423<br />
6.4.19 COELBA 423<br />
6.5 Critérios 424<br />
6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão 425<br />
6.5.2 Critérios para Fator de Potência 426<br />
6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de<br />
Transmissão 426<br />
6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores 426<br />
6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações<br />
Regionais 427<br />
6.5.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade 431<br />
7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede<br />
Básica com a Rede de Distribuição 440<br />
7.1 Região Sul 443<br />
7.1.1 CEEE 443<br />
7.1.2 RGE 445<br />
7.1.3 AES 447<br />
7.1.4 CELESC 448<br />
7.1.5 COPEL 449<br />
7.2 Região Sudeste 451<br />
7.2.1 RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO 451<br />
7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL<br />
PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) 453<br />
7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2<br />
(BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB,<br />
ELEKTRO E CESP) 457<br />
7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM,<br />
CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO) 459<br />
7.2.5 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ,<br />
CLFSC E EEVP) 462<br />
7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL<br />
PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL) 463<br />
7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL<br />
PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) 464<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 6 / 530
7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO 468<br />
7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES 471<br />
7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA 472<br />
7.2.11 CEMIG 474<br />
7.3 Região Centro-Oeste 476<br />
7.3.1 CELG 476<br />
7.3.2 CEMAT 479<br />
7.3.3 ENERSUL 481<br />
7.4 Região Norte 482<br />
7.4.1 CELPA 482<br />
7.4.2 CELTINS 484<br />
7.4.3 CEMAR 485<br />
7.5 Região Nordeste 487<br />
7.5.1 CEPISA 487<br />
7.5.2 COELCE 489<br />
7.5.3 COSERN 491<br />
7.5.4 SAELPA 492<br />
7.5.5 CELB e SAELPA 493<br />
7.5.6 CELPE 494<br />
7.5.7 CEAL 497<br />
7.5.8 ENERGIPE 498<br />
7.5.9 SULGIPE 499<br />
7.5.10 COELBA 500<br />
8 Integração de Usinas 504<br />
9 Referências 520<br />
Lista de figuras, quadros e tabelas 522<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 7 / 530
APRESENTAÇÃO<br />
O Plano de Ampliações e Reforços (PAR) apresenta a visão do <strong>ONS</strong> sobre as<br />
ampliações e os reforços da Rede Básica, necessários para preservar o adequado<br />
desempenho da rede, garantir o funcionamento pleno do mercado de energia<br />
elétrica e possibilitar o livre acesso aos interessados em atuar no MAE, dentro do<br />
horizonte 2004-2006.<br />
Com este Plano, o <strong>ONS</strong> cumpre as suas responsabilidades legais, elaborando a<br />
proposta anual de ampliações e reforços das instalações da Rede Básica de<br />
transmissão do Sistema Interligado Nacional – SIN, da qual resultarão acréscimos<br />
de linhas de transmissão, totalizando 10.748 km e de 21.331 MVA na capacidade<br />
de transformação, até o ano de 2006. Desse conjunto, cerca de 46% das linhas e<br />
43% dos empreendimentos em subestações já tiveram a concessão equacionada<br />
pela Aneel.<br />
Para implantação de todas as obras necessárias até 2006, estima-se que será<br />
necessário executar um investimento da ordem de 4,7 bilhões de reais, tendo por<br />
base os custos de referência disponíveis no setor<br />
A magnitude desses números revela a dimensão do esforço requerido de todos que<br />
atuam no setor elétrico brasileiro.<br />
Para permitir o tratamento das particularidades do Sistema Interligado Nacional, os<br />
estudos que resultaram na proposição deste PAR foram realizados de forma<br />
descentralizada pelos diversos Grupos Especiais, abertos à participação de todos<br />
os Agentes, abrangendo as Regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste.<br />
O <strong>ONS</strong> agradece aos agentes, em especial aos seus representantes nos Grupos<br />
Especiais - Ampliações e Reforços, legítimos co-autores deste PAR, por tornarem<br />
possível a sua realização.<br />
Mário Fernando de Melo Santos<br />
Diretor Presidente<br />
Roberto Gomes<br />
Diretor de Administração dos Serviços<br />
da Transmissão<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 8 / 530
Para facilitar o entendimento do texto e das tabelas, as siglas usadas, com seus<br />
significados, estão listadas a seguir:<br />
Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas<br />
SIGLA<br />
DESCRIÇÃO<br />
AT<br />
BC<br />
autotransformador<br />
banco de capacitores<br />
C1/ C2 circuito 1/ circuito 2 de linha de transmissão<br />
CAET<br />
CAEX<br />
CCPE<br />
CD<br />
CE<br />
CLP<br />
CPST<br />
CS<br />
CT<br />
Comitê de Acompanhamento dos Empreendimentos Termelétricos<br />
Comitê de Acompanhamento da Expansão (MME)<br />
Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas<br />
Elétricos<br />
circuito duplo<br />
compensador estático<br />
controlador lógico programável<br />
contrato de prestação do serviço de transmissão<br />
circuito simples<br />
conexão de transformador/autotransformador<br />
CTST Comitê Técnico de Sistemas de Transmissão (extinto)<br />
CUST<br />
EAT<br />
ECE<br />
ECG<br />
EL<br />
ERAC<br />
FMG<br />
FO<br />
FRJ<br />
FSE<br />
FSM<br />
FSUL<br />
contrato de uso do sistema de transmissão<br />
extra alta tensão<br />
esquema de controle de emergência<br />
esquema de corte de geração<br />
entrada de linha<br />
esquema regional de alívio de carga<br />
fluxo área Minas Gerais<br />
filtro de onda<br />
fluxo área Rio de Janeiro<br />
fluxo região Sudeste<br />
fluxo Serra da Mesa<br />
exportação do Sul<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 9 / 530
SIGLA<br />
DESCRIÇÃO<br />
GCOI Grupo Coordenador da Operação Interligada (extinto)<br />
GCPS Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema Elétrico (“)<br />
GTCP GT para Estabelecimento de Critérios de Planejamento (“)<br />
GTP Grupo de Trabalho de Proteção (“)<br />
LT<br />
MAE<br />
PAR<br />
PDET<br />
PPS<br />
PPT<br />
RAP<br />
RSE<br />
RSUL<br />
SE<br />
SIL<br />
SIN<br />
TC<br />
TP<br />
TR<br />
UEO<br />
UF<br />
UHE<br />
UNE<br />
UTE<br />
linha de transmissão<br />
Mercado Atacadista de Energia<br />
Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica<br />
Programa Determinativo de Expansão da Transmissão<br />
proteção contra perda de sincronismo<br />
programa prioritário de termeletricidade<br />
relatório de análise de perturbação<br />
recebimento pelo Sudeste<br />
recebimento pelo Sul<br />
subestação<br />
potência característica da linha (“surge impedance load”)<br />
sistema interligado nacional<br />
transformador de corrente<br />
transformador de potencial<br />
transformador<br />
usina eólica<br />
unidade da federação<br />
usina hidrelétrica<br />
usina nuclear<br />
usina termelétrica<br />
Neste documento, as Regiões se compõem dos seguintes Estados, cujos sistemas<br />
elétricos estão interligados:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 10 / 530
Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas<br />
Sul (S)<br />
REGIÃO<br />
Sudeste (SE)<br />
ESTADOS<br />
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná<br />
Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo<br />
Centro-Oeste (CO) Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul<br />
Norte (N)<br />
Nordeste (NE)<br />
Pará, Tocantins e Maranhão<br />
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,<br />
Alagoas, Sergipe e Bahia<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 11 / 530
1 Introdução<br />
Este documento relaciona as ampliações e os reforços identificados para a Rede<br />
Básica, no período 2004 a 2006.<br />
Também integra este documento, um panorama do desempenho elétrico do SIN no<br />
período, no qual são destacados os problemas antevistos e as ações necessárias<br />
para evitar que esses venham a ocorrer. Ressalta-se que as condições esperadas<br />
para a operação no primeiro semestre de 2004 estão detalhadas no Planejamento<br />
da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a<br />
abril/2004 [2].<br />
No processo de elaboração do PAR, conforme estabelecido no módulo 4 dos<br />
Procedimentos de Rede [1], foram realizados estudos de avaliação elétrica do<br />
sistema. Essas análises, conduzidas pelo <strong>ONS</strong> com a contribuição dos Agentes<br />
setoriais, tiveram por base os estudos de planejamento elaborados pelo<br />
CCPE/MME, as solicitações de acesso e conexão, bem como as ampliações e<br />
reforços propostos pelos Agentes. Buscou-se, além disso, eliminar restrições de<br />
transmissão observadas no planejamento e na programação da operação,<br />
particularmente aquelas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica do<br />
Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a abril/2004 [2].<br />
No item 2 deste documento é apresentada a proposta de ampliações e reforços da<br />
Rede Básica, relacionando as obras, identificadas como necessárias, de acordo<br />
com os critérios adotados nos estudos desenvolvidos, relacionados no item 6.<br />
No item 3 são descritas sucintamente as condições gerais de desempenho da Rede<br />
Básica observadas nas análises realizadas por região geoelétrica, a partir das<br />
premissas e critérios adotados. Destacam-se também determinados pontos do<br />
sistema que carecem de realização de estudos específicos a serem desenvolvidos,<br />
alguns deles em conjunto com o CCPE, com o objetivo de identificar soluções<br />
estruturais para os problemas apontados.<br />
A avaliação do desempenho das interligações regionais é apresentada no item 4.<br />
Neste item, para a configuração prevista, estão indicados os limites de transmissão,<br />
bem como os fatores que restringem a capacidade de intercâmbio entre Regiões,<br />
sendo também apontadas medidas referentes à implantação de obras que se<br />
destinam a minimizar as restrições existentes e futuras.<br />
No item 5 são apresentados os resultados obtidos na avaliação da confiabilidade da<br />
Rede Básica. São descritos o estado do desenvolvimento dos trabalhos conduzidos<br />
para constituir uma base de dados e os procedimentos e critérios para a avaliação<br />
preditiva da confiabilidade da Rede Básica.<br />
O item 6 resume os condicionantes que dão suporte à proposta contida neste Plano<br />
de Ampliações e Reforços. Apresenta uma descrição sucinta das análises efetuadas<br />
no processo de consolidação das previsões de carga adotadas nos estudos, o<br />
programa de geração considerado, o programa de obras de referência na Rede<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 12 / 530
Básica, o programa de obras na distribuição informado pelos Agentes até o<br />
presente momento, além dos critérios utilizados.<br />
Os aspectos das redes de distribuição que podem afetar o desempenho da Rede<br />
Básica estão destacados no item 7. São relacionadas, para as subestações<br />
localizadas na fronteira entre a Rede Básica e as redes de distribuição, as situações<br />
nas quais os critérios adotados nas análises desenvolvidas não são atendidos, bem<br />
como são indicadas as soluções já propostas pelas distribuidoras.<br />
A conexão de novos agentes é objeto do item 8, no qual é feito um sumário da<br />
situação dos estudos de integração em curso no <strong>ONS</strong>, no momento da emissão<br />
deste PAR. No item 8 também é apresentado, para o horizonte analisado, um<br />
sumário das restrições visualizadas ao pleno despacho de usinas.<br />
No <strong>Volume</strong> II deste documento estão apresentados os pareceres técnicos para as<br />
instalações sem a concessão equacionada pela Aneel e que ainda não foram<br />
encaminhados àquela Agência pelo <strong>ONS</strong>, bem como o programa de geração<br />
utilizado.<br />
O conjunto de propostas contidas na presente versão do documento será submetido<br />
a um permanente acompanhamento e atualização, visando incorporar mudanças<br />
dos condicionantes adotados nos estudos, tais como: contexto de oferta (geração e<br />
importação) e demanda (mercado e exportação) sinalizado pelos Agentes, novas<br />
solicitações de acesso, proposições de expansão por parte dos Agentes, restrições<br />
operativas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica e Energética,<br />
informações do Mercado Atacadista de Energia - MAE, instrumentos contratuais<br />
estabelecidos referentes à compra e venda de energia, ao uso e à conexão ao<br />
sistema de transmissão, à autorização e à concessão para produção, à autorização<br />
para importação e exportação de energia e aos padrões de desempenho<br />
estabelecidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede.<br />
O desenvolvimento dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços<br />
proposto teve como condicionantes os valores de previsão de carga estabelecidos<br />
pelos Agentes no quarto trimestre do ano 2002. De maneira geral, os valores de<br />
carga previstos no período deste PAR estão abaixo daqueles considerados na<br />
elaboração do PAR 2003-2005, representando, com a exceção da Região Norte, um<br />
deslocamento de cerca de um ano.<br />
A data de necessidade de cada obra, bem como as conclusões concernentes às<br />
condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional, estão condicionadas a<br />
esses valores de previsão do crescimento da carga. Caso a evolução da demanda<br />
ocorra em patamares acima daqueles considerados neste PAR, os problemas<br />
identificados serão antecipados, reforçando a importância de que todas as<br />
providências relacionadas neste documento sejam desenvolvidas com a maior<br />
brevidade possível.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 13 / 530
Ressalta-se que o adequado desempenho do sistema, como preconizado nos<br />
Procedimentos de Rede, só será alcançado com o equacionamento do conjunto de<br />
obras aqui proposto, além da finalização daquelas já autorizadas ou licitadas. O<br />
eventual atraso na implantação dos empreendimentos previstos implica em risco de<br />
corte de carga e elevação do custo de operação, decorrente de restrições ao<br />
despacho de usinas ou de limitações de intercâmbio entre Regiões.<br />
As obras propostas pela primeira vez neste documento são, em sua maior parte,<br />
decorrentes de estudos complementares, em especial os de planejamento de longo<br />
prazo, da conexão de novos Agentes geradores ou distribuidores, da avaliação do<br />
benefício da expansão de interligações inter-regionais e também da análise das<br />
condições de atendimento ao mercado, todos eventos posteriores ao ciclo anterior<br />
2003-2005 do PAR.<br />
As obras necessárias à adequação das instalações existentes da Rede Básica aos<br />
requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede serão tratadas no<br />
Projeto “Definição dos Requisitos Mínimos para as Instalações da Rede Básica”.<br />
Esse Projeto, que está sendo conduzido pelo <strong>ONS</strong> dentro do Plano de Ação<br />
2003/2005 aprovado pelo Conselho de Administração, deverá estabelecer os<br />
marcos para adequar as instalações existentes aos requisitos mínimos<br />
estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Os resultados deste trabalho serão<br />
incorporados às próximas edições do PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 14 / 530
2 Relação das Ampliações e Reforços Propostos para a Rede Básica<br />
Ainda sem Concessão – Período 2004 a 2006<br />
Neste item são relacionados as ampliações e os reforços ainda sem concessão<br />
necessários para garantir condições adequadas de operação até 2006, visualizados<br />
por região geoelétrica, dentro das premissas e de acordo com os critérios adotados<br />
ao longo dos estudos desenvolvidos. É também apresentado um resumo do<br />
acréscimo de linhas de transmissão, em km, e de transformadores, em MVA,<br />
previsto até 2006.<br />
Para efeito de apresentação, este item foi organizado em duas partes.<br />
O item 2.1 é composto pelo elenco completo das ampliações e reforços necessários<br />
para o período 2004/2006, cuja concessão ainda não foi equacionada.<br />
Por sua vez, no item 2.2 é apresentado um resumo, em termos de acréscimo de<br />
extensão (km) de linhas e capacidade (MVA) de transformação, das ampliações e<br />
reforços contidos neste PAR 2004/2006.<br />
Cumpre destacar que no item 6.3 deste documento, que trata dos<br />
condicionantes para os estudos, são relacionadas as obras, já autorizadas ou<br />
licitadas, que se encontram em construção. A entrada em operação das<br />
instalações incluídas no item 6.3 foi considerada uma premissa do estudo. É<br />
importante que sejam desenvolvidas todas as ações necessárias para garantir o<br />
cumprimento dos prazos mostrados no item 6.3, se possível antecipando-os.<br />
Dentre os reforços relacionados neste item, incluem-se aquelas instalações de<br />
transmissão que não introduzem alterações topológicas, mas cuja ausência provoca<br />
limitações à operação do sistema.<br />
Ressalta-se que a proposição das ampliações e reforços apresentada neste item<br />
tem por base o conceito de Rede Básica estabelecido pela Resolução Aneel n°<br />
433/00. Neste sentido, a necessidade de instalação de transformadores cuja tensão<br />
secundária é inferior a 230 kV, bem como de equipamentos de compensação<br />
reativa em tensão até 138 kV, não é abordada, exceto aqueles equipamentos já<br />
autorizados pela Aneel como integrantes da Rede Básica, até a conclusão deste<br />
PAR.<br />
Para as instalações da Rede Básica cuja concessão ainda não foi equacionada pela<br />
Aneel, através de autorização ou de licitação, estão indicadas nas tabelas as<br />
DATAS DE NECESSIDADE, ou seja, as datas a partir das quais os critérios<br />
estabelecidos nos Procedimentos de Rede não são atendidos, tanto para condições<br />
normais quanto de emergência. As datas físicas serão determinadas nos editais de<br />
licitação e nos atos autorizativos, conforme processos conduzidos pela Aneel.<br />
As conexões associadas às instalações propostas nas tabelas deste item, entrada<br />
de linha, conexão de transformadores, etc, não foram explicitadas por simplicidade<br />
de apresentação, devendo ser entendidas como parte integrante dos<br />
empreendimentos.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 15 / 530
As obras indicadas como “Em análise pela Aneel” já foram indicadas no PAR<br />
anterior (2003-2005).<br />
2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 cuja<br />
Concessão ainda não foi Equacionada<br />
As Tabelas 2.1.1-1, 2.1.2-1, 2.1.3-1 e 2.1.4-1 a seguir resumem a proposta de<br />
ampliações e reforços na Rede Básica resultante das análises realizadas para o<br />
período 2003 a 2006, incluindo as instalações da Rede Básica:<br />
cuja necessidade foi identificada no PAR 2003-2005 e que na presente<br />
edição (2004-2006) estão sendo ratificadas como necessárias até 2006.<br />
Nesta situação se incluem aquelas já contempladas no Programa de<br />
Licitação de Concessão de Linhas Transmissão da Aneel, bem como as<br />
que se encontram em análise pela Agência;<br />
que não introduzem alterações na topologia da rede, mas cuja ausência<br />
impõe restrições à operação do sistema; e<br />
indicadas pela primeira vez neste PAR 2004-2006.<br />
Nas tabelas, as obras estão apresentadas para as Interligações Inter-regionais e<br />
por Região, sendo indicadas as “Novas Instalações” e a transmissora proprietária,<br />
no caso de reforços em instalações existentes. Para cada transmissora proprietária,<br />
as instalações estão ordenadas alfabeticamente.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 16 / 530
2.1.1 Interligações Inter-Regionais<br />
Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem a concessão equacionada<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
LONDRINA – ASSIS – ARARAQUARA<br />
500 367 PR/SP Em licitação DEZ/2004 Nova instalação<br />
circuito simples, incluindo reatores fixos em<br />
Araraquara (3x26,6 Mvar) e manobráveis em<br />
Assis (3x31,7 Mvar)<br />
ASSIS (NOVA)<br />
1 banco de autotransformadores e unidade<br />
reserva (obra associada à LT 500 kV Londrina –<br />
Assis – Araraquara)<br />
500/<br />
440<br />
1.500 SP Em licitação DEZ/2004 Nova instalação<br />
IVAIPORÃ<br />
750/<br />
--- PR Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
instalação de sistema de transferência para<br />
substituição da fase reserva dos bancos de<br />
525/<br />
69<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
autotransformadores AT 01 e AT 02 – 1650 MVA<br />
ASSIS<br />
440/<br />
336 SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
2º banco de autotransformadores<br />
230<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 17 / 530
2.1.2 Região Sul<br />
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
CAMPOS NOVOS – BLUMENAU C2<br />
525 375 SC Proposta<br />
DEZ/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples, com reator de linha 525 kV –<br />
neste PAR<br />
150 Mvar na SE Blumenau<br />
CASCAVEL OESTE – IVAIPORÃ<br />
circuito simples<br />
525 209 PR Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
Nova instalação<br />
CASCAVEL OESTE-FOZ DO IGUAÇU NORTE<br />
230 120 PR Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (associada à nova conexão da<br />
neste PAR<br />
Copel na SE Foz do Iguaçu Norte)<br />
CAXIAS 5<br />
230 --- RS Proposta<br />
JUL/2004<br />
Nova instalação<br />
setor de 230 kV (nova conexão da RGE)<br />
neste PAR<br />
CAXIAS-CAXIAS 5<br />
230 25 RS Proposta<br />
JUL/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-SANTA MÔNICA<br />
230 25 PR Proposta<br />
JUN/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito duplo, lançamento do 1 o circuito<br />
neste PAR<br />
FOZ DO IGUAÇU NORTE (NOVA)<br />
230 --- PR Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
setor de 230 kV<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 18 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
GRALHA AZUL-D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS<br />
230 31 PR Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito duplo, lançamento do 1 o circuito<br />
neste PAR<br />
IVAIPORÃ – LONDRINA C2<br />
525 120 PR Em análise<br />
DEZ/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
pela Aneel<br />
MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C2<br />
circuito simples<br />
SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ C2<br />
circuito simples<br />
525 50,6 SC Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
525 167 PR Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
Nova instalação<br />
Nova instalação<br />
CAMPOS NOVOS<br />
525/<br />
672 SC Proposta<br />
JUN2005<br />
ELETROSUL<br />
substituição do 1 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
neste PAR<br />
de 336 MVA por outro de 672 MVA<br />
CASCAVEL OESTE-GUAÍRA<br />
230 0,1 PR Em análise<br />
JUN/2004<br />
ELETROSUL<br />
recapacitação de trechos em 636 MCM<br />
pela Aneel<br />
CAXIAS<br />
525/<br />
672 RS Proposta<br />
FEV/2005<br />
ELETROSUL<br />
3o banco de autotransformadores<br />
230<br />
neste PAR<br />
CURITIBA<br />
525/<br />
672 PR Proposta<br />
JUN/2004<br />
ELETROSUL<br />
3 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 19 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
CURITIBA<br />
525 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
conexões para o reator 1 – 150 Mvar (na barra) e<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
o reator 2 – 150 Mvar (na linha para Bateias)<br />
GRAVATAÍ<br />
525/<br />
672 RS Proposta<br />
FEV/2005<br />
ELETROSUL<br />
4 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
neste PAR<br />
GUAÍRA-DOURADOS<br />
230 17,1 MS Em análise<br />
JUN/2004<br />
ELETROSUL<br />
recapacitação de trechos em 636 MCM<br />
pela Aneel<br />
JORGE LACERDA B<br />
230 0,8 SC Em análise<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça –<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha<br />
de 230 kV circuito simples, 0,8 km<br />
LONDRINA<br />
525/<br />
672 PR Proposta<br />
JUN/2005<br />
ELETROSUL<br />
3 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
neste PAR<br />
LONDRINA (E)<br />
230 --- PR Proposta<br />
Jun/2004<br />
ELETROSUL<br />
substituição de equipamentos terminais na linha<br />
neste PAR<br />
para Londrina (Copel) (Bobinas de bloqueio)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 20 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
MARINGÁ – ASSIS<br />
230 2x23 PR/SP Em análise<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
circuito duplo, seccionamento na SE Londrina<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
(Eletrosul)<br />
PALHOÇA<br />
230 --- SC Em análise<br />
JUN/2004<br />
ELETROSUL<br />
substituição de equipamento terminal (TC) da<br />
pela Aneel<br />
linha para Jorge Lacerda B<br />
SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ<br />
525 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
substituição de equipamento terminal<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
(seccionadora e disjuntores) em Ivaiporã e Salto<br />
Santiago<br />
SALTO SEGREDO – AREIA<br />
525 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
substituição de equipamento terminal<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
(seccionadora e disjuntores) em Areia<br />
BATEIAS<br />
525/<br />
600 PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
2 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
BATEIAS<br />
230 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
entrada de linha (para Campo Comprido)<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
BATEIAS – CAMPO COMPRIDO<br />
230 17,8 PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
circuito simples, recapacitação<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 21 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
CAMPO COMPRIDO<br />
230 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
entrada de linha (para Bateias)<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
CASCAVEL OESTE<br />
525/<br />
600 PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
2 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
CASCAVEL–CASCAVEL OESTE C3<br />
230 11,3 PR Proposta<br />
JUN/2004<br />
COPEL<br />
circuito duplo, lançamento do 2 o circuito<br />
neste PAR<br />
LONDRINA – IBIPORÃ C2<br />
230 20,3 PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
circuito duplo, lançamento do 2 o circuito<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
LONDRINA (C)<br />
230 --- PR Proposta<br />
Jun/2004<br />
COPEL<br />
substituição de equipamentos terminais na linha<br />
neste PAR<br />
para Londrina (Eletrosul) (Bobinas de bloqueio)<br />
MARINGÁ – APUCARANA<br />
230 2x0,8 PR Proposta<br />
FEV/2005<br />
COPEL<br />
seccionamento na SE Sarandi (associada à nova<br />
neste PAR<br />
conexão da Copel na SE Sarandi)<br />
PILARZINHO –GOV PARIGOT DE SOUZA<br />
230 2x9 PR Proposta<br />
MAI/2005<br />
COPEL<br />
seccionamento na SE Santa Mônica (associada à<br />
neste PAR<br />
nova conexão da Copel na SE Santa Mônica)<br />
PILARZINHO-CAMPO COMPRIDO<br />
230 17,7 PR Proposta<br />
JUN/2004<br />
COPEL<br />
recondutoramento<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 22 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
SANTA MÔNICA (NOVA)<br />
230 --- PR Proposta<br />
MAR/2005<br />
COPEL<br />
setor de 230 kV (nova conexão da Copel)<br />
neste PAR<br />
SARANDI (NOVA)<br />
230 --- PR Proposta<br />
FEV/2005<br />
COPEL<br />
setor de 230 kV (nova conexão da Copel)<br />
neste PAR<br />
UMBARÁ<br />
230 --- PR Em análise<br />
Necessária<br />
COPEL<br />
entrada de linha (para Gralha Azul)<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
ALEGRETE 2<br />
230 --- RS Proposta<br />
JUN/2004<br />
CEEE<br />
entrada de linha (para UTE Uruguaiana)<br />
neste PAR<br />
GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 6<br />
230 30 RS Em análise<br />
Necessária<br />
CEEE<br />
circuito duplo, lançamento do 2 o circuito (C4)<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
PASSO REAL – SANTA MARTA<br />
230 2x0,2 RS Proposta<br />
JUL/2004<br />
CEEE<br />
seccionamento na SE Tapera 2 (associada à nova<br />
neste PAR<br />
conexão da RGE na SE Tapera 2)<br />
SÃO VICENTE<br />
230 --- RS Proposta<br />
JUN/2004<br />
CEEE<br />
setor de 230 kV (adequação)<br />
neste PAR<br />
TAPERA 2 (NOVA)<br />
230 2x83 RS Proposta<br />
JUL/2004<br />
CEEE<br />
Setor de 230 kV (nova conexão da RGE)<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 23 / 530
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
UTE URUGUAIANA<br />
Entrada de linha (para Alegrete 2)<br />
230 --- RS Proposta<br />
neste PAR<br />
JUN/2004 (*)<br />
(*) Em andamento tratativas para cessão de uso ou doação desta subestação da AES Uruguaiana para a CEEE Transmissão conforme Ofício Aneel SRT n° 006/2002.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 24 / 530
2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste<br />
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
AIMORÉS – MASCARENHAS C2<br />
230 20 MG Em análise<br />
FEV/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (associada à conexão da UHE<br />
pela Aneel<br />
Aimorés)<br />
CACHOEIRA PAULISTA – SANTA CABEÇA<br />
230 7 SP Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (associada à transformação<br />
neste PAR<br />
500/230 kV na SE Cachoeira Paulista)<br />
COXIPÓ – CUIABÁ C1/C2<br />
circuito duplo<br />
CUIABÁ – RONDONÓPOLIS<br />
circuito simples, com compensação série de 60%<br />
em Rondonópolis (91 Mvar)<br />
230 2x25 MT Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
230 168 MT Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
Nova instalação<br />
Nova instalação<br />
CUIABÁ (NOVA)<br />
500/<br />
750 MT Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
Instalação de SE com 1º banco de<br />
230<br />
pela Aneel<br />
autotransformadores<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 25 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
CUIABÁ – RIBEIRÃOZINHO<br />
500 364 MT Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />
pela Aneel<br />
500 kV – 136 Mvar nas SEs Cuiabá e<br />
Ribeirãozinho<br />
FURNAS – PIMENTA C2<br />
345 66 MG Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
IMBIRUSSÚ (NOVA)<br />
230 --- MS Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
setor de 230 kV (nova conexão da Enersul)<br />
neste PAR<br />
INTERMEDIÁRIA – ITUMBIARA<br />
500 202 GO Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />
pela Aneel<br />
500 kV – 95 Mvar nas SEs Intermediária e<br />
Itumbiara<br />
INTERMEDIÁRIA (NOVA)<br />
500 --- GO Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
SE nova, para seccionamento da LT 500 kV<br />
pela Aneel<br />
Cuiabá - Itumbiara<br />
IRAPÉ – MONTES CLAROS<br />
345 158 MG Proposta<br />
AGO/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (associada à conexão da UHE<br />
neste PAR<br />
Irapé)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 26 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
ITAPETI – NORDESTE C1<br />
345 30 SP Proposta<br />
DEZ/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito duplo, lançamento de um circuito<br />
neste PAR<br />
ITUTINGA – JUIZ DE FORA<br />
345 140 MG Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
MACAÉ – CAMPOS C3<br />
345 90 RJ Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
PORTO PRIMAVERA<br />
440/<br />
450 SP Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
1º banco de autotransformadores e unidade<br />
230<br />
neste PAR<br />
reserva (associada à LT 230 kV Porto Primavera –<br />
Dourados)<br />
PORTO PRIMAVERA – DOURADOS<br />
230 190 SP/MS Proposta<br />
JUN/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
PORTO PRIMAVERA<br />
440/<br />
450 SP Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
2º banco de autotransformadores (associada à LT<br />
230<br />
neste PAR<br />
230 kV Porto Primavera – Imbirussú)<br />
PORTO PRIMAVERA – IMBIRUSSÚ<br />
230 300 SP/MS Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 27 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
RIBEIRÃOZINHO (NOVA)<br />
500/<br />
400 MT/<br />
Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
SE nova com 1º banco de autotransformadores<br />
230<br />
GO<br />
pela Aneel<br />
(associada à LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho –<br />
Intermediária - Itumbiara)<br />
RIBEIRÃOZINHO – BARRA DO PEIXE C1/C2<br />
230 2x3 MT Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito duplo<br />
pela Aneel<br />
RIBEIRÃOZINHO – INTERMEDIÁRIA<br />
500 242 MT/<br />
Em análise<br />
JAN/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />
GO<br />
pela Aneel<br />
500 kV – 95 Mvar nas SEs Ribeirãozinho e<br />
Intermediária<br />
TIJUCO PRETO – ITAPETI C3/C4<br />
345 2x23 SP Proposta<br />
DEZ/2004<br />
Nova instalação<br />
circuito duplo<br />
neste PAR<br />
ADRIANÓPOLIS<br />
500 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Instalação de disjuntores no barramento de<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo<br />
em anel<br />
ADRIANÓPOLIS<br />
345 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
seccionar a barra A e instalar um novo vão de<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
disjuntor completo<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 28 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
ADRIANÓPOLIS<br />
345 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
seccionar a barra B através de instalação de<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
chave seccionadora e proteção de barras<br />
adaptativas<br />
ADRIANÓPOLIS<br />
500 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
“bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate<br />
na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT<br />
Cachoeira Paulista – Grajaú<br />
ADRIANÓPOLIS<br />
500 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
reator manobrável na LT Cachoeira Paulista –<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Grajaú – 136 Mvar (associada ao by-pass em<br />
Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista<br />
– Grajaú)<br />
ADRIANÓPOLIS – CAMPOS<br />
345 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
troca de TC, filtro de ondas e chaves<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de<br />
ondas na SE Campos<br />
ANGRA<br />
500 --- RJ Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
reator manobrável de barra de 136 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 29 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
CACHOEIRA PAULISTA<br />
500 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
reator manobrável na linha para Adrianópolis<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
(Grajaú) e chaveável na linha para Angra –<br />
136 Mvar (associada ao by-pass em Adrianópolis<br />
para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú)<br />
CACHOEIRA PAULISTA<br />
500/<br />
350 SP Proposta<br />
DEZ/2005<br />
FURNAS<br />
banco de autotransformadores (associada à LT<br />
230<br />
neste PAR<br />
230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça)<br />
CAMPINAS<br />
500/<br />
560 SP Em análise<br />
DEZ/2004<br />
FURNAS<br />
2º banco de autotransformadores (associada à LT<br />
345<br />
pela Aneel<br />
Londrina – Assis – Araraquara)<br />
GUARULHOS<br />
345 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
substituição de um disjuntor – na saída para<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
Nordeste (para 50 kA)<br />
IBIÚNA<br />
345 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
instalação de disjuntor e mais uma chave<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
seccionadora de 345 kV nos vãos dos<br />
transformadores ZA900, ZA901 e ZA902<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 30 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
IBIÚNA<br />
345 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
instalação de dois filtros (3º/5º harmônicos) para o<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
elo de corrente contínua<br />
ITUMBIARA<br />
230 --- GO/<br />
Proposta<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
substituição de três disjuntores – nas saídas para<br />
MG<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
Rio Verde, C1 e C2, e de interligação (para 40 kA)<br />
ITUMBIARA<br />
230 --- GO/<br />
Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
bancos de compensação série na LT 230 kV Rio<br />
MG<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Verde - Itumbiara:<br />
• 30% no C1 (33,9 Mvar)<br />
• 70% no C2 (183 Mvar)<br />
ITUMBIARA<br />
345 --- GO/<br />
Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
seccionamento do barramento de 345 kV e<br />
MG<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
instalação de vão de disjuntor completo<br />
L. C. BARRETO<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Instalação de chave seccionadora no vão do<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
disjuntor de interligação de barras<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 31 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
L. C. BARRETO<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs,<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de onda, chaves seccionadoras e<br />
disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de<br />
interligação<br />
MARIMBONDO<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
reator manobrável de barra – 100 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
MOGI – ITAPETI<br />
345 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
adequação de equipamento terminal na SE Mogi<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
OURO PRETO 2<br />
345 --- MG Em análise<br />
AGO/2004<br />
FURNAS<br />
reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />
pela Aneel<br />
Vitória - 60 Mvar<br />
PORTO COLÔMBIA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs,<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de onda, chaves seccionadoras e<br />
disjuntores) nas saídas para Itumbiara e Volta<br />
Grande e vão de interligação<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 32 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
RIO VERDE<br />
230 --- MT Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
bancos de compensação série na LT 230 kV Barra<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
do Peixe – Rio Verde:<br />
• 30% no C1 (37,2 Mvar)<br />
• 70% no C2 (216,4 Mvar)<br />
na LT 230 kV Itumbiara – Rio Verde:<br />
• 30% no C1 (34 Mvar)<br />
SAMAMBAIA<br />
500/<br />
1.075 DF Em análise<br />
FEV/2004<br />
FURNAS<br />
3º banco de autotransformadores<br />
345<br />
pela Aneel<br />
SERRA DA MESA<br />
500/<br />
400 GO Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
2º banco de autotransformadores<br />
230<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
1.500 SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
4º banco de autotransformadores<br />
345<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
TIJUCO PRETO<br />
345 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
substituição de seis disjuntores e sete chaves<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
seccionadoras (para 63 kA)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 33 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
--- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Inclusão de alimentação para o compensador<br />
síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário<br />
345/<br />
20<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
dos autotransformadores AT5 e/ou AT6<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
--- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Inclusão de alimentação para os bancos de<br />
reatores shunt de terciário 2x180 Mvar – 69 kV<br />
500/<br />
69<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
através do terciário do autotransformador AT2<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
--- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Instalação de sistema de transferência para<br />
substituição da fase reserva dos bancos de<br />
500/<br />
69<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
transformadores AT2 e AT3 – 1.650 MVA,<br />
incluindo enrolamento terciário (banco de reatores<br />
shunt)<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
--- SP Em análise<br />
Necessária<br />
FURNAS<br />
Instalação de sistema de transferência para<br />
substituição da fase reserva dos bancos de<br />
345/<br />
20<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
transformadores AT4, AT5 e AT6 – 1.500 MVA,<br />
incluindo enrolamento terciário (compensador<br />
síncrono)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 34 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
VITÓRIA<br />
345 --- ES Em análise<br />
AGO/2004<br />
FURNAS<br />
reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 -<br />
pela Aneel<br />
Vitória – 60 Mvar<br />
VITÓRIA<br />
345 --- ES Em análise<br />
JUN/2005<br />
FURNAS<br />
transferência do compensador estático de<br />
pela Aneel<br />
Campos para a SE Vitória (associada à instalação<br />
da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória e da UTE<br />
Norte Fluminense)<br />
ITUMBIARA<br />
500 --- GO/<br />
Em análise<br />
Necessária<br />
EXPANSION<br />
reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara -<br />
MG<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Samambaia – 136 Mvar<br />
ANASTÁCIO<br />
230 --- MS Proposta<br />
Necessária<br />
ELETROSUL<br />
setor 230 kV (reforma da SE quando da entrada<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
em operação do 2º transformador 230/138 kV)<br />
BARRA DO PEIXE<br />
230 --- MT Em análise<br />
Necessária<br />
ELETRONORTE<br />
ampliação de dois vãos de linha adicionais para a<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
conexão da LT 230 kV Rondonópolis – Rio Verde<br />
C1 a ser seccionada em Barra do Peixe<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 35 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
BARRA DO PEIXE<br />
230 --- MT Em análise<br />
Necessária<br />
ELETRONORTE<br />
bancos de compensação série na LT 230 kV<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Rondonópolis – Barra do Peixe:<br />
• 30% no C1 (35,1Mvar)<br />
• 50% no C2 (119,8 Mvar)<br />
banco de compensação série de 30% na LT<br />
230 kV Rio Verde – Barra do Peixe C1 (37,2 Mvar)<br />
FURNAS<br />
ANHANGÜERA (NOVA)<br />
345/<br />
500 SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
desativação da atual Anhangüera Provisória com<br />
230<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
instalação de novo transformador 345/230 kV na<br />
nova SE Anhangüera 345 kV, conexões 345 kV<br />
para Milton Fornasaro, circuito duplo, e conexões<br />
em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV<br />
Edgard de Souza – Centro C1/C2<br />
APARECIDA<br />
230 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituir 3 seccionadoras de 600 A para maior<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
capacidade no bay para Taubaté<br />
ARARAQUARA<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
reator manobrável de barra – 180 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 36 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
ASSIS<br />
440 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
conexões para o reator RE-2 3x33,33 Mvar<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
ASSIS<br />
230 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
adequação do arranjo da SE de barra principal e<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
transferência para barra dupla a cinco chaves<br />
BAURU<br />
440 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituição das seccionadoras (de 2.000 A para<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
3.000 A) dos travessões dos disjuntores 10524-1<br />
(74, 76, 78, 80, 82 e 84) e 10524-3 (238, 240, 242,<br />
244, 246 e 248)<br />
BAURU<br />
440 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
instalação de medição de corrente nos travessões<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
10524-1 e 10524-3<br />
BAURU<br />
440 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituição das seccionadoras de barra 10529-<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
66 e 10529-68 (de 2.000 A para 3.000 A)<br />
CABREÚVA<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
instalação de bay de interligação de barra (Obra<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
associada à instalação do 2º banco de<br />
autotransformadores 440/138 kV)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 37 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
EDGARD DE SOUZA<br />
230 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituição de 3 disjuntores (Obra associada à<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
instalação do 3º banco de autotransformadores<br />
440/230 kV – 750 MVA da SE Cabreúva)<br />
EDGARD DE SOUZA<br />
230 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
instalar by-pass nos bays das linhas e dos trafos<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
EMBU GUAÇU – BAURU C1/C2<br />
440 2x1,6 SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
(SECCIONAMENTO SE OESTE)<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
construção de dois trechos (4x636 MCM) para<br />
efetuar o seccionamento dos dois circuitos da LT<br />
Bauru - Embu Guaçu na SE Oeste (incluindo dois<br />
bays em 440 kV na SE Oeste)<br />
ILHA SOLTEIRA<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituição de disjuntores nos circuitos 1 e 2 da<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
LT para Araraquara<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 38 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
ILHA SOLTEIRA<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
implantação de sistema de comunicação óptica<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
para permitir “transfer trip” direto para alívio de<br />
carga no transformador 500/440 kV da SE Água<br />
Vermelha<br />
ILHA SOLTEIRA<br />
440 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
Instalação do terceiro disjuntor de interligações de<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
barras<br />
INTERLAGOS<br />
230 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
substituição de disjuntores e equipamentos de 2<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
bays (Obra associada à 2ª fase da UTE<br />
Piratininga)<br />
INTERLAGOS<br />
230 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
adequação do arranjo da SE de barra principal e<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
transferência para barra dupla a cinco chaves<br />
(coincidente com a implantação do 2º banco de<br />
transformadores 345/230 kV)<br />
ITAPETI<br />
substituição de disjuntores e equipamentos de 8<br />
bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti<br />
C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1)<br />
345 --- SP Proposta<br />
neste PAR<br />
2004 CTEEP<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 39 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
JUPIÁ<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
troca de disjuntores nos bays para Taquaruçu,<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Três Irmãos e paralelo<br />
SANTO ÂNGELO<br />
substituição de disjuntores e equipamentos de 8<br />
bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti<br />
C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1)<br />
345 --- SP Proposta<br />
neste PAR<br />
2004 CTEEP<br />
SUMARÉ<br />
440 --- SP Em análise<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
reator manobrável de barra de 90 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
XAVANTES<br />
345 --- SP Proposta<br />
Necessária<br />
CTEEP<br />
Instalação do segundo disjuntor nos bays da LT<br />
neste PAR<br />
atualmente<br />
345 kV Xavantes – Interlagos<br />
BARBACENA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de onda) na saída para Pimenta<br />
EMBORCAÇÃO<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
conexão para reator da LT 500 kV Emborcação –<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
São Gotardo 2 – 91 Mvar<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 40 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
JAGUARA<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
instalação de três disjuntores para conexão dos<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2<br />
(instalação de uma seção – configuração disjuntor<br />
e meio)<br />
JAGUARA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
Instalação de vão de disjuntor de barra<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
JAGUARA<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
conexões para os reatores das LTs 500 kV<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do<br />
Pará – 2x91 Mvar<br />
JAGUARA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de ondas) nas saídas para Volta Grande,<br />
Luiz Carlos Barreto e Pimenta<br />
NEVES<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
transposição física de vão de linha e de<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
transformador<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 41 / 530
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
TRANSMISSORA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
OURO PRETO 2<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
conexão para reator da LT 500 kV Ouro Preto 2 –<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
São Gonçalo do Pará – 91 Mvar<br />
PIMENTA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
Instalação de vão de disjuntor de barra<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
PIMENTA<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de onda) nas saídas para Barreiro,<br />
Barbacena<br />
SÃO GOTARDO 2<br />
500 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
reator manobrável de barra – 91 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
VOLTA GRANDE<br />
345 --- MG Em análise<br />
Necessária<br />
CEMIG<br />
substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
filtros de onda) nas saídas para Jaguara, Luiz<br />
Carlos Barreto e Porto Colômbia<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 42 / 530
2.1.4 Regiões Norte/Nordeste<br />
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
CONCESSIONÁRIA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
MILAGRES – COREMAS C2<br />
230 120 CE/PB Proposta<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples<br />
neste PAR<br />
MILAGRES – TAUÁ<br />
230 200 CE Em análise<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
circuito simples (associada à conexão da Coelce<br />
pela Aneel<br />
na SE Tauá)<br />
SAPEAÇU – CAMAÇARI II<br />
circuito simples<br />
500 102 BA Em licitação Necessária<br />
atualmente<br />
Nova instalação<br />
TAUÁ (NOVA)<br />
230 -- CE Em análise<br />
DEZ/2005<br />
Nova instalação<br />
setor de 230 kV (associado à nova conexão da<br />
pela Aneel<br />
Coelce)<br />
TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II C2<br />
500 581 PI/CE Em licitação JUN/2005 Nova instalação<br />
circuito simples<br />
TUCURUÍ - VILA DO CONDE C3<br />
500 329 PA Proposta<br />
DEZ/2006<br />
Nova instalação<br />
circuito simples, com reator 180 Mvar<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 43 / 530
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
CONCESSIONÁRIA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
MARABÁ<br />
500/<br />
450 PA Em análise<br />
Necessária<br />
ELETRONORTE<br />
2 o banco de autotransformadores<br />
230<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
TERESINA – PERITORÓ<br />
230 78 MA Em análise<br />
Necessária<br />
ELETRONORTE<br />
circuito simples seccionamento na SE Coelho<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Neto (construção de 78 km de LT 230 kV)<br />
ANGELIM II<br />
500 --- PE Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
reator manobrável de barra - 150 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
BOA ESPERANÇA<br />
500 --- PI Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
Instalação de uma interligação de barra<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
BOA ESPERANÇA<br />
500 --- PI Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
reencabeçamento da LT Presidente Dutra para o<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
vão do reator de barra<br />
CAMPINA GRANDE II<br />
230 --- PB Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
substituição dos pára-raios das linhas 04V1,<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
04V2, 04L3, 04F6 e 04F7<br />
CAMPINA GRANDE II<br />
230 --- PB Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
reator manobrável de barra - 30 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 44 / 530
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
CONCESSIONÁRIA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
FORTALEZA I<br />
230 --- CE Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
substituição de um disjuntor na posição 14H1 de<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
manobra de banco de capacitores de 50 Mvar<br />
FORTALEZA II<br />
500/<br />
600 CE Proposta<br />
JUN/2005<br />
CHESF<br />
3 o banco de autotransformadores (associado à LT<br />
230<br />
neste PAR<br />
500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2)<br />
FORTALEZA II<br />
500 --- CE Proposta<br />
JUN/2005<br />
CHESF<br />
complementar bay 500 kV – AT 1<br />
neste PAR<br />
FORTALEZA II – FORTALEZA C3<br />
230 0,3 CE Proposta<br />
JUN/2005<br />
CHESF<br />
circuito simples (associada ao 3º banco de<br />
neste PAR<br />
autotransformadores 500/230 kV da SE<br />
Fortaleza II)<br />
MESSIAS<br />
500/<br />
--- AL Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
fechamento do “delta” do banco de<br />
autotransformadores 05T3<br />
230/<br />
13,8<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
MESSIAS<br />
500 --- AL Proposta<br />
DEZ/2004<br />
CHESF<br />
complementar bays 500 kV ATs 2 e 3<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 45 / 530
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
CONCESSIONÁRIA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
MIRUEIRA<br />
230 --- PE Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
instalação de uma entrada de linha na saída para<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
Pau Ferro<br />
MOSSORÓ II – AÇU II<br />
230 75 RN Em análise<br />
JUN/2004<br />
CHESF<br />
recapacitação (de 235 MVA para 300 MVA)<br />
pela Aneel<br />
(associada à UTE Termoaçu)<br />
NARANDIBA (NOVA)<br />
230 --- BA Proposta<br />
NOV/2005<br />
CHESF<br />
setor de 230 kV com 2 entradas de linha para<br />
neste PAR<br />
Pituaçu (associado à nova conexão da Coelba)<br />
NATAL II<br />
230 --- RN Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
substituição dos pára-raios dos transformadores<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
04T1, 04T2 e 04T3 e das LTs 04V2 e 04V3<br />
NATAL II<br />
230 --- RN Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
relocação do reator de barra - 10 Mvar para uma<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
das linhas para Campina Grande (04V3 ou 04V4)<br />
NATAL II<br />
230 --- RN Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
reator manobrável de barra - 30 Mvar<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 46 / 530
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
CONCESSIONÁRIA<br />
PROPRIETÁRIA<br />
DA INSTALAÇÃO<br />
PAULO AF<strong>ONS</strong>O IV<br />
500 --- BA Em análise<br />
Necessária<br />
CHESF<br />
reencabeçamento da LT Luiz Gonzaga para o vão<br />
pela Aneel<br />
atualmente<br />
do gerador 2, conectando o autotransformador T8<br />
à saída do vão do gerador 1<br />
PITUAÇU<br />
230 --- BA Proposta<br />
NOV/2005<br />
CHESF<br />
2 entradas de linha em 230 kV para Narandiba<br />
neste PAR<br />
(associado à nova conexão da Coelba)<br />
PITUAÇU – NARANDIBA C2<br />
230 4 BA Proposta<br />
NOV/2005<br />
CHESF<br />
lançamento do 2 o circuito (o circuito C1 é<br />
neste PAR<br />
existente e opera atualmente em 69 kV)<br />
RECIFE II<br />
230 --- PE Proposta<br />
DEZ/2004<br />
CHESF<br />
instalar TP, TC, e proteção própria para<br />
neste PAR<br />
disjuntores de acoplamento de Barras.<br />
SOBRAL III<br />
500 --- CE Proposta<br />
DEZ/2004<br />
CHESF<br />
complementar bay 500 kV da LT Sobral III/<br />
neste PAR<br />
Teresina II<br />
TERESINA II<br />
500 --- PI Proposta<br />
DEZ/2004<br />
CHESF<br />
complementar bay 500 kV do AT - 2<br />
neste PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 47 / 530
2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários<br />
até 2006<br />
As tabelas deste item resumem os acréscimos de linhas de transmissão e de<br />
capacidade de transformação resultante da proposta de ampliações e reforços<br />
apresentada neste PAR 2004/2006, conforme descrito no item 2.1. Nesse resumo,<br />
são contempladas também as instalações cuja concessão já foi equacionada, por<br />
meio de autorização ou de licitação, e que estão relacionadas no item 6.3 deste<br />
documento.<br />
Em função de seu objetivo, as tabelas aqui apresentadas distinguem-se daquelas<br />
dos itens anteriores por considerarem como referência de data não mais a “data de<br />
necessidade”, mas a data limite de entrada em operação constante do ato<br />
autorizativo, do CPST, dos editais de licitação ou, no caso de nenhum destes<br />
existir, a data considerada como passível da obra ser concluída. Para os<br />
empreendimentos relacionados no Programa de Licitação da Concessão de Linhas<br />
de Transmissão da Aneel, o ofício n° 038/2003-SCT/Aneel estima que o prazo para<br />
implantação de uma linha de transmissão pode variar de 24 a 36 meses, a partir<br />
da publicação do edital de licitação. Esses prazos são derivados da experiência<br />
obtida com os processos licitatórios já realizados pela Aneel.<br />
Para as instalações ainda não contempladas no Programa de Licitação da<br />
Concessão de Linhas de Transmissão da Aneel, na avaliação da data provável de<br />
entrada em operação, além desses prazos, foi acrescentado ainda o intervalo<br />
correspondente à preparação do edital de licitação, aqui estimado em 6 meses.<br />
No caso de reforços em transformação ainda não autorizados, supôs-se um prazo<br />
de 24 meses para a entrada em operação após o ato autorizativo.<br />
2.2.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no<br />
PAR 2004-2006 (relação completa)<br />
As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços propostos para o período<br />
2004 a 2006, na forma de acréscimos de quilômetros de linha de transmissão e<br />
de MVA de transformadores. Os empreendimentos previstos para 2003 foram<br />
também contabilizados. Os números apresentados refletem o conjunto união das<br />
ampliações e reforços relacionados nos itens 2.1 - empreendimentos ainda sem<br />
concessão - e 6.3 - obras em curso, já autorizadas ou licitadas.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 48 / 530
Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão – Relação Completa<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005<br />
TOTAL<br />
500 1 427 495 148 210 180 808 401 200 667 761 517 831 5.646<br />
440 3 3<br />
345 26 370 238 342 976<br />
230 145 699 602 120 720 137 434 284 500 162 320 4.123<br />
TOTAL 145 700 1.029 615 894 717 852 1.153 685 700 829 320 761 517 831 10.748<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão – Relação Completa<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005<br />
TOTAL<br />
500 1 3 2 1 1 1 1 1 1 3 3 2 4 24<br />
440 2 2<br />
345 1 1 4 5 11<br />
230 3 6 18 1 2 1 7 6 3 6 2 55<br />
TOTAL 3 7 21 3 4 3 12 8 7 4 9 2 3 2 4 92<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 49 / 530
Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação Completa<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2003 2005 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006 2004 2005<br />
TOTAL<br />
750 1.650 1.500 1.650 4.800<br />
500 672 4.224 560 400 3.160 1.200 1.050 600 1.500 13.366<br />
440 750 450 336 1.536<br />
345 500 500 1.000<br />
230 300 90 39 200 629<br />
TOTAL 672 4.224 2.510 1.650 5.610 90 1.239 1.250 600 1.650 1.836 21.331<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de Transformadores na Rede Básica – Relação Completa<br />
Tensão SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2003 2005 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006 2004 2005<br />
TOTAL<br />
750 1 1 1 3<br />
500 1 7 1 1 5 2 2 1 1 21<br />
440 1 1 1 3<br />
345 1 1 2<br />
230 1 2 1 2 6<br />
TOTAL 1 7 3 3 8 2 3 4 1 1 2 35<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 50 / 530
2.2.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no<br />
Par 2004-2006 que ainda não foram Equacionados junto à Aneel<br />
As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços, propostos para o período<br />
2004 a 2006, ainda sem concessão.<br />
Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel<br />
Acréscimo em km na Rede Básica<br />
Tensão SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005<br />
TOTAL<br />
500 427 495 808 667 367 2.764<br />
440 3 3<br />
345 188 342 530<br />
230 562 120 434 112 320 1548<br />
TOTAL 989 615 622 1153 779 320 367 4.845<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel<br />
Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005<br />
TOTAL<br />
500 3 2 1 3 2 11<br />
440 2 2<br />
345 2 5 7<br />
230 16 1 7 4 2 30<br />
TOTAL 19 3 9 8 7 2 2 50<br />
INT. - Interligações inter-regionais<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 51 / 530
Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação ainda não Equacionada pela Aneel<br />
Acréscimo em MVA na Rede Básica<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2005 2005 2005 2006 2005<br />
TOTAL<br />
750 1.500 1.500<br />
500 4.224 3.160 1.050 600 1.500 10.534<br />
440 450 336 786<br />
345 500 500<br />
TOTAL 4.224 5.610 1.050 600 1.836 13.320<br />
(*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador<br />
Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores ainda não Equacionados pela Aneel<br />
Acréscimo do número de transformadores na Rede Básica<br />
Tensão<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
kV 2005 2005 2005 2006 2005<br />
TOTAL<br />
750 1 1<br />
500 7 5 2 1 1 16<br />
440 1 1 2<br />
345 1 1<br />
TOTAL 7 8 2 1 2 20<br />
(*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador<br />
2.2.3 Estimativa de Investimento Associado às Ampliações e aos Reforços<br />
Propostos<br />
As tabelas 2.2.3-1 e 2.2.3-2, apresentadas a seguir, indicam uma estimativa<br />
preliminar do montante de investimento associado às obras propostas neste PAR.<br />
Os valores foram calculados tendo por base o documento “Referência de Custos –<br />
LTs e SEs de AT e EAT”, emitido pela ELETROBRAS, em Junho de 1999.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 52 / 530
Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em Milhões R$)<br />
Tensão<br />
kV<br />
LT/SE<br />
SUL SE/CO N/NE INTERLIGAÇÃO<br />
2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 TOTAL<br />
750 SE 34,7 39,9 35,0 109,6<br />
LT 9,3 161,1 173,5 55,5 75,0 65,6 262,8 100,8 71,8 236,4 401,8 273,0 369,3 2.255,9<br />
500<br />
SE 27,9 36,4 129,5 74,7 94,4 198,9 45,0 89,1 47,3 19,3 27,3 12,3 802,1<br />
Total 27,9 45,7 290,6 173,5 130,2 169,4 264,5 262,8 145,8 160,9 283,7 19,3 401,8 273,0 396,6 12,3 3.058,0<br />
LT 10,1 10,1<br />
440<br />
SE 4,1 33,1 40,4 9,0 16,3 102,9<br />
Total 4,1 33,1 40,4 19,1 16,3 113,0<br />
LT 2,9 87,8 70,6 98,5 259,8<br />
345<br />
SE 17,4 48,0 65,4<br />
Total 2,9 105,2 118,6 98,5 325,2<br />
LT 27,3 140,9 112,1 20,1 91,7 22,4 77,0 50,1 81,6 35,7 50,9 709,8<br />
230<br />
SE 12,2 46,6 36,6 5,1 27,6 33,8 90,0 10,2 62,1 43,5 10,2 377,9<br />
Total 39,5 187,5 148,7 25,2 119,3 56,2 167,0 60,3 143,7 79,2 61,1 1.087,7<br />
LT 27,3 150,2 273,2 193,6 150,1 185,2 213,2 371,4 150,9 153,4 272,1 50,9 401,8 273,0 369,3 3235,6<br />
TOTAL<br />
SE 40,1 83,0 166,1 5,1 141,1 178,7 417,2 9,0 55,2 151,2 90,8 29,5 35,0 43,6 12,3 1.457,9<br />
Global 67,4 233,2 439,3 198,7 291,2 363,9 630,4 380,4 206,1 304,6 362,9 80,4 401,8 308,0 412,9 12,3 4.693,5<br />
Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 53 / 530
Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda não foi Equacionada (Valores em Milhões R$)<br />
Tensão<br />
kV<br />
LT/SE<br />
SUL SE/CO N/NE INT<br />
2004 2005 2006 2004 2005 2006 2004 2005 2006 2005 2006<br />
TOTAL<br />
750 SE 39,9 39,9<br />
LT 161,1 173,5 262,7 236,4 124,3 958,0<br />
500<br />
SE 8,2 129,5 16,3 198,9 1,9 47,3 19,3 27,4 12,3 461,1<br />
Total 8,2 290,6 173,5 16,3 198,9 262,7 1,9 283,7 19,3 151,7 12,3 1.419,1<br />
LT 10,1 10,1<br />
440<br />
SE 10,0 40,4 9,1 16,3 75,8<br />
Total 10,0 40,4 19,2 16,3 85,9<br />
LT 55,0 98,5 153,5<br />
345<br />
SE 27,4 27,4<br />
Total 82,4 98,5 180,9<br />
LT 98,8 20,1 77,0 26,1 50,9 272,9<br />
230<br />
SE 18,2 24,4 5,1 4,0 90,0 2,0 21,7 10,2 175,6<br />
Total 18,2 123,2 25,2 4,0 167,0 2,0 47,8 61,1 448,5<br />
LT 259,9 193,6 132,0 371,3 262,5 50,9 124,3 1.394,5<br />
TOTAL<br />
SE 26,4 153,9 5,1 30,3 396,6 9,1 3,9 69,0 29,5 43,7 12,3 779,8<br />
Global 26,4 413,8 198,7 30,3 528,6 380,4 3,9 331,5 80,4 168,0 12,3 2.174,3<br />
Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 54 / 530
3 Síntese das Condições de Atendimento do Sistema Interligado<br />
Nacional – Horizonte 2006<br />
3.1 Introdução<br />
Neste item são apresentadas, de maneira sucinta, as condições operativas do<br />
Sistema Interligado Nacional, em regime normal e de emergência, visualizadas no<br />
período 2004 a 2006. Compondo o painel sobre o desempenho esperado do<br />
sistema, são explicitadas as possíveis restrições de transmissão antevistas, o que<br />
dá fundamentação ao programa de obras proposto no item 2 deste documento.<br />
Além da implementação das ampliações e reforços propostos neste PAR 2004-<br />
2006, as análises desenvolvidas identificaram a necessidade de que sejam<br />
empreendidas ações complementares, de modo que as condições desejadas de<br />
desempenho da Rede Básica sejam alcançadas no período até 2006. Essas ações<br />
envolvem, principalmente, a definição da outorga de concessão para novas<br />
instalações da Rede Básica e a execução de estudos complementares para a<br />
definição de soluções de natureza conjuntural e/ou estrutural, que, na visão do<br />
<strong>ONS</strong>, devem ser conduzidas por diversos Agentes. As ações complementares estão<br />
relacionadas na descrição de cada Área.<br />
A avaliação do desempenho elétrico do SIN foi realizada com base nos seguintes<br />
parâmetros de controle:<br />
• estabilidade;<br />
• controle de tensão;<br />
• carregamento de linhas de transmissão, transformadores e outros<br />
equipamentos;<br />
• circuitos ou equipamentos singelos;<br />
• superação da capacidade de interrupção de disjuntores; e<br />
• geração térmica.<br />
São destacadas, ainda, as situações visualizadas na fronteira da Rede Básica com<br />
a Rede de Distribuição, em que não são observados os critérios adotados na<br />
análise da Rede Básica. Também são incluídos os resultados preliminares da<br />
avaliação do impacto de contingências duplas no SIN. As observações relativas ao<br />
comportamento do SIN frente a contingências múltiplas têm por base os estudos<br />
realizados no âmbito da Atividade I dos Estudos para Melhoria das Condições de<br />
Segurança do Sistema Interligado Nacional – SIN, desenvolvida após a ocorrência<br />
de 21 de janeiro de 2002. Informações detalhadas sobre as análises efetuadas<br />
poderão ser encontradas nos documentos [14], [15], [16], [17], [18] e [19].<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 55 / 530
3.2 Observações de Caráter Geral<br />
<br />
Locais Atendidos por Circuitos Singelos Radiais<br />
Cumprindo determinação do Conselho de Administração do <strong>ONS</strong>, estabelecida em<br />
2002 quando da apreciação do PAR 2003-2005, o <strong>ONS</strong>, o CCPE e os Agentes<br />
diretamente envolvidos, vêm desenvolvendo uma série de ações visando propor<br />
alternativas para a evolução do sistema da Rede Básica nos locais atualmente<br />
atendidos por meio de circuitos radiais singelos.<br />
Dentre as ações realizadas destacam-se as reuniões realizadas em 11/12/2002 e<br />
13/03/2003 cujo objetivo foi nivelar entendimento quanto aos procedimentos e<br />
critérios adotados nos estudos de planejamento da expansão, analisar os<br />
indicadores de continuidade da Rede Básica - apurados pelo <strong>ONS</strong> a partir de<br />
determinação da Aneel - vis a vis os indicadores de continuidade observados na<br />
Rede de Distribuição, bem como estabelecer a forma de trabalho do grupo.<br />
Dessas reuniões, que contaram com a presença de representantes da Coelba,<br />
Ceal, Cepisa, Cemar, Celpa, Coelce, Chesf, Eletronorte, além do CCPE – Núcleos<br />
de Articulação regional Norte e Nordeste, foi elaborado uma minuta do termo de<br />
referência das análises, consolidado no documento “Alternativas para Atendimento<br />
aos Sistemas Radiais” [3]. Deverá ser também dada seqüência a esse trabalho<br />
contemplando as demais Regiões. O trabalho a ser realizado tem por objetivo<br />
caracterizar a melhor solução para que o critério (N-1) passe a ser atendido nesses<br />
locais, levando em consideração também os Padrões de Qualidade definidos no<br />
Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, Padrões de Desempenho da Rede Básica e<br />
Requisitos Mínimos para suas Instalações, bem como a Resolução da Aneel nº 024<br />
de 27/01/2000. Serão destacadas as obras de geração com influência sobre o<br />
atendimento aos locais em questão e avaliadas alternativas de expansão,<br />
contemplando reforços na Rede de Distribuição e na Rede Básica. A versão final do<br />
termo de referência deverá ser emitida até junho deste ano, prevendo-se a<br />
conclusão dos dois primeiros estudos ainda em 2003.<br />
Na Tabela 3.2-1, a seguir, são relacionados os locais atendidos por meio de<br />
circuitos radiais singelos que estão sendo tratados nessa atividade conjunta<br />
<strong>ONS</strong>/CCPE/Agentes.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 56 / 530
Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos<br />
SUBESTAÇÕES LINHA DE TRANSMISSÃO UF<br />
Altamira, Transamazônica<br />
e Rurópolis<br />
LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica –<br />
Rurópolis (Sistema Tramoeste)<br />
PA<br />
Porto Franco LT 230 kV Imperatriz – Porto Franco MA<br />
Coelho Neto (1)<br />
LT 230 kV Teresina – Peritoró (Derivação Coelho<br />
Neto).<br />
MA<br />
Picos LT 230 kV São João do Piauí – Picos PI<br />
Tauá (SE nova) (1) LT 230 kV Milagres – Tauá CE<br />
Coremas (1) LT 230 kV Milagres – Coremas C2 PB<br />
Penedo LT 230 kV Rio Largo II – Penedo AL<br />
Brumado II LT 230 kV Funil – Brumado II BA<br />
Barreiras LT 230 kV Bom Jesus da Lapa – Barreiras BA<br />
Sinop, Sorriso, Lucas do<br />
Rio Verde e Nova Mutum.<br />
LT 230 kV Nobres – Nova Mutum – Lucas do Rio<br />
Verde – Sorriso – Sinop<br />
MT<br />
Itapaci LT 230 kV Barro Alto – Itapaci GO<br />
Palmeiras e Firminópolis LT 230 kV Anhanguera – Palmeiras – Firminópolis GO<br />
Parnaíba LT 230 kV Itumbiara – Paranaíba GO<br />
Montes Claros (1) LT 345 kV Várzea da Palma – Montes Claros MG<br />
Garibaldi LT 230 kV Farroupilha – Garibaldi RS<br />
Obs.: (1) Locais para os quais há solução estrutural indicada em estudos de planejamento de longo prazo<br />
<br />
Avaliação dos níveis de curto-circuito<br />
Visando antecipar a necessidade de substituição de disjuntores devido à superação<br />
da capacidade de interrupção, o <strong>ONS</strong> desenvolveu estudos de curto-circuito para o<br />
SIN, abrangendo o período 2002 a 2005. Nesses estudos, consolidados no relatório<br />
<strong>ONS</strong> RE 03/343/2002, “Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005” [4], foram<br />
avaliados os níveis de curto-circuito e identificadas as barras do Sistema Interligado<br />
Nacional com possíveis problemas de superação de disjuntores.<br />
De acordo com as investigações descritas em [4], foi identificado um total de 62<br />
barramentos do SIN que apresentam potenciais problemas quanto à capacidade de<br />
interrupção simétrica dos disjuntores. Desse total, 34 correspondem a barramentos<br />
com tensão igual ou superior a 230 kV e 28 a barramentos com tensão abaixo de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 57 / 530
230 kV. Na obtenção desses resultados, foram observados os seguintes critérios e<br />
procedimentos:<br />
• para uma instalação onde existem diversos disjuntores com capacidades de<br />
interrupção simétrica diferentes, para efeito da primeira verificação, ou seja,<br />
curto-circuito na barra, considerou-se como capacidade de interrupção da<br />
instalação aquela capacidade de menor valor;<br />
• considerou-se a rede simulada com a sua configuração completa, isto é, com<br />
todos seus componentes em operação;<br />
• foi analisada apenas a possível superação da capacidade de interrupção de<br />
disjuntores. Outros equipamentos não foram avaliados;<br />
• foram monitorados todos os barramentos constantes da Rede Básica. Além<br />
disso, foram também calculados os valores para os níveis de tensão abaixo<br />
de 230 kV quando existia um transformador definido como Rede Básica e<br />
diretamente conectado a esta rede. Não foram monitoradas as barras dos<br />
geradores e compensadores síncronos e estáticos; e<br />
• foi analisado o horizonte 2002-2005 com configuração proposta no PAR<br />
2003-2005. Deste modo, apesar do período não estar compatível com o ciclo<br />
em estudo, os resultados permitem, com uma certa antecedência, que as<br />
iniciativas para substituição de disjuntores superados sejam encaminhadas.<br />
A tabela 3.2-2, a seguir, apresenta esses resultados iniciais, sendo:<br />
• Alerta: situações em que o nível de curto-circuito calculado foi igual ou<br />
superior a 90%, e inferior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do<br />
menor disjuntor na subestação.<br />
• Superação: situações em que o nível de curto-circuito obtido foi igual ou<br />
superior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do menor disjuntor<br />
na subestação.<br />
Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores<br />
Subestação Empresa Tensão<br />
Alerta<br />
Ano<br />
Superação<br />
Cidade Industrial CEEE 230 kV 2003 2004<br />
Barbacena 2 CEMIG 138 kV - Já ocorre<br />
Jaguara CEMIG 345 kV - Já ocorre<br />
Juiz de Fora 1 CEMIG 138 kV 2004 2005<br />
Lafaiete CEMIG 138 kV - Já ocorre<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 58 / 530
Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.)<br />
Subestação Empresa Tensão<br />
Alerta<br />
Ano<br />
Superação<br />
Neves CEMIG 138 kV 2004 -<br />
Angelim CHESF 230 kV 2003 2004<br />
Gov. Mangabeira CHESF 230 kV 2005 -<br />
Campo Comprido COPEL 230 kV 2004 -<br />
Campo Comprido COPEL 69 kV - Já ocorre<br />
Cascavel COPEL 138 kV 2005 -<br />
Pilarzinho COPEL 69 kV Já ocorre 2003<br />
Uberaba COPEL 69 kV - Já ocorre<br />
Umbará COPEL 69 kV 2003 2004<br />
Baixada Santista CTEEP 230 kV 2003 -<br />
Baixada Santista A CTEEP 88 kV Já ocorre 2003<br />
Botucatu CTEEP 138 kV Já ocorre 2003<br />
Cabreúva CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />
Cabreúva CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />
Edgard de Souza CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />
Embu Guaçu CTEEP 345 kV Já ocorre 2004<br />
Ilha Solteira CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />
Interlagos CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />
Jupiá CTEEP 138 kV - Já ocorre<br />
Jupiá CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />
Milton Fornasaro CTEEP 345 kV 2004 -<br />
Mogi CTEEP 230 kV Já ocorre -<br />
Oeste CTEEP 88 kV 2003 -<br />
Piratininga CTEEP 88 kV - Já ocorre<br />
Pirituba CTEEP 88 kV Já ocorre -<br />
S. J. dos Campos CTEEP 230 kV Já ocorre -<br />
Santa Bárbara CTEEP 138 kV - Já ocorre<br />
Santo Ângelo CTEEP 345 kV 2003 -<br />
Xavantes CTEEP 345 kV 2004 -<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 59 / 530
Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.)<br />
Subestação Empresa Tensão<br />
Alerta<br />
Ano<br />
Superação<br />
Blumenau ELETROSUL 138 kV 2003 -<br />
Joinville ELETROSUL 138 kV Já ocorre -<br />
Joinville ELETROSUL 69 kV - Já ocorre<br />
Jorge Lacerda A ELETROSUL 69 kV 2004 -<br />
Henry Borden EMAE 230 kV 2003 -<br />
Henry Borden EMAE 88 kV - Já ocorre<br />
Adrianópolis FURNAS 345 kV 2004 -<br />
Brasília Sul FURNAS 138 kV - Já ocorre<br />
Campos FURNAS 138 kV - Já ocorre<br />
Furnas FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />
Guarulhos FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />
Itumbiara FURNAS 230 kV - Já ocorre<br />
Itumbiara FURNAS 345 kV 2003 -<br />
Jacarepaguá FURNAS 138 kV Já ocorre 2003<br />
Luiz C. Barreto FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />
M. Moraes FURNAS 138 kV Já ocorre -<br />
Mogi das Cruzes FURNAS 345 kV Já ocorre 2004<br />
Poços de Calda FURNAS 345 kV Já ocorre 2004<br />
Tijuco Preto FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />
Pitanga ESCELSA 138 kV - Já ocorre<br />
Obs: (1) Existe superação atualmente de disjuntores de 40 kA. A avaliação considerou a capacidade informada de 50 kA.<br />
A partir desse levantamento preliminar, estão sendo iniciados estudos detalhados<br />
em conjunto com as transmissoras envolvidas, para cada subestação nas quais<br />
foram visualizados possíveis casos de superação, visando caracterizar os<br />
disjuntores que deverão ser substituídos no horizonte do PAR. Os primeiros<br />
resultados dessas análises, apresentados no relatório “Estudos de Curto-Circuito -<br />
Superação de Disjuntores” [23], já foram incluídos neste PAR e são destacados ao<br />
longo deste item 3. À medida que novas conclusões forem sendo consolidadas,<br />
contemplando recomendações de substituição de equipamentos, estas serão<br />
informadas à Aneel e incorporadas aos próximos ciclos do PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 60 / 530
Campos Novos<br />
Subestação<br />
Lagoa dos Patos<br />
<br />
Usina Hidroelétrica<br />
Usina Termelétrica<br />
Usina Eólica<br />
Conversora de Frequência<br />
EXISTENTE<br />
FUTURO<br />
LT 765 kV<br />
Lagoa Mirim<br />
LT 600 kV CC<br />
LT 525 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 61 / 530
3.3 Região Sul<br />
3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
O sistema de 525 kV da Região Sul constitui o meio de conexão entre as usinas<br />
hidrelétricas do Rio Iguaçu e do Rio Uruguai e os maiores centros de carga dos Estados do<br />
Sul, que são atendidos por subestações de 525/230 kV, a partir das quais se desenvolve<br />
extensa rede de 230 kV. Além do atendimento ao mercado regional, esta malha de EAT<br />
serve também à otimização energética. Das usinas do Iguaçu, essa malha conecta-se na<br />
subestação de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, principal elo de interligação com a<br />
Região Sudeste, que foi expandida recentemente com a nova linha de 500 kV entre<br />
Bateias e Ibiúna. Na subestação de Itá conecta-se com as usinas do rio Uruguai e com a<br />
Interligação Internacional com a Argentina de Garabi.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Região Sul<br />
A tabela 3.3.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na Região Sul no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Região Sul (1)<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
(MW)<br />
Demanda Máxima Anual<br />
(MW)<br />
13.442 13.592 13.942 15.686<br />
9.575 9.902 10.535 11.102<br />
(1) não incluídas pequenas gerações, não incluído Mato Grosso do Sul<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação do Sistema Regional Sul de 525 kV.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Baixo perfil de tensão na barra de 525 kV da SE Londrina<br />
A indisponibilidade da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina na carga pesada causa<br />
afundamento de tensão nas subestações de 230 kV da área de influência da<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 62 / 530
SE Londrina 525/230 kV, que chega a níveis inferiores a 90% desde 2004,<br />
nos dois sentidos de intercâmbio. Esse problema persiste até a duplicação<br />
da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina, cuja concessão está em análise pela<br />
Aneel.<br />
• Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV de Blumenau e Curitiba<br />
Há degradação da tensão nas barras de 525 kV das subestações de<br />
Blumenau e de Curitiba na indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos -<br />
Blumenau, na condição de intercâmbio do Sul para o Sudeste. As tensões<br />
em Blumenau atingem níveis inferiores a 90% em 2005, mesmo<br />
considerando a operação dos capacitores que serão instalados nesta<br />
subestação e na SE Palhoça. A instalação de conexão para manobra no<br />
reator de barra (RE1), na SE Curitiba, já recomendada no PAR 2003-2005,<br />
permite atenuar esse problema naquela subestação, o mesmo se aplicando<br />
para conexão do reator para Bateias (RE2), proposta neste PAR.<br />
A tabela 3.3.1-2 mostra a dependência do controle de tensão no leste de<br />
Santa Catarina em relação ao despacho da UTE Jorge Lacerda, quando da<br />
indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, no patamar de<br />
carga média de verão. Observam-se tensões abaixo de 90% na maior parte<br />
dos casos e níveis inferiores a 80% para despachos reduzidos da térmica.<br />
Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, na carga média de verão<br />
Ano<br />
Geração na UTE Jorge<br />
Lacerda (MW)<br />
Total<br />
(MW)<br />
Intercâmbio<br />
Sul<br />
Sudeste (MW)<br />
Tensões (%)<br />
2005 (P)=50 (M)=66<br />
246 1.100 Blumenau 525 kV = 86<br />
(G)=130<br />
(GG)=fora<br />
Curitiba 525 kV = 91<br />
2005 (P)=50 (M)=66<br />
426 1.300 Blumenau 525 kV = 95<br />
(G)=130<br />
(GG)=180<br />
Curitiba 525 kV = 97<br />
2005 (P)=50 (M)=66<br />
246 2.500 Blumenau 525 kV =75<br />
(G)=130<br />
(GG)=fora<br />
Curitiba 525 kV = 86<br />
2005 (P)=25 (M)=33<br />
238 3.100 Blumenau 525 kV = 86<br />
(G)=fora<br />
(GG)=180<br />
Curitiba 525 kV = 90<br />
2005 (P)=25 (M)=33<br />
318 3.500 Blumenau 525 kV = 90<br />
(G)=80<br />
(GG)=180<br />
Curitiba 525 kV = 94<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 63 / 530
Ano<br />
Geração na UTE Jorge<br />
Lacerda (MW)<br />
Total<br />
(MW)<br />
Intercâmbio<br />
Sul<br />
Sudeste (MW)<br />
Tensões (%)<br />
2006 (P)=50 (M)=66<br />
246 1.200 Blumenau 525 kV = 82<br />
(G)=130<br />
(GG)=fora<br />
Curitiba 525 kV = 89<br />
Cabe lembrar que a compensação capacitiva nos barramentos de 230 kV de<br />
Blumenau e de Palhoça foi dimensionada no ciclo do PAR 2003-2005 para<br />
intercâmbio Sul-Sudeste de 3.000 MW e despacho de 318 MW em Jorge<br />
Lacerda. Foi considerado também, para correção do fator de potencia para<br />
0,95 nos secundários das subestações de fronteira da Rede Básica, a<br />
instalação de compensação na distribuição de 125 Mvar na área leste de<br />
Santa Catarina e de 220 Mvar na região metropolitana de Curitiba, dos quais<br />
150 Mvar já constavam do programa de compensação então informado pela<br />
Copel - D. O intercâmbio poderá chegar a 3.500 MW quando da entrada das<br />
obras já definidas para o sistema de 525 kV, das quais destaca-se a<br />
duplicação das linhas de Machadinho -Campos Novos e Salto Santiago -<br />
Ivaiporã. A prática de transferências mais elevadas para o Sudeste requer a<br />
ampliação do sistema de EAT.<br />
Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao <strong>ONS</strong><br />
no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de<br />
525 kV, entre Campos Novos e Blumenau. Esta linha não teria o mesmo<br />
traçado da atual, já que passaria próximo á região metropolitana de<br />
Florianópolis, onde é prevista pelo planejamento a implantação futura de<br />
uma nova subestação 525/230 kV.<br />
Quando incluída esta nova linha de 525 na simulação da perda da LT 525 kV<br />
Campos Novos – Blumenau a tensão na barra de 525 kV da SE Blumenau<br />
pode ser sustentada próximo ao valor nominal para as mesmas condições de<br />
despacho térmico registradas na Tabela 3.3.1.2.<br />
• Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV das subestações de Gravataí e<br />
Caxias, no Rio Grande do Sul<br />
Na tabela 3.3.1-3 são apresentados os déficits capacitivos verificados no<br />
caso de indisponibilidade das linhas de 525 kV que atendem as subestações<br />
525/230 kV de Gravataí e Caxias. Nas simulações foi tomada como base a<br />
condição de carga média de verão e geração de 130 MW na UTE Presidente<br />
Médici e de 550 MW na UTE Uruguaiana, variando-se o despacho da UTE<br />
Canoas (160 MW ou parada), e das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo<br />
Fundo conforme a condição hidrológica, para três níveis de intercâmbio com<br />
o Sudeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 64 / 530
O déficit capacitivo indica o montante de compensação reativa que deveria<br />
ser instalado, para evitar afundamento de tensão e conseqüente corte de<br />
carga, na região atendida pelas subestações de Gravataí e de Caxias.<br />
Ressalte-se que na obtenção desses valores já foi considerado fora de<br />
operação o reator de Campos Novos de 100 Mvar, bem como a<br />
compensação adicional na distribuição para a correção do fator de potência<br />
nos barramentos de fronteira da rede básica nessa região, estimada em<br />
140 Mvar. Pelos montantes encontrados de déficit capacitivo, fica<br />
evidenciado que esse problema carece de solução estrutural, ainda não<br />
definida.<br />
Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE Caxias<br />
Carga média de verão<br />
Déficit capacitivo (Mvar)<br />
Indisponibilidade Intercâmbio Ano Correção c/ UTE Canoas s/ UTE Canoas<br />
FP Caxias Total Caxias Total<br />
Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 90 213 160 283<br />
2006 144 210 354 415 559<br />
LT 525 kV Itá - Gravataí Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 300 423 540 663<br />
2006 144 385 529 410 554<br />
Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 308 431 400 523<br />
2006 144 280 424 530 674<br />
Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 0 123 130 253<br />
2006 144 0 144 280 424<br />
LT 525 kV Gravataí - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 45 168 410 533<br />
2006 144 230 374 480 624<br />
Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 0 123 270 393<br />
2006 144 30 174 360 504<br />
Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 0 123 110 233<br />
2006 144 0 144 165 309<br />
LT 525 kV Itá - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 70 193 325 448<br />
2006 144 160 304 380 524<br />
Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 125 248 370 493<br />
2006 144 44 188 310 454<br />
Cumpre ressaltar que a deterioração do perfil de tensão que se constata em<br />
indisponibilidades na rede de 525 kV é agravada pelo baixo fator de potência<br />
verificado na fronteira da Rede Básica com a distribuição, nos principais<br />
centros de carga da Região Sul atendidos por subestações de 525/230 kV,<br />
conforme é discriminado no item 7 deste relatório. Numa primeira<br />
aproximação estima-se que deveriam ser instalados, para atingir fator de<br />
potência de 0,95 na fronteira da Rede Básica, montantes de compensação<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 65 / 530
capacitiva da ordem de 400 Mvar na carga média de verão de 2005 e de<br />
560 Mvar em 2006.<br />
• Tensões elevadas na rede de 525 kV<br />
Após a implantação da interligação em 525 kV Londrina – Assis –<br />
Araraquara, da duplicação da LT 525 Ivaiporã – Londrina e da operação das<br />
demais linhas de 525 kV previstas para o Paraná, constatam-se tensões<br />
elevadas em condição normal de operação na carga leve e mínima,<br />
indicando carência de compensação indutiva em Londrina, para controle de<br />
tensão. Há necessidade de estudos complementares visando a definição de<br />
compensação reativa adicional.<br />
Também são necessários estudos específicos para confirmar o<br />
dimensionamento da compensação indutiva associada à nova linha de<br />
525 kV entre Campos Novos e Blumenau, tendo em vista sua extensão<br />
(375 km), para atender a transitórios de manobra e/ou para controle de<br />
tensão em regime permanente, nos patamares de carga fora da ponta.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
• Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã<br />
As sobrecargas nesta linha são detectadas na perda da LT 525 kV Areia-<br />
Segredo, nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio Sul-<br />
Sudeste acima de 2.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de<br />
emergência, até a duplicação da LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã, que se<br />
encontra em processo de licitação da concessão pela Aneel.<br />
• Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos<br />
As sobrecargas nesta linha são provocadas por contingências em outras<br />
linhas de 525 kV (Areia – Segredo, Salto Santiago – Ivaiporã, Itá – Caxias ou<br />
Itá – Gravataí) nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio<br />
Sul – Sudeste acima de 3.000 MW. Reavaliações dos esquemas de<br />
emergência podem ser necessários até a duplicação da LT 525 kV<br />
Machadinho – Campos Novos, que se encontra em processo de licitação da<br />
concessão pela Aneel.<br />
• Sobrecarga no autotransformador da SE Cascavel Oeste 525/230 kV<br />
Tanto a perda da LT 525 kV Areia - Segredo, como a perda da LT 525 kV<br />
Salto Santiago – Ivaiporã provocam sobrecargas nesse autotransformador,<br />
que podem atingir níveis acima de 50% em 2005, para intercâmbio Sul-<br />
Sudeste superior a 3.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de<br />
emergência até a duplicação dessa transformação.<br />
A indisponibilidade da LT 230 kV Salto Osório – Foz do Chopim na carga<br />
pesada de inverno de 2004, num cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de<br />
3.500 MW, também provoca sobrecarga de 6% no único transformador da<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 66 / 530
SE Cascavel Oeste. Nessas condições, a indisponibilidade da LT 525 kV<br />
Machadinho – Campos Novos provoca sobrecarga de 10% nesse<br />
transformador.<br />
A solução para esses problemas é a implantação do 2 o banco de<br />
autotransformadores 525/230 kV na SE Cascavel Oeste, cuja concessão se<br />
encontra em análise pela Aneel.<br />
Considerando que a segunda unidade esteja em operação no inverno de<br />
2005, a indisponibilidade de um desses transformadores provoca sobrecarga<br />
de 8% no remanescente, no cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de<br />
3.500 MW. A implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, em fase<br />
de licitação da concessão pela Aneel, elimina os problemas decorrentes<br />
desta emergência.<br />
• Sobrecarga num dos autotransformadores da SE Londrina 525/230 kV<br />
A SE Londrina conta com dois transformadores 525/230kV – 672MVA. Na<br />
indisponibilidade de um transformador, são ultrapassados os valores<br />
nominais de carregamento na carga pesada de inverno. A tabela 3.3.1-4<br />
mostra os carregamentos observados na unidade remanescente quando da<br />
perda de um transformador e as condições de intercâmbio consideradas. Há<br />
ultrapassagem residual em 2004 e a partir de 2005 são observados valores<br />
em torno de 10% de sobrecarga, para elevado intercâmbio Sul – Sudeste.<br />
Não se verificam sobrecargas nos casos de verão.<br />
Nas configurações de junho de 2006, além do reforço da Interligação Sul-<br />
Sudeste e das novas linhas de 525 kV, a rede de simulação incorporou<br />
mudanças importantes na expansão da rede de 230 kV no norte do Paraná e<br />
no Mato Grosso do Sul, bem como diversas obras fora da Rede Básica<br />
propostas pela Copel, modificações que influenciam os resultados obtidos<br />
para esta transformação. Considerando estes aspectos e o montante de<br />
sobrecarga observado, é recomendada a implantação do terceiro<br />
autotransformador da SE Londrina.<br />
Tabela 3.3.1-4 Carregamento no transformador 525/230 kV Londrina, após perda da outra unidade<br />
ANO INTERCÂMBIO CARREGAMENTO (%)<br />
2005 3600 MW SUL - SUDESTE 109,2<br />
2006 1300 MW SUL - SUDESTE 109,4<br />
2006 3500 MW SUL - SUDESTE 111,4<br />
2006 4000 MW SUDESTE - SUL 116,4<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 67 / 530
• Sobrecarga no autotransformador da SE Bateias 525/230 kV<br />
Os carregamentos nos transformadores 525/230 kV das subestações de<br />
Curitiba e Bateias são influenciados diretamente pelos despachos das usinas<br />
integradas na rede de 230 kV da Região Metropolitana de Curitiba, UHE Gov.<br />
Parigot de Souza e UTE Araucária, e pelas condições de intercâmbio com o<br />
Sudeste.<br />
Verifica-se sobrecarga de 8% em 2004, em condição normal de operação, no<br />
transformador da SE Bateias, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW e<br />
no patamar de carga pesada de inverno, considerando que ainda não esteja<br />
em operação a segunda unidade. Nas mesmas condições, a perda da LT<br />
525 kV Bateias – Curitiba provoca sobrecarga de 73% nesse transformador,<br />
considerando geração de 469 MW na UTE Araucária, e sobrecarga de 98%<br />
para geração nula nessa térmica. Este nível de sobrecarga implica no<br />
desligamento automático do transformador por sobrecorrente,<br />
caracterizando-se portanto como uma restrição à operação nesse montante<br />
de intercâmbio com o Sudeste.<br />
A perda da LT 230 kV Figueira – Jaguariaíva na carga média de verão de<br />
2005 com intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW provoca sobrecarga de<br />
9% nesse transformador. Nessas condições, a perda da LT 230 kV Figueira –<br />
Chavante provoca sobrecarga de 3%.<br />
A duplicação do transformador da SE Bateias, cuja concessão está em<br />
análise pela Aneel, elimina os problemas acima mencionados.<br />
Depois da duplicação, é esperado carregamento superior à capacidade<br />
nominal nas duas unidades para a indisponibilidade da LT 525 kV Bateias –<br />
Curitiba, intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga pesada de<br />
inverno. O carregamento é de 115% em 2005 e de 105% em 2006. Ressaltase<br />
que os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba<br />
carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de<br />
planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE.<br />
• Sobrecarga na transformação da SE Curitiba 525/230 kV<br />
Na perda de um dos transformadores da SE Curitiba, nas cargas pesada e<br />
média, observam-se sobrecargas de 13% a 19% na unidade remanescente,<br />
ao longo do período analisado, considerando despacho de 470 MW na UTE<br />
Araucária e a UHE Gov. Parigot de Souza despachada abaixo de 50 MW,<br />
para intercâmbios Sudeste-Sul da ordem de 4.000 MW. Na mesma condição<br />
de intercâmbio e com a UTE Araucária zerada, ocorrem sobrecargas de até<br />
30% na unidade remanescente da SE Curitiba, para despachos na UHE Gov.<br />
Parigot de Souza abaixo de 30 MW. Também são verificadas sobrecargas<br />
entre 30% a 40% nessa subestação, para a mesma contingência,<br />
considerando-se o intercâmbio Sul-Sudeste acima de 700 MW, a UTE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 68 / 530
Araucária zerada e a UHE Gov. Parigot de Souza gerando abaixo de 30 MW.<br />
Como a UHE Gov. Parigot de Souza acompanha o regime hidrológico do<br />
Sudeste, a combinação de baixa geração nesta usina e intercâmbio do Sul<br />
para o Sudeste mostra-se uma hipótese plausível. Esta condição de<br />
intercâmbio é mais desfavorável, no caso da UTE Araucária estar fora de<br />
operação. Para garantir essas condições de despacho é necessária uma<br />
terceira unidade transformadora na SE Curitiba, proposta pela primeira vez<br />
neste PAR.<br />
• Sobrecarga na transformação da SE Campos Novos<br />
Além do primeiro banco de autotransformadores de 336 MVA, esta<br />
subestação contará com outro banco de 672 MVA a partir de maio/2003. Em<br />
2005 são verificadas sobrecargas no transformador de 336 MVA, quando da<br />
indisponibilidade da unidade de maior porte, causada por solicitação da<br />
carga local, associada a despachos reduzidos nas hidrelétricas de Salto<br />
Osório e Passo Fundo. A partir de 2006, há inversão do sentido de fluxo<br />
nessa transformação, que passa a atuar como elevadora, do 230 kV para o<br />
525 kV, para escoar a geração da UHE Campos Novos (880MW) e da UHE<br />
Barra Grande (690 MW). Quando estiverem operando três unidades na UHE<br />
Barra Grande e duas unidades na UHE Campos Novos, a perda do<br />
transformador de 672 MVA pode resultar em sobrecarga da ordem de 80%<br />
na unidade de 336 MVA, no caso de carga média de junho/2006, o que<br />
significaria a atuação instantânea da proteção para desligamento do<br />
remanescente. Observe-se que nessa simulação foi considerada implantada<br />
a SE Lages 230/138 kV, para a qual até o momento não houve formalização<br />
da solicitação de acesso pela Celesc. Simulando-se a hipótese de sua<br />
reprogramação ou cancelamento, a sobrecarga na unidade de menor porte<br />
de Campos Novos, na contingência citada, pode atingir 98%. Confirma-se,<br />
portanto a necessidade de substituição da unidade de 336 MVA por outra de<br />
672 MVA, como fora previsto quando da definição da modulação da<br />
expansão da transformação 525/230 kV da SE Campos Novos. A<br />
substituição do transformador de 336 MVA de Campos Novos está sendo<br />
proposta pela primeira vez neste PAR.<br />
• Sobrecarga na transformação da SE Gravataí<br />
Na Tabela 3.3.1-5 são apresentados os carregamentos nos transformadores<br />
TR2 e TR3 da SE Gravataí 525/230 kV, resultantes da indisponibilidade do<br />
TR1. Foram simulados intercâmbios Sul-Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e<br />
Sudeste-Sul de 4.000 MW, na carga média de verão, considerando-se<br />
também o despacho de 160 MW na UTE Canoas, ou esta térmica parada. Os<br />
resultados mostram que a perda de um dos transformadores de Gravataí<br />
provoca sobrecargas de 2% a 25% nos remanescentes. Para eliminar essas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 69 / 530
sobrecargas é indicada a instalação de um quarto transformador de 672 MVA<br />
nesta subestação, proposta pela primeira vez neste PAR.<br />
Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na perda do TR-1 da - carga média de verão<br />
Ano Intercâmbio UTE Canoas TR-2 TR-3<br />
MW MW MVA % MVA %<br />
2005 691 103% 646 96%<br />
2006 S-SE 1300<br />
738 110% 690 103%<br />
2005 766 114% 716 107%<br />
2006 SE-S 4000 160 812 121% 760 113%<br />
2005 639 95% 597 89%<br />
2006 S-SE 3500<br />
698 104% 652 97%<br />
2005 736 110% 688 102%<br />
2006 S-SE 1300<br />
782 116% 732 109%<br />
2005 803 119% 751 112%<br />
2006 SE-S 4000 0 MW 841 125% 786 117%<br />
2005 686 102% 641 95%<br />
2006 S-SE 3500<br />
747 111% 698 104%<br />
• Sobrecarga na transformação da SE Caxias<br />
Na Tabela 3.3.1-6 são apresentados os carregamentos no TR1 525/230 kV,<br />
672 MVA da SE Caxias, resultante da indisponibilidade do TR2. Foram<br />
simulados intercâmbios Sul – Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e<br />
intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga média de verão,<br />
considerando-se também a variação no despacho da UTE Canoas, de 0 e<br />
160 MW. Os resultados mostram que a perda de um dos transformadores<br />
provoca sobrecargas de 3% a 24% no transformador remanescente. É<br />
mostrado também que a perda da LT 525 kV Caxias – Gravataí causa<br />
sobrecarga nos dois transformadores desta subestação, variando de 3% a<br />
16%. Para eliminar essas sobrecargas é indicada a instalação de um terceiro<br />
transformador de 672 MVA na SE Caxias, proposta pela primeira vez neste<br />
PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 70 / 530
Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em contingência - carga média de verão<br />
Contingência<br />
Perda TR-2 Perda LT Caxias-Gravataí<br />
Ano Intercâmbio UTE Canoas TR-1 TR-1 TR-2<br />
MW MW MVA % MVA % MVA %<br />
2005 738 110% 647 96% 636 95%<br />
2006 S-SE 1300<br />
776 115% 703 105% 691 103%<br />
2005 761 113% 718 107% 705 105%<br />
2006 SE-S 4000 160 811 121% 779 116% 765 114%<br />
2005 692 103% 600 89% 589 88%<br />
2006 S-SE 3500<br />
757 113% 672 100% 660 98%<br />
2005 756 113% 636 95% 624 93%<br />
2006 S-SE 1300<br />
795 118% 703 105% 691 103%<br />
2005 782 116% 715 106% 702 104%<br />
2006 SE-S 4000 0 MW 834 124% 779 116% 765 114%<br />
2005 711 106% 586 87% 576 86%<br />
2006 S-SE 3500<br />
776 115% 649 97% 638 95%<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Conforme citado no item 3.1, foi realizada uma avaliação do impacto de<br />
contingências duplas na Rede Básica do SIN, no que se incluem as linhas de<br />
525 kV do sistema Sul, enfocando violações de limites de capacidade de linhas<br />
e transformadores, violação de níveis de tensão, estabilidade dinâmica, cortes<br />
de carga e desligamentos em cascata, em condições de fornecimento para o<br />
Sudeste pelo Sul de 3.500 MW, no ano de 2005.<br />
As contingências foram selecionadas considerando a possibilidade de falha do<br />
disjuntor central do módulo de disjuntor e meio, com saída dos terminais<br />
correspondentes. Na Região Sul, as linhas de 525 kV em circuito duplo ou que<br />
estão na mesma faixa de passagem são os dois circuitos da SE Areia - UHE<br />
GBM, com 11 km de extensão, os dois circuitos SE Itá - UHE Itá, com 2 km e os<br />
dois circuitos SE Ivaiporã (Eletrosul) - SE Ivaiporã (Furnas), com 800 m.<br />
Também foram considerados cruzamentos de linhas nas proximidades das<br />
subestações de 525 kV, como Campos Novos e Itá.<br />
Para efeito de comparação as contingências foram simuladas tanto sem a nova<br />
LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara, como já considerando a nova<br />
interligação com o Sudeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 71 / 530
• Sem a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />
As contingências mais graves foram a perda dupla das interligações Ivaiporã<br />
(Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2, 525 kV, e das ligações entre Areia –<br />
Bateias e Areia – Curitiba 525 kV.<br />
A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2,<br />
provoca desligamento das linhas Bateias – Ibiúna C1 e C2 e das<br />
interligações em 230 kV entre o Sul e o Sudeste, separando os dois<br />
sistemas, com elevação da freqüência na Região Sul e subfreqüência na<br />
Região Sudeste.<br />
A perda das linhas de 525 kV Areia – Bateias e Areia – Curitiba, causa o<br />
desligamento do tronco de 750 kV entre Itaberá e Tijuco Preto (3 circuitos),<br />
da linha Blumenau – Curitiba 525 kV e das interligações em 230 kV com o<br />
Sudeste. Nessa ocorrência, após a perda das linhas Areia – Bateias e Areia<br />
– Curitiba 525 kV, o sistema Sul fica interligado à Região Sudeste através<br />
das linhas de 525 kV do eixo Campos Novos – Blumenau – Curitiba, daí<br />
resultando em acentuado afundamento de tensão nas regiões de Curitiba e<br />
no Leste de Santa Catarina, com desligamento da linha de transmissão<br />
Blumenau – Curitiba 525 kV.<br />
• Com a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />
A entrada em operação da interligação Londrina – Assis – Araraquara 500 kV<br />
e da transformação 500/440 kV – 1.500 MVA da subestação de Assis,<br />
associada à implantação de compensação capacitiva de 300 Mvar nas<br />
subestações de Palhoça e Blumenau, possibilita o sistema a suportar as<br />
contingências citadas que não eram suportadas sem a consideração desses<br />
reforços, ressaltando a importância dessas obras.<br />
A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2 de<br />
525 kV, mesmo sem a transformação de Assis 500/440 kV, não levou à<br />
separação entre os sistemas Sul e Sudeste, como ocorria antes do reforço<br />
da interligação.<br />
A contingência mais severa ainda é a perda simultânea das linhas Areia –<br />
Bateias 525 kV e Areia – Curitiba 525 kV. Com o reforço na interligação, a<br />
duplicação das linhas de transmissão Salto Santiago – Ivaiporã 525 kV e<br />
Machadinho – Campos Novos 525 kV e a compensação capacitiva adicional,<br />
essa contingência não acarretou desligamentos em cascata no sistema Sul.<br />
Entretanto, observa-se superação da ampacidade de 875 A (emergência,<br />
verão, diurna) das linhas de 230 kV Areia - Ponta Grossa e Areia – São<br />
Mateus, que chegam a 979 A e 929 A, respectivamente, após a contingência.<br />
O carregamento do transformador de 525/230 kV, 672 MVA de Areia passa<br />
de 47% para 107% do nominal. Pelo exposto, para a prática de elevados<br />
intercâmbios no sentido Sul – Sudeste (superiores a 3.000 MW), antes e<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 72 / 530
mesmo após a implementação do reforço da interligação Sul – Sudeste,<br />
justifica-se a avaliação da aplicação de esquemas de controle de emergência<br />
para fazer face às contingências duplas mais severas.<br />
g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Este aspecto acha-se abordado em detalhe no item 3.3.3 adiante.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sul ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, circuito simples, 209 km<br />
SE Cascavel Oeste: 2º banco de autotransformadores<br />
525/230 kV, 600 MVA<br />
LT 525 kV Machadinho – Campos Novos C2, circuito simples,<br />
50,6 km<br />
LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã C2, circuito simples, 167 km<br />
SE Bateias: 2º Autotransformador 525/230 kV, 600 MVA<br />
SE Curitiba: conexões para os reatores 1 (de barra) e 2 (na linha<br />
para Bateias), 2x150 Mvar, 525 kV<br />
SE Curitiba: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA<br />
LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2, circuito simples,<br />
375 km com reator de linha, 525 kV,150 Mvar em Blumenau<br />
LT 525 kV Ivaiporã -Londrina C2, circuito simples, 120 km<br />
SE Caxias: 3° banco de autotransformadores, 525/230 kV,<br />
672 MVA<br />
SE Gravataí: 4° banco de autotransformadores, 525/230 kV,<br />
672 MVA<br />
SE Campos Novos: 3° banco de autotransformadores,<br />
525/230 kV, 672 MVA (substituição do banco de 336 MVA)<br />
SE Londrina: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
FEV/2005<br />
FEV/2005<br />
JUN2005<br />
JUN/2005<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 73 / 530
) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar os<br />
problemas de desempenho operativo decorrentes de contingências nas<br />
linhas de 525 kV que partem da SE Itá para as subestações de Gravataí e<br />
Caxias (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas<br />
operativos decorrentes da contingência da LT 525 kV Bateias - Curitiba<br />
(CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Realizar detalhamento da compensação reativa capacitiva na SE Caxias<br />
(<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />
• Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva na SE<br />
Londrina (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />
• Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva associada<br />
á LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2 (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />
indicadas no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 74 / 530
Campos Novos<br />
(2004)<br />
(2004)<br />
Uruguaiana<br />
50MW<br />
(2004)<br />
(2004)<br />
Santo Ângelo<br />
(CEEE)<br />
Cruz Alta<br />
(2004)<br />
Tapera 2<br />
(2004)<br />
Passo<br />
Real<br />
L. Vermelha<br />
(2004)<br />
Cachoeirinha<br />
Vacaria<br />
Parobé<br />
Lageado Grande<br />
(2003)<br />
Passo do Meio<br />
São Francisco<br />
de Paula<br />
Santo<br />
Antônio<br />
Três Coroas<br />
Taquara<br />
Canastra<br />
Ver detalhe<br />
Rivera<br />
70MW<br />
Lagoa dos Patos<br />
(2004)<br />
Basílio<br />
Jaguarão<br />
Lagoa Mirim<br />
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />
REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE<br />
Siderúrgica<br />
Pólo<br />
Petroquímico<br />
Pepsi<br />
Maxprint<br />
Lansul<br />
UTE<br />
Canoas<br />
São Luís<br />
Cidade<br />
Industrial<br />
Zoológico<br />
(2004)<br />
Canoas 1<br />
(2004)<br />
Cachoeirinha<br />
Gravataí<br />
G Motor<br />
LEGENDA:<br />
Usina Hidrelétrica<br />
<br />
Usina Eólica<br />
Usina Termelétrica<br />
Subestação<br />
Conversora<br />
LT 525 kV<br />
LT 230 kV<br />
LT 138 kV<br />
LT 69 kV<br />
P/ Eldorado<br />
P/ Pelotas 3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 75 / 530
3.3.2 Área Rio Grande do Sul<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
A rede de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul é composta por três linhas,<br />
das quais duas chegam às subestações de 525/230 kV de Gravataí (3x672 MVA)<br />
e Caxias (2x672 MVA), provenientes da SE Itá, e uma terceira que, partindo da<br />
SE Campos Novos, é seccionada na SE Caxias, terminando na SE Gravataí.<br />
Completa este sistema a subestação de Santo Ângelo (672 MVA, 525/230 kV),<br />
atendida pelo seccionamento da linha de 525 kV que serve à conexão do primeiro<br />
módulo da conversora de Garabi com a SE Itá.<br />
O sistema de 230 kV estadual interliga-se com a Rede Básica por duas linhas de<br />
230 kV oriundas da SE Xanxerê, em Santa Catarina, que se conectam à UHE<br />
Passo Fundo e por uma linha de 230 kV, que partindo da SE Siderópolis, em<br />
Santa Catarina, chega à SE Farroupilha, passando pela SE Caxias 5.<br />
Das hidrelétricas do Rio Jacuí parte um feixe de cinco linhas de 230 kV,<br />
interligando estas usinas e a UTE Charqueadas com as subestações de Cidade<br />
Industrial e Gravataí 2. Estas duas subestações concentram o atendimento ao<br />
principal centro de carga, na área leste, em que se situa a região metropolitana<br />
de Porto Alegre e cidades próximas, incluindo a região de Caxias, que sediam a<br />
maior parte do consumo industrial do Rio Grande do Sul. As demais áreas do<br />
Estado são constituídas de centros de carga de menor porte, atendidas por<br />
subestações de 230 kV.<br />
As usinas do Rio Jacuí interligam-se com a área oeste do Rio Grande do Sul, por<br />
meio de uma linha de 230 kV que chega à subestação de Alegrete 2. Desta subestação<br />
saem duas linhas de 230 kV, para a SE Uruguaiana 5 e para a UTE<br />
Uruguaiana, respectivamente, que constituem o atual esquema de integração<br />
desta termelétrica. Da SE Alegrete 2 partem ainda mais duas linhas de 230 kV,<br />
uma para Maçambará e São Borja e outra para Livramento e Bagé, ao sul.<br />
A Rede Básica da área norte do Rio Grande do Sul é constituída por linhas de<br />
transmissão de 230 kV que derivam da SE Santo Ângelo 525/230 kV, para as<br />
subestações distribuidoras de Santo Ângelo 2, Santa Rosa e Guarita, e para a<br />
usina de Passo Real. O mais importante ponto da Rede Básica com<br />
transformação para a distribuição na área norte é a subestação de Santa Marta,<br />
atendida pelo seccionamento de uma linha de 230 kV entre as usinas de Passo<br />
Fundo e Passo Real. As subestações distribuidoras de 138 kV da área norte do<br />
Rio Grande do Sul são atendidas a partir da SE Santa Marta e da subestação da<br />
UHE Passo Fundo.<br />
A área sul do Estado é atendida por três subestações de 230 kV: a SE Presidente<br />
Médici 230/138 kV, a SE Quinta 230/69 kV e a SE Pelotas 3 230/138 kV,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 76 / 530
interligadas à área de Porto Alegre por meio de duas linhas de 230 kV, que<br />
também servem ao escoamento da geração da UTE Presidente Médici.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado No Estado<br />
A tabela 3.3.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Rio Grande do Sul no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio Grande do Sul<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade<br />
Instalada (MW)<br />
(1)<br />
2.581 (3) 2.611 2.841 (4) 3.585 (5)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW) (2) 3.899 4.056 4.307 4.556<br />
Obs: (1) não incluídas pequenas gerações, incluída UHE Barra Grande (na divisa com Santa Catarina);<br />
(2) Carga intermediária de verão; (3) PCH Passo do Meio (30 MW); (4) UHE Barra Grande (230 MW);<br />
(5) UHE Monjolinho (67 MW), UHE Montes Claros (130 MW), UHE Castro Alves (87 MW) e UHE Barra Grande (460 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
• Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Uruguaiana<br />
A capacidade instalada da UTE Uruguaiana é superior à carga da região<br />
oeste do Rio Grande do Sul, do que resulta o escoamento do seu excedente<br />
pela rede de 230 kV. As condições de desempenho operativo do sistema<br />
dependem diretamente do nível deste excedente, bem como das próprias<br />
características do sistema de controle da termelétrica. Há problemas de<br />
estabilidade transitória em contingências e baixo amortecimento de<br />
oscilações locais, tanto em condição normal como em contingências. Para<br />
corrigi-los houve necessidade de adequação do sistema de excitação dos<br />
geradores da UTE Uruguaiana, de ajustes da estabilização suplementar da<br />
usina e de um esquema de controle de emergência (ECE) para garantir a<br />
estabilidade quando de falhas no sistema de transmissão. Esse esquema<br />
requer o desligamento automático do gerador a vapor, que é a máquina de<br />
maior porte, no caso de abertura da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete2,<br />
que representa a contingência mais crítica. Foi recomendada ainda a<br />
implantação de dois ECEs adicionais, um para desligamento de geradores na<br />
UHE Dona Francisca, associado à perda da LT 230 kV Itaúba - Dona<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 77 / 530
Francisca e outro para desligamento de máquinas da UTE Presidente Médici,<br />
associado à abertura da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã.<br />
Com estas providências será possível despachar a UTE Uruguaiana até<br />
580 MW na carga pesada e 550 MW em carga leve, não estando em<br />
operação a UTE Alegrete, nem a importação pelas conversoras de Rivera e<br />
de Uruguaiana. Essa limitação perdurará até entrada das novas linhas de<br />
230 kV previstas para o oeste do Rio Grande do Sul, das quais a maior parte<br />
foi licitada, tendo conclusão prevista para o segundo semestre de 2004 (LT<br />
230 kV UTE Uruguaiana – Maçambará, LT 230 kV Maçambará – Santo<br />
Ângelo e LT 230 kV Santo Ângelo – Santa Rosa C2), além da LT 230 kV<br />
Dona Francisca – Itaúba C2, autorizada pela Aneel para a CEEE-T, com data<br />
de entrada em operação de fevereiro/2005.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV de Pelotas 3 e Quinta 230 kV<br />
Até a entrada da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3, prevista para<br />
julho de 2004, a indisponibilidade da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na<br />
carga pesada de inverno de 2004, provoca tensões abaixo de 80% nas<br />
subestações da região de Pelotas e Rio Grande, com déficit reativo na SE<br />
Quinta estimado em 60 Mvar.<br />
• Baixo perfil de tensão na região de Santa Maria<br />
Na condição da UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV<br />
Santa Maria 2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em<br />
Santa Maria 2, com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e<br />
30 Mvar em 2006, estimados para a carga média de verão. A operação de<br />
uma máquina em Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar<br />
essa restrição de despacho é necessária uma avaliação específica, visando<br />
o atendimento desta carga em contingência, envolvendo tanto a Rede Básica<br />
como a rede complementar.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
• Sobrecarga no circuito 1 da linha 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6<br />
Na Tabela 3.3.2-2 são apresentados os carregamentos nos circuitos C-1 e C-<br />
2 da linha de circuito duplo 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6. Em condição<br />
normal de operação o carregamento na linha de circuito duplo existente entre<br />
a SE Gravataí 2 e a SE Porto Alegre 6 não passa de 185 MVA por circuito,<br />
até 2006. Na perda de um desses circuitos ocorre ultrapassagem da<br />
capacidade operativa do remanescente, que cresce de 26% em 2004 a 47%<br />
em 2006. Este problema é sanado com o lançamento do segundo circuito da<br />
nova linha de circuito duplo entre essas subestações, que anteriormente se<br />
mostrava necessário a partir de 2004, conforme o parecer técnico do <strong>ONS</strong><br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 78 / 530
que recomendou a implantação desta nova linha. A autorização para<br />
implementação do lançamento da LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6 C4<br />
está em análise pela Aneel.<br />
Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo, 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6<br />
Ano Patamar Carga Caso Base Emergência C2<br />
C1 C2 C1<br />
MVA % MVA % MVA %<br />
Pesada 160 76% 160 76% 265 126%<br />
2004 Junho Média 129 61% 129 61% 211 100%<br />
Leve 58 27% 58 27% 78 37%<br />
Fevereiro Pesada 151 72% 151 72% 249 119%<br />
Média 177 84% 177 84% 294 140%<br />
2005 Pesada 154 72% 154 72% 254 119%<br />
Junho Média 119 57% 119 57% 196 93%<br />
Leve 56 26% 56 26% 91 43%<br />
Fevereiro Pesada 158 75% 158 75% 262 125%<br />
Média 185 88% 185 88% 308 147%<br />
2006 Pesada 162 76% 162 76% 267 125%<br />
Junho Média 124 59% 124 59% 202 96%<br />
Leve 56 26% 56 26% 91 43%<br />
• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo<br />
Bom<br />
Na Tabela 3.3.2-3 são apresentados os carregamentos nas linhas em circuito<br />
duplo 230 Farroupilha – Caxias, C-1 e C-2, e Caxias - Campo Bom, C-1 e C-<br />
2, resultantes da indisponibilidade da LT 525 kV Caxias - Gravataí.<br />
Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom<br />
Despacho Ano LT Farroupilha - Caxias LT Caxias - Campo Bom<br />
UTE C-1 C-2 C-1 C-2<br />
Canoas MVA % MVA % MVA % MVA %<br />
160 MW 2005 209,2 100% 209,2 100% 262,3 125% 262,3 125%<br />
2006 220,8 105% 220,8 105% 306,8 146% 307 146%<br />
0 MW 2005 217,1 103% 217,1 103% 302,7 144% 302,7 144%<br />
2006 224,4 107% 224,4 107% 362,4 173% 362,4 173%<br />
Obs: Intercâmbio Sudeste-Sul de 4000 MW, carga média de verão<br />
Esta indisponibilidade provoca sobrecargas de 3% a 7% no trecho<br />
Farroupilha – Caxias e 25% a 73% no trecho Caxias – Campo Bom, na carga<br />
média de verão de 2005 e 2006, num cenário de intercâmbio Sudeste - Sul<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 79 / 530
de 4.000 MW. Este problema já tinha sido constatado no PAR 2003-2005,<br />
estando ainda pendente a definição de uma solução estrutural.<br />
• Sobrecarga na linha Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis<br />
Esta linha apresenta carregamentos elevados em condição normal de<br />
operação, principalmente para situações de despacho alto nas usinas do Rio<br />
Grande do Sul, conforme indicado na tabela 3.3.2-4.<br />
Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis<br />
Ano Condição Farroupilha - Caxias 5 Caxias 5 - Lageado Grande Lageado Grande-Siderópolis<br />
Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med<br />
MVA % MVA % MVA % MVA % MVA % MVA %<br />
2004 normal 175 82% 140 75% 166 78% 71%<br />
2004 conting 280 131% 241 113% 263,4 124%<br />
2005 normal 165 78% 125 59% 151 71%<br />
2005 conting 271 127% 227,4 107% 250,8 118%<br />
Obs: Intercâmbio Sul-Sudeste de 3500 MW<br />
A indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca<br />
sobrecargas nessas linhas na carga pesada de inverno de 2004 e na carga<br />
média de verão de 2005, num cenário de intercâmbio Sul - Sudeste de<br />
3.500 MW. O trecho mais sobrecarregado é entre as subestações de<br />
Farroupilha e Caxias 5. Para esse problema foi apontada como solução de<br />
planejamento uma nova linha de 230 kV conectando à SE Caxias 525/230 kV<br />
à SE Caxias 5. Esta obra está sendo analisada no contexto do parecer de<br />
acesso referente à expansão da SE Caxias 5, conforme solicitação<br />
formalizada ao <strong>ONS</strong> pela RGE. Para os trechos restantes dessa linha não há<br />
solução estrutural indicada pelo planejamento da expansão de longo prazo.<br />
d) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas<br />
São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />
transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas<br />
térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de<br />
transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas<br />
(tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que<br />
impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a<br />
otimização energética do sistema (Despacho Mínimo).<br />
• UTE Presidente Médici (carvão)<br />
A UTE Presidente Médici é composta de duas unidades, A e B, cada uma<br />
com dois geradores. A capacidade nominal da unidade A é de 126 MW e de<br />
320 MW da unidade B. O controle de tensão no sistema elétrico da região sul<br />
do Rio Grande do Sul é muito dependente das condições de despacho desta<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 80 / 530
usina, conforme se verifica nos resultados das simulações para condição<br />
normal e contingências apresentados na tabela seguinte. Foram avaliadas as<br />
gerações mínima e máxima na UTE Presidente Médici nos casos de carga<br />
pesada e leve de inverno, de 2004 a 2006, para condição de intercâmbio Sul<br />
- Sudeste de 1.300 MW. Nessas simulações foi considerada a LT 230 kV<br />
Presidente Médici - Pelotas, obra já licitada e em construção, com operação<br />
prevista para julho de 2004. Foi considerada também a correção para 95%<br />
do fator de potência no secundário das subestações de fronteira da Rede<br />
Básica, que resultou numa compensação adicional de 10 Mvar na SE Quinta.<br />
Os resultados são resumidos na tabela 3.3.2-5 a seguir.<br />
Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente Médici<br />
Intercâmbio sul - sudeste = 1300 MW<br />
Ano Caso Condição Despacho Fator Limitante<br />
Nº Total<br />
Maq. (MW)<br />
Normal de operação Mínimo 2 70 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />
Déficit Reativo = 20 Mvar em Quinta 69 kV<br />
UTE P.Médici = 35 MW (1 máquinas)<br />
Junho - Pesada<br />
Normal de operação Máximo 4 330 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />
2004 Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta 69 kV<br />
UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas)<br />
Contingência na LT 230 kV Máximo 4 330 Sobrecarga de 9% na LT 230 kV P.Médici - Quint<br />
PMedici-Camaquã<br />
UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas)<br />
Mínimo 1 35<br />
Junho - Leve<br />
Máximo 3 210 Sobrecarga = 7% na LT P.Médici - Quinta<br />
UTE P.Médici = 330 MW (4 máquinas)<br />
2005<br />
Junho - Pesada<br />
Contingência na LT 230 kV Mínimo 2 70 Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta/Pelotas 3<br />
PMedici-Pelotas 3<br />
UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina)<br />
Máximo 4 440<br />
Junho - Leve<br />
Mínimo 1 35<br />
Máximo 4 440<br />
2006<br />
Junho - Pesada<br />
Contingência na LT 230 kV Mínimo 2 70 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />
PMedici-Pelotas 3<br />
Déficit Reativo = 12 Mvar em Quinta 69 kV<br />
UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina)<br />
Máximo 4 440<br />
Junho - Leve<br />
Mínimo 1 35<br />
Máximo 4 440<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 81 / 530
Despacho Mínimo<br />
Em condição normal de operação, na carga pesada de 2004, antes da<br />
entrada em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3,<br />
despachos na UTE Presidente Médici abaixo de 70 MW (duas máquinas com<br />
35 MW) resultam em níveis de tensão inferiores a 92% nos barramentos<br />
230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. Mesmo considerando a<br />
correção do fator de potência para 95%, persiste déficit capacitivo no<br />
secundário da SE Quinta da ordem de 20 Mvar.<br />
Em 2005, considerando já em operação a LT 230 kV Presidente Médici -<br />
Pelotas 3, a perda da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na carga pesada<br />
provoca tensões abaixo de 90% nos barramentos de 230 kV de Quinta e<br />
Pelotas 3. O déficit capacitivo na SE Quinta é de 10 Mvar em 2005,<br />
passando para 12 Mvar em 2006. Para eliminar essa violação é necessário<br />
manter a UTE Presidente Médici gerando 70 MW, com duas máquinas.<br />
No patamar de carga leve, não é necessário despachar nenhuma máquina<br />
na UTE Presidente Médici durante todo o período de 2004 a 2006.<br />
Despacho Máximo<br />
Em condição normal de operação, a geração de 440 MW em quatro<br />
máquinas da UTE Presidente Médici na carga pesada de 2004, causa<br />
subtensão nas barras de 230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. A<br />
perda da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã, provoca sobrecarga de<br />
9% na LT 230 kV Presidente Médici – Quinta, cuja capacidade operativa é de<br />
239 MVA. Para eliminar essa violação é preciso reduzir o despacho para<br />
330 MW, com quatro máquinas. Essa restrição deixa de existir com a entrada<br />
em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3.<br />
A partir de 2005 a geração máxima da UTE Presidente Médici, de 440 MW (4<br />
máquinas), ocorre sem violações, tanto para a condição normal de operação<br />
como em contingências, na carga pesada e na leve.<br />
• UTE Uruguaiana (gás)<br />
A UTE Uruguaiana é composta de dois geradores a combustão de<br />
187,65 MW e de um gerador a vapor de 264,60 MW, totalizando 639,9 MW.<br />
Nesta análise foram consideradas as expansões da Rede Básica previstas<br />
para a região oeste do Rio Grande do Sul. Das obras indicadas pelos<br />
estudos do CCPE e do <strong>ONS</strong>, já foram licitadas as linhas de 230 kV UTE<br />
Uruguaiana – Maçambará e Maçambará – Santo Ângelo, bem como o reator<br />
da SE Maçambará, tendo entrada em operação prevista para agosto de<br />
2004, e a LT 230 kV Dona Francisca – Itaúba, autorizada no fechamento<br />
deste PAR, com entrada em operação para fevereiro de 2005. Já a<br />
adequação da SE São Vicente ainda não teve concessão definida pela<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 82 / 530
Aneel. Foi assumido nas simulações que tanto esta adequação como a LT<br />
230 kV Dona Francisca – Itaúba estarão disponíveis no inverno de 2005.<br />
Recentemente a CEEE informou que foram eliminadas as restrições de<br />
transformador de corrente das linhas que derivam de Alegrete 2 (exceto a<br />
linha para a UTE Uruguaiana, que não tem esta limitação). Portanto a partir<br />
de agora as limitações de capacidade das linhas citadas são determinadas<br />
pelo condutor. As linhas para Uruguaiana 5, Maçambará e Livramento<br />
passam a ter capacidade de 270 MVA, no patamar de carga média, e a linha<br />
para Santa Maria de 290 MVA. A CEEE também informou que formalizará a<br />
atualização destes limites junto às áreas de operação e de contratos do<br />
<strong>ONS</strong>.<br />
Os resultados da avaliação são descritos a seguir com base nas tabelas<br />
3.3.2-6 e 3.3.2-7.<br />
Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração máxima das usinas hidráulicas no<br />
Rio Grande do Sul (1123 MW)<br />
ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW)<br />
FATOR LIMITANTE<br />
2005<br />
2006<br />
Fev Med<br />
Jun Pes<br />
Fev Med<br />
Jun Pes<br />
Mínima 50 MW<br />
Máxima 615 MW<br />
Sobrecarga de 3% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo da térmica<br />
Sobrecarga de 3% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 3% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />
230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />
Mínima 0 -<br />
Máxima 560 MW<br />
Mínima 30 MW<br />
Máxima 610 MW<br />
Sobrecarga de 13% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />
despacho de 639 MW na térmica<br />
Sobrecarga de 2% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo na térmica<br />
Sobrecarga de 2% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 4% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />
230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />
Mínima 0 -<br />
Máxima 570 MW<br />
Sobrecarga de 12% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />
despacho de 639 MW na térmica<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 83 / 530
Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração mínima das usinas hidráulicas no<br />
Rio Grande do Sul (235 MW)<br />
ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW)<br />
FATOR LIMITANTE<br />
2005<br />
2006<br />
Fev Med<br />
Jun Pes<br />
Fev Med<br />
Jun Pes<br />
Mínima 410 MW<br />
Máxima 590 MW<br />
Mínima 280 MW<br />
Máxima 540 MW<br />
Mínima 410 MW<br />
Máxima 580 MW<br />
Mínima 330 MW<br />
Máxima 550 MW<br />
Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo da térmica<br />
Sobrecarga de 6% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 6% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />
230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />
Sobrecarga de 19% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo da térmica<br />
Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />
despacho de 639 MW na térmica<br />
Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo da térmica<br />
Sobrecarga de 7% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 7% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />
230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />
Sobrecarga de 22% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />
nulo da térmica<br />
Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />
despacho de 639 MW na térmica<br />
Despacho Máximo<br />
A condição mais desfavorável para escoamento da energia produzida na<br />
região oeste do Estado ocorre com a importação de 2.000 MW da Argentina,<br />
pelas conversoras de Garabi, quando o sistema de 525 kV fica mais<br />
carregado. Nessa condição, a potência disponibilizada na região oeste tende<br />
a escoar pelo sistema de 230 kV em direção aos centros de carga do leste<br />
do Estado, notadamente para a região metropolitana de Porto Alegre. Com<br />
isso elevam-se os fluxos nas linhas UTE Uruguaiana – Alegrete 2 e Alegrete<br />
2 – Santa Maria, bem como no sistema de distribuição que opera em paralelo<br />
com as linhas da Rede Básica. Dependendo do nível de despacho da usina e<br />
da situação operativa considerada, podem ocorrer sobrecargas na LT 69 kV<br />
Alegrete 2 – Alegrete 1, cuja capacidade é de 48/73 MVA (em condição<br />
normal e emergências, respectivamente), no transformador 230/69 kV, da SE<br />
Alegrete 2, de 83 MVA, e na transformação 138/69 kV, 2 x 25 MVA, da SE<br />
Alegrete. Para suprimir essas sobrecargas, tem sido praticada na operação a<br />
abertura do anel de 138 kV entre a UTE Alegrete e a UHE Jacuí. Embora<br />
permita contornar o problema, essa medida pode colocar em risco o<br />
atendimento à carga da SE Santa Maria 1. Esse problema persiste mesmo<br />
depois da implantação das novas linhas de 230 kV no oeste do Rio Grande<br />
do Sul. Sem a abertura da rede de 138 kV, são constatadas sobrecargas<br />
para despachos da UTE Uruguaiana acima de 350 MW.<br />
Não são esperadas violações na Rede Básica em condição normal de<br />
operação após a expansão da transmissão, para despacho pleno da UTE<br />
Uruguaiana (639 MW). Mesmo depois desta expansão, a contingência mais<br />
grave continuará sendo a perda da LT 230 kV Uruguaiana – Alegrete 2, que<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 84 / 530
sobrecarrega a LT 230 kV UTE Uruguaiana – Uruguaiana 5 e a LT 230 kV<br />
Uruguaiana 5 – Alegrete 2. O fator limitante é a capacidade declarada no<br />
CPST para a LT 230 kV Uruguaiana 5 – Alegrete 2 (270 MVA), determinada<br />
pelo condutor para a condição de verão/dia. A situação mais restritiva resulta<br />
da coincidência da importação de 2.000 MW da Argentina por Garabi com o<br />
despacho mínimo das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo Fundo<br />
(geração total de 235 MW), no patamar de carga pesada de inverno. Se<br />
nesta situação ocorrer a contingência citada, haverá ultrapassagem da<br />
capacidade operativa dessa linha para despachos na UTE Uruguaiana acima<br />
de 540 MW em 2005 e de 550 MW em 2006. No mesmo patamar de carga,<br />
com geração total das usinas hidrelétricas (geração hidráulica total de<br />
1.123 MW), haveria um acréscimo nesses números de cerca de 20 MW.<br />
Acréscimo similar é obtido quando não se considera a importação da<br />
Argentina pelas conversoras de Garabi.<br />
Tendo em vista o problema constatado na perda da LT 230 kV UTE<br />
Uruguaiana - Alegrete 2, mesmo após a entrada em operação das obras de<br />
230 kV já licitadas ou autorizadas pela Aneel, previstas para a fronteira<br />
oeste, é recomendada a instalação de disjuntores na SE Alegrete 2 e na<br />
subestação da UTE Uruguaiana, o que permitirá a individualização dos<br />
circuitos da linha de circuito duplo, existente entre as duas subestações,<br />
atualmente conectados a um mesmo disjuntor em cada extremidade.<br />
Considerando a perda de um único circuito desta linha, não haveria violações<br />
de capacidade na Rede Básica para despacho pleno da UTE Uruguaiana.<br />
Entretanto, persistiria ultrapassagem residual da capacidade operativa na<br />
LT 230 kV Santo Ângelo - Passo Real, quando da perda da LT 230 kV<br />
Alegrete 2 - São Vicente e na LT 230 kV Alegrete 2 - São Vicente na perda<br />
da LT 230 kV Alegrete 2 - Livramento. Na pior condição, para evitar essas<br />
ultrapassagens seria necessário restringir o despacho da UTE Uruguaiana a<br />
610 MW.<br />
Cabe observar que estão em andamento tratativas para cessão de uso ou<br />
doação para a CEEE-T da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete 2, da LT<br />
230 kV UTE Uruguaiana-Uruguaiana 5 e do setor de 230 kV da subestação<br />
da UTE Uruguaiana. Dessa maneira essas instalações, que foram<br />
construídas pela AES Uruguaiana, passam a compor a Rede Básica,<br />
conforme os termos do Ofício Aneel SRT N°006/2002.<br />
Não foi simulada a simultaneidade da geração máxima da UTE Uruguaiana<br />
com geração na UTE Alegrete ou com a importação de energia via<br />
conversoras de Uruguaiana e de Rivera, já que estas fontes concorrem pela<br />
utilização do mesmo sistema de 230 kV.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 85 / 530
Despacho Mínimo<br />
Após a entrada em operação das obras previstas para a região oeste, será<br />
possível o desligamento da UTE Uruguaiana, em carga pesada e média, sem<br />
violações na Rede Básica em condição normal de operação, não tendo se<br />
constatado a necessidade de desligamento de linhas para controle de<br />
tensão.<br />
A perda de um dos transformadores 525/230 kV da SE Santo Ângelo poderá<br />
resultar em sobrecargas no remanescente, quando a parada total de<br />
Uruguaiana ocorrer juntamente com a importação de 2.000 MW por Garabi.<br />
A condição mais severa é esperada se essa situação coincidir com despacho<br />
hidrelétrico mínimo no Rio Grande do Sul, quando a sobrecarga neste<br />
transformador atinge 31%. Neste caso, é necessária geração mínima na UTE<br />
Uruguaiana de 410 MW em 2005 e 2006, no patamar de carga média, para<br />
evitar essa sobrecarga. Para geração total das usinas hidráulicas, a geração<br />
mínima necessária seria de 50 MW. Quando não se está importando energia<br />
por Garabi, a perda de um desses transformadores não resulta em<br />
sobrecarga no remanescente, mesmo sem geração em Uruguaiana.<br />
Considerando a simultaneidade dos fatores que levam a essa sobrecarga e a<br />
conseqüente baixa probabilidade de ocorrência, a solução indicada para o<br />
problema de sobrecarga no transformador remanescente de Santo Ângelo é<br />
a utilização do recurso da conversora de Garabi de redução da potência.<br />
Com a UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV Santa Maria<br />
2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em Santa Maria 2,<br />
com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e 30 Mvar em 2006,<br />
estimados para a carga média de verão. A operação de uma máquina em<br />
Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar esta restrição é<br />
necessária uma avaliação específica, visando o atendimento desta carga em<br />
contingência, envolvendo tanto a Rede Básica como a rede complementar,<br />
tendo em vista os problemas na distribuição, anteriormente mencionados.<br />
• UTE Canoas (gás)<br />
A UTE Canoas é uma usina termelétrica a gás natural composta de uma<br />
unidade a gás com capacidade nominal de 160 MW, conectada à Rede<br />
Básica mediante o seccionamento de uma das duas linhas de circuito duplo<br />
de 230 kV existentes entre as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2.<br />
Os níveis de tensão na área de influência das subestações de Gravataí e<br />
Caxias são diretamente influenciados pelo despacho da UTE Canoas, bem<br />
como o carregamento nas transformações 525/230 kV destas subestações.<br />
Nas tabelas a seguir são apresentados os efeitos da variação de geração<br />
nesta térmica nas emergências mais severas na região, no patamar de carga<br />
média de verão considerando apenas a unidade ora em operação.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 86 / 530
Na indisponibilidade da LT 525 kV Itá – Gravataí, o despacho pleno da UTE<br />
Canoas contribui para uma redução do déficit capacitivo na SE Caxias da<br />
ordem de 240 Mvar. Na perda de um transformador 525/230 kV da SE<br />
Gravataí, a geração de Canoas diminui a sobrecarga nos transformadores<br />
remanescentes em cerca de 5% em 2005 e 4% em 2006. Para a<br />
transformação 525/230 kV da SE Caxias, a redução da sobrecarga no<br />
transformador remanescente para perda de uma unidade é de 3% em 2005 e<br />
2006.<br />
No Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) estava prevista a<br />
implantação da segunda e terceira unidade dessa térmica no segundo<br />
semestre de 2004, totalizando 500 MW de potência instalada. Essa<br />
ampliação foi cancelada pelo agente de geração. Nas análises do ciclo<br />
anterior do PAR, considerando essa expansão, os problemas identificados<br />
até 2005 restringiam-se a um déficit de compensação de 50 Mvar na SE<br />
Caxias para suportar a perda da LT 525 kV Itá – Gravataí.<br />
Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá - Gravataí<br />
Situação<br />
Violação<br />
Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />
2005 Sem Déficit Reativo = 540 Mvar em Caxias 230 kV<br />
SE-S = 4000 MW Com Déficit Reativo = 300 Mvar em Caxias 230 kV<br />
2006 Sem Déficit Reativo = 410 Mvar em Caxias 230 kV<br />
Com Déficit Reativo = 385 Mvar em Caxias 230 kV<br />
2005 Sem Déficit Reativo = 400 Mvar em Caxias 230 kV<br />
S-SE = 3600 MW Com Déficit Reativo = 308 Mvar em Caxias 230 kV<br />
2006 Sem Déficit Reativo = 530 Mvar em Caxias 230 kV<br />
Com Déficit Reativo = 280 Mvar em Caxias 230 kV<br />
2005 Sem Déficit Reativo = 160 Mvar em Caxias 230 kV<br />
S-SE = 1300 MW Com Déficit Reativo = 90 Mvar em Caxias 230 kV<br />
2006 Sem Déficit Reativo = 415 Mvar em Caxias 230 kV<br />
Com Déficit Reativo = 210 Mvar em Caxias 230 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 87 / 530
Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV da<br />
SE Gravataí<br />
Situação<br />
Violação<br />
Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />
2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 19% / TR-3 = 12%<br />
SE-S = 4000 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 14% / TR-3 = 7%<br />
2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 25% / TR-3 = 17%<br />
Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 21% / TR-3 = 13%<br />
2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 2%/ TR-3 = 0%<br />
S-SE = 3600 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 0%/ TR-3 = 0%<br />
2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 11% / TR-3 = 4%<br />
Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 4%/TR-3 = 0%<br />
2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10%/ TR-3 = 2%<br />
S-SE = 1300 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 3%/ TR-3 = 0%<br />
2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 16% / TR-3 = 9%<br />
Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10% / TR-3 = 3%<br />
Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV da<br />
SE Caxias<br />
Situação<br />
Violação<br />
Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />
2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 16%<br />
SE-S = 4000 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />
2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 24%<br />
Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 21%<br />
2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 6%<br />
S-SE = 3600 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 3%<br />
2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15%<br />
Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />
2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />
S-SE = 1300 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 10%<br />
2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 18%<br />
Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15%<br />
e) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
São relacionadas na tabela 3.3.2-11 seguinte, contingências duplas,<br />
simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de<br />
capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de<br />
carga, no atendimento à Região Metropolitana de Porto Alegre.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 88 / 530
Tabela 3.3.2-11 - Contingências duplas mais severas na região metropolitana de Porto Alegre<br />
CONTINGÊNCIAS<br />
LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6, c1 e c2<br />
VIOLAÇÕES<br />
Corte de carga estimado em 79 MW na SE Porto<br />
Alegre 6<br />
LT 230 kV Gravataí – Cidade Industrial, c1 e c2<br />
Corte estimado de 20 MW de carga nas SEs Cidade<br />
Industrial e adjacências<br />
LT 230 kV Canoas – Cidade Industrial, c1 e c2<br />
Corte de aproximadamente 106 MW de carga na SE<br />
Porto Alegre 9<br />
LT 230 kV Pólo Petroquímico – Cidade<br />
Industrial, c1 e c2<br />
LTs 230 kV Eldorado – Porto Alegre 9 e Pelotas<br />
3 – Cidade Industrial<br />
LTs 230 kV Itaúba – Pólo Petroquímico e Itaúba<br />
– Cidade Industrial<br />
Afundamento de tensão em toda a região da SE Pólo<br />
Petroquímico<br />
Corte de carga nas SEs Eldorado e Guaíba 2 estimado<br />
em 62 MW<br />
Sobrecarga de 19% na LT 230 kV Itaúba – Passo<br />
Real, e de 11% na LT 230 kV Itaúba – Santa Cruz do<br />
Sul<br />
LT 230 kV P. Alegre 6 – P. Alegre 13 (radial com<br />
2 TRs 230/13,8)<br />
LT 230 kV Porto Alegre 6 – Porto Alegre 10 –<br />
Porto Alegre 4, c1 e c2<br />
Perda de toda a carga da SE Porto Alegre 13, da<br />
ordem de 52 MW<br />
Perda total da carga ligada na SE Porto Alegre 4,<br />
estimada em 162 MW<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel, CEEE)<br />
Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio Grande do Sul ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 C4, circuito duplo,<br />
30 km, lançamento do segundo circuito<br />
SE Alegrete 2: módulo de linha para UTE Uruguaiana<br />
SE UTE Uruguaiana: módulo de linha para Alegrete 2<br />
SE São Vicente: setor de 230 kV<br />
LT Caxias – Caxias 5, 230 kV, circuito simples, 25 km<br />
SE Caxias 5: setor de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUL/2004<br />
JUL/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 89 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT Passo Real – Santa Marta, 230 kV, seccionamento para<br />
SE Tapera 2, 2x 0,2 km<br />
SE Tapera 2: setor de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
JUL/2004<br />
JUL/2004<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção<br />
do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira<br />
com a Rede Básica, no Leste (Porto Alegre e Caxias), no Sul e no Oeste do<br />
Rio Grande do Sul (CEEE, AES-Sul,RGE).<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar<br />
sobrecargas observadas nas linhas de 230 kV Caxias - Farroupilha, Caxias -<br />
Campo Bom e Caxias 5 - Lageado Grande -Siderópolis (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Realizar estudos de planejamento visando a melhoria das condições de<br />
atendimento da carga da região de Santa Maria, em face de contingências<br />
tanto na Rede Básica como na rede de distribuição (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />
item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 90 / 530
Salto Osório<br />
Rigesa<br />
Pirabeiraba<br />
Compartilhada<br />
Comfio/Dohler<br />
São Lorenço<br />
d’Oeste<br />
Quebra<br />
Queixo<br />
Tigre<br />
WEG<br />
Fund.<br />
WEG<br />
Joinville SC<br />
Quilombo<br />
Pinhalzinho<br />
Palmitos<br />
Catanduvas<br />
Ibirama 2<br />
Sadia<br />
Trombudo<br />
Central<br />
Brusque<br />
Brusque RB<br />
Porto Belo<br />
Cer. Porto Belo<br />
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />
LEGENDA:<br />
Usina Hidrelétrica<br />
<br />
Usina Eólica<br />
Usina Termelétrica<br />
Subestação<br />
Conversora<br />
LT 525 kV<br />
LT 230 kV<br />
LT 138 kV<br />
LT 69 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 91 / 530
3.3.3 Área Santa Catarina<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
O mercado de Santa Catarina é atendido por geração local de pequeno porte<br />
conectada ao sistema de distribuição, pela UTE Jorge Lacerda, térmica a carvão<br />
com capacidade instalada de 857 MW, e por instalações da Rede Básica nas<br />
tensões de 525 kV e 230 kV. O Estado conta com duas subestações de 525/230 kV:<br />
a SE Blumenau, 3x672 MVA, atendida por duas linhas de 525 kV, provenientes de<br />
Campos Novos e Curitiba, e a SE Campos Novos, 336 MVA. Nesta subestação, que<br />
é ponto de confluência das usinas do Rio Uruguai e da importação de energia da<br />
Argentina, incidem quatro linhas de 525 kV.<br />
A SE Blumenau serve ao atendimento da área leste de Santa Catarina, na qual se<br />
concentra a maior parte do consumo industrial, representativo de 60% do mercado<br />
de energia elétrica estadual. Esta área é atendida por seis subestações de 230 kV:<br />
Canoinhas, Joinville, Blumenau, Itajaí, Palhoça e Jorge Lacerda, interligadas por<br />
duas linhas de 230 kV que correm próximas ao litoral do Estado em quase toda sua<br />
extensão.<br />
A SE Palhoça é um dos principais pontos de atendimento à área leste de Santa<br />
Catarina, responsável pelo atendimento da região metropolitana de Florianópolis, e<br />
está interligada em 230 kV e em 138 kV à subestação de Blumenau e à UTE Jorge<br />
Lacerda.<br />
A região sul do Estado é atendida por duas linhas de 230 kV que partem da UTE<br />
Jorge Lacerda e pela linha Caxias 5 – Siderópolis também em 230 kV. Das<br />
subestações de 230 kV de Siderópolis e Jorge Lacerda derivam linhas de 138 kV e<br />
69 kV para atendimento das subestações distribuidoras da Celesc naquela região.<br />
O oeste do Estado é atendido pela rede de 525 kV por meio da SE Campos Novos<br />
525/230/138 kV, pela SE Xanxerê 230/138 kV e parte pela UTE Jorge Lacerda,<br />
através de uma linha de circuito duplo de 138 kV, que interliga esta térmica com as<br />
subestações de Campos Novos e Xanxerê. A SE Xanxerê está conectada às usinas<br />
hidrelétricas de Salto Osório e Passo Fundo, por meio de quatro linhas de<br />
transmissão em 230 kV.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado<br />
A tabela 3.3.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Santa Catarina no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 92 / 530
Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Santa Catarina<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
(1)<br />
(MW)<br />
3.447 (3) 3.567 3.567 4.447 (4)<br />
Demanda Máxima Anual<br />
(2)<br />
(MW)<br />
2.398 2.468 2.605 2.741<br />
Obs: (1) não incluidas pequenas gerações, incluída UHE Campos Novos (na divisa com o Rio Grande do Sul)<br />
(2) carga pesada de inverno; (3) UHE Quebra Queixo (120 MW); (4) UHE Campos Novos (880 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
a) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do leste de Santa Catarina<br />
Na tabela 3.3.3-2 estão apresentadas as tensões observadas no caso de<br />
indisponibilidade de linhas de transmissão 230 kV na área leste de Santa<br />
Catarina, para a condição de carga média de verão e para vários despachos<br />
na UTE Jorge Lacerda e intercâmbios entre o Sul e o Sudeste. Esses<br />
resultados foram obtidos considerando a retirada do reator de Campos<br />
Novos, de 100 Mvar, na linha para Areia, e do reator de Curitiba, de<br />
150 Mvar, na linha para Bateias.<br />
A instalação dos bancos de capacitores nas barras de 230 kV da SE Palhoça<br />
e da SE Blumenau em 2004, totalizando 300 Mvar, proporciona um resultado<br />
satisfatório para as contingências da linha 525 kV Campos Novos –<br />
Blumenau e das linhas 230 kV Blumenau – Palhoça e Jorge Lacerda –<br />
Palhoça, desde que esteja presente pelo menos uma unidade de cada setor<br />
da UTE Jorge Lacerda.<br />
Os valores de tensão mostrados na Tabela 3.3.3-2, de até 70% no<br />
barramento de 230 kV da SE Palhoça, indicam que haveria um corte de<br />
carga natural, na capital e no Sul do estado de Santa Catarina, em uma<br />
situação de emergência nas unidades geradoras da UTE Jorge Lacerda.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 93 / 530
Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina<br />
Intercâmbio<br />
Despacho da UTE<br />
Ano<br />
Indisponibilidade<br />
Sul-Sudeste<br />
(MW)<br />
Jorge Lacerda (MW)<br />
(P) (M) (G) (GG)<br />
Tensões (%)<br />
2006 LT 230 kV<br />
3.500<br />
25 33 fora 180<br />
Palhoça 230 kV = 82<br />
Blumenau –<br />
Palhoça<br />
Total=238 MW<br />
Siderópolis 230 kV = 92<br />
2006 LT 230 kV<br />
1.300<br />
50 66 130 fora<br />
Palhoça 230 kV = 70<br />
Blumenau –<br />
Palhoça<br />
Total=246 MW<br />
J.Lac. A 230 kV = 80<br />
Siderópolis 230 kV = 79<br />
2005 LT 230 kV Jorge<br />
1.300<br />
25 33 80 180<br />
Palhoça 230 kV = 82<br />
Lacerda A – Jorge<br />
Lacerda B<br />
Total=318 MW<br />
Palhoça 138 kV = 92<br />
J.Lac. A 230 kV = 82<br />
J.Lac. A 138 kV = 88<br />
2005 LT 230 kV Jorge<br />
3.300<br />
25 33 80 180<br />
Palhoça 230 kV = 77<br />
Lacerda A – Jorge<br />
Lacerda B<br />
Total=318 MW<br />
Palhoça 138 kV = 85<br />
J.Lac. A 230 kV = 76<br />
J.Lac. A 138 kV = 81<br />
2005 Máquina de Jorge<br />
1.300<br />
25 33 fora 180<br />
Palhoça 230 kV = 89<br />
Lacerda C (GG)<br />
Palhoça 138 kV = 95<br />
Total=238 MW<br />
J.Lac. A 230 kV = 87<br />
Siderópolis 230 kV = 85<br />
2006 LT 230 kV Jorge<br />
1.300<br />
for<br />
33 80 180<br />
J.Lac. A 230 kV = 88<br />
Lacerda A – Jorge<br />
Lacerda B<br />
a<br />
Total=293 MW<br />
J.Lac. A 138 kV = 93<br />
2006 LT 230 kV Jorge<br />
1.300<br />
25 fora 80 180<br />
J.Lac. A 230 kV = 84<br />
Lacerda A – Jorge<br />
Lacerda B<br />
Total=285 MW<br />
J.Lac. A 138 kV = 91<br />
2006 LT 230 kV<br />
1.300<br />
25 33 fora 180<br />
Palhoça 230 kV = 82<br />
Blumenau –<br />
Palhoça<br />
Total=238 MW<br />
Siderópolis 230 kV = 92<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 94 / 530
Intercâmbio<br />
Despacho da UTE<br />
Ano<br />
Indisponibilidade<br />
Sul-Sudeste<br />
(MW)<br />
Jorge Lacerda (MW)<br />
(P) (M) (G) (GG)<br />
Tensões (%)<br />
2006 Máquina de Jorge<br />
1.300<br />
25 33 fora 180<br />
Palhoça 230 kV = 84<br />
Lacerda C (GG)<br />
Palhoça 138 kV = 94<br />
Total=238 MW<br />
J.Lac. A 230 kV = 86<br />
Siderópolis 230 kV = 84<br />
No PAR/PDET 2002-2005 foi apontada a necessidade de relocação do<br />
terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A, para Jorge Lacerda B,<br />
que requer a construção de um trecho de linha de 230 kV de 800m em<br />
circuito simples. Esta relocação presume que também seja trocado o TC em<br />
Palhoça, na linha para Jorge Lacerda, e efetuada troca de relação no TC de<br />
Jorge Lacerda B. A concessão dessas obras está em definição pela Aneel.<br />
Até que sejam implantadas essas obras, são verificados problemas de<br />
tensão caso haja abertura do trecho Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B. Nas<br />
simulações deste ciclo do PAR essa obra está sendo considerada a partir de<br />
junho/2005, ficando a configuração do sistema elétrico de integração das<br />
diversas unidades da UTE Jorge Lacerda conforme representado na Figura<br />
3.3.3-1, a seguir.<br />
Essa obra foi proposta para equacionar problemas de sobrecarga na ligação<br />
de 230 kV entre Jorge Lacerda A e Jorge Lacerda B, quando da contingência<br />
na LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, e também para eliminar restrições<br />
flexibilidade de despacho no Complexo de Jorge Lacerda (nas unidades 5, 6<br />
e 7).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 95 / 530
Figura 3.3.3-1 – Sistema elétrico de integração da UTE Jorge Lacerda, após relocação da linha para Palhoça<br />
Curitiba<br />
Tijucas<br />
Biguaçu<br />
Blumenau<br />
Garcia Coqueiros<br />
Florianópolis<br />
Vidal Ramos Jr.<br />
Cebrasc<br />
Joinville<br />
Roçado<br />
São Joaquim<br />
Orleans<br />
Itajaí<br />
Ilha Centro<br />
Campos Novos<br />
Caxias 5<br />
Forquilinhas<br />
Criciúma<br />
Criciúma Flor<br />
Siderópolis<br />
Siderópolis<br />
Palhoça<br />
Trindade<br />
Ilha Norte<br />
Ilha Sul<br />
J.Lacerda A<br />
unidades 1 e 2<br />
(P)<br />
Gravatal<br />
J.Lacerda A<br />
unidades 3 e 4<br />
(M)<br />
J.Lacerda B<br />
unidades 5 e 6<br />
(G)<br />
J.Lacerda C<br />
unidade 7<br />
(GG)<br />
Laguna<br />
Imbituba<br />
Palhoça<br />
Legenda<br />
525 kV<br />
230 kV<br />
138 kV<br />
69 kV<br />
Tubarão<br />
Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao <strong>ONS</strong><br />
no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de<br />
230 kV, entre Jorge Lacerda e Palhoça, com 95 km de extensão. Simulando<br />
as contingências listadas na tabela 3.3.3-2, com a inclusão dessa linha,<br />
verifica-se que, na perda da LT 230 kV Blumenau – Palhoça, o ganho no<br />
perfil de tensão em Palhoça só se mostra expressivo quando disponível a<br />
maior unidade da UTE Jorge Lacerda (máquina GG). Conclui-se que a<br />
inclusão isolada da nova linha não se mostra suficiente para o controle de<br />
tensão na rede de 230 kV, que permanece dependente da condição de<br />
despacho da UTE Jorge Lacerda. Como essa linha faz parte de um conjunto<br />
integrado de obras de transmissão e distribuição, recomendado para o<br />
estado de Santa Catarina, essa avaliação deverá ser retomada quando das<br />
solicitações de acesso da Celesc relativas às subestações de 230 kV de seu<br />
interesse, componentes da solução de planejamento proposta pelo CCPE.<br />
Um aspecto que também deverá ser abordado nessa oportunidade diz<br />
respeito a possíveis soluções para restrições localizadas na rede de conexão<br />
das diversas unidades do complexo Jorge Lacerda, de forma a possibilitar<br />
maior flexibilidade de despacho entre as máquinas deste complexo, bem<br />
como a redução da dependência desta termelétrica no atendimento de Santa<br />
Catarina.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 96 / 530
) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas e equipamentos<br />
• Sobrecarga nas linhas de 230 kV entre Salto Osório e Xanxerê<br />
A subestação 230/138 kV de Xanxerê é interligada à UHE Salto Osório por<br />
duas linhas de 230 kV, um delas seccionada em Pato Branco, e interligada à<br />
UHE Passo Fundo também por dois circuitos em 230 kV.<br />
O carregamento nestas linhas é influenciado diretamente pela condição de<br />
despacho das usinas das bacias dos rios Iguaçu, Uruguai e as hidrelétricas<br />
do Rio Grande do Sul, bem como a condição de intercâmbio com a<br />
Argentina. Historicamente tem ocorrido simultaneidade hidrológica entre as<br />
usinas das bacias do rio Iguaçu, do rio Uruguai e dos rios Jacuí e Passo<br />
Fundo, resultando em despachos equilibrados entre as três bacias. A tabela<br />
3.3.3-3 mostra resultados das simulações da indisponibilidade da LT 230 kV<br />
Salto Osório – Xanxerê, considerando estas premissas de despacho e a<br />
condição de intercâmbio nulo com a Argentina.<br />
Os carregamentos obtidos nas simulações foram cotejados com a<br />
capacidade declarada pela Eletrosul no CPST para essas linhas, que é de<br />
240 MVA (602 A), correspondente à condição de verão/dia (carga média).<br />
Também foram comparados com os limites praticados na operação,<br />
conforme informados pela Eletrosul no MPO, que são de 278,8 MVA para<br />
inverno/dia na LT Salto Osório - Pato Branco, e de 319 MVA para condição<br />
noturna nas duas linhas, sendo este também o valor para sobrecargas de<br />
curta duração, determinado pelas bobinas de bloqueio, em ambos os casos.<br />
Os resultados apresentados na tabela apontam carregamentos acima do<br />
valor do CPST, para a LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco, em situações<br />
de intercâmbios elevados do Sudeste para o Sul, sem intercâmbio com a<br />
Argentina e com a UTE Uruguaiana em operação. Se adicionalmente a UTE<br />
Uruguaiana estiver parada, possibilidade explicitada contratualmente para o<br />
inverno, os valores de carregamento podem se aproximar e até mesmo<br />
ultrapassar os limites admitidos no MPO.<br />
Portanto, dependendo da condição operativa, estes circuitos podem se<br />
constituir em fator limitante para o recebimento pelo Sul (RSUL), ou mesmo<br />
para a exportação de energia elétrica para a Argentina através dos<br />
conversores de freqüência de Garabi, embora até o momento esta<br />
exportação tenha sido autorizada apenas em caráter excepcional e<br />
temporário e caracterizada como interruptível. Esta questão requer solução<br />
estrutural a ser definida em estudos de planejamento de longo prazo.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 97 / 530
Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório - Pato Branco<br />
Contingência na LT 230 kV Salto Osório - Xanxerê<br />
Ano Caso Intercâmbio Despachos Carregamento<br />
LT 230 kV<br />
Sudeste - Sul Rio Grande do Sul Bacia do Iguaçu Bacia do Uruguai S.Osório - P.Branco<br />
4000 MW 283 MVA<br />
Junho c/ Uruguaiana<br />
Pesada 437 MW (37%) 2570 MW (46%) 1280 MW (45%)<br />
4500 MW 321 MVA<br />
2004 s/ Uruguaiana<br />
4000 MW 281 MVA<br />
Junho c/ Uruguaiana<br />
Média 340 MW (29%) 2080 MW (37%) 590 MW (35%)<br />
4500 MW 317 MVA<br />
s/ Uruguaiana<br />
4100 MW 310 MVA<br />
Fevereiro c/ Uruguaiana<br />
Média 518 MW (44%) 2955 MW (52%) 1233 MW (44%)<br />
4800 MW 355 MVA<br />
s/ Uruguaiana<br />
2005 4000 MW 284 MVA<br />
Junho c/ Uruguaiana<br />
Pesada 479 MW (40%) 2870 MW (51%) 1380 MW (49%)<br />
4600 MW 315 MVA<br />
s/ Uruguaiana<br />
4000 MW 282 MVA<br />
Junho c/ Uruguaiana<br />
Média 390 MW (33%) 2400 MW (42%) 990 MW (35%)<br />
4600 MW 314 MVA<br />
s/ Uruguaiana<br />
4000 MW 245 MVA<br />
Junho c/ Uruguaiana<br />
Média 650 MW (45%) 1630 MW (30%) 1890 MW (43%)<br />
2006 4800 MW 300 MVA<br />
s/ Uruguaiana<br />
c) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas<br />
São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />
transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas<br />
térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de<br />
transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas<br />
(tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que<br />
impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a<br />
otimização energética do sistema (Despacho Mínimo).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 98 / 530
• UTE Jorge Lacerda (carvão)<br />
A UTE Jorge Lacerda é composta de sete unidades, designadas por A1, A2,<br />
A3, A4, B5, B6 e C7. A geração máxima das unidades A1 e A2, denominadas<br />
na operação por máquinas P, é de 50 MW cada; das unidades A3 e A4,<br />
máquinas M, é de 66 MW cada; das unidades B5 e B6, máquinas G, é de<br />
131 MW cada e da unidade C7, máquina GG, é de 363 MW.<br />
Despacho Mínimo<br />
Na situação atual os níveis de tensão nas regiões leste e sul de Santa<br />
Catarina são muito dependentes do despacho da UTE Jorge Lacerda. A<br />
época mais crítica do ano ocorre em geral no período de carga média de<br />
verão. Simulações na carga média de fevereiro de 2005, com intercâmbio Sul<br />
para Sudeste de 1.300 MW, iniciando os casos com a geração mínima de<br />
uma máquina em cada grupo da UTE Jorge Lacerda, apontaram os<br />
resultados descritos a seguir:<br />
- a saída da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca violações<br />
nos carregamentos da linha 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge<br />
Lacerda B e dos transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge<br />
Lacerda. Para eliminar as violações é necessário elevar o despacho<br />
da unidade do grupo A1-A2 (P) ou da unidade do grupo A3-A4 (M). A<br />
geração no grupo (P) deve aumentar em 21 MW a partir do mínimo<br />
ou a do grupo (M) deve aumentar em 19 MW;<br />
- a indisponibilidade de geração no grupo (P) provoca sobrecarga nos<br />
transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge Lacerda A, pois de<br />
Jorge Lacerda A saem linhas em 138 kV para o planalto catarinense<br />
(São Joaquim e Lages), e para o leste do Estado (Imbituba, Laguna<br />
e Palhoça);<br />
- a saída da LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B provoca<br />
subtensão nas barras 230 kV de Jorge Lacerda A e Palhoça e<br />
sobrecarga na transformação 138/69 kV-25 MVA de Jorge Lacerda<br />
A, necessitando de pelo menos duas máquinas M;<br />
- a geração do grupo B5-B6 (G) é necessária para atender à<br />
contingência de perda da geração de Jorge Lacerda C (GG), que<br />
provoca afundamento das tensões, atingindo 89% do nominal na<br />
barra de 230 kV de Palhoça, 87% em Jorge Lacerda A 85% em<br />
Siderópolis.<br />
- a geração de Jorge Lacerda C (GG) é necessária para evitar colapso<br />
de tensão com conseqüente corte de carga, em face de contingência<br />
da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau.<br />
Portanto, a configuração mínima de máquinas sincronizadas em Jorge<br />
Lacerda no verão de 2005, necessária para suportar a contingência da LT<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 99 / 530
525 kV Campos Novos – Blumenau ou da linha 230 kV Jorge Lacerda A –<br />
Jorge Lacerda B é de: 1P + 2M + 1G + 1GG, totalizando 440 MW.<br />
Para fevereiro de 2006, carga média, intercâmbio Sul para Sudeste de<br />
1.300MW, já considerando a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça –<br />
Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, chegou-se aos requisitos mínimos de<br />
despacho descritos a seguir:<br />
- a geração de pelo menos uma máquina (P) é necessária para<br />
atender à emergência da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau e<br />
evitar sobrecarga na transformação 230/138 kV de Jorge Lacerda A;<br />
- sem a geração de pelo menos uma máquina (M) não é possível<br />
proporcionar tensões adequadas (95%) no 138 kV de Jorge Lacerda<br />
A, no caso de indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda A –<br />
Jorge Lacerda B;<br />
- a geração de pelo menos uma máquina (G) é necessária para<br />
suportar a perda da máquina (GG), que provoca afundamento das<br />
tensões, atingindo 84% no 230 kV de Palhoça, 86% em Jorge<br />
Lacerda A e 84% em Siderópolis;<br />
- a ausência de geração na máquina (GG) provoca colapso de tensão<br />
e corte carga no leste e sul de Santa Catarina, em caso de saída da<br />
LT 525 kV Campos Novos – Blumenau.<br />
Portanto para o verão de 2006 persiste a necessidade de despacho mínimo<br />
da UTE Jorge Lacerda em: 1P + 1M + 1G + 1GG, nos seus mínimos<br />
operativos, totalizando 318 MW.<br />
Os resultados das simulações sinalizam que as restrições de despacho<br />
mínimo sobre as máquinas A1 e A2, que são integradas diretamente à rede<br />
de 138 kV, poderiam ser resolvidas com reforços localizados e compensação<br />
reativa. O equacionamento dessa questão torna-se premente, tendo em vista<br />
que essas unidades encontram-se no limite de vida útil, não havendo<br />
portanto na sua operação a mesma expectativa de disponibilidade das<br />
demais unidades do Complexo de Jorge Lacerda.<br />
Despacho máximo<br />
Para avaliação de desempenho no período que antecede a relocação do<br />
terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B,<br />
foram adotados os valores de capacidade das linhas de transmissão em<br />
análise expressos na Tabela 3.3.3-4.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 100 / 530
Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste de Santa Catarina<br />
Linha<br />
Capacidade<br />
(MVA)<br />
Elemento<br />
Limitante<br />
Limite do condutor<br />
(MVA)<br />
Jorge Lacerda A – Palhoça<br />
191<br />
TC<br />
223<br />
Jorge Lacerda B – Palhoça<br />
223<br />
LT<br />
223<br />
Jorge Lacerda B – Blumenau 212 TC 223<br />
Jorge Lacerda B - Jorge Lacerda A 223 LT 223<br />
Após a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para<br />
Jorge Lacerda B, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça ficará com capacidade<br />
operativa de 223 MVA para longa duração, com a troca do TC de Palhoça, e<br />
troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é de<br />
319 MVA.<br />
Foram executadas simulações para o período que antecede esta relocação,<br />
admitindo-se intercâmbio da Região Sul para o Sudeste de 3.000 MW, UTE<br />
Jorge Lacerda com despacho de 840 MW, maximização do despacho<br />
hidráulico na Região Sul, térmicas a gás com despacho pleno e modulação<br />
da importação por Garabi. A Tabela 3.3.3-5 resume os resultados em<br />
condição normal, com a rede completa, antes da relocação.<br />
Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da relocação da linha para Palhoça, em regime<br />
permanente<br />
Configuração / Despacho<br />
Hidráulico<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda A<br />
– Palhoça<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- Blumenau<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
JUNHO/2004 – C.Pesada<br />
191,8 MVA<br />
113,2 MVA<br />
291,7 MVA<br />
Hidráulicas: 93%<br />
96,1%<br />
51,1%<br />
125,1%<br />
JUNHO/2004 – C.Média<br />
182,5 MVA<br />
121,7 MVA<br />
271,2 MVA<br />
Hidráulicas: 85%<br />
91,1%<br />
54,7%<br />
116,4%<br />
JUNHO/2004 – C.Leve<br />
197,3 MVA<br />
180,6 MVA<br />
243,1 MVA<br />
Hidráulicas: 55%<br />
98,9%<br />
81,5%<br />
104,3%<br />
FEVEREIRO/2005 – C.Pesada<br />
209,2 MVA<br />
107,2 MVA<br />
304,9 MVA<br />
Hidráulicas: 90%<br />
104,6%<br />
48,2%<br />
130,5%<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 101 / 530
Configuração / Despacho<br />
Hidráulico<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda A<br />
– Palhoça<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- Blumenau<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
FEVEREIRO/2005 – C.Média<br />
190,8 MVA<br />
101,7 MVA<br />
281,4 MVA<br />
Hidráulicas: 95%<br />
95,7%<br />
45,9%<br />
120,8%<br />
Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />
Após a relocação, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça fica com capacidade<br />
operativa de 223 MVA para longa duração, com troca do TC de Palhoça, e<br />
troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é<br />
de 319 MVA. A Tabela 3.3.3-6 resume os resultados, de regime permanente<br />
com a rede completa, para o período após a relocação.<br />
Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime permanente, após a relocação<br />
Configuração / Despacho<br />
Hidráulico<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
– Palhoça<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- Blumenau<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
JUNHO/2005 – C.Pesada<br />
195,6 MVA<br />
103,2 MVA<br />
102,7 MVA<br />
Hidráulicas: 95%<br />
84,0%<br />
46,6%<br />
44,1%<br />
JUNHO/2005 – C.Média<br />
186,2 MVA<br />
112,7 MVA<br />
87,6 MVA<br />
Hidráulicas: 88%<br />
79,8%<br />
50,8%<br />
37,6%<br />
JUNHO/2005 – C.Leve<br />
201,0 MVA<br />
174,9 MVA<br />
91,5 MVA<br />
Hidráulicas: 57%<br />
86,2%<br />
78,9%<br />
39,2%<br />
FEVEREIRO/2006 – C.Pesada<br />
214,7 MVA<br />
104,9 MVA<br />
79,6 MVA<br />
Hidráulicas: 89%<br />
91,6%<br />
47,1%<br />
34,0%<br />
FEVEREIRO/2006 – C.Média<br />
200,8 MVA<br />
107,8 MVA<br />
57,8 MVA<br />
Hidráulicas: 95%<br />
85,8%<br />
48,5%<br />
24,7%<br />
JUNHO/2006 – C.Pesada<br />
209,2 MVA<br />
120,2 MVA<br />
66,3 MVA<br />
Hidráulicas: 88%<br />
89,8%<br />
54,2%<br />
27,1%<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 102 / 530
Configuração / Despacho<br />
Hidráulico<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
– Palhoça<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- Blumenau<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
JUNHO/2006 – C.Média<br />
201,6 MVA<br />
131,9 MVA<br />
56,0 MVA<br />
Hidráulicas: 79%<br />
86,9%<br />
59,8%<br />
24,1%<br />
JUNHO/2006 – C.Leve<br />
208,2 MVA<br />
182,9 MVA<br />
76,8 MVA<br />
Hidráulicas: 50%<br />
89,3%<br />
82,5%<br />
32,9%<br />
Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />
Ao simular a indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau,<br />
antes da relocação observou-se os carregamentos mostrados na Tabela<br />
3.3.3-7, para as linhas mais afetadas.<br />
Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da<br />
relocação<br />
Configuração<br />
JUNHO/2004 – C.Pesada<br />
Hidráulicas: 93%<br />
JUNHO/2004 – C.Média<br />
Hidráulicas: 85%<br />
JUNHO/2004 – C.Leve<br />
Hidráulicas: 55%<br />
FEVEREIRO/2005 – C.Pesada<br />
Hidráulicas: 90%<br />
FEVEREIRO/2005 – C.Média<br />
Hidráulicas: 95%<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda A<br />
- Palhoça<br />
231,0 MVA<br />
116,2%<br />
224,9 MVA<br />
112,7%<br />
261,0 MVA<br />
131,4%<br />
246,7 MVA<br />
123,8%<br />
227,0 MVA<br />
114,3%<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
369,3 MVA<br />
159,0%<br />
332,7 MVA<br />
152,4%<br />
360,8 MVA<br />
155,6%<br />
378,8 MVA<br />
162,7%<br />
352,0 MVA<br />
151,7%<br />
Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />
Os carregamentos resultantes da mesma indisponibilidade simulada após a<br />
relocação são mostrados na Tabela 3.3.3-8.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 103 / 530
Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a<br />
relocação<br />
Configuração<br />
JUNHO/2005 – C.Pesada<br />
Hidráulicas: 95%<br />
JUNHO/2005 – C.Média<br />
Hidráulicas: 88%<br />
JUNHO/2005 – C.Leve<br />
Hidráulicas: 57%<br />
FEVEREIRO/2006 – C.Pesada<br />
Hidráulicas: 89%<br />
FEVEREIRO/2006 – C.Média<br />
Hidráulicas: 95%<br />
JUNHO/2006 – C.Pesada<br />
Hidráulicas: 88%<br />
JUNHO/2006 – C.Média<br />
Hidráulicas: 79%<br />
JUNHO/2006 – C.Leve<br />
Hidráulicas: 50%<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- Palhoça<br />
231,7 MVA<br />
99,9%<br />
225,0 MVA<br />
96,9%<br />
264,2 MVA<br />
113,7%<br />
251,9 MVA<br />
107,9%<br />
239,7 MVA<br />
102,8%<br />
250,9 MVA<br />
108,2%<br />
247,0 MVA<br />
107,0%<br />
274,4 MVA<br />
118,1%<br />
Carregamento da<br />
linha J. Lacerda B<br />
- J. Lacerda A<br />
138,0 MVA<br />
59,5%<br />
125,6 MVA<br />
54,1%<br />
129,8 MVA<br />
55,9%<br />
119,9 MVA<br />
51,4%<br />
100,1 MVA<br />
42,9%<br />
108,5 MVA<br />
46,8%<br />
104,8 MVA<br />
45,4%<br />
125,9 MVA<br />
54,2%<br />
Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />
Portanto a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em<br />
Jorge Lacerda B, elimina as restrições para escoamento da geração da UTE<br />
Jorge Lacerda em condições normais de operação, com a rede completa, em<br />
todo o período do PAR 2004-2006. No entanto, ocorrem violações de até<br />
18% sobre o limite do CPST, quando da indisponibilidade da LT 230 kV<br />
Jorge Lacerda B – Blumenau. Quando considerado o valor admissível para<br />
carregamento de curta duração, de 319 MVA, a relocação do terminal da LT<br />
230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em Jorge Lacerda B é suficiente para<br />
escoamento da geração da UTE Jorge Lacerda, em todo o período do PAR<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 104 / 530
2004-2006. Fica caracterizado, portanto, a importância do deslocamento<br />
proposto da linha para Palhoça.<br />
d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
São relacionadas, na tabela 3.3.3-9 seguinte, contingências duplas,<br />
simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de<br />
capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de<br />
carga, no atendimento à Região Metropolitana de Florianópolis. Observa-se<br />
grande dependência do atendimento de Florianópolis à subestação de<br />
Palhoça e às linhas de 230 kV que chegam a esta subestação.<br />
Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no atendimento a Florianópolis<br />
CONTINGÊNCIAS<br />
LTs 230 kV Palhoça – Blumenau e Palhoça –<br />
Jorge Lacerda A<br />
VIOLAÇÕES<br />
Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 95 MW<br />
na carga de atendida pela SE Palhoça, com risco de<br />
desligamentos em cascata<br />
LTs 230 kV J. Lacerda A – J. Lacerda B e<br />
Palhoça – Jorge Lacerda A<br />
Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 90 MW<br />
na carga de atendida pela SE Palhoça e sobrecarga de<br />
35% na linha 138 kV Itajaí - Tijucas<br />
SE Palhoça – Transformadores 2 e 3 (único<br />
disjuntor na alta) e Transformador 1<br />
Corte estimado dede 43 MW nas cargas atendidas pela SE<br />
Palhoça<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
fora da Rede Básica nas SEs Blumenau, Joinville e Jorge Lacerda A.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa Catarina ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Jorge Lacerda B: relocação do terminal da LT 230 kV<br />
Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha<br />
de 230 kV, circuito simples, 0,8 km<br />
SE Palhoça: Substituição do TC para Jorge Lacerda B<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 105 / 530
) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção<br />
do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira<br />
com a Rede Básica, no Leste de Santa Catarina (Celesc).<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas<br />
operativos decorrentes de contingências na rede de 230 kV do oeste de<br />
Santa Catarina (Salto Osório - Xanxerê) (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Realizar avaliação da implementação da solução integrada de longo prazo<br />
para a rede transmissão de Santa Catarina, quando das solicitações de<br />
acesso da Celesc (<strong>ONS</strong>/Celesc/Eletrosul).<br />
• Na SE Jorge Lacerda B, trocar a relação do TC para Palhoça (Eletrosul).<br />
• Realizar avaliação da implementação da solução de longo prazo para<br />
solucionar restrições de despacho sobre as máquinas do Complexo Jorge<br />
Lacerda (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 106 / 530
Mato Grosso do Sul<br />
Eldorado<br />
Dourados<br />
Guaira<br />
Altônia<br />
Loanda<br />
Umuarama<br />
Rosana<br />
Cidade<br />
Gaúcha<br />
Paranavaí<br />
Santos Dumont<br />
Goio-erê<br />
Cianorte<br />
Campo<br />
Morão<br />
Colorado<br />
Mourão<br />
Barbosa<br />
Ferraz<br />
Faxinal<br />
Assis<br />
Alto Paraná<br />
DETALHE DA<br />
REGIÃO DE LONDRINA<br />
Astorga<br />
C. Procópio<br />
Londrina<br />
Ibiporã<br />
(Copel)<br />
(2005)<br />
J. Alvorada<br />
Maringá Sarandi<br />
Londrina<br />
Arapongas<br />
(Eletrosul)<br />
Horizonte<br />
(2005)<br />
Mandaguari<br />
Florestópolis<br />
Bela Vista<br />
do Paraíso<br />
Apucarana<br />
(2006)<br />
(2005)<br />
Bandeirantes<br />
(2005)<br />
Figueira<br />
Andirá<br />
Salto Grande<br />
Siqueira<br />
Campos<br />
Inpacel<br />
Jaguariaíva<br />
Chavantes<br />
Pisa<br />
São Paulo<br />
Ibiuna<br />
Itaberá<br />
Paraguai<br />
Acaray<br />
Itaipu<br />
Foz do<br />
Iguaçu<br />
(Furnas)<br />
Foz do<br />
Iguaçu<br />
Mal. Cândido<br />
Rondon<br />
Palotina<br />
Olímpico<br />
Vila Yolanda<br />
Argentina<br />
Assis<br />
Chateaubriand<br />
Toledo<br />
Céu Azul<br />
Medianeira<br />
Frigobrás<br />
Cascavel<br />
Oeste<br />
(2006)<br />
Foz do Iguaçu Oeste<br />
Portal<br />
Salto<br />
Caxias<br />
Realeza<br />
Pinheiros<br />
(2005)<br />
Ubiratã<br />
Cascavel<br />
Foz do<br />
Chopim<br />
Francisco<br />
Beltrão<br />
Mamborê<br />
(2005)<br />
Quedas do<br />
Salto Iguaçu<br />
Osório<br />
Salto<br />
Dois Santiago<br />
Vizinhos<br />
Pato Branco<br />
(2005)<br />
Laranjeiras<br />
do Sul<br />
Madeireira<br />
Sta. Maria<br />
Pitanga<br />
Coop. Agrária<br />
Entre Rios<br />
Gov. Bento<br />
Munhoz<br />
Ivaiporã<br />
Vila Carli<br />
Faz. Eólica<br />
de Palmas<br />
Clevelândia<br />
Palmas<br />
Xanxerê<br />
(2005)<br />
Canteiro<br />
Segredo<br />
Itá<br />
(2005)<br />
Guarapuava<br />
Socorro<br />
Santa<br />
Clara<br />
Fundão<br />
Areia<br />
<br />
Paraná<br />
União da<br />
Vitória<br />
Campos Novos<br />
Telêmaco<br />
Borba<br />
Rio Azul<br />
Ponta<br />
Grossa Norte<br />
Xisto<br />
Irati<br />
Sabará<br />
Canoinhas<br />
Palmeira<br />
São Mateus<br />
do Sul<br />
Castro<br />
Batavia<br />
Belém<br />
Ponta<br />
Grossa Sul<br />
(2003)<br />
Lapa<br />
Tafisa<br />
Santa Catarina<br />
(2003)<br />
Bateias<br />
DETALHE DA<br />
REGIÃO DE CURITIBA<br />
CCPRB<br />
Curitiba<br />
Ibiuna<br />
Pilarzinho<br />
Uberaba<br />
(2005)<br />
Joinville<br />
Blumenau<br />
Gov. Parigot<br />
de Souza<br />
Posto<br />
Fiscal<br />
Guaratuba<br />
Paranaguá<br />
Praia de<br />
Leste<br />
Matinhos<br />
Oceano<br />
Atlântico<br />
Londrina<br />
(Copel)<br />
REGIÃO DE LONDRINA<br />
Palermo<br />
J. Bandeirante<br />
Dixie Toga<br />
R. Davids<br />
Vera Cruz<br />
Ibiporã<br />
(2004)<br />
Londrina<br />
(Eletrosul)<br />
Bateias<br />
Itambé<br />
Campo<br />
Largo<br />
UEG Araucária<br />
CSN<br />
(2003)<br />
REGIÃO DE CURITIBA<br />
(2003)<br />
Sid.<br />
Guaíra<br />
Gralha<br />
Azul<br />
Campo<br />
Comprido<br />
Distr. Ind.C. Largo<br />
C. Ind.<br />
(2003)<br />
Curitiba<br />
Pilarzinho<br />
Hubner<br />
Umbará<br />
Fazenda<br />
Iguaçú<br />
Uberaba<br />
S. Mônica<br />
(2004)<br />
Campo do<br />
Assobio<br />
Distr. Ind.<br />
S. J. dos<br />
Pinhais<br />
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />
LEGENDA:<br />
Usina Hidrelétrica<br />
<br />
Usina Eólica<br />
Usina Termelétrica<br />
Subestação<br />
Conversora<br />
LT 600 kV CC<br />
LT 765 kV<br />
LT 525 kV<br />
LT 230 kV<br />
LT 138 kV<br />
LT 69 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 107 / 530
3.3.4 Área Paraná<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
O sistema de 525 kV que atende ao Estado do Paraná interliga-se na subestação<br />
de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, que constitui o elo principal de ligação<br />
entre as regiões Sul e Sudeste. Desta subestação partem três linhas de 525 kV<br />
para as hidrelétricas de Salto Santiago e Gov. Bento Munhoz, no Rio Iguaçu, e para<br />
a subestação de Londrina, 525/230 kV, que constitui o principal ponto de<br />
atendimento ao norte do Paraná.<br />
Da SE Londrina 525/230 kV saem linhas em 230 kV para as subestações de<br />
Ibiporã, Figueira, Apucarana e Maringá. Uma parcela menor do intercâmbio de<br />
energia com a Região Sudeste é realizada por meio de linhas de 230 kV que<br />
interligam três subestações da área norte do Estado (Maringá, Londrina e Figueira)<br />
às subestações de Assis e Chavantes, na fronteira de São Paulo.<br />
A partir do segundo trimestre do ano em curso a capacidade da interligação com o<br />
Sudeste foi expandida, com a entrada em operação de uma linha de 500 kV, em<br />
circuito duplo, que conecta a subestação de Bateias, na Região Metropolitana de<br />
Curitiba, com Ibiúna, no estado de São Paulo.<br />
A LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão interliga a área norte do Paraná com a<br />
UHE Salto Osório. Desta usina saem mais quatro linhas de 230 kV, para as<br />
subestações de Areia, Pato Branco e Cascavel. Esta subestação conecta-se à SE<br />
Cascavel Oeste, 525/230 kV – 600 MVA, que é ponto de recepção da geração da<br />
UHE Salto Caxias e principal pólo de atendimento à área oeste do Paraná,<br />
juntamente com a UHE Salto Osório.<br />
Da UHE Gov. Bento Munhoz saem duas linhas de 525 kV para as subestações de<br />
Bateias (672 MVA) e Curitiba (2x672 MVA), que atendem a área metropolitana de<br />
Curitiba, onde se concentra a maior parte do consumo industrial do Paraná. O<br />
principal centro de carga do Estado é atendido em 230 kV pela UHE Gov. Parigot<br />
de Souza e por seis subestações de 230/69 kV, que se interligam, formando um<br />
anel de 230 kV em torno da área metropolitana.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado<br />
A tabela 3.3.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Paraná no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 108 / 530
Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Paraná<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
(MW) (1) 7.414 7.414 7.533 (3) 7.562 (4)<br />
Demanda Máxima Anual<br />
(MW) (2) 3.278 3.378 3.623 3.805<br />
Obs: (1) incluídas as usinas do Rio Iguaçu, não incluídas pequenas gerações<br />
(2) carga pesada de inverno; (3) UHE Santa Clara (119 MW); (4) UHE Fundão (119 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Do fechamento do ciclo anterior do PAR ao presente ocorreram importantes<br />
definições no que se refere à expansão da Interligação Sul-Sudeste e da Rede<br />
Básica de 525 kV associada às usinas do Rio Iguaçu, ao que se soma o<br />
cancelamento do programa de expansão de geração térmica a gás no Mato<br />
Grosso do Sul. Essas mudanças deverão influir direta ou indiretamente no<br />
desempenho operativo do sistema elétrico no Paraná, particularmente no Norte e<br />
no Oeste do Estado.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
• Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Araucária<br />
O ponto de conexão da UTE Araucária à Rede Básica é a barra de 230 kV da<br />
SE Gralha Azul. Na configuração inicialmente proposta para integração da<br />
usina ao sistema essa subestação ligava-se à SE Cidade Industrial e à SE<br />
Campo Assobio por meio de um novo trecho de linha de 230 kV em circuito<br />
duplo, a ser construído entre a SE Gralha Azul e a SE Umbará. Desta linha<br />
um dos circuitos é ligado ao trecho de linha entre a SE Umbará e a SE<br />
Cidade Industrial. O outro circuito da nova linha é ligado ao trecho de linha<br />
existente entre a SE Umbará e a SE Campo do Assobio. O disjuntor da SE<br />
Umbará no qual se conecta o circuito Umbará – Campo do Assobio seria<br />
mantido aberto, sendo fechado apenas durante emergências, como a perda<br />
da LT 230 kV Gralha Azul - Cidade Industrial (ou Gralha Azul - Campo<br />
Comprido, antes da implantação da SE Cidade Industrial).<br />
Considerando essa configuração, constatou-se que na perda da LT 230 kV<br />
Gralha Azul – Campo Comprido praticamente toda a geração da usina fluiria<br />
pelo circuito de 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio. Nesta situação não<br />
há como escoar integralmente a potência da UTE Araucária, devido à<br />
sobrecarga no trecho de linha entre Umbará e Campo do Assobio. Para<br />
contornar o problema, foi elaborado um esquema de controle de emergência<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 109 / 530
(ECE), que conectará a LT 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio na SE<br />
Umbará se ocorrer a perda da LT 230 kV Gralha Azul – Campo Comprido,<br />
abrindo a seguir a outra extremidade deste circuito no terminal de Campo do<br />
Assobio. Este esquema deveria atuar para despachos líquidos da térmica<br />
acima de 300 MW. Entretanto, na análise de desempenho transitório<br />
mostrou-se necessário reduzir o despacho da usina, para evitar esforços<br />
inadmissíveis sobre os eixos das máquinas da UTE Araucária, provocados<br />
pela atuação do ECE. Por este motivo, a Copel-G assumiu a implantação de<br />
um esquema de corte de geração (ECG) de uma máquina a gás da térmica,<br />
que será ativado antes da alteração topológica a ser efetuada pelo ECE,<br />
para despachos líquidos da usina superiores a 340 MW.<br />
A atuação dos esquemas acima descritos constitui solução provisória para<br />
fazer frente a essa contingência, até que seja implantada uma nova entrada<br />
de linha na SE Umbará, para conexão permanente da SE Gralha Azul,<br />
atualmente em análise pela Aneel. Com isso também voltaria a ser ligado<br />
diretamente nesta subestação o circuito para Campo do Assobio.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do norte do Paraná<br />
A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina causa decréscimo<br />
no perfil de tensão nas subestações de Maringá e Apucarana, a níveis<br />
inferiores a 90% na carga pesada de inverno, desde 2004, nos dois sentidos<br />
de intercâmbio. Este problema persiste até o seccionamento da LT 230 kV<br />
Maringá – Assis para a SE Londrina, cuja concessão está em análise pela<br />
Aneel.<br />
• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Guaíra<br />
A perda da LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra provoca baixo perfil de<br />
tensão na região de Guaíra, cuja severidade depende da condição de<br />
intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste e da geração despachada no<br />
Mato Grosso do Sul. Para exportação de 3.500 MW para o Sudeste e<br />
geração de 90 MW na UTE W. Arjona, o déficit capacitivo estimado é de<br />
40 Mvar em 2004 e 47 Mvar em 2005, elevando-se para 91 Mvar em 2004 e<br />
118 Mvar em 2005 quando se considera despacho nulo nesta térmica. A<br />
entrada em operação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, proposta<br />
pela primeira vez neste PAR e prevista para 2006, eliminará os problemas<br />
causados por esta contingência.<br />
• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Cascavel Oeste<br />
A perda do único transformador 525/230 kV da SE Cascavel Oeste provoca<br />
tensões inferiores a 90% na região oeste do estado, principalmente em<br />
Cascavel Oeste, no inverno de 2004, no cenário de intercâmbio de 4.000 MW<br />
do Sudeste para o Sul. Até a instalação do segundo transformador nesta<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 110 / 530
subestação, em análise pela Aneel, e da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />
Ivaiporã, em fase de licitação, será necessário redespacho de geração na<br />
UHE Salto Osório, de maneira a garantir geração mínima superior a 800 MW<br />
durante esta indisponibilidade para evitar colapso de tensão.<br />
• Baixo perfil de tensão na rede de 138 kV da região de Foz do Iguaçu<br />
Atualmente a região de Foz do Iguaçu está sendo atendida de forma radial<br />
através de duas linhas em 138 kV que partem da SE Cascavel 230/138 kV.<br />
Também são atendidos por estas linhas outros centros de carga situados<br />
entre Foz do Iguaçu e Cascavel (Vila Yolanda, Céu Azul e Medianeira). O<br />
desempenho desta configuração apresenta restrições de tensão e<br />
carregamentos. Para resolver estes problemas recentemente a Copel<br />
solicitou acesso à Rede Básica através de uma nova subestação 230/138 kV,<br />
150 MVA, denominada Foz do Iguaçu Norte, que será atendida a partir da SE<br />
Cascavel Oeste por uma nova linha de 230 kV, com 115 km.<br />
• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Pilarzinho<br />
A linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido<br />
e a SE Pilarzinho apresenta elevados carregamentos em condição normal,<br />
que chegam à ultrapassar o valor de 276 MVA, limite de carregamento<br />
contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para despachos da UTE<br />
Parigot de Souza abaixo de 80 MW. A perda desta linha implica em que o<br />
atendimento à SE Pilarzinho passe a ser feito radialmente a partir da UHE<br />
Gov. Parigot de Souza, que é o ponto de controle de tensão mais próximo<br />
Daí resultam tensões baixas na SE Pilarzinho e na rede de 69 kV da área de<br />
influência desta subestação. Com a entrada da SE Santa Mônica, que<br />
seccionará a LT 230 kV Pilarzinho - Gov. Parigot de Souza, este problema<br />
tende a se agravar. A implantação da LT 230 kV D. I. S. José dos Pinhais –<br />
Santa Mônica melhorará o suporte de tensão na barra de 230 kV da SE<br />
Santa Mônica e, indiretamente, na SE Pilarzinho. Mesmo assim mostra-se<br />
indispensável a implantação do capacitor de 69 kV, 30 Mvar, programado<br />
pela Copel-D para o secundário da SE Pilarzinho. Compensação do mesmo<br />
porte está prevista pela Copel-D para as subestações de Umbará, Uberaba e<br />
Cidade Industrial de Curitiba, cuja necessidade é ditada pelo crescimento da<br />
carga, ativa e reativa, na Região Metropolitana de Curitiba. A necessidade de<br />
compensação capacitiva no secundário da SE Santa Mônica deverá ser<br />
avaliada na análise das condições de acesso desta nova subestação, para a<br />
qual a Copel-D solicitou acesso durante este ciclo do PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 111 / 530
c) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste<br />
As subestações de Cascavel Oeste e Cascavel são conectadas por duas<br />
linhas de transmissão: uma delas de circuito duplo, condutor 795 MCM, com<br />
um circuito em operação, e a outra linha de circuito simples, condutor<br />
636 MCM. Em condição normal de operação não são esperadas sobrecargas<br />
nestas duas linhas no período em análise, ocorrendo inclusive redução de<br />
carregamento em 2006, para a condição de intercâmbio Sul – Sudeste, após<br />
a implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã. Entretanto a perda<br />
de um dos circuitos de 230 kV entre as duas subestações causa sobrecarga<br />
no circuito remanescente. Na tabela seguinte registram-se os carregamentos<br />
resultantes da indisponibilidade de um dos circuitos, para diversos patamares<br />
de carga e cenários de intercâmbio de energia com a Região Sudeste. Pode<br />
ser observado que a entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />
Ivaiporã em 2006 aliviará a sobrecarga na condição de intercâmbio Sul –<br />
Sudeste. Entretanto não se mostra efetiva para intercâmbio no sentido<br />
inverso, no qual persiste sobrecarga de 35% em fevereiro de 2006 e de 69%<br />
em junho do mesmo ano.<br />
Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste – Cascavel na perda de um circuito<br />
ANO PATAMAR RSUL<br />
FLUXOS (MVA)<br />
circuito 1 circuito 2<br />
2004<br />
Jun Pes -3300 MW 0 305<br />
Jun Pes +4000 MW 0 357<br />
Fev Med -3000 MW 0 278<br />
2005<br />
Fev Med +4000 MW 0 281<br />
Jun Pes -3500 MW 0 390<br />
Jun Pes +4000 MW 0 361<br />
Fev Med -4000 MW 0 99<br />
2006<br />
Fev Med +4000 MW 0 331<br />
Jun Pes -3500 MW 0 155<br />
Jun Pes +4000 MW 0 415<br />
Também ocorrem sobrecargas nestes circuitos quando da perda da LT<br />
525 kV Salto Caxias – Salto Santiago, que variam conforme a geração da<br />
UHE Salto Caxias, que nesta contingência tende a escoar totalmente pelo<br />
transformador da SE Cascavel Oeste e pela rede de 230 kV associada. Com<br />
geração de 1.200 MW nesta hidrelétrica, a sobrecarga atinge 75% em junho<br />
de 2005. A entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã,<br />
atualmente em fase de licitação, eliminará as sobrecargas entre Cascavel<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 112 / 530
Oeste e Cascavel para esta indisponibilidade. Antes dessa ampliação será<br />
requerida a atuação de esquema de alívio de geração na UHE Caxias.<br />
Na compatibilização do PAR 2003-2005 com o PDET 2002-2006 foi proposta<br />
a recapacitação para 350 MVA das duas linhas entre Cascavel e Cascavel<br />
Oeste. Entretanto, o recente cancelamento do programa de expansão<br />
térmica no Mato Grosso do Sul teve impacto marcante na distribuição de<br />
fluxos na rede de 230 kV do Oeste do Paraná. Pela tabela anterior pode-se<br />
concluir que a recapacitação para 350 MVA não resolverá as sobrecargas na<br />
perda de um dos circuitos Cascavel Oeste – Cascavel, o que é atendido com<br />
o lançamento do terceiro circuito de 230 kV entre Cascavel Oeste e<br />
Cascavel. A perda da LT 525 kV Salto Caxias - Salto Santiago provoca<br />
sobrecargas nesta linha mesmo com o terceiro circuito, o que será resolvido<br />
com a entrada da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, atualmente em<br />
processo de licitação. Antes dessa ampliação será requerida a atuação de<br />
esquema de alívio de geração na UHE Caxias. Portanto não se caracteriza a<br />
necessidade da recapacitação anteriormente proposta, bastando o<br />
lançamento do terceiro circuito.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório<br />
A perda da LT 525 kV Cascavel Oeste – Salto Caxias provoca sobrecarga na<br />
LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório, no patamar de carga média de<br />
verão. A sobrecarga esperada é de 23% em 2005, com intercâmbio Sul –<br />
Sudeste de 3.000 MW. Este problema deixa de existir com a entrada do<br />
segundo transformador de Cascavel e da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />
Ivaiporã. Antes dessas obras será requerida a atuação de esquema de alívio<br />
de geração na UHE Caxias.<br />
• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra –<br />
Dourados<br />
A análise de desempenho destas linhas está documentada no item 3.5.3,<br />
referente ao Mato Grosso do Sul, devido à sua vinculação ao atendimento<br />
daquela área.<br />
• Sobrecarga nas LT 230 kV Londrina – Ibiporã e LT 230 kV Londrina<br />
(Eletrosul) – Londrina (Copel)<br />
O fluxo na LT 230 kV Londrina (E) – Londrina (C) na perda da LT 230 kV<br />
Londrina – Ibiporã é de 413 MVA, no patamar de carga pesada de inverno de<br />
2004 e intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Nas mesmas condições, a<br />
perda da Londrina (E) – Londrina (C) provoca fluxo de 337 MVA na linha<br />
Londrina – Ibiporã. O limite de transmissão da Londrina (E) – Londrina (C) é<br />
de 319 MVA, determinado por bobina de bloqueio no terminal Londrina; o<br />
limite declarado no CPST para a LT 230 kV Londrina – Ibiporã é de 227 MVA<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 113 / 530
e a limitação física neste patamar de carga é definida por transformador de<br />
corrente na SE Ibiporã, de 310 MVA.<br />
A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga pesada de<br />
inverno de 2004, com intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW, causa<br />
carregamentos de 257 MVA na Londrina – Ibiporã e de 343 MVA na Londrina<br />
(E) – Londrina (C).<br />
O lançamento do segundo circuito da linha de circuito duplo entre Londrina e<br />
Ibiporã, em análise pela Aneel, estimado nesta análise para 2005, elimina as<br />
violações na Rede Básica para as contingências acima mencionadas.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Maringá – Londrina<br />
Mesmo depois do seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis em<br />
Londrina (E), persiste sobrecarga de 9% em 2005 e 17% em 2006 nessa<br />
linha na indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga<br />
pesada de inverno, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000MW.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Apucarana – Sarandi (após seccionamento da LT<br />
230 kV Apucarana – Maringá)<br />
Ocorre sobrecarga de 7% em 2006 neste trecho de linha, na<br />
indisponibilidade da LT 230 kV Maringá – Londrina (após seccionamento da<br />
LT 230 kV Maringá – Assis), na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de<br />
4.000 MW e patamar de carga pesada de inverno.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Chavante – Figueira<br />
Ocorre sobrecarga de 3% nesta linha em 2005 na indisponibilidade da LT<br />
230 kV Apucarana – Figueira, na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de<br />
4.000 MW e patamar de carga média de verão.<br />
Nesses três casos, considerando o montante de sobrecarga observada, essa<br />
questão deverá ser acompanhada para posterior avaliação da necessidade<br />
de implantação de reforços.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Londrina – Apucarana<br />
Constata-se a violação da capacidade operativa na LT 230 kV Londrina –<br />
Apucarana em condição normal de operação, no cenário de intercâmbio<br />
Sudeste – Sul de 4.000 MW. No patamar de carga pesada de inverno os<br />
fluxos simulados são de 370 MVA em 2004, 327 MVA em 2005 e 363 MVA<br />
em 2006. O limite declarado no CPST para esta linha é de 325 MVA,<br />
enquanto o limite operativo neste patamar de carga é de 390 MVA,<br />
determinado pelo transformador de corrente no terminal de Apucarana.<br />
Nas mesmas condições de intercâmbio e carga, contingências como a perda<br />
das linhas Maringá – Assis, Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel) ou<br />
Londrina – Ibiporã aumentam o fluxo na LT 230 kV Londrina – Apucarana,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 114 / 530
que chega a valores acima de 390 MVA. A contingência mais severa é a<br />
perda da LT 230 kV Maringá – Assis, a ser seccionada para a SE Londrina<br />
230 kV em 2005, que resulta em carregamentos de 423 MVA em 2004,<br />
413 MVA em 2005 e 455 MVA em 2006.<br />
Na carga média de verão e intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, a<br />
indisponibilidade da LT 230 kV Figueira – Chavante provoca carregamentos<br />
na LT 230 kV Londrina – Apucarana de 347 MVA em 2005 e de 377 MVA em<br />
2006. A perda da LT 230 kV Bateias – Jaguariaíva provoca fluxos de<br />
338 MVA nesta linha em 2006. Neste patamar de carga, o limite determinado<br />
por condutor é de 325 MVA.<br />
Essas elevadas solicitações associadas direta ou indiretamente à LT 230 kV<br />
Apucarana – Londrina demonstram a necessidade de expansão da Rede<br />
Básica do norte do Paraná para solução do problema. A alternativa apontada<br />
pelo planejamento consiste no lançamento de uma linha de 230 kV entre a<br />
SE Londrina (Eletrosul) e a nova subestação de Sarandi, para a qual a<br />
Copel-D acaba de solicitar acesso à Rede Básica. Esta solução não se<br />
mostrou inteiramente satisfatória para resolver o problema citado na<br />
presente análise. Conforme informado pela Copel-T, essa alternativa deverá<br />
ser revista, tendo em vista que nos estudos que a definiram estava<br />
associada a integração da UHE São Jerônimo, cuja data de implantação está<br />
indefinida, devido a problemas ambientais.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Umbará – Uberaba<br />
A maior parte das linhas de 230 kV que atendem à Região Metropolitana de<br />
Curitiba apresenta carregamentos elevados em condição normal e mesmo<br />
sobrecarga em contingência, dependendo do despacho da UHE Governador<br />
Parigot de Souza, das condições de intercâmbio regional e do nível de<br />
geração da UTE Araucária.<br />
A tabela 3.3.4-3 mostra os carregamentos num dos circuitos da linha de<br />
circuito duplo existente entre a SE Umbará e a SE Uberaba, quando da<br />
perda do circuito paralelo, para intercâmbio de 3.500 MW do Sul para o<br />
Sudeste e 4.000 MW no sentido oposto, com despacho variável na UHE G.<br />
Parigot de Souza e na UTE Araucária. Para despachos reduzidos na UHE<br />
Gov. Parigot de Souza verifica-se a ultrapassagem sistemática do limite de<br />
carregamento contínuo, de 298,9 MVA, para o qual esta linha foi<br />
recapacitada recentemente pela Copel-T, e mesmo a ultrapassagem do limite<br />
de curta duração, de 343 MVA. A solução para este problema, consiste na<br />
construção de uma linha de 230 kV de 31 km entre a SE Gralha Azul e a SE<br />
D.I.S.José dos Pinhais.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 115 / 530
Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na perda do circuito paralelo<br />
INTERCAMBIO Sul =>Sudeste Sudeste=>Sul<br />
UTE<br />
UHE GPS<br />
UHE GPS<br />
ANO Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />
470 MW 254 298 322 253 282 300<br />
2004 0 251 294 319 250 279 298<br />
470 MW 272 311 338 257 295 321<br />
2005 0 268 306 333 253 291 309<br />
470 MW 293 326 352 287 319 337<br />
2006 0 288 322 348 283 314 333<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Pilarzinho – Campo Comprido<br />
A tabela 3.3.4-4 mostra os carregamentos em condição normal de operação<br />
na linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido<br />
e a SE Pilarzinho, considerando a atual configuração do anel de 230 kV de<br />
Curitiba. Constata-se a ultrapassagem do valor de 276 MVA, limite de<br />
carregamento contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para<br />
despachos da UTE Parigot de Souza abaixo de 80 MW.<br />
Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho em condição normal- configuração atual<br />
INTERCAMBIO Sul =>Sudeste Sudeste=>Sul<br />
UTE<br />
UHE GPS<br />
UHE GPS<br />
ANO Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />
470 MW 182 231 259 221 260 286<br />
2004 0 186 242 276 224 264 290<br />
470 MW 237 289 325 254 306 344<br />
2005 0 243 295 331 260 319 353<br />
470 MW 231 285 316 267 317 346<br />
2006 0 237 291 322 273 323 352<br />
Estas sobrecargas se agravam ao serem simuladas contingências nas linhas<br />
de 230 kV do anel de Curitiba e persistem mesmo quando considerada a<br />
implantação das novas expansões propostas pelo CCPE para a Região<br />
Metropolitana, como a LT 230 kV Gralha Azul - D.I. São José dos Pinhais e a<br />
LT 230 kV D.I. São José dos Pinhais - Santa Mônica, como mostra a tabela<br />
seguinte.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 116 / 530
Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba<br />
INTERCAMBIO<br />
Sul =>Sudeste<br />
Sudeste=>Sul<br />
UTE<br />
UHE GPS<br />
UHE GPS<br />
Condição Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />
470 MW 177 211 229 223 254 272<br />
Normal 0 193 227 246 239 270 288<br />
470 MW 202 242 265 249 285 306<br />
Contingência 0 221 260 282 266 302 306<br />
A solução indicada pelo planejamento, que é o recondutoramento desta linha,<br />
atualmente em detalhamento pela área de engenharia da Copel –T, deve ser<br />
equacionada levando em conta os riscos operativos associados à intervenção<br />
numa instalação constantemente solicitada. Pelos carregamentos observados<br />
nas simulações, prevêem-se grandes dificuldades para viabilizar o<br />
desligamento da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho de modo a efetuar<br />
a troca do condutor.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Uberaba – Gov. Parigot de Souza<br />
Na condição de despacho reduzido da UHE Parigot de Souza verificam-se<br />
carregamentos elevados na linha citada, no patamar de carga média, quando<br />
da perda da LT 230 kV Campo Comprido - Pilarzinho, a partir de junho de<br />
2005, depois da entrada da nova SE Santa Mônica, para a qual a Copel-D<br />
solicitou acesso neste ciclo do PAR, chegando à ultrapassagem da<br />
capacidade operativa no verão de 2006. Esta situação deve se agravar com<br />
a entrada em operação da SE Posto Fiscal 230/138 kV, que será conectada<br />
à Rede Básica por seccionamento da LT 230 kV Uberaba - Gov.Parigot de<br />
Souza, para atendimento às cargas do litoral do Paraná. A implantação da<br />
LT 230 kV São José dos Pinhais - Santa Mônica, proposta neste PAR,<br />
resolve este problema, possibilitando um caminho alternativo para o<br />
escoamento de fluxo para SE Santa Mônica, nesta contingência.<br />
• Sobrecarga na LT 230 kV Bateias – Campo Comprido (C3)<br />
Este circuito está limitado em 175 MVA e opera no mesmo disjuntor do<br />
circuito C1, conforme informação da Copel. Os circuitos 1 e 2 têm<br />
capacidade de 328 MVA. Na carga pesada de inverno e intercâmbio Sudeste<br />
– Sul de 4.000 MW, são esperados fluxos de 178 MVA em 2005, para<br />
geração de 469 MW na UTE Araucária, e de 220 MVA para geração nula<br />
nesta térmica. Em 2006, o fluxo é de 214 MVA para despacho nulo de<br />
Araucária.<br />
A indisponibilidade do circuito C2 provoca fluxos de 220 MVA em 2004,<br />
305 MVA em 2005 e 295 MVA em 2006, com geração nula em Araucária, ou<br />
de 244 MVA em 2005 e de 234 em 2006, com geração de 469 MW.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 117 / 530
A recapacitação do circuito C3 para 325 MVA (80°C), visando equilibrar as<br />
capacidades dos três circuitos, e a individualização dos circuitos 1 e 3, com<br />
instalação de disjuntores nas subestações terminais, são as obras indicadas<br />
para solucionar os problemas acima mencionados. Entretanto, a perda da LT<br />
525 kV Bateias – Curitiba, que se constitui em caminho de fluxo paralelo a<br />
esta rede de 230 kV, ainda provocará sobrecargas acima do limite a ser<br />
recapacitado (325 MVA). Para geração de 469 MW em Araucária, o fluxo<br />
esperado em 2004 é de 267 MVA no circuito C3; em 2005, é de 360 MVA<br />
nos circuitos 1 e 2 e de 331 MVA no C3; em 2006, de 288 MVA no C3. Para<br />
geração nula, o fluxo esperado em 2004 é de 348 MVA nos circuitos 1 e 2 e<br />
320 MVA no circuito C3; em 2005, é de 424 MVA nos circuitos 1 e 2 e de<br />
391 MVA no C3; em 2006, de 380 MVA nos circuitos 1 e 2 e 350 MVA no<br />
C3.Os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba<br />
carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de<br />
planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE.<br />
d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas no<br />
verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e<br />
transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à<br />
Região Metropolitana de Curitiba. Observa-se que o atendimento a Curitiba é<br />
bastante dependente das linhas que derivam da SE Umbará.<br />
Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no atendimento a Curitiba<br />
CONTINGÊNCIAS<br />
LTs 230 kV C. do Assobio – D.S.J. dos Pinhais<br />
e Umbará – Uberaba<br />
VIOLAÇÕES<br />
Sobrecarga de 28% na linha 230 kV Campo Comprido –<br />
Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 90 MW na<br />
região de Curitiba<br />
LTs 230 kV Umbará – Campo do Assobio e<br />
Umbará – Uberaba<br />
Sobrecarga de 43% na LT 230 kV Campo Comprido –<br />
Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 280 MW<br />
para eliminar as sobrecargas e restaurar as tensões<br />
LTs 230 kV D.S.José dos Pinhais – Uberaba e<br />
Umbará – Uberaba<br />
Sobrecarga de 24% na LT 230 kV Campo Comprido –<br />
Pilarzinho, exigindo corte de carga de 80 MW na região de<br />
Pilarzinho<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
na subestação Campo Comprido 230 kV. Estudos detalhados deverão<br />
confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 118 / 530
identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora<br />
da Rede Básica nas SEs Campo Comprido, Cascavel, Pilarzinho, Uberaba e<br />
Umbará.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 230 kV Londrina – Ibiporã, circuito duplo, lançamento do 2º<br />
circuito, 20,3 km<br />
LT 230 kV Maringá – Assis, seccionamento em Londrina da<br />
Eletrosul, circuito duplo, 2x23 km<br />
LT 230 kV Bateias – Campo Comprido C3, 17,8 km, circuito<br />
simples, recapacitação<br />
SE Bateias<br />
Entrada de linha do circuito C3 para Campo Comprido<br />
SE Campo Comprido<br />
Entrada de linha do circuito C3 para Bateias<br />
SE Umbará: entrada de linha para SE Gralha Azul<br />
LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste, circuito duplo,<br />
lançamento do 2º circuito, 11,3 km<br />
LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra, recapacitação dos trechos<br />
em 636 MCM<br />
LT 230 kV Gralha Azul – D.I.São José dos Pinhais, 31 km,<br />
circuito duplo, lançamento do primeiro circuito<br />
LT 230 kV Maringá – Apucarana, seccionamento para SE<br />
Sarandi, 0,8 km, circuito duplo<br />
SE Sarandi: setor de 230 kV<br />
LT 230 kV Pilarzinho – Parigot de Souza, seccionamento para<br />
SE Santa Mônica, 9 km, circuito duplo<br />
SE Santa Mônica: setor de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
FEV/2005<br />
FEV/2005<br />
FEV/2005<br />
FEV/2005<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 119 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 230 kV Campo Comprido-Pilarzinho, 17,7 km circuito simples<br />
recondutoramento<br />
LT 230 kV D.I.São José dos Pinhais – Santa Mônica, 25 km,<br />
circuito duplo, lançamento do primeiro circuito<br />
LT 230 kV Cascavel Oeste – Foz do Iguaçu Norte, 120 km,<br />
circuito simples<br />
SE Foz do Iguaçu Norte: setor de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
MAI/2005<br />
JUN/2005<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Detalhar análise de viabilidade técnica da solução para aumento da<br />
capacidade operativa da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho (Copel-T).<br />
• Realizar avaliação específica da eliminação de restrições por equipamentos<br />
terminais nas seguintes linhas: LT 230 kV Londrina – Apucarana; LT 230 kV<br />
Londrina – Ibiporã (Copel-T);<br />
• Avaliar necessidade de compensação capacitiva no secundário da SE Santa<br />
Mônica quando da elaboração do Parecer de Acesso desta nova subestação<br />
(<strong>ONS</strong>/Copel-D).<br />
• Detalhar o atendimento à SE Sarandi através do circuito Londrina – Sarandi<br />
quando da elaboração do Parecer de Acesso desta subestação (<strong>ONS</strong>/Copel-<br />
D)<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 120 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 121 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 122 / 530
3.4 Região Sudeste<br />
3.4.1 Área Rio de Janeiro/Espírito Santo<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
O sistema de transmissão que atende à área Rio de Janeiro e Espírito Santo é<br />
constituído por dois troncos principais, um formado por dois circuitos de 345 kV e<br />
outro com tensão de 500 kV com quatro circuitos.<br />
O sistema de 345 kV chega à subestação de Adrianópolis de onde segue para<br />
Jacarepaguá e Campos e daí para Vitória. O sistema de 500 kV deriva da<br />
subestação de Cachoeira Paulista, sendo que um dos três circuitos parte para a<br />
subestação Angra dos Reis no litoral sul. Do complexo nuclear derivam dois<br />
circuitos de 500 kV que se dirigem às subestações terminais de Grajaú e São José.<br />
A partir de Cachoeira Paulista seguem dois circuitos de 500 kV para a subestação<br />
de Adrianópolis localizada na baixada fluminense, que se interliga por outros dois<br />
circuitos a São José e Grajaú. A partir dessas subestações se realiza a distribuição<br />
de energia aos centros de carga.<br />
O sistema de 345 kV interliga esta área com as usinas do rio Grande, enquanto o<br />
de 500 kV, por onde transita cerca de 75% da potência transmitida à área, interligase<br />
com o sistema de escoamento da usina de Itaipu 60 Hz e com o sistema em<br />
500 kV derivado da usina de Marimbondo. Existem ainda duas linhas de<br />
transmissão de 230 kV, circuito simples, que interligam as áreas SP e RJ/ES sendo<br />
que uma delas atravessa o Vale do Paraíba do Sul e se conecta a subestação de<br />
Nilo Peçanha e outra que interliga as áreas MG e RJ/ES através de ligação entre as<br />
SEs Mascarenhas e Governador Valadares.<br />
A importação de energia elétrica pela área RJ/ES por meio dos troncos de<br />
transmissão mencionados é variável em função do despacho das usinas nela<br />
localizadas e pode, para diversas condições de carga e geração, se situar na faixa<br />
de 2.500 até 5.000 MW no caso de despacho nulo nas usinas térmicas à óleo e gás.<br />
Entretanto, parcela significativa desse mercado pode ser atendida pela geração<br />
localizada na própria área que é constituída por usinas hidrelétricas, com cerca de<br />
1.387 MW de capacidade, e por usinas térmicas a óleo, gás e nuclear da ordem de<br />
4.114 MW previstos até 2004.<br />
O sistema de 345 kV com dois circuitos derivados da SE Adrianópolis passa pelas<br />
SEs Macaé e Campos e chega à SE Vitória onde há transformação para 138 kV,<br />
alimentando a distribuição de energia ao centro de carga local. Em Campos há<br />
transformação para 138 kV para atendimento às cargas locais e do sul do Espírito<br />
Santo.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 123 / 530
Evolução da Geração e do Mercado<br />
A tabela 3.4.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Rio de Janeiro/Espírito Santo no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade UHE 1.126 1.126 1.126 1.126<br />
Instalada no RJ<br />
(MW) UTE 4.114 5.864 (1) 6.382 (2) 6.382<br />
Capacidade UHE 261 261 261 261<br />
Instalada no ES<br />
(MW) UTE - - - -<br />
Área RJ/ES (MW) Total 5.501 7.251 7.769 7.769<br />
Demanda Máxima e<br />
crescimento Anual<br />
(MW)<br />
RJ 5.958 6.210 6.448 6.648<br />
ES 1.257 1.291 1.309 1.341<br />
Total 7.215 7.348 7.617 7.848<br />
(%) --- 1,8 3,6 3,0<br />
Nota: novas usinas térmicas (1) N. Fluminense (772 MW) e Termorio (978 MW); (2) Paracambi (518 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Até início de 2005, espera-se que todos empreendimentos de geração com<br />
Contratos de Uso do Sistema de Transmissão assinados junto ao <strong>ONS</strong> estejam<br />
concluídos, desta forma está previsto o acréscimo ao sistema de cerca de<br />
2.268 MW. O desempenho do sistema de transmissão é influenciado diretamente<br />
pelo despacho de geração dessas usinas que poderá variar consideravelmente e,<br />
com isso, proporcionar diferentes condições de operação dos sistemas de<br />
transmissão.<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação Rede Básica da Área RJ/ES. Entretanto, para algumas condições de<br />
despacho, foram observadas sobrecargas em condições normais de operação em<br />
transformadores de fronteira entre a Rede Básica e de Distribuição.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 124 / 530
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao controle de tensão<br />
• Elevado perfil de tensão nas linhas de 500 kV e 345 kV que convergem para<br />
o Rio de Janeiro.<br />
Com a implantação de novas usinas térmicas na área Rio de Janeiro, os<br />
sistemas de transmissão em 500 kV e 345 kV tendem a operar com<br />
carregamentos mais baixos, acarretando aumento do perfil de tensão nesses<br />
sistemas, inclusive na condição de carga pesada, podendo levar à superação<br />
dos valores máximos admissíveis e ao esgotamento da capacidade de<br />
absorção de potência reativa das usinas da área. O impacto das usinas<br />
térmicas na área Rio de Janeiro é mais acentuado que nas demais áreas do<br />
sistema em razão de sua localização, havendo, contudo, reflexos nas áreas<br />
Minas Gerais e São Paulo. Contribuem também para essa condição a<br />
implantação das obras referentes ao 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira<br />
Paulista - Adrianópolis, o 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira<br />
Paulista e a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Neste contexto e também<br />
com respeito aos estudos e procedimentos de recomposição do sistema,<br />
este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores nos troncos em<br />
345 kV e 500 kV que atendem à área Rio de Janeiro e Espírito Santo: SE<br />
Campinas - reator manobrável de barra de 136 Mvar – 500 kV em<br />
substituição ao existente de 73 Mvar,.SE Marimbondo – reator manobrável<br />
de barra de 100 Mvar – 500 kV, SE Itutinga – reator manobrável de barra de<br />
60 Mvar – 345 kV e SE Angra – reator manobrável de barra de 136 Mvar –<br />
500 kV.<br />
• Baixo perfil de tensão em Vitória 345 kV<br />
A entrada em operação das usinas térmicas Macaé Merchant e ainda em<br />
2003 da UTE Norte Fluminense reforçam o controle de tensão no tronco de<br />
345 kV, principalmente na área de Campos, onde existe instalado um<br />
compensador estático para permitir, temporariamente, que fosse suportada a<br />
contingência de um dos circuitos de 345 kV Adrianópolis – Campos.<br />
Com a implantação dessas obras e principalmente após a instalação da LT<br />
345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, esse CE poderá ser transferido para a SE<br />
Vitória que passa a apresentar níveis mínimos de tensão na contingência de<br />
um circuito 345 kV Campos – Vitória. Na contingência de um dos circuitos da<br />
LT 345 kV Campos – Vitória observam-se tensões que podem chegar a 94%<br />
em 2004 e 91% em 2006, em Vitória 345 kV, para a carga prevista e com<br />
todos os recursos de compensação disponíveis utilizados. A operação desse<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 125 / 530
compensador estático em Vitória, cuja transferência está em análise pela<br />
Aneel, propicia um desempenho satisfatório (tensões de 1.0 p.u) para essa<br />
contingência. Observa-se, entretanto, que os bancos de capacitores de<br />
120 Mvar/345 kV, que foram instalados juntamente com o CE, devem ser<br />
mantidos na subestação de Campos.<br />
Deve-se ressaltar que, na ponta do sistema da área Espírito Santo em 2004<br />
e no período que antecede à instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória,<br />
podem ocorrer restrições à capacidade de atendimento a essa área quando<br />
de contingências no eixo 345 kV Campos-Vitória. Observa-se que despachos<br />
de geração térmica nas usinas ligadas à SE Macaé melhoram o desempenho<br />
da rede, mas não a ponto de eliminar os problemas operativos verificados.<br />
• Com relação à futura LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória é importante ressaltar<br />
as condições verificadas quando da rejeição de um de seus terminais.<br />
Nesses casos, foram observadas tensões sustentadas no terminal em vazio<br />
superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal.<br />
Ressalta-se que o sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos<br />
limitados para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório, que permita o<br />
fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os<br />
equipamentos de manobra. Desse modo, reforça-se neste PAR a<br />
necessidade da inserção de reatores manobráveis em ambos os terminais<br />
dessa linha de transmissão, de valor igual a 60 Mvar/ 345 kV, atualmente em<br />
análise pela Aneel.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />
equipamentos.<br />
• Nos cenários de despacho reduzido de geração das usinas térmicas<br />
presentes nessa área, a contingência na LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira<br />
Paulista pode provocar carregamento elevado acima da capacidade<br />
operativa da LT 500 kV Tijuco Preto – Taubaté. A medida operativa adotada<br />
nesse caso é a elevação de despachos de geração térmica e/ou a redução<br />
do recebimento Sudeste. A entrada em operação do 2º circuito Tijuco Preto -<br />
Cachoeira Paulista, já licitada e prevista para dezembro de 2004, elimina<br />
esse problema.<br />
• A contingência de um dos circuitos do tronco de 345 kV Macaé – Campos<br />
apresenta fluxos elevados no circuito restante antes da entrada em operação<br />
da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. Esses fluxos são agravados a partir da<br />
operação conjunta das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense<br />
quando despachadas. A presença dessa LT reduz esses fluxos que,<br />
entretanto podem permanecer acima do limite operativo (limite de regime<br />
contínuo) para despachos de geração acima de aproximadamente 20%<br />
(300 MW) nessas usinas. A implantação da LT 345 kV Macaé – Campos C3,<br />
proposta neste PAR, elimina essa restrição.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 126 / 530
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
• Observa-se superação da capacidade de interrupção de corrente máxima de<br />
curto-circuito de disjuntores nos sistemas de 138 e 345 kV decorrente da<br />
entrada em operação de usinas térmicas no Estado do Rio de Janeiro. Além<br />
de medidas necessárias na Rede de Distribuição, é necessário implementar<br />
o “bypass” de um dos circuitos da LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />
Adrianópolis para engate na LT 500 kV Adrianópolis – Grajaú, formando a<br />
nova LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú. Associado à formação desta<br />
linha em 500 kV, deverá ser instalado um reator manobrável na LT<br />
Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar/500 kV.<br />
• A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
na subestação de Adrianópolis 345 kV. Estudos detalhados deverão<br />
confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram<br />
identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora<br />
da Rede Básica nas SEs Campos, Jacarepaguá e Pitanga.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
• Para todos os casos analisados o sistema apresenta-se estável.<br />
• A abertura das LT`s 345 kV Campos – Vitória C1 e C2 implica em corte de<br />
carga para controle de tensão e carregamento no sistema de Distribuição da<br />
Escelsa.<br />
• As contingências envolvendo as LT`s 500 kV entre Cachoeira Paulista,<br />
Adrianópolis, Angra, Grajaú e São José, com destaque para a contingência<br />
envolvendo a perda simultânea das LT`s 500kV Cachoeira Paulista – Grajaú<br />
e Angra – Grajaú, implicam em necessidade de corte de carga no sistema de<br />
Distribuição da Light para controle de carregamentos e de tensão no mesmo.<br />
• A abertura das LT`s 345 kV Macaé – Campos C1 e C2 implica na<br />
necessidade de corte de carga, para controle de tensão, no sistema da Cerj<br />
a partir de sua barra de 138 kV na SE Rocha Leão.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Nos diversos cenários analisados no período 2004-2006, observa-se que a<br />
transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA) encontra-se bastante<br />
solicitada já em regime normal de operação, com carregamento em torno do<br />
nominal e estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto - Vitória e a UHE<br />
Aimorés.<br />
Para ano de 2004, cabe ressaltar que devido ao atraso no início das obras<br />
da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, a usina de Aimorés deverá entrar em<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 127 / 530
operação antes desse empreendimento, configurando uma situação mais<br />
favorável para o carregamento da transformação da SE Vitória.<br />
A Escelsa informou a intenção de alterar o defasamento do transformador da<br />
SE Mascarenhas quando da entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto<br />
– Vitória, mudança essa que tem influência sobre o carregamento da<br />
transformação da SE Vitória. Com o defasamento atual de 30º, a perda de<br />
um dos transformadores da SE Vitória pode sobrecarregar as demais<br />
unidades em cerca de 33%. Com defasamento zero (0º elétricos) a<br />
sobrecarga mencionada cai para 15%. A solução de referência de<br />
planejamento e indicada pela distribuidora Escelsa para esse problema é a<br />
implantação da SE Areinha 345/138 kV, prevista quando da elaboração do<br />
PAR 2003-2005 para junho de 2005, mas que pode vir a ser adiada para<br />
2006, por decisão da distribuidora, tendo em conta as condições de mercado<br />
e de sistema previstas (vide tabela 3.4.1.4).<br />
Ressalta-se que a mudança da defasagem de Mascarenhas para 0º elevaria<br />
os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas Gerais para<br />
emergências nessa área, implicando em riscos de corte de carga quando da<br />
perda de linhas de 500 kV no eixo Neves - Vespasiano – Mesquita e para<br />
cenários de baixa hidraulicidade das usinas existentes nessa área, conforme<br />
mostrado na tabela 3.4.2-18. Desta forma, a partir da entrada em operação<br />
da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, terá que ser implementada uma solução<br />
que evite sobrecarga em condições normais na transformação da SE Vitória,<br />
resultante de alterações estruturais que aconteceram no sistema.<br />
• Os dois circuitos de 138 kV Campos - Cachoeiro do Itapemirim operam com<br />
elevado carregamento, entretanto sem superação do limite normal de<br />
141 MVA. Nas situações de contingência de um desses circuitos, ou na<br />
contingência de um dos circuitos de 345 kV entre Campos e Vitória, esse<br />
carregamento pode chegar a cerca de 86% se for considerado o limite de<br />
166 MVA para emergências, o qual consta do estudo CCPE/CTET/047/2002<br />
– Estudo da Expansão do Sistema de Transmissão da Região Sudeste de<br />
dezembro/2002.<br />
• Considerando-se os limites adotados, nos diversos cenários analisados no<br />
período 2004-2006 verifica-se que a LT 138 kV São José – Magé apresenta<br />
carregamento elevado, podendo superar o limite normal de 146 MVA para<br />
cenários de geração térmica elevada na usina Termorio e reduzido nas<br />
usinas Macaé Merchant e Norte Fluminense. Essa condição é agravada em<br />
situações de contingências se for desconsiderado o limite de emergência.<br />
• A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV - 4x225 MVA pode apresentar<br />
carregamento da ordem de 112%, para cenários de geração térmica<br />
reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e Termorio e elevado nas usinas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 128 / 530
Macaé Merchant e N. Fluminense para a contingência da LT 500 kV<br />
Cachoeira Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de transformadores.<br />
• Para limitar a solicitação de curto circuito, a partir da 7ª máquina da UTE<br />
Termorio, deverão ser seccionados os barramentos de 138 kV das<br />
subestações de São José.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />
transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas térmicas.<br />
Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de transmissão que<br />
imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas (tratados sob o titulo<br />
de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que impeçam a<br />
minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a otimização energética<br />
do sistema (Despacho Mínimo).<br />
Despacho Mínimo<br />
• Até a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista,<br />
C2, já licitada pela Aneel, poderá ser necessário despachar usinas térmicas<br />
na área para evitar carregamento acima da capacidade operativa da LT<br />
500 kV Tijuco Preto – Taubaté, quando da contingência da LT 500 kV Tijuco<br />
Preto – Cachoeira Paulista existente e com elevados recebimentos pelo<br />
Sudeste.<br />
• No período que antecede a energização da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e<br />
a substituição dos equipamentos terminais nos circuitos em 345 kV entre<br />
Adrianópolis e Campos, poderá ser necessário despachar as UTEs Macaé<br />
Merchant e/ou Norte Fluminense para evitar sobrecarga em linhas de<br />
transmissão quando de contingências simples.<br />
• Após a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista<br />
C2, LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, além da LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />
Adrianópolis C3 e da substituição dos equipamentos terminais no eixo em<br />
345 kV Adrianópolis – Campos, não será necessário despachar térmicas<br />
para resolver problemas elétricos decorrentes de contingências simples.<br />
Despacho Máximo<br />
• Até a entrada em operação da LT 345 kV Macaé – Campos C3, a geração<br />
nas UTEs Macaé Merchant e Norte Fluminense poderá ficar limitada para<br />
evitar que, no caso de indisponibilidade de linha entre Macaé e Campos, o<br />
circuito remanescente entre em sobrecarga. Com a implantação do 3 o<br />
circuito entre Macaé e Campos, não haverá restrição ao despacho pleno de<br />
usinas termelétricas na área.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 129 / 530
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sudeste ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 345 kV Adrianópolis – Campos: troca de TC, filtro de ondas e<br />
chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE<br />
Campos<br />
SE Angra: reator manobrável de barra de 136 Mvar / 500 kV<br />
SE Adrianópolis<br />
• instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para<br />
aumentar a confiabilidade do arranjo em anel<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
• reator manobrável na LT 500 kV Cachoeira Paulista–<br />
Grajaú – 136 Mvar<br />
• “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT<br />
Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT<br />
Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista<br />
– Grajaú<br />
• seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor<br />
completo (345 kV)<br />
• seccionar a barra B através de instalação de chave<br />
seccionadora e proteção de barras adaptativas (345 kV)<br />
SE Cachoeira Paulista: reator manobrável na linha para<br />
Adrianópolis (Grajaú) e chaveável na linha para Angra –<br />
136 Mvar / 500 kV (associada ao by-pass em Adrianópolis para<br />
formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú)<br />
LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2 (Associada à conexão da<br />
UHE Aimorés)<br />
LT 345 kV Macaé – Campos C3, circuito simples, 90 km<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
FEV/2004<br />
JUN/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 130 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
SE Vitória<br />
• reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória –<br />
60 Mvar<br />
• transferência do compensador estático de Campos para a<br />
SE Vitória (associada à instalação da UTE Norte<br />
Fluminense e da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória)<br />
AGO/2004<br />
JUN/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Viabilizar a implantação da SE Areinha 345/138 kV (Escelsa)<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 131 / 530
Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />
2006<br />
a) Análise do carregamento do eixo 345 kV Adrianópolis – Macaé – Campos<br />
- Vitória<br />
As usinas térmicas de Macaé Merchant e Norte Fluminense poderão gerar<br />
juntas um total de até 1.630 MW. Essas duas usinas solicitaram acesso à<br />
Rede Básica no mesmo ponto – a SE Macaé 345 kV, que secciona os dois<br />
circuitos da LT 345 kV Adrianópolis - Campos.<br />
Para o ano 2004, estando a LT 345 kV O. Preto 2 – Vitória em operação e de<br />
acordo com o mercado previsto, verifica-se que o carregamento no tronco de<br />
345 kV entre Macaé e Campos, durante as condições de carga pesada e<br />
média em condições normais de operação deverá variar de 360 MW, em<br />
situação de despacho nulo nas usinas térmicas supracitadas, até cerca de<br />
640 MW, com essas usinas despachadas em 100% (1.630 MW) de suas<br />
capacidades, tendo sido considerada nesses casos duas máquinas em<br />
operação na usina de Aimorés.<br />
Na contingência de um desses circuitos, e a partir da instalação da LT<br />
345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, verificam-se carregamentos na linha<br />
remanescente que dependem, fundamentalmente, do despacho de geração<br />
nessas usinas, com uma menor influência de cenários energéticos que<br />
envolvam o sistema Sudeste/Centro-Oeste. Para valores reduzidos de<br />
despacho nessas duas usinas, da ordem de 20%, ocorrem carregamentos<br />
em torno de 800 MVA, para despachos da ordem de 60% (980 MW), esses<br />
carregamentos atingem cerca de 1.000 MVA e para geração total das UTEs<br />
são atingidos valores em torno de 1.150 MVA, conforme gráfico 3.4.4-1 a<br />
seguir.<br />
Ressalta-se que o limite operativo (CPST) dessa instalação é de 766 MVA<br />
(valor de projeto, referente à longa duração sem restrição operativa em seus<br />
terminais). O valor limite considerado para carregamentos de emergência<br />
historicamente utilizado pela área de planejamento é de 1.132 MVA,<br />
conforme consta do estudo CCPE/CTET/047/2002 – Estudo da Expansão do<br />
Sistema de Transmissão da Região Sudeste de dezembro/2002. A tabela a<br />
seguir mostra os limites operativos de linhas de transmissão utilizados no<br />
tronco de 345 kV, desde a SE Adrianópolis até a SE Vitória.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 132 / 530
Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV Adrianópolis – Campos - Vitória<br />
Linha de Transmissão<br />
Condutor<br />
[kcmil]<br />
Capacidade Operativa<br />
[CPST]<br />
(A)<br />
(MVA)<br />
LT 345 kV Adrianópolis – Macaé c1, c2 2X954 1282 766<br />
LT 345 kV Campos – Macaé c1, c2 2X954 1282 766<br />
LT 345 kV Campos – Vitória c1, c2 2X954 1200 717<br />
No gráfico abaixo se pode ainda observar o impacto da ausência da LT<br />
345 kV Ouro Preto 2 – Vitória no carregamento do circuito remanescente,<br />
que se eleva de 150 a 230 MW de acordo com o despacho das usinas<br />
térmicas citadas.<br />
Cabe ressaltar também que, estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto 2<br />
– Vitória, foram observados, em contingência, carregamentos superiores a<br />
1.100 MVA para cenários mais críticos de geração térmica e intercâmbio<br />
elevado na interligação Norte/Sul. Como exemplo, tem-se que, para o ano de<br />
2006, com intercâmbio Norte/Sul em torno de 2.000 MW, sentido Norte,<br />
Recebimento pelo Sudeste em 9.000 MW, e as usinas térmicas da área Rio<br />
100% despachadas, o fluxo no circuito restante pode atingir 1.240 MVA. Nas<br />
condições de operação estudadas verifica-se que para valores a partir de<br />
80% da capacidade instalada nas usinas térmicas ligadas à SE Macaé, podese<br />
atingir o limite de 1.132 MVA na contingência de um circuito 345 kV, com<br />
–30º graus elétricos na SE Mascarenhas e, no caso de mudança na<br />
defasagem para 0º graus, este valor de carregamento no circuito<br />
remanescente seria atingido para valores a partir de 90% (ou 1.470 MW) de<br />
despacho nessas usinas térmicas. Conclui-se que os carregamentos<br />
elevados e próximos da capacidade de curta duração resultantes de<br />
contingência no eixo Macaé - Campos, no circuito remanescente, podem ser<br />
controlados por essa mesma geração e só deverão ocorrer para altos valores<br />
de despacho nessas usinas térmicas, a partir de 80% da Capacidade<br />
Instalada<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 133 / 530
Figura 3.4.1-1 – Carregamento no Circuito Remanescente 345 kV Macaé – Campos em caso de Contingências<br />
Perda de um circuito da LT 345 kV Macaé-Campos<br />
Fluxo circuito restante (MVA)<br />
1300<br />
1250<br />
1200<br />
1150<br />
1100<br />
1050<br />
1000<br />
950<br />
900<br />
850<br />
800<br />
750<br />
700<br />
0 20 40 60 80 100<br />
Geração Térmica UTEs Macaé e NorteFlu (%)<br />
(Gttotal= 1630 MW)<br />
N-S=1000 MW, sem<br />
Angra II<br />
N-S=1000 MW, sem<br />
Angra II e sem LT<br />
OP-VITÓRIA<br />
S-N=1500 MW,s/<br />
Angra II<br />
S-N= 1500 MW, com<br />
Angra II<br />
Das condições analisadas de operação do tronco de 345 kV Adrianópolis –<br />
Macaé - Campos para o ano de 2004, com as usinas térmicas Macaé e Norte<br />
Fluminense constata-se o seguinte:<br />
• em condições normais de operação, os fluxos observados neste troco de<br />
transmissão são da ordem de 360 a 640 MVA (este último no trecho<br />
Macaé – Campos) por circuito, inferiores à capacidade operativa de<br />
766 MVA para regime contínuo nessas linhas de 345 kV, após a entrada<br />
em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. No horizonte de 2006<br />
não se vislumbra a possibilidade de superação desse limite operativo. Nos<br />
períodos que antecedem à entrada em serviço da LT Ouro Preto 2 –<br />
Vitória, os fluxos são mais elevados, mas permanecem abaixo dos limites,<br />
situando-se entre 500 MVA por circuito entre Adrianópolis e Macaé até<br />
650 MW por circuito no trecho Macaé – Campos quando de despachos de<br />
geração térmica de 100%;<br />
• em condições de emergência de circuitos de 345 kV, os fluxos observados<br />
são próximos ou superiores ao limite de 766 MVA e variam,<br />
significativamente, de acordo com o despacho nessas usinas. No trecho<br />
crítico entre Macaé e Campos o carregamento do circuito restante varia<br />
entre 650 MVA quando de despacho nulo de geração até cerca de<br />
1.150 MVA para despacho de 100% nas térmicas, estando em operação a<br />
LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória; e<br />
• no transcorrer de 2004, após a entrada da usina Norte Fluminense e antes<br />
da entrada dessa LT, cujo cronograma está atrasado, os fluxos no circuito<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 134 / 530
emanescente atingem valores elevados e podem ir de 900 a 1.240 MVA.<br />
Esses carregamentos elevados para contingência de circuitos de 345 kV<br />
deverão ser contornados com a atuação de ECE local existente em Macaé<br />
para corte de geração. Após a entrada da LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />
Vitória, os fluxos acima observados na contingência simples de um dos<br />
circuitos de Macaé – Campos, se reduzem de 150 a 250 MVA e irão<br />
depender do despacho de geração nessas usinas térmicas, ou seja: para<br />
baixos despachos de geração entre zero e 60% (0 a 980 MW) será<br />
possível manter o carregamento do circuito restante abaixo de 1.000 MVA<br />
e para valores superiores a este de geração, o fluxo poderá atingir cerca<br />
de 1.150 MVA.<br />
b) Análise da transformação 230/138 kV da SE Mascarenhas<br />
A área leste de Minas Gerais é interligada à área RJ/ES pela LT 230 kV<br />
Governador Valadares – Conselheiro Pena – Mascarenhas. O fluxo nesta<br />
linha é limitado pela defasagem angular de -30º do transformador 230/138 kV<br />
da subestação de Mascarenhas, que propicia fluxos adequados nessa<br />
interligação, mesmo após a entrada da usina de Aimorés que deverá estar<br />
em operação (1ª unidade) a partir de novembro de 2003.<br />
Observa-se que essa usina deverá entrar em operação antes da LT 345 kV<br />
Ouro Preto 2 – Vitória (invertendo-se a ordem anterior desses eventos), o<br />
que será benéfico para o controle do carregamento da transformação de<br />
Vitória 345/138 kV em condições normais de operação.<br />
A implantação e a integração ao sistema da UHE Aimorés requerem a<br />
execução de algumas obras já propostas, tais como: a recapacitação da LT<br />
230 kV Governado Valadares – Conselheiro Pena – Aimorés e a duplicação<br />
da capacidade da transformação da SE Mascarenhas 230/138 kV –<br />
150 MVA. Cabe ressaltar que a Escelsa, proprietária da SE Mascarenhas,<br />
está adquirindo um novo transformador de 300 MVA para essa subestação,<br />
capacitado para operar com defasamento angular de +/-30º e zero graus<br />
elétricos, para substituição do atualmente em operação. Segundo aquela<br />
distribuidora, o transformador entrará em operação com defasamento –30º,<br />
mantendo o valor atual, que será alterado para 0º quando da energização da<br />
LT 345 kV Ouro Preto – Vitória.<br />
Cabe lembrar que a capacidade de 300 MVA para essa transformação foi<br />
determinada no estudo de integração da UHE Aimorés, realizado no ano de<br />
1999, onde não se cogitou a possibilidade da defasagem nula, uma vez que<br />
a SE Areinha 345/138 kV tinha então a operação prevista para o ano de<br />
2003, junto com a linha Ouro Preto - Vitória. Mesmo assim essa<br />
transformação suportaria a defasagem nula antes da entrada da usina de<br />
Aimorés, conforme relatado no estudo do PAR 2003-2005.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 135 / 530
A Tabela 3.4.1-4, a seguir, resume os resultados obtidos para o<br />
carregamento nos transformadores das SEs Vitória e Mascarenhas, além do<br />
fluxo na LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas para as diversas condições<br />
estudadas.<br />
Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE Mascarenhas e na SE Vitória<br />
TR Mascarenhas 230/138 kV<br />
com -30º<br />
TR Mascarenhas 230/138 kV<br />
com 0º<br />
TR Vitória Perda de<br />
345/138 k um<br />
V TR Vitória<br />
(T3) (T3)<br />
TR Masc<br />
230/138 k<br />
V<br />
TR Vitória Perda de<br />
345/138 k um<br />
V TR Vitória<br />
(T3) (T3)<br />
TR Masc<br />
230/138 k<br />
V<br />
LT<br />
230 kV<br />
Aimo -<br />
Masc<br />
Cenário 1 (2004) 100% 131% 50% 88% 115% 90% ---<br />
Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 104% --- 37% 94% --- 70% ---<br />
2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 88% --- 76% 80% --- 112% 86%<br />
3- Com 330 MW em Aimorés 95% 123% 66% 84% 109% 108% ---<br />
3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 83% --- 94% 76% --- 132% 104%<br />
Cenário 2 (2006) 102% 137% 57% 91% 119% 100% ---<br />
1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 108% --- 43% 97% --- 75% ---<br />
2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 88% --- 89% 79% --- 127% 97%<br />
3- Com 330 MW em Aimorés 97% 130% 74% 86% 112% 117% ---<br />
3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 84% --- 105% 77% --- 146% 112%<br />
Cenário 3 (2006) 111% 146% 9% 97% 126% 43% ---<br />
1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 118% --- 18% 105% --- 19% ---<br />
2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 109% --- 10% 98% --- 42% 32%<br />
3- Com 330 MW em Aimorés 105% 137% 20% 92% 118% 61% ---<br />
3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 104% --- 23% 92% --- 59% 47%<br />
Da tabela acima, observa-se que:<br />
• o cenário mais crítico verificado para a transformação de Vitória 345/138 kV<br />
foi o cenário 3, ano de 2006, com defasagem de –30º em Mascarenhas.<br />
Nesse cenário, o carregamento do transformador de menor impedância (T3)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 136 / 530
encontra-se em torno de 111% na situação de regime normal de operação,<br />
subindo para 146% na contingência de um dos trafos dessa SE. Ainda neste<br />
cenário, a contingência da LT 500 kV Mesquita – Vespasiano provoca<br />
carregamento de 118% na referida transformação. Observa-se que esses<br />
carregamentos são reduzidos com defasamento de 0º na referida<br />
transformação.;<br />
• a alteração da defasagem angular da SE Mascarenhas 230/138 kV, de -30º<br />
para 0 grau, provoca sensível redução no carregamento da transformação da<br />
SE Vitória e conseqüente elevação no carregamento da SE Mascarenhas.<br />
No caso de despacho de 3 unidades da UHE Aimorés, o carregamento do<br />
transformador da SE Mascarenhas pode chegar ao valor de 108% de seu<br />
nominal. Ainda nesse cenário, em 2004, a contingência da LT 345 kV Ouro<br />
Preto – Vitória pode provocar carregamento de cerca de 112% do nominal da<br />
transformação da SE Mascarenhas;<br />
• no cenário mais crítico analisado para a SE Mascarenhas – o cenário 2 em<br />
2006 – o carregamento dessa transformação fica em torno do nominal, em<br />
condições de regime normal de operação para defasamento de 0º na<br />
transformação de Mascarenhas. Esse valor se eleva para 117% do nominal<br />
ao se despachar plenamente as três unidades da usina de Aimorés na<br />
condição de carga média, simultaneamente ao despacho nulo na UTE Macaé<br />
Merchant e reduzido na UTE Norte Fluminense. Nessas condições, a<br />
contingência na LT 345 kV Ouro Preto – Vitória provoca carregamento de<br />
cerca de 146% na citada transformação, além de elevação no fluxo da LT<br />
230 kV Aimorés – Mascarenhas, que passa a operar com carregamento de<br />
cerca de 12% superior ao limite de 195 MVA (CPST);<br />
• o problema de esgotamento da transformação de Vitória em condições<br />
normais de operação, que se intensifica com a entrada da LT 345 kV Ouro<br />
Preto 2 – Vitória e é agravado com despachos elevados nas usinas térmicas<br />
do norte fluminense, pode ser contornado no curto prazo com a adoção de<br />
defasagem de 0º graus na transformação de Mascarenhas. A médio e longo<br />
prazos, entretanto, será essencial a implantação da solução de referência<br />
planejada que é a construção da SE Areinha 345/138 kV, novo ponto de<br />
atendimento às cargas dessa região; e<br />
• por outro lado, cabe ressaltar que a mudança da defasagem de Mascarenhas<br />
para 0º eleva os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas<br />
para emergências nessa área, principalmente quando da perda da LT 500 kV<br />
Neves - Vespasiano – Mesquita e para cenários de baixa hidraulicidade das<br />
usinas existentes nesta área, conforme análise mostrada na área Minas<br />
Gerais.<br />
Todos esses aspectos deverão ser ainda mais detalhados no parecer de acesso da<br />
UHE Aimorés, que está sendo finalizado pelo <strong>ONS</strong>.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 137 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 138 / 530
3.4.2 Área Minas Gerais<br />
<br />
Descrição da Área<br />
O sistema de transmissão que atende a área Minas Gerais é constituído por um<br />
eixo principal de 500 kV composto por três circuitos, uma malha de 345 kV e<br />
também por um sistema de 230 kV. Essas linhas de transmissão têm sua origem no<br />
próprio estado e chegam às áreas central, sul, norte, leste, triângulo mineiro e oeste<br />
do estado.<br />
O sistema de 500 kV responde por cerca de 40% da potência destinada à área e<br />
interliga-se com o sistema de escoamento das usinas do rio Paranaíba, enquanto o<br />
sistema de 345 kV, por onde transita cerca de 25% da potência dirigida a essa área,<br />
interliga a área Minas Gerais com as usinas do rio Grande. A região leste de Minas<br />
é atendida por um circuito em 500 kV derivado da subestação Neves até a<br />
subestação Mesquita e desta até Governador Valadares em 230 kV, onde chega a<br />
linha de transmissão de 230 kV que parte da área RJ/ES e interliga essas áreas. O<br />
Vale do Aço é atendido por três circuitos de 230 kV que partem da subestação<br />
Taquaril e se interligam à subestação Mesquita.<br />
O atendimento à maior parcela do mercado de energia elétrica de Minas Gerais é<br />
proveniente das usinas das bacias dos rios Grande e Paranaíba localizadas na<br />
própria área ou na divisa com as áreas São Paulo e Goiás / Distrito Federal.<br />
A região central concentra cerca de 80% da demanda, e tem problemas de<br />
atendimento durante contingências simples de circuitos de 500 kV, 345 kV e<br />
230 kV, que podem levar ao corte de cargas na região metropolitana de Belo<br />
Horizonte e nas áreas leste e norte em Várzea da Palma e Montes Claros.<br />
A região sul da área Minas é atendida principalmente pelas subestações de Poços<br />
de Caldas e Itajubá 500/138 kV e mais recentemente também pela usina hidrelétrica<br />
de Funil situada no rio Grande, que proporcionam um desempenho satisfatório<br />
desse sistema.<br />
As demais regiões, triângulo mineiro e oeste, são atendidas principalmente por<br />
sistemas de distribuição de 138 kV interligados às usinas do rio Grande e<br />
Paranaíba.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Minas Gerais<br />
A tabela 3.4.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Minas Gerais no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 139 / 530
Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Minas Gerais<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada UHE<br />
(MW)<br />
Capacidade Instalada UTE<br />
(MW)<br />
5.648 6.247 (1) 6.657 (2) 6.777 (3)<br />
324 345 (4) 345 345<br />
Total 5.972 6.592 7.002 7.122<br />
Demanda Máxima e<br />
crescimento Anual (MW)<br />
6.303 6.446 6.579 6.804<br />
(%) --- 2,2 2,0 3,4<br />
Nota: novas usinas hidroelétricas: (1) Aimorés (220 MW), Candonga (46 MW); (2) Picada (50 MW), Irapé (240 MW) e Murta<br />
(120 MW); (3) Irapé (120 MW) e Baú I (73,4 MW); (4) nova usina térmica J. de Fora (21 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação da Área Minas Gerais.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
• Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
• Observa-se que o sistema de transmissão em 500 kV de escoamento das<br />
usinas dos rios Paranaíba e Grande será mais solicitado a partir da entrada<br />
em operação da interligação Norte/Sul II, ficando sujeito a problemas de<br />
instabilidade eletromecânica para algumas condições do sistema. Esse<br />
problema será solucionado com a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo que se<br />
encontra em construção, estando prevista sua operação para fins de 2004,<br />
bem como duas novas obras que são a duplicação da LT 345 kV Furnas –<br />
Pimenta e a LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, indicadas pela primeira vez<br />
neste PAR.<br />
• Na região norte de Minas Gerais, está previsto para o final do ano de 2005 a<br />
entrada em operação da UHE Irapé (3x120MW), localizada no rio<br />
Jequitinhonha, que se interligará à SE 345kV Montes Claros. Essa região é<br />
atendida por um radial singelo de 345 kV que parte de Três Marias, passa<br />
por Várzea das Palmas e chega a Montes Claros. Verificou-se<br />
preliminarmente que na contingência do trecho entre Três Marias e Várzea<br />
das Palmas poderá ocorrer perda de sincronismo da usina de Irapé,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 140 / 530
dependendo do número de unidades em operação e da condição de carga<br />
da região.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• O sistema de Minas Gerais é muito influenciado pelo fluxo da interligação<br />
Norte-Sul, por despachos nas usinas do Paranaíba e, a partir de 2004,<br />
também pelo despacho das térmicas no Rio de Janeiro, com reflexo no fluxo<br />
da linha de 345 kV Ouro Preto – Vitória. Essa característica introduz os<br />
problemas para o controle de tensão, relacionados a seguir:<br />
- risco de corte de cargas de até 300 MW na região metropolitana de<br />
Belo Horizonte quando de contingências simples no sistema de<br />
transmissão de 500 kV derivado das SEs Jaguara e Emborcação,<br />
agravado com a implantação da interligação Norte/Sul II e pela<br />
instalação da LT 345 kV O. Preto – Vitória;<br />
- elevada solicitação de potência reativa nas unidades geradoras da<br />
UHE Emborcação; e<br />
- dificuldades no controle de tensão devido à reduzida flexibilidade<br />
operativa, havendo necessidade de desligamento de linhas para<br />
inserção ou retirada de reatores que diminuem a segurança<br />
operativa do SIN.<br />
Neste contexto, faz-se necessário que alguns reatores de linha sejam<br />
dotados de possibilidade de chaveamento para, juntamente com a<br />
subestação de Bom Despacho, aumentar a confiabilidade do sistema da área<br />
Minas Gerais, permitindo um adequado controle de tensão em situações de<br />
cenários energéticos adversos. Tais conexões de reatores já foram<br />
propostas em estudos anteriores do PAR e no momento se encontram em<br />
processo de autorização pela Aneel. São elas:<br />
- SE Ouro Preto 2 - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro<br />
Preto 2 – São Gonçalo do Pará (1)<br />
- SE Jaguara - Conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e<br />
Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV) (2)<br />
- SE Emborcação - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São<br />
Gotardo 2 (3)<br />
- Conexão do reator de Neves da LT 500 kV S.Gotardo – Neves já foi<br />
autorizada para a Cemig e está prevista para maio de 2003.<br />
- SE São Gotardo 2 -reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV<br />
(4)<br />
Obs: (1) solicitada autorização recentemente pela Cemig à Aneel para<br />
Set/04, (2) para Jun/05, (3) para Abr/05 e (4) para Jul/05.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 141 / 530
• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória<br />
quando de rejeição em um dos terminais desta linha de transmissão.<br />
Simulações efetuadas mostram tensões sustentadas no terminal em vazio<br />
superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal,<br />
quando de abertura dessa linha de transmissão em um de seus terminais. O<br />
sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos limitados para<br />
reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do<br />
terminal aberto em Vitória dentro das condições estabelecidas para os<br />
equipamentos de manobra. As simulações mostram que para rejeição no<br />
terminal de Vitória, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem<br />
patamares de até 115% (396,75 kV). Por outro lado, para rejeição no<br />
terminal de Ouro Preto 2 observam-se tensões sustentadas no terminal em<br />
vazio que podem atingir 120,9% (417,1 kV) da nominal.<br />
Desse modo, conclui-se que é importante a inserção de reatores<br />
manobráveis nessa linha de transmissão na faixa de 50 a 60 Mvar,<br />
atualmente em análise pela Aneel, sendo 60 Mvar o ideal tendo em vista as<br />
condições observadas em ambos os terminais, em qualquer condição de<br />
carga, e sendo este o módulo existente na subestação de Vitória.<br />
• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara – Samambaia,<br />
quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de transmissão.<br />
As simulações mostram elevadas tensões sustentadas no terminal em vazio<br />
superiores aos limites estabelecidos de 110% (550 kV) da tensão nominal<br />
quando de rejeição ou abertura no terminal de Itumbiara. Os sistemas<br />
existentes nos dois lados dessa linha de transmissão, em muitas condições<br />
operativas, não possuem recursos suficientes para reduzir essas tensões ao<br />
patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto dentro das<br />
condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Essas<br />
simulações mostram que para abertura somente do terminal de Itumbiara, as<br />
tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até ou<br />
superiores a 120% (600 kV), estando duas máquinas em operação na usina<br />
de Serra da Mesa. É determinante, para isso, o nível de tensão em<br />
Samambaia, sempre muito elevado, principalmente quando de baixos fluxos<br />
nessa interligação. Da mesma forma, para abertura no terminal de<br />
Samambaia, observam-se tensões elevadas no terminal em vazio que podem<br />
atingir 115% (575 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na<br />
usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas<br />
determinado para a operação nesta usina é de uma unidade e na usina de<br />
Serra da Mesa de duas unidades, que são as usinas mais influentes para o<br />
controle de tensão dessa linha de transmissão.<br />
Desse modo, a inserção de reatores nessa linha de transmissão é<br />
necessária. Nesse sentido, as simulações efetuadas indicam que um reator<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 142 / 530
no terminal de Itumbiara de cerca de 136 Mvar, atualmente em análise pela<br />
Aneel, é satisfatório no caso de abertura em Itumbiara.<br />
• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara –<br />
Marimbondo, quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de<br />
transmissão.<br />
As simulações mostram que para abertura no terminal de Itumbiara, as<br />
tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115%<br />
(575 kV) estando três máquinas em operação na usina de Marimbondo. Por<br />
outro lado, para abertura no terminal de Marimbondo, observam-se tensões<br />
também elevadas no terminal em vazio de Marimbondo que podem atingir<br />
113% (565 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de<br />
Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para<br />
a operação na usina de Marimbondo é de três unidades e de uma unidade na<br />
usina de Itumbiara, que são as usinas mais influentes para o controle de<br />
tensão dessa linha de transmissão.<br />
Entretanto, considerando a capacidade plena das unidades geradoras da<br />
UHE Itumbiara, verifica-se que é possível a utilização dessas máquinas para<br />
a obtenção de tensões satisfatórias no terminal aberto de Marimbondo, não<br />
sendo o mesmo possível para a usina de Marimbondo com três máquinas.<br />
Desse modo, conclui-se que é indispensável a inserção de reator no sistema<br />
que abrange essa linha de transmissão. As simulações efetuadas indicam<br />
que um reator no terminal de Marimbondo de cerca de 200 Mvar/500 kV é<br />
satisfatório no caso de abertura em Marimbondo e que, para abertura em<br />
Itumbiara não há necessidade de reator tendo em vista a presença de reator<br />
no terminal oposto de Marimbondo. Tendo em conta às condições de<br />
operação previstas para essa linha de transmissão com possibilidade de<br />
elevados fluxos, o reator da LT 500 kV Marimbondo - Itumbiara deve ser<br />
manobrável, devendo ser inserido no terminal desta LT em Marimbondo<br />
cerca de 100 Mvar e o restante na barra. O reator de linha foi licitado<br />
juntamente com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, e tem a operação<br />
prevista para agosto de 2004. O reator de barra, por sua vez, está em<br />
análise pela Aneel.<br />
• Elevado perfil de tensão com risco de sobretensões no sistema de<br />
transmissão de 500 e 345 kV de atendimento às áreas Minas Gerais, São<br />
Paulo e Rio de Janeiro em regime normal de operação, quando de<br />
despachos elevados nas usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro e<br />
quando da recomposição desses sistemas após distúrbio.<br />
A geração térmica prevista para o Rio de Janeiro reduz os fluxos de potência<br />
nas linhas de 500 kV desde a subestação de Marimbondo, em Minas Gerais,<br />
até a subestação de Adrianópolis, no Rio de Janeiro. Neste cenário são<br />
observadas dificuldades para o controle de tensão nas regiões envolvidas,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 143 / 530
com o risco de ocorrer sobretensões em condição normal de operação,<br />
mesmo considerando a utilização plena dos recursos existentes. Desta<br />
forma, foram solicitados no ciclo anterior do PAR (2003-2005), novos<br />
reatores manobráveis no sistema de transmissão de 500 e 345 kV de<br />
atendimento às áreas Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Estes<br />
reatores além de contribuírem para melhorar o controle de tensão das<br />
regiões também são necessários para agilizar o processo de recomposição<br />
desses sistemas após distúrbios.<br />
• As regiões Leste e Norte da Cemig apresentam problemas de controle de<br />
tensão quando em contingências da rede básica. A primeira, na perda do<br />
tronco 500 kV Neves-Mesquita, cujo impacto será minimizado após a entrada<br />
em operação da usina de Aimorés (3x110 MW) no final de 2003. Já na região<br />
norte, a entrada da usina de Irapé (3X120 MW), no final de 2005, contribuirá<br />
para minimizar os problemas de controle da região quando de contingências<br />
no tronco de 345 kV Três Marias - Montes Claros.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
• Superação da capacidade operativa da LT 345 kV Furnas – Pimenta em<br />
determinados cenários energéticos que levam a restrição de geração nas<br />
usinas da bacia do rio Grande, quando de contingência simples de linhas de<br />
345 kV que interligam as usinas do rio Grande ou de 500 kV do rio<br />
Paranaíba.<br />
A maior parte das usinas da bacia do Rio Grande é interligada por um<br />
sistema de transmissão de 345 kV. Esse sistema de transmissão diante de<br />
um cenário energético de despacho mais elevado nas usinas do rio Grande<br />
bem como de fluxos acima de 1.000 MW na interligação Norte-Sul, na<br />
direção norte, é submetido a elevados fluxos em suas linhas, principalmente<br />
em Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, em regime normal de<br />
operação, o que implica em restrições de geração neste sistema e<br />
conseqüentemente nas interligações. A emergência de uma dessas linhas<br />
levará a outra a operar em sobrecarga. O estudo CCPE/CTET/047/2002<br />
propôs duplicar a linha Furnas-Pimenta para evitar tais problemas. Esta<br />
ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06.<br />
• Risco de corte de cargas atendidas pelas subestações de Juiz de Fora,<br />
Itutinga e Barbacena devido a sobrecargas em linhas de 138 kV dessas<br />
áreas principalmente quando da perda de uma das linhas de 345 kV<br />
Barbacena – J. Fora e Furnas - Pimenta. O estudo CCPE/CTET/047/2002<br />
recomenda a instalação da LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito<br />
simples, 140 km para resolver os problemas da área de Juiz de Fora. Esta<br />
ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06.<br />
• Risco de sobrecarga inadmissível no trecho de LT 230 kV entre Aimorés e<br />
Mascarenhas com conseqüente restrição do escoamento da capacidade total<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 144 / 530
da usina de Aimorés, quando da perda de trechos da LT 230 kV<br />
Mascarenhas - Aimorés – C. Pena - Gov.Valadares. A solução para esse<br />
problema é a implantação da LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, 20 km.,<br />
atualmente em análise pela Aneel, bem como a recapacitação da LT 230 kV<br />
Aimorés – Governador Valadares, em construção.<br />
• As linhas de transmissão da malha de 230 kV da região leste da área Minas<br />
Gerais poderão apresentar carregamentos acima da capacidade operativa<br />
em contingências do tronco de 500 kV Neves - Mesquita, caso seja alterada<br />
a defasagem da transformação de Mascarenhas dos atuais –30º para a<br />
defasagem de zero graus. Os piores cenários para essa região ocorrem para<br />
fluxos na interligação Norte/Sul no sentido do Sudeste, geração baixa de<br />
usinas térmicas na área RJ/ES e despachos abaixo de 70% nas usinas da<br />
região. Esse problema de sobrecarga poderia ser resolvido com reforço na<br />
malha de 230 kV como, por exemplo, a recapacitação de vãos críticos das<br />
linhas Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de<br />
Cocais2 – CSBM, cuja viabilidade está sendo avaliada pela Cemig. Essa<br />
região não apresenta nenhum problema de carregamento nas linhas em<br />
regime normal de operação.<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
A região norte de Minas Gerais é atendida por um circuito singelo de 345 kV,<br />
que liga a UHE Três Marias à SE Montes Claros. Atualmente, a perda de um<br />
dos circuitos deste tronco leva a cortes de carga nessa região. Com a<br />
entrada da usina de Irapé (3x120 MW), em 2005, que se interligará à SE<br />
Montes Claros, esses problemas serão minimizados.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
nas subestações Jaguara 345 kV, Furnas 345 kV, Luiz C. Barreto 345 kV e<br />
Poços de Caldas 345 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o<br />
diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados,<br />
ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede<br />
Básica nas SEs Barbacena 2, Juiz de Fora 1, Lafaiete, Neves e Mascarenhas<br />
de Moraes.<br />
f) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
A transformação de Ipatinga 230/161/kV – 1x150MVA e 161/138 kV –<br />
120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na ponta de carga<br />
do sistema de Minas Gerais em regime normal de operação, com valores de<br />
104% em 2004, podendo chegar a 116% em 2006. Estes carregamentos<br />
poderão ser reduzidos para 74 e 85% respectivamente nos anos de 2004 e<br />
2006 se as PCHs Pipoca (2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas<br />
para a região de Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 145 / 530
Ressalta-se que essas usinas ainda não possuem licença de operação e não<br />
foram consideradas no estudo do PAR. A solução, em fase de implantação<br />
pela Cemig, é a instalação de um novo transformador 230/138 kV – 225 MVA<br />
que, além de eliminar as sobrecargas verificadas anteriormente, aumentará a<br />
confiabilidade da região eliminando o corte de carga durante contingências<br />
nas transformações existentes.<br />
g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Despacho Mínimo<br />
• Até a entrada em operação da SE Bom Despacho, das usinas hidrelétricas<br />
previstas para se integrarem à área central, além das conexões para tornar<br />
manobráveis reatores em circuitos de 500 kV, poderá ser necessário<br />
despachar as usinas termelétricas de Igarapé e Ibiritermo para evitar corte<br />
de carga após contingências simples nas LTs 500 kV São Gotardo 2 –<br />
Emborcação e Nova ponte – Jaguara.<br />
• Após a entrada dos reforços citados, a necessidade de geração adicional ao<br />
despacho mínimo da UTE Igarapé se limita a situações, na condição de<br />
carga pesada, onde são praticados fluxos da ordem de 2.000 MW na<br />
interligação Norte/Sul, sentido Norte→Sudeste, simultaneamente a geração<br />
elevada na bacia do Paranaíba. Nessas condições, será necessário gerar<br />
100 MW, além do despacho mínimo da UTE Igarapé, para evitar corte de<br />
carga em contingências simples.<br />
Despacho Máximo<br />
• Não há restrição ao despacho pleno das usinas termelétricas da área Minas<br />
Gerais.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área Minas Gerais ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Emborcação: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT<br />
São Gotardo 2<br />
SE Jaguara: conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e<br />
Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV)<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 146 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Ouro Preto 2: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT<br />
Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará<br />
SE São Gotardo 2: reator manobrável de barra de 91 Mvar -<br />
500 kV<br />
SE Marimbondo: reator manobrável de barra de 100 Mvar -<br />
500 kV<br />
LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, circuito simples, 20 km<br />
LT 345 kV Furnas – Pimenta C2, circuito simples,<br />
LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito simples, 140 km<br />
LT 345 kV Montes Claros – Irapé, circuito simples, reator<br />
manobrável de barra de 60 Mvar – 345 kV<br />
SE Irapé 345 kV e conexões associadas<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
FEV/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
AGO/2005<br />
AGO/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Tendo em vista a característica da carga da região norte de Minas Gerais, é<br />
conveniente que seja realizado um estudo mais detalhado do comportamento<br />
dessa carga, para que se possa avaliar melhor as condições de atendimento<br />
à região, não somente em regime permanente, mas também por meio de<br />
análises de estabilidade transitória. Dessa forma, será possível estabelecer a<br />
necessidade de novos equipamentos de controle de tensão, mesmo com a<br />
presença da usina de Irapé. (<strong>ONS</strong>/Cemig).<br />
• Fazer levantamento para caracterizar os fatores limitantes das LTs 230 kV<br />
Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2<br />
- CSBM, com vistas a recapacitação de trechos desses circuitos (Cemig).<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo com o objetivo de<br />
caracterizar a solução estrutural para o atendimento à área leste de Minas<br />
Gerais (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Avaliar a viabilidade de implantação de ECE – Esquema de Controle de<br />
Emergência, na UHE Aimorés, para segregação de unidades geradoras<br />
dessa usina para a linha para Governador Valadares, a fim de eliminar<br />
sobrecarga nas linhas de 230 kV da área Leste de Minas Gerais, quando de<br />
contingências no eixo de 500 kV Neves – Vespasiano – Mesquita. Este<br />
esquema, de caráter temporário, tem por objetivo minimizar os efeitos da<br />
mudança do defasamento angular do transformador de 230/138 kV da SE<br />
Mascarenhas de –30º para 0º, proposta pela Escelsa como recurso para<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 147 / 530
eliminar sobrecargas na SE Vitória, no período entre a entrada em operação<br />
da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e a SE Areinha 345/138 kV, ou da solução<br />
estrutural para a área leste que venha a ser determinada no estudo de<br />
planejamento de longo prazo. (Cemig).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />
item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 148 / 530
Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />
2006<br />
a) As previsões de demanda para a área Minas Gerais, mostram uma retração<br />
em relação às previsões anteriores conforme a análise detalhada do item 6.1<br />
deste documento.<br />
b) O desempenho do sistema de transmissão de atendimento a Minas Gerais<br />
no período 2004-2006 será bastante influenciado pelos seguintes aspectos:<br />
retração de demanda causada pelo racionamento de energia de 2001/2,<br />
novas usinas hidrelétricas que se encontram em construção e por novas<br />
obras de transmissão também em construção. Entre as obras previstas,<br />
destacam-se a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que beneficia o sistema<br />
inclusive quanto a problemas de instabilidade eletromecânica na perda da LT<br />
500 kV S. Simão – Itumbiara, e a interligação Norte-Sul II, que impacta<br />
significativamente o sistema de atendimento a Minas Gerais. Quanto a esta<br />
interligação, verifica-se que elevados intercâmbios reduzem os limites de<br />
atendimento à carga. No período 2004 a 2006 está previsto um acréscimo<br />
total de 891,1 MW de potência instalada em novas usinas, onde de<br />
destacam as usinas UHE Aimorés com 330 MW e a UHE Irapé com 360 MW,<br />
representando cerca de 77,4% desse total conforme tabela a seguir.<br />
Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas para a Área Minas Gerais até 2006<br />
Usina<br />
Potência Instalada [MW]<br />
2004 2005 2006<br />
UHE Candonga 46,7<br />
UHE Picada 50<br />
UHE Aimorés 220<br />
UTE J. Fora 21<br />
UHE Irapé 240 120<br />
UHE Murta 120<br />
UHE Baú I 73,4<br />
TOTAL 287,7 410 193,4<br />
c) No horizonte 2004 – 2006 não são esperados cortes de carga para<br />
contingências simples no sistema de 500 kV, nem geração de térmicas por<br />
razões elétricas. Ressalta-se que as contingências nas LTs 500 kV São<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 149 / 530
Gotardo 2 – Emborcação e Nova Ponte – Jaguara são muito influenciadas<br />
pelo fluxo na interligação Norte – Sul. Em cenários com importação superior<br />
a 1.500 MW pelo Sudeste, assim como com geração do Paranaíba elevada,<br />
é necessário efetuar o desligamento de reatores e ajustar as tensões<br />
terminais de algumas usinas, para alcançar um perfil de tensão minimamente<br />
adequado. Estas condições poderão ser ainda agravadas com a elevação do<br />
fluxo na LT 345 kV Ouro Preto Vitória, o qual tem relação direta com os<br />
despachos das usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro. Para fluxos na<br />
interligação Norte/Sul da ordem de 2.000 MW, no sentido Sudeste, e nas<br />
condições de geração do Paranaíba já mencionadas poderá haver<br />
necessidade de despacho de geração térmica adicional da ordem de<br />
100 MW em carga pesada, além da geração mínima na UTE Igarapé, para<br />
evitar corte de carga no caso das contingências mencionadas.<br />
d) A usina de Irapé–360MW (3x120MW) será localizada no rio Jequitinhonha na<br />
região norte de Minas Gerais e se interligará à subestação de Montes Claros<br />
2 por meio de uma linha de circuito simples em 345 kV, integrante da Rede<br />
Básica, que deverá ser licitada no 1º semestre de 2003. Esta integração se<br />
dará primeiramente com duas máquinas, em fins de 2005, complementada<br />
no início de 2006 com uma terceira unidade. Esta usina trará grande<br />
benefício ao sistema de transmissão atual dessa região, que consiste em um<br />
único circuito derivado da UHE Três Marias passando por Várzea da Palma<br />
e daí a Montes Claros 2. Este sistema apresenta atualmente dificuldades de<br />
controle de tensão em regime normal de operação para determinadas<br />
condições de carga. A integração da usina de Irapé a SE Montes Claros 2<br />
significa uma injeção de potência na extremidade desse sistema radial,<br />
contribuindo significativamente para a redução dos fluxos na linha de<br />
transmissão existente que deriva da SE Três Marias, bem como em uma<br />
nova fonte de controle de tensão, beneficiando significativamente o<br />
desempenho do sistema, principalmente em contingência de linhas de<br />
345 kV. A presença dessa usina também resolve em parte as emergências<br />
de linhas de 345 kV da região com exceção da perda da LT Três Marias -<br />
Várzea da Palma para a qual deverá continuar o risco de corte de carga na<br />
região.<br />
Em contingências no tronco de 345 kV entre as subestações de Três Marias<br />
e Montes Claros, as linhas de 138 kV Montes Claros 2 – Montes Claros1,<br />
Montes Claros1 – Várzea da Palma, Três Marias – Várzea da Palma, além<br />
de Várzea da Palma - Minas Liga, poderão operar com sobrecarga. Um<br />
aspecto importante é quanto à presença do reator manobrável de 50Mvar –<br />
345 kV em Montes Claros na linha para a SE Irapé e quanto ao despacho da<br />
usina de Irapé. Preliminarmente, verifica-se que na emergência da linha de<br />
345 kV Várzea da Palma – Três Marias para que não haja corte de carga ou<br />
o mesmo seja minimizado, é necessário que o reator mencionado esteja<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 150 / 530
desligado e Irapé despachada no máximo. Já na emergência de Várzea da<br />
Palma – Montes Claros será necessário desligar pelo menos uma máquina<br />
em Irapé se a mesma estiver com despacho total. Essa análise sugere a<br />
necessidade de instalação de ECE a partir da implantação da usina de Irapé<br />
para atendimento satisfatório às cargas dessa área. Entretanto, deve-se<br />
registrar que essa análise pode se modificar em função de novas previsões<br />
de carga para essa região, tendo em vista a curva de carga atípica estudada.<br />
É necessário um estudo mais detalhado do comportamento da carga dessa<br />
região para que se possa concluir pela necessidade de novos equipamentos<br />
de controle de tensão mesmo com a presença da usina de Irapé. O diagrama<br />
a seguir ilustra essa região do norte de Minas Gerais.<br />
Figura 3.4.2-1 – Região Norte da Área Minas Gerais<br />
M.Claros<br />
(05)<br />
G<br />
UH Irapé<br />
S.Gotardo<br />
Região Norte<br />
138 kV<br />
S.Gotardo 500<br />
V.Palmas<br />
Neves<br />
G<br />
T.Mari as<br />
Legenda<br />
345 kV<br />
Neves 500<br />
e) Sistema de Transmissão de 345 kV das usinas do Rio Grande<br />
• Eixo Furnas – Pimenta<br />
A interligação Norte – Sul II e as obras relacionadas influenciam<br />
significativamente o sistema da área Minas Gerais e acrescentam uma<br />
importância elétrica e energética significativa para o sistema interligado<br />
nacional, pois através deste sistema será possível aumentar o intercâmbio<br />
de energia entre regiões geo-elétricas além de aumentar a confiabilidade do<br />
SIN. Entretanto, este intercâmbio poderá sofrer limitações de fluxos devido a<br />
restrições de transmissão na malha de 345 kV do rio Grande, fundamental<br />
para o escoamento das usinas dessa bacia. O diagrama a seguir mostra de<br />
forma simplificada uma parte dos sistemas de transmissão de 500 e 345 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 151 / 530
onde estão indicados os principais pontos de restrição para o escoamento<br />
dos fluxos:<br />
Figura 3.4.2-2 – Diagrama Simplificado dos Sistemas de 345 kV e 500 kV da Área Minas Gerais<br />
N/NE<br />
Samambaia<br />
S.Simão<br />
Itumbiara<br />
BACIA DO<br />
PARANAÍBA<br />
Emborcação<br />
Região<br />
Central - MG<br />
Jaguara<br />
A.Ver mel ha<br />
(5)<br />
2<br />
Pimenta<br />
Barbacena<br />
L.C.Barreto<br />
2<br />
Marimbondo<br />
BACIA<br />
DO<br />
GRANDE<br />
Furnas<br />
2<br />
Itutinga<br />
Região<br />
Mantiqueira<br />
138 kV<br />
J. de Fora<br />
Área Rio<br />
Os fatores que mais influenciam o carregamento do tronco de 345 kV, em<br />
especial as linhas Furnas - Pimenta e L.C.Barreto - Jaguara, são a geração<br />
das usinas dos rios Grande e Paranaíba, o intercâmbio na Norte-Sul II<br />
(influenciado pelas usinas de Serra da Mesa, Cana Brava e Lajeado), o<br />
despacho das usinas térmicas na área Rio de Janeiro e ainda o recebimento<br />
pelo Sudeste oriundo do sistema sul. Desta forma, o cenário energético<br />
considerado tem grande influência nos carregamentos das linhas de<br />
transmissão como, por exemplo, os cenários nos quais o intercâmbio na<br />
interligação Norte-Sul é superior a 1.000 MW, no sentido para o Norte, a<br />
geração é alta na bacia do rio Grande e baixa no Paranaíba, além das<br />
térmicas na área Rio estarem com despachos elevados, têm como<br />
conseqüência uma forte elevação nos carregamentos das linhas Furnas -<br />
Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, mencionadas anteriormente.<br />
A linha de 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que tem previsão para entrar em<br />
operação até dezembro de 2004, é uma ampliação importante para o sistema<br />
interligado e que, além de outros benefícios, contribuirá para atenuar os<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 152 / 530
carregamentos das linhas de 345 kV, em condição normal de operação ou<br />
emergências no tronco de 500 e 345 kV. Mesmo com a pouca possibilidade<br />
desta linha vir a estar em operação durante a ponta de carga do sistema<br />
Sudeste no ano de 2004, foi analisado qual a influência que esta linha teria<br />
nos fluxos das principais linhas do sistema de 345 kV, em condição normal<br />
de operação e em emergências. Para isso considerou-se um cenário mais<br />
desfavorável para o sistema de 345 kV, onde um dos fatores é o intercâmbio<br />
de 2.000 MW no sentido Norte da interligação Norte-Sul. A tabela 3.4.2-4, a<br />
seguir, apresenta os dados principais do cenário considerado nesta análise e<br />
as tabelas 3.4.2-5 a 3.4.2-7 mostram o efeito da presença da linha Itumbiara-<br />
Marimbondo nos fluxos das linhas mais carregadas do sistema de 345 kV,<br />
em condição normal de operação e em emergências. Para efeito de<br />
comparação, na Tabela 3.4.2-5 também são mostrados os limites de<br />
transmissão que constam no CPST e usados nesta análise.<br />
Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário Analisado<br />
CENÁRIO - 2004<br />
Sudeste exportador para o Norte/NE<br />
Geração Grande 73% GER Furnas 1.150 MW<br />
Geração Paranaíba 58% GER LC Barreto 1.000 MW<br />
Geração Paraná 81% Térmicas Rio 100%<br />
RSE 7.500 MW FMG 3.600 MW<br />
Fluxo N-S (SE→N) 2.000 MW Fluxo para Samambaia (*) 1.850 MW<br />
Geração de S. da Mesa<br />
+Lajeado + C.Brava<br />
1.170MW<br />
Fluxo LT345 Ouro Preto-<br />
Vitória<br />
120 MW<br />
(*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia<br />
Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em Condições Normais de Operação<br />
Linhas de 345 kV<br />
Condição Normal de Operação - 2004<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />
Sem<br />
Com<br />
Limites do<br />
CPST<br />
(MVA)<br />
Furnas – Pimenta 856 806 916<br />
L C Barreto - Jaguara 1.000 897 1.065<br />
Marimbondo - P. Colômbia 390 236 598<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 153 / 530
Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo)<br />
Emergência em linhas<br />
de 345 e 500 kV<br />
Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />
Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />
Furnas-Pimenta<br />
L C Barreto-<br />
Jaguara<br />
Marimbondo –<br />
P. Colômbia<br />
Furnas - Pimenta - 1.513 437<br />
L C Barreto -Jaguara 1.185 - 428<br />
Emborcação - Itumbiara 890 1.068 392<br />
S. Simão - A. Vermelha 981 1.284 613<br />
Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo)<br />
Emergência em linhas<br />
de 345 e 500 kV<br />
Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />
Com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />
Furnas-Pimenta<br />
L C Barreto-<br />
Jaguara<br />
Marimbondo –<br />
P. Colômbia<br />
Furnas - Pimenta - 1.360 262<br />
L C Barreto - Jaguara 1.085 - 248<br />
Emborcação -Itumbiara 857 1.000 272<br />
S.Simão - A. Vermelha 848 996 292<br />
Nas tabelas anteriores observa-se o efeito da linha Itumbiara - Marimbondo<br />
nas linhas de 345 kV, que provoca reduções significativas nos fluxos das<br />
mesmas, tanto em condição normal quanto em emergências. Observa-se<br />
também que essa linha é fundamental para evitar sobrecarga nas linhas de<br />
345 kV quando de contingências no 500 kV, mas não é suficiente para<br />
resolver a sobrecarga existente nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto -<br />
Jaguara quando de contingências nas mesmas. Este fato evidencia a<br />
necessidade de reforço no sistema de 345 kV para equacionar este<br />
problema. O estudo CCPE/CTET/0.47/2002 propõe a duplicação da linha<br />
Furnas-Pimenta como um reforço necessário para o sistema de 345 kV.<br />
Tomando com base este estudo e considerando a possibilidade desta<br />
duplicação ainda no ano de 2004, a tabela 3.4.2-8 a seguir mostra qual seria<br />
o efeito desta duplicação nos fluxos das linhas Furnas - Pimenta e L. C.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 154 / 530
Barreto - Jaguara nas condições mais severas analisadas anteriormente sem<br />
a linha Itumbiara - Marimbondo.<br />
Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas –<br />
Pimenta<br />
Emergência no 345 kV<br />
Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />
Com a LT 345 kV Furnas – Pimenta C2<br />
Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />
Furnas – Pimenta Furnas – Pimenta L C Barreto -<br />
C1<br />
C2<br />
Jaguara<br />
Furnas – Pimenta C1 - 856 1.000<br />
L C Barreto - Jaguara 707 707 -<br />
A tabela anterior mostra que a duplicação da LT 345 kV Furnas-Pimenta<br />
reduz em cerca de 40% o carregamento nesta linha na emergência da LT<br />
345 kV L. C. Barreto - Jaguara (de 1.185 para 707 MVA) e em cerca de 34%<br />
o carregamento da linha L. C. Barreto – Jaguara, na perda da LT 345 kV<br />
Furnas-Pimenta C1, passando de 1.513 para 1.000 MVA. Em ambas as<br />
linhas, os valores de fluxo estão abaixo do limite de carregamentos<br />
estabelecidos no CPST. Os resultados mostram que essa duplicação<br />
resolveria o problema de sobrecarga nas linhas Furnas - Pimenta e L. C.<br />
Barreto - Jaguara e que a mesma seria necessária já a partir do ano de<br />
2004. Estes fluxos seriam ainda menores com a presença da linha Itumbiara<br />
- Marimbondo.<br />
Considerando a possibilidade da não realização desta duplicação nos anos<br />
de 2004 e 2005, pelo pouco tempo disponível para os trâmites necessários<br />
para a sua implantação, foram realizadas análises mais detalhadas da<br />
duplicação de Furnas-Pimenta no ano de 2006, considerando já em<br />
operação a linha Itumbiara - Marimbondo. As conclusões desta análise são<br />
válidas também para os anos de 2004 e 2005.<br />
Foram considerados alguns cenários nessa análise, com destaque para a<br />
interligação Norte-Sul, a qual foi estudada com fluxos em ambos os sentidos.<br />
O caso de referência usado para gerar os cenários a seguir apresentados foi<br />
o de carga pesada de junho de 2006. A tabela 3.4.2-9 mostra estes cenários<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 155 / 530
Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da<br />
Duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />
Descrição<br />
Cenário: Sudeste<br />
exportando para o Norte<br />
Cenário: Sudeste<br />
importando do Norte<br />
1 2 3 4 5<br />
Geração Grande 72% 50% 58% 63% 63%<br />
Geração Paranaíba 74% 45% 45% 55% 70%<br />
Geração Paraná 82% 78% 78% 81% 82%<br />
RSE 7.113 MW 9.422 MW 9.422 MW 7.088 MW 6.027 MW<br />
Norte-Sul (SE→N=+<br />
e N→SE=-)<br />
Geração de S. da<br />
Mesa +Lajeado +<br />
C.Brava<br />
2.177 MW 2.000 MW 1.976 MW -1.930 MW -2.350 MW<br />
1.910MW 1.440 MW 840 MW 1.910 MW 1.910MW<br />
Ger Furnas 900 MW 600 MW 1.000 MW 600 MW 600 MW<br />
Ger L C Barreto 920 MW 600 MW 900 MW 800 MW 800 MW<br />
Térmicas Rio<br />
Geração<br />
baixa<br />
100% 100%<br />
Geração<br />
baixa<br />
Geração<br />
baixa<br />
FMG 3.911 MW 3.456 MW 3.443 MW 4.067 MW 4.306 MW<br />
Fluxo p/ Samambaia<br />
(*)<br />
Fluxo LT345 Ouro<br />
Preto - Vitória<br />
1.462 MW 1.599 MW 2.056 MW -1.136 MW -1.456 MW<br />
122 MW 114 MW 115 MW 426 MW 541 MW<br />
(*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia<br />
Esta tabela apresenta os cenários energéticos selecionados para essa<br />
análise, destacando os fatores mais importantes que afetam os<br />
carregamentos das linhas de transmissão. Nos cenários de 1 a 3 o fluxo na<br />
interligação Norte-Sul está no sentido Sudeste→Norte, o qual tem se<br />
mostrado ser mais severo para os carregamentos das linhas Furnas -<br />
Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, e nos cenários 4 e 5 o fluxo naquela<br />
interligação está no sentido contrário, ou seja, do Norte para o Sudeste.<br />
Considerando os cenários apresentados anteriormente, a tabela 3.4.2-10 a<br />
seguir mostra os fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara<br />
em condição normal de operação. Conforme anteriormente mencionado, os<br />
maiores carregamentos nestas linhas acontecem para os cenários 1, 2 e 3,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 156 / 530
sendo estes os mais importantes para analisar o efeito da duplicação da<br />
linha Furnas-Pimenta.<br />
Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Cenários<br />
Analisados<br />
Linhas de 345 kV<br />
Condição Normal de Operação – 2006<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
Cenários<br />
1 2 3 4 5<br />
Limites<br />
do CPST<br />
(MVA)<br />
Furnas - Pimenta 676 796 923 350 246 916<br />
L C Barreto - Jaguara 737 814 1.087 108 289 1.065<br />
É importante observar na tabela anterior que o sentido do fluxo na<br />
interligação Norte-Sul é um importante fator para determinar o carregamento<br />
nas linhas de 345 kV, mas outros aspectos, como os despachos das usinas<br />
do rio Grande, em especial Furnas e L.C.Barreto, do rio Paranaíba e das<br />
térmicas da área Rio, são também relevantes para explicar o comportamento<br />
dos fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara. O cenário 3<br />
é considerado o mais severo de todos, onde o baixo despacho considerado<br />
nas usinas de Serrada mesa, Cana Brava e Lajeado teve grande influência<br />
no aumento dos fluxos nos sistemas de 345 e 500 kV. O fluxo na linha<br />
Furnas - Pimenta ficou ligeiramente superior ao limite de 916 MVA.<br />
Considerando somente os cenários 1, 2 e 3, a tabela 3.4.2-11 a seguir<br />
apresenta os fluxos nas linhas em condição normal de operação com a linha<br />
Furnas-Pimenta duplicada.<br />
Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Piores<br />
Cenários, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />
Linhas de 345 kV<br />
Condição Normal de Operação – 2006<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
Cenários<br />
1 2 3<br />
Furnas – Pimenta C1 379 499 578<br />
Furnas – Pimenta C2 379 499 578<br />
L. C. Barreto - Jaguara 408 695 950<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 157 / 530
O segundo circuito Furnas-Pimenta proporciona no cenário 3 uma redução<br />
de 37% no carregamento deste circuito e 12,6% na linha L. C. Barreto -<br />
Jaguara, em regime normal de operação. Os fluxos nos circuitos<br />
remanescentes, para a emergência de um desses circuitos, estão<br />
apresentados na tabela 3.4.2-12 a seguir, onde, para efeito de comparação,<br />
os resultados são mostrados com e sem a duplicação de Furnas-Pimenta.<br />
Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em emergências, no Pior Cenário, Considerando a<br />
duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />
Carregamento em MVA - 2006<br />
Cenários<br />
Emergência 345 kV<br />
S/ Furnas – Pimenta C2 C/ Furnas Pimenta C2<br />
FU-PI FU-PI LCB- FU-PI FU-PI LCB-<br />
C1 C2 JG C1 C2 JG<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Furnas – Pimenta C1 - - 845 - 676 737<br />
L.C.Barreto - Jaguara 756 - - 453 453 -<br />
Furnas – Pimenta C1 - - 1.273 - 796 814<br />
L.C.Barreto - Jaguara 1.050 - - 629 629 -<br />
Furnas – Pimenta C1 - - 1.624 - 923 1.087<br />
L.C.Barreto - Jaguara 1.256 - - 758 758 -<br />
Os valores da tabela anterior vêm confirmar os resultados obtidos na análise<br />
realizada para o ano de 2004, ou seja, mesmo no cenário mais pessimista<br />
(cenário 3), a presença do segundo circuito Furnas-Pimenta contribui com<br />
grande eficácia para a redução dos carregamentos das linhas Furnas-<br />
Pimenta e L. C.Barreto - Jaguara, sendo, portanto, um reforço necessário<br />
para o tronco de 345kV.<br />
É importante registrar que o limite atual da linha L. C. Barreto - Jaguara é de<br />
860 MVA, devido à capacidade dos TCs na saída das SEs L.C Barreto e<br />
Jaguara. Tal restrição deverá ser eliminada de forma que o limite volte ao<br />
valor normal de 1.165 MVA.<br />
f) Eixo Barbacena - Juiz de Fora – Itutinga<br />
O objetivo principal da análise anterior foi o de avaliar o efeito da duplicação<br />
da linha Furnas - Pimenta no carregamento das demais linhas do sistema<br />
interligado, em especial Furnas - Pimenta e L. C. Barreto – Jaguara, já<br />
verificado na análise de 2004 e no relatório CCPE/CTET/.47/2002. Porém<br />
durante a análise observou-se que, dependendo do cenário considerado,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 158 / 530
algumas linhas do subsistema de transmissão de 138 kV da região da<br />
Mantiqueira da área Minas, tiveram seu carregamento elevado e, em alguns<br />
casos, o limite de transmissão ultrapassado em regime normal de operação<br />
ou em emergências de linhas 345 kV. Essa região é basicamente atendida<br />
pelo radial Barbacena 2 – Juiz de Fora, pela subestação de Itutinga<br />
345/138 kV e por algumas usinas locais ligadas a malha de distribuição de<br />
138 kV.<br />
A tabela 3.4.2-13 a seguir mostra os fluxos em regime normal de operação<br />
nas principais linhas desta região, para cada cenário considerado, e os<br />
limites de transmissão das linhas de 138 kV.<br />
Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições Normais de<br />
Operação<br />
Linhas de 138 kV<br />
Região da Mantiqueira-MG<br />
Condição Normal de Operação<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
Cenários - 2006<br />
1 2 3 4 5<br />
Limites<br />
(MVA)<br />
(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 85 152 162 45 27 125<br />
(2) S. J. del Rey - Barbacena 58 110 116 27 7 125<br />
(3) S. J. del Rey - Lafaiete 49 91 98 21 2 125<br />
(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 64 93 97 47 36 120<br />
(5) S. Dummont – J. Fora 7 15 19 20 17 13 95<br />
(6) Piau – Juiz de Fora 13 15 16 13 11 96<br />
(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 17 13 12 15 7 95<br />
Observa-se, na tabela anterior, que nos cenários 1,2 e 3 os fluxos nas linhas<br />
que partem da transformação de Itutinga 345/138 kV-2x225 MVA (linhas<br />
1,2,3 e 4 na tabela) são maiores que nos cenários 4 e 5. Isto se deve<br />
principalmente aos seguintes fatores: o fluxo na interligação Norte-Sul no<br />
sentido Sudeste→Norte e o despacho das térmicas na área Rio. Nos<br />
cenários 2 e 3, o maior despacho das térmicas na área Rio contribui para<br />
elevar ainda mais os carregamentos destas linhas.<br />
Para cada cenário da tabela anterior, foram selecionados os resultados de<br />
duas emergências no sistema de 345 kV: Furnas - Pimenta e Barbacena -<br />
Juiz de Fora. A primeira é mais severa para as linhas atendidas pela SE<br />
Itutinga e a segunda para as linhas atendidas pela SE Juiz de Fora<br />
345/138 kV-2x150 MVA (linhas 5,6 e 7 na tabela), uma vez que esta<br />
subestação é atendida pelo radial derivado de Barbacena. As tabelas 3.4.2-<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 159 / 530
14 e 3.4.2-15 apresentam os fluxos obtidos nas linhas da malha de 138 kV<br />
nestas emergências.<br />
Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de<br />
Emergência da LT Furnas – Pimenta<br />
Linhas de 138 kV<br />
Região da Mantiqueira-MG<br />
Emergência: Furnas-Pimenta<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
Cenários - 2006<br />
1 2 3 4 5<br />
Limites<br />
(MVA)<br />
(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 124 203 222 66 42 125<br />
(2) S. J. del Rey - Barbacena 90 153 167 44 22 125<br />
(3) S. J. del Rey - Lafaiete 70 119 131 32 12 125<br />
(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 81 115 123 55 44 120<br />
(5) S. Dummont – J. For a 7 18 24 27 15 16 95<br />
(6) Piau – Juiz de Fora 15 18 19 13 12 96<br />
(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 16 13 14 14 9 95<br />
Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de<br />
Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora<br />
Linhas de 138 kV<br />
Região da Mantiqueira-MG<br />
Emergência: Barbacena-Juiz de Fora<br />
(Carregamentos em MVA)<br />
Cenários - 2006<br />
1 2 3 4 5<br />
Limites<br />
(MVA)<br />
(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 94 162 172 52 40 125<br />
(2) S. J. del Rey - Barbacena 73 125 132 40 29 125<br />
(3) S. J. del Rey - Lafaiete 46 88 95 17 1 125<br />
(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 68 97 102 50 42 120<br />
(5) S. Dummont – J. Fora 7 133 140 144 132 140 95<br />
(6) Piau – Juiz de Fora 97 103 106 97 103 96<br />
(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 129 138 142 128 138 95<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 160 / 530
Observa-se nas tabelas anteriores que a emergência da linha Furnas -<br />
Pimenta é mais grave nos cenários 2 e 3, com maior geração térmica na área<br />
Rio, e a emergência da linha Barbacena - Juiz de Fora é grave em todos os<br />
cenários considerados.<br />
Além das linhas observadas nas tabelas anteriores, algumas transformações<br />
da região poderão ter problemas de carregamentos acima do nominal, como<br />
a transformação de Itutinga 345/138kV-2x225MVA, na perda de um dos<br />
transformadores, onde o carregamento no remanescente atingirá 116% no<br />
cenário 3, e a transformação de Barbacena 345/138 kV-2x150MVA, cujo<br />
carregamento atinge cerca de 107% no cenário 2, no caso de<br />
indisponibilidade da linha Barbacena 2 - Juiz de Fora.<br />
Tendo em vista que os carregamentos das linhas e transformações da malha<br />
de 138 kV da região da Mantiqueira podem sofrer grandes variações<br />
dependendo do cenário energético considerado, tanto em condição normal<br />
de operação quanto em emergências no sistema de 345 kV, o estudo<br />
CCPE/CTET/047/2002 propôs interligar as subestações de Itutinga e Juiz de<br />
Fora através de um novo circuito de 345 kV, com aproximadamente 140 km,<br />
fechando o anel Furnas – Pimenta – Barbacena. Considerando este circuito<br />
nos casos analisados anteriormente, observou-se que além de reduzir<br />
significativamente os fluxos nas linhas da região, eliminando as sobrecargas<br />
existentes, contribui também para reduzir os fluxos nas linhas Furnas –<br />
Pimenta, em cerca de 13%, e L. C. Barreto – Jaguara, em 7%. É importante<br />
destacar que se considerarmos somente a duplicação do circuito Furnas -<br />
Pimenta, os problemas da região Mantiqueira seriam amenizados, mas não<br />
resolvidos. O quadro a seguir apresenta, para o cenário 3, o mais severo, um<br />
resumo das análises anteriores, mostrando o efeito do segundo circuito<br />
Furnas – Pimenta e da linha Itutinga – Juiz de Fora nos fluxos das linhas de<br />
345 e 138 kV. Neste quadro é possível observar a redução nos<br />
carregamentos das linhas em condição normal de operação e em<br />
emergências.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 161 / 530
Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de 138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas –<br />
Pimenta<br />
Linhas de<br />
Transmissão<br />
Reg. Normal<br />
de operação<br />
CENÁRIO 3 - 2006<br />
(Carregamento em MVA)<br />
Emergência:<br />
Furnas-Pimenta<br />
Emergência:<br />
LCB-Jaguara<br />
Emergência:<br />
Barb-J.deFora<br />
Lim<br />
MVA<br />
345 kV A B C A B C A B C A B C<br />
Fur-Piment C1 923 578 506 - - - 1266 758 665 924 579 523 916<br />
Fur-Piment C2 - 578 506 - 923 795 - 758 665 - 579 523 916<br />
LCB-Jaguara 1087 950 892 1624 1087 1005 - - - 1092 953 905 1165<br />
138 kV<br />
Ituting2-SJRey 162 147 93 222 162 101 189 164 104 172 156 104 125<br />
SJRey-Barbac 116 103 50 167 116 56 136 116 55 132 119 58 125<br />
SJRey-Lafaiet 98 89 69 131 98 74 115 101 77 95 86 74 125<br />
SjRey-Ituting1 97 91 69 123 97 72 109 98 73 102 95 73 120<br />
Sdum-JFora7 20 19 16 27 20 18 24 21 18 144 141 43 95<br />
Piau-JFora 16 15 9 19 16 11 17 16 11 106 103 29 96<br />
Jfora-Jfora7 12 12 27 14 12 27 13 11 26 142 139 46 95<br />
Legenda: A: Configuração atual; B: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta; C: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta + LT Itutinga -<br />
Juiz de Fora<br />
O quadro anterior mostra que as soluções propostas para ampliação do<br />
sistema de 345 kV da Rede Básica, são eficazes para contornar os<br />
problemas de sobrecarga observados no sistema de 345 kV e na malha de<br />
138 kV da região da Mantiqueira. Mas para que estas obras tragam os<br />
resultados esperados, dois pontos importantes devem ser equacionados:<br />
- troca do TC na saída de L. C. Barreto para Jaguara e vice-versa de<br />
modo que o limite da linha L. C. Barreto - Jaguara passe dos atuais<br />
860 MVA para o valor de 1.165 MVA ou acima; e<br />
- em recente correspondência Furnas informou que deseja alterar o<br />
limite operativo da linha Furnas - Pimenta para 728 MVA, diferente<br />
do atual CPST que é de 916 MVA. Na hipótese do valor de 728 MVA<br />
como limite para condição normal de operação e para emergências,<br />
os resultados da tabela anterior mostram que no cenário 3 e na<br />
contingência de um dos circuitos de Furnas-Pimenta, o<br />
carregamento no circuito remanescente seria 795 MVA, ou seja,<br />
cerca de 9% acima desse novo limite.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 162 / 530
Foi analisada, ainda, outra forma de interligar as subestações Itutinga e Juiz<br />
de Fora. Trata-se de uma ligação em “loop” num dos circuitos entre Itutinga e<br />
Adrianópolis, passando por Juiz de Fora, seccionando uma das linhas<br />
Itutinga - Adrianópolis em dois novos trechos: Itutinga - Juiz de Fora e Juiz<br />
de Fora - Adrianópolis. Esta alternativa proporciona resultados semelhantes<br />
à anterior com relação às reduções nos carregamentos das linhas Furnas -<br />
Pimenta, L. C. Barreto - Jaguara e na malha de 138 kV da região da<br />
Mantiqueira de Minas Gerais. Mas essa configuração apresenta a<br />
desvantagem de aumentar o carregamento na transformação de Adrianópolis<br />
500/345 kV, para alguns cenários considerados.<br />
Finalmente, destaca-se que a presença das linhas Furnas - Pimenta C2 e<br />
Itutinga - Juiz de Fora contribuem para elevar o nível de curto circuito,<br />
principalmente nas subestações de Barbacena e Juiz de Fora 345 kV e Juiz<br />
de Fora 138 kV. Em análise preliminar, pode-se observar uma elevação no<br />
curto circuito de 24, 60 e 37% nesses barramentos, respectivamente.<br />
Ressalta-se que simulações mostraram que o nível de curto-circuito da<br />
subestação de Juiz de Fora 138 kV se encontra atualmente próximo do<br />
limite.<br />
g) A região Leste de Minas Gerais é atendida principalmente pelas<br />
transformações de Mesquita 500/230 kV – 3X400 MVA e Taquaril<br />
345/230 kV – 3X225 MVA, além de geração local da ordem de 500 MW de<br />
potência instalada nas usinas de G.Amorim, Salto Grande, Sá Carvalho e<br />
Porto Estrela. Na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano –<br />
Mesquita, o atendimento a essa área passa a ser feito pela transformação de<br />
Taquaril 345/230 kV e pela interligação com o Espírito Santo, através da LT<br />
230 kV Gov. Valadares - Mascarenhas. A conseqüência dessa contingência<br />
é o afundamento de tensão e a elevação dos carregamentos na malha de<br />
230 kV e na transformação de Taquaril. Atualmente, nessa condição é<br />
necessário efetuar cortes de carga para operação satisfatória do sistema.<br />
Em regime normal de operação não são esperados problemas para essa<br />
região.<br />
A partir de novembro de 2003 está prevista a entrada em operação da<br />
primeira máquina da usina de Aimorés (3x110 MW), localizada na<br />
interligação com o Espírito Santo próximo à subestação de Mascarenhas.<br />
Com a usina completa em abril de 2004, os problemas de carregamentos<br />
elevados e de afundamento de tensão na região leste serão<br />
significativamente minimizados.<br />
Entretanto, esse panorama será alterado com a troca da defasagem angular<br />
dos transformadores 230/138 kV-(2x150 MVA) da SE Mascarenhas que<br />
atualmente propicia fluxos adequados nessa interligação. A defasagem<br />
“nula”, pretendida pela Escelsa, teria o objetivo de minimizar os problemas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 163 / 530
de elevados carregamentos observados na transformação de Vitória<br />
345/138 kV-4x225 MVA após a entrada em operação da LT 345 kV Ouro<br />
Preto – Vitória e o adiamento da SE Areinha 345/138 kV.<br />
Os problemas de carregamentos elevados e afundamentos de tensão na<br />
malha 230 kV da região leste somente acontecem na contingência da LT<br />
500 kV Neves – Vespasiano - Mesquita, como dito anteriormente, e são mais<br />
severos para cenários onde os fluxos na interligação Norte/Sul ocorrem no<br />
sentido do Sudeste e com baixa geração de térmicas na área RJ/ES. Um<br />
outro fator agravante seria o baixo despacho das usinas dessa região. Foram<br />
então analisados duas condições de despacho, que estão mostradas na<br />
tabela 3.4.2-17. A tabela 3.4.2-18, seguinte, mostra o efeito da alteração da<br />
defasagem do TR de Mascarenhas nos carregamentos das linhas de 230 kV<br />
da região leste da Cemig.<br />
Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas<br />
Descrição<br />
Cenários<br />
1 (2004) 2 (2006)<br />
Carga Escelsa 1.317 MW 1.384 MW<br />
Fluxo N-S (sentido SE) 610 MW 1.770 MW<br />
Fluxo O. Preto - Vitória 384 MW 426 MW<br />
UHE Aimorés 220 MW 220 MW<br />
Ger. região leste 80% 80%<br />
UTE Norte Fluminense 386 MW (50%) 386 MW (50%)<br />
UTE Macaé Merchant 0 0<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 164 / 530
Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem<br />
do Trafo da SE Mascarenhas<br />
Perda da LT 500 kV<br />
Vespasiano - Mesquita<br />
Carregamentos em linhas de 230 kV<br />
e transformador da região Leste (%)<br />
TR Mascarenhas<br />
230/138 kV<br />
com –30 graus<br />
TR Mascarenhas<br />
230/138 kV<br />
com defasagem “Nula”<br />
L1 L2 L3 TR L1 L2 L3 TR<br />
Cenário 1 (2004)<br />
(1) Caso Base 69 69 64 66 87 84 79 84<br />
(2) Ger leste=50% 91 87 82 89 112 104 99 109<br />
(3) Ger leste=50%<br />
Aimorés=330 MW 83 80 75 80 101 94 90 98<br />
(4) Ger leste=70% 74 73 68 71 93 88 83 89<br />
Cenário 2 (2006)<br />
(5) Caso Base 77 77 71 74 96 92 87 92<br />
(6) Aimorés=330 MW 70 71 65 66 88 85 80 83<br />
(7) Ger leste e<br />
Aimorés = 50% 107 100 95 104 136 125 119 130<br />
(8) Ger leste=50% 102 96 91 99 125 116 110 121<br />
(9) Ger leste=50%<br />
Aimorés=330 MW 94 90 85 90 113 105 100 109<br />
(10) Ger leste=70% 85 83 77 81 104 98 93 100<br />
Legenda: L1: Taguaril – Itabira L2: Taquaril – B. Cocais L3: CSBM – B. Cocais TR: Transformação de Taquaril<br />
345/230 kV<br />
A tabela anterior mostra que, mesmo em cenários desfavoráveis para a<br />
região Leste, praticamente não há problemas de sobrecarga nas linhas,<br />
considerando a defasagem atual de (–30º). Somente nos casos 7 e 8, são<br />
observados carregamentos ligeiramente acima do nominal no cenário 2, mais<br />
severo que o cenário 1, sendo que esse apresenta fatores agravantes que<br />
são os despachos das usinas da região leste e a UHE Aimorés com 50% da<br />
capacidade instalada.<br />
Considerando a defasagem “nula” na transformação de Mascarenhas, os<br />
resultados observados são mais severos do que com a defasagem atual,<br />
principalmente quando se considera o despacho das usinas da região Leste<br />
inferior a 70%. No caso 10, onde o despacho das usinas da região é igual a<br />
70% e Aimorés está gerando 220 MW, os carregamentos estão praticamente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 165 / 530
no limite. Para cenários com despachos inferiores a esses valores poderão<br />
ocorrer carregamentos elevados nas linhas da malha 230 kV. Os casos 7, 8 e<br />
9 retratam essa situação.<br />
É importante ressaltar que nessa contingência do 500 kV, o afundamento de<br />
tensão na região é esperado mesmo nos casos em que os fluxos nas linhas<br />
não ultrapassam o limite de carregamento. Em geral essas tensões ficam<br />
abaixo de 1,0 pu podendo chegar a valores inferiores a 0.90 pu no eixo<br />
Ipatinga - Itabira no caso mais severo (caso 7). Com a defasagem “nula” na<br />
transformação de Mascarenhas, essa região poderá necessitar de um<br />
controle de tensão mais adequado e de recapacitação de vãos críticos de<br />
alguns trechos na malha 230 kV como, por exemplo, das linhas Taquaril -<br />
Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2 - CSBM.<br />
Destaca-se ainda que está prevista para o final do ano de 2006, no rio<br />
Jequitinhonha, a entrada em operação da usina hidráulica de Murta, com<br />
120 MW (3X40 MW), que se interligará no radial de 138 kV originado em<br />
Governador Valadares, na região Leste. A presença dessa usina reduzirá os<br />
carregamentos das linhas na malha de 230 kV da região Leste em cerca de<br />
7%.<br />
h) Está consignada em contrato de concessão da Aneel, com novos agentes<br />
concessionários de usinas licitadas em fins de 2002, a implantação de<br />
sistema de integração ao sistema interligado nacional. Esse sistema,<br />
segundo estudos de integração dos aproveitamentos hidrelétricos na região<br />
sudeste de Goiás, consiste de uma nova subestação denominada Cachoeira<br />
Alta II que irá se conectar à SE São Simão 500 kV em novembro de 2006. O<br />
sistema de integração ainda carece de solução definitiva. As usinas em<br />
questão são: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu e Barra do Coqueiro,<br />
Salto e Itaguaçu esta ainda não licitada, que juntas (descontada Itaguaçu)<br />
perfazem 389 MW de capacidade instalada. Ressalta-se que, para<br />
cumprimento desse prazo, as obras desse sistema de integração de usinas<br />
deverão ser licitadas em breve, após o que deverá ser formalizada a<br />
solicitação de acesso à Rede Básica.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 166 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 167 / 530
3.4.3 Área São Paulo<br />
<br />
Descrição da Área<br />
O sistema de transmissão que atende à área São Paulo é constituído<br />
principalmente, por três circuitos em 750 kV, circuitos em 500 kV, uma malha em<br />
440 kV, circuitos em 345 kV e pelo sistema em corrente contínua de 600 kV de uso<br />
exclusivo da UHE Itaipu 50 Hz. Algumas regiões são atendidas em tensão de<br />
230 kV.<br />
Os três circuitos de 750 kV provenientes da UHE Itaipu 60 Hz atendem à grande<br />
São Paulo pela transformação 750/345 kV de Tijuco Preto e se ligam ao sistema em<br />
500 kV que atende à área Rio de Janeiro pela transformação 750/500 kV de Tijuco<br />
Preto. Esses três circuitos em 750 kV são também ligados ao sistema Sul pela<br />
transformação 750/500 kV de Ivaiporã.<br />
Uma parte do sistema em 500 kV provém das usinas da bacia do Paranaíba e da<br />
UHE Marimbondo no rio Grande, atravessando o Estado de São Paulo até a<br />
subestação de Cachoeira Paulista. Nesse ponto interliga-se às linhas em 500 kV<br />
provenientes da subestação de Tijuco Preto. O sistema em 500 kV está ligado à<br />
malha de 440 kV pelas transformações de Água Vermelha e de Taubaté e ao<br />
sistema em 345 kV na subestação de Campinas. A malha de 440 kV, que atravessa<br />
toda essa área, tem origem nas usinas dos rios Paraná e Paranapanema, e atende<br />
aos centros de carga no interior do Estado, chegando até as subestações terminais<br />
de 440 kV de Embu Guaçu, Cabreúva e Santo Ângelo, próximas à capital São<br />
Paulo.<br />
O sistema em 345 kV provém das usinas do rio Grande, atende às cargas no<br />
interior nas regiões de Franca e Campinas e conecta-se ao sistema em 345 kV na<br />
grande São Paulo nas subestações de Guarulhos e Mogi. O sistema em corrente<br />
contínua de 600 kV, de uso restrito da usina de Itaipu 50 Hz tem seu terminal<br />
receptor na subestação de Ibiúna, por onde a potência dessa usina se interliga à<br />
malha em 345 kV.<br />
Os pontos de suprimento à distribuição na região metropolitana de São Paulo são<br />
interligados por uma malha de 345 kV receptora do sistema em 440 kV<br />
(subestações de Santo Ângelo e Embu Guaçu), do sistema em 345 kV, nas<br />
subestações de Guarulhos e Mogi, do sistema em 750 kV, na subestação de Tijuco<br />
Preto, do sistema em corrente contínua de Itaipu 50 Hz, na subestação de Ibiúna e,<br />
ainda mais recentemente, da interligação Sul – Sudeste entre Bateias e Ibiúna.<br />
Um sistema em 230 kV que tem origem na subestação de Assis 440/230 kV interliga<br />
usinas do rio Paranapanema aos centros de carga no interior, chegando até à SE<br />
Cabreúva 440/230 kV de onde partem linhas em 230 kV que, interligadas também<br />
pela transformação 345/230 kV de Anhangüera, atende ao centro de carga na<br />
capital. Esse sistema em 230 kV interliga-se com o sistema da região Sul do Brasil<br />
nas subestações de Assis e Chavantes.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 168 / 530
O Vale do Paraíba do Sul é atendido principalmente por um sistema em 230 kV que<br />
tem origem nas subestações de Mogi e Itapeti 345/230 kV, conecta-se ao sistema<br />
em 440 kV na subestação de Taubaté, passa por Aparecida e Santa Cabeça e<br />
segue em direção à área Rio de Janeiro até a subestação de Nilo Peçanha.<br />
Um sistema em 230 kV interligando as subestações 345/230 kV de Interlagos e<br />
Baixada, contando também com as usinas UHE Henry Borden (parte) e UTE<br />
Piratininga, atende cargas da capital e Baixada Santista.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área São Paulo<br />
A tabela 3.4.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área São Paulo no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área São Paulo<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade<br />
Instalada<br />
Capacidade<br />
Instalada<br />
UHE<br />
(MW)<br />
UTE<br />
(MW)<br />
17.076 17.076 17.076 17.076<br />
1.116 1.116 1.116 1.116<br />
Total 18.192 18.192 18.192 18.192<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
16.513 17.060 17.446 18.088<br />
Variação (%) +3,3% +2,2% +3,6%<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Nas simulações realizadas para a Área São Paulo, foram identificadas situações,<br />
em condições normais de operação, em que se verificam sobrecargas em linhas ou<br />
em equipamentos da Rede Básica e em transformadores de conexão entre a Rede<br />
Básica e os sistemas de distribuição. Para eliminar essas sobrecargas foi<br />
necessário restringir o despacho de usinas ou o intercâmbio inter-regional.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Com a entrada em operação das usinas térmicas do Rio de Janeiro foi<br />
verificado um elevado perfil de tensão, em regime normal de operação, com<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 169 / 530
isco de sobretensões, no sistema de transmissão em 500 kV que atende às<br />
áreas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Contribuem também para<br />
isso a implantação do 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista -<br />
Adrianópolis, do 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista e<br />
da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Para alguns cenários de geração, a<br />
partir de 2004, existem problemas de controle de tensão apenas com os<br />
recursos existentes, não permitindo desta maneira, condições satisfatórias<br />
sem o desligamento de linhas de transmissão. Por outro lado, estudos de<br />
recomposição do sistema de 500 kV identificaram a necessidade de reatores<br />
adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de<br />
tensão. Assim, este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores no<br />
sistema em 500 kV: 136 Mvar / 500 kV na SE Cachoeira Paulista e a<br />
substituição do reator 73 Mvar / 500 kV da SE Campinas por outro de<br />
136 Mvar, atualmente em análise pela Aneel.<br />
• Para cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas ligadas<br />
ao sistema em 440 kV e alto carregamento nas linhas de transmissão em<br />
440 kV, verifica-se elevada queda de tensão entre os barramentos de 440 kV<br />
dessas usinas e os das subestações de Ribeirão Preto, Santa Bárbara,<br />
Sumaré, Bom Jardim e Cabreúva em regime normal de operação. Na<br />
contingência da LT Água Vermelha – Ribeirão Preto 440 kV, em carga<br />
pesada, são verificadas tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de<br />
Ribeirão Preto já a partir do ano de 2004. Módulos para tornar manobráveis<br />
dois reatores 440 kV na SE Bauru (90 e 180 Mvar) e um na SE Araraquara<br />
(180 Mvar) estão previstos para entrar em operação em abril de 2004.<br />
• Para cenários de baixa geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV foi<br />
verificado elevado perfil de tensão durante os períodos de carga leve e<br />
mínima nesse sistema. Para o controle da tensão em condições de carga<br />
mínima, é necessário desligar linhas de transmissão de 440 kV em função do<br />
esgotamento dos recursos de controle de tensão existentes na área. Para<br />
evitar esses desligamentos é necessário acrescentar compensação reativa<br />
indutiva em derivação no sistema em 440 kV. Por outro lado, estudos de<br />
recomposição desse sistema identificaram a necessidade de reatores<br />
adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de<br />
tensão. Assim são propostos dois reatores manobráveis em 440 kV:<br />
180 Mvar na SE Araraquara e 90 Mvar na SE Sumaré, cuja concessão está<br />
sendo analisada pela Aneel.<br />
• A conexão em derivação da SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA está em<br />
desacordo com os Requisitos Mínimos dos Procedimentos de Rede. A partir<br />
da solicitação de acesso da CBA, para 130 MW no barramento de 88 kV da<br />
SE Oeste 440/88 kV, considerando-se o seccionamento de apenas um<br />
circuito da LT 440 kV Bauru – Embu Guaçu em Oeste, são verificadas<br />
tensões muito baixas na área quando da perda do circuito Oeste – Embu<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 170 / 530
Guaçu, havendo risco de colapso de tensão com perda de cerca de 800 MW<br />
de carga. Como solução, propõe–se o seccionamento dos dois circuitos da<br />
LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, em análise pela Aneel.<br />
• O sistema em 230 kV que atende a área do Vale do Paraíba apresenta<br />
restrições de carregamentos de linhas de transmissão em condições de<br />
emergência entre Mogi e São José. Além disso, a perda da LT 230 kV<br />
Taubaté – Aparecida implica em níveis de tensão inadmissíveis em<br />
Aparecida e Santa Cabeça a partir de 2006. Como solução propõe-se a<br />
instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira<br />
Paulista, construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça,<br />
desativação da SE Itapeti 345/230 kV, além da implantação da SE Itapeti<br />
345/88 kV – 2x400 MVA e construção linha em 88 kV, de 15 km, estas não<br />
integrantes da Rede Básica, para permitir remanejamento de carga das SE<br />
São José dos Campos, Nordeste e Mogi.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
• Há superação da capacidade operativa da LT 230 kV Edgard de Souza –<br />
Pirituba quando da contingência de um dos circuitos e esgotamento da<br />
capacidade operativa nas transformações 230/88 kV das subestações<br />
Edgard de Souza e Pirituba em emergências, com risco de corte de carga na<br />
zona oeste da cidade de São Paulo. Essas restrições serão eliminadas após<br />
a implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA. Essa<br />
transformação, prevista para dezembro de 2004, está em fase de<br />
contratação e tem prazo estimado em 18 meses para entrada em operação<br />
após a assinatura do contrato.<br />
• Cabe observar também que em condições de elevados despachos em Itaipu<br />
50 e 60 Hz associados a altos fluxos do sistema Sul para o Sudeste, com<br />
menores despachos de geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV,<br />
há sobrecarga no transformador 345/230 kV de Anhangüera Provisória já em<br />
condição normal de operação. A atual SE Anhangüera Provisória, construída<br />
em caráter emergencial, não tem condições de ampliação e não atende aos<br />
requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede. Segundo informações da<br />
Cteep, essa subestação tem sido objeto de questionamentos dos órgãos de<br />
fiscalização ambiental do Estado de São Paulo devido ao nível de ruído<br />
provocado pelo transformador. A futura SE Anhangüera 345/230 – 500 MVA,<br />
proposta neste PAR, resolverá esse problema.<br />
• Existe o risco de corte de carga superior a 500 MW nas subestações Edgard<br />
de Souza e Pirituba e no consumidor CBA quando da perda de um dos dois<br />
transformadores de 750 MVA da subestação Cabreúva 440/230 kVA ou da<br />
perda do transformador 345/230 kV da SE Anhangüera Provisória. A obra<br />
prevista para a área é a implantação do terceiro transformador 440/230 kV –<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 171 / 530
750 MVA na SE Cabreúva, já autorizado e com data de entrada em operação<br />
de julho de 2004.<br />
• Há superação da capacidade operativa no tronco em 500 kV entre Tijuco<br />
Preto e Cachoeira Paulista, principalmente na contingência da LT Tijuco<br />
Preto - Cachoeira Paulista 500 kV, em cenários de elevados recebimentos<br />
pelo Sudeste com baixa geração térmica e nuclear na área do Rio de<br />
Janeiro. Essa restrição é eliminada com a entrada em operação da LT<br />
500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista (circuito 2), já licitada, com<br />
previsão de entrada em operação em dezembro de 2004.<br />
• Há elevadas sobrecargas em emergências, em todas as condições de carga,<br />
nos transformadores 345/230 kV de Interlagos e de Baixada Santista e na LT<br />
230 kV Piratininga – Henry Borden, com despachos máximos nas UTEs<br />
Piratininga e Nova Piratininga e na UHE Henry Borden (230kV). Por outro<br />
lado, com essas térmicas fora de operação e com despacho mínimo na UHE<br />
Henry Borden (230 kV), também há superação de equipamentos em<br />
emergências no sistema em 230 kV. Esses problemas são solucionados com<br />
a entrada em operação do segundo transformador 345/230 kV – 500 MVA na<br />
SE Interlagos, já autorizado, em dezembro de 2003.<br />
• A elevação dos limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste<br />
acarreta também o aumento do fluxo através dos autotransformadores<br />
750/345 kV – 3 x 1.500 MVA da SE Tijuco Preto em condição normal de<br />
operação, fluxos esses próximos ao limite nominal e de até 140% na<br />
contingência de um de seus bancos. A solução é a instalação da quarta<br />
unidade 750/345kV – 1.500 MVA na SE Tijuco Preto já proposta no PAR<br />
2003-2005 e atualmente em análise pela Aneel. Devem-se observar os<br />
efeitos nessa subestação resultantes dos níveis de curto-circuito com a<br />
instalação do 4º banco, tendo em vista que o nível de curto monofásico no<br />
barramento de 345 kV (51 kA) é superior à capacidade dos disjuntores<br />
(50 kA).<br />
• A expansão da interligação Sul – Sudeste através da LT 500 kV Londrina –<br />
Assis – Araraquara acarreta a elevação dos fluxos nos sistemas derivados<br />
da SE Araraquara 500 kV, bem como na transformação da SE Campinas<br />
500/345 kV. Para fluxos do Sul para o Sudeste mais elevados (RSE =<br />
9000 MW), esta transformação pode atingir a capacidade nominal em regime<br />
normal ou apresentar sobrecarga na contingência da LT 500 kV Campinas –<br />
Cachoeira Paulista. A solução é a implantação, em conjunto com a nova<br />
interligação Sul – Sudeste, da duplicação da transformação 500/345 kV da<br />
SE Campinas, atualmente em análise pela Aneel.<br />
• Em condições de intercâmbios elevados do sistema Norte para o Sudeste<br />
(2.000 MW) e do Sudeste para o Sul (4.000 MW), combinados com<br />
despachos hidráulicos altos e térmicos e nucleares baixos no Sudeste,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 172 / 530
quando da perda de um dos circuitos da LT 500 kV Marimbondo –<br />
Araraquara, o carregamento no restante é superior ao seu nominal (7% em<br />
2004 a 32% em 2006). Essas linhas são limitadas em 1.559 MVA por seus<br />
equipamentos terminais. A troca desses equipamentos elevaria o limite para<br />
1.665 MVA, verificando-se nessa condição ainda fluxo 24% superior ao<br />
nominal em emergências.<br />
• Na condição de carga pesada, há a superação da capacidade operativa de<br />
linhas de transmissão de 230 kV na região do Vale do Paraíba entre Mogi e<br />
São José. A contingência de uma das linhas acarreta sobrecargas na<br />
remanescente com risco de corte de carga de até 120 MW. Com a instalação<br />
de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira Paulista, a<br />
construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça e a<br />
desativação do transformador 345/230 kV de Itapeti, o sistema opera no<br />
limite em emergências, podendo ainda ocorrer carregamentos superiores<br />
aos nominais. A solução proposta pelo CCPE para a área é a implantação de<br />
transformação 345/88 kV – 2 x 400 MVA na SE Itapeti, prevista para além do<br />
período de análise deste PAR (2009), possibilitando a transferência de carga<br />
das SEs São José dos Campos, Nordeste e Mogi.<br />
• A SE Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida em 345 kV pelas SEs Embu e<br />
Baixada. O trecho de linha de Embu até o ponto de derivação para a SE Sul<br />
(Alto da Serra) possui capacidade de 896 MVA, inferior ao limite do trecho de<br />
Baixada até Sul (1.076 MVA). Assim, quando da perda do circuito Baixada –<br />
Sul há sobrecarga no trecho Embu – Sul (de 109% em 2004 a 112% em<br />
2006). Esse problema carece de solução estrutural.<br />
• A LT 345 kV circuito duplo Tijuco Preto – Itapeti irá apresentar<br />
carregamentos mais elevados, em condição normal de operação, quando da<br />
expansão da interligação Sul – Sudeste para cenários com elevados<br />
recebimentos pelo sistema Sudeste (RSE=9.000 MW) e despachos de<br />
geração térmica e nuclear elevados na área Rio de Janeiro. A perda de um<br />
dos circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti provoca elevada sobrecarga<br />
no circuito restante impondo restrição à operação e a otimização energética<br />
para intercâmbios entre as regiões Sul e Sudeste em cenários com Angra I e<br />
II despachadas, nos patamares de carga pesada com recebimento pelo<br />
Sudeste a partir de 5.900 MW e carga média com recebimento pelo Sudeste<br />
acima de 6.300 MW. Em um cenário de máximo recebimento pelo Sudeste,<br />
9000 MW, e despacho das usinas de Angra I e II mais as térmicas do Rio de<br />
Janeiro, o carregamento nesta linha de transmissão na emergência poderá<br />
chegar a 153% para o ano de 2006. Note-se que a presença do quarto banco<br />
de transformadores de Tijuco Preto 750 / 345 kV agrava o problema. A<br />
solução proposta é a construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, Tijuco<br />
Preto – Itapeti (C3 e C4) associada à substituição de disjuntores 345 kV e<br />
equipamentos associados em 8 “bays” em Itapeti e em 8 “bays” em Santo<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 173 / 530
Ângelo, que estão sendo propostas neste PAR. Ressalta-se também a<br />
superação de disjuntores em T. Preto 345 kV cuja solução ainda está sendo<br />
analisada.<br />
• Existem restrições ao despacho pleno das UHEs Porto Primavera,<br />
Taquaruçu e Capivara em função de carregamentos acima do nominal, em<br />
condição normal e em emergências, nos transformadores 440/138 kV –<br />
150 MVA de Capivara e 440/230 kV – 336 MVA de Assis e, em emergências,<br />
nas linhas em 440 kV Taquaruçu – Capivara, Capivara – Assis e Assis –<br />
Bauru. As restrições nos transformadores são solucionadas com a entrada<br />
em operação do segundo transformador 440/230 kV – 336 MVA de Assis<br />
(data estimada, dezembro de 2004) e da substituição do transformador<br />
440/138 kV – 150 MVA de Capivara por outro de 300 MVA (junho de 2006).<br />
As restrições em linhas de transmissão em 440 kV são provocadas por seus<br />
equipamentos terminais e serão solucionadas com a troca da relação dos<br />
TCs de 1500 A para 3000 A, que está sendo providenciada pela Cteep para<br />
o 2º semestre de 2003. Com essa troca a limitação dessas linhas passará a<br />
ser de 2000 A.<br />
• Há esgotamento da capacidade operativa da LT Guarulhos – Nordeste<br />
345 kV, na contingência da LT Mogi – Nordeste 345 kV e vice-versa, por<br />
restrição de equipamentos terminais nos patamares de carga pesada. A<br />
solução proposta é a construção de nova LT 345 kV Itapeti – Nordeste,<br />
circuito duplo, com lançamento de um circuito.<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
nas SEs Cabreúva 440 kV e 230 kV, Jupiá 440 kV, Ilha Solteira 440 kV,<br />
Embu Guaçu 345 kV, Santo Ângelo 345 kV, Xavantes 345 kV, Milton<br />
Fornasaro 345 kV, Tijuco Preto 345 kV, Guarulhos 345 kV, Mogi 345 kV,<br />
Henry Borden 230 kV, Interlagos 230 kV, Baixada Santista 230 kV, Edgard<br />
de Souza 230 kV, Mogi 230 kV e São José dos Campos 230 kV. Estudos<br />
detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem<br />
adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de<br />
disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Botucatu, Jupiá, Santa Bárbara,<br />
Henry Borden, Baixada Santista A, Oeste, Pirituba, e Piratininga.<br />
Ressalta-se a SE Tijuco Preto, cujo setor de 345 kV conta com seis<br />
disjuntores de 40 kA e trinta de 50 kA, na qual a corrente calculada de curto<br />
circuito monofásico evolui dos atuais 41,5 kA para 51 kA, após a entrada em<br />
operação do 4º banco de autotransformadores 750/345 kV. Nessa<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 174 / 530
subestação estão instaladas sete chaves seccionadoras de 40 kA, que já se<br />
encontram superadas.<br />
Da mesma forma, estudos detalhados já realizados [23] indicam que o<br />
disjuntor 345 kV da SE Guarulhos na saída para Nordeste já se encontra<br />
superado atualmente. Esse disjuntor tem capacidade de interrupção (16 kA)<br />
inferior aos demais da subestação.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
• A perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos – Xavantes, circuito<br />
duplo, provoca o desligamento de cerca de 1.700 MW de carga, inclusive no<br />
centro da cidade de São Paulo. A propagação desse defeito poderá levar a<br />
um corte total de cerca de 3.500 MW. Na indisponibilidade permanente<br />
desses dois circuitos, os cortes atingiriam cerca de 1.900 MW na carga<br />
pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. A desativação da SE<br />
Anhangüera Provisória com a transferência do seu transformador para a<br />
nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões para a<br />
LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente) de<br />
forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, evita as<br />
conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos –<br />
Xavantes.<br />
• Outra ressalva é quanto à situação de perda múltipla de circuitos duplos de<br />
440 kV que restringe o despacho de geração. Essa condição será alterada,<br />
significativamente, com a implantação da LT 500 kV Londrina – Assis –<br />
Araraquara que melhora o acoplamento entre as redes de 440 e 500 kV<br />
permitindo ainda a elevação de limites de transmissão entre essas regiões.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Na área São Paulo verificam-se que cinco subestações – Botucatu,<br />
Jurumirim, Campinas, Bom jardim e Cabreúva - apresentam superação da<br />
capacidade operativa de suas unidades transformadoras em regime normal<br />
de operação. Outras 26 subestações apresentam superação da capacidade<br />
operativa no caso de contingência de uma de suas unidades ou de linhas de<br />
transmissão ou transformadores da região.<br />
• O eventual atraso na implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x<br />
400 MVA, prevista para dezembro de 2004, agrava as sobrecargas em<br />
emergências nas SEs 230/88 kV Edgard de Souza e Pirituba e na LT 230 kV<br />
Edgard de Souza – Pirituba, aumentando as restrições ao atendimento das<br />
cargas na zona oeste da cidade de São Paulo.<br />
• Existe o risco de cortes de carga nas áreas de Capão Bonito e Jurumirim<br />
quando da perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito. Nessas condições<br />
há superação das capacidades nominais da LT 138 kV, circuito duplo,<br />
Jurumirim – Capão Bonito e dos transformadores 230/138 kV de Jurumirim e<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 175 / 530
Botucatu. Esses transformadores já operam acima do nominal em condição<br />
normal. As obras propostas para a área são a substituição dos<br />
transformadores 230/138 kV de Botucatu de 75 MVA por outros de 150 MVA<br />
(dois em dezembro de 2004 e um em dezembro de 2006), a instalação do<br />
terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA em Jurumirim em dezembro de<br />
2004, a implantação de transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé<br />
II em dezembro de 2005 e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo,<br />
Jurumirim – Capão Bonito (Itaí) em dezembro de 2004.<br />
• Com respeito à solução apontada para atendimento à área Mato Grosso do<br />
Sul, com a construção da LT 230 kV P. Primavera – Dourados, pode-se<br />
mencionar preliminarmente que essa instalação poderá minimizar/evitar corte<br />
de geração na usina de Rosana por sobrecarga inadmissível na LT 138 kV<br />
Rosana – P. Primavera – Ivinhema, quando da perda da LT 138 kV Rosana –<br />
Loanda.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
• Há restrições ao despacho das UTEs Piratininga e Nova Piratininga e da<br />
UHE Henry Borden (230 kV), em todos os patamares de carga, devido a<br />
elevadas sobrecargas no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada<br />
Santista e na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden, quando da perda do<br />
transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos e elevadas sobrecargas<br />
no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos quando das perdas<br />
do transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada Santista ou da LT<br />
230 kV Piratininga – Henry Borden. Essas restrições são reduzidas<br />
substancialmente após e entrada em operação do segundo transformador<br />
345/230 kV – 500 MVA em Interlagos prevista para dezembro de 2003,<br />
restando alguma restrição em carga leve, e eliminadas após a energização<br />
da SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA, prevista para dezembro de<br />
2004.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área São Paulo ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 345 kV Itapeti – Mogi: substituição de equipamentos terminais<br />
em Mogi<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 176 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Anhangüera (nova): desativação da SE Anhangüera<br />
Provisória com transformador 345/230 kV – 500 MVA para a SE<br />
Anhangüera e instalação das conexões em 345 kV para a LT<br />
345 kV Milton Fornasaro – Anhangüera CD, além de conexões<br />
em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV Edgard de Souza –<br />
Centro C1/C2<br />
SE Araraquara: reator manobrável 440 kV / 180 Mvar<br />
SE Assis: segundo banco de autotransformadores 440/230 kV –<br />
336 MVA<br />
SE Cachoeira Paulista: reator manobrável 500 kV / 136 Mvar<br />
SE Edgard de Souza: substituição de disjuntores e equipamentos<br />
de 3 “bays” 230 kV (obra associada ao terceiro banco de<br />
autotransformadores 440/230 kV – 750 MVA de Cabreúva)<br />
SE Oeste: seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru<br />
- Embu<br />
SE Sumaré: reator manobrável 440 kV / 90 Mvar<br />
SE Tijuco Preto: quarto banco de autotransformadores<br />
750/345 kV – 1500 MVA<br />
SE Tijuco Preto: substituição de seis disjuntores 345 kV e sete<br />
chaves seccionadoras 345 kV (1)<br />
SE Guarulhos: substituição de um disjuntor 345 kV (na saída<br />
para Nordeste) (1)<br />
LT 230 kV Porto Primavera - Dourados<br />
SE Porto Primavera: banco de autotransformadores 440/230 kV<br />
– 450 MVA (associado à LT 230 kV Porto Primavera – Dourados)<br />
LT 345 kV Itapeti - Nordeste CD (C1)<br />
LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti CD (C3 e C4)<br />
LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 177 / 530
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Assis (nova): banco de autotransformadores 500/440 kV –<br />
1500 MVA e fase reserva (associado à LT 500 kV Londrina –<br />
Assis – Araraquara)<br />
SE Campinas: 2 o banco de autotransformadores 500/345 kV –<br />
560 MVA<br />
SE Itapeti: substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos<br />
associados em 8 “bays” (obra associada às LTs 345 kV CD<br />
Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste)<br />
SE Santo Ângelo: substituição de disjuntores 345 kV e<br />
equipamentos associados em 8 “bays” (obra associada às LTs<br />
345 kV CD Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste)<br />
LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça<br />
SE Cachoeira Paulista: banco de autotransformadores<br />
500/230 kV– 350 MVA<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
Obs: A superação de disjuntores em T. Preto 345 kV e Guarulhos poderá estar associada à necessidade de troca de outros<br />
equipamentos – estudo não concluído.<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Os Agentes de distribuição do Estado de São Paulo devem avaliar a<br />
possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub<br />
transmissão nos períodos de carga leve e mínima, de forma a minimizar a<br />
necessidade de desligamentos de linhas de transmissão para controle de<br />
reativos.<br />
• Continuar a fazer gestões junto à Aneel no sentido de viabilizar alternativas<br />
para o equacionamento da implantação dos reforços vinculados às<br />
resoluções 433/00 e 489/02, em especial na área São Paulo (<strong>ONS</strong>)<br />
• Avaliar as soluções para os problemas de sobrecarga na LT 345 kV Embu –<br />
Sul em condições de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Viabilizar a implantação da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA (Bandeirante).<br />
• Analisar a viabilidade de recapacitar as LT 230 kV Chavantes – Botucatu C1<br />
(Cteep).<br />
• Finalizar os estudos referentes à superação de disjuntores na SE T. Preto<br />
345 kV e na SE Guarulhos 345 kV (<strong>ONS</strong>/Furnas)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 178 / 530
• Efetivar a troca de relação de TCs prevista para o 2º semestre de 2003 nas<br />
linhas de 440 kV do Pontal do Paranapanema. (Cteep/ETEO)<br />
• Consolidar estudo da aplicação de dispositivos limitadores de curto circuito<br />
na área São Paulo indicando a eventual necessidade de substituição de<br />
equipamentos. (Cteep/<strong>ONS</strong>)<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />
item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 179 / 530
Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />
2006<br />
• A análise das condições de desempenho do sistema de transmissão<br />
responsável pelo atendimento à área São Paulo levou em conta as usinas<br />
termelétricas, previstas no PPT, que possuem pareceres de acesso à Rede<br />
Básica expedido pelo <strong>ONS</strong>. Assim, foram consideradas as usinas<br />
termelétricas - Nova Piratininga (400 MW) e Três Lagoas (240 MW), além da<br />
14ª unidade (110 MW) na UHE Porto Primavera.<br />
Sistema em 750 kV<br />
• Os autotransformadores 750/345 kV – 3 x 1.500 MVA de Tijuco Preto<br />
operam no limite em condição normal, no ano 2004, para FSE (fluxo nas três<br />
LTs 750 kV Ivaiporã – Itaberá) da ordem de 7.100 MW em carga pesada e de<br />
7.200 MW em carga média. Nessas condições estão despachadas as usinas<br />
Angra 1 e 2, termelétricas em São Paulo (Piratininga e Nova Piratininga, em<br />
um total de 145 MW) e no Rio de Janeiro (Santa Cruz, Termorio e Norte<br />
Fluminense, em um total de 647 MW). As usinas Eletrobolt e Macaé estão<br />
desligadas. O despacho na UHE Itaipu 60 Hz é de 6.300 MW em ambas as<br />
condições de carga. Nessas mesmas condições, quando da perda de uma<br />
unidade 750/345 kV de Tijuco Preto, as restantes apresentam sobrecargas<br />
de 41% em carga pesada e 42% em carga média.<br />
Os limites de intercâmbio do Sul para o Sudeste, após a entrada em<br />
operação da LT 525 kV circuito duplo Bateias – Ibiúna, implicam em um FSE<br />
máximo estimado na faixa de 7.300 a 7.500 MW em 2004. Dessa forma, o<br />
carregamento das unidades transformadoras 750/345 kV de Tijuco Preto em<br />
condições de emergência impõe alguma restrição ao intercâmbio do sistema<br />
Sul para o Sudeste. É importante observar que:<br />
- com a ampliação da interligação Sul – Sudeste após a construção da<br />
LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e do autotransformador<br />
500/440 kV-1500 MVA em Assis, nas mesmas condições descritas<br />
acima, os carregamentos nos três autotransformadores 750/345 kV<br />
de Tijuco Preto em carga pesada, em 2006, são reduzidos a 90% em<br />
condição normal de operação e 126% quando da perda de uma<br />
unidade. Nessas condições, o fluxo pelas três LTs 750 kV Ivaiporã –<br />
Itaberá (FSE) é de 6.900 MW e o despacho de geração na área do<br />
RJ/ES da ordem 905 MW;<br />
- a sobrecarga na transformação 750/345 kV de Tijuco Preto em<br />
emergência pode ser reduzida com redespacho de geração no<br />
sistema Sudeste para permitir a diminuição da geração na UHE<br />
Itaipu 60 Hz. Para geração em Itaipu de 60 Hz correspondente a 8, 7<br />
e 6 máquinas (5.600 MW, 4.900 MW e 4.200 MW respectivamente),<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 180 / 530
as sobrecargas são de 28%, 15% e 3%, no ano 2004 em carga<br />
pesada; e<br />
- geração térmica adicional à já referida na área Rio de Janeiro,<br />
acarreta a diminuição do fluxo pelos autotransformadores<br />
750/500 kV de Tijuco Preto e o conseqüente aumento no<br />
carregamento da transformação 750/345 kV que, dependendo dos<br />
novos montantes de geração e do FSE, podem apresentar<br />
sobrecarga em condição normal de operação.<br />
Sistema em 500 kV<br />
• Os autotransformadores 440/500 kV – 717 MVA e 750 MVA de Água<br />
Vermelha poderão apresentar carregamentos elevados em condição normal<br />
de operação e sobrecargas em emergência das LTs 440 kV Água Vermelha<br />
– Ribeirão Preto e Água Vermelha – Araraquara e em um dos dois<br />
autotransformadores 440/500 kV, que é a pior condição.<br />
Os valores das sobrecargas em emergências dependem de:<br />
- diferença entre os despachos de geração nas usinas das bacias dos<br />
rios Paraná, Tietê e Paranapanema em relação aos das bacias dos<br />
rios Paranaíba e Grande; e<br />
- sentido e valor dos intercâmbios entre as regiões Sul, Sudeste e<br />
Norte / Nordeste.<br />
Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha<br />
Ano<br />
Paraná +<br />
Paranap<br />
+ Tietê<br />
Grande+<br />
Paranaíba<br />
UTE<br />
SP+<br />
RJ<br />
RSE<br />
SE p/ N<br />
Mir-Col<br />
Norma l (1)<br />
Emergência<br />
(1)<br />
Observações<br />
MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />
2004 9.372 10.300 876 6.800 1.800 554 77,3 1.000 139,5<br />
2005 9.419 10.559 1.941 6.800 1.800 490 68,3 882 123,0<br />
S/ LT Itumb.-<br />
Marimb. 500 kV<br />
C/ LT Itumb.-<br />
Marimb. 500 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 181 / 530
Ano<br />
Paraná +<br />
Paranap<br />
+ Tietê<br />
Grande+<br />
Paranaíba<br />
UTE<br />
SP+<br />
RJ<br />
RSE<br />
SE p/ N<br />
Mir-Col<br />
Norma l (1)<br />
Emergência<br />
(1)<br />
Observações<br />
MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />
9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 429 59,8 772 107,7<br />
C/ P.Primavera<br />
9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 418 58,3 752 104,9<br />
440/230 e LT<br />
230 kV<br />
2006<br />
p/Dourados<br />
C/ LT P Prim -<br />
9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 336 46,9 597 83,3<br />
C/ LT Itumb.-<br />
Marimb. 500 kV<br />
Dourados e<br />
Londr-Assis-<br />
Araraq<br />
9.273 7.403 2.482 9.200 2.000 691 96,4 1.230 171,5 Idem<br />
9.273 7.403 708 9.200 400 470 65,6 839 117,0 Idem<br />
1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do<br />
sistema 440 para o 500 kV<br />
Em situações de fluxos do sistema Sul para o Sudeste (RSE=6.800 MW) e<br />
do Sudeste para o Norte/Nordeste (1.800 MW de Miracema para Colinas),<br />
com despachos de geração de 88% nas usinas dos rios Paraná e<br />
Paranapanema e de cerca de 75% no Grande e 72% no Paranaíba, o fluxo<br />
nos transformadores 440/500 kV de Água Vermelha é no sentido do sistema<br />
440 kV para o 500 kV. Nessas condições, quando da perda de um dos dois<br />
autotransformadores 440/500 kV de Água Vermelha o fluxo no restante<br />
(unidade de 717 MVA) é de 1.000 MVA / 139,5% em 2004, 882 MVA /<br />
123,0% em 2005 e de 597 MVA / 83,3% em 2006. A presença da LT 500 kV<br />
Itumbiara – Marimbondo em 2005 e da interligação em 500 kV Londrina –<br />
Assis – Araraquara, em 2006, contribuem para a diminuição desse fluxo de<br />
Água Vermelha.<br />
Para despachos de geração menores nos rios Grande (59%) e Paranaíba<br />
(44%), combinados com um fluxo maior do sistema Sul para o Sudeste (RSE<br />
= 9.200 MW), poderão ocorrer sobrecargas elevadas no autotransformador<br />
de 717 MVA quando da perda da outra unidade, cerca de 117,0% no ano<br />
2006. Nessa última condição, com fluxo de 2.000 MW de Miracema para<br />
Colinas, o carregamento nas unidades de Água Vermelha já é elevado em<br />
condição normal de operação (2 x 691 MVA).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 182 / 530
Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha com Despachos<br />
Reduzidos no Paranaíba e no Grande<br />
Ano<br />
Paraná<br />
+<br />
Parana<br />
p.+<br />
Tietê<br />
Grand<br />
e +<br />
Paran<br />
aíba<br />
UTE<br />
SP+RJ<br />
RSE<br />
SE p/ N<br />
Mir-Col<br />
Norma l (1)<br />
Emergência<br />
(1)<br />
Observações<br />
MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />
2004 5.732 7.504 4.770 2.700 2.000 505 70,4 905 126,2<br />
5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 483 67,4 866 120,8<br />
S/ Itumb. –<br />
Marimb. 500 kV<br />
Com P.Prim<br />
440/230<br />
Com P Prim<br />
2006<br />
5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 462 64,4 822 114,6<br />
6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 414 57,7 743 103,6<br />
440/230 e Londr-<br />
Assis-Araraq<br />
Com P Prim<br />
440/230<br />
6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 403 56,2 717 100,0<br />
Com P Prim<br />
440/230 e Londr-<br />
Assis-Araraq<br />
(1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do<br />
sistema 500 para o 440 kV.<br />
Em situações de intercâmbios do sistema Norte/Nordeste para o Sudeste (da<br />
ordem de 2000 MW) e do Sudeste para o Sul, com despachos de geração<br />
relativamente baixos no Sudeste, maiores no Paranaíba (70%) do que no<br />
Grande (35%) e Paraná (60%), os fluxos nos autotransformadores<br />
440/500 kV de Água Vermelha são no sentido do sistema em 500 kV para o<br />
440 kV. Quando da perda de um AT há sobrecarga no restante: fluxos de<br />
905 MVA / 126,2% em 2004 e 822 MVA / 114,6% em 2006 na unidade de<br />
717 MVA. Nessas condições, a presença da interligação em 500 kV Londrina<br />
– Assis – Araraquara contribui para a diminuição no carregamento dessaa<br />
transformação. Para um maior despacho de geração no Paraná (73%) o fluxo<br />
na unidade de 717 MVA, quando da emergência do outro banco, é reduzido<br />
para 100,0% em 2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 183 / 530
• Em situações com elevados intercâmbios do sistema Norte para o Sudeste<br />
(cerca de 2.000 MW de Gurupi para Serra da Mesa) e do sistema Sudeste<br />
para o Sul (RSUL = 4.000 MW), despacho hidráulico elevado no Sudeste<br />
(cerca de 80% nos rios Grande, Paranaíba, Paraná, Tietê e Paranapanema)<br />
e baixos despachos de geração térmica e nuclear (apenas Angra 1 em<br />
operação), há elevados fluxos através do sistema em 500 kV em condição<br />
normal de operação, e restrições no sistema em emergências:<br />
- na perda da LT 500 kV Araraquara – Poços é superado o limite da<br />
LT 500 kV Araraquara – Campinas (limite do CPST = 1.732 MVA)<br />
em 2005 (fluxo de 1.818 MVA / 105%). Em 2006, com a entrada da<br />
interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, esse<br />
carregamento cai ao limite da linha (fluxo de 1.713 MVA/ 99%) nessa<br />
emergência;<br />
- na perda da LT 500 kV Araraquara – Campinas, a LT 500 kV<br />
Araraquara – Poços (limite do CPST = 1.732 MVA) opera no limite<br />
em 2005 (fluxo de 1.701 MVA / 98%). Em 2006, com a entrada da<br />
interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, o fluxo nessa<br />
emergência é menor (1.500 MVA/ 87%); e<br />
- na perda de uma das duas LTs 500 kV Araraquara – Marimbondo há<br />
superação da capacidade operativa (CPST) no circuito restante<br />
(1.673 MVA / 107% em 2004, 1.857 MVA / 119% em 2005 e<br />
2.058 MVA / 132% em 2006). Esse carregamento é agravado com a<br />
presença da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara.<br />
No ano 2006, considerando-se a redução no intercâmbio do sistema<br />
Norte para o Sudeste e nas gerações no sistema Sudeste, o circuito<br />
remanescente opera no limite para fluxos do sistema Sudeste para o<br />
Sul da ordem de RSUL = 2.000 MW atingindo valores da ordem de<br />
1.539 MVA / 99%. Os dois circuitos da LT 500 kV Araraquara –<br />
Marimbondo estão limitados a 1.800 A / 1.559 MVA por seus<br />
equipamentos terminais. A troca desses equipamentos eleva o limite<br />
para 1.665 MVA.<br />
• A perda da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista provoca a<br />
superação dos limites operativos na LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />
Taubaté, devido a problemas de superação de equipamentos terminais em<br />
Taubaté. O desempenho do sistema é adequado após a entrada em<br />
operação da segunda LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista, licitada<br />
pela Aneel para a Cachoeira Paulista Transmissora de Energia Ltda.,<br />
prevista para entrar em operação em dezembro de 2004.<br />
Sistema em 440 kV<br />
• A LT 440 kV Capivara – Assis opera, em condição normal, durante todo o<br />
período 2004-2006, com carregamento próximo ao seu limite (1.143 MVA),<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 184 / 530
podendo este ser ultrapassado dependendo do despacho de geração na<br />
área e do fluxo entre os sistemas Sudeste e Sul. Quando da perda da LT<br />
440 kV Taquaruçu – Assis esse limite de carregamento da LT Capivara –<br />
Assis é excedido em cerca de 40%. Nessa emergência, poderá ser também<br />
excedido o limite da LT 440 kV Taquaruçu – Capivara (1.143 MVA). Essas<br />
condições podem ser agravadas para despachos superiores ao considerado<br />
de 88% nas usinas dessa área, ou no caso da motorização da UHE Porto<br />
Primavera acima de 14 máquinas. Esse problema poderá ser solucionado<br />
com a adequação dos equipamentos terminais dessas LTs 440 kV<br />
Taquaruçu – Capivara e Capivara - Assis.<br />
• No período anterior à entrada em operação da interligação em 500 kV<br />
Londrina – Assis – Araraquara, o limite da LT 440 kV Assis – Bauru<br />
(1.143 MVA) poderá ser excedido quando da perda da LT 440 kV Assis -<br />
Sumaré em situações de despachos de geração elevados nas usinas da área<br />
(88%) e dependendo do fluxo do sistema Sul para o Sudeste. Os fluxos<br />
verificados nessa emergência são de 114% em 2004, 106% em 2005 e 77%<br />
em 2006.<br />
• O autotransformador 440/230 kV de 336 MVA da subestação de Assis opera<br />
próximo ao seu limite em condição normal para despachos de geração de<br />
88% nas usinas da área do pontal do Paranapaneme e para fluxos<br />
superiores a 1.400 MW do Sudeste para o Sul. Na contingência da LT<br />
440 kV Assis – Bauru, esse transformador fica submetido a sobrecargas<br />
inadmissíveis da ordem de 50%, estando a usina Porto Primavera com 14<br />
máquinas despachadas. Considerando-se, adicionalmente, a medida<br />
operativa de abertura do barramento 230 kV isolando – se a transformação<br />
440/230 kV de Assis e a LT 230 kV Maringá – Assis das demais linhas, o<br />
fluxo pelo transformador é reduzido a valores aceitáveis. Mas, nessa nova<br />
condição, o fluxo pela LT 230 kV Maringá – Assis é superior ao máximo<br />
admissível. A perda da LT 440 kV Assis – Bauru é a emergência mais severa<br />
para o autotransformador 440/230 kV de Assis, mas, no entanto, há outras<br />
que levam esse equipamento a sobrecargas, como a perda da LT 440 kV<br />
Assis – Sumaré ou a contingência da LT 500 kV Ivaiporã – Londrina. Essa<br />
situação deverá ser agravada na eventual motorização da UHE Porto<br />
Primavera além da décima quarta máquina. Essas condições verificadas<br />
apontam para a instalação do segundo autotransformador 440/230 kV de<br />
336 MVA em Assis que eliminaria esse problema.<br />
Observa-se que com duas unidades 440/230 kV em Assis podem ocorrer<br />
carregamentos superiores aos nominais nesses equipamentos, em<br />
emergências para despachos elevados nas usinas da área (88%) e fluxos do<br />
sistema Sudeste para o Sul (RSUL superior a 1.300 MW). A ampliação da<br />
interligação Sul – Sudeste mediante a construção da LT 500 kV Londrina –<br />
Assis – Araraquara (figura a seguir) e autotransformador 500/440 kV de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 185 / 530
1.500 MVA em Assis reduzem o carregamento na transformação 440/230 kV<br />
de Assis, eliminando os problemas indicados.<br />
Figura 3.4.3-1 – Interligação S/SE em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />
Itumbiara<br />
Água Vermelha<br />
Marimbondo<br />
Araraquara<br />
Poços de Caldas Itajubá C. Paulista<br />
Araraquara<br />
G<br />
Bauru<br />
Campinas<br />
I. Solteira<br />
S. Ângelo<br />
S. Barbara<br />
2 I. Solteira 2<br />
Embu Guaçu<br />
2<br />
Jupia<br />
2 Cabreúva<br />
M. Mirim III<br />
Oeste<br />
Taubaté<br />
Capivara<br />
Londrina<br />
Assis<br />
Ibiúna<br />
Tijuco Preto<br />
Batéias<br />
Legenda<br />
765 kV<br />
440 kV<br />
500 kV 345 kV<br />
230 kV<br />
Itaberá<br />
• A SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA é atualmente atendida em “tap” da LT<br />
440 kV, circuito duplo, Bauru – Embu. Essa configuração não está de acordo<br />
com os Procedimentos de Rede. No PAR 2003-2005 foi proposto o<br />
seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru – Embu na SE Oeste.<br />
Com o seccionamento dos dois circuitos há aumento na potência de curto –<br />
circuito trifásico no barramento de 88 kV de Oeste de 24,3 kA para 30,1 kA,<br />
atingindo 96% da capacidade dos disjuntores (31,5 kA). Com o<br />
seccionamento de apenas um circuito o nível de curto – circuito no 88 kV<br />
(24,3 kA) é cerca de 77% da capacidade dos disjuntores e o desempenho do<br />
sistema é adequado, notando-se que, na perda da LT 440 kV Oeste – Embu,<br />
na condição de carga pesada de 2006, é verificada tensão de 0,909 no<br />
barramento de 440 kV de Oeste. A tensão no barramento de 88 kV é<br />
adequada.<br />
A partir da solicitação de acesso da CBA para uma carga de 129,5 MW no<br />
barramento de 88 kV de Oeste, considerando-se o seccionamento de apenas<br />
um circuito da LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, quando da perda da LT<br />
440 kV Oeste – Embu, são verificadas tensões inferiores a 0,900 pu no<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 186 / 530
arramento de 440 kV da SE Oeste: 0,912 pu em 2004, 0,890 pu em 2005 e<br />
0,858 pu em 2006, em carga pesada. O desempenho do sistema é sempre<br />
adequado quando se considera o seccionamento dos dois circuitos Bauru –<br />
Embu em Oeste.<br />
• A CBA solicitou acesso para ampliação de sua unidade industrial a partir de<br />
2002. De uma importação total de 530 MW, na ponta e fora de ponta,<br />
400,5 MW são supridos em 230 kV a partir da SE Cabreúva. Os demais<br />
129,5 MW são atendidos em 88 kV a partir da SE Oeste.<br />
O aumento de carga solicitado pela CBA, associado ao atraso na<br />
implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA, esgotou a<br />
capacidade do sistema em 230 kV na região da cidade de São Paulo.<br />
Em 2004, na carga pesada, em condições de despacho de geração elevados<br />
no sistema em 440 kV (cerca de 88%), o carregamento na transformação<br />
440/230 kV – 2 x 750 MVA de Cabreúva é alto em condição normal de<br />
operação (88%). Quando da perda de uma de suas unidades há elevada<br />
sobrecarga na restante (62%). Transferindo-se carga da CBA do sistema em<br />
230 kV para o de 88 kV até um montante total de 294,4 MW e cortando-se o<br />
restante, o carregamento na unidade remanescente de Cabreúva é ainda de<br />
117%, mostrando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade de<br />
São Paulo para reduzir esse valor ao nominal.<br />
Em 2004, em outro cenário de geração, com despacho hidráulico mais baixo<br />
no Sudeste, geração térmica alta no Rio de Janeiro e em São Paulo, com<br />
Angra 2 despachada e fluxo do sistema Sul para o Sudeste, mais solicitante<br />
para a SE Anhangüera Provisória 345/230 kV – 500 MVA, na carga pesada,<br />
há sobrecarga nessa subestação já em condição normal de operação (9%) e<br />
quando da perda de um transformador 440/230 kV em Cabreúva (26%). Na<br />
perda de uma unidade em Cabreúva há também sobrecarga na restante<br />
(39%). Mesmo transferindo-se para o 88 kV todo o montante de carga da<br />
CBA possível de ser atendido por esse sistema (294,4 MW) e cortando-se o<br />
restante da carga da CBA, permanece sobrecarga de 6% na transformação<br />
de Anhangüera Provisória quando da perda de um transformador 440/230 de<br />
Cabreúva, indicando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade<br />
de São Paulo para reduzir o carregamento ao seu valor nominal.<br />
A instalação do terceiro autotransformador 440/230 kV – 750 MVA e obras<br />
associadas na SE Cabreúva foi autorizada pela Aneel à Cteep com prazo<br />
previsto para 31/07/2004. Mesmo após a implantação desse reforço,<br />
permanece a sobrecarga em condição normal de operação no transformador<br />
345/230 kV – 500 MVA de Anhangüera Provisória (fluxo de 103%). Após a<br />
entrada em operação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA,<br />
prevista para dezembro de 2004, o desempenho do sistema é adequado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 187 / 530
Na carga pesada de junho de 2006 o transformador 345/230 kV – 500 MVA<br />
de Anhangüera Provisória tem carregamento elevado em condição normal<br />
(95%) e opera no limite (100%) quando da perda de um transformador<br />
440/230 kV de Cabreúva.<br />
• A partir de 2006 está prevista a instalação de uma novo eixo para<br />
atendimento à área do Mato Grosso do Sul, com a instalação de um banco<br />
de autotransformadores 440/230 kV – 450 MVA na SE Porto Primavera e a<br />
construção de uma LT 230 kV, circuito simples, entre Porto Primavera e<br />
Dourados (ver item 3.5.3 – área de Mato Grosso do Sul).<br />
Sistema em 345 kV<br />
• A perda de um dos dois circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti (2 x<br />
1.076 MVA) provoca sobrecarga no circuito remanescente em situações com<br />
Angra 1 e 2 em operação e com fluxos do sistema Sul para o Sudeste. Em<br />
2004, para recebimentos pelo Sudeste de cerca de 6.800 MW, o circuito<br />
restante opera no limite sem Angra 2 e há sobrecargas de 8% em carga<br />
pesada e 11% em carga média, com Angra 2 despachada. Para maiores<br />
valores do recebimento pelo Sudeste essas sobrecargas em emergências<br />
atingem valores mais elevados (para recebimentos da ordem de 9.300 MW,<br />
48% em carga pesada em 2004 e 35% em 2006). Dessa forma, esse<br />
problema poderá restringir a operação e a otimização do sistema,<br />
considerando que as condições de fluxo e despacho de geração<br />
mencionados podem ocorrer com freqüência.<br />
Os reforços propostos pelo CCPE no sistema em 345 kV a partir de Tijuco<br />
Preto são os seguintes:<br />
- construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 21 km, Tijuco Preto –<br />
Itapeti;<br />
- construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti –<br />
Nordeste, com lançamento de um circuito;<br />
- substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8<br />
“bays” na SE Itapeti e 8 “bays” na SE Santo Ângelo; e<br />
- ressalta-se também a superação de disjuntores na SE Tijuco Preto<br />
345 kV a partir da entrada em operação do 4º banco de<br />
autotransformadores 750/345 kV.<br />
Após a entrada em operação do quarto autotransformador 750/345 kV –<br />
1.500 MVA de Tijuco Preto e apenas da nova LT 345 kV, circuito duplo,<br />
Tijuco Preto – Itapeti C3 e C4, e implantada a solução de atendimento ao<br />
Vale do Paraíba que prevê a retirada do autotransformador 345/230 kV –<br />
500 MVA de Itapeti, a eventual perda de um dos circuitos da LT 345 kV<br />
Itapeti – Mogi acarreta sobrecargas no circuito restante que vai de 109%<br />
(circuito 2 com limite de 717 MVA, para FSE = 5.800 MW, sem Angra 2) a<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 188 / 530
135% (circuito 2 com limite de 717 MVA) e 104% (circuito 1 com limite de<br />
932 MVA) para FSE = 7.200 MW estando Angra 2 despachada. Em<br />
condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste (FSE = 7.200 MW<br />
com Angra 2) é aumentada a superação da unidade restante na perda de um<br />
dos dois transformadores 345/440 kV de Santo Ângelo, de 6% sem a retirada<br />
do transformador de Itapeti, para 10% com a retirada.<br />
• A subestação Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida por um ramal em<br />
345 kV, circuito duplo, derivado de um dos dois circuitos da LT 345 kV Embu<br />
– Baixada, constituindo-se os circuitos Embu – Sul e Baixada - Sul. O circuito<br />
de Embu Guaçu até o ponto de derivação para a SE Sul (Alto da Serra)<br />
apresenta capacidade de 896 MVA e fica submetido a sobrecargas da ordem<br />
de 9% quando de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul em 2004,<br />
chegando a 1.004 MVA (12%) em 2006, próximo aos limites das demais<br />
linhas (1.076 MVA). No momento, alternativas de solução de planejamento<br />
estão em estudo. No horizonte 2006 pode-se observar que o seccionamento<br />
adicional do circuito Alto da Serra II – Baixada na SE Sul, passando essa<br />
subestação a ser atendida por duas linhas entre Embu Guaçu e Baixada,<br />
resolve satisfatoriamente esse problema levando a carregamentos da ordem<br />
de 830 MVA, 77% da capacidade do circuito remanescente na perda de um<br />
dos circuitos Baixada - Sul e a melhores e satisfatórias condições de tensão.<br />
Entretanto, essa possível solução pode não ser viável pela dificuldade de<br />
entrada das linhas na subestação Sul, podendo ser adotada outra solução<br />
ainda em estudo -subestação seccionadora e recondutoramento do trecho de<br />
linha de entrada na SE Sul- ou a recapacitação do trecho até Alto da Serra.<br />
• Quando da perda da LT 345 kV Mogi – Nordeste a LT 345 kV Guarulhos –<br />
Nordeste opera no limite, no ano 2006, na condição de carga pesada, e vice<br />
– versa. No PAR 2003 - 2005 foram verificadas sobrecargas nessas linhas<br />
em emergências. Os carregamentos destas linhas em emergências<br />
dependem apenas da carga da SE Nordeste cujos valores previstos neste<br />
ciclo do PAR são inferiores aos do ciclo anterior. A solução proposta pelo<br />
CCPE para a área, ainda dependente de análise de viabilidade técnica, é a<br />
construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti – Nordeste.<br />
• A LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti – Mogi 345 kV tem capacidade de<br />
1.076 MVA, mas está limitada em 932 MVA (circuito 1) e 717 MVA (circuito<br />
2) em função de restrições nos “bays” em Mogi. A solução de planejamento<br />
proposta pelo CCPE para a área prevê, além do quarto transformador<br />
750/345 kV – 1.500 MVA em Tijuco Preto, a construção de nova LT 345 kV,<br />
circuito duplo, Tijuco Preto – Itapeti, nova LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti –<br />
Nordeste e substituição de equipamentos 345 kV em Itapeti e Santo Ângelo.<br />
• A LT 345 kV, circuito duplo, Ibiúna – Guarulhos tem um limite de 1.532 MVA<br />
por circuito. Em condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 189 / 530
(RSE = 9.000 MW), despacho de 6.300 MW em Itaipu 50 Hz, despacho de<br />
449 MW nas UTEs Piratininga e Nova Piratininga e com Angra 2 fora de<br />
operação, quando da perda de um dos circuitos, o fluxo no outra supera o<br />
seu limite: 1.553 MVA / 101% em 2004 e 1.659 MVA / 108% em 2005. Em<br />
2005 está presente a SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA.<br />
Considerando-se a hipótese de fechamento do anel entre as SEs Guarulhos,<br />
Anhangüera e Milton Fornasaro, com a desativação da SE Anhangüera<br />
Provisória, o carregamento do circuito restante passa a ser adequado:<br />
1389 MVA / 91% em 2004 e 1380 MVA / 90% em 2005.<br />
• A indisponibilidade dos dois circuitos da LT 345 kV, circuito duplo, Interlagos<br />
– Xavantes provoca o desligamento total das SEs 345/88 kV Bandeirantes e<br />
Milton Fornasaro, que atendem cerca de 1.700 MW de carga na área da<br />
Grande São Paulo, responsáveis, inclusive, pelo centro da cidade de São<br />
Paulo. Há o risco de propagação do defeito para a rede de 230 kV, através<br />
da SE Anhangüera Provisória 345/230 kV, levando ao desligamento também<br />
das SEs Centro, Edgard de Souza e Pirituba e do consumidor CBA, em um<br />
total de cerca de 3.500 MW. Considerando-se a indisponibilidade<br />
permanente desses dois circuitos, cortes de carga nas SEs Bandeirantes,<br />
Milton Fornasaro, Centro, Edgard de Souza, Pirituba e CBA atingiriam cerca<br />
de 1.900 MW na carga pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. Por<br />
outro lado, a SE Anhangüera Provisória, construída em caráter emergencial<br />
não atende aos requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede e, devido ao<br />
seu nível de ruído, a Cteep foi notificada por órgãos ambientais para a<br />
retirada de serviço dessa subestação. Dessa forma, propõem-se a<br />
desativação dessa subestação com a transferência do seu transformador<br />
para a nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões<br />
para a LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente)<br />
de forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, o que<br />
também evitará as conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV<br />
Interlagos – Xavantes.<br />
Sistema em 230 kV – Vale do Paraíba<br />
• O atendimento às cargas da região do Vale do Paraíba é realizado através<br />
das transformações de Mogi 345/230kV (2 x 500MVA), Itapeti 345/230kV (1 x<br />
500MVA), Taubaté 440/230kV (1 x 330 MVA) e pela interligação com o Rio<br />
de Janeiro através da subestação de Nilo Peçanha 230/138kV (1 x<br />
200 MVA). As usinas de Jaguari, Paraibuna e Santa Branca com capacidade<br />
instalada de 172 MW completam o atendimento pela rede de 88kV. A<br />
subestação de Nilo Peçanha é um ponto de intercâmbio entre as áreas Rio<br />
de Janeiro e São Paulo. Os fluxos normalmente estão no sentido de São<br />
Paulo para Rio de Janeiro e são variáveis de acordo com o despacho das<br />
usinas de Nilo Peçanha, Fontes, Pereira Passos, Angra I e II e térmicas do<br />
Rio de Janeiro.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 190 / 530
Condição normal<br />
A carga prevista na região do Vale do Paraíba tem o atendimento garantido<br />
em condição normal de operação para os diversos cenários analisados no<br />
período 2004-2006. Observam-se carregamentos em torno de 77% no<br />
autotransformador de Itapeti 345/88 kV-1 x 500 MVA no patamar de carga<br />
pesada.<br />
Contingências na rede de 230 kV<br />
A perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para Itapeti)<br />
causa sobrecarga na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) e viceversa,<br />
conforme tabela 3.4.3-5. Devido a diferença de limites operativos, a<br />
perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) causa sobrecarga<br />
mais elevada na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para<br />
Itapeti).<br />
Figura 3.4.3-2 Sistema principal de atendimento ao Vale do Paraíba<br />
São José dos Campos<br />
Mogi - Furnas<br />
359MVA / 4,7 km<br />
358MVA / 50 km<br />
Mogi_Q<br />
310 MVA / 50 km<br />
4 x 150 MVA<br />
88kV<br />
514,7 + j 107,4<br />
345kV<br />
345kV<br />
2 x 500MVA<br />
172,9 + j 7,8<br />
Itapeti<br />
88kV<br />
230kV<br />
Mogi - CTEEP<br />
2 x 150MVA<br />
1 x 60MVA<br />
1 x 500MVA 230kV<br />
359MVA / 6,5 km 359MVA / 0,5 km<br />
230kV<br />
2 x 315 MVA<br />
230kV<br />
1 x 330 MVA<br />
440kV<br />
Taubaté<br />
138kV<br />
266,7 + j 17,5<br />
Carga prevista para<br />
o ano 2006 pesada.<br />
Aparecida<br />
Santa Cabeça<br />
Nilo Peçanha<br />
126,4 km 31,2 km 38,7 km<br />
41,7 km<br />
230kV<br />
230kV<br />
3 x 60MVA<br />
88kV<br />
230kV<br />
2 x 60MVA<br />
88kV<br />
230kV<br />
82,1 + j 33,5 89 + j 14,5<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 191 / 530
Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi – São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José<br />
(expressa)<br />
Contingência<br />
Ano<br />
Sobrecarga no circuito remanescente<br />
Carga Pesada<br />
Carga Média<br />
LT 230 kV Mogi –<br />
São José dos<br />
Campos (expressa)<br />
LT 230 kV Mogi –<br />
São José dos<br />
Campos (Tap)<br />
2004 125% 112%<br />
2005 128% 112%<br />
2006 129% 111%<br />
2004 107% 98%<br />
2005 112% 97%<br />
2006 114% 96%<br />
Obs: com Angra I, sem Angra II e GT (RJ) =835 MW<br />
Vale ressaltar que esses carregamentos são influenciados pelo despacho<br />
das usinas térmicas da área RJ/ES assim como nas usinas nucleares de.<br />
Angra I e II. No caso acima caso essas usinas estejam despachadas na sua<br />
totalidade a sobrecarga verificada na linha expressa de 129% cai para 109%,<br />
o que vale dizer menos 2 MW no carregamento para cada 100 MW de<br />
geração adicional.<br />
Em outro trecho do sistema de transmissão de 230 kV dessa área, observase<br />
que a contingência da LT 230 kV Taubaté – Aparecida cujas cargas de<br />
Aparecida e Santa Cabeça passam a ser atendidas radialmente pela<br />
transformação de Nilo Peçanha é suportada até o ano 2005, a partir do qual<br />
se verifica acentuada queda de tensão e risco de corte de carga.<br />
A solução de planejamento proposta pelo CCPE para essa área (relatório<br />
CCPE/CTET/GTET-059/2002 de outubro de 2002), indica as seguintes obras<br />
para o início do período:<br />
- implantação de módulo Geral em 230 kV na SE Cachoeira Paulista;<br />
- instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE<br />
Cachoeira Paulista e vãos associados;<br />
- instalação de LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça, 7 km, e<br />
vãos associados;<br />
- desativação do transformador 345/230 kV – 500 MVA da SE Itapeti<br />
após a conclusão das obras anteriores;<br />
- eliminação das restrições de carregamento nas LTs 230 kV<br />
provocadas por equipamentos terminais na SE Aparecida; e<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 192 / 530
- construção da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA em 2009 e<br />
desativação da SE Mogi 230/88 kV.<br />
Considerando-se a implantação dessas obras indicadas observa-se que:<br />
- a emergência em um dos transformadores 345/230 kV da SE Mogi<br />
(já sem a transformação de Itapeti) implica em carregamento da<br />
ordem de 101% no remanescente;<br />
- a emergência na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa)<br />
implica em um carregamento de 104% na LT 230 kV Mogi (Furnas) –<br />
São José (com “tap” para Itapeti); e<br />
- o desempenho do sistema é adequado quando da perda da LT<br />
230 kV Taubaté – Aparecida.<br />
Comentários:<br />
- a solução proposta de construção de novo ponto de atendimento a<br />
partir da SE Cachoeira Paulista e conexão à SE S. Cabeça, resolve<br />
os problemas verificados no eixo Taubaté – Aparecida – S. Cabeça.<br />
Já os elevados carregamento no eixo Mogi - São José do Campos<br />
terão como possível solução o remanejamento de cargas das SEs<br />
São José dos Campos 230/88 kV, Nordeste 345/88 kV e Mogi<br />
230/88 kV (que será desativada), mediante a construção, de<br />
responsabilidade da distribuidora Bandeirante, da SE Itapeti<br />
345/88 kV e de linha em 88 kV, com extensão aproximada de 15 km,<br />
para conexão à LT 88 kV existente, permitindo a transferência de<br />
blocos de carga dessas subestações. É importante ressaltar que<br />
nesse estudo do CCPE verificou-se a inviabilidade da ampliação da<br />
rede de 230 kV entre Mogi e São José dos Campos, devido à<br />
dificuldade de chegada em São José, tendo a distribuidora concluído<br />
pelo esgotamento dessa subestação que ficará limitada ao<br />
atendimento de cargas da ordem de 450 MW após o remanejamento<br />
de cargas mencionado. Também se deve observar que a<br />
transferência do AT 345/230 kV – 500 MVA de Itapeti para outro<br />
local não está mais sendo contemplada neste PAR.<br />
Sistema em 230 kV – Paranapanema<br />
• A instalação da segunda LT 230 kV Chavantes – Botucatu foi licitada à<br />
Cteep com data para energização em meados de 2003. Antes da<br />
energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu 230 kV, em situações<br />
com despachos de geração elevados (88%) nas usinas dos rios<br />
Paranapanema e recebimentos pelo Sudeste de 6.800 MW, as LTs 230 kV<br />
Chavantes – Botucatu (limite de 192 MVA, fluxo de 193 MVA) e Piraju –<br />
Jurumirim (limite de 319 MVA, fluxo de 312 MVA) operam no limite já em<br />
condição normal. Para maiores intercâmbios do sistema Sul para o Sudeste<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 193 / 530
há sobrecargas já em condição normal de operação (LT 230 kV Chavantes –<br />
Botucatu com 112% e LT 230 kV Piraju – Jurumirim com 108% para RSE =<br />
8.900 MW). A LT 230 kV Chavantes – Botucatu apresenta sobrecargas nas<br />
emergências das LTs 230 kV Chavantes – Piraju (159%), Piraju – Jurumirim<br />
(175%), Jurumirim – Avaré (145%) e Avaré – Botucatu (140%). Quando da<br />
perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu há sobrecarga nas LTs 230 kV:<br />
Chavantes – Piraju (110%), Piraju – Jurumirim (131%) e Jurumirim – Avaré<br />
(103%).<br />
Em 2004, após a energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu<br />
230 kV o desempenho do sistema em 230 kV, a partir de Chavantes e até<br />
Botucatu, é adequado em condição normal de operação verificando-se que,<br />
quando de elevados despachos (88%) de geração na área o fluxo no circuito<br />
1 da LT 230 kV Chavantes – Botucatu atinge cerca de 154 MVA (80%),<br />
quando de recebimentos pelo Sudeste da ordem de 8.900 MW. No entanto,<br />
para cenários com geração elevada (88%) nas usinas do Rio Paranapanema<br />
associados a fluxos do sistema Sul para o Sudeste, há sobrecargas em<br />
emergências para RSE a partir de cerca de 6.800 MW:<br />
- na perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu C2 há sobrecargas<br />
nas LTs 230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim; e<br />
- também há sobrecargas na LT 230 kV Chavantes – Botucatu durante<br />
as perdas das LTs 230 kV Chavantes – Piraju, Piraju – Jurumirim e<br />
Jurumirim – Avaré.<br />
A partir de dezembro de 2004 está prevista a implantação de um conjunto de<br />
obras entre a Rede Básica e o sistema de distribuição na área: substituição<br />
de dois transformadores 230/138 kV de 75 MVA por dois de 150 MVA na SE<br />
Botucatu (dezembro de 2004), terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA<br />
na SE Jurumirim (dezembro de 2004) e transformador 230/138 kV –<br />
180 MVA na SE Itararé II (dezembro de 2005). Implantado esse conjunto de<br />
obras não são mais verificados carregamentos acima dos nominais nas LT<br />
230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim em emergências, em<br />
situações de despachos elevados nas usinas da área, com fluxos do sistema<br />
Sul para o Sudeste (RSE de até 9.100 MW).<br />
• Em 2005, após a entrada em operação do 2º autotransformador 440/230 kV<br />
– 336 MVA de Assis, em situações de intercâmbio elevado do sistema<br />
Sudeste para o Sul (RSUL = 4.000 MW), associado a despachos reduzidos<br />
de geração (60% na condição de carga pesada) nas usinas de Jurumirim,<br />
Piraju, Chavantes, Ourinhos, Salto Grande e Canoas I e II, o limite da LT<br />
230 kV Assis – Chavantes (319 MVA) é superado quando da perda das LTs<br />
230 kV Assis – Londrina (Copel) ou Assis – Londrina (Eletrosul). Nesse<br />
cenário, despachos de geração mais baixos nessas usinas levam a<br />
sobrecargas em condição normal de operação nos autotransformadores<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 194 / 530
440/230 de Assis. A nova interligação em 500 kV Londrina – Assis –<br />
Araraquara alivia o sistema em 230 kV a partir da SE Assis, permitindo uma<br />
maior exploração do mesmo para despachos reduzidos nessas mesmas<br />
usinas.<br />
• A perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito, circuito simples, provoca<br />
sobrecargas nas transformações 230/138 kV de Jurumirim (143% em 2004) e<br />
Botucatu (123% em 2004) e na LT 138 kV circuito duplo Jurumirim – Capão<br />
Bonito. As transformações de Jurumirim e Botucatu operam com<br />
carregamentos acima do normal já em condição normal. As obras propostas<br />
para a área são a substituição dos transformadores 230/138 kV de Botucatu<br />
de 75 MVA por outros de 150 MVA (dois em dezembro de 2004 e um em<br />
dezembro de 2006), a instalação do terceiro transformador 230/138 kV –<br />
75 MVA em Jurumirim em dezembro de 2004, a implantação de<br />
transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé II em dezembro de 2005<br />
e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo, Jurumirim – Capão Bonito<br />
(Itaí) em dezembro de 2004.<br />
Sistema em 230 kV – Baixada Santista<br />
• A perda do autotransformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos, em<br />
cenários com as UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora de operação e com<br />
despacho de geração mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW),<br />
provoca sobrecarga no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada<br />
Santista (na carga pesada, carregamento de 100% em 2004 e 149% em<br />
2006) e na LT 230 kV Henry Borden – Piratininga (na carga pesada,<br />
carregamento de 104% em 2004 e 180% em 2006). Ressalta-se que foi<br />
considerada em operação a partir de dezembro de 2004 a SE Piratininga II<br />
230/88 kV – 3 x150 MVA e, portanto nos resultados apresentados para o ano<br />
2006. Por outro lado, a perda do transformador 345/230 kV de Baixada<br />
Santista, para esse mesmo cenário de geração, provoca sobrecarga no<br />
transformador 345/230 kV de Interlagos (na carga pesada, carregamento de<br />
137% em 2006), a partir da entrada em operação da SE Piratininga II<br />
230/88 kV - 3 x 150 MVA.<br />
Na carga leve, com despacho máximo de geração nas UTEs Piratininga<br />
(470 MW) e Nova Piratininga (378 MW), há carregamentos acima do nominal<br />
em condição normal de operação no AT 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos<br />
para despachos de geração superiores a 230 MW na UHE Henry Borden<br />
230 kV. Para despacho mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW)<br />
quando da perda do transformador 345/230 kV de Interlagos há sobrecarga<br />
na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden (701MVA / 226% em 2004 e<br />
617 MVA / 199% em 2006 com a SE Piratininga II 230/88 kV), e quando da<br />
perda da LT 230 kV Piratininga – Henry Borden há sobrecarga no<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 195 / 530
autotransformador 345/230 kV de Interlagos (699 MVA/140% em 2004 e<br />
612 MVA/122% em 2006).<br />
A solução para os problemas verificados na área é a instalação do segundo<br />
autotransformador 345/230 kV – 500 MVA na SE Interlagos, já autorizado<br />
pela Aneel à Cteep, com data limite para operação comercial de 31/12/2003.<br />
Convém salientar que a presença da SE Piratininga II 230/138 kV é benéfica<br />
para a operação da Rede Básica, uma vez que permite melhor distribuição<br />
de fluxo.<br />
• A Carbocloro S. A. Indústrias Químicas solicitou acesso para alimentação<br />
total de sua carga, atualmente suprida em 88 kV entre as SEs Henry Borden<br />
e Baixada, mediante seccionamento do circuito 1 da LT 230 kV, circuito<br />
duplo, Henry Borden – Baixada, a partir de junho de 2003. Sua demanda<br />
máxima atual, na ponta e fora de ponta, é de 106 MW. Estão previstos<br />
aumentos de demanda para 126 MW em janeiro de 2004 e 161 MW em<br />
junho de 2005.<br />
Sistema em 230 kV – Grande São Paulo<br />
• Na perda de um dos circuitos da LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba há<br />
carregamento superior ao nominal no circuito restante (117% na condição de<br />
carga pesada em 2004). Há também carregamentos acima dos nominais nas<br />
unidades restantes das transformações 230/88 kV de Edgard de Souza<br />
(117% em 2004 na carga pesada) e Pirituba (122% em 2004 na carga<br />
pesada), quando da perda de um de seus transformadores. Essas restrições<br />
são eliminadas após a implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x<br />
400 MVA prevista para dezembro de 2004.<br />
<br />
Descrição complementar das análises realizadas sobre o Controle de Tensão<br />
Sistema em 500 kV<br />
• Com relação ao sistema em 500 kV que atende à área São Paulo, o elevado<br />
perfil de tensão observado em alguns cenários de geração a partir do ano de<br />
2004 acarretou problemas de controle de tensão com os recursos existentes,<br />
não permitindo condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de<br />
transmissão, mesmo já com a inserção dos reatores em Marimbondo.<br />
Portanto, devem ser adicionados reatores manobráveis no sistema de<br />
500 kV que deriva da usina de Marimbondo até à área RJ/ES e na SE<br />
Itutinga, tendo como base evitar/minimizar, ao menos em carga leve, o<br />
desligamento de LTs para controle de tensão e tornar a operação do sistema<br />
mais flexível. Desse modo, os pontos do sistema de 500 kV situados na área<br />
SP identificados para reforço, além de Marimbondo, foram: Campinas 500 kV<br />
- 1x136 Mvar e Cachoeira Paulista 500 kV - 1x136 Mvar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 196 / 530
Sistema em 440 kV<br />
• Desligamentos de linhas de 440 kV para controle de tensão são mais<br />
freqüentes em situações como as de baixa geração nas usinas do Paraná e<br />
de acordo com um certo número de unidades geradoras sincronizadas para<br />
absorção de potência reativa. Quando necessário são desligados um dos<br />
circuitos duplos das linhas de transmissão que derivam das usinas Ilha<br />
Solteira e Jupiá e/ou o desligamento de linhas que chegam às estações<br />
terminais de Cabreúva, Embu Guaçu e Santo Ângelo para controle do perfil<br />
de tensão no 440 kV. Verifica-se no período 2004-2006 que o controle de<br />
tensão em carga leve requer a disponibilidade de todos os recursos<br />
existentes do sistema, inclusive de unidades geradoras para absorção de<br />
potência reativa pelas usinas de Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos e Água<br />
Vermelha principalmente, para propiciar condições satisfatórias de operação<br />
que possam evitar o desligamento de circuitos. Entretanto, podem ocorrer<br />
tensões próximas ao limite máximo de tensão do sistema de 440 kV mesmo<br />
com as máquinas sincronizadas bastante sub-excitadas.<br />
Desse modo, para dotar o sistema de maior flexibilidade operativa com o<br />
objetivo de reduzir os desligamentos de circuitos na rede de 440 kV, pelo<br />
menos um reator manobrável de 180 Mvar/440 kV deve ser adicionado ao<br />
sistema, preferencialmente na subestação de Araraquara, o que propiciaria<br />
reflexos no perfil de tensão e na absorção de potência reativa das usinas<br />
dessa área. Nesse sentido deve ser considerada adicionalmente, pelas<br />
concessionárias dessa área do sistema, a possibilidade de desligamento de<br />
capacitores da sub transmissão em 138 kV durante as cargas leve e<br />
principalmente mínima que permanecem normalmente ligados.<br />
Em condições de carga mínima (carga mais baixa que ocorre nas<br />
madrugadas de segunda-feira, Natal e Ano Novo) do sistema, é impraticável<br />
com os reatores disponíveis nesse sistema evitar o desligamento de linhas<br />
de transmissão de 440 kV devido a redução expressiva de carga. Para<br />
operar o sistema de forma adequada é necessária a abertura de pelo menos<br />
dois circuitos em 440 kV, e nessas condições e também para um número<br />
maior de desligamentos, esse sistema opera satisfatoriamente.<br />
Observa-se que a recomposição das cargas de Bom Jardim e Taubaté pelo<br />
sistema de transmissão de 440 kV é feita pelo corredor que parte da usina de<br />
Ilha Solteira e chega à SE Santo Ângelo. A tomada de carga nessas<br />
subestações poderia ser realizada em menos tempo caso fosse possível<br />
efetuá-la através de um novo corredor (Porto Primavera – Taquaruçu – Assis<br />
– Sumaré) que, nas condições atuais, apresenta tensões elevadas em<br />
Sumaré para energização até Bom Jardim.<br />
• Em cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas<br />
conectadas ao sistema em 440 kV, com altos carregamentos nas linhas em<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 197 / 530
440 kV (cerca de 800 MW), há elevada queda de tensão em condição normal<br />
de operação entre os barramentos de 440 kV das usinas e os das<br />
subestações de Ribeirão Preto (-9,0%), Santa Bárbara (-7,6%), Sumaré (-<br />
7,2%), Bom Jardim (-5,5%) e Cabreúva (-5,5%). A tensão no barramento de<br />
440 kV de Ribeirão Preto é de 0,95 pu. Esses resultados correspondem à<br />
carga pesada de 2006 e são obtidos considerando-se desligados todos os<br />
reatores manobráveis do sistema em 440 kV, inclusive os de Bauru e<br />
Araraquara cujos módulos de conexão para manobras estão autorizados à<br />
Cteep pela resolução Aneel 591/2002 com data limite para operação<br />
comercial em 30/04/2004.<br />
• Em todo o período 2004 –2006, em emergências de linhas de transmissão<br />
em 440 kV são verificadas tensões inferiores a 95% nos barramentos de<br />
440 kV de Ribeirão Preto, Santa Bárbara, Sumaré e Mogi Mirim 3. As<br />
tensões nos barramentos de 138 kV dessas subestações são sempre<br />
adequadas.<br />
• A perda da LT 440 kV Água Vermelha – Ribeirão Preto provoca sobrecarga<br />
na transformação 345/138 kV – 150 MVA de Mascarenhas de Moraes e<br />
tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto já a<br />
partir de 2004. Entretanto, a tensão no barramento de 138 kV dessa<br />
subestação é controlável dentro da faixa desejável. A sobrecarga na<br />
transformação de Mascarenhas de Moraes poderá ser reduzida através de<br />
redespacho de geração nas UHEs Mascarenhas de Moraes e Porto<br />
Colômbia e de abertura de circuitos em 138 kV. Essas medidas combinadas<br />
com um reajuste de tensão nos barramentos de 138 kV de Araraquara e<br />
Ribeirão Preto poderão melhorar também o nível de tensão no barramento<br />
de 440 kV de Ribeirão Preto. Recomenda-se às Distribuidoras a realização<br />
de estudos para a área de Mascarenhas de Moraes e de compensação<br />
reativa capacitiva no sistema de distribuição na área da SE Ribeirão Preto<br />
440/138 kV, de forma a eliminar os problemas apontados e evitar a<br />
necessidade de medidas operativas em emergências.<br />
<br />
Descrição complementar das análises realizadas sobre a Conexão Rede<br />
Básica - Distribuição<br />
• As cinco subestações a seguir apresentam superação da capacidade<br />
operativa de suas unidades transformadoras em regime normal de operação<br />
Botucatu 230/138 kV – 3 x 75 MVA, Jurumirim 230/138 kV – 2 x 75 MVA,<br />
Campinas 345/138 kV – 4 x 150 MVA, Bom Jardim 440/138 kV – 1 x<br />
150 MVA e Cabreúva 440/138 kV – 1 x 150 MVA.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 198 / 530
• As vinte e seis subestações a seguir apresentam superação da capacidade<br />
operativa de suas unidades transformadoras, na perda de uma das unidades<br />
ou em contingências de linhas de transmissão da região.<br />
Baixada Santista 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Baixada Santista 230/138 kV – 2<br />
x 150 MVA, Capão Bonito 230/138 kV – 2 x 75 MVA, Embu Guaçu<br />
440/138 kV - 2 x 300 MVA, Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA, Bom Jardim<br />
440/88 kV – 2 x 300 MVA, Santo Ângelo 440/138 kV – 1 x 300 + 2 x<br />
150 MVA, Araraquara 440/138 kV – 3 x 300 MVA, Mogi Mirim III 440/138 kV<br />
– 2 x 300 MVA, Ribeirão Preto 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Santa Bárbara<br />
440/138 kV – 3 x 300 MVA, Sumaré 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Assis<br />
230/88 kV – 2 x 38 MVA, Chavantes 230/88 kV – 2 x 40 MVA, Água<br />
Vermelha 440/138 kV – 1 x 300 MVA, Bauru 440/138 kV – 2 x 150 MVA,<br />
Jupiá 440/138 kV – 1 x 150 MVA Três Irmãos 440/138 kV – 1 x 300 MVA,<br />
Bandeirantes 345/88 kV – 3 x 400 MVA, Piratininga 230/88 kV – 4 x<br />
100 MVA, Edgard de Souza 230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA,<br />
Pirituba 230/88 kV – 4 x 150 MVA, Sul I 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Sul II<br />
345/88 kV – 2 x 400 MVA, Santa Cabeça 230/88 kV – 2 x 60 MVA e São<br />
José 230/88 kV – 4 x 150 MVA.<br />
• A implantação da LT 345 kV circuito duplo Guarulhos – Anhangüera e das<br />
instalações em 345 kV da nova SE Anhangüera 345/88 kV estão<br />
autorizadas pela Aneel à Cteep com prazo de dezembro de 2003. Por outro<br />
lado, a implantação dos transformadores 345/88 kV – 2 x 400 MVA nessa<br />
subestação, sob a responsabilidade da Eletropaulo, está prevista para<br />
dezembro de 2004. Essa nova subestação assume parte da carga das SEs<br />
Edgard de Souza e Pirituba 230/88 kV evitando carregamentos acima dos<br />
nominais nos transformadores dessas subestações quando da perda de uma<br />
de suas unidades e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba quando da<br />
perda de um dos seus dois circuitos. O eventual atraso na implantação da<br />
SE Anhangüera agrava as sobrecargas em emergências na SE Edgard de<br />
Souza que evoluem de 117% em 2004 até 125% em 2006, na SE Pirituba de<br />
122% em 2004 at 131% em 2006 e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba<br />
de 116% em 2004 para 124% em 2006, aumentando as restrições ao<br />
atendimento das cargas na zona oeste da cidade de São Paulo.<br />
• A implantação da SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA, como solução de<br />
referência de planejamento para atendimento à SE Capão Bonito, tem data<br />
informada no plano de obras da Elektro para dezembro de 2005. Associada a<br />
essa obra, há a construção de uma nova linha de transmissão em 230 kV,<br />
circuito simples, entre Jaguariaíva e Itararé II. Observa-se que esta<br />
subestação ainda não possui solicitação de acesso à Rede Básica, o que<br />
pode acarretar atrasos nas obras de responsabilidade da transmissora por<br />
falta de autorização para início das providências necessárias.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 199 / 530
• O fator de potência global, calculado do lado de alta dos transformadores,<br />
para a área São Paulo, em todas as condições de carga, varia de 0,979 a<br />
0,987 no período 2004 – 2006. Em alguns pontos foram verificados valores<br />
inferiores a 0,98 que não atendem aos Procedimentos de Rede. O<br />
detalhamento deste assunto encontra-se disponível no item 7 deste relatório.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 200 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 201 / 530
3.5 Região Centro-Oeste<br />
3.5.1 Área Goiás/Distrito Federal<br />
<br />
Descrição da Área<br />
O sistema tronco para atendimento às cargas do Distrito Federal e de grande parte<br />
da área Goiás é constituído por três circuitos em 345 kV provenientes da UHE<br />
Itumbiara, por três circuitos em 500 kV provenientes da UHE Serra da Mesa, e<br />
também por dois circuitos em 230 kV, que escoam parte da potência gerada pela<br />
UHE Cachoeira Dourada. Além de atender às cargas dessa área, este sistema<br />
tronco é parte integrante da rede que interliga as Regiões Norte/Nordeste à Região<br />
Sudeste/Centro-Oeste e, por isso, tem o seu desempenho fortemente influenciado<br />
pelo intercâmbio – valor e sentido – praticado na interligação Norte/Sul.<br />
O sul da área Goiás é atendido a partir de três circuitos de 230 kV que derivam da<br />
UHE Itumbiara e se estendem até o Mato Grosso e por um sistema de 138 kV<br />
proveniente da UHE Cachoeira Dourada que se interliga com a área Minas Gerais,<br />
no Triângulo Mineiro, pelas duas linhas de 138 kV Cachoeira Dourada –<br />
Avatingüara.<br />
A área norte de Goiás é atendida por uma LT 230 kV proveniente da SE Brasília<br />
Sul, além de duas linhas de 230 kV derivadas da UHE Cana Brava, até a SE Serra<br />
da Mesa, onde se conectam à interligação Norte-Sul por um transformador<br />
500/230 kV – 400 MVA. Derivado ainda da SE Serra da Mesa, está em operação<br />
um sistema em 138 kV que se estende até a SE Gurupi, que atende uma pequena<br />
parcela das cargas da CELTINS no Tocantins em situações de contingência no<br />
sistema da mesma.<br />
A capacidade de geração hidráulica instalada nessa área atinge 2.822 MW<br />
distribuída pelas usinas de Serra da Mesa (1.293 MW), Corumbá I (381 MW),<br />
Cachoeira Dourada (652 MW), Paranoá (25 MW) e Cana Brava (471MW), além da<br />
geração térmica de 10 MW na UTE Brasília. É ainda prevista a conclusão das obras<br />
em 2004 da UHE Corumbá IV (127 MW) a ser conectada na rede 138 kV de<br />
atendimento ao Distrito Federal.<br />
Há ainda o conjunto das seguintes usinas hidrelétricas na área sudeste de Goiás,<br />
previstas para o final de 2006: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu, Barra dos<br />
Coqueiros, Salto e Itaguaçu, esta ainda não licitada, que juntas (descontada<br />
Itaguaçu) perfazem 389 MW de capacidade instalada. O sistema coletor dessas<br />
usinas será conectado ao sistema 500 kV da UHE São Simão. Sob o aspecto<br />
elétrico, as usinas em questão foram consideradas no âmbito da área de Minas<br />
Gerais.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Goiás/Distrito Federal<br />
A tabela 3.5.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Goiás/Distrito Federal no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 202 / 530
Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Goiás e Distrito Federal<br />
2003 2004 2005 2006<br />
Capacidade<br />
Instalada<br />
(MW)<br />
Demanda<br />
Máxima e<br />
crescimento<br />
Anual<br />
UHE 2.822 2.949 (1) 2.949 2.949<br />
UTE 10 10 10 10<br />
Total 2.832 2.959 2.959 2.959<br />
CELG 1331 1429 1541 1653<br />
CEB 698 730 758 787<br />
Total 2.029 2.159 2.299 2.440<br />
(MW)<br />
(%)<br />
---<br />
6,4<br />
6,5<br />
6,1<br />
Obs.: nova UHE Corumbá IV (127 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação da Área Goiás/Distrito Federal.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
• Observa-se que a análise de estabilidade do sistema de transmissão da área<br />
Goiás/ Distrito Federal está inserida no desempenho dinâmico das<br />
interligações N/SE e SE/NE como um todo. Em particular, são importantes os<br />
condicionantes para o escoamento da geração das UHEs de Serra da Mesa,<br />
Cana Brava, Lajeado e a partir de janeiro de 2006 da usina Peixe Angical,<br />
tendo em conta os diferentes níveis dos intercâmbios entre as regiões<br />
Norte/NE – Sudeste, nos cenários de importação e exportação pelo Sudeste.<br />
Esse aspecto é abordado no item 4 deste relatório, que trata do desempenho<br />
e limites de transmissão das interligações regionais.<br />
• A eventual perda do único autotransformador 500/230 kV-400 MVA de Serra<br />
da Mesa acarreta em problema de perda de sincronismo das máquinas da<br />
usina de Cana Brava com o sistema interligado. Até a entrada em operação<br />
do 2º banco de autotransformadores nessa subestação, proposto no PAR<br />
2003-2005, mas ainda sem autorização da Aneel, o ECE de corte de geração<br />
implantado nessa usina elimina o problema de perda de sincronismo com o<br />
restante do sistema.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Com a implantação da interligação Norte-Sul II, nota-se um elevado perfil de<br />
tensão nas linhas de transmissão entre as subestações Serra da Mesa e<br />
Samambaia em diversas condições de fluxo nessa interligação,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 203 / 530
principalmente em Samambaia, o que deverá acarretar em necessidade de<br />
maior controle pela UHE Serra da Mesa. Os níveis de tensão ficam na faixa<br />
entre 107 e 110% na maioria dos casos analisados, independente da<br />
condição de carga. Normalmente, na área Goiás e Distrito Federal não são<br />
necessários desligamentos de linhas de transmissão para controle de<br />
tensão.<br />
• Para propiciar o adequado controle de tensão na área de Serra da Mesa –<br />
Samambaia, além de eliminar a sobretensão verificada quando da rejeição<br />
sobre Itumbiara, é importante a instalação do reator manobrável de 136 Mvar<br />
- 500 kV em Itumbiara, no terminal da LT 500 kV Samambaia – Itumbiara, já<br />
recomendado no PAR 2003-2005 e que se encontra em fase de autorização<br />
pela Aneel. A análise da necessidade da inserção de outro reator no eixo S.<br />
da Mesa – Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle<br />
de tensões nessa área do sistema, deverá ser objeto de análise<br />
complementar, tendo em conta o elevado perfil de tensão observado nessa<br />
área.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
• Há necessidade de revisão dos limites de carregamento das linhas de<br />
transmissão em relação aos valores que constam do CPST, de modo a se<br />
poder reavaliar os diversos casos de sobrecargas resultantes da análise,<br />
antes que soluções de natureza estrutural sejam sugeridas. Os casos em<br />
que ocorreram superações dessas capacidades no período 2004-2006<br />
referem-se às seguintes LTs: LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia, LT<br />
345 kV Samambaia – Brasília Sul, LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes, LT<br />
230 kV Anhanguera – Goiânia Leste e LT 230 kV Xavantes – Pirineus,<br />
conforme a seguir descrito:<br />
• Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 500 kV<br />
Serra da Mesa – Samambaia. A saída de um dos três circuitos Serra da<br />
Mesa – Samambaia leva aos seguintes resultados:<br />
- considerando os limites de carregamento indicados nos CPSTs<br />
(1.665 MVA / 1.923 A para as 3 LTs) verificou-se que não há<br />
sobrecargas até um valor do fluxo total que sai de Serra da Mesa<br />
(fluxo F4 indicado na Figura 3.5.1-1) da ordem de 3.270 MW<br />
(FSM= 3.500 MW, definido na Figura 3.5.1-1);<br />
- considerando para o circuito 2 um limite de 1.410 MVA (1.628 A),<br />
conforme informação mais recente de Furnas, poderá ocorrer<br />
sobrecarga nesse circuito para saída de um dos demais para<br />
fluxos F4 maiores ou iguais a 2.800 MW (FSM= 3.030 MW).<br />
Até a revisão dos limites de carregamento ou a caracterização da solução<br />
estrutural, será necessário atualizar/implantar um esquema de corte de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 204 / 530
geração em Serra da Mesa - Cana Brava - Lajeado para fluxos FSM acima<br />
de 3.500 MW.<br />
• Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 345 kV<br />
Samambaia – Brasília Sul. Na configuração de junho/2004, a saída de um<br />
dos circuitos das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul (limite de<br />
639 MVA) provoca sobrecarga da ordem de 14% (730 MVA) no circuito<br />
remanescente. A eliminação da restrição dos equipamentos terminais<br />
(TCs), elevará o limite de carregamento para 766 MVA. Adicionalmente,<br />
com a entrada da UHE Corumbá IV (2 unidades de 63.5 MW, previstas<br />
para dezembro de 2004 e março de 2005), a ser conectada na rede<br />
138 kV entre Samambaia e Brasília Sul, conforme mostrado na Figura<br />
3.5.1-1, os fluxos nas transformações 345/138 kV de Samambaia e de<br />
Brasília Sul deverão cair, e, em conseqüência, a sobrecarga durante a<br />
citada contingência deixará de ocorrer, como verificado na análise das<br />
configurações de 2005 e 2006.<br />
• Observa-se que a contingência de um dos circuitos da LT 230 kV<br />
Anhanguera – Bandeirantes, na carga pesada, pode resultar em<br />
carregamentos no circuito remanescente na faixa de 310 a 410 MVA. O<br />
limite existente para essa instalação é de 382 MVA (900 A) devido ao TC<br />
no terminal de Bandeirantes e pode ser superado em cerca de 7% quando<br />
dessa contingência. Ressalta-se que o limite de CPST dessa linha<br />
(239 MVA) necessita ser atualizado considerando os valores<br />
mencionados.<br />
• Superação de capacidade operativa de CPST nas LTs 230 kV<br />
Bandeirantes – Xavantes. A saída da LT 230 kV Anhanguera – Goiânia<br />
Leste provoca sobrecargas nos dois circuitos da LT 230 kV Bandeirantes<br />
– Xavantes (limite de 219 MVA) que variam de 8% a 20% (224 a<br />
266 MVA) no período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos<br />
intercâmbios de exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte.<br />
Permanece, nesse caso, a observação acima quanto às restrições<br />
causadas pelos equipamentos terminais. Observa-se que a saída de um<br />
dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes também provoca<br />
sobrecargas no circuito remanescente, porém de intensidade<br />
relativamente menor que a causada pela saída da LT 230 kV Anhanguera<br />
– Goiânia Leste acima descrita;<br />
• Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Anhanguera –<br />
Goiânia Leste. A saída de um dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes<br />
– Xavantes provoca sobrecargas na LT 230 kV Anhanguera – Goiânia<br />
Leste (limite de 219 MVA) que variam de 6% a 24% (232 a 272 MVA) no<br />
período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos intercâmbios de<br />
exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte. Permanece neste caso<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 205 / 530
a mesma observação já feita quanto à eliminação das restrições de<br />
carregamento.<br />
A LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste também fica sobrecarregada no<br />
caso de saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul. Nesse caso as<br />
sobrecargas resultaram de 7% a 11% (234 a 242 MVA) no período 2004-<br />
2006, independentemente do sentido dos intercâmbios entre o<br />
SE/C.Oeste e o Norte.<br />
• Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Xavantes –<br />
Pirineus. A saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul provoca<br />
também sobrecargas no trecho em 230 kV Xavantes – Pirineus (limite de<br />
204 MVA), a qual é maior no ano 2004 (22%, 250 MVA), reduzindo-se<br />
para 10% (225 MVA) em 2005 e 2006. Vale neste caso a mesma<br />
observação anterior quanto à eliminação das restrições de carregamento.<br />
• Sobrecarga na transformação 500/345 kV de Samambaia (2x1.050 MVA).<br />
Foram analisadas as sobrecargas decorrentes da saída de um dos bancos<br />
de transformadores, considerando-se os casos mais críticos de altos fluxos<br />
de importação do Norte pelo Sudeste. Verificou-se que o nível de sobrecarga<br />
ultrapassa 40% para fluxos F4 acima de aproximadamente 3.270 MW (FSM=<br />
3.500 MW). Por outro lado, para que tal sobrecarga não atinja 20%, os fluxos<br />
F4 não devem ultrapassar valores da ordem de 2.500 MW (FSM=<br />
2.720 MW). As sobrecargas deixam de ocorrer para valores reduzidos de<br />
fluxo e para qualquer fluxo no sentido contrário, ou seja, de exportação do<br />
Sudeste para o Norte. A solução desse problema é a instalação do 3º banco<br />
em Samambaia em 2005, conforme já proposto no PAR/PDET 2003-2005 e<br />
ainda sem autorização da Aneel.<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar além do caso do transformador 500/230 kV da SE Serra da<br />
Mesa mencionado no tópico a).<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />
na SE Itumbiara 345 kV e 230 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o<br />
diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados,<br />
ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede<br />
Básica na SE Brasília Sul.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
• Para todos os casos o sistema apresenta-se estável.<br />
• violação de limites térmicos: destacam-se somente a abertura das duas<br />
interligações em 230 kV, com cerca de 100 m de extensão, entre as SE`s<br />
Bandeirantes (FCE) e Anhangüera (Celg) que ocasiona a violação térmica<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 206 / 530
das LT`s 230 kV Bandeirantes – Xavantes C1 e C2 e a abertura da barra 8A<br />
- 345 kV da SE Bandeirantes que resulta em sobrecarga no<br />
autotransformador 345/230 kV remanescente.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
Foram observadas sobrecargas nas transformações 230/138 kV de<br />
Anhanguera (2x100 MVA), Cachoeira Dourada (1x120 MVA), Xavantes<br />
(3x150 MVA), Rio Verde (2x100 MVA), Planalto (2x42 MVA) e Itapaci<br />
(2x50 MVA), conforme descrito no Item 7.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Itumbiara: reator manobrável 136 Mvar - 500 kV<br />
SE Serra da Mesa: 2º banco de autotransformadores<br />
500/230 kV, 400 MVA<br />
SE Samambaia: 3º Autotransformador 500/345 kV, 1.050 MVA<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
FEV/2004<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa, visando eliminar<br />
eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos críticos etc.<br />
das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul, LTs 230 kV Bandeirantes –<br />
Xavantes, LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste, LT 230 kV Xavantes –<br />
Pirineus – Brasília Geral. (<strong>ONS</strong>/Furnas/Celg)<br />
• Analisar o impacto da inserção de outro reator no eixo 500 kV S. da Mesa –<br />
Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle de tensão<br />
nessa área do sistema. (<strong>ONS</strong>).<br />
• Definir sistema de transmissão para integração das usinas já licitadas para o<br />
sul de Goiás (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 207 / 530
Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />
2006<br />
A Figura 3.5.1-1 ilustra esquematicamente a rede de transmissão da área<br />
Goiás/Distrito Federal, podendo-se destacar, para efeito de análise da rede, os<br />
seguintes subsistemas:<br />
• subsistema em 500 kV de escoamento dos intercâmbios da interligação<br />
Norte-Sul e da geração das UHEs Serra da Mesa e Cana Brava. A potência<br />
escoada pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F4, F5 e F6 indicados<br />
na figura; tal soma foi definida como FSM. A potência chegando em Serra da<br />
Mesa através da Norte-Sul é representada pelo fluxo F10. Os fluxos FNE-SE<br />
e F N-S indicam, respectivamente, a potência exportada para o Nordeste,<br />
medida em Serra da Mesa, e a importada pelo Sudeste/C.Oeste, medida em<br />
Miracema;<br />
• interligação em 500 kV entre a área de Samambaia e as usinas da bacia do<br />
Paranaíba, através das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação e Samambaia<br />
– Itumbiara, cujas potências escoadas são caracterizadas pelos fluxos F8 e<br />
F9, respectivamente;<br />
• em paralelo a estas linhas há a rede em 345 kV constituída pelas LTs<br />
Samambaia – Bandeirantes – Itumbiara e Samambaia– Brasília Sul –<br />
Corumbá – Itumbiara, a qual possibilita o suprimento das cargas da área do<br />
Distrito Federal e da região central de Goiás. Tais cargas são<br />
complementarmente supridas pela rede em 230 kV que interliga as<br />
subestações de Cachoeira Dourada, Anhanguera, Goiânia, Xavantes,<br />
Bandeirantes e Brasília Sul;<br />
• interligação em 230 kV entre as subestações de Brasília Sul e Serra da<br />
Mesa, através da qual são atendidas as cargas da região norte de Goiás.<br />
Essa região é complementarmente atendida pelo sistema em 138 kV<br />
derivado da SE Serra da Mesa;<br />
• a potência total injetada pelos subsistemas acima descritos para o<br />
suprimento das cargas do Distrito Federal e das regiões central e norte de<br />
Goiás pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7.<br />
Tal suprimento é complementado pela geração das usinas localizadas junto<br />
aos centros de carga, Paranoá (não indicada na figura) e Corumbá IV;<br />
• interligação entre as áreas Goiás e Mato Grosso, constituída pelos 3 circuitos<br />
de LTs em 230 kV derivadas de Rio Verde e direcionadas para<br />
Rondonópolis, via Barra do Peixe (2 circuitos) e Couto Magalhães (1<br />
circuito). Tal interligação será ampliada com a instalação da LT em 500 kV<br />
entre Cuiabá e Itumbiara, prevista, neste relatório, para junho de 2005;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 208 / 530
Figura 3.5.1-1 - Área Goiás e Distrito Federal – Diagrama esquemático – 2004 – 2006<br />
Colinas<br />
500kV<br />
NORTE<br />
F N-SE<br />
B.Jesus da Lapa<br />
500kV<br />
Sapeaçu<br />
500kV<br />
NE<br />
~<br />
Miracema<br />
Gurupi<br />
S.Mesa<br />
500kV<br />
F10<br />
F4<br />
Peixe<br />
(2006)<br />
Lajeado<br />
~<br />
~<br />
FSE-NE<br />
Samambaia<br />
500kV<br />
F7<br />
F8<br />
Samambaia<br />
345kV<br />
F9<br />
Bandeirantes<br />
F2<br />
~<br />
Itumbiara<br />
345kV<br />
Itumbiara<br />
500kV<br />
(Jun/05)<br />
S.Simão<br />
~<br />
Marimbondo<br />
(ago/04)<br />
Emborcação<br />
500kV<br />
~Miranda<br />
S. Gotardo<br />
N. Ponte<br />
2x300 MVA<br />
138kV<br />
Uberlândia<br />
(3) 2 x1050MVA<br />
~<br />
(2x) 400MVA<br />
Cana Brava<br />
F6<br />
Corumbá IV<br />
F5<br />
~<br />
S.Mesa<br />
230kV<br />
Niquelândia<br />
B.Alto<br />
B.Norte<br />
138kV<br />
B.Sul<br />
230kV<br />
B.Sul<br />
345kV<br />
2x225 MVA<br />
3x225MVA<br />
1x276MVA<br />
Bandeirantes<br />
230kV<br />
F3<br />
Corumba<br />
345kV<br />
Anhanguera<br />
P.Colombia<br />
~<br />
Carajás<br />
3x560MVA<br />
Itumbiara<br />
230kV<br />
3x225MVA<br />
Planalto<br />
C. Dourada<br />
230kV<br />
F1<br />
Rio Verde<br />
230kV<br />
~<br />
~<br />
MT<br />
138kV<br />
3x50MVA<br />
FSM = F4+F5+F6<br />
S.Mesa<br />
138kV<br />
B.Geral<br />
Pirineus<br />
Xavantes<br />
Firminópolis<br />
Goiânia Leste<br />
A título exemplificativo, a tabela 3.5.1-3 mostra os valores dos fluxos indicados na<br />
Figura 3.5.1-1 para a condição de junho / carga pesada dos anos 2004, 2005 e<br />
2006, considerando os casos base de despacho de geração e dois dos casos<br />
alternativos analisados (2006A e 2006B), estes últimos com aumento dos<br />
intercâmbios de exportação e importação de potência pelo Sudeste/C.Oeste através<br />
da interligação Norte-Sul.<br />
Da análise dessa tabela, verificam-se os seguintes aspectos:<br />
• no escoamento da potência proveniente da interligação Norte-Sul, nos casos<br />
em que há importação de potência pelo SE/C.Oeste, os fluxos provenientes<br />
de Serra da Mesa 500 kV são majoritariamente direcionados para a rede<br />
345 kV (F7) e para a LT 500 kV Samambaia – Emborcação (F8), resultando<br />
valores relativamente baixos de fluxos na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara<br />
(fluxo F9). O suprimento do Distrito Federal e das áreas centro e norte de<br />
Goiás, nesses casos, é predominantemente feito através da transformação<br />
500/345 kV de Samambaia (F7);<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 209 / 530
• já no caso de exportação de potência pelo SE/C.Oeste, ocorrem fluxos<br />
relativamente maiores na LT 500 kV Samambaia – Itumbiara (fluxo F9<br />
invertido) em comparação com a LT Samambaia – Emborcação (F8). O<br />
suprimento do Distrito Federal e do centro/norte de Goiás é<br />
predominantemente feito, nesse caso, através das LTs 345 kV Itumbiara –<br />
Bandeirantes – Samambaia (fluxo F2), reduzindo-se o fluxo na<br />
transformação 500 / 345 kV de Samambaia (F7);<br />
• nos diversos casos analisados a soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7<br />
resultou na faixa 1900 – 2000 MW. A soma desses fluxos corresponde,<br />
aproximadamente, a 90% das cargas do Distrito Federal e das áreas centro e<br />
norte de Goiás, sendo o saldo remanescente suprido pelas usinas locais<br />
(Paranoá, em operação, Corumbá IV, com entrada prevista para março/2004<br />
e julho/2004, 1ª e 2ª unidade de 63.5 MW cada). As perdas de transmissão<br />
dessa área resultaram da ordem de 2% da carga total da CEB e Celg.<br />
Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos (MW)<br />
Casos de referência<br />
Casos alternativos<br />
2004 2005 2006 2006A 2006B<br />
Fluxos, MW F1 243 216 204 173 318<br />
F2 328 326 266 122 789<br />
F3 102 83 39 -38 315<br />
F4 1468 1496 1947 2768 -839<br />
F5 -142 -152 -147 -131 -200<br />
F6 330 335 346 346 346<br />
FSM = F4+F5+F6 1656 1679 2146 2983 -693<br />
F7 1043 1082 1270 1507 436<br />
F1+F2+F3+F5+F6+F7 1904 1890 1978 1979 2004<br />
F8 407 406 529 827 -477<br />
F9 6 -5 128 393 -802<br />
F10 1088 1029 1274 1913 -1113<br />
F N-S 527 462 395 1066 -1988<br />
F SE-NE 478 410 343 146 795<br />
Foram analisadas contingências em regime permanente em LTs 500 kV, LTs<br />
230 kV, em transformadores da Rede Básica e da fronteira com a Rede<br />
Complementar, cujas principais conclusões foram anteriormente apresentadas no<br />
sumário das condições de atendimento.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 210 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 211 / 530
3.5.2 Área Mato Grosso<br />
<br />
Descrição da Área<br />
O sistema de transmissão de energia elétrica que atende à área do Mato Grosso é<br />
constituído basicamente por um sistema radial principal em 230 kV que parte da<br />
subestação de Rio Verde, com três circuitos até Rondonópolis no Mato Grosso,<br />
além de um circuito simples em 138 kV entre estas subestações.<br />
Um deles tem seu traçado via Couto Magalhães e outros dois via Barra do Peixe,<br />
havendo seccionamento e transformação 230/138 kV apenas em um desses dois<br />
últimos. Os trechos B. do Peixe – Rondonópolis e C. Magalhães – Rondonópolis<br />
têm 217 km e 178 km de comprimento, respectivamente. De Rondonópolis, com<br />
extensão de 188 km, partem dois circuitos em 230 kV para a subestação Coxipó<br />
localizada na capital Cuiabá, onde se concentra cerca de 45% da demanda do Mato<br />
Grosso e de onde se realiza a distribuição de energia aos centros de carga<br />
regionais.<br />
A área norte do MT é atendida radialmente por um único circuito de 230 kV a partir<br />
da SE Coxipó, com comprimento de 105 km até a SE Nobres, ponto de<br />
seccionamento e entroncamento com o sistema de transmissão (66 km) associado<br />
à UHE Manso, e mais 335 km até a subestação terminal de Sinop. Nesse último<br />
trecho, são atendidas por derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio<br />
Verde e Sorriso.<br />
Com a implantação de novas usinas, a área do MT tornou-se auto-suficiente em<br />
termos de energia elétrica e a rede em 230 kV passou a ser utilizada como um<br />
sistema exportador da energia excedente para o SIN.<br />
Considerando as obras que estarão sendo licitadas e autorizadas durante o ano de<br />
2003, deverá haver expansão e reforço da rede de transmissão no período 2004-<br />
2006, ocorrendo a instalação de um elo adicional em 230 kV entre as áreas de<br />
Coxipó/Cuiabá e Rondonópolis, adição de compensação série em trechos de linhas<br />
230 kV entre Cuiabá e Itumbiara e, ainda, a instalação de um circuito em 500 kV<br />
(808 km) entre essas duas últimas subestações.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Mato Grosso<br />
A tabela 3.5.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Mato Grosso no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 212 / 530
Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Mato Grosso<br />
2003 2004 2005 2006<br />
UHE 680 680 855 (1) 855<br />
Capacidade<br />
Instalada<br />
(MW)<br />
PCH 104 260 (2) 324 (3) 393 (4)<br />
UTE 492 492 492 492<br />
Total 1.276 1.432 1.671 1.740<br />
Demanda<br />
Máxima<br />
601<br />
653<br />
682<br />
715<br />
Anual (MW)<br />
Mínima<br />
384<br />
416<br />
435<br />
455<br />
Crescimento<br />
(%)<br />
-- 8,7 (*) 4,4 4,8<br />
(*) Inclui incorporação de mercados isolados da área norte do Estado.<br />
Notas: novas usinas (1) UHE Ponte de Pedra (175 MW); (2) PCHs 156 MW; (3) PCHs 64 MW; (4) PCHs 69 MW<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Nas análises realizadas, ficou evidenciada a existência de restrição estrutural do<br />
sistema de transmissão quanto à capacidade para escoar a totalidade da geração<br />
disponível no Mato Grosso.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
A partir da instalação de usinas na área Mato Grosso, o sistema de<br />
transmissão passou a apresentar problemas de instabilidade eletromecânica<br />
quando de contingências de linhas de 230 kV no eixo Coxipó - Rondonópolis<br />
– Rio Verde, havendo com isso necessidade de restrição elevada de geração<br />
local. A exportação máxima para o SIN a partir de Rondonópolis, considerando<br />
os fluxos nas LTs 230 kV e 138 kV, resultou na faixa 270-350 MW,<br />
dependendo das condições de carga. Desse total aproximadamente 230-<br />
300 MW correspondem ao fluxo nas LTs 230 kV, sendo o valor inferior<br />
referente à configuração de junho/2004. Para valores acima deste haveria<br />
necessidade de esquemas de corte de geração. Com a entrada em operação<br />
das obras previstas de transmissão nessa área (LT 230 kV Coxipó – Cuiabá –<br />
Rondonópolis, Compensação série no eixo em 230 kV entre Coxipó e<br />
Itumbiara e LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho – Intermediária – Itumbiara,<br />
mostradas nas Figuras 3.5.2-2 e 3.5.2-3), esse problema será solucionado<br />
para o parque gerador previsto até 2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 213 / 530
) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Contingências de linhas de 230 kV na área MT acarretam quedas<br />
excessivas de tensão no tronco 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe –<br />
Rio Verde. Com isso, há necessidade de restrição de geração local,<br />
diminuindo-se a potência exportada a partir de Rondonópolis. Esse<br />
problema será contornado com a instalação de compensação série nos dois<br />
circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde conforme mostrado<br />
mais adiante na Figura 3.5.2-2 e reforçado posteriormente com a instalação<br />
da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, indicada na Figura 3.5.2-3.<br />
• A subestação de Sinop, localizada na ponta de sistema radial a cerca de<br />
335 km da SE Nobres, apresenta problemas de controle de tensão,<br />
havendo inclusive dificuldades de operação do banco de capacitores<br />
existente nessa subestação em função do baixo nível de curto-circuito local<br />
(da ordem de 240 MVA no lado 230 kV). A instalação de equipamento de<br />
controle de tensão é importante nesse ponto do sistema, conforme<br />
recomendado nos dois últimos ciclos do PAR, já autorizado pela Aneel, com<br />
entrada em operação prevista para junho de 2004.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
O sistema de transmissão existente em 230 kV do Mato Grosso tem<br />
problemas de sobrecargas em linhas remanescentes quando de contingência<br />
simples de circuitos no eixo Rondonópolis – Rio Verde. As limitações da rede<br />
se manifestam basicamente por sobrecargas no trecho Coxipó -<br />
Rondonópolis 230 kV no caso de contingência em um dos circuitos,<br />
indicativas da necessidade de ampliação do número de circuitos em 230 kV<br />
nesse trecho, e por queda acentuada de tensão no trecho Rondonópolis -<br />
Barra do Peixe, indicativa da necessidade de reforço através de<br />
compensação reativa capacitiva nessa área do sistema.<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
A perda da LT 230 kV Nobres-Sinop pode levar a desligamentos de cargas<br />
na área centro-norte do estado, na faixa aproximada de 30 a 60 MW,<br />
dependendo da condição de carga e do despacho de geração local<br />
considerado. Observa-se, por outro lado, que essa área terá um aumento de<br />
capacidade geradora instalada (PCHs), diminuindo sua dependência das<br />
demais áreas.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 214 / 530
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Até que ocorram os reforços estruturais previstos, indicados nas Figuras<br />
3.5.2-2 e 3.5.2-3, a ocorrência de contingências duplas no eixo Coxipó -<br />
Rondonópolis – Barra do Peixe - Rio Verde pode levar ao ilhamento da rede<br />
do Mato Grosso em relação ao sistema interligado Sudeste/Centro Oeste. A<br />
geração local é suficiente para atender a carga, havendo necessidade de um<br />
esquema de corte de geração para manter a operação estável.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Conforme tratado no Item 7, foram observadas sobrecargas ou queda de<br />
tensão nas LTs 138 kV Coxipó – Rondonópolis e Rondonópolis-Couto<br />
Magalhães (74/86 MVA em condição normal/emergência), as quais operam<br />
em paralelo com a rede 230 kV. Por outro lado, observa-se que tais<br />
problemas ficarão bastante atenuados com a instalação de compensação<br />
série nos dois circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde,<br />
incluindo o seccionamento do circuito C1 e sua conexão na SE Barra do<br />
Peixe, conforme mostrado na Figura 3.5.2-2. Ressalta-se, porém, que no<br />
caso da perda de um dos transformadores da SE Coxipó 230/138 kV pode<br />
ser verificada sobrecarga elevada nas unidades remanescentes.<br />
• O plano de obras da Cemat indica um total da ordem de 900 km de LTs<br />
138 kV a serem instaladas no período 2004-2006, de responsabilidade<br />
própria e de outros agentes. Grande parte dessas linhas é voltada à<br />
integração de sistemas isolados e/ou de novas PCHs (algumas muito<br />
distantes do sistema e ainda sem contrato) nas áreas sudoeste e centronorte<br />
do estado e caso sejam concretizadas irão atenuar a dependência,<br />
principalmente da área centro-norte, da importação de potência através da<br />
LT 230 kV Nobres – Sinop.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Despacho Mínimo<br />
Na configuração atual, verifica-se que pode ser necessário despachar a UTE<br />
Cuiabá por razões de desempenho dinâmico do sistema, dependendo do<br />
despacho local de geração das usinas hidrelétricas. A evolução do sistema, a<br />
partir da entrada de novas usinas e das obras propostas para a área MT, irá<br />
eliminar a necessidade de despacho mínimo em Cuiabá.<br />
Despacho Máximo<br />
As restrições da rede 230 kV descritas nos itens (a), (b) e (c) anteriores<br />
impossibilitam o escoamento da totalidade da geração disponível, havendo<br />
necessidade de restringir o despacho global das usinas para valores na faixa<br />
de 60-65% da capacidade instalada no ano 2004. Sendo que a UTE Cuiabá<br />
(480 MW) representa aproximadamente 37% da potência total nesse ano, a<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 215 / 530
mesma poderá sofrer restrições de despacho juntamente com as demais<br />
usinas hidrelétricas do estado.<br />
i) Problemas relacionados ao desempenho operativo de instalações<br />
Os registros de proteção e a estatística do setor indicam que o desempenho<br />
médio da LT 230 kV Coxipó – Nobres - Sinop em termos de freqüência de<br />
falhas, tem sido bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo<br />
nível de tensão do SIN, com freqüência média 8 vezes superior à média das<br />
linhas de 230 kV. É importante caracterizar as causas dos desligamentos<br />
bem como o(s) trecho(s) de sua maior incidência na rota Coxipó - Nobres-<br />
Nova Mutum-Rio Verde-Sorriso-Sinop com extensão total de 440 km.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
Seccionamento da LT Rondonópolis – Rio Verde - Itumbiara C1<br />
em Barra do Peixe para conexão na SE 230/138 kV de Barra do<br />
Peixe<br />
Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas<br />
entre Rondonópolis e Itumbiara<br />
Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá<br />
LT 230 kV Coxipó-Cuiabá, circuito duplo (25 km),<br />
LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis, circuito simples (168 km),<br />
compensada em série (60%)<br />
LT 500 kV Cuiabá -Itumbiara, circuito simples (808 km), com<br />
seccionamentos em Riberãozinho e Intermediária<br />
SEs Cuiabá e Ribeirãozinho 500/230 kV<br />
LT 230 kV Ribeirãozinho - Barra do Peixe, circuito duplo (3 km)<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JAN/2005<br />
JAN/2005<br />
JAN/2005<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 216 / 530
) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa das três LTs 230 kV<br />
entre as subestações de Rondonópolis e Itumbiara, particularmente dos<br />
trechos Barra do Peixe – Rio Verde C1 e Rio Verde – Itumbiara C1, visando<br />
eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos<br />
críticos etc.(<strong>ONS</strong>/Empresas envolvidas da área).<br />
• Verificar necessidade de compatibilizar o dimensionamento dos bancos de<br />
capacitores série localizados nos citados trechos de linhas com os efetivos<br />
limites de carregamento, depois de eliminadas as eventuais restrições<br />
(CCPE/Furnas).<br />
• Investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV Coxipó – Nobres –<br />
Nova Mutum – Lucas Rio Verde – Sorriso – Sinop, com 440 km de extensão,<br />
identificando os trechos de maior incidência, e estabelecer ações que<br />
possam reduzir a freqüência de saídas da mesma, considerando<br />
particularmente as causas de origem interna (descargas atmosféricas, por<br />
exemplo) e outras ignoradas, as quais, segundo os registros, têm tido<br />
influência significativa no desempenho dessa LT (<strong>ONS</strong>/Eletronorte).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />
item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 217 / 530
Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />
2006<br />
a) Antes da entrada da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara (junho/2004 a fevereiro/2005)<br />
A Figura 3.5.2-1 ilustra, de forma simplificada, a rede de transmissão para a<br />
área Mato Grosso e sua interligação com Goiás no seu estágio atual. Está<br />
previsto que a configuração do tronco transmissor principal se mantenha até o<br />
final de 2004 ou início de 2005, quando ocorrerão ampliações e reforços na<br />
rede 230 kV (Figura 3.5.2-2).<br />
Figura 3.5.2-1 - Área Mato Grosso – Configuração para os anos 2003 e 2004<br />
Sinop<br />
Sorriso<br />
138kV<br />
L. R. Verde<br />
Itumbiara<br />
500kV<br />
N. Mutum<br />
UHE Manso<br />
Nobres<br />
UHE<br />
Guaporé<br />
Jauru<br />
230kV<br />
UHE<br />
Jauru<br />
138kV<br />
Coxipó<br />
Rondonópolis<br />
B. do Peixe<br />
230kV<br />
138kV<br />
#2<br />
#1<br />
#2<br />
#1<br />
#2<br />
#1<br />
C. Magalhães<br />
R. Verde<br />
#2<br />
#1<br />
C. Dourada<br />
345kV<br />
Itumbiara<br />
230kV<br />
UTE Cuiabá<br />
138kV<br />
138kV<br />
UHE Itiquira 1 e 2<br />
No período dezembro/2004 a fevereiro/2005 foi considerado que o sistema<br />
evolua para a configuração mostrada na Figura 3.5.2-2, incorporando<br />
ampliações e reforços, os quais contemplam a conexão da UHE Ponte de Pedra<br />
e, adicionalmente, os seguintes:<br />
• Seccionamento da LT Rondonópolis –Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do<br />
Peixe e conexão da mesma na SE transformadora 230/138 kV de Barra do<br />
Peixe, ficando ambos os circuitos dessa linha conectados na referida<br />
subestação;<br />
• Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas entre<br />
Rondonópolis e Itumbiara, com os seguintes graus de compensação:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 218 / 530
- C2: 50% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 70% nos trechos<br />
Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara;<br />
- C1: 30% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 2x30% nos trechos<br />
Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara;<br />
• Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá, conectada através de um<br />
circuito duplo (25 km) com a SE Coxipó e de um circuito simples (168 km)<br />
com a SE Rondonópolis, estabelecendo-se assim um 3o elo em 230 kV entre<br />
as áreas de Coxipó e Rondonópolis. O trecho Cuiabá-Rondonópolis terá<br />
60% de compensação série, concentrada no terminal de Rondonópolis.<br />
Figura 3.5.2-2 - Área Mato Grosso – Configuração para fevereiro/2005 – Entrada da LT Coxipó-Cuiabá-<br />
Rondonópolis e da compensação série na rede 230 kV<br />
Sinop<br />
Sorriso<br />
L. R. Verde<br />
N. Mutum<br />
138kV<br />
UHE Manso<br />
Itumbiara<br />
500kV<br />
Nobres<br />
Cuiabá<br />
UHE<br />
Guaporé<br />
Jauru<br />
230kV<br />
UHE<br />
Jauru<br />
138kV<br />
Coxipó<br />
Rondonópolis<br />
B. do Peixe<br />
230kV<br />
60%<br />
138kV<br />
50%<br />
#2<br />
#2 #2<br />
30% 30%<br />
#1 #1 #1<br />
C. Magalhães<br />
R. Verde<br />
70%<br />
#2<br />
70% 30% 30%<br />
#1<br />
30%<br />
C. Dourada<br />
345kV<br />
Itumbiara<br />
230kV<br />
UTE Cuiabá<br />
138kV<br />
UHE<br />
P.Pedra<br />
UHE Itiquira 1 e 2<br />
138kV<br />
A área Mato Grosso que, a partir da entrada da UTE Cuiabá (480 MW) e da<br />
UHE Manso (210 MW), passou a ter excedentes de geração para exportação ao<br />
SIN, tem essa característica exportadora ampliada a partir de 2003 com a<br />
entrada de novas fontes geradoras.<br />
Na configuração de junho/2004 estarão presentes as hidrelétricas de Itiquira I<br />
(60,8 MW), Itiquira II (95,2 MW), Jauru (110,1 MW) e Guaporé (120 MW). Em<br />
relação a junho/2003, está ainda prevista a implantação de um montante<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 219 / 530
adicional de 36 MW de PCHs na região sudoeste 1 , totalizando 1312 MW de<br />
capacidade instalada de geração. Em fevereiro/2005 foram consideradas em<br />
operação as 2 primeiras das 3 unidades da UHE Ponte de Pedra (3x58.7 MW).<br />
A configuração correspondente a junho/2004 é a mostrada na Figura 3.5.2-1.<br />
Para dezembro/2004 foi considerada a possibilidade de estar instalada a<br />
compensação série prevista para a rede 230 kV, mostrada na Figura 3.5.2-2,<br />
sem, contudo, a presença das linhas Coxipó-Cuiabá e Cuiabá-Rondonópolis,<br />
constituindo um 3º elo entre as áreas de Coxipó e Rondonópolis, o qual foi<br />
considerado na configuração de fevereiro/2005.<br />
Dada a topologia da conexão das novas fontes de geração nessa área, os<br />
fluxos dos excedentes de geração se concentram na SE Coxipó e são<br />
direcionados para Rondonópolis, através dos dois circuitos Coxipó -<br />
Rondonópolis 230 kV e da LT Coxipó – Jaciara - Rondonópolis 138 kV que<br />
opera em paralelo à rede 230 kV.<br />
Em Rondonópolis há a adição da geração proveniente de Itiquira I/II e da UHE<br />
Ponte de Pedra, aumentando o fluxo exportador, o qual se direciona para Rio<br />
Verde através dos três circuitos 230 kV (dois deles via Barra do Peixe e um via<br />
Couto Magalhães) e da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães -Rio Verde<br />
que opera em paralelo à rede 230 kV.<br />
A tabela a seguir resume os principais resultados para as configurações<br />
analisadas do ano de 2004 e de fevereiro/2005:<br />
Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005<br />
2004 2005<br />
Junho Dezembro Fevereiro<br />
C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada C. Pesada C. Média<br />
Cap. Instalada, MW UTE 492,0<br />
492,0<br />
492<br />
UHE 679,6<br />
679,6<br />
796,9<br />
PCH 140,4<br />
143,6<br />
143,6<br />
Total 1312,0<br />
1315,2<br />
1432,5<br />
Geração máxima, MW 941,5 919,5 765,5 908,5 1044,5 1034,5<br />
% 71,8% 70,1% 58,3% 69,1% 72,9% 72,2%<br />
Carga, MW 576,5 595,1 438,7 527,3 530,3 522,8<br />
Perdas, MW 61 50,4 40,8 70,2 76,2 70,7<br />
% 6,5% 5,5% 5,3% 7,7% 7,3% 6,8%<br />
Exportação, MW 230 kV 296 272 261 311 438 445<br />
(de Rondonópolis) 138 kV 49 45 57 37 46 43<br />
Total 345 317 318 348 484 488<br />
1 Nesse montante consideraram-se apenas as PCHs que têm contrato firmado com a Cemat, a serem instaladas em<br />
2003 e 2004 . Caso se considere todas as PCHs listadas no programa de metas do MME e/ou previstas pela Cemat,<br />
incluindo aquelas que ainda não tem contrato, o montante adicional em junho/2004, em relação a junho/2003, seria<br />
de 156 MW, sendo 41 MW na área centro-norte e 115 MW na área sudoeste do estado, elevando para 1432 MW o<br />
total de capacidade instalada.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 220 / 530
Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis<br />
indicados na tabela acima são os máximos possíveis para que não ocorram<br />
sobrecargas em regime permanente, em situações de contingências na rede.<br />
Para valores acima dos indicados, haveria necessidade de esquemas de corte<br />
de geração. As emergências mais críticas foram as seguintes:<br />
• saída de um dos dois circuitos Coxipó -Rondonópolis 230 kV, a qual tende a<br />
provocar sobrecargas no circuito remanescente (limite de 307 MVA, para<br />
condição de emergência) e na LT Coxipó -Jaciara-Rondonópolis 138 kV<br />
(limites de 86 MVA para condição de emergência);<br />
• saída do trecho de LT 230 kV Rondonópolis –B. do Peixe C2, a qual<br />
sobrecarrega a LT 230 kV Rondonópolis-B. do Peixe-Rio Verde C1<br />
(287 MVA), e tende a causar queda acentuada de tensão no sistema 230 kV<br />
e ao longo da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães.<br />
A presença da compensação série na rede 230 kV (dezembro/2004) melhora o<br />
desempenho da rede na segunda das contingências acima, porém, conforme se<br />
poderia antecipar, não soluciona a limitação de transmissão decorrente da<br />
primeira das contingências citadas, o que só ocorrerá com a instalação do 3º<br />
elo em 230 kV entre Coxipó e Rondonópolis. Dessa forma, o fluxo máximo<br />
exportável a partir de Rondonópolis resultou da mesma ordem de grandeza<br />
(350 MW em carga pesada e 315 MW em carga média e leve) nas<br />
configurações de junho e dezembro/2004.<br />
Com a presença das linhas Coxipó - Cuiabá e Cuiabá - Rondonópolis e da<br />
compensação série anteriormente referida, o que ocorre na configuração de<br />
fevereiro/2005 mostrada na Figura 3.5.2-2, esse fluxo se eleva para<br />
aproximadamente 485 MW. Nesse caso, a segunda das contingências<br />
anteriormente descritas passa a ser a mais crítica, sendo igualmente severa a<br />
saída do trecho em 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde C2, a qual sobrecarrega<br />
o trecho em paralelo B. do Peixe - Rio Verde C1.<br />
Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que a rede de transmissão<br />
prevista para 2004 é compatível com um despacho máximo da geração da<br />
ordem de 70% em condições de carga pesada e média e da ordem de 58% na<br />
carga leve. Em fevereiro de 2005, com a instalação de compensação série na<br />
rede 230 kV, um despacho máximo de 72% da geração permanece sendo<br />
possível, mesmo com o aumento da capacidade instalada devido à entrada das<br />
duas primeiras unidades da UHE Ponte de Pedra.<br />
Procurou-se confirmar os valores de exportação indicados na tabela anterior<br />
através de estudos dinâmicos. Para a configuração de junho/2004, constatou-se<br />
que limite dinâmico de transmissão é inferior ao indicado na tabela. O sistema<br />
permanece estável para curto monofásico e abertura de um circuito Coxipó –<br />
Rondonópolis para uma exportação a partir de Rondonópolis de até<br />
aproximadamente 270 MW, sendo 230 MW pelas linhas 230 kV e da ordem de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 221 / 530
40 MW pelo sistema 138 kV. Na configuração de dezembro/2004 e de<br />
fevereiro/2005 foram confirmados os valores anteriores. Observa-se que no<br />
caso de fevereiro/2005, não se buscou investigar o limite dinâmico de<br />
transmissão, o qual deverá ser ligeiramente superior ao indicado na tabela<br />
anterior.<br />
Constatou-se também que os recursos de controle de tensão no tronco<br />
transmissor em 230 kV disponíveis são suficientes para atender situações<br />
operativas, em carga leve, com menores níveis de geração despachada, até<br />
aproximadamente 40% da capacidade instalada em junho/2004. Abaixo desse<br />
valor, há elevação dos níveis de tensão ao longo da rede 230 kV, podendo<br />
ultrapassar o limite de 105% em B. do Peixe.<br />
Devem ser observados os seguintes aspectos quanto aos limites de<br />
carregamento das LTs 230 kV nas quais será adicionada a compensação série,<br />
particularmente dos trechos B.Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde- Itumbiara C1,<br />
ambos de Furnas:<br />
• O limite para condições de emergência considerado nos estudos para esses<br />
dois trechos foi de 290 MVA / 730 A, o qual é compatível com o condutor<br />
dessas LTs (1x556 MCM por fase) e ligeiramente inferior ao adotado nos<br />
estudos de dimensionamento dos capacitores série 310 MVA / 780A 2 .<br />
• Por outro lado, o CPST indica uma capacidade operativa de 197 MVA / 495 A<br />
para os citados trechos 3 . A prevalecer este último valor haveria necessidade<br />
de redução no despacho de geração da ordem de 150 MW, caindo de 72%<br />
para 62% o nível de geração máxima e reduzindo de 485 MW para 345 MW<br />
o fluxo máximo de exportação a partir de Rondonópolis. Ou seja, ficaria<br />
praticamente anulado o ganho proporcionado pela introdução da<br />
compensação série em fevereiro/2005, antes da entrada da LT Cuiabá-<br />
Itumbiara em 500 kV. Ademais, resultariam sobredimensionados os bancos<br />
de capacitores série, projetados para 30% de sobrecorrente em condições de<br />
emergência (durante 30 minutos). Esse aspecto merece consideração<br />
detalhada, visando caracterizar os fatores que restringem a capacidade<br />
operativa dos citados trechos de LTs, bem como estabelecer as possíveis<br />
soluções.<br />
b) Após a entrada da LT 500 kV Cuiabá-Itumbiara (junho/2005 a dezembro/2006)<br />
A partir de junho/2005 foi considerada a entrada em operação da LT 500 kV<br />
Cuiabá-Itumbiara, conforme ilustrado na Figura 3.5.2-3, com acréscimo<br />
significativo da capacidade de transporte e de exportação de energia do Mato<br />
Grosso para a Região Sudeste.<br />
2 Ref. relatório CCPE/CTET.052.2002 “Definição da compensação série nos circuitos existentes de 230 kV entre a<br />
subestações de Cuiabá e Itumbiara”, de dezembro/2002.<br />
3 Ref. relatório <strong>ONS</strong>-2.1/005/2001 “Análise das capacidades das linhas de transmissão informadas nos CPST e nos<br />
documentos existentes na ANEEL, relativos às prorrogações das concessões das empresas de transmissão”<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 222 / 530
As ampliações indicadas na Figura 3.5.2-3 referem-se às seguintes instalações:<br />
• Linha de transmissão em 500 kV circuito simples entre Cuiabá e Itumbiara<br />
(808 km) e reatores shunt associados, com trechos Cuiabá – Ribeirãozinho<br />
(364 km), Ribeirãozinho – Intermediária (242 km) e Intermediária – Itumbiara<br />
(202 km); e<br />
• Transformações 500/230 kV em Cuiabá (1x750 MVA) e Ribeirãozinho<br />
(1x400 MVA) e conexão de Ribeirãozinho a Barra do Peixe, através de LT<br />
230 kV em circuito duplo (3 km).<br />
Figura 3.5.2-3 - Área Mato Grosso – Configuração prevista a partir de junho/2005<br />
Sinop<br />
Sorriso<br />
L. R. Verde<br />
N. Mutum<br />
Nobres<br />
UHE<br />
Guaporé<br />
Jauru<br />
230kV<br />
UHE<br />
Jauru<br />
138kV<br />
Coxipó<br />
138kV<br />
UHE Manso<br />
Cuiabá<br />
500kV<br />
Ribeirãozinho<br />
500kV<br />
C. Magalhães<br />
230kV<br />
Intermediária<br />
Rondonópolis<br />
230kV B. do Peixe R. Verde<br />
60%<br />
70%<br />
138kV<br />
#2<br />
50%<br />
70% 30% 30%<br />
#2<br />
#2 #2<br />
#1<br />
30% 30% 30%<br />
#1 #1 #1<br />
C. Dourada<br />
Itumbiara<br />
500kV<br />
345kV<br />
Itumbiara<br />
230kV<br />
UTE Cuiabá<br />
138kV<br />
UHE<br />
P.Pedra<br />
UHE Itiquira 1 e 2<br />
138kV<br />
Em termos de expansão da capacidade de geração, foi agregada na<br />
configuração de junho/2005 a 3ª unidade de 58.7MW da UHE Ponte de<br />
Pedra, cuja instalação é prevista para março/2005. Visando analisar a<br />
capacidade de transporte da rede, considerou-se também um montante<br />
adicional em relação a fevereiro/2005 de 180 MW em junho/2005 e mais<br />
69 MW em fevereiro/2006, correspondentes a PCHs, listadas no programa<br />
de metas do MME e nas previsões da Cemat.<br />
As tabelas 3.5.2-4 e 3.5.2-5 resumem os principais resultados para as<br />
configurações analisadas dos anos 2005 e 2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 223 / 530
Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro)<br />
Ano 2005<br />
Junho<br />
Dezembro<br />
C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada<br />
Cap. Instalada, MW UTE 492.0<br />
492.0<br />
UHE 855.6<br />
855.6<br />
PCH 323.9<br />
337.9<br />
Total 1671.5<br />
1685.5<br />
Geração, MW 1503 1502 1354.6 1501.2<br />
% 89.9% 89.9% 81.0% 89.1%<br />
Carga, MW 671.5 622.9 459.2 551.2<br />
Cuiabá 500 kV 324 345 353 369<br />
Exportação (MW) a Rondonópolis 230 kV 431 454 455 490<br />
partir de Rondonópolis 138 kV 47 45 41 48<br />
Total 802 844 849 907<br />
Perdas, MW 89.5 94.1 94.4 97<br />
% 6.0% 6.3% 7.0% 6.5%<br />
Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2006<br />
Ano 2006<br />
Fevereiro Junho Dezembro<br />
C. Pesada C. Média C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada<br />
Cap. Instalada, MW UTE<br />
UHE<br />
PCH<br />
Total<br />
492.0<br />
855.6<br />
392.9<br />
1740.5<br />
Geração, MW 1511.5 1520.5 1561.5 1560.5 1373.1 1550.7<br />
% 86.8% 87.4% 89.7% 89.7% 78.9% 89.1%<br />
Carga, MW 555.2 547.4 703.6 651.6 480.3 580.5<br />
Cuiabá 500 kV 372 388 336 356 345 374<br />
Exportação (MW) a Rondonópolis 230 kV 480 484 438 465 451 495<br />
partir de Rondonópolis 138 kV 50 46 49 48 42 49<br />
Total 902 918 823 869 838 918<br />
Perdas, MW 109.3 110.1 102.9 110.9 121.8 162.2<br />
% 7.2% 7.2% 6.6% 7.1% 8.9% 10.5%<br />
Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis<br />
indicados nas tabelas acima são os máximos possíveis para atender os critérios<br />
operativos em situações de contingências na rede. Para valores acima dos<br />
indicados, haveria necessidade de esquemas de corte de geração. As<br />
emergências mais críticas passam a ser a perda de um dos trechos da nova LT<br />
500 kV Cuiabá – Itumbiara, ou seja:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 224 / 530
• perda do trecho Cuiabá – Ribeirãozinho, a qual provoca aumento do<br />
carregamento das LTs 230 kV que saem de Cuiabá. O fator limitante é a<br />
tensão mínima em Rondonópolis 230 kV, a qual é verificada antes que se<br />
atinjam os limites de capacidade dessas linhas;<br />
• perda do trecho Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária – Itumbiara, a<br />
qual provoca aumento do carregamento das LTs 230 kV que saem de Barra<br />
do Peixe. O fator limitante resultou ser a tensão máxima no lado linha dos<br />
bancos de capacitores série 230 kV de Rio Verde, na LT B. do Peixe – Rio<br />
Verde C2, admitida igual a 1.20 p.u. 4 .<br />
Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que com a entrada da LT<br />
500 kV Cuiabá – Itumbiara, em adição à compensação série anteriormente<br />
mencionada para a rede 230 kV, o sistema de transmissão do Mato Grosso<br />
possibilitará uma exportação da ordem de 480 a 530 MW através das LTS 230 e<br />
138 kV que saem de Rondonópolis, e na faixa de 320 a 390 MW pela citada LT<br />
500 kV, totalizando um montante da ordem de 800 a 900 MW. Nessas<br />
condições aproximadamente 90% da capacidade geradora prevista poderá ser<br />
escoada nas condições de carga pesada e média dos anos 2005 e 2006. Em<br />
condições de carga leve esse valor cai para aproximadamente 80%.<br />
Os valores de exportação a partir de Rondonópolis indicados nas tabelas<br />
anteriores foram confirmados pelos estudos dinâmicos. Não se buscou<br />
investigar os limites dinâmicos de transmissão, os quais deverão ser superiores<br />
aos anteriormente mencionados.<br />
Constatou-se também que os recursos de controle de tensão disponíveis nos<br />
troncos transmissores em 500 kV e 230 kV são suficientes para atender<br />
situações operativas, em carga leve, com menores níveis de geração<br />
despachada, até aproximadamente 30% da capacidade instalada em<br />
junho/2005.<br />
No que se refere à questão dos limites de carregamento das linhas 230 kV,<br />
objeto da observação apresentada anteriormente, particularmente dos trechos<br />
Barra do Peixe - Rio Verde C1 e Rio Verde - Itumbiara C1, verificou-se que,<br />
mesmo com a entrada da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, permanece a<br />
ocorrência de sobrecarga no primeiro dos trechos citados, cujo limite é de<br />
197 MVA / 495 A, para contingências simples de circuitos de transmissão (saída<br />
do trecho em 500 kV Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária –<br />
Itumbiara), havendo necessidade de redução da ordem de 150 MW de geração<br />
para eliminar a referida sobrecarga. Ademais, caso esse limite não venha a ser<br />
alterado, também permanece a observação anterior quanto ao<br />
4<br />
Ref. relatório citado na nota no. 2. Os estudos do CCPE, com base na tensão máxima operativa ditada pela<br />
suportabilidade do isolamento ou por restrições de corona, admitiram os seguintes valores máximos de tensão nas<br />
linhas 230 kV para o dimensionamento dos bancos de capacitores série:<br />
1.10 p.u nas LTs B. do Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde-Itumbiara C1; 1.15 p.u. na LT Rondonópolis-B. do Peixe C1;<br />
1.20 p.u. nas LTs Rondonópolis-B. do Peixe C2, B. do Peixe-Rio Verde C2 e Rio Verde-Itumbiara C2.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 225 / 530
sobredimensionamento dos bancos de capacitores série localizados nessas LTs<br />
nos terminais de Barra do Peixe, Rio Verde e Itumbiara.<br />
c) Atendimento da área centro-norte do MT<br />
A área centro-norte do estado é atendida através da LT 230 kV Coxipó –<br />
Nobres – Sinop, circuito simples, com capacidade operativa de 239 MVA. Essa<br />
linha atende em derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde<br />
e Sorriso bem como a subestação terminal de Sinop. Os registros indicam que o<br />
desempenho médio dessa LT, em termos de freqüência de falhas, tem sido<br />
bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo nível de tensão do<br />
SIN, com freqüência média 8 vezes superior à das LTs 230 kV.<br />
Destaca-se que essa área terá um aumento de capacidade geradora instalada<br />
(PCHs), diminuindo sua dependência das outras áreas, conforme mostrado na<br />
tabela a seguir. Observa-se que uma parte da geração, da ordem de 34 MW,<br />
não computada na tabela, é injetada na área de Sorriso e o restante na área<br />
norte. Considerando um despacho de 90% dessa capacidade, é também<br />
apresentado o fluxo no trecho Sorriso – Sinop da LT 230 kV Nobres – Sinop, o<br />
qual caracteriza o montante de potência importada para fechar o balanço cargageração<br />
da área norte na condição de carga pesada.<br />
Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da área centro-norte do Mato Grosso<br />
Geração e intercâmbios da área norte<br />
jun/04 jun/05 jun/06<br />
Cap. Instalada de<br />
PCHs, MW<br />
Importação (MW)<br />
c/ contrato 29.5 29.5 43.5<br />
s/ contrato 13.0 22.0 77.0<br />
total 42.5 51.5 120.5<br />
Considerando só geração c/ contrato 41.6 61.0 54.6<br />
Considerando a geração total 30.3 41.5 -4.8<br />
Verifica-se que, se forem consideradas todas as PCHs relacionadas no<br />
acompanhamento da expansão realizado pelo MME e/ou previstas pela Cemat,<br />
incluindo aquelas que ainda não tem contrato, há tendência de auto-suficiência<br />
de geração da área centro-norte, a qual seria atingida em 2006. Por outro lado,<br />
em 2004 e 2005, e mesmo em 2006 caso não seja instalada toda a geração<br />
prevista, a saída da LT 230 kV Nobres – Sinop provoca a necessidade de corte<br />
de cargas na faixa aproximada de 30 a 60 MW, dependendo das condições de<br />
carga e despacho de geração consideradas.<br />
Julga-se importante investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV<br />
Coxipó – Nobres – Sinop e estabelecer ações que possam reduzir a freqüência<br />
de saídas da mesma, considerando particularmente as causas de origem<br />
interna (descargas atmosféricas, por exemplo) e outras ignoradas, as quais,<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 226 / 530
segundo os registros têm tido influência significativa no desempenho dessa<br />
linha de transmissão.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 227 / 530
(2004)<br />
(2006)<br />
(2006)<br />
José Abrão<br />
P/ São Gabriel<br />
Cuiabá<br />
Almoxarifado<br />
Industrial<br />
Scaffa<br />
P/ Aquidauana Imbirussu<br />
M. Couto C. Grande<br />
P/ Mimoso<br />
UTE W.Arjona<br />
(2006)<br />
P/ Porto Primavera<br />
P/ Sidrolândia P/ Rio Brilhante<br />
LEGENDA:<br />
Usina Hidrelétrica<br />
<br />
Usina Eólica<br />
Usina Termelétrica<br />
Subestação<br />
Conversora<br />
LT 230 kV<br />
LT 138 kV<br />
LT 69 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 228 / 530
3.5.3 Área Mato Grosso do Sul<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
A Rede Básica que atende ao Mato Grosso do Sul é constituída por duas linhas de<br />
transmissão na tensão de 230 kV. A primeira linha conecta a SE Guaíra, na<br />
fronteira do Paraná, com a SE Dourados 230/138 kV, 2x75 MVA, no sul do estado.<br />
A segunda linha interliga esta subestação com a SE Anastácio, 230/138 kV,<br />
75 MVA, que se conecta à rede de 138 kV na SE Aquidauana, no oeste do Mato<br />
Grosso do Sul. O restante do sistema é constituído por linhas de 138 kV e<br />
subestações distribuidoras nesta tensão. Duas linhas de circuito duplo de 138 kV<br />
chegam a Campo Grande provenientes da UHE Jupiá, na fronteira com São Paulo,<br />
e uma linha nesta tensão provém da UHE Rosana, em São Paulo, chegando até a<br />
subestação de Dourados. A SE Imbirussú, em Campo Grande, interliga-se em<br />
138 kV com a subestação de Aquidauana. O oeste do Mato Grosso é atendido por<br />
uma linha radial em circuito duplo de 138 kV que, partindo da SE Aquidauana se<br />
conecta à SE Miranda e daí à SE Corumbá. Os principais centros de carga do<br />
Estado estão localizados na capital do Estado, Campo Grande, em Dourados, na<br />
área sul e Corumbá, no oeste.<br />
Com essa configuração, o sistema de transmissão do Mato Grosso do Sul fecha um<br />
elo fraco de interligação entre o oeste do Paraná e São Paulo. Dessa forma, o<br />
carregamento nas linhas de 230 kV, nos transformadores 230/138 kV das<br />
subestações de Dourados e Anastácio e nas linhas de 138 kV entre Dourados,<br />
Campo Grande e Jupiá, depende não apenas das solicitações do mercado local,<br />
mas também das condições de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste e do<br />
montante de geração local, conectada à rede de 138 kV.<br />
O parque gerador do estado é constituído pela UHE Mimoso, 30 MW, e pela UTE<br />
William Arjona, 5 x 35 MW, das quais duas máquinas estão associadas ao<br />
Programa Termelétrico Emergencial (CBEE).<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado no Estado<br />
A tabela 3.5.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Mato Grosso do Sul no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Mato Grosso do Sul<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada (MW) (1) 135 135 135 135<br />
Demanda Máxima Anual (MW) 540 557 576 595<br />
Obs: (1) Não incluídas pequenas gerações; nem unidades 4 e 5 da UTE William Arjona<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 229 / 530
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Historicamente, o atendimento ao mercado do Mato Grosso do Sul tem sido<br />
baseado na expansão de geração térmica local. O Programa Prioritário de<br />
Termelétricas (PPT) previa, para o segundo semestre de 2002, a integração da UTE<br />
Termocorumbá (88 MW) e a importação de 88 MW da UTE San Marcos, na Bolívia,<br />
e, para dezembro de 2003, a conexão da UTE Campo Grande, com 237 MW de<br />
potência instalada. Nas análises do PAR 2003-2005, que consideraram estas<br />
térmicas conectadas à rede de 138 kV, não foram identificados problemas de<br />
atendimento ao estado até 2005 e a expansão do sistema de 138 kV e da<br />
transformação de fronteira com a Rede Básica mostravam-se suficientes para o<br />
escoamento desta geração.<br />
Como a implantação destas novas usinas foi cancelada, por decisão dos<br />
empreendedores, o atendimento ao estado continuará sendo realizado<br />
predominantemente pela LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e pelas linhas<br />
Jupiá – Mimoso, em 138 kV, até que seja realizada a expansão do sistema de<br />
transmissão, proposta no estudo de planejamento recentemente emitido pelo<br />
CCPE. A solução indicada consiste na implantação de transformação 440/230 kV,<br />
2x450 MVA, junto à UHE Porto Primavera, de duas linhas de 230 kV partindo de<br />
Porto Primavera para a SE Dourados e para a nova SE Imbirussú, 230/138 kV,<br />
2x150 MVA, junto à cidade de Campo Grande. Esta nova subestação foi objeto de<br />
solicitação de acesso pela distribuidora Enersul, pouco antes do encerramento dos<br />
estudos deste ciclo do PAR. Para efeito de análise, a entrada em operação destas<br />
obras foi estimada neste ciclo do PAR para meados de 2006.<br />
Considerados estes condicionantes, a simulação das condições de atendimento no<br />
período que precede a entrada das novas obras em 230 kV indica que são<br />
esperados baixos perfis de tensão, além de sobrecargas em linhas de transmissão<br />
e em transformadores de fronteira, em condições normais de operação,<br />
dependendo do intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste, bem como da geração<br />
despachada na UTE William Arjona.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao controle de tensão<br />
• Baixo perfil de tensão no sistema de 138 kV da Enersul, com cortes de carga<br />
na distribuição.<br />
Na condição de elevado intercâmbio do Sudeste para o Sul (4.000 MW)<br />
aumenta o carregamento nas linhas de 138 kV entre Jupiá e Mimoso,<br />
provocando sobrecargas neste eixo e causando baixo perfil de tensão em<br />
condição normal de operação. Para geração nula, na carga pesada de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 230 / 530
inverno de 2004, é necessário corte de carga de 10 MW para restabelecer as<br />
tensões no sistema de distribuição para 90%. Em 2005, este corte sobe para<br />
29 MW. Este quadro implica em restrições para que seja efetuado o<br />
intercâmbio pretendido entre as regiões Sul e Sudeste, com conseqüente<br />
não cumprimento das metas de otimização energética.<br />
A perda da LT 230 kV Guaíra – Dourados é a contingência mais severa para<br />
o atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul no período em análise,<br />
resultando em corte de carga devido a subtensão. A gravidade desta<br />
emergência pouco depende do intercâmbio praticado entre as Regiões Sul e<br />
Sudeste, sendo mais diretamente influenciada pelo montante de geração<br />
interna no Estado. A tabela seguinte mostra os cortes de carga estimados<br />
para restabelecer as tensões no sistema de distribuição em 90%, esgotados<br />
outros recursos de controle de tensão, durante a indisponibilidade da LT<br />
230 kV Guaíra – Dourados. Estes valores correspondem ao patamar de<br />
carga pesada de inverno, considerando 29 MW de geração na UHE Mimoso,<br />
e cenários variados de geração térmica em Arjona e intercâmbio com a<br />
região Sudeste.<br />
Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados<br />
ANO<br />
RSUL<br />
Despacho da UTE Willian Arjona<br />
90 MW 60 MW 30 MW 0 MW<br />
-1300 MW 14 MW 46 MW 62 MW 94 MW<br />
2004<br />
-3360 MW 17 MW 51 MW 69 MW 103 MW<br />
+4000 MW 7 MW 35 MW 85 MW 151 MW<br />
-1300 MW 21 MW 52 MW 75 MW 106 MW<br />
2005<br />
-3500 MW 30 MW 58 MW 79 MW 113 MW<br />
+4000 MW 16 MW 77 MW 99 MW 145 MW<br />
Como a solicitação de acesso para a SE Imbirussú 230/138 kV ocorreu no<br />
final dos estudos do PAR, inicialmente foi considerada na análise apenas a<br />
implantação em 2006 da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, que não<br />
dependia da manifestação da distribuidora quanto à um novo ponto de<br />
conexão à Rede Básica e num segundo momento a implantação da LT<br />
230 kV Porto Primavera – Imbirussú, associada à nova subestação. Desse<br />
modo foi avaliada isoladamente a influência de cada um destes<br />
empreendimentos sobre o desempenho do sistema.<br />
A implantação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados em 2006,<br />
considerada isoladamente, elimina o risco de corte de carga na<br />
indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados, para os níveis de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 231 / 530
intercâmbio com a Região Sudeste que foram simulados, mesmo<br />
considerando geração térmica nula no Mato Grosso do Sul. O mesmo se<br />
aplica caso se considere apenas a operação da LT 230 kV Porto Primavera –<br />
Imbirussú.<br />
Já na indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio, a LT 230 kV<br />
Porto Primavera – Dourados mostra-se efetiva somente para intercâmbio do<br />
Sudeste para o Sul, como pode ser observado na tabela abaixo. Para<br />
intercâmbios no sentido Sul – Sudeste permanecem problemas de<br />
atendimento, principalmente na região de Corumbá, para geração inferior a<br />
30 MW na UTE Arjona.<br />
Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio<br />
ANO<br />
RSUL<br />
Despacho da UTE Willian Arjona<br />
90 MW 60 MW 30 MW 0 MW<br />
-1300 MW - - - 10 MW<br />
2004<br />
-3360 MW - - - 15 MW<br />
+4000 MW - - 22 MW 65 MW<br />
-1300 MW - - - 13 MW<br />
2005<br />
-3500 MW - - - 15 MW<br />
+4000 MW - - 46 MW 90 MW<br />
-1300 MW - - - 24 MW<br />
2006<br />
-3500 MW - - - 59 MW<br />
+4000 MW - - - 8 MW<br />
Caso fosse apenas a LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú a ser<br />
implantada em 2006, não haveria cortes de carga por subtensão para esta<br />
indisponibilidade mesmo para geração térmica nula no MS.<br />
Considerando a implantação isolada de apenas uma das linhas em 2006, na<br />
perda da própria linha são esperados problemas de atendimento ao Estado<br />
apenas para um cenário de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW com<br />
geração nula na UTE W. Arjona, no qual persiste corte de carga de 18 MW<br />
nesta indisponibilidade.<br />
Portanto, para equacionar os problemas de atendimento ao estado do MS<br />
em condição normal de operação ou na condição de indisponibilidade de um<br />
outro elemento de transmissão, independentemente do nível de geração<br />
térmica interna ao estado, faz-se necessária a implantação da<br />
transformação 440/230 kV, 2x450 MVA em Porto Primavera, da LT 230 kV<br />
Porto Primavera – Dourados e da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú,<br />
associada à Imbirussú, 230/138 kV, 2 x 150 MVA, para a qual a Enersul<br />
solicitou acesso.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 232 / 530
A avaliação dos requisitos de compensação indutiva necessária para<br />
controle de tensão, considerando a operação conjunta das duas linhas em<br />
patamares de carga fora da ponta, e/ou quando da abertura de um dos<br />
terminais da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, será objeto de análise<br />
no Parecer técnico do <strong>ONS</strong> relativo às condições de acesso da SE<br />
Imbirussú.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
controle de tensão<br />
• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel – Guaíra e Guaíra – Dourados<br />
Estas linhas são constituídas, na sua maior extensão, de condutores de alta<br />
capacidade de transmissão (126 km com 4 x 636 MCM e 209 km com<br />
1113 MCM). Entretanto há um trecho de aproximadamente 17 km de<br />
condutor 1 x 636 MCM, dos quais 4 km sobre o lago da usina de Itaipu, que<br />
restringe sua capacidade de transmissão.<br />
Atualmente o controle do carregamento nestas linhas é realizado com<br />
redespacho de geração, principalmente na UTE Willian Arjona, na UHE<br />
Rosana, no estado de SP e nas usinas de Salto Caxias e Salto Santiago,<br />
localizadas na malha de 525 kV da Região Sul, implicando em redução do<br />
intercâmbio pretendido com a Região Sudeste. Portanto estas linhas<br />
representam um gargalo para o intercâmbio de energia do Sul para o<br />
Sudeste e para o atendimento ao mercado do estado do Mato Grosso do Sul,<br />
no período anterior à expansão da transmissão de 230 kV neste Estado.<br />
Para o período em análise são esperadas sobrecargas nestas linhas em<br />
condição normal de operação. Na carga média de verão de 2005 há<br />
ultrapassagem do limite declarado no CPST para o condutor da LT 230 kV<br />
Cascavel Oeste – Guaíra (202 MVA) com intercâmbio Sul – Sudeste de<br />
cerca de 3.000 MW. Esta sobrecarga é de 4% para despacho de 90 MW na<br />
UTE Arjona e 14% para geração nula nesta térmica.<br />
Na LT 230 kV Guaíra – Dourados ocorre sobrecarga residual de 2% em<br />
relação ao limite determinado por transformador de corrente (239 MVA) no<br />
patamar de carga pesada de inverno de 2005, para a condição de<br />
intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW e geração térmica nula no MS. Não<br />
há ultrapassagem do limite determinado pelo condutor.<br />
A integração das linhas Porto Primavera – Imbirussú e Porto Primavera –<br />
Dourados, estimada para o inverno de 2006, reduz os fluxos nas linhas de<br />
230 kV em análise, eliminando as sobrecargas em condição normal de<br />
operação no horizonte do PAR.<br />
A indisponibilidade do circuito duplo Jupiá – Mimoso, 138 kV, no período<br />
anterior à operação das linhas de 230 kV provenientes de Porto Primavera,<br />
aumenta os carregamentos verificados na rede de 230 kV em condição<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 233 / 530
normal de operação. Nesta contingência ocorrem ultrapassagens na LT<br />
230 kV Cascavel Oeste – Guaíra na carga média de verão, com a<br />
sobrecarga atingindo até 23%, na pior situação. Também ocorre<br />
ultrapassagem do limite do condutor na LT 230 kV Guaíra – Dourados, na<br />
carga média de verão, e do limite de equipamento terminal (TC) da mesma<br />
linha, na carga pesada de inverno. Eliminando-se a restrição de equipamento<br />
terminal, a maior violação é de 8%.<br />
Após a expansão da transmissão em 230 kV, esta indisponibilidade não<br />
provoca mais sobrecargas nas linhas Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra –<br />
Dourados. Com esta nova configuração, a perda da LT 230 kV Porto<br />
Primavera – Imbirussú, na pior situação, provoca sobrecarga de 4% na LT<br />
230 kV Cascavel Oeste – Guaíra sobre o limite declarado no CPST, porém<br />
abaixo do limite determinado pelo condutor.<br />
d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar<br />
f) Problemas relacionados ao sistema de distribuição<br />
• Controle de tensão<br />
Em cenários de intercâmbio Sudeste – Sul elevado (4.000 MW) e geração<br />
térmica nula no Mato Grosso do Sul, ocorrem sobrecargas e subtensões na<br />
rede de 138 kV da Enersul em condição normal de operação. Os cortes<br />
seriam de 10 MW em 2004, elevando-se para 29 MW em 2005. A<br />
implantação das duas novas linhas de 230 kV elimina este problema.<br />
• Sobrecarga na transformação de fronteira<br />
Conforme informado pela Enersul, está prevista a expansão da SE Dourados<br />
230/138 kV, 2 x 75 MVA, para dezembro de 2003, com a instalação de um<br />
terceiro transformador de mesma capacidade. Caso este reforço ainda não<br />
esteja implementado até o inverno de 2004, a perda de uma unidade<br />
implicará em sobrecarga de até 54% na unidade remanescente para<br />
intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Este nível de carregamento pode<br />
implicar no desligamento automático do equipamento pela proteção,<br />
resultando em corte de carga de 45 MW.<br />
A expansão da SE Anastácio, atualmente com um transformador de 75 MVA,<br />
230/138 kV, está prevista pela Enersul para dezembro de 2003. Caso este<br />
reforço ainda não esteja disponível até o inverno de 2004, poderá ocorrer<br />
sobrecarga em condição normal de operação na unidade existente, para<br />
cenários de intercâmbio Sul – Sudeste elevado. A sobrecarga esperada é de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 234 / 530
6% para geração de 60 MW na UTE Arjona ou de 25% para geração nula<br />
nesta térmica.<br />
Mantendo-se esta configuração na fronteira da Rede Básica após a entrada<br />
em operação das duas novas linhas de 230 kV, a perda de uma unidade na<br />
SE Dourados causa sobrecarga de 3% nas remanescentes, para intercâmbio<br />
Sul – Sudeste de 3500 MW, com geração térmica nula na UTE W. Arjona. A<br />
solução de planejamento para resolver este problema é a implantação da<br />
quarta unidade na SE Dourados.<br />
g) Restrições Associadas ao Despacho de Usinas Termelétricas<br />
• UTE William Arjona (Gás)<br />
A UTE Willian Arjona é composta de cinco máquinas de capacidade nominal<br />
de 32 MW. Destas, duas máquinas estão associadas ao Programa<br />
Termelétrico Emergencial, sendo despachadas somente por razões<br />
energéticas, com autorização da Aneel.<br />
Despacho Mínimo<br />
O atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul é bastante dependente<br />
desta térmica, situação que persistirá até a expansão da Rede Básica, sendo<br />
necessário manter despachadas as unidades 1, 2 e 3 da UTE Arjona em<br />
carga pesada e média, para atenuar as seguintes problemas:<br />
- diminuir cortes de carga em emergências, principalmente da LT<br />
230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados;<br />
- diminuir sobrecargas em condição normal de operação na LT 230 kV<br />
Cascavel – Guaíra – Dourados;<br />
- diminuir sobrecargas em condição normal de operação na<br />
transformação de fronteira da Rede Básica e na rede de 138 kV; e<br />
- diminuir restrições ao intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste.<br />
Depois da entrada em operação das referidas linhas, da recapacitação da LT<br />
230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e do reforço da transformação de<br />
fronteira com a Rede Básica, não será mais necessária geração na UTE<br />
Arjona por razões elétricas, para os níveis esperados de intercâmbio de<br />
energia entre as regiões Sul e Sudeste.<br />
As cargas previstas no Mato Grosso do Sul no patamar de carga leve de<br />
junho são de 294 MW em 2004, 304 MW em 2005 e 314 MW em 2006. Pelos<br />
resultados das simulação conclui-se que é possível o atendimento ao Estado<br />
sem despacho térmico, em condição normal e contingência. Ressalva-se,<br />
entretanto, a maior demanda do Mato Grosso do Sul na carga leve não<br />
ocorre no mês de junho. Portanto, pode ser necessária a sincronização de<br />
uma ou mesmo duas unidades em Arjona para níveis mais elevados de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 235 / 530
demanda na carga leve, para suportar a perda da LT 230 kV Cascavel –<br />
Guaíra ou LT 230 kV Guaíra – Dourados, no período anterior à entrada em<br />
operação da linhas de 230 kV para Imbirussú e Dourados.<br />
Despacho Máximo<br />
No horizonte analisado, não foram observadas restrições ao despacho pleno<br />
da UTE William Arjona.<br />
d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas para<br />
verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e<br />
transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à<br />
Região Metropolitana de Campo Grande.<br />
Nota-se que as linhas provenientes de Jupiá são vitais para o atendimento a<br />
Campo Grande até a implantação das novas linhas de 230 kV.<br />
Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no atendimento a Campo Grande<br />
CONTINGÊNCIA<br />
LT 138 kV Jupiá – Mimoso, c1 e c2 – UTE W.Arjona<br />
com geração de 30 MW, RSUL=4000 MW<br />
VIOLAÇÕES<br />
Sobrecarga de 33% nos demais circuitos, exigindo<br />
corte de carga de 58 MW na região<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a Concessão das Seguintes Instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 230 kV Guaíra – Dourados: recapacitação dos trechos em<br />
636 MCM (travessia) e ajuste e/ou substituição do transformador<br />
de corrente no terminal de Dourados (Eletrosul).<br />
LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, circuito simples, 190 km<br />
SE Porto Primavera 440/230 kV,1° e 2º bancos de<br />
autotransformadores, 450 MVA, mais unidade reserva<br />
LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, circuito simples, 300 km<br />
SE Imbirussú: setor de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 236 / 530
) Viabilizar a Implantação dos Seguintes Reforços (Enersul)<br />
Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da Enersul<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Anastácio, 2° transformador 230/138 kV, 75 MVA<br />
SE Dourados, 3° transformador 230/138 kV, 75 MVA<br />
Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição<br />
do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para<br />
Dourados.<br />
c) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Avaliar a necessidade de compensação reativa indutiva associada à LT<br />
230 kV Porto Primavera – Dourados e LT 230 kV Porto Primavera –<br />
Imbirussú (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />
• Viabilizar a implantação do 2º transformador 230/138 kV na SE Anastácio<br />
(Enersul/ Eletrosul/ Copel/<strong>ONS</strong>/Aneel).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 237 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 238 / 530
3.6 Região Norte<br />
3.6.1 Área Pará<br />
<br />
Descrição do Sistema<br />
A Área Pará do Sistema Norte, que compreende especificamente o Estado do Pará,<br />
é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />
Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Pará pode ser dividido<br />
geoeletricamente nas áreas nordeste e oeste.<br />
Na área nordeste localiza-se a região metropolitana de Belém e a na área oeste a<br />
rede de transmissão em 230 kV denominada Tramoeste. A área nordeste do Estado<br />
do Pará é atendida atualmente por dois circuitos em 500 kV entre a UHE Tucuruí e<br />
a SE Vila do Conde, com 329 km de extensão. Na SE Vila do Conde 500/230/69 kV,<br />
estão instalados três autotransformadores de 750 MVA. É importante destacar que<br />
esse tronco de transmissão da Rede Básica é responsável pelo atendimento a<br />
aproximadamente 80% de todo o mercado do Estado do Pará, incluindo o complexo<br />
Albrás/Alunorte, com uma demanda atual da ordem de 750 MW. A partir da<br />
subestação de Vila do Conde, derivam dois circuitos em 230 kV que passam pela<br />
SE Guamá e chegam a SE Utinga que se liga à SE Santa Maria através de um elo<br />
singelo em 230 kV.<br />
O restante do mercado do Estado do Pará (20%) é atendido a partir de sistemas<br />
radiais derivados da UHE Tucuruí onde se destaca o sistema Tramoeste, com<br />
662 km de extensão, formado por um circuito em 230 kV, partindo da UHE Tucuruí<br />
e passando por Altamira, Transamazônica, chegando até Rurópolis, no extremo<br />
oeste do Estado.<br />
A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição da Celpa é feita nas subestações 500/230/69 kV Tucuruí, Marabá e Vila<br />
do Conde, nas subestações 230/69 kV Guamá, Utinga e Altamira, na subestação<br />
230/138 kV Rurópolis, na subestação 230/138/69 kV Santa Maria e na subestação<br />
230/34,5 kV Transamazônica.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Pará<br />
A tabela 3.6.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Pará no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 239 / 530
Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Pará<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UHE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
4.028 (1) 6.653 (2) 7.778 8.153<br />
1.799 1.840 1.902 1.967<br />
Obs.:<br />
(1) UHEs Tucuruí I (3960 MW), Auxiliar (38 MW) e Curua-Una (30 MW)<br />
(2) Tucuruí II (4125 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área<br />
Pará.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• Baixo perfil de tensão no nordeste do Pará (SEs Vila do Conde, Guamá,<br />
Utinga e Santa Maria), na contingência de uma das linhas em 230 kV Vila do<br />
Conde – Guamá. Nessa contingência, verifica-se problema de controle de<br />
tensão no barramento 69 kV da SE Santa Maria que chega a 0,90 p.u. A<br />
solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde –<br />
Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação,<br />
em agosto/2004.<br />
• Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV<br />
das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente<br />
descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí –<br />
Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o<br />
controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
Na contingência da LT 500 kV Tucuruí II – Vila do Conde de maior<br />
capacidade (TCVC02), na condição de carga pesada em 2006, o circuito<br />
remanescente (TCVC01) chega a atingir o seu limite de carregamento. Para<br />
evitar sobrecarga nesse circuito, está sendo recomendada neste PAR a<br />
implantação do terceiro circuito 500 kV no eixo Tucuruí II – Vila do Conde.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 240 / 530
d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />
• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Tucuruí,<br />
provoca corte temporário de toda a carga das SEs Tucuruí, Altamira,<br />
Transamazônica e Rurópolis. Após a substituição do banco monofásico<br />
defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à<br />
carga dessas subestações.<br />
• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE Marabá,<br />
provoca corte temporário de toda a carga da subestação (250 MW em 2004,<br />
chegando a 265 MW em 2006) e deixa indisponível o compensador síncrono,<br />
elemento de grande importância para operação das interligações Norte-<br />
Nordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco monofásico defeituoso<br />
pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessa<br />
subestação. A solução para esse problema é a implantação do 2°<br />
autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Marabá, em paralelo com o<br />
existente, cuja autorização encontra-se em análise pela Aneel.<br />
• Perda de toda a carga da Celpa, atendida pelo sistema radial Tramoeste, na<br />
contingência do único circuito 230 kV entre Tucuruí e Altamira. A<br />
contingência da única LT 230 kV Altamira – Transamazônica provoca perda<br />
das cargas atendidas pelas SEs Transamazônica e Rurópolis. A contingência<br />
da única LT 230 kV Transamazônica - Rurópolis provoca perda da carga<br />
atendida pela SE Rurópolis. A solução para o sistema radial Tramoeste,<br />
integrante da Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de<br />
Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />
• A perda do único circuito 230 kV Utinga – Santa Maria provoca corte<br />
permanente de toda a carga da SE Santa Maria. A solução para esse<br />
problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria,<br />
licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação, em<br />
agosto/2004.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Contingência dupla em LTs 230 kV<br />
• A contingência do circuito duplo Vila do Conde – Guamá provoca corte total<br />
da carga da região nordeste do Pará, até a data de implantação da LT<br />
230 kV Vila do Conde – Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão<br />
para entrada em operação, em agosto/2004. Mesmo considerando a obra<br />
acima mencionada, ainda na contingência dos dois circuitos 230 kV<br />
existentes entre Vila do Conde e Guamá, verificam-se problemas de<br />
afundamentos de tensão resultando em corte de carga parcial em toda a<br />
região nordeste do Pará, que inclui a Capital do Estado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 241 / 530
Contingência dupla em LTs 500 kV<br />
• A perda dos dois circuitos Tucuruí – Vila do Conde, provoca corte<br />
permanente de toda a carga derivada da SE Vila do Conde que representa<br />
aproximadamente 80% do mercado de energia do Estado do Pará.<br />
• No cenário Norte exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV Tucuruí<br />
– Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste<br />
e Sudeste, resultando em atuação do ERAC da Região Nordeste e<br />
subfreqüência na Região Norte.<br />
• No cenário Nordeste exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV<br />
Tucuruí – Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte,<br />
Nordeste e Sudeste, levando a subfreqüência na Região Norte.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.6.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Pará<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006<br />
RURÓPOLIS - 230/138 kV 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />
Nada a registrar.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 150 MVA na<br />
SE Guamá provoca carregamentos no transformador remanescente que<br />
variam de 124% em 2004 a 138% em 2006. No Plano de Obras encaminhado<br />
pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a sobrecarga<br />
verificada.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 242 / 530
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 150 MVA na SE Santa Maria<br />
provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Mesmo após<br />
transferência pela distribuição para a SE Utinga, ainda haverá corte<br />
permanente. Após a substituição da unidade monofásica defeituosa pela<br />
reserva regional localizada em Guamá, que dura 15 dias, recompõe-se o<br />
atendimento à carga total da subestação. No Plano de Obras encaminhado<br />
pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a perda de carga<br />
temporária.<br />
A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Santa Maria<br />
provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a<br />
energização do transformador reserva existente na subestação, que dura 15<br />
minutos, recompõe-se o atendimento à carga total da subestação. No Plano<br />
de Obras encaminhado pela Celpa não estão previstos reforços que<br />
eliminem a perda de carga temporária.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Pará ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Marabá: 2° banco de autotransformadores, 500/230 kV -<br />
450 MVA<br />
LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde – C3 – 329 km<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
DEZ/2006<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Verificar a solução para o atendimento às cargas derivadas das SEs Guamá<br />
e Santa Maria, no caso de contingência nos transformadores existentes<br />
(Celpa).<br />
• Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de<br />
compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente<br />
Dutra (<strong>ONS</strong>/Eletronorte)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 243 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 244 / 530
3.6.2 Área Maranhão/Tocantins<br />
A Área Maranhão/Tocantins do Sistema Norte, que compreende o Estado do<br />
Maranhão e a região norte do Estado do Tocantins, é atendida através de linhas de<br />
transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />
O atendimento ao Estado do Maranhão por sua vez, é basicamente realizado<br />
através de três subestações de 500 kV, Imperatriz, Presidente Dutra e São Luís II e<br />
de três linhas de transmissão em 500 kV que saem de Tucuruí e passam por<br />
Imperatriz e Presidente Dutra. Da subestação de Presidente Dutra partem dois<br />
circuitos, também em 500 kV, até a subestação São Luís II, com 301 km de<br />
extensão.<br />
A subestação São Luís II 500/230 kV, com três autotransformadores de 600 MVA, é<br />
responsável pelo atendimento a aproximadamente 77% de todo o mercado do<br />
Estado, incluindo o consumidor Alumar, com uma demanda atual de 670 MW. Na<br />
SE São Luís II, chega um circuito em 230 kV vindo da SE Teresina, no Estado do<br />
Piauí, com 390 km de extensão, e que passa pelas SEs Peritoró e Miranda. Ainda<br />
da SE São Luís II derivam duas linhas de transmissão em 230 kV, com 19 km de<br />
extensão, para atender à área metropolitana de São Luís.<br />
O atendimento a SE Coelho Neto é efetuado por meio de uma derivação da LT<br />
230 kV Teresina – Peritoró, com 78 km de extensão.<br />
O atendimento ao norte do Estado do Tocantins, é efetuado em 69 kV a partir da<br />
SE Imperatriz 500/230/69 kV e em 138 kV a partir da SE Porto Franco<br />
230/138/69 kV, ambas as subestações localizadas no Estado do Maranhão. Dessas<br />
subestações derivam duas linhas de transmissão, respectivamente em 69 kV e<br />
138 kV, que convergem para as SEs São Miguel e Tocantinópolis da CELTINS, no<br />
Estado do Tocantins.<br />
A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica ao sistema de<br />
distribuição das concessionárias Cemar e CELTINS é efetuada através das SEs<br />
500/230/69 kV Imperatriz e Presidente Dutra, da subestação 500/230 kV São Luís II<br />
e das subestações 230/69 kV São Luís I, Peritoró e Coelho Neto e das subestações<br />
230/138/69 kV de Miranda II e Porto Franco. Além dessas subestações localizadas<br />
no Estado do Maranhão, as subestações Teresina II e Boa Esperança, também da<br />
Rede Básica e localizadas no Estado do Piauí, atendem cargas da Cemar<br />
localizadas nos municípios de Timon, Caxias e Paraibano.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Maranhão /Tocantins<br />
A tabela 3.6.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Maranhão/Tocantins no horizonte deste PAR.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 245 / 530
Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Maranhão/Tocantins<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UHE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
900 (1) 900 900 900<br />
1382 1531 1725 1717<br />
Obs.:<br />
(1) Inclui a UHE Lajeado e a UHE Miracema (50 MW), sendo esta nos estudos abatida da carga<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais, não são visualizados problemas para a operação da Área<br />
Maranhão/Tocantins.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
• A contingência na interligação Sudeste/Nordeste, no cenário Sudeste<br />
exportador, com fluxos da ordem de 900 MW nesta interligação, resulta em<br />
afundamentos de tensão nas interligações Norte/Sul e Norte/Nordeste,<br />
afetando as áreas Oeste e Norte da Região Nordeste, onde se verificam<br />
tensões abaixo de 0,90 p.u. no eixo em 500 kV Presidente Dutra até a SE<br />
Sobral, e tensões abaixo de 0,80 p.u. em Fortaleza 230 kV. A solução para a<br />
área Maranhão/Tocantins é a implantação do Compensador Estático 230 kV<br />
(-100, +150) Mvar, na SE São Luís II, já autorizado pela Aneel e previsto<br />
para entrar em operação em agosto/2004.<br />
• Mesmo após a entrada em operação da LT 230 kV Presidente Dutra –<br />
Peritoró, verificou-se que o sistema de transmissão da Rede Básica não<br />
atende contingência simples no eixo 230 kV São Luís – Teresina, pois, na<br />
perda da LT 230 kV São Luís II – Miranda observa-se subtensão na SE<br />
Miranda (0,90 p.u.). Na contingência mais crítica, a perda de uma das LTs<br />
500 kV Presidente Dutra – São Luís, mesmo considerando a presença do<br />
Compensador Estático de (-100, +150) Mvar – 230 kV, na SE São Luís II,<br />
verificam-se problemas generalizados de controle de tensão em todo o eixo<br />
230 kV São Luís - Teresina.<br />
Das simulações realizadas, foi observada a necessidade de instalação, em<br />
2004, de banco de capacitores totalizando 190 Mvar para evitar o<br />
afundamento de tensão na área, com conseqüente corte de carga, nas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 246 / 530
contingências citadas. Desses 190 Mvar, 70 Mvar deveriam ser instalados<br />
em São Luís 230 kV, 60 Mvar na SE Miranda II 230 kV e o restante seria<br />
alocado nos regionais de Peritoró, São Luís e Miranda de modo a corrigir o<br />
fator de potência a 0,95. Ressalta-se que, no caso de indisponibilidade da LT<br />
230 kV São Luís – Miranda, a manobra de um banco de capacitor de 20 Mvar<br />
no 230 kV da SE Miranda resulta em variação de tensão de 5,7%, indicando<br />
que nesta SE devem ser instalados módulos pequenos. Na carga pesada de<br />
2006, a necessidade de compensação capacitiva aumenta para um total de<br />
200 Mvar na SE São Luís II, já considerando o CE previsto para esta<br />
subestação, e de 80 Mvar na SE Miranda. O valor de déficit capacitivo<br />
encontrado sinaliza que a instalação de banco de capacitores seria<br />
ineficiente e que o problema requer uma solução que contemple reforços na<br />
rede de transmissão.<br />
Devido a esses problemas, o <strong>ONS</strong> solicitou ao CCPE uma análise conjunta<br />
com a Cemar, no sentido de identificar as causas, ou até mesmo, reavaliar o<br />
estudo de planejamento que respaldou a proposta de expansão contida no<br />
relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de Alternativas de Atendimento às<br />
Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Maranhão”.<br />
• Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV<br />
das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente<br />
descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí –<br />
Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o<br />
controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
Nada a registrar.<br />
d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />
• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 600 MVA na SE<br />
Imperatriz, provoca corte temporário de toda a carga derivada dessa<br />
subestação (143 MW, em 2004), além de deixar indisponíveis os três<br />
compensadores síncronos, de grande importância para a operação das<br />
interligações Norte-Nordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco<br />
monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o<br />
atendimento à carga dessa subestação.<br />
• A perda do único circuito 230 kV que atende a SE Coelho Neto, em<br />
derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, ou a perda da LT 230 kV<br />
Teresina – Peritoró, provoca corte de toda a carga derivada da SE Coelho<br />
Neto que, em 2004, é da ordem de 22,3 MW. A solução para este problema<br />
é a implantação da complementação do seccionamento em Coelho Neto,<br />
através da construção da LT 230 kV Derivação Coelho Neto (na LT 230 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 247 / 530
Teresina – Peritoró) – Coelho Neto, com 78 km de extensão. Esta solução foi<br />
indicada pelo CCPE no relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de<br />
Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto<br />
no Maranhão” e encaminhada à Aneel no PAR 2003-2005.<br />
• Perda temporária de toda a carga da CELTINS e perda permanente de toda<br />
a carga da Cemar, na contingência do único circuito 230 kV entre Imperatriz<br />
e Porto Franco. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está<br />
sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do<br />
CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Contingência dupla em LTs 230 kV<br />
• A perda do circuito duplo São Luís II – São Luís I, provoca corte permanente<br />
de toda a carga da região metropolitana de São Luís.<br />
Contingência dupla em LTs 500 kV<br />
• A perda dos dois circuitos Presidente Dutra - São Luís II, provoca corte<br />
permanente de toda a carga da região metropolitana de São Luís e do<br />
consumidor industrial ALUMAR, além de provocar problemas generalizados<br />
de regulação de tensão no eixo 230 kV Teresina – São Luís.<br />
• Para o cenário Norte Exportador, a contingência em dois circuitos 500 kV<br />
Imperatriz – Presidente Dutra leva a sobrecarga do Compensador Síncrono<br />
de Presidente Dutra. A alternativa disponível para contornar esse problema é<br />
a redução no intercâmbio do Norte para o Nordeste. A contingência nos dois<br />
circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade<br />
entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, implicando na atuação do<br />
ERAC do Nordeste, ativação de esquema que desliga linhas do Norte e<br />
subfreqüência no Norte, indicando a necessidade de reavaliação de<br />
esquema de desligamento de máquinas por subfreqüência em Tucuruí.<br />
• Ainda para o cenário Norte Exportador, a saída simultânea dos circuitos<br />
500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente Dutra – Boa Esperança,<br />
provoca perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e<br />
Sudeste, levando a atuação do ERAC do Nordeste. A perda da interligação<br />
Norte-Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e<br />
Sudeste, levando a sobretensão e subfreqüência no Norte e atuação do<br />
ERAC do Nordeste.<br />
• Para o cenário Nordeste Exportador, a perda da interligação Norte-Sul<br />
provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 248 / 530
• Considerando o cenário Sudeste Exportador, a perda da interligação Norte-<br />
Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste. Ocorre<br />
atuação do ERAC do Norte e do Nordeste. Neste cenário, dependendo do<br />
número de máquinas em Tucuruí, ocorrerá também instabilidade entre os<br />
subsistemas Norte e Nordeste.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.6.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Maranhão/Tocantins<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
PERITORÓ – 230/69 kV 0,89 a 0,90 2004 a 2006<br />
MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006<br />
SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006<br />
IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006<br />
PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006<br />
PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />
Nada a registrar.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />
Imperatriz provoca carregamentos no transformador remanescente que<br />
variam de 131% em 2004 a 139% em 2006. A Cemar informou que a solução<br />
a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a<br />
aquisição de transformadores para reserva regional.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador nas SEs Coelho Neto 230/69 kV – 65 MVA,<br />
Peritoró 230/69 kV – 100 MVA, Porto Franco 230/138 kV – 100 MVA,<br />
Presidente Dutra 230/69 kV – 50 MVA e Miranda 230/138 kV – 100 MVA<br />
provoca corte de toda a carga da subestação. A Cemar informou que a<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 249 / 530
solução a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a<br />
aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: um<br />
transformador 230/69 kV – 100 MVA, um transformador 230/69 kV – 50 MVA,<br />
um transformador 230/138 kV – 100 MVA.<br />
A perda do único autotransformador 500/138/13,8 kV – 180 MVA na SE<br />
Miracema, provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a<br />
substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas,<br />
recompõe-se o atendimento à carga dessa subestação. A CELTINS informou<br />
que, durante o período de substituição do banco monofásico defeituoso pelo<br />
reserva, existe a possibilidade de remanejar sua carga para a SE Porto<br />
Franco, da Eletronorte, e para a SE Porangatu, de Furnas.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área Maranhão/Tocantins ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 230 kV Teresina – Peritoró, circuito simples seccionamento na<br />
SE Coelho Neto (construção de 78 km de linha)<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Imperatriz, Coelho<br />
Neto, Peritoró, Presidente Dutra e Miranda em caso de contingência nos<br />
transformadores existentes (Cemar).<br />
• Reavaliar o estudo de expansão CCPE/CTET.031.2001 “Estudo de<br />
Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto<br />
no Maranhão” (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
• Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de<br />
compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente<br />
Dutra (<strong>ONS</strong>/Eletronorte)<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 250 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 251 / 530
3.7 Região Nordeste<br />
3.7.1 Área Oeste<br />
A Área Oeste do Sistema Nordeste, que compreende basicamente o Estado do<br />
Piauí e às cargas da SE Sobral, localizada ao oeste do Estado do Ceará, é atendida<br />
através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />
A área metropolitana de Teresina é atendida por duas linhas de transmissão em<br />
230 kV vindas da UHE Boa Esperança até a SE Teresina, com 199 km de extensão,<br />
e duas linhas de transmissão em 230 kV, com 25 km de extensão, vindas da SE<br />
Teresina II que, por sua vez é suprida por dois circuitos em 500 kV oriundos da SE<br />
Presidente Dutra. Da subestação de Teresina segue uma linha de transmissão em<br />
230 kV, com 155 km de extensão, até a SE Piripiri, ao norte do Estado do Piauí,<br />
interligando-se com a SE Sobral II, a 166 km, localizada no Estado do Ceará.<br />
A região dos baixões agrícolas piauienses, onde se localiza a SE Picos, é atendida<br />
por um único circuito em 230 kV, com 167 km de extensão, vindo da SE São João<br />
do Piauí. As áreas do Vale do Gurguéia e dos Cerrados Piauienses, localizadas ao<br />
sul do Estado, são atendidas pela LT em 230 kV São João do Piauí - Canto do Buriti<br />
- Eliseu Martins, com 170 km de extensão, que opera atualmente na tensão de<br />
69 kV.<br />
A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição da Cepisa é efetuada nas subestações 230/69 kV Boa Esperança,<br />
Teresina, Picos, São João do Piauí e na subestação 230/138/69 kV Piripiri e com o<br />
sistema de distribuição da Coelce, através da subestação 230/69 kV Sobral II.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Oeste<br />
A tabela 3.7.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Oeste no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Oeste<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade<br />
Instalada UHE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
225 (1) 225 225 225<br />
550 585 630 668<br />
Obs.:<br />
(1) UHE Boa Esperança (225 MW)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 252 / 530
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação da Área Oeste.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
Na perda das LTs 230 kV Teresina – Piripiri ou Cauípe – Sobral, verificam-se<br />
cortes de carga nas SEs Sobral e Piripiri da ordem de 10 MW, em 2005, em<br />
qualquer das contingências mencionadas. A solução para esse problema é a<br />
implantação da transformação 500/230 kV – 600 MVA na SE Sobral III e LTs<br />
230 kV Sobral III – Sobral II, C1/C2, autorizadas pela Aneel, com prazo para<br />
implantação de março de 2005.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
Nada a registrar<br />
d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />
A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE São João<br />
do Piauí, provoca corte temporário de toda a carga das SEs São João do<br />
Piauí e Picos. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo<br />
reserva, que dura de 2 a 6 horas, recompõe-se o atendimento à carga<br />
dessas subestações.<br />
Perda total de toda a carga da SE Picos, na contingência do único circuito<br />
230 kV entre São João do Piauí e Picos. A solução para este sistema radial,<br />
na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho,<br />
com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Para o cenário Norte exportador, a contingência dos dois circuitos 500 kV<br />
Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade entre os<br />
subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste. Ainda neste cenário, a perda<br />
simultânea dos circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente<br />
Dutra – Boa Esperança, provoca perda de estabilidade entre os subsistemas<br />
Norte, Nordeste e Sudeste. Nessas contingências ocorre atuação do ERAC<br />
do Nordeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 253 / 530
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a Tabela<br />
3.7.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Oeste<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
TERESINA – 230/69 kV 0,89 2004<br />
PICOS – 230/69 kV 0,90 a 0,89 2004 a 2006<br />
BOA ESPERANÇA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />
Os transformadores 230/69 kV da SE Boa Esperança, em 2004 atingem<br />
100% da capacidade nominal, chegando a atingir 109% em 2006.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos três transformadores 230/69 kV – 100 MVA existentes na<br />
SE Teresina provoca carregamentos nos transformadores remanescentes<br />
que variam de 134% em 2004 a 146% em 2006. A Cepisa ainda não<br />
encaminhou ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />
A perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA na SE São João do Piauí,<br />
provoca carregamentos no transformador de 30 MVA remanescente que<br />
variam de 132% em 2004 a 152% em 2006. A Cepisa ainda não encaminhou<br />
ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Piripiri provoca<br />
corte de toda a carga da subestação, atendida em 138 kV. A Cepisa ainda<br />
não encaminhou ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 254 / 530
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Oeste ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, circuito<br />
simples, 581 km<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
JUN/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Boa Esperança,<br />
Teresina, São João do Piauí e Piripiri, em caso de contingência nos<br />
transformadores existentes (Cepisa).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />
no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 255 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 256 / 530
3.7.2 Área Norte<br />
<br />
Descrição da Área<br />
A Área Norte da Região Nordeste, que compreende basicamente o Estado do<br />
Ceará, além das cargas da SE Bom Nome, Coremas e Mossoró, respectivamente<br />
no sertão dos Estados de Pernambuco e da Paraíba e oeste do Estado do Rio<br />
Grande do Norte, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em<br />
500 kV e 230 kV que partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga e do<br />
Complexo de Paulo Afonso, além da interligação com a Região Norte, através das<br />
LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e Teresina II – Sobral III –<br />
Fortaleza II.<br />
A região metropolitana de Fortaleza é atendida a partir do complexo hidrelétrico de<br />
Paulo Afonso por meio de três circuitos em 230 kV no eixo Paulo Afonso – Bom<br />
Nome – Milagres – Banabuiú – Fortaleza, com 655 km de extensão e de um circuito<br />
em 500 kV entre Luiz Gonzaga e Milagres. Existem também dois circuitos em<br />
230 kV, transformáveis em um circuito simples de 500 kV, no eixo Milagres –<br />
Banabuiú – Fortaleza, que atualmente encontram-se fora de operação para<br />
possibilitar a conversão para 500 kV que deverá ser concluída ainda neste ano de<br />
2003. Outro tronco de transmissão liga Fortaleza à rede de 500 kV da interligação<br />
Norte/Nordeste, através das LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e<br />
Teresina II – Sobral III – Fortaleza II, com 745 km de extensão. É importante<br />
ressaltar que a área metropolitana de Fortaleza atualmente concentra cerca de 70%<br />
da carga do Estado.<br />
Da subestação de Fortaleza parte um circuito duplo em 230 kV, com 7 km de<br />
extensão, até a SE Delmiro Gouveia. Atualmente um desses circuitos está<br />
conectado a LT 230 kV Banabuiú – Fortaleza, formando a LT Banabuiú – Delmiro<br />
Gouveia.<br />
Ainda da subestação de Fortaleza segue uma linha de transmissão, também em<br />
230 kV e com 219 km de extensão, que passando pela SE Cauípe chega a SE<br />
Sobral II, a oeste do Estado, interligando-se com a SE Piripiri, a 166 km, localizada<br />
no Estado do Piauí. Ressalta-se que as SEs Sobral II e Sobral III, apesar de<br />
estarem localizadas no Estado do Ceará, geoeletricamente pertencem à área<br />
Oeste.<br />
O atendimento à subestação de Icó é feito pela derivação de uma das linhas de<br />
circuito duplo em 230 kV, existentes entre as subestações de Milagres e Banabuiú,<br />
aproximadamente a 123 km da SE Milagres.<br />
Da subestação de Milagres segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com<br />
120 km de extensão, até a SE Coremas, localizada no Estado da Paraíba.<br />
Da subestação de Banabuiú segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com<br />
110 km de extensão, até a SE Russas II, ao nordeste do Estado, interligando-se<br />
com a SE Mossoró II, a 75 km, localizada no Estado do Rio Grande do Norte.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 257 / 530
A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição de energia nessa área é realizada pela Coelce, através das<br />
subestações 230/69 kV Fortaleza e Delmiro Gouveia que atendem a área<br />
metropolitana de Fortaleza, Cauípe, Milagres, Icó, Banabuiú e Russas, pela Celpe,<br />
através da subestação 230/138/69 kV Bom Nome, pela Saelpa, através da<br />
subestação 230/69 kV Coremas e pela Cosern, através da subestação 230/69 kV<br />
Mossoró II.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Norte<br />
A tabela 3.7.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Norte no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Norte<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UTE (MW)<br />
Capacidade Instalada<br />
UEO (MW)<br />
Demanda Máxima Anual<br />
(MW)<br />
220,0 (1) 530,7 (2) 530,7 530,7<br />
15 (3) 90 (4) 90 90<br />
1193 1393 1491 1619<br />
Obs.:<br />
(1) UTE UTCJ - Carlos Jereissati (220 MW)<br />
(2) UTE Fortaleza (310,7 MW)<br />
(3) UEOs Prainha (10 MW) e Taíba (5 MW)<br />
(4) UEOs Mel I (18 MW), Mel II (17 MW), Mel III (40MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação da Rede Básica na Área Norte. Entretanto, nas análises realizadas, foram<br />
identificados problemas de carregamento acima da capacidade nominal em<br />
transformadores de fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em<br />
condições normais de operação.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão em contingência<br />
• Baixo perfil de tensão no eixo 230 kV Paulo Afonso - Bom Nome – Milagres –<br />
Banabuiú – Fortaleza na condição de carga pesada, na contingência da LT<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 258 / 530
500 kV Luiz Gonzaga – Milagres, considerando o cenário Nordeste<br />
exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de<br />
700 MW. Neste cenário, de baixa probabilidade de ocorrência, verificam-se<br />
tensões abaixo de 0,9 p.u. nas SE Bom Nome, Milagres, Coremas,<br />
Banabuiú, Fortaleza e Cauípe, exceto na condição em que as usinas<br />
térmicas conectadas na SE Cauípe (UTE Carlos Jereissati e UTE Fortaleza)<br />
estão despachadas. A solução para esse problema é a Implantação do 2º<br />
circuito 500 kV Teresina II – Sobral III - Fortaleza II, em fase de licitação pela<br />
Aneel.<br />
• Para intercâmbios da ordem de 1.900 MW no sentido Norte para o Nordeste<br />
ou da ordem de 700 MW no sentido do Nordeste para o Norte, na condição<br />
de carga pesada, verificam-se tensões baixas nas subestações da área<br />
Norte, chegando a valores da ordem de 0,80 p.u. nas subestações da Região<br />
Metropolitana de Fortaleza, na perda de um dos circuitos de 500 kV Boa<br />
Esperança – Presidente Dutra ou Teresina II – Sobral III. Essa situação se<br />
agrava ainda mais, quando da ausência das UTEs Carlos Jereissati e<br />
Fortaleza, conectadas à Rede Básica na SE Cauípe. A solução para esse<br />
problema é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III<br />
- Fortaleza II, em fase de licitação pela Aneel.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
• Considerando intercâmbio da ordem de 1.900 MW do Norte para o Nordeste,<br />
na condição de carga pesada, e sem a presença das usinas térmicas<br />
conectadas à SE Cauípe (UTEs Carlos Jereissati e Fortaleza), na perda de<br />
um dos autotransformadores 500/230 kV - 600 MVA da SE Fortaleza II,<br />
verifica-se sobrecarga da ordem 40% no autotransformador remanescente.<br />
Esta sobrecarga pode chegar a 62% considerando o aumento de carga<br />
proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no estado do Ceará<br />
(250 MW), na região do Pecém. A solução para esse problema é a<br />
implantação do terceiro autotransformador 500/230 kV - 600 MVA da SE<br />
Fortaleza II.<br />
• Quando da contingência em um dos circuitos de 500 kV Milagres – Quixadá<br />
ou Quixadá – Fortaleza, na condição de carga pesada, no cenário Nordeste<br />
exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de<br />
700 MW e sem a presença das usinas térmicas conectadas à Rede Básica<br />
na SE Cauípe, verifica-se sobrecarga no autotransformador 500/230 kV de<br />
Milagres da ordem de 8%. Esta sobrecarga pode chegar a 30% considerando<br />
o aumento de carga proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no<br />
estado do Ceará, na região do Pecém. A solução para esse problema<br />
também é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III -<br />
Fortaleza II, já citada anteriormente.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 259 / 530
d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />
A contingência da LT 230 kV Milagres – Coremas, único circuito da Rede<br />
Básica que atende a SE Coremas, provoca o corte temporário de toda a<br />
carga alimentada por esta subestação. É possível remanejar pelo sistema de<br />
distribuição aproximadamente 40 MW, mas mesmo assim estima-se um corte<br />
de carga da ordem de 70%, em 2004. Recentemente, o CCPE concluiu o<br />
estudo de planejamento CCPE/CTET – 002/2003 “Estudo de Atendimento<br />
aos Sistemas Regionais de Coremas e Campina Grande II”, onde se<br />
recomenda, como solução para este problema, a implantação de um<br />
segundo circuito em 230 kV no trecho Milagres - Coremas, com 120 km de<br />
extensão.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Para o cenário Norte e Sudeste exportador, a perda da interligação Norte-Sul<br />
e a contingência dupla no trecho Sobradinho – Luiz Gonzaga 500 kV provoca<br />
a atuação do ERAC da região Norte e Nordeste, implicando em corte de<br />
carga na área Norte da Região Nordeste, mesmo considerando o segundo<br />
circuito 500 kV Teresina II - Fortaleza II.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.7.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Norte<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
FORTALEZA – 230/69 kV 0,92 2004<br />
PICI – 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />
DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004<br />
MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006<br />
RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
BOM NOME – 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006<br />
MOSSORÓ II – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2005 e 2006<br />
COREMAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 260 / 530
• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />
Ressalta-se que, caso não seja possível retomar a construção da LT 230 kV<br />
Fortaleza – Pici com a maior brevidade, permitindo a energização da SE Pici<br />
230/69 kV, os transformadores 230/69 kV da SE Fortaleza ficarão em<br />
sobrecarga em condições normais de operação a partir de setembro deste<br />
ano. Além disso, prevê-se também o esgotamento da rede de distribuição<br />
derivada da SE Fortaleza, até que a SE Pici esteja em operação.<br />
Com a SE Pici, os transformadores 230/69 kV dessa subestação apresentam<br />
carregamento da ordem de 113%, em 2004, chegando a 128%, em 2006. A<br />
Coelce informou que a solução é a implantação do 3º transformador<br />
100 MVA ainda em 2004.<br />
Os transformadores 230/69 kV da SE Bom Nome, em 2004 atingem 100% da<br />
capacidade nominal, chegando a atingir 110% em 2006. Está prevista no<br />
Plano de Obras da Celpe a implantação do segundo transformador<br />
230/138 kV – 100 MVA, nesta subestação, para 2003, que possibilitará<br />
remanejamento da carga do 69 kV para o 138 kV, solucionando assim, esse<br />
problema.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
Os dois transformadores 230/69 kV – 16,7 MVA da SE Russas, na<br />
contingência do transformador de 100 MVA, existente nessa subestação,<br />
ficam submetidos a sobrecargas de 222% em 2004, 239% em 2005, e 259%<br />
em 2006. A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º<br />
transformador 100 MVA em 2006.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 33 MVA na SE<br />
Banabuiú provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem<br />
de 174% em 2004, 187% em 2005, e 202% em 2006. A Coelce informou que<br />
a solução é a implantação do 3º transformador 50 MVA em 2006.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />
Coremas provoca carregamento no transformador remanescente de até<br />
139%, em 2006. O estudo de planejamento desenvolvido pelo CCPE<br />
recomenda que, em 2005, além do segundo circuito 230 kV Milagres –<br />
Coremas, seja implantado também o terceiro transformador 230/69 kV –<br />
100 MVA na SE Coremas.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Bom Nome<br />
provoca corte de toda a carga da subestação suprida através do barramento<br />
de 138 kV. A solução para esse problema será a energização, em 2003, do<br />
transformador existente na subestação, para o qual o <strong>ONS</strong> já emitiu parecer,<br />
dependendo apenas de autorização da Aneel.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 261 / 530
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Icó provoca<br />
corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a<br />
solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2004.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Cauípe provoca<br />
corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a<br />
solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2005.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área Norte ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Fortaleza II: 3 o banco de autotransformadores 500/230 kV –<br />
600 MVA<br />
LT 230 kV Fortaleza II – Fortaleza C3, circuito simples, 0,3 km<br />
LT 230 kV Milagres – Tauá, circuito simples, 200 km<br />
LT 230 kV Milagres – Coremas C2, circuito simples, 120 km<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
JUN/2005<br />
JUN/2005<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Russas, Banabuiú,<br />
Icó e Cauípe, em caso de contingência nos transformadores existentes<br />
(Coelce).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />
indicadas no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 262 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 263 / 530
3.7.3 Área Leste<br />
A Área Leste do Sistema Nordeste, que compreende grande parte dos estados de<br />
Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, é atendida através de linhas<br />
de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que partem das usinas<br />
hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo Afonso.<br />
Atendimento ao Estado do Rio Grande do Norte<br />
O atendimento à área metropolitana de Natal é efetuado por quatro circuitos em<br />
230 kV, sendo dois com 215 km e os outros com 187 km de extensão, todos<br />
provenientes da SE Campina Grande II, no Estado da Paraíba.<br />
A área centro do Estado, polarizada pela subestação Açu II, é atendida por uma<br />
linha de transmissão em 230 kV, com 75 km de extensão, vinda da SE Mossoró II,<br />
localizada ao oeste do Estado, a qual interliga-se por uma linha de transmissão, em<br />
230 kV, com 75 km de extensão, com a SE Russas II, localizada no Estado do<br />
Ceará. Ressalta-se que a SE Mossoró, apesar de estar localizada no Estado do Rio<br />
Grande do Norte, geoeletricamente pertencente à área Norte.<br />
Atendimento ao Estado da Paraíba<br />
O sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado é composto de<br />
sete circuitos em 230 kV. Destes, quatro destinam-se a atender à área agreste,<br />
onde se localiza a cidade de Campina Grande, sendo dois provenientes de<br />
Tacaimbó, com 121 km de extensão, um vindo da subestação Mirueira (Pau Ferro),<br />
este um circuito duplo, com 127 km extensão, lançado apenas de um lado, e o<br />
último vindo da subestação Goianinha, com 99 km de extensão, todos provenientes<br />
do Estado de Pernambuco. Da subestação de Campina Grande II partem,<br />
atualmente, quatro circuitos em 230 kV para o Estado do Rio Grande do Norte.<br />
A capital do Estado, João Pessoa, é atendida por um circuito duplo em 230 kV vindo<br />
da subestação Goianinha, com 51 km de extensão, também no Estado de<br />
Pernambuco.<br />
A área do alto sertão paraibano, onde se localiza a SE Coremas, é atendida<br />
radialmente, por um único circuito em 230 kV, com 120 km de extensão, vindo da<br />
subestação Milagres, no Estado do Ceará. Ressalta-se que a SE Coremas, apesar<br />
de estar localizada no Estado da Paraíba, geoeletricamente pertencente à área<br />
Norte.<br />
Atendimento ao Estado de Pernambuco<br />
O atendimento ao Estado é constituído por três eixos de transmissão que partem<br />
das UHEs Paulo Afonso, Luís Gonzaga e Xingó.<br />
O primeiro eixo chega a Pernambuco pela SE Angelim II, com dois circuitos de<br />
500 kV, e quatro circuitos de 230 kV. Da SE Angelim II partem dois circuitos em<br />
500 kV e três em 230 kV para a SE Recife II.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 264 / 530
O segundo eixo sai da UHE Xingó e chega a SE Recife II, na área metropolitana da<br />
capital, passando pela SE Messias no Estado de Alagoas, e é constituído por uma<br />
linha de transmissão em 500 kV com 400 km de extensão.<br />
Por fim, um terceiro eixo de transmissão em 230 kV, que atende às áreas central e<br />
do sertão do Estado, é constituído por três circuitos em 230 kV partindo do<br />
complexo hidrelétrico de Paulo Afonso até a SE Bom Nome, com 170 km de<br />
extensão. De Bom Nome, esses circuitos seguem para a subestação de Milagres,<br />
no Estado do Ceará, a 84 km de distância. Ressalta-se que a SE Bom Nome,<br />
apesar de estar localizada no Estado de Pernambuco, geoeletricamente<br />
pertencente à área Norte.<br />
Da subestação de Recife II, o atendimento à região metropolitana da capital Recife<br />
é realizado por meio de circuitos em 230 kV que alimentam as subestações<br />
230/69 kV, Pirapama II (dois circuitos com 29 km de extensão), Mirueira (três<br />
circuitos com 32 km de extensão) e Bongi (três circuitos com 14 km de extensão),<br />
que são responsáveis pelo atendimento ao sistema de distribuição de energia<br />
elétrica a essa região.<br />
Também da subestação de Recife II, partem dois circuitos em 230 kV para<br />
Goianinha, com 71 km de extensão. Da subestação de Mirueira parte um circuito<br />
em 230 kV também para Goianinha, com 66 km de extensão. Esses três circuitos<br />
são responsáveis pelo atendimento às cargas da zona da mata norte do Estado.<br />
A área agreste do Estado é atendida por três circuitos em 230 kV vindos de<br />
Angelim II até SE Tacaimbó, com 65 km de extensão, interligando-se com Campina<br />
Grande II, a 121 km, no Estado da Paraíba.<br />
Atendimento ao Estado de Alagoas<br />
O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da<br />
UHE Xingó até Messias, com 220 km de extensão, que segue para Recife, a<br />
180 km, e três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II para Messias, com 74 km<br />
de extensão. Da subestação de Messias derivam três circuitos em 230 kV para a SE<br />
Rio Largo II, com 15 km de extensão, que atendem parte das cargas da área<br />
metropolitana de Maceió.<br />
O atendimento à capital do Estado e parte da área metropolitana de Maceió é<br />
efetuado por dois circuitos em 230 kV, com 26,5 km de extensão, provenientes da<br />
SE Messias.<br />
A área do litoral sul do Estado é atendida radialmente por um único circuito em<br />
230 kV, com 127 km de extensão, conectando às subestações de Rio Largo II e<br />
Penedo.<br />
A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Ceal,<br />
através das subestações 230/69 kV Rio Largo II, que atende à área metropolitana<br />
de Maceió, e Penedo que é responsável pelo atendimento ao litoral sul do Estado<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 265 / 530
de Alagoas e parte das cargas do norte de Sergipe, pela Celpe, através das<br />
subestações 230/69 kV Bongi, Mirueira e Pirapama II, que atendem à área<br />
metropolitana de Recife, Angelim II, Tacaimbó, Goianinha e Ribeirão, que atendem<br />
às áreas do agreste e das matas norte e sul, do Estado de Pernambuco, pela<br />
Saelpa e Celb, através das subestações 230/69 kV Mussuré II, que atende à área<br />
metropolitana de João Pessoa e Campina Grande II, que atende às áreas centro e<br />
norte do Estado da Paraíba e pela Cosern através das subestações 230/69 kV Natal<br />
II, que atende à área metropolitana de Natal, Mossoró II, que atende à área oeste, e<br />
pela SE Açu II 230/138/69 kV, que atende às áreas centro e norte do Estado do Rio<br />
Grande do Norte.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Leste<br />
A tabela 3.7.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Leste no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Leste<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UTE (MW)<br />
Capacidade Instalada<br />
UEO (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
- 807,7 (1) 807,7 807,7<br />
- 127,0 (2) 127,0 127,0<br />
2.819 3.047 3.189 3.330<br />
Obs.:<br />
(1) UTE Termopernambuco (496,7 MW) e Termoaçu (311 MW)<br />
(2) Guamaré (16 MW), Guamaré II (19 MW), Pitangui (41 MW), Rio do Fogo I (28 MW), Rio do Fogo II (14 MW) e<br />
Gameleira (9 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Rede<br />
Básica na Área Leste. Entretanto, nas análises realizadas, foram identificados<br />
problemas de carregamento acima da capacidade nominal em transformadores de<br />
fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em condições normais de<br />
operação.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 266 / 530
) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
Tensões altas na área Leste, principalmente no eixo Angelim - Campina<br />
Grande – Natal. Foram observadas dificuldades para o controle de tensão,<br />
na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas,<br />
principalmente pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Aliado a esse<br />
fato, a implantação da LTs 500 kV Xingó – Angelim e 230 kV Angelim –<br />
Campina Grande II, previstas para janeiro/2004, aumentam ainda mais as<br />
tensões no sistema, o que suscita a necessidade de uma compensação<br />
indutiva adicional de 210 Mvar, distribuída entre as SEs Natal II (30 Mvar –<br />
230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar –<br />
500 kV), já recomendada pelo <strong>ONS</strong> e em fase de análise pela Aneel, para<br />
contornar os problemas de tensões elevadas na condição de carga leve,<br />
evitando dessa forma a necessidade de desligamento de linhas de<br />
transmissão da Rede Básica para possibilitar o controle de tensão na área<br />
Leste.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
Como o mercado da área Leste apresenta valores muito reduzidos, devido,<br />
principalmente, aos efeitos do racionamento ocorrido em 2001, verifica-se<br />
em junho/2004, na condição de carga leve, e considerando a operação plena<br />
da UTE Termopernambuco, uma pequena sobrecarga da ordem de 2% no<br />
circuito remanescente, quando da contingência em um dos circuitos 230 kV<br />
Recife II – Pirapama II. Todavia, esse problema não desperta preocupações<br />
por duas razões: primeiramente, porque o valor da sobrecarga é muito<br />
pequeno e depois porque esse problema deverá deixar de ocorrer com o<br />
crescimento do mercado. É importante destacar que, conforme descrito no<br />
Parecer de Acesso da UTE Termopernambuco, a Celpe assumiu o<br />
compromisso de manter o atendimento às cargas das SEs 69/13,8 kV<br />
Jussaral, Vitória, Escada, Prazeres I e II e Setúbal (futura) pelo regional de<br />
Pirapama, para evitar que haja restrições ao despacho da UTE<br />
Termopernambuco, quando da ocorrência dessa contingência.<br />
Considerando o despacho máximo da UTE Termoaçu (311 MW), na<br />
contingência da LT 230 kV Paraíso – Açu II verifica-se sobrecarga da ordem<br />
de 3%, em 2004, na LT 230 kV Açu II - Mossoró II, podendo chegar 16%<br />
considerando os parques eólicos com parecer de acesso na distribuição. A<br />
solução para esse problema é a recapacitação da LT 230 kV Açu II –<br />
Mossoró II (de 235 MVA para 300 MVA), 75 km, proposta no Parecer de<br />
Acesso da UTE Termoaçu, emitido em fevereiro/2001, e constante do PAR<br />
2003/2005. É importante destacar que, até a entrada em operação dessa<br />
obra, o despacho da UTE Termoaçu ficará limitado à capacidade de<br />
transmissão da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (235 MVA).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 267 / 530
d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />
Perda temporária de toda a carga da Ceal e Energipe, atendida pela SE<br />
Penedo, na contingência do único circuito 230 kV entre Rio Largo e Penedo.<br />
A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no<br />
âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e<br />
Distribuidoras.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Contingência dupla em LTs 230 kV<br />
• A perda do circuito duplo Messias - Maceió provoca corte temporário de toda<br />
a carga de Maceió, capital do Estado de Alagoas. Mesmo considerando<br />
transferência de carga para o regional de Rio Largo ainda haverá corte<br />
permanente de parte da carga da região metropolitana de Maceió.<br />
• A perda do circuito duplo Goianinha - Mussuré provoca sobrecarga no<br />
circuito remanescente, acarretando corte temporário de toda a carga de João<br />
Pessoa, capital do Estado da Paraíba. Mesmo considerando transferência de<br />
carga para o regional de Goianinha ainda haverá corte permanente de parte<br />
da carga.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.7.3-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Leste<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />
BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006<br />
RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006<br />
MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />
PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 268 / 530
• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />
Os transformadores 230/69 kV da SE Bongi apresentam uma sobrecarga da<br />
ordem de 3% em dezembro/2004 que será eliminada, com a entrada em<br />
operação da SE Várzea 230/69 kV, com dois transformadores de 150 MVA,<br />
prevista no Plano de Obras da Celpe, para 2004. Ressalta-se que a Celpe<br />
ainda não encaminhou Solicitação de Acesso ao <strong>ONS</strong>.<br />
O transformador 230/13,8 kV da SE Bongi (04T6) atinge 100% do<br />
carregamento nominal em 2004 e a partir desta data começa a apresentar<br />
sobrecarga em condição normal de operação. Para solucionar esse problema<br />
a Celpe está transferindo carga para o transformador (04T7).<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />
Angelim provoca carregamentos no transformador remanescente que variam<br />
de 138% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006. A solução para esse<br />
problema é a implantação da terceira unidade transformadora, prevista no<br />
Plano de Obras da Celpe para 2003.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Pau<br />
Ferro provoca carregamentos no transformador remanescente de 187%, em<br />
2004, 193% em 2005 e em 2006, considerando a SE Limoeiro, 137%. Está<br />
prevista no Plano de Obras da Celpe a implantação da terceira unidade<br />
transformadora, nesta subestação, para 2006, solucionando, assim, esse<br />
problema.<br />
A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />
Goianinha provoca carregamentos no transformador remanescente de 133%<br />
em 2004, 140% em 2005, e 145% em 2006. Está prevista no Plano de Obras<br />
da Celpe a implantação da terceira unidade transformadora, nesta<br />
subestação, para 2004, solucionando assim, esse problema.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
Nada a registrar.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 269 / 530
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área Leste ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
SE Angelim II: reator manobrável de 150 Mvar – 500 kV<br />
SE Campina Grande II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV<br />
SE Natal II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV<br />
Recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (de 235 MVA<br />
para 300 MVA)<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
JUN/2004<br />
b) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />
indicadas no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 270 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 271 / 530
3.7.4 Área Sul<br />
A Área Sul do Sistema Nordeste, que compreende ao Estado de Sergipe e ao<br />
atendimento a cerca de 90% do consumo de energia elétrica ao Estado da Bahia, é<br />
atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que<br />
partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo<br />
Afonso e da linha de interligação Sudeste-Nordeste (LT 500 kV Serra da Mesa – Rio<br />
das Éguas – Bom Jesus da Lapa – Ibicoara – Sapeaçu).<br />
Atendimento ao Estado de Sergipe<br />
O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da<br />
UHE Xingó até a SE Jardim, com 159 km de extensão, que prossegue para a<br />
SE Camaçari II, a 251 km, no Estado da Bahia, e dois circuitos em 230 kV<br />
provenientes do complexo de Paulo Afonso para a SE Itabaiana, com 163 km de<br />
extensão. Da SE Itabaiana derivam dois circuitos em 230 kV para a SE Jardim, com<br />
44 km de extensão. A SE Jardim 500/230 kV é responsável pelo atendimento às<br />
cargas da região metropolitana de Aracaju e a grandes consumidores industriais.<br />
Além disso, existe uma linha em 230 kV entre as SEs Itabaiana e Catu (BA),<br />
seccionada na SE Itabaianinha, a 77 km da SE Itabaiana, que atende às cargas do<br />
litoral sul do Estado. As cargas do litoral norte do Estado são atendidas pela SE<br />
Penedo que fica localizada no Estado de Alagoas.<br />
Atendimento ao Estado da Bahia<br />
Do ponto de vista da Rede Básica, o sistema de transmissão da área Sul que<br />
atende o Estado da Bahia pode ser dividido geoeletricamente nas áreas<br />
metropolitana de Salvador, e extremo Sul.<br />
O atendimento de energia elétrica à área onde se encontra a capital do Estado e<br />
que concentra quase 90% do consumo de energia, é realizado pelas linhas de<br />
transmissão em 500 kV e 230 kV ligadas ao complexo de geração de Paulo Afonso,<br />
Luiz Gonzaga e Xingó. Dessas usinas partem três circuitos em 500 kV que<br />
convergem para a SE Camaçari II 500/230 kV, respectivamente com 352 km,<br />
396 km e 410 km de extensão. A subestação de Camaçari II é responsável pelo<br />
atendimento das cargas de toda a área metropolitana de Salvador, além das cargas<br />
do Pólo Petroquímico e do Complexo Industrial de Aratu.<br />
Chegam à subestação de Catu três circuitos de 230 kV oriundos de Paulo Afonso,<br />
tendo como pontos intermediários as SEs 230/69 kV de Cícero Dantas e<br />
Itabaianinha, esta última no Estado de Sergipe, que distam, respectivamente,<br />
335 km e 307 km. Da subestação de Catu partem dois circuitos em 230 kV para<br />
Camaçari II, com 25 km de extensão, e um terceiro circuito para a SE Governador<br />
Mangabeira, com 77 km de extensão.<br />
O extremo sul do Estado da Bahia é atendido a partir das subestações de<br />
Camaçari II e Catu por meio três circuitos em 230 kV, sendo dois de Camaçari II<br />
para Governador Mangabeira, com 85 km de extensão, e um partindo de Catu para<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 272 / 530
Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. Da subestação Governador<br />
Mangabeira partem três circuitos em 230 kV para Sapeaçu, com 22 km de<br />
extensão, e daí até Funil, com 199,5 km de extensão. De Funil, segue um circuito<br />
230 kV para SE Brumado, com 263 km de extensão, e dois circuitos, também em<br />
230 kV, para a SE Itapebi, com 200 km de extensão, e daí para a SE Eunápolis,<br />
com 45 km de extensão, última subestação da Rede Básica no extremo sul da<br />
Bahia.<br />
A SE 500/230 kV Sapeaçu, com dois transformadores de 600 MVA, é a subestação<br />
de integração da Interligação Sudeste/Nordeste que se encontra a 1054 km da SE<br />
Serra da Mesa, no Estado de Goiás.<br />
A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Coelba,<br />
através da subestação 500/230/69 kV Camaçari II, e das subestações 230/69 kV<br />
Catu, Governador Mangabeira, Santo Antônio de Jesus, Tomba, Brumado,<br />
Jacaracanga, Cotegipe, Pituaçu e Matatu, estas três últimas na área metropolitana<br />
de Salvador, além da subestação 230/138/69 kV Funil e da SE 230/138 kV<br />
Eunápolis no Estado da Bahia, e pela Energipe e Sulgipe, no Estado de Sergipe,<br />
através da subestação 500/230/69/13,8 kV Jardim, que atende às cargas da área<br />
metropolitana de Aracaju e consumidores especiais 69 kV e 230 kV, além de parte<br />
das cargas da área sul do Estado, da SE 230/69/13,8 kV Itabaiana que atende parte<br />
das cargas das áreas norte e sul do Estado e da subestação 230/69 kV<br />
Itabaianinha, que também atende parte das cargas da área sul do Estado.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Sul<br />
A tabela 3.7.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Sul no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sul<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UHE (MW)<br />
Capacidade Instalada<br />
UTE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
500 (1) 500 680 (2) 680<br />
237,4 (3) 537,4 (3) 537,4 537,4<br />
2279 2562 2658 2729<br />
Obs.:<br />
(1) UHEs Funil (30 MW), Pedra (20 MW) e Itapebi (450 MW)<br />
(2) UHE Pedra do Cavalo (180 MW)<br />
(3) UTEs Camaçari (50 MW atualmente e 350 MW total) Termobahia (187,4 MW)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 273 / 530
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais não são visualizados problemas para a operação das<br />
instalações da Rede Básica da Área Sul. Entretanto, caso não seja possível<br />
implementar a solução em negociação entre a Chesf e a Coelba para reforçar a<br />
transformação da SE Catu, será observada sobrecarga nesta subestação, estando<br />
o sistema íntegro.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
Tensões altas na área Sul, mais especificamente no extremo sul da Bahia.<br />
Foram observadas dificuldades de controle de tensão, na condição de carga<br />
leve, mesmo contando com os recursos disponíveis do compensador estático<br />
de Funil, da UHE Itapebi, da UTE Termobahia e dos compensadores<br />
síncronos de Camaçari II. Além disso, ressalta-se que, na indisponibilidade<br />
de metade do compensador estático de Funil, as tensões do sistema<br />
ultrapassarão os limites definidos nos Procedimentos de Rede, apresentando<br />
valores elevados, especialmente na SE Brumado II. A solução visualizada<br />
para o problema de regulação de tensão nessa área é a implantação de um<br />
reator manobrável de 10 Mvar no barramento de 230 kV da SE Brumado II,<br />
autorizado pela Aneel através da Resolução 143/2003, com entrada em<br />
operação prevista para abril/2004. Destaca-se que a implantação deste<br />
reator, além de melhorar significativamente o controle de tensão na condição<br />
de carga leve, agiliza o processo de recomposição do sistema.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
Na contingência de uma das LTs 230 kV Camaçari II – Jacaracanga, na<br />
condição de carga média, sem a presença da UTE Termobahia, verificam-se<br />
sobrecargas no circuito remanescente que variam de 20% em 2004 a 24%<br />
em 2006. Também na contingência da LT 230 kV Camaçari – Cotegipe C1,<br />
verifica-se sobrecarga no circuito remanescente da ordem de 7% em 2006. É<br />
importante destacar que o sistema de transmissão da Rede Básica que<br />
atende a região metropolitana de Salvador encontra-se atualmente acima do<br />
seu limite de capacidade para o atendimento ao critério N-1, visto que,<br />
contingências simples de linhas de transmissão em 230 kV, nessa área,<br />
provocam sobrecarga nos circuitos remanescentes. Dessa forma, como<br />
ainda não se dispõe de uma solução de planejamento para resolver esses<br />
problemas, é de extrema importância à presença da UTE Termobahia para<br />
possibilitar o atendimento ao critério de contingência simples no horizonte do<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 274 / 530
PAR. Entretanto, verifica-se a necessidade de um estudo de planejamento do<br />
CCPE, com a participação da Coelba e do <strong>ONS</strong>, para indicar a melhor<br />
alternativa de expansão da Rede Básica, na região metropolitana de<br />
Salvador, considerando um horizonte de longo prazo.<br />
Considerando a ocorrência simultânea de carregamentos elevados na<br />
interligação Sudeste/Nordeste (da ordem de 900 MW) e de despacho pleno<br />
da UHE Itapebi (aproximadamente 450 MW), na condição de carga leve, a<br />
perda de um dos circuitos 230 kV Camaçari II – Governador Mangabeira,<br />
provoca sobrecarga da ordem de 110% no circuito 230 kV Catu - Governador<br />
Mangabeira. Estudos recentes indicaram a necessidade de complementação<br />
da interligação Sudeste/Nordeste, com a construção da LT 500 kV Sapeaçu -<br />
Camaçari II. A implantação dessa obra, atualmente em fase de licitação,<br />
soluciona o problema de sobrecarga apresentado.<br />
Para evitar problema de sobrecarga em contingências de transformadores<br />
230/69 kV nas subestações da área metropolitana de Salvador, além do<br />
esgotamento físico da SE Matatu, no que diz respeito à expansão do<br />
barramento de 69 kV desta subestação, a Coelba solicitou acesso para 2005<br />
na futura SE 230/69 kV Narandiba, conforme preconiza a Resolução Aneel<br />
433/00. Ainda de acordo com essa Resolução o barramento de 230 kV da SE<br />
Narandiba e o lançamento do 2º circuito 230 kV Pituaçu – Narandiba é de<br />
responsabilidade da Rede Básica, enquanto que a transformação 230/69 kV<br />
e as conexões associadas são de responsabilidade da Coelba.<br />
d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />
Perda temporária de toda a carga da SE Brumado II na contingência do único<br />
circuito 230 kV entre Funil e Brumado. A solução para este sistema radial, na<br />
Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com<br />
a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Para o cenário Norte exportador, a contingência dupla das LTs 500 kV<br />
Presidente Dutra – Teresina C1/C2 leva ao desligamento da UHE Itapebi por<br />
perda de estabilidade.<br />
Para o cenário Nordeste exportador a perda do barramento de Governador<br />
Mangabeira 230 kV, provoca instabilidade entre o Norte, Nordeste e Sudeste.<br />
Este problema não se verifica após a entrada em operação da LT 500 kV<br />
Sapeaçu – Camaçari.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 275 / 530
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.7.4-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sul<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ITABAIANA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
ITABAIANINHA – 230/69 kV 0,89 a 0,86 2004 a 2006<br />
OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006<br />
CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006<br />
GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />
MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />
compensação reativa e do transformador da subestação<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />
Caso não seja possível implementar a solução em negociação entre a Chesf<br />
e a Coelba para reforçar a transformação da SE Catu, será observada<br />
sobrecarga nesta subestação, estando o sistema íntegro, já a partir de 2003.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Jardim<br />
provoca carregamentos elevados nos transformadores remanescentes,<br />
variando de 129% em 2004 a 148% em 2006. A solução apresentada pela<br />
Energipe é a implantação do 4º transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />
Jardim, em dezembro de 2005. Para o ano de 2004 a solução é a<br />
transferência de carga para os regionais Itabaianinha e Itabaiana.<br />
A perda de um dos transformadores 230/11,9 kV – 40 MVA na SE Matatu<br />
provoca carregamento elevado no transformador remanescente, variando de<br />
167% em 2004 a 157% em 2006, ocasionando o desligamento da<br />
subestação pela proteção. A solução informada pela Coelba para ser<br />
considerada no horizonte do PAR é transferência de carga, através do<br />
sistema de distribuição em 11,9 kV.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 276 / 530
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Governador<br />
Mangabeira provoca corte de toda a carga da subestação até a transferência<br />
de carga, através do sistema de distribuição, para as SEs Tomba e Santo<br />
Antônio de Jesus. Esta foi a solução informada pela Coelba para ser<br />
considerada no horizonte do PAR.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Santo Antônio<br />
de Jesus provoca corte temporário de toda a carga da subestação até a<br />
transferência, através do sistema de distribuição para as SEs Governador<br />
Mangabeira e Irecê (para possibilitar a transferência para o regional de<br />
Governador Mangabeira é necessário construir a LT 69 kV São Felipe –<br />
Santo Antônio, prevista para 2006). Esta foi a solução informada pela Coelba<br />
para ser considerada no horizonte do PAR.<br />
A perda do único transformador 230/13,8 kV – 40 MVA na SE Olindina<br />
provoca corte de toda a carga da subestação. A solução informada pela<br />
Coelba é a implantação de um segundo transformador na subestação,<br />
previsto no seu plano de obras para DEZ/2008.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />
Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul ainda sem concessão<br />
DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />
LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II, circuito simples, 102 km<br />
LT 230 kV Pituaçu – Narandiba, lançamento do 2 o circuito, 4 km<br />
SE Narandiba (Nova): Barramento de 230 kV<br />
DATA DE<br />
NECESSIDADE<br />
Necessária<br />
atualmente<br />
NOV/2005<br />
NOV/2005<br />
b) Desenvolver Ações Complementares<br />
• Realizar estudos de planejamento de longo prazo visando definir a solução<br />
estrutural para a expansão do sistema que atende à Região Metropolitana de<br />
Salvador (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />
c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />
indicadas no item 6.3<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 277 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 278 / 530
3.7.5 Área Centro<br />
<br />
Descrição da Área<br />
A Área Cento do Sistema Nordeste, que compreende a região onde estão<br />
localizadas as usinas hidroelétricas de Sobradinho, Luiz Gonzaga, Xingó e do<br />
Complexo de Paulo Afonso, localizadas nos Estados de Pernambuco, Alagoas e<br />
Bahia, além das subestações 230/69 kV da Rede Básica, Abaixadora e Cícero<br />
Dantas, localizadas no Estado da Bahia. Destaca-se que integração da malha de<br />
transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica,<br />
nessa área, é realizada pelas empresas Celpe, Ceal, Energipe e Coelba.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Centro<br />
A tabela 3.7.5-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Centro no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Centro<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UHE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
9.395 (1) 9.395 9.395 9.395<br />
60 72 75 78<br />
Obs.: (1) UHEs Sobradinho (1050 MW), Luiz Gonzaga (900 MW), Apolônio Sales (400 MW), Xingó (3162 MW) e Complexo<br />
de Paulo Afonso (3883 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />
operação da Área Centro.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
Nada a registrar<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />
equipamentos<br />
Nada a registrar<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 279 / 530
d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />
Nada a registrar.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Para o cenário Norte exportador a perda das duas LTs 500 kV Sobradinho -<br />
Luiz Gonzaga resulta em perda de estabilidade entre os subsistemas Norte,<br />
Nordeste e Sudeste, provocando atuação do ERAC do Nordeste e<br />
subfreqüência na área Norte.<br />
A mesma contingência dupla, no cenário Nordeste exportador, provoca perda<br />
de estabilidade entre os subsistemas Norte e Nordeste e entre o Nordeste e<br />
o Sudeste, ocasionando atuação do ERAC do Nordeste e tensões elevadas<br />
na área Norte.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência.<br />
Nada a Registrar.<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />
Nada a registrar.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
Nada a registrar.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Abaixadora<br />
provoca corte temporário de toda a carga das empresas Celpe, Ceal,<br />
Energipe e Coelba atendida por essa subestação. A solução informada pela<br />
Coelba é a implantação do transformador 230/69 kV – 100 MVA, previsto<br />
para DEZ/2006, conforme plano de obras da empresa.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
Nada a registrar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 280 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 281 / 530
3.7.6 Área Sudoeste<br />
<br />
Descrição da Área<br />
A Área Sudoeste do Sistema Nordeste, que compreende a região oeste Estado da<br />
Bahia, é atendida através de um longo sistema em 230 kV, com cerca de 926 km de<br />
extensão, passando por Juazeiro, Senhor do Bonfim, Irecê, Bom Jesus da Lapa e<br />
chegando a Barreiras. Duas pequenas usinas hidráulicas, Alto Fêmeas e<br />
Correntina, que juntas fornecem uma geração máxima de 18 MW, complementam o<br />
suprimento de energia nessa área. Recentemente foi energizada a linha de<br />
interligação Sudeste-Nordeste, LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom<br />
Jesus da Lapa II – Ibicoara – Sapeaçu, com 1054 km de extensão, com dois<br />
autotransformadores 500/230 kV – 300 MVA na SE Bom Jesus da Lapa II.<br />
A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />
distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pela empresa Coelba,<br />
através das subestações 230/69 kV Juazeiro, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da<br />
Lapa e Barreiras e da subestação 230/138/69 kV Irecê.<br />
<br />
Evolução da Geração e do Mercado na Área Sudoeste<br />
A tabela 3.7.6-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />
máxima anual na área Sudoeste no horizonte deste PAR.<br />
Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sudoeste<br />
Atual 2004 2005 2006<br />
Capacidade Instalada<br />
UHE (MW)<br />
Demanda Máxima<br />
Anual (MW)<br />
18 (1) 18 18 18<br />
315 350 363 378<br />
Obs.:<br />
(1) Alto Fêmeas (10 MW) e Correntina (8 MW)<br />
<br />
Sumário das Condições de Atendimento<br />
Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área<br />
Sudoeste.<br />
a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />
Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />
documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />
para contingências simples no horizonte estudado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 282 / 530
) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />
Nada a registrar.<br />
c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />
Nada a registrar.<br />
d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />
Perda de toda a carga da SE Barreiras na contingência do único circuito<br />
230 kV entre Bom Jesus da Lapa e Barreiras. A solução para este sistema<br />
radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de<br />
Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />
e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />
Nada a registrar.<br />
f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />
Nada a registrar.<br />
g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />
• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />
3.7.6-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />
inferiores a 0,95.<br />
Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sudoeste<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
IRECÊ – 230/69 kV 0,90 2004 a 2006<br />
Obs.:<br />
Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da<br />
carga, da compensação reativa e do transformador da subestação<br />
• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />
Nada a registrar.<br />
• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />
transformadores remanescentes.<br />
A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Juazeiro<br />
provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem de 143%<br />
em 2004, 148% em 2005, e 155% em 2006. A solução informada pela<br />
Coelba é a implantação do terceiro transformador na subestação, previsto no<br />
seu plano de obras para JUL/2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 283 / 530
A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 40 MVA (04T2) na SE Bom<br />
Jesus da Lapa provoca carregamentos no transformador (04T3) da ordem de<br />
110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006. A solução informada pela<br />
Coelba é a implantação da transformação 230/138 kV – 55 MVA em<br />
MAI/2008 e a substituição do transformador de 33 MVA (04T1) por outro de<br />
50 MVA, previsto no seu plano de obras para DEZ/2009.<br />
• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />
A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Irecê provoca<br />
corte de carga temporário até a substituição da unidade defeituosa pelo<br />
transformador reserva. A solução informada pela Coelba é a implantação de<br />
um segundo transformador na subestação, previsto no seu plano de obras<br />
para JUL/2007.<br />
A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Barreiras<br />
provoca corte temporário de toda a carga e atendimento de até 33 MW após<br />
a substituição pelo transformador reserva. A solução informada pela Coelba<br />
é a implantação de um transformador 230/138 kV – 100 MVA, previsto para<br />
MAI/2004, e um segundo transformador 230/69 kV - 39 MVA, previsto para<br />
JUL/2007, conforme plano de obras da empresa.<br />
h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />
Nada a registrar.<br />
<br />
Providências Necessárias<br />
Nada a registrar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 284 / 530
Figura 3.7.6-1 – Configuração das Interligações Iner-regionais e Principais Pontos de Medição de Intercâmbio<br />
N<br />
Imperatriz<br />
P. Dutra<br />
P. Dutra<br />
Teresina<br />
Boa Esperança<br />
NE<br />
SE/CO<br />
Correntina<br />
AR<br />
SUL<br />
Londrina<br />
Ivaiporã<br />
Garabi<br />
UR<br />
Uruguaiana<br />
Livramento<br />
S.Mesa<br />
Assis<br />
Itaberá<br />
Ibiúna<br />
Bateias<br />
Interligações entre<br />
Subsistemas<br />
Interligações<br />
Internacionais<br />
FUTURAS<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 285 / 530
4 Síntese das Condições de Desempenho das Interligações Interregionais<br />
A experiência brasileira tem demonstrado que a operação de forma coordenada do<br />
sistema interligado, aproveitando-se as diversidades observadas entre regiões, no<br />
que tange à hidrologia e ao comportamento da carga, proporciona maior<br />
disponibilidade de energia do que a operação de cada subsistema isoladamente.<br />
Para tal, existem instalações de transmissão pelas quais é realizada a troca de<br />
energia entre bacias hidrográficas. Estas instalações constituem as interligações<br />
inter-regionais.<br />
Como parte das análises desenvolvidas visando a identificação da necessidade de<br />
ampliações e reforços na Rede Básica, o <strong>ONS</strong> tem realizado estudos sobre o<br />
desempenho das interligações entre os diversos subsistemas.<br />
Neste PAR 2004-2006, foram efetuadas análises em regime permanente e dinâmico<br />
sobre o desempenho das interligações, buscando-se avaliar também os impactos<br />
sobre os sistemas receptores. Ressalta-se, porém, que o principal produto deste<br />
trabalho é a determinação dos limites de intercâmbio entre subsistemas.<br />
Nos estudos de limites de intercâmbio entre os subsistemas, procura-se maximizar<br />
as trocas de energia entre os subsistemas envolvidos, levando em conta a<br />
manutenção dos níveis de segurança e as restrições de equipamentos. No cálculo<br />
dos limites são considerados cenários energéticos, caracterizados a partir da<br />
diversidade hidrológica entre as bacias hidrográficas. Para cada cenário energético,<br />
os intercâmbios entre os subsistemas são aumentados até que seja encontrada<br />
alguma violação no sistema, podendo esta violação ser de regime permanente ou<br />
dinâmico.<br />
Os limites de intercâmbio são utilizados no planejamento da operação energética,<br />
além de fornecerem subsídios para a indicação da necessidade de ampliações e<br />
reforços no sistema.<br />
No desenvolvimento dos estudos envolvendo as interligações inter-regionais foram<br />
adotados os critérios descritos no item 6.5. deste documento. Em função das<br />
necessidades do planejamento da operação energética, a determinação dos limites<br />
máximos de intercâmbio contempla o horizonte de 2007.<br />
Para efeito de apresentação, este item, referente aos estudos das interligações,<br />
está dividido em três partes. No item 4.1 é apresentada uma descrição sucinta das<br />
interligações inter-regionais, onde se busca caracterizar, para cada uma delas, a<br />
configuração atual e sua evolução. No item 4.2 é mostrado um resumo dos limites<br />
de intercâmbio obtidos, enquanto que o item 4.3 contém uma descrição dos<br />
principais aspectos que caracterizam o desempenho das interligações no período<br />
estudado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 286 / 530
4.1 Descrição das Interligações<br />
Tradicionalmente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem sido dividido em quatro<br />
subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste.<br />
Todos estes subsistemas estão operando de forma interligada, tornando bastante<br />
complexas as análises de avaliação do desempenho da rede elétrica nacional.<br />
4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste<br />
Atualmente, a interligação entre as regiões Sul e Sudeste é feita, principalmente,<br />
pelo sistema de transmissão em 750 kV que escoa a energia da usina de Itaipu 60<br />
Hz. Os pontos desse sistema onde são efetuadas as conexões são as subestações<br />
de Ivaiporã 750/500 kV, localizada no Estado do Paraná e Tijuco Preto 750/500-<br />
345 kV, localizada no Estado de São Paulo.<br />
Além dessa rede de transmissão em 750 kV existem outras redes de menor<br />
capacidade que conectam o sistema de transmissão do Estado de São Paulo à área<br />
norte do Estado do Paraná (em 230 kV e 88 kV) e ao Estado do Mato Grosso do Sul<br />
(em 138 kV).<br />
No início de 2003, entrou em operação a LT 500 kV Bateias - Ibiúna, circuito duplo,<br />
com compensação série, que proporcionou um aumento na capacidade de<br />
intercâmbio entre estas regiões.<br />
A expansão da interligação Sul/Sudeste, após a entrada em operação da LT 500 kV<br />
Bateias/Ibiúna, será realizada através da LT 500 kV Londrina - Araraquara,<br />
passando por Assis para futura transformação 500/440 kV. Estudos realizados pelo<br />
<strong>ONS</strong> concluíram que além do aspecto de integração energética das regiões Sul e<br />
Sudeste, a implantação desta LT agregando a transformação 500/440 kV na SE<br />
Assis, se mostrou bastante efetiva para melhorar as condições de segurança do<br />
SIN quando da ocorrência de contingências múltiplas na rede de 440 kV [14].<br />
A Figura 4.1.1-1 e a Tabela 4.1.1-1 apresentam as principais linhas de transmissão<br />
que compõem a interligação Sul/Sudeste, bem como os pontos de medição dos<br />
fluxos que melhor caracterizam o desempenho dessa interligação.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 287 / 530
Figura 4.1.1-1 - Configuração da interligação Sul/SE no Horizonte do ano 2006 e os principais pontos de<br />
medição de intercâmbio<br />
SU D ESTE<br />
Araraquara 500 kV<br />
FSE<br />
Assis 440 kV<br />
Assis 500 kV<br />
Ibiúna 500 kV<br />
Itaipu 60 Hz<br />
~<br />
Ivaiporã 750 kV<br />
Itaberá 750 kV<br />
Tijuco Preto 750 kV<br />
Cascavel Oeste 525 kV<br />
Ivaiporã 525 kV<br />
Londrina 525 kV<br />
FLUXO SUL-<br />
(FSUL/RSU)<br />
Salto Caxias 525 kV<br />
Salto Santiago 525 kV<br />
SUL<br />
Bateias 525 kV<br />
FLUXO<br />
PARANÁ –<br />
PA ÃULO<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 288 / 530
Tabela 4.1.1-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados<br />
INTERCÂMBIOS<br />
FSE<br />
DESCRIÇÃO<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LTs 750 kV Ivaiporã -<br />
Itaberá C1, C2 e C3<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />
LT 230 kV:<br />
Fluxo<br />
Norte Paraná<br />
<br />
São Paulo<br />
Guaíra - Dourados;<br />
Londrina - Assis;<br />
Maringá - Assis;<br />
Figueira – Chavantes<br />
LT 138 kV Loanda - Rosana.<br />
LT 88kV Andirá - Salto Grande.<br />
RSE<br />
(Recebimento do<br />
Sudeste)<br />
FSE + (Fluxo Norte Paraná⇒São Paulo)+ Fluxo na LT 500 kV<br />
Bateias – Ibiúna C1 e C2 + Fluxo na LT 500 kV Londrina - Assis<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />
Transformadores de Ivaiporã: 3x750/500 kV;<br />
SULSE (FSUL:<br />
Exportação do<br />
Sul)<br />
e<br />
SESUL (RSUL:<br />
Recebimento do<br />
Sul)<br />
LT 500 kV:<br />
Bateias - Ibiúna C1 e C2;<br />
Londrina - Assis.<br />
LT 230 kV:<br />
Guairá - Dourados;<br />
Londrina - Assis;<br />
Maringá – Assis;<br />
Figueira – Chavantes.<br />
LT 138 kV Loanda - Rosana.<br />
LT 88kV Andirá - Salto Grande.<br />
4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />
Atualmente, a interligação entre as regiões Norte e Nordeste é feita, principalmente,<br />
pelo sistema de transmissão em 500 kV, que conecta a subestação de Presidente<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 289 / 530
Dutra, localizada no Estado do Maranhão, às subestações de Teresina II e Boa<br />
Esperança, localizadas no Estado do Piauí.<br />
Além dessa rede de transmissão em 500 kV existe uma outra de pequena<br />
capacidade em 230 kV, que interliga a subestação de Peritoró, no Maranhão, à<br />
subestação de Teresina, no Piauí.<br />
A interligação Norte/Nordeste foi bastante reforçada nesse início de 2003, com a<br />
entrada em operação das LTs 500 kV, Açailândia - Presidente Dutra C1 e<br />
Presidente Dutra – Teresina II C2. No futuro, a essa interligação serão agregadas<br />
as LTs 500 kV Tucuruí – Marabá C4 e Marabá – Açailândia C2, já licitadas, além da<br />
LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, em fase de licitação pela Aneel.<br />
A interligação entre as regiões Norte e Sudeste é feita, na configuração atual, pela<br />
linha de transmissão em 500 kV que conecta a subestação de Imperatriz, no Estado<br />
do Maranhão, à subestação de Serra da Mesa, no Estado de Goiás. Esta linha<br />
possui três subestações intermediárias: Colinas, Miracema e Gurupi, todas<br />
localizadas no Estado do Tocantins.<br />
Este sistema de transmissão, que interliga as subestações de Imperatriz e Serra da<br />
Mesa, em 500 kV, é denominado de Interligação Norte – Sul.<br />
Em Fevereiro de 2004 prevê-se completar a duplicação da LT 500 kV Serra da<br />
Mesa - Imperatriz (Norte/Sul II) e a implantação de um conjunto de reforços no<br />
sistema receptor Sudeste. Destaca-se nesse grupo o 3º circuito da LT 500 kV Serra<br />
da Mesa - Samambaia e a compensação série, não só nesse 3º circuito como<br />
também nos circuitos existentes. Além disso, a região do rio Paranaíba será<br />
interligada à região do rio Grande pela LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, cuja<br />
operação está prevista para dezembro de 2004.<br />
Hoje os subsistemas Sudeste e Nordeste estão interligados diretamente pela LT<br />
500 kV Serra da Mesa - Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II- Ibicoara –<br />
Sapeaçu.<br />
A Figura 4.1.2-1 e a Tabela 4.1.2-1 apresentam as interligações da Região Sudeste<br />
com as regiões Norte e Nordeste, além da interligação entre o Norte e o Nordeste,<br />
no horizonte considerado. Nessa figura são destacados os principais pontos de<br />
medição das grandezas que melhor caracterizam o desempenho das interligações.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 290 / 530
Tabela 4.1.2-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados<br />
INTERCÂMBIOS<br />
SEN<br />
(Fluxo SE/N)<br />
NSE<br />
(Fluxo N/SE)<br />
NNE e NEN<br />
(Fluxo N/NE)<br />
SENE e NESE<br />
(Fluxo SE/NE)<br />
EXPORTAÇÃO<br />
DO NORTE e<br />
RECEBIMENTO<br />
DO NORTE<br />
DESCRIÇÃO<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema -<br />
Colinas C1 e C2.<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema –<br />
Gurupi C1 e C2.<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />
- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />
- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2.<br />
Fluxo de potência ativa na LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das<br />
Éguas.<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />
- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />
- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2;<br />
- Miracema - Colinas C1 e C2.<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />
RECEBIMENTO<br />
DO NORDESTE<br />
- Serra da Mesa – Rio das Éguas;<br />
- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />
- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2.<br />
FLUXO SERRA<br />
DA MESA (FSM)<br />
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />
- LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia<br />
C1/C2/C3.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 291 / 530
Figura 4.1.2-1 - Configuração da interligação N/NE/SE no Horizonte 2007 e os principais pontos de medição<br />
de intercâmbio<br />
FLUXO N-NE<br />
TUCURUÍ 500<br />
AÇAILÂNDIA 500<br />
FORTALEZA 500<br />
TERESINA 500<br />
NORTE<br />
IMPERATRIZ 500<br />
P. DUTRA<br />
BOA ESPERANÇA 500<br />
FLUXO SE-N<br />
COLINAS<br />
S. J. PIAUÍ<br />
SOBRADINHO<br />
UHE LAJEADO<br />
MIRACEMA 500<br />
NORDE STE<br />
FLUXO N-SE<br />
GURUPI<br />
FLUXO SE-NE<br />
UHE SERRA DA MESA<br />
UHE CANA BRAVA<br />
UHE PEIXE<br />
350MW<br />
X<br />
S. DA MESA 500<br />
CORRENTINA<br />
B J LAPA<br />
IBICOARA<br />
CAMAÇARI<br />
SAPEAÇU<br />
S. MESA 230<br />
SAMAMBAIA 500<br />
FSM<br />
SAMAMBAIA 345<br />
ITUMBIARA 500 EMBORCAÇÃO 500<br />
USINAS DO RIO PARANAÍBA<br />
MARIMBONDO 500<br />
USINAS DO RIO GRANDE<br />
4.2 Conclusões<br />
Neste item é apresentado um resumo das principais conclusões obtidas nas<br />
análises realizadas para as interligações inter-regionais.<br />
<br />
Com relação às Oscilações Inter-Área<br />
Verificou-se que, após a entrada da interligação Sudeste/Nordeste e do segundo<br />
circuito da interligação Norte/Sul, a freqüência de oscilação entre os subsistemas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 292 / 530
Sudeste e Norte/Nordeste, que antes era de aproximadamente 0,2 Hz, fica em torno<br />
de 0,35 Hz.<br />
<br />
Com relação às Oscilações de Tensão<br />
Um dos critérios de estabilidade adotados nos estudos considera que a variação<br />
máxima da oscilação de tensão, após 10 s da aplicação do defeito, não deve ser<br />
superior a 2%. Este critério foi o que mais restringiu os intercâmbios em todos os<br />
subsistemas. No subsistema Sudeste a barra de Tijuco Preto 750 kV foi a que mais<br />
apresentou oscilação de tensão, já nos subsistemas Norte/Nordeste as barras<br />
críticas foram Bom Jesus da Lapa II 500 kV, Presidente Dutra 500 kV e São Luís<br />
500 kV.<br />
<br />
Com Relação ao Colapso de Tensão em Samambaia<br />
A tendência ao colapso de tensão na região de Samambaia, sistema receptor da<br />
interligação N/S no Sudeste, ocorre no cenário “Sudeste Importador” em todo<br />
horizonte do estudo, em função de defeitos do tronco de 750 kV que são seguidos<br />
do desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz. Após a expansão da interligação<br />
Sul/Sudeste com a implantação da LT 500 kV Londrina - Araraquara, o colapso de<br />
tensão em Samambaia fica menos acentuado pelo fato da falta no tronco de 750 kV<br />
tornar-se menos severa, no que diz respeito ao consumo de reativo e conseqüente<br />
afundamento de tensão do próprio tronco de 750 kV. Para defeitos na região de<br />
Samambaia não se verificou esta tendência ao colapso de tensão e sim oscilações<br />
pouco amortecidas para os patamares de carga pesada e média, piorando no<br />
patamar de carga leve.<br />
<br />
Com Relação ao FSE<br />
O FSE, que representa o somatório dos fluxos dos circuitos do tronco de 750 kV<br />
entre Ivaiporã e Itaberá, tem sido um dos sinalizadores do intercâmbio máximo do<br />
Sul para o SE, nos cenários “Sul e Sudeste Exportadores” e “Sudeste Importador”.<br />
Verificou-se que 7.500 MW seria o valor máximo de FSE para ser considerado em<br />
todo horizonte do estudo. Valores acima podem acarretar sobrecarga nas<br />
transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma unidade, e<br />
sobrecarga no tronco de 750kV entre Ivaiporã e Itaberá, na perda de um circuito do<br />
trecho mesmo considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz.<br />
Nos casos estudados este valor máximo ocorreu somente no ano 2006, patamar de<br />
carga pesada e caso base referente à contingência simples.<br />
<br />
Com Relação à 10 a máquina de Itaipu 60 Hz<br />
Esta máquina está prevista para entrar em operação no ano 2005. O aumento da<br />
geração total decorrente de sua entrada está limitado pela capacidade da<br />
transformação de Foz 500/750 kV 4x1650 MVA (6600 MVA), agregando<br />
basicamente potência sincronizada ao sistema.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 293 / 530
Expansão da interligação Sul/Sudeste – LT 500 kV Londrina – Assis -<br />
Araraquara<br />
A LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV em<br />
Assis, apresenta-se como um importante reforço na Interligação Sul/Sudeste. Esta<br />
linha, cuja entrada em operação está prevista para Junho de 2005, redistribui o<br />
fluxo Sul/Sudeste, aliviando a LT 500 kV Bateias – Ibiúna, o tronco de 750 kV e a<br />
transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Tudo isto resulta em aumentos no<br />
intercâmbio Sul/Sudeste, sobretudo quando se considera a contingência dupla da<br />
LT 500 kV Bateias – Ibiúna.<br />
Esta expansão, conjuntamente com os reforços no Sul, proporciona um ganho no<br />
RSE da ordem de 1.000 MW para os casos de perda simples e de 1.800 MW para<br />
os casos de perda dupla. No ano 2006, com o reforço do trecho entre Ivaiporã e<br />
Londrina, os ganhos para os casos de perda simples e dupla, com relação ao ano<br />
2005, são de aproximadamente 1.000 MW e 500 MW, respectivamente.<br />
<br />
Recebimento pelo Sudeste – RSE<br />
A tabela 4.2-1 apresenta o máximo recebimento pelo Sudeste, no período 2004 a<br />
2006 e nos três patamares de carga, considerando os critérios de contingências<br />
simples e contingências de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura.<br />
Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
RSE (MW)<br />
CRITÉRIO<br />
Patamar<br />
ANO<br />
de Carga 2004 2005 2006<br />
Pesada 9500 10200 10900<br />
Perda Simples<br />
Média 9200 10300 11300<br />
Leve 9000 9800 10800<br />
Pesada 8400 10200 10600<br />
Perda Dupla<br />
Média 8000 10000 10300<br />
Leve 7700 9300 10000<br />
Na tabela 4.2-1 acima, os valores em negrito na tabela indicam que o limite foi<br />
determinado por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano<br />
de 2005 foi atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o<br />
máximo valor de exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE<br />
limite (7.500MW).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 294 / 530
Exportação do Sul – FSUL<br />
A tabela 4.2-2 apresenta a exportação máxima da Região Sul, no período 2004 a<br />
2006 e nos três patamares de carga, correspondente ao máximo RSE mencionado<br />
na tabela 4.2-1, considerando os critérios de contingências simples e contingências<br />
de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura.<br />
Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul (FSUL)<br />
FSUL (MW)<br />
CRITÉRIO<br />
Patamar<br />
ANO<br />
de Carga 2004 2005 2006<br />
Pesada 4000 4600 5300<br />
Perda Simples<br />
Média 4300 5400 6500<br />
Leve 4200 5000 6000<br />
Pesada 3000 4600 5000<br />
Perda Dupla<br />
Média 3100 5000 5400<br />
Leve 2900 4500 5100<br />
Os valores em negrito na tabela 4.2-1 acima indicam que o limite foi determinado<br />
por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano de 2005 foi<br />
atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o máximo valor de<br />
exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE limite (7.500MW).<br />
<br />
Importação do Sul – RSUL<br />
A tabela 4.2-3 apresenta o máximo recebimento do Sul, no período 2004 a 2006 e<br />
nos três patamares de carga. Na referida tabela são também indicados os fatores<br />
limitantes.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 295 / 530
Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul (RSUL)<br />
FATOR LIMITANTE<br />
Trafo de Ivaiporã 750/525 kV<br />
(na contingência de uma unidade –<br />
sem utilização de esquemas)<br />
Trafo de Ibiúna 525/345 kV<br />
(na contingência de uma unidade)<br />
Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA<br />
(regime permanente)<br />
Patamar<br />
de Carga<br />
Pesada<br />
e Média<br />
RSUL (MW)<br />
2004 2005 2006<br />
- 6.000 6.000<br />
3.600 - -<br />
2.900 - -<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200<br />
<br />
Duplicação dos circuitos 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II – Ano<br />
2005<br />
A duplicação dos circuitos Teresina – Sobral - Fortaleza tem como principal<br />
impacto o aumento da confiabilidade no atendimento às cargas da região<br />
metropolitana de Fortaleza à qual, a partir da incorporação dessa obra, convergirão<br />
três circuitos em 500 kV. Observa-se também um ganho nos limites de transmissão<br />
no cenário Norte exportador para a Região Nordeste. Estima-se um ganho de<br />
300 MW para todas as condições de carga.<br />
<br />
Com relação à interligação Norte/Sul<br />
A capacidade da interligação Norte/Sul, em regime permanente, está limitada pelos<br />
equipamentos de compensação série cuja capacidade nominal é de 1.500 A. Logo,<br />
no ano 2004, pode-se transportar até 3.000 A através dos dois circuitos. Entretanto,<br />
as simulações mostraram que o fluxo máximo admissível na interligação é inferior a<br />
este e, foi determinado pela estabilidade eletromecânica do sistema.<br />
Para a determinação do fluxo máximo, primeiramente, verificou-se que defeitos<br />
internos à interligação com perda de um dos circuitos e o “bypass” dos capacitores<br />
série no circuito remanescente, dependendo do fluxo nesta, apresentavam uma<br />
tendência de perda de estabilidade entre os sistemas Norte e Sudeste. Desta forma,<br />
foi pesquisado o fluxo na interligação durante este defeito que apresentasse um<br />
desempenho aceitável, reduzindo a partir daí cerca de 100 MW, chegando-se a um<br />
valor máximo de 2.200MW nos dois sentidos da interligação Norte/Sul.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 296 / 530
Posteriormente, admitiu-se esquema de corte de geração (ECG), chegando-se a um<br />
valor máximo de 2500 MW no sentido NorteÞSul, condicionados a corte de<br />
unidades geradoras de Tucuruí. O defeito que balizou este limite foi emergência da<br />
LT 500 kV Imperatriz - Colinas. Para fluxos no sentido inverso, SulÞNorte, o valor<br />
máximo manteve-se em 2.200 MW devido à ineficácia do corte de geração, de<br />
unidades da UHE Serra da Mesa. Os defeitos que balizaram este limite foram a<br />
emergência da LT 500 kV Serra da Mesa – Gurupi e a perda da interligação<br />
Sudeste/Nordeste.<br />
<br />
Principais Contingências que Balizaram os Intercâmbios N/NE/SE<br />
Cenário Norte Exportador<br />
a) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta<br />
contingência limitou o recebimento do Nordeste, cujas conseqüências são<br />
oscilações de tensão pouco amortecidas violando os critérios, principalmente em<br />
Presidente Dutra, e abertura das interligações Norte/Nordeste e<br />
Sudeste/Nordeste com conseqüente atuação do ERAC;<br />
b) Perda de um dos circuitos no trecho Tucuruí – Vila do Conde: esta contingência<br />
limita a exportação do Norte, ocasionando a perda da estabilidade, em função<br />
do aumento do nível de curto com a entrada em operação das máquinas de<br />
Tucuruí II, entre todos os subsistemas, sendo necessário o desligamento de três<br />
máquinas de Tucuruí;<br />
c) Perda um dos circuitos no trecho no Tucuruí – Marabá: limitou a exportação do<br />
Norte, pois acarreta oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em<br />
Presidente Dutra, sendo necessário o desligamento de duas máquinas de<br />
Tucuruí.<br />
Cenário Sudeste Exportador<br />
d) Perda de um dos circuitos no trecho Serra da Mesa – Rio das Éguas: limitou a<br />
exportação do Sudeste, gerando oscilações de tensão pouco amortecidas,<br />
principalmente em Presidente Dutra e São Luiz, ou até perda de sincronismo<br />
entre subsistemas.<br />
Cenário Nordeste Exportador<br />
e) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta<br />
contingência limitou a exportação do Nordeste, cujas conseqüências são<br />
oscilações de tensão de baixo amortecimento, principalmente em Bom Jesus da<br />
Lapa.<br />
<br />
Máxima Exportação e Recebimento das regiões N/NE/SE<br />
A tabela 4.2-4 apresenta os valores máximos de exportação e de recebimento das<br />
Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, através das interligações Norte/Sul,<br />
Sudeste/Nordeste e Norte/Nordeste, no período 2004 a 2006 e nos três patamares<br />
de carga.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 297 / 530
Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste<br />
ANO<br />
PATAMAR<br />
DE<br />
CARGA<br />
MÁXIMA<br />
EXPORTAÇÃO<br />
DO NORTE<br />
MÁXIMO<br />
RECEBIMENTO<br />
DO NORDESTE<br />
MÁXIMA<br />
EXPORTAÇÃO<br />
DO SUDESTE<br />
MÁXIMA<br />
EXPORTAÇÃO<br />
DO NORDESTE<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
Pesada 3300 (*) 2200 3000 1000<br />
Média 3300 (*) 2100 3000 1150<br />
Leve 3600 1500 2700 1150<br />
Pesada 4400 2400 3100 1100<br />
Média 4400 2400 3100 1000<br />
Leve 4200 2000 3000 1150<br />
Pesada 4400 2400 3000 850<br />
Média 4400 2400 3000 900<br />
Leve 4200 2000 2700 1100<br />
(*) ESGOTOU A GERAÇÃO DE TUCURUÍ<br />
4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas<br />
As tabelas a seguir apresentam um resumo dos limites de intercâmbio entre<br />
subsistemas. Nessa síntese, são apresentados os valores obtidos para cada<br />
interligação, considerando diversos cenários energéticos. Ressalta-se a influência<br />
do programa de obras de transmissão e de geração nos limites de intercâmbio, bem<br />
como das premissas adotadas.<br />
4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste<br />
4.3.1.1 Configurações Analisadas<br />
Para a interligação Sul/Sudeste, são apresentados os limites de intercâmbio<br />
considerando os empreendimentos apresentados nos itens 2 e 6. Para a<br />
configuração de cada ano estudado e para os cenários energéticos considerados,<br />
foram simuladas contingências simples e duplas, considerando-se geração de Itaipu<br />
“ALTA” e “BAIXA”.<br />
4.3.1.2 Cenários Energéticos<br />
Os limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste foram estabelecidos para<br />
os seguintes cenários energéticos:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 298 / 530
Sudeste Importador<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
<br />
Sul Importador e Norte Exportador;<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
<br />
Sul e Sudeste Exportadores.<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
4.3.1.3 Premissas Básicas<br />
Na determinação desses valores foram consideradas as premissas básicas<br />
descritas no item 6.5.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 299 / 530
4.3.1.4 Limites Considerando Perda Simples<br />
A seguir são apresentados os limites de intercâmbio entre as Regiões Sul e<br />
Sudeste, obtidos considerando-se contingências que resultam na perda de um único<br />
elemento no sistema.<br />
<br />
Cenário Sudeste Importador<br />
Com a entrada dos reforços no sistema receptor de Samambaia e a consideração<br />
do desligamento de no máximo uma máquina de Itaipu 60 Hz, em função de faltas<br />
no tronco de 750 kV, o colapso de tensão em Samambaia passa a ter menos<br />
influência na determinação do intercâmbio Sul/Sudeste para o Cenário “Sudeste<br />
Importador”.<br />
A Tabela 4.3.1-1 apresenta os Limites de Intercâmbio para o Cenário ”Sudeste<br />
Importador”, no patamar de carga pesada. Ressalta-se que para os patamares de<br />
carga média e leve não é possível atingir a condição de máximo intercâmbio nos<br />
sentidos NorteÞSudeste e SulÞSudeste de forma coincidente. Isso acontece devido<br />
à restrição de inércia mínima admissível para as usinas hidrelétricas da Região<br />
Sudeste.<br />
Em todo horizonte do estudo, o defeito em Foz, seguido da abertura da LT 750 kV<br />
Foz - Ivaiporã C1 e do desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz, apresenta-se<br />
como o mais grave, podendo acarretar colapso de tensão em Samambaia.<br />
Entretanto, este defeito restringiu o intercâmbio S⇒SE somente no ano 2004.<br />
Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Simples e Itaipu com despacho “BAIXO”<br />
Ano<br />
Patamar Intercâmbio (MW)<br />
Carga RSE FSM FSUL<br />
Defeito<br />
Conseqüência<br />
2004<br />
Pesada 9.350 3.600 3.800<br />
LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />
“trip” 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />
Tendência ao colapso de<br />
tensão em Samambaia<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
2005<br />
Pesada 10.200 3.600 4.650 -<br />
Esgotou a geração do Sul<br />
e tendência ao colapso<br />
de tensão em<br />
Samambaia<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
2006<br />
Pesada 10.900 3.600 5.350 -<br />
FSE máximo e tendência<br />
ao colapso de tensão em<br />
Samambaia<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 300 / 530
No ano 2005, Itaipu “BAIXO” e patamar de carga pesada, foi possível esgotar a<br />
geração do Sul sem que os critérios fossem violados.<br />
Já no ano 2006 o fator que limitou o intercâmbio do Sul para o Sudeste foi o valor<br />
do FSE máximo admissível, que é de 7.500 MW, de forma a evitar sobrecargas<br />
devido a contingências nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750kV.<br />
O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 não foi<br />
analisado, pois os fatores que limitaram os intercâmbios no ano 2006 foram<br />
restrições nos subsistemas Sul, de transmissão e geração, e não há previsão de<br />
reforço de transmissão nem geração adicional para estas regiões no ano 2007.<br />
Estes limites estarão muito próximos aos encontrados para o ano 2006.<br />
Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO”<br />
Ano<br />
Patamar Intercâmbio (MW)<br />
Carga RSE FSM FSUL<br />
Defeito<br />
Conseqüência<br />
2004 Pesada 8900 3600 2700<br />
LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />
TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />
Tendência ao colapso<br />
de tensão em<br />
Samambaia<br />
2006 Pesada 10800 3600 4600 - FSE<br />
<br />
Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />
Os valores de RSE para este cenário são bastante parecidos com os valores do<br />
cenário “Sul Importador” devido ao fato da rede de transmissão dos sistemas<br />
receptores no Sudeste terem sido reforçadas. Com isto a restrição do intercâmbio<br />
Sul/Sudeste em conseqüência do colapso de tensão em Samambaia foi<br />
praticamente eliminada.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 301 / 530
Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />
considerando Contingências Simples e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO”<br />
Ano<br />
Patam<br />
ar<br />
Carga<br />
Intercâmbio (MW)<br />
RSE FSE FSUL<br />
Defeito<br />
Conseqüência<br />
Pesada 9.500 7.100 3.950<br />
LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP<br />
1 maq. Itaipu 60 Hz<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
2004<br />
Média 9.200 6.700 4.300<br />
LT Areia/Bateias 525 kV<br />
LT C.Novos/Machadinho 525 kV<br />
LT S.Santiago/Ivaiporã 525 kV<br />
Oscilações de tensão<br />
pouco amortecidas<br />
S/SE<br />
Leve 9.050 6.350 4.200<br />
LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP<br />
1 maq. Itaipu 60 Hz<br />
Oscilação de tensão no<br />
Tronco de 750 kV<br />
2005<br />
Pesada 10.200 7.250 4.650 -<br />
Média 10.300 7.000 5.400 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />
Leve 9.850 6.300 4.950 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />
Esgotou a geração do<br />
Sul<br />
Oscilações de tensão<br />
pouco amortecidas<br />
S/SE<br />
Oscilações de tensão<br />
pouco amortecidas<br />
S/SE<br />
Pesada 10.900 7.500 5.350 - Viola FSE máximo<br />
2006<br />
Média 11.350 7.350 6.500 LT Londrina/Assis 525 kV<br />
Leve 10.850 6.600 5.950 LT Londrina/Assis 525 kV<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
No ano 2004, as faltas mais severas ocorrem no tronco de 750 kV e no subsistema<br />
Sul. Isto se deve ao fato dos reforços previstos para o subsistema Sul ocorrerem<br />
somente a partir de 2005.<br />
Já nos anos 2005 e 2006, nos patamares de carga média e leve, o fator que limita o<br />
intercâmbio é a perda da LT 525 kV Ivaiporã - Londrina. Nos patamares de carga<br />
pesada e média esgotou a geração do subsistema Sul.<br />
No patamar de carga pesada, o esgotamento da geração do subsistema Sul limita o<br />
intercâmbio Sul/SE para o ano de 2005. Já em 2006, a limitação ocorre em função<br />
do elevado fluxo no troco de 750 kV. Valores acima de 7500 MW podem provocar<br />
sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma<br />
unidade. Além disso, a perda de um circuito de 750 kV Ivaiporã - Itaberá, poderá<br />
levar os dois circuitos remanescentes a operarem em sobrecarga, mesmo<br />
considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 302 / 530
Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”,<br />
considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO”<br />
Ano<br />
Patamar Intercâmbio (MW)<br />
Carga RSE FSE FSUL<br />
Defeito<br />
Conseqüência<br />
2004 Pesada 9.150 7.100 2.950<br />
LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />
TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />
Oscilação de tensão no<br />
Tronco de 750 kV<br />
2005 Pesada 10.200 7.400 4.000 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />
Oscilações de tensão<br />
no Tronco de 750 kV<br />
2006 Pesada 10.800 7.500 4.600 - Viola FSE máximo<br />
<br />
Cenário Sul Importador<br />
Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando<br />
este subsistema a operar com baixa inércia, e conseqüentemente apresentar<br />
comportamento oscilatório. A Tabela 4.3.1-5 apresenta uma evolução do<br />
Recebimento do Sul (RSUL) para o Cenário ”Sul Importador”.<br />
Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador<br />
FATOR LIMITANTE<br />
Trafo de Ivaiporã 750/525 kV<br />
(na contingência de uma unidade –<br />
sem utilização de esquemas)<br />
Trafo de Ibiúna 525/345 kV<br />
(na contingência de uma unidade)<br />
Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA<br />
(regime permanente)<br />
Patamar<br />
de Carga<br />
Pesada<br />
e Média<br />
RSUL (MW)<br />
2004 2005 2006<br />
- 6.000 6.000<br />
3.600 - -<br />
2.900 - -<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000<br />
50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200<br />
4.3.1.5 Limites Considerando Perda Dupla<br />
Segundo o item 8.3.3 do submódulo 23.3 - “Diretrizes e Critérios para Estudos<br />
Elétricos” – dos Procedimentos de Rede, a perda dupla poderá ser adotada no caso<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 303 / 530
de circuitos localizados em uma mesma torre ou na mesma faixa de passagem<br />
quando, em função de dados estatísticos ou da relevância destes.<br />
No caso das LTs de Interligações, somente a LT Bateias - Ibiúna enquadra-se nesta<br />
categoria.<br />
Devido à redução observada no valor do máximo RSE, em relação àquele obtido<br />
considerando apenas contingências simples, foi considerado um ECE, que desliga<br />
uma máquina de Itaipu, como forma de reduzir o impacto sobre o limite de<br />
intercâmbio. Ressalta-se que as simulações com o ECE, para o qual ainda não foi<br />
feita nenhuma avaliação da viabilidade técnica da sua aplicação, devem ser<br />
encaradas como considerações preliminares. As questões relativas ao correto ECE<br />
a ser implementado, foram estudadas no âmbito dos estudos pré-operacionais da<br />
LT 500 kV Bateias/Ibiúna.<br />
<br />
Cenário Sudeste Importador<br />
O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi<br />
considerado o mesmo do ano 2006. Isso decorre de não haver obras previstas para<br />
as regiões onde são observadas restrições nos intercâmbios no ano 2006. As<br />
principais restrições são nos subsistemas Sul podendo, entretanto, ocorrer para<br />
algumas situações, restrições também no sistema receptor Sudeste (região de<br />
Samambaia). A Tabela 4.3.1-6 apresenta uma evolução do recebimento do Sudeste<br />
(RSE) para o Cenário ”Sudeste Importador”.<br />
Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Duplas e Itaipu com despacho “BAIXO”<br />
Ano<br />
Patamar Intercâmbio (MW)<br />
Carga RSE FSM FSUL<br />
Defeito<br />
Conseqüência<br />
2004<br />
Pesada 8.550 3.600 3.000<br />
LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
2005<br />
Pesada 10.200 3.600 4.650<br />
LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
2006<br />
Pesada 10.600 3.600 5.050<br />
LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />
C1 & C2<br />
Atuação do limitador<br />
da corrente de campo<br />
de Itaipu 60 Hz<br />
Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 304 / 530
Cumpre destacar que para os patamares de carga média e leve não é possível<br />
atingir a condição de máximo intercâmbio nos sentidos Norte→Sudeste e<br />
Sul→Sudeste de forma coincidente, devido à restrição de inércia mínima admissível<br />
para as usinas hidrelétricas da Região Sudeste.<br />
<br />
Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />
O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi<br />
considerado o mesmo do ano 2006. Isso porque o fator que determinou o limite foi o<br />
critério para oscilação de tensão devido à contingência da LT Bateias – Ibiúna, e a<br />
expectativa é que ocorra o mesmo desempenho no ano 2007. Além disso, existe a<br />
possibilidade dos limites para o ano 2007, principalmente no patamar de carga<br />
pesada, serem inferiores ao informado por não haver geração suficiente na Região<br />
Sul.<br />
Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />
considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO”<br />
Ano<br />
Patama<br />
r<br />
Carga<br />
Intercâmbio (MW)<br />
RSE FSE FSUL<br />
Pesada 8.400 6.550 2.900<br />
Defeito<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Conseqüência<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
2004<br />
Média 7.950 6.050 3.100<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Leve 7.700 5.650 2.850<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Pesada 10.200 7.250 4.650<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
2005<br />
Média 9.950 6.850 5.000<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Leve 9.300 6.100 4.450<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Pesada 10.600 7.350 5.050<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Atuação do Limitador da<br />
Corrente de Campo de<br />
Itaipu 60 Hz<br />
2006<br />
Média 10.300 6.900 5.450<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
Leve 10.000 6.200 5.150<br />
LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />
C1 & C2<br />
Oscilação de tensão no<br />
tronco de 750 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 305 / 530
4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />
4.3.2.1 Cenários Energéticos<br />
Os limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste foram<br />
estabelecidos para os seguintes cenários energéticos:<br />
<br />
Norte Exportador:<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
<br />
Nordeste Exportador:<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
<br />
Sudeste exportador:<br />
N<br />
NE<br />
SE<br />
Sul<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 306 / 530
4.3.2.2 Premissas Básicas<br />
Na determinação dos limites de intercâmbio foram consideradas as premissas básicas<br />
descritas no item 6.<br />
4.3.2.3 Limites de Intercâmbios<br />
<br />
Cenário Norte Exportador<br />
Na Tabela 4.3.2-1 estão resumidos os limites obtidos para o período 2004 a 2006,<br />
quando a interligação Norte/Sul contará com dois circuitos. São apresentados, para<br />
cada patamar de carga, os valores calculados para duas condições: maximizando o<br />
recebimento do Nordeste e maximizando o fluxo para o Sudeste.<br />
Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte Exportador<br />
Ano<br />
Patamar<br />
Intercâmbio (MW)<br />
Fator Limitante<br />
Conseqüência<br />
Carga N→SE SE→NE N→NE<br />
Pesada<br />
1.700 650 1.600<br />
LT S.Mesa / R. Éguas<br />
LT BEA / S.J.do Piauí<br />
2.500 150 700 LT Tucuruí / V. Conde<br />
Abertura da N / NE - ERAC<br />
Perda de sincronismo<br />
N / NE / SE<br />
2004<br />
Média<br />
1.700 600 1.500<br />
LT S.Mesa / R. Éguas<br />
LT BEA / S.J. do Piauí<br />
2.500 200 700 LT Tucuruí / V. Conde<br />
Abertura da N / NE - ERAC<br />
Perda de sincronismo<br />
N / NE / SE<br />
Leve<br />
2.000 550 1.500 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N/NE - ERAC<br />
2.450 350 1.150 LT Tucuruí / V. Conde<br />
Perda de sincronismo<br />
N / NE / SE<br />
Pesada<br />
2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde<br />
2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde<br />
Perda de sincronismo<br />
N / NE / SE<br />
Perda de sincronismo<br />
N / NE / SE<br />
2005<br />
Média<br />
2.500 450 1.950 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC<br />
2.500 450 1.950 LT BEA / S. J. do Piauí Oscilação de tensão<br />
Leve<br />
2.350 450 1.900 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão<br />
2.500 400 1.800 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão<br />
Pesada 2.500 400 2.000 LT Tucuruí / V. Conde Oscilação de tensão<br />
2006<br />
Média 2.500 450 2.000 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC<br />
Leve 2.500 400 1.900 LT BEA / S.J. do Piauí Oscilação de tensão<br />
(*) para contingência da LT 500kV Tucuruí/Vila do Conde foi considerado desligamento de até três unidades da UHE<br />
Tucuruí.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 307 / 530
Cenário Sudeste Exportador<br />
Na Tabela 4.3.2-2 são resumidos os limites obtidos para o cenário Sudeste<br />
Exportador.<br />
Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste<br />
Exportador<br />
Ano<br />
Patamar Intercâmbio (MW)<br />
Carga SE→N SE→NE N→NE<br />
Fator Limitante<br />
Conseqüência<br />
2004<br />
Pesada 2.200 750 850<br />
LT S. Mesa / Gurupi<br />
Média 2.200 800 900<br />
Leve 2.100 700 650 LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />
Perda de sincronismo<br />
Oscilação de tensão<br />
em P.Dutra<br />
2005<br />
Pesada 2.200 950 1.450<br />
Média 2.200 950 1.250<br />
LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />
Oscilação de tensão<br />
em P.Dutra<br />
Leve 2.200 800 900<br />
2006<br />
Pesada 2.150 850 1.200<br />
Média 2.050 850 1.200<br />
Leve 2.000 850 1.000<br />
LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />
Oscilação tensão em<br />
P.Dutra<br />
<br />
Cenário Nordeste Exportador<br />
A tabela 4.3.2-3 resume os limites obtidos para o período 2004 a 2006, para o cenário<br />
Nordeste Exportador. Ressalta-se que na determinação desses limites, não foram<br />
admitidos corte de carga por atuação do ERAC, nem devido à atuação da proteção de<br />
subtensão.<br />
Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste<br />
Exportador<br />
Ano<br />
Intercâmbio (MW)<br />
Patamar<br />
Carga N→SE NE→SE NE→N<br />
Fator Limitante<br />
Conseqüência<br />
Pesada 2.500 350 650 LT BEA / S. João do Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B.J.Lapa<br />
2004<br />
Média 2.500 350 800<br />
LT Sobradinho/ S.J. do<br />
Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B. J.Lapa<br />
Leve 2.500 350 800 LT BEA / S. João do Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B.J.Lapa<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 308 / 530
Ano<br />
Intercâmbio (MW)<br />
Patamar<br />
Carga N→SE NE→SE NE→N<br />
Fator Limitante<br />
Conseqüência<br />
Pesada 2.350 400 700 LT BEA / S. João do Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B. J.Lapa<br />
2005<br />
Média 2.200 300 700<br />
LT Sobradinho/ S.J. do<br />
Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B. J.Lapa<br />
Leve 2.200 400 750 LT BEA / S. João do Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B. J.Lapa<br />
Pesada 2.300 350 500<br />
LT Sobradinho/S.J. do<br />
Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B.J.Lapa<br />
2006<br />
Média 2.200 300 600<br />
LT Sobradinho/S.J. do<br />
Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B.J.Lapa<br />
Leve 2.400 400 700<br />
LT BEA/São João do<br />
Piauí<br />
Oscilação de tensão em<br />
B.J.Lapa<br />
4.3.2.4 Avaliação Preliminar de Restrições ao Despacho da UHE Tucuruí<br />
Com o objetivo de identificar situações onde possa haver restrição ao despacho<br />
pleno das UHEs Tucuruí e Tucuruí II, em função de limitação da capacidade de<br />
transmissão nas interligações, foi feita uma análise de balanço de carga x geração.<br />
A avaliação, basicamente elétrica, buscou quantificar a geração na Região Norte<br />
que, atendidos os mercado desse subsistema, leva ao esgotamento da respectiva<br />
capacidade de exportação através de interligações inter-regionais. Ou seja,<br />
procurou-se avaliar o montante de excedente, em termos de percentual da geração<br />
local, que poderia ser despachado atendendo o mercado local e exportando o<br />
excedente, sem que fossem atingidos os limites de transmissão. Nesta análise<br />
simplificada, os valores de geração no Norte que poderiam ser exportados, foram<br />
obtidos como se segue:<br />
Geração Tucuruí = Mercado Norte + Capacidade Norte-Nordeste + Capacidade<br />
Norte-Sul<br />
Excedente<br />
de Tucuruí<br />
Capacidade Norte-Nordeste<br />
N<br />
NE<br />
UHE<br />
Lajeado<br />
850 MW<br />
Capacidade Norte-Sul<br />
~<br />
450 MW<br />
~<br />
UHE Peixe<br />
Angical<br />
SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 309 / 530
A capacidade Norte-Sul é determinada pelo fluxo que chega em Serra da Mesa que<br />
é resultante da composição da potência oriunda da Região Norte com a geração na<br />
UHE Lajeado. O que pode ser exportado de Tucuruí através da interligação<br />
Norte/Sul depende, portanto, do despacho da UHE Lajeado. No sentido de fixar um<br />
dos parâmetros, considerou-se a UHE Lajeado gerando 850 MW em todos os anos<br />
analisados e a UHE Peixe Angical com 450 MW a partir de 2006.O limite dinâmico<br />
de intercâmbio determinado para a interligação Norte-Sul foi de 2.200 MW no<br />
sentido Sul -> Norte e 2.500 MW no sentido inverso, ambos medidos em Miracema.<br />
No caso do limite no sentido Norte->Sul, de 2.500 MW, irá requerer um esquema de<br />
corte de geração de Tucuruí de até 3 máquinas<br />
Nesta análise, ao mercado do Norte foi acrescentado 5% para representar as<br />
perdas. Os valores de geração obtidos foram comparados com a capacidade<br />
instalada nas UHEs Tucuruí e Tucuruí II. Ressalta-se que para fins desta análise,<br />
não foram considerados fatores limitantes ao despacho das usinas e interligações<br />
internacionais, seja por questões hidrológicas, seja por questão de indisponibilidade<br />
de unidades geradoras. A figura 4.3.2-1 resume os resultados obtidos.<br />
Figura 4.3.2-1 – Avaliação preliminar de restrições ao despacho da UHE Tucuruí<br />
100,0%<br />
90,0%<br />
80,0%<br />
70,0%<br />
Despacho em Tucuruí para atingir limite de exportação do Norte<br />
(Considerando UHE Lajeado com 850 MW e UHE Peixe com 450 MW)<br />
Cap. Instalada: UHE Tucurí I (12 x 350 MW) e UHE Tucuruí II (11 x 375 MW)<br />
% da<br />
capacidade<br />
instalada<br />
60,0%<br />
50,0%<br />
40,0%<br />
30,0%<br />
20,0%<br />
10,0%<br />
0,0%<br />
2004 2005 2006 2007<br />
Pesada Média Leve<br />
Observa-se que no cálculo da capacidade instalada a UHE Tucuruí foi considerada<br />
com 12 x 350 MW e a UHE Tucuruí II com 11 x 375 MW (sendo a 2ª, 3ª e 4ª<br />
unidades em 2003, 5ª, 6ª e 7ª em 2004, 8ª, 9ª e 10ª em 2005 e a 11ª unidade em<br />
2006).<br />
Os seguintes aspectos podem ser destacados da análise da figura:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 310 / 530
(a) os valores de despacho na UHE Tucuruí, que levam ao aproveitamento integral<br />
da capacidade de transmissão para as Regiões Nordeste e Sudeste, situam-se<br />
em torno de 90% da capacidade instalada na usina, ao longo de todo o<br />
horizonte analisado, sendo os montantes de geração mais baixos observados no<br />
patamar de carga leve;<br />
(b) a conclusão da interligação Norte/Sul II, em 2004, permite escoar praticamente<br />
toda a capacidade instalada da UHE Tucuruí, inclusive contando com as<br />
primeiras unidades da UHE Tucuruí 2, sendo necessário despacho superior a<br />
86% para provocar o esgotamento da capacidade de exportação do Norte;<br />
(c) a continuação da motorização da UHE Tucuruí 2 leva ao aproveitamento maior<br />
da capacidade de transmissão nas interligações, podendo haver restrição<br />
significativa ao despacho daquela usina a partir de 2006, que deve ser<br />
acentuada já em 2007 com a entrada em operação das usinas hidrelétricas<br />
previstas para o Tocantins; e<br />
(d) ressalta-se que esses valores foram obtidos considerando geração de 850 MW<br />
na UHE Lajeado e 450 MW na UHE Peixe Angical, esta em 2006. Despachos<br />
menores nessas usinas proporcionam maior capacidade de escoamento da<br />
energia gerada na UHE Tucuruí.<br />
Da análise das condições de escoamento da UHE Tucuruí, recomenda-se que<br />
sejam agilizados os estudos de planejamento da expansão de longo prazo,<br />
conduzidos pelo CCPE, visando estabelecer a evolução estrutural das interligações<br />
Norte/Sul, Norte/Nordeste e Sudeste/Nordeste, além dos reforços associados nos<br />
subsistemas receptores. A necessidade de caracterizar a expansão dessas<br />
interligações fica também evidenciada quando se considera o Programa de<br />
Licitação da Concessão de Usinas Hidrelétricas, sob responsabilidade da Aneel, o<br />
qual contempla diversas usinas a serem instaladas nessa Região.<br />
4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais<br />
As figuras 4.3.3-1 e 4.3.3-2 apresentam a síntese da evolução da capacidade de<br />
transmissão nas interligações inter-regionais, respectivamente, para perda dupla e<br />
perda simples, considerando os principais eventos previstos no horizonte analisado.<br />
Observa-se que por simplicidade de representação, não foram destacados diversos<br />
empreendimentos necessários para garantir os intercâmbios indicados na figura. Os<br />
valores indicados representam a média dos limites de transmissão para os<br />
patamares de carga pesada, média e leve, ponderada pela duração de cada<br />
patamar.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 311 / 530
Figura 4.3.3-1 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o<br />
despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingências simples)<br />
EXPORTAÇÃO DO NORTE<br />
3.400 MWmed Fev /2004<br />
4.300 Mwmed - 2005<br />
Tucurui / Açailândia C2 +<br />
CE S. Luis<br />
N<br />
FLUXO Sul ->Norte<br />
FSN<br />
NE<br />
2.100 Mwmed - Fev /2004<br />
2.250 Mw med-2005<br />
Teresina/Fortaleza 500kV +<br />
C.Serie BEA/SJI/USB<br />
RECEBIMENTO DO NORDESTE<br />
2. 200 MWmed - Fev 2004<br />
Miracema/I mperatriz 500kV<br />
Lajeado<br />
FLUXO Norte->Sul<br />
2.500 Mwm ed - Fev 2004<br />
Miracema/Imperatriz 500kV<br />
Valores considerando<br />
contingência simples<br />
Itaip<br />
3. 700 MWmed - 2004<br />
5.000 Mw med - 2005<br />
Londrina - Araraquara 500kV<br />
+ Trafo T. Preto 750/500 kV<br />
5. 300 MW med – 2006<br />
Ivaiporã/Londrina 500kV<br />
RE CE BIMENTO DO S UL<br />
FNS<br />
SE<br />
S<br />
RECEBIMENTO DO SUDESTE<br />
9. 200 MWmed- Fev/2004<br />
Miracem a/Imperatriz 500kV<br />
10.100 MWmed - 2005<br />
Londrina- Araraquara 500kV<br />
11.000 MWmed – Jun / 2006<br />
Ivaiporã/Londrina 525kV +<br />
C.Oeste/Ivai porã 525kV +<br />
2005<br />
S.Santiago/I vai porã 525kV<br />
4.200 Mwmed - 2004<br />
5.100 MWmed - 2005<br />
Londrina- Arar aquara 500kV<br />
6.000 MW med – 2006<br />
Ivaiporã/Londrina 500kV<br />
EXPORTAÇÃO DO SUL<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 312 / 530
Figura 4.3.3-2 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o<br />
despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingência dupla com ECE)<br />
EXPORTAÇÃO DO NORTE<br />
3. 400 MWmed Fev /2004<br />
4.300 Mwm ed - 2005<br />
Tucurui / Açail ândia C2 + N<br />
CE S. Luis<br />
FLUXO Sul ->Norte<br />
2. 200 MWmed - Fev 2004<br />
Miracema/Imperatriz 500kV<br />
FSN<br />
Lajeado<br />
NE<br />
2.100 Mwmed - Fev /2004<br />
2.250 MWmed - 2005<br />
Teresina/Fortaleza 500kV +<br />
C.Serie BEA/SJI/USB<br />
RECEBIMENTO DO NORDESTE<br />
FLUXO Norte->Sul<br />
2.500 MWmed - Fev 2004<br />
Miracema/Imperatriz 500kV<br />
Valores considerando<br />
contingência dupla com ECE<br />
RE CE BIMENTO DO S UL<br />
Itaip<br />
3.700 MWmed - 2004<br />
5.000 Mwmed - 2005<br />
Londrina - Araraquara 500kV<br />
5.300 MW med – 2006<br />
Ivaiporã/Londrina 500kV<br />
FNS<br />
SE<br />
S<br />
RECEBIMENTO DO SUDESTE<br />
7. 900 MWmed- Fev/2004<br />
Miracema/Imperatriz 500kV<br />
9. 800 MWmed - 2005<br />
Londrina- Araraquara 500kV<br />
10.100 MWmed – Jun / 2006<br />
Ivaiporã/Londri na 525kV +<br />
C.Oeste/I vaiporã 525kV +<br />
2005<br />
S.Santiago/Ivaiporã 525kV<br />
3.000 Mw med - 2004<br />
4. 800 MWmed - 2005<br />
Londrina- Araraquara 500kV<br />
5.200 MW med – 2006<br />
Ivaiporã/Londrina 500kV<br />
EXPORTAÇÃO DO SUL<br />
4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais<br />
Para cada interligação Inter-regional, a análise do desempenho é apresentada em<br />
três partes: primeiramente são identificados os fatores que acarretam restrições<br />
para os intercâmbios, a seguir é apresentada uma síntese do comportamento da<br />
interligação para cada cenário analisado e, por fim, são descritas análises<br />
adicionais realizadas nas avaliações efetuadas sobre as interligações.<br />
4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste<br />
4.4.1.1 Fatores que Influenciam os Intercâmbios<br />
<br />
Despacho de Itaipu 60 Hz no RSE (Recebimento do Sudeste)<br />
O despacho da usina de Itaipu 60 Hz, apresentado no item.6, somente tem<br />
influência no valor do Recebimento pelo Sudeste (RSE) no ano 2004, onde a LT<br />
500 kV Londrina – Assis - Araraquara ainda não está em operação, e para o critério<br />
de perda simples. Nestes casos o despacho reduzido de Itaipu garante valores de<br />
RSE mais elevados.<br />
A partir do ano 2004, com a entrada da a LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara,<br />
a influência do despacho da usina de Itaipu no RSE mostra-se inexpressiva.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 313 / 530
Despacho de Itaipu 60 Hz no FSUL (Exportação pelo Sul)<br />
A exportação pelo Sul compete com a geração de Itaipu através do tronco de<br />
750 kV. Sendo assim, o montante de energia transferida do Sul para o Sudeste é<br />
maior para os casos com despacho de Itaipu reduzido. Como conseqüência, estes<br />
casos possuem fluxo na LT 500 kV Bateias - Ibiúna mais elevado.<br />
<br />
Restrições no Subsistema Sul<br />
Nos Cenários em que o subsistema Sul exporta energia para o subsistema Sudeste,<br />
“Sul e SE Exportadores” e “SE Importador”, os limites de intercâmbio estão<br />
condicionados ao plano de obras considerado neste trabalho. Tanto para os casos<br />
base de fluxo de potência de perda simples como para os de perda dupla, verificouse<br />
ainda que:<br />
(b) é necessário manter os esquemas de corte de geração das usinas do Iguaçu;<br />
(c) em 2006 ocorre sobrecarga de 20% no transformador de Campos Novos<br />
525/230kV quando do despacho pleno das UHEs Barra Grande e Campos<br />
Novos;<br />
(d) para a prática dos intercâmbios apresentados, nos casos de fluxo de potência<br />
de perda simples, faz-se necessário ECG de 2 ou 3 máquinas de Itá para a falta<br />
Salto Santiago - Itá 525 kV, para que os critérios de oscilação de tensão sejam<br />
atendidos. Uma outra opção, proposta pelo estudo pré-operacional da LT<br />
Bateias - Ibiúna, a ser estudada, é o ajuste dos PSS de Itá e Machadinho.<br />
<br />
Restrições no Subsistema Sudeste<br />
(e) Sistema receptor da área São Paulo<br />
A partir do ano 2004 verificaram-se algumas restrições no sistema receptor de<br />
São Paulo, no patamar de carga pesada, agravando-se para a condição de<br />
Itaipu 60Hz “Alto”, para os casos de fluxo de potência de perda simples e para<br />
os anos futuros. Um sinalizador importante de problemas no sistema receptor<br />
da interligação Sul/SE, em Tijuco Preto, é o FSE (somatório dos fluxos dos três<br />
circuitos entre Itaberá e Tijuco Preto). As seguintes restrições foram verificadas<br />
nos casos de fluxo de potência correspondentes aos limites de intercâmbios:<br />
- em todos os anos ocorreu sobrecarga em torno de 40% no circuito<br />
remanescente quando da perda da LT 345kV Tijuco Preto - Itapeti;<br />
- o sistema receptor Sudeste, na região de Tijuco Preto, pode<br />
apresentar sobrecarga para valores de FSE a partir de 7.400MW, em<br />
certas condições de despacho das usinas da Região Sudeste;<br />
- No ano 2004, na perda de um dos transformadores 750/345 kV de<br />
Tijuco Preto ocorre sobrecarga de cerca de 20% nas transformações<br />
remanescentes. A partir do ano 2005, quando está previsto a quarta<br />
unidade, este problema é solucionado;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 314 / 530
- nos anos 2005 e 2006, no patamar de carga pesada, na perda de<br />
um dos transformadores 500/345 kV de Campinas a transformação<br />
remanescente fica no limite de carregamento;<br />
- a perda do trecho da interligação Sul/SE entre as SEs de Assis e<br />
Araraquara pode acarretar sobrecarga na LT Assis - Bauru 440 kV.<br />
No ano 2006, patamar de carga pesada, caso de perda simples, a<br />
sobrecarga foi de 5%;<br />
(f) Sistema da área de Brasília<br />
No ano 2004, quando a expansão da interligação Norte/Sul é concluída e<br />
utilizada plenamente, i.é., intercâmbios entre os Subsistemas Norte/Nordeste e<br />
o Sudeste (entre Miracema e Gurupi) da ordem de 2.500 MW, verificou-se que<br />
na carga pesada o FSM máximo é da ordem de 3.600 MW. Deste modo o<br />
critério de oscilações de tensão, para defeitos na região são respeitados. O<br />
defeito que balizou o FSM máximo foi o curto em Samambaia com abertura da<br />
LT 500 kV Samambaia - Emborcação e a barra crítica foi Samambaia 345 kV.<br />
Na situação de carga leve estes defeitos agravam estas oscilações.<br />
Ainda no ano 2004 e carga pesada observaram-se sobrecargas nas LT’s 500kV<br />
Itumbiara - Emborcação e 345kV Itumbiara - Porto Colômbia, respectivamente<br />
de 15% e 10%, para o referida defeito.<br />
A partir de 2005 estas sobrecargas são eliminadas em virtude da entrada em<br />
operação da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo, prevista para Dezembro de<br />
2004, ainda que as referidas LT’s apresentem carregamentos elevados.<br />
Para o cenário em que o Sudeste exporta energia, da ordem de 2.900 MW, para<br />
as regiões Norte e Nordeste, no ano de 2004, a emergência da LT 500 kV<br />
Samambaia - Itumbiara (1x1.665 MVA) acarreta sobrecarga de 10% na LT<br />
500 kV Samambaia - Emborcação quando se tem as UHE’s Serra da Mesa e<br />
Cana Brava operando com apenas uma máquina. Do mesmo modo a perda da<br />
LT 500 kV Samambaia - Emborcação (1x 1665 MVA) causa os mesmos 10% de<br />
sobrecarga na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara nas condições acima<br />
mencionadas. Para um despacho de S. Mesa de 600 MW estas sobrecargas<br />
são eliminadas.<br />
Nos anos de 2005 e 2006, apesar do aumento de 300 MW de exportação para o<br />
Norte/Nordeste, não foram constatadas sobrecargas uma vez que a LT<br />
Itumbiara - Marimbondo já se encontra operando.<br />
4.4.1.2 Desligamento de Máquinas da UHE Itaipu 60 Hz X Limite de Intercâmbio<br />
Sul⇒Sudeste (RSE) X FSM<br />
Em todo o horizonte do estudo, para todos os cenários e patamares de carga,<br />
verificou-se que o desligamento de mais de uma máquina de Itaipu 60Hz, em<br />
decorrência de defeitos no tronco de 750 kV, não apresenta ganhos consideráveis<br />
no RSE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 315 / 530
Para o cenário “Sudeste Importador” o valor do FSM ainda limita o numero de<br />
máquinas de Itaipu a serem desligadas, isto é, para os casos com FSM próximo do<br />
máximo (Fluxo na interligação Norte/Sul de 2500 MW e despacho alto nas UHEs de<br />
Serra da Mesa e Cana Brava) o “TRIP” de duas máquinas de Itaipu acarreta<br />
colapso de tensão em Samambaia. Porém, como já foi mencionado acima, não se<br />
observam ganhos significativos no RSE para “TRIP” de mais de uma máquina de<br />
Itaipu.<br />
4.4.1.3 Perda Dupla da LT 500 kV Bateias – Ibiúna<br />
Nos cenários em que o Sudeste recebe energia do Sul, na ocorrência desta<br />
contingência dupla, considerou-se um esquema de corte de geração que desliga<br />
uma unidade da usina de Itaipu, reduzindo o impacto da falta. Constata-se que para<br />
o ano de 2004, o impacto da contingência dupla é maior que nos anos posteriores.<br />
Isto porque, a partir de 2005, a interligação Sul/Sudeste é reforçada pela LT 500 kV<br />
Londrina - Araraquara.<br />
Para os casos em que o Sul importa energia do Sudeste, nenhum esquema foi<br />
considerado e a perda dupla da LT 500 kV Bateias -Ibiúna não resulta em<br />
problemas mais graves no que tange à estabilidade eletromecânica e de tensão.<br />
Para a configuração de 2004, o caso se mostra oscilatório (0,66 Hz no Sul) e a falta<br />
pode provocar sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Para os anos<br />
seguintes, essa falta não impõe limitações para este cenário.<br />
4.4.1.4 Sumário dos Fatores Restritivos aos Intercâmbios entre Subsistemas<br />
A seguir são relacionados os fatores restritivos descritos anteriormente, referente à<br />
interligação Sul/Sudeste:<br />
- ERAC da Região Sul, para o cenário Sul Importador;<br />
- inércia mínima na Região Sudeste, nos patamares de carga leve e média, para<br />
o cenário SE Importador;<br />
- falta de suporte de tensão (Compensação reativa adicional) na Região Sul, no<br />
leste de Santa Catarina e Paraná, nos patamares de carga pesada e média, no<br />
cenário Sul exportador; l.<br />
- geração disponível na Região Sul no cenário Sul exportador. Ocorreu somente<br />
no ano 2005 nos patamares de carga pesada e média;<br />
- transformação de 750/345 kV de Tijuco Preto, em regime permanente, nos<br />
Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e Sudeste Exportadores” no ano 2004;<br />
- LT 345 kV Tijuco Preto - Itapeti, nos Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e<br />
Sudeste Exportadores”;<br />
- perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna com ou sem a presença do ECE;<br />
- tendência de colapso de tensão na região de Samambaia, para o cenário<br />
“Sudeste Importador”;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 316 / 530
- ocorrência de oscilação de tensão acima de 2%, valor máximo de critério;<br />
- FSE máximo admissível: Valor determinado para garantir que não ocorra<br />
sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750 kV durante<br />
contingências dos mesmos. Ocorreu somente no ano 2006;<br />
- Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã;<br />
- Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos;<br />
- Sobrecarga no AT 525/230 kV da SE Cascavel Oeste;<br />
- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Londrina;<br />
- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Bateias;<br />
- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Curitiba;;<br />
- Sobrecarga na LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco; e<br />
- Sobrecarga na LT 230 kV cascavel – Guairá.<br />
4.4.1.5 Síntese do Desempenho para cada Cenário Analisado<br />
A seguir apresenta-se uma síntese do desempenho dinâmico dos cenários<br />
analisados, para as condições de intercâmbios máximos. Quando não for<br />
mencionado o contrario, os casos analisados consideram despacho de Itaipu 60 HZ<br />
“Baixo”.<br />
<br />
Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />
Neste cenário ocorre transferência de energia dos subsistemas Sul para o Sudeste,<br />
através da Interligação Sul/Sudeste (RSE de 8.000 MW a 11.000MW), e do<br />
subsistema Sudeste para o Norte/Nordeste (3.000MW), via as interligações<br />
Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Devido à elevada importação do Sudeste, as usinas<br />
desta Região encontram-se com despacho baixo, principalmente na carga leve.<br />
Com relação à análise de regime permanente, este cenário caracteriza-se por<br />
elevados carregamentos na rede de transmissão do subsistema Sul, no tronco de<br />
750 kV, na transformação de Água Vermelha 440/500 kV e na interligação<br />
Norte/Sul. Já nas regiões de São Paulo e Minas houve dificuldade no controle de<br />
tensão, principalmente nos casos de carga leve, onde foi necessário desligar linhas<br />
do 440 kV e do 500 kV.<br />
Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica, este cenário caracteriza-se<br />
por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas Sudeste, Norte e Nordeste.<br />
Observa-se, principalmente no patamar de carga leve, comportamento oscilatório<br />
entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste (freqüência em torno de 0,35 Hz no<br />
ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006) e entre os subsistemas Sul e Sudeste em torno<br />
de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo.<br />
Estas oscilações entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste estão presentes<br />
em todo o horizonte do estudo e podem melhorar com o ajuste TCSC para esta<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 317 / 530
configuração. Para tal devem ser realizados estudos para determinar o novo ajuste<br />
dos TCSC que devem englobar vários cenários de intercâmbios, patamares de<br />
carga e fluxo na interligação.<br />
Figura 4.4.1-1- Fluxos na Interligação Norte/Sul e no Tronco 750 kV<br />
FLXA 65 IVAIPORA-765 69 IV-ITA-1-765 1 $19+$23<br />
ANO 2004 –CARGA LEVE-RSE=9000MW-EXP.SUL=3000MW<br />
2366<br />
FLXA MIRACEMA/GURUPI C1+C2<br />
2011<br />
1656<br />
FLXA IVAIPORÃ/T.PRETO C1<br />
L4SXAS1.PLT<br />
1301<br />
0, 4, 8, 12, 16, 20,<br />
X Title<br />
(a) Ano 2004<br />
Com a entrada da LT 500 kV Bateias/Ibiúna, e o conseqüente aumento da<br />
exportação de potência do subsistema Sul, este cenário apresenta elevado<br />
carregamento das LT 525 kV que transmitem energia do oeste para o leste do<br />
Paraná e Santa Catarina. Daí a necessidade de compensação reativa na área<br />
leste de Santa Catarina, Curitiba e Bateias, principalmente nos casos de carga<br />
pesada e média. Parcialmente este problema foi resolvido com a previsão de<br />
250 Mvar de compensação shunt em Blumenau e 50 Mvar em Palhoça.<br />
As contingências de LTs de 525 kV que interligam as usinas do rio Iguaçu, embora<br />
estejam bastante carregadas, não acarretam problemas de estabilidade e/ou<br />
sobrecarga nas linhas remanescentes, caso se continue adotando os Esquemas de<br />
Corte de Geração (ECG) associados à saída destas linhas. Além dos esquemas<br />
existentes acima mencionados, considerou-se mais um esquema adicional de corte<br />
de geração que consta do desligamento de duas máquinas da UHE de Salto<br />
Caxias, na ocorrência da abertura da LT 500 kV Salto Santiago/Salto Caxias, para<br />
evitar perda de sincronismo da UHE de Salto Caxias no ano 2004.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 318 / 530
A contingência da LT 525 kV Machadinho - Campos Novos, acarreta sobrecarga na<br />
LT 525 kV Segredo - Areia e vice-versa. Porém, está previsto um ECG que desliga<br />
duas máquinas de Machadinho de forma a contornar a situação.<br />
Neste ano 2004, para os casos de perda simples, os defeitos que balizaram os<br />
limites de intercâmbio foram o curto em Foz 750 kV seguido da abertura da LT<br />
750 kV Foz - Ivaiporã e desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz, nos patamares<br />
de carga pesada e Leve, e o curto em Areia com de abertura da LT 525 kV Areia -<br />
Bateias, no patamar de carga média. Para os casos de perda dupla o defeito que<br />
balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Bateias 500 kV seguido da abertura<br />
da LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 e C2.<br />
A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW para os casos de perda<br />
simples, e em torno de 3.000 MW, para os casos de perda dupla. Para todos os<br />
casos o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco<br />
amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV.<br />
Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a<br />
exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 3.000 MW, embora tenha ocorrido uma<br />
redução de somente 300 MW no recebimento do Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz +<br />
RSUL). Já para os casos de perda dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em<br />
torno de 2.200 MW, redução de 700 MW, porém não houve alteração no RSE.<br />
(b) Ano 2005<br />
A partir do ano 2005 foi considerado reforço no subsistema Sul, mais precisamente,<br />
a linha de transmissão 525 kV Salto Santiago - Ivaiporã C2 e a LT 525 kV<br />
Machadinho - Campos Novos C2, e na interligação Sul/Sudeste por meio da LT<br />
525 kV Londrina - Araraquara e do terceiro banco transformador de Ivaiporã<br />
750/525 kV. Esses reforços, além de proporcionarem aumento na exportação do<br />
subsistema Sul, diminuem o impacto da perda dupla com relação a perda simples.<br />
Nesse ano 2005, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites<br />
de intercâmbio foi o curto em Ivaiporã seguido de abertura da LT 525 kV Londrina -<br />
Ivaiporã. Para os casos de perda dupla, o defeito que balizou os limites de<br />
intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV<br />
Bateias - Ibiúna C1 e C2.<br />
Nos casos com Itaipu “Baixo”, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de<br />
5.000 MW para os casos de perda simples e de perda dupla. Para os casos de<br />
perda dupla, o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco<br />
amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV, e nos casos de perda simples<br />
foi a falta de geração no subsistema Sul, apesar de ocorrerem também oscilações<br />
de tensão pouco amortecidas.<br />
Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples e perda<br />
dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW e o recebimento do<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 319 / 530
Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.200, mesmo valor para o caso<br />
com Itaipu “Baixo”.<br />
(c) Ano 2006<br />
A partir do ano 2006 foi considerado reforço na interligação Sul/Sudeste, através da<br />
LT 525 kV Londrina - Ivaiporã C2. Este reforço conjuntamente com a LT 525 kV<br />
Salto Santiago – Ivaiporã - Cascavel do Oeste, prevista para o ano 2005,<br />
proporciona um aumento de 1.000MW do RSE e em torno de 900MW na<br />
exportação do subsistema Sul. Ressalta-se, entretanto, que este aumento da<br />
exportação acarreta um maior carregamento da rede de transmissão do Subsistema<br />
Sul.<br />
Neste ano 2006, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites de<br />
intercâmbio foi o curto em Londrina com a abertura da LT 500 kV Londrina - Assis<br />
nos patamares de carga média e leve, e o FSE máximo no patamar de carga<br />
pesada. Outros defeitos relevantes foram o curto em Itá 525 kV seguido da abertura<br />
da LT 525 kV Ita - Salto Santiago, com desligamento de 2 máquinas de Itá no<br />
patamar de carga média, e curto em Blumenau com abertura da LT 525 kV Campos<br />
Novos - Blumenau. Para os casos de perda dupla o defeito que balizou os limites de<br />
intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV<br />
Bateias -Ibiúna C1 e C2.<br />
A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 5.500 MW para os casos de perda<br />
simples e de 5.000 MW para perda dupla. Para os casos de perda dupla e simples,<br />
o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco amortecidas,<br />
principalmente em Tijuco Preto 750 kV, também ocorreu falta de geração no<br />
subsistema Sul nos casos de carga pesada e média.<br />
Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a<br />
exportação do Sul (FSUL) fica em torno de 5.000 MW. Entretanto, o recebimento do<br />
Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.900, praticamente o mesmo<br />
valor para o caso com Itaipu “Baixo”.<br />
<br />
Cenário Sudeste Importador<br />
No cenário Sudeste Importador, os subsistemas Sul e Norte exportam energia para<br />
o Sudeste. Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do<br />
Sudeste, levando este subsistema a operar com baixa inércia.<br />
Nos patamares de carga leve e média, o limite de inércia mínima é rapidamente<br />
atingido, impossibilitando uma definição dos limites de interligação. Para o patamar<br />
de carga pesada, os limites de intercâmbio são muito próximos aos limites do<br />
cenário Sul e Sudeste Exportadores, apesar dos fatores limitantes serem distintos.<br />
No cenário Sudeste Importador e contingências simples, o máximo recebimento<br />
pelo Sudeste (RSE) é limitado, para o ano 2004, pela perda da LT 750 kV Foz -<br />
Ivaiporã seguido do desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz. Nota-se, para esta<br />
falta, tendência de colapso de tensão na região de Brasília.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 320 / 530
Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica do sistema interligado, este<br />
cenário caracteriza-se por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas<br />
Sudeste. Verificam-se oscilações pouco amortecidas entre os subsistemas Sudeste<br />
e Norte/Nordeste, em torno de 0,35 Hz no ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006, e entre<br />
os subsistemas Sul e Sudeste em torno de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo.<br />
Figura 4.4.1-2 – Fluxo na Interligação Norte/Sul e no Tronco de 750 kV<br />
2863<br />
FLXA 65 IVAIPORA-765 69 IV-ITA-1-765 1 -($32+$36)<br />
ANO 2004 – CARGA PESADA - RSE=11000MW-EXP.SUL=5500MW<br />
FLUXO S.MESA/GURUPI C1&C2<br />
2366<br />
1870<br />
FLUXO IVAIPORÃ/ITABERÁ C1<br />
P4SEAS1.PLT<br />
1373<br />
0, 4, 8, 12, 16, 20,<br />
X Title<br />
<br />
Cenário Sul Importador<br />
Neste cenário temos a transferência de energia do subsistema Sudeste para o Sul<br />
através da interligação Sul/Sudeste e dos subsistemas Norte/Nordeste para o<br />
Sudeste via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste.<br />
Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando<br />
este subsistema a operar com baixa inércia.<br />
(a) Ano 2004<br />
A entrada da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, que reforça a interligação Sul/Sudeste,<br />
permite um aumento considerável no intercâmbio entre estes dois subsistemas.<br />
A seguir são listados os fatores que limitam o recebimento do Sul (RSUL), para o<br />
patamar de carga pesada, por ordem de severidade:<br />
<br />
Sobrecarga no Transformador 440/230 kV de Assis<br />
Para níveis de RSUL a partir de 2.900 MW, o transformador 440/230 kV de Assis<br />
passa a operar em sobrecarga. Uma forma de contornar este problema consiste em<br />
operar-se o sistema com este transformador desligado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 321 / 530
Sobrecarga no Transformador 500/345 kV de Ibiúna<br />
Para níveis de RSUL a partir de 3.600 MW, a emergência num dos transformadores<br />
500/345 kV de Ibiúna, ocasiona sobrecarga no remanescente.<br />
<br />
Sobrecarga no Transformador 750/525 kV de Ivaiporã<br />
Para valores de RSUL a partir de 4.000 MW, a perda dupla da LT 500 kV Bateias -<br />
Ibiúna causa sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Já a perda de<br />
um destes transformadores, mesmo estando o RSUL em torno de 5.000 MW, não<br />
acarreta a saída do remanescente por sobrecarga (50%), caso a lógica 6 esteja em<br />
operação.<br />
<br />
Limite Para Atuação do ERAC/S<br />
Uma das possíveis limitações do RSUL se dá em função do esquema regional de<br />
alívio de carga por sobrefreqüência da Região Sul (ERAC/S), que corta até 50% da<br />
carga do Sul. Para valores de RSUL dessa ordem, foram simuladas emergências no<br />
Sul e Sudeste, não sendo constatados problemas de instabilidade transitória, de<br />
tensão ou oscilações não amortecidas. Em relação à sobrecarga nos equipamentos,<br />
vale o que foi apresentado nos itens anteriores.<br />
(b) Anos 2005 e 2006<br />
A entrada das LTs 525 kV Londrina – Assis - Araraquara, Salto Santiago - Ivaiporã<br />
C2, Cascavel do Oeste - Ivaiporã, Machadinho - Campos Novos C2 e do segundo<br />
transformador 440/230 kV de Assis, reforça consideravelmente a interligação<br />
Sul/Sudeste. Para valores de RSUL da ordem de 50% da carga do Sul (limite do<br />
ERAC/S), as sobrecargas nos equipamentos verificadas no ano de 2004 não mais<br />
se apresentam. Além disso, problemas de instabilidade ou oscilações pouco<br />
amortecidas não foram constatados.<br />
4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />
4.4.2.1 Síntese do Desempenho e Evolução dos intercâmbios para cada Cenário<br />
Analisado<br />
<br />
Cenário Norte Exportador<br />
Este cenário caracteriza-se pela exploração da geração da área Norte com<br />
priorização para o Nordeste ou para o Sudeste.<br />
<br />
Norte Exportador com prioridade para o Nordeste<br />
(a) Horizonte 2004<br />
Neste horizonte será possível exportar da área Norte para o Nordeste, cerca de<br />
1.500 MW, estando limitado por contingências internas ao Nordeste, no eixo<br />
Presidente Dutra-Sobradinho, alem das externas, perda da interligação<br />
Sudeste/Nordeste. Em ambos os casos, há riscos de isolamento da área Nordeste,<br />
pela atuação das PPS, entre os sistemas acarretando perda de carga por atuação<br />
do esquema de rejeição de carga por subfreqüência.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 322 / 530
(b) Horizonte 2005<br />
Com a incorporação do segundo circuito Teresina II – Sobral III – Fortaleza II<br />
500 kV e da compensação série (70%) dos circuitos Boa Esperança - São João do<br />
Piauí – Sobradinho, além do AT 500/230 kV de Sobral e do CE 150/-70 Mvar de São<br />
Luis, será possível exportar até 2.100 MW do Norte para o Nordeste, representando<br />
um acréscimo de cerca de 600 MW em relação ao horizonte de 2004. A principal<br />
contingência balizadora deste cenário é a perda de circuito do trecho Boa<br />
Esperança - Sobradinho, acarretando, neste caso, oscilações de baixo<br />
amortecimento na região de Presidente Dutra. A contingência de perda de um<br />
circuito Tucuruí - Vila do Conde, com intercâmbio elevado na interligação Norte/Sul<br />
necessita da ativação de esquema de rejeição de geração em Tucuruí, tendo em<br />
vista risco de instabilidade entre os sistemas.<br />
(c) Horizonte 2006<br />
Neste horizonte não está previsto nenhum reforço de transmissão, razão pela qual<br />
os limites permanecerem praticamente os mesmos de 2005, apesar do acréscimo<br />
de carga neste horizonte. As contingências balizadoras são as mesmas de 2005,<br />
com as conseqüências já comentadas.<br />
<br />
Cenário Norte Exportador com prioridade para o Sudeste<br />
Com a incorporação de um esquema de alívio de geração em Tucuruí para perda de<br />
circuitos na interligação Norte/Sul, será possível exportar até 2.500 MW na<br />
interligação Norte/Sul, medidos no circuito Miracema - Gurupi.<br />
(a) Horizonte 2004<br />
Neste cenário, a perda de um circuito Tucuruí - Vila do Conde é a contingência<br />
balizadora. Deste modo, limitando-se o desligamento a três geradores de Tucuruí,<br />
será possível exportar do Norte para o Nordeste 700 MW nos períodos de carga<br />
pesada e média e 1.100 MW em carga leve. Portanto, o Norte poderá exportar para<br />
o Nordeste e Sudeste, simultaneamente, cerca de 3.200 MW nos períodos de carga<br />
pesada e média e 3.600 MW em carga leve. Desta forma, será possível explorar em<br />
torno de 90% da capacidade máxima totalizada das usinas de Tucuruí e Lajeado no<br />
período de carga pesada.<br />
(b) Horizonte 2005<br />
Neste cenário, com a incorporação das obras na Região Nordeste e a ampliação da<br />
Usina de Tucuruí, com a linha de transmissão associada, será possível exportar do<br />
Norte para o Nordeste até cerca de 1.900 MW, por limitação dinâmica. Neste caso,<br />
além das contingências dos circuitos Tucuruí - Vila do Conde, que exigirão o<br />
desligamento de geradores, a perda dos circuitos Boa Esperança - Sobradinho<br />
serão balizadoras deste cenário.<br />
Este reforço de transmissão e geração representará um acréscimo de cerca de<br />
1.200 MW nos períodos de carga pesada e média e de 700 MW em carga leve na<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 323 / 530
capacidade de exportação do Norte. Deste modo, neste horizonte, será possível<br />
utilizar cerca de 90% da geração das Usinas de Tucuruí e Lajeado, máxima<br />
totalizada, previstas para este horizonte, no período de carga pesada.<br />
(c) Horizonte 2006<br />
Neste horizonte, além dos 2.500 MW exportados na interligação Norte/Sul, será<br />
possível exportar simultaneamente do Norte para o Nordeste cerca de 2.000 MW.<br />
As contingências balizadoras são as mesmas do horizonte 2005, com as mesmas<br />
medidas a serem adotadas.<br />
Neste horizonte, será possível utilizar cerca de 90% da geração de Tucuruí e<br />
Lajeado, máxima totalizada, no período de carga pesada.<br />
<br />
Cenário Sudeste Exportador<br />
Neste cenário, a máxima transferência de potência na interligação Norte/Sul está<br />
limitada a 2.200 MW no trecho Miracema - Imperatriz por motivo de contingências<br />
internas a este trecho, de modo a evitar possíveis atuações de proteções de<br />
sobrecarga dos capacitores série que desencadeiem perda de sincronismo entre as<br />
áreas.<br />
(a) Horizonte 2004<br />
Neste horizonte será possível o Sudeste exportar cerca de 2.900 MW medidos nos<br />
fluxos Miracema - Colinas e Sudeste/Nordeste, totalizados. As contingências<br />
balizadoras deste cenário são a perda dos circuitos ligados a Serra da Mesa.<br />
Destaca-se que a contingência no circuito Serra da Mesa - Rio das Éguas acarreta<br />
oscilações de tensões na interligação Norte/Nordeste de baixo amortecimento<br />
nestes intercâmbios. Com os intercâmbios estabelecidos verificou-se sensibilização<br />
da PPS da interligação Sudeste/Nordeste, sendo este fato limitador para os<br />
intercâmbios balizadores.<br />
(b) Horizonte 2005<br />
Neste horizonte, verifica-se uma elevação da capacidade de exportação do Sudeste<br />
de cerca de 350 MW médios em relação ao horizonte de 2004. Será elevada, ainda,<br />
a capacidade de importação do Nordeste devido a incorporação das obras de<br />
transmissão do Nordeste nos eixos Teresina-Fortaleza e Boa Esperança-<br />
Sobradinho. Deste modo, a contingência balizadora neste cenário é a perda da<br />
interligação Sudeste/Nordeste que acarreta oscilações de baixo amortecimento na<br />
interligação Norte/Nordeste.<br />
(c) Horizonte 2006<br />
Neste horizonte, a capacidade de exportação do Sudeste estará no patamar de<br />
2004, i.e. 2.900 MW, atribuindo-se essa redução, em relação a 2005, à elevação de<br />
carga do sistema. Com a máxima exportação do Sudeste será possível exportar<br />
para o Nordeste cerca de 2.000 MW nos períodos de carga pesada e média. As<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 324 / 530
contingências balizadoras deste cenário são as perdas da interligação Norte/Sul e<br />
Sudeste/Nordeste.<br />
<br />
Cenário Nordeste Exportador<br />
Neste cenário, foi explorada a máxima exportação do Nordeste considerando,<br />
simultaneamente, a máxima exportação do Norte para o Sudeste.<br />
Este cenário não apresentou evolução ao longo do período analisado, mesmo com<br />
a incorporação das obras no Nordeste. Em todos os horizontes, a máxima<br />
exportação do Nordeste não superou 1.160 MW medidos nas interligações<br />
Norte/Nordeste e Nordeste/Sudeste somados. A principal limitação é oscilação de<br />
baixo amortecimento na interligação Sudeste/Nordeste, quando de contingência no<br />
eixo Boa Esperança - Sobradinho.<br />
<br />
Cenário Norte Importador<br />
Este cenário foi analisado nos horizontes 2005 e 2006 nos períodos de carga<br />
pesada, como complementação de ponta de carga.<br />
(a) Horizontes 2005/2006<br />
Nos horizontes analisados limitou-se a importação do Norte pelo número de<br />
máquinas sincronizadas em Tucuruí, de tal modo que foi considerado um mínimo de<br />
8 máquinas nesta usina. Desta forma, a importação máxima do Norte seria de cerca<br />
de 1.900 MW. Com esta premissa não foram detectados problemas de origem<br />
dinâmica.<br />
4.4.2.2 ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS<br />
<br />
Cenário Norte Exportador:<br />
Este cenário se caracteriza pela maximização da geração da usina de Tucuruí I e II,<br />
o que acarreta fluxos elevados nos eixos Tucuruí – Marabá – Imperatriz, bem como<br />
elevação do nível de curto circuito na SE Tucuruí.<br />
Alternativamente, esse cenário se desdobra em duas situações:<br />
- maximizar o recebimento do Nordeste;<br />
- maximizar o fluxo no sentido Norte⇒Sudeste.<br />
(a) Perda do circuito Boa Esperança –S. João do Piauí<br />
Esta contingência, juntamente com Tucuruí – Vila do Conde, foi balizadora para a<br />
maioria dos casos, podendo ocasionar abertura das interligações Norte/Nordeste e<br />
Nordeste/Sudeste com conseqüentes cortes de carga pela ativação de ERAC, além<br />
de oscilações de baixo amortecimento no Nordeste.<br />
(b) Perda do circuito Tucuruí – Vila do Conde<br />
A elevação do nível de curto-circuito da SE Tucuruí torna esta contingência crítica,<br />
cujas conseqüências são a perda de sincronismo entre os subsistemas e a<br />
presença de oscilações pouco amortecidas entre o Norte e o Nordeste. Utilizou-se<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 325 / 530
então esquema de desligamento de até 3 máquinas de Tucuruí a fim de evitar os<br />
referidos problemas.<br />
(c) Perda do circuito Tucuruí-Marabá C2<br />
A motorização da 5ª, 6ª e 7ª unidades geradoras de Tucuruí II ao longo de 2004<br />
eleva consideravelmente o fluxo nesse trecho causando perda de estabilidade<br />
quando da perda de um dos circuitos, sendo necessário esquema de desligamento<br />
de uma (carga pesada e média) ou duas unidades (carga leve) de Tucuruí. A partir<br />
de 2005, a entrada do 4º circuito Tucuruí - Marabá e do 2º circuito Marabá -<br />
Açailândia permite a prática dos intercâmbios mencionados sem a utilização de<br />
esquema de desligamento de máquinas de modo a evitar perda de sincronismo.<br />
(d) Perda do Circuito do Eixo Serra da Mesa - Bom Jesus da Lapa II<br />
Observou-se que em algumas situações neste cenário, esta contingência foi<br />
balizadora devido à presença de oscilações de tensão pouco amortecidas entre o<br />
Norte e o Nordeste, principalmente quando se prioriza o recebimento do Nordeste.<br />
<br />
Cenário Sudeste Exportador:<br />
Esse cenário caracteriza-se por fluxos elevados na interligação Norte/Sul (da ordem<br />
de 2.200MW no Sentido Serra da Mesa - Imperatriz) e na interligação<br />
Sudeste/Nordeste (em torno de 800 MW no sentido Serra da Mesa – Governador<br />
Mangabeira).<br />
(a) Perda da Interligação Sudeste/Nordeste (S. Mesa – Rio das Éguas)<br />
Neste cenário o máximo intercâmbio na interligação Sudeste/Nordeste, de tal modo<br />
que a perda desta interligação acarreta o escoamento instantâneo do fluxo para as<br />
regiões Norte e Nordeste, tendo como conseqüência um aumento do intercâmbio<br />
entre as áreas Norte e Nordeste, levando ao risco de perda de sincronismo entres<br />
estas áreas além de oscilações de tensão entre o Norte e o Nordeste de baixo<br />
amortecimento. Esta contingência é, balizadora para este cenário juntamente com a<br />
perda de um dos trechos da Norte-Sul, especificamente S. Mesa - Gurupi.<br />
(e) Perda do trecho Serra da Mesa / Gurupi<br />
Esta contingência apresenta-se como a de maior severidade no ano de 2004, ano<br />
este que antecede a entrada dos reforços no Norte e no Nordeste, havendo risco de<br />
instabilidade do sistema para fluxos da ordem de 2.200 MW na interligação Norte-<br />
Sul.<br />
<br />
Cenário Nordeste Exportador:<br />
Esse cenário caracterizou-se pela seguinte distribuição de fluxo:<br />
- Eixo Sobradinho - Boa Esperança - Presidente Dutra com fluxo elevado;<br />
- Eixo Luiz Gonzaga – Milagres - Fortaleza com fluxo elevado;<br />
- Interligação Sudeste/Nordeste com fluxo no sentido Sapeaçu ⇒ Serra da Mesa;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 326 / 530
- Eixo Presidente Dutra – Teresina II – Fortaleza II com fluxo reduzido.<br />
(f) Perda no trecho Boa Esperança - Sobradinho<br />
Para esta falta observou-se o aparecimento de oscilações não amortecidas entre<br />
os sistemas, onde destacamos as oscilações de tensão em Bom Jesus da Lapa II,<br />
fator limitante para a definição dos intercâmbios limites.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 327 / 530
5 Síntese da Análise da Confiabilidade da Rede Básica<br />
Este item apresenta os principais resultados comentados e respectivas premissas<br />
da avaliação probabilística preditiva dos níveis de confiabilidade, em regime<br />
estacionário (adequação), da Rede Básica brasileira, no horizonte 2003 - 2005,<br />
consoante o Plano de Ampliações e Reforços - PAR [5]. Uma descrição detalhada<br />
da avaliação da confiabilidade do SIN pode ser encontrada no relatório<br />
“Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003-2005” [7].<br />
Tais resultados constituem subsídio relevante para as ações de operação /<br />
planejamento, dado que complementam a análise tradicionalmente efetuada, em<br />
bases essencialmente determinísticas. As informações aqui disponibilizadas podem<br />
facilitar a gradativa evolução do clássico, porém rígido, critério "n-1" de<br />
planejamento, para o uso de critérios que reconheçam as incertezas e riscos<br />
intrínsecos a todo sistema elétrico de potência. Nessa perspectiva, o uso rotineiro e<br />
continuado da análise aqui apresentada possibilitará, futuramente, a caracterização<br />
dos paradigmas de riscos admissíveis na gestão da operação e planejamento do<br />
sistema [7].<br />
É fundamental ressaltar que todos os resultados apresentados são estritamente<br />
condicionados ao conjunto de premissas registradas na subseção 6.5.6 deste<br />
documento e descritas em detalhe no relatório [7]. Em particular, alerta-se o leitor<br />
que foi permitido o uso de medidas corretivas (e.g. redespacho de potência ativa)<br />
para a eliminação de violações operativas, em consonância com a práxis<br />
internacional em estudos de confiabilidade enfocando adequação. Também deve<br />
ser lembrado que todos os índices de confiabilidade são muito sensíveis aos<br />
intercâmbios do sistema. No estudo em pauta, um único ponto de operação foi<br />
analisado. Nos estudos do PAR, considerando outros cenários de geração e fluxos<br />
na interligação Norte – Sul, foram observadas maiores solicitações em alguns<br />
pontos do sistema, não investigadas na presente análise de confiabilidade.<br />
Estruturalmente esta seção está organizada da seguinte forma: Na subseção 5.1<br />
são mencionados alguns conceitos importantes para o bom entendimento do<br />
assunto tratado. Um brevíssimo glossário é aí esboçado. Na subseção 5.2<br />
apresentam-se os resultados, alguns deles inéditos, da análise de confiabilidade do<br />
sistema elétrico brasileiro, sob o ponto de vista global. Na subseção 5.3<br />
apresentam-se as principais conclusões. Como já foi acima mencionado, na<br />
subseção 6.5.6 registram-se as premissas usadas na avaliação numérica da<br />
confiabilidade.<br />
5.1 Aspectos Conceituais<br />
Visando facilitar a leitura deste documento, esta seção apresenta um conjunto<br />
resumido de alguns conceitos pertinentes ao tema tratado.<br />
- Adequação - é um tipo de análise clássica de confiabilidade realizada<br />
estritamente sob o ponto de vista do regime permanente. Nesse tipo de análise<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 328 / 530
é usual permitir-se o emprego de todas as medidas corretivas disponíveis para<br />
a eliminação de violações. A restrição do uso de medidas corretivas<br />
(principalmente o redespacho) pode ser realizada no âmbito de um estudo de<br />
confiabilidade enfocando a segurança (que considera o regime dinâmico do<br />
sistema).<br />
- Índices ou indicadores de confiabilidade ou desempenho - são as diversas<br />
mensurações de riscos passíveis de cálculo numérico. Usualmente o termo<br />
"confiabilidade" é usado para avaliações preditivas considerando as incertezas<br />
(i.e. em cenários futuros), enquanto o termo "desempenho" refere-se ao<br />
horizonte pretérito (i.e. a pós-operação). Ambos os termos englobam tanto<br />
aspectos sistêmicos como aspectos associados a componentes ou<br />
equipamentos. Existem muitos índices de confiabilidade, entre os quais, os<br />
usados neste trabalho são os seguintes: Severidade, PPS, PPC, ENS, DPC,<br />
FPC.<br />
- Severidade - é um dos mais modernos e importantes indicadores de risco<br />
probabilístico. A severidade é um índice normalizado, dado pela divisão de um<br />
valor estimado da energia interrompida (em MWh) por uma base de potência<br />
em MW (geralmente a ponta de carga do sistema ou de uma área). O valor<br />
numérico é multiplicado por 60 para a conversão em minutos. A severidade é<br />
então expressa em sistema-minuto ou simplesmente minuto. Assim, ele exprime<br />
um tempo fictício de um blecaute imaginário, que seria necessário para<br />
acumular uma energia não suprida exatamente equivalente àquela calculada,<br />
se toda a carga do sistema fosse afetada. Trata-se de um índice que captura<br />
não apenas a habitualidade das falhas do sistema, mas também a gravidade e<br />
conseqüências das mesmas. Pelo fato de ser um indicador normalizado,<br />
permite a comparação de sistemas de portes e naturezas distintas, advindo daí<br />
a sua importância. A severidade é um dos poucos indicadores probabilísticos de<br />
curso internacional e que já dispõe de uma escala de valoração classificatória,<br />
com base logarítmica. O conceito que o embasa é o da classificação dos<br />
eventos de forma semelhante àquele empregado no tratamento de terremotos,<br />
onde cada escala é diferenciada da antecedente por uma ordem de grandeza. A<br />
Tabela 5.2.1 mostra a hierarquia usada na classificação da confiabilidade do<br />
sistema via severidade. Cabe ainda ressaltar que entre dois sistemas, o mais<br />
confiável é o que apresenta menor valor numérico de severidade. Outra grande<br />
vantagem da severidade como indicador de risco, advém da possibilidade de<br />
calculá-lo tanto para eventos pretéritos, como de forma preditiva. A título de<br />
exemplo, a avaliação pretérita do blecaute do dia 11.03.1999 ocorrido no Brasil,<br />
mostrou que o mesmo alcançou o grau 3 (muito grave), com aproximadamente<br />
117 sistema-minutos.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 329 / 530
Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6]<br />
Classificação<br />
Severidade S<br />
(sistema-minuto)<br />
Interpretação<br />
Comentário<br />
Grau 0 S < 1 aceitável condição normal<br />
Grau 1 1 ≤ S < 10 não grave significativa p/ poucos agentes / consumidores<br />
Grau 2 10 ≤ S < 100 grave sério impacto p/ todos os agentes / consumidores<br />
Grau 3 100 ≤ S < 1000 muito grave<br />
Grau 4 1000 ≤ S catastrófica<br />
muito sério impacto p/ todos os agentes /<br />
consumidores, blecaute<br />
extremo impacto p/ todos: colapso do sistema,<br />
blecaute total<br />
- PPS - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a<br />
probabilidade de problemas no sistema. Esse índice reflete a situação<br />
estacionária do sistema imediatamente após a ocorrência das contingências,<br />
porém sem a aplicação de qualquer medida corretiva. Não diferencia a<br />
gravidade dos eventos, apenas os contabiliza.<br />
- PPC - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a<br />
probabilidade de perda de carga. Esse índice reflete a situação estacionária do<br />
sistema imediatamente após a ocorrência das contingências, porém com a<br />
aplicação de todas as medidas corretivas liberadas na análise em questão. Não<br />
diferencia a gravidade dos eventos, apenas os contabiliza.<br />
- ENS - é um indicador de confiabilidade (em MWh) que exprime a expectância<br />
de energia não suprida (ou seja, o valor médio da energia interrompida). Esse<br />
indicador diferencia a gravidade dos eventos e permite uma valoração<br />
econômica através do custo da energia interrompida.<br />
- DPC - é um indicador de confiabilidade (em horas) que exprime a duração de<br />
perda de carga (ou seja, o valor médio da duração da perda de carga)<br />
- FPC - é um indicador de confiabilidade (em ocorrências/ano) que exprime a<br />
freqüência de perda de carga (ou seja, a freqüência média de interrupção de<br />
carga).<br />
- Critério "n-1" - é, possivelmente, o mais tradicional critério determinístico de<br />
planejamento de sistemas elétricos de potência. Grosso modo, impõe que o<br />
sistema planejado deve ser infenso a todas as possíveis contingências simples.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 330 / 530
- Malha e Fronteira - elementos da malha são as linhas de transmissão e<br />
transformadores da rede básica conectados a outros elementos da própria<br />
malha, em ambas as extremidades. Elementos de fronteira são os<br />
transformadores que conectam a malha à rede não básica.<br />
- Níveis de risco - neste documento é sinônimo de níveis de confiabilidade.<br />
- Probabilidade - reflete o conceito de incerteza. É um valor numérico entre zero<br />
e um, que indica a chance de ocorrência de um fato qualquer. O valor unitário<br />
está associado à certeza absoluta, enquanto o valor zero indica a<br />
impossibilidade do fato acontecer.<br />
- Risco probabilístico intrínseco - refere-se à possibilidade de falha inerente a<br />
qualquer sistema físico, por mais robusto que seja. Em outras palavras, reflete o<br />
conceito básico da análise probabilística de confiabilidade de que a única<br />
certeza possível é a que afirma que todo sistema falha.<br />
- Função transmissão principal - refere-se ao transporte de energia<br />
exclusivamente pelas linhas de transmissão da rede básica. No documento<br />
essa função é amiúde denotada por LT.<br />
- Função transformação - refere-se ao transporte de energia exclusivamente<br />
pelos transformadores de malha de rede básica. No documento, essa função é<br />
geralmente denotada por TM (trafo de malha).<br />
- Função transformação de fronteira - refere-se ao transporte de energia<br />
exclusivamente pelos transformadores de fronteira da rede básica. No<br />
documento essa função é denotada por TF (trafo de fronteira).<br />
- Enumeração - é um método de análise de confiabilidade baseado na<br />
investigação exaustiva de uma lista de contingências.<br />
- Margem operacional de manobras - reflete os recursos e flexibilidade de um<br />
sistema para a eliminação de eventuais violações operativas.<br />
- Modos de falha - são as situações definidas como sendo os "defeitos" do<br />
sistema, tais como, subtensões, sobretensões, ilhamentos, sobrecargas, déficits<br />
de geração, etc.<br />
- Área elétrica - são os conjuntos de barramentos e linhas, geralmente<br />
associados a uma empresa ou região geográfica, definidos tradicionalmente nos<br />
estudos de fluxos de potência.<br />
- Simulação Monte Carlo - é uma forma de cálculo numérico da confiabilidade,<br />
cuja precisão é passível de controle pelo usuário, através da especificação de<br />
um parâmetro chamado "coeficiente de variação".<br />
- Enumeração - é outra forma de cálculo numérico da confiabilidade na qual o<br />
analista especifica rigorosamente todas as linhas de transmissão,<br />
transformadores e geradores que serão submetidos a contingências.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 331 / 530
5.2 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema Brasileiro<br />
5.2.1 Evolução Temporal do Risco Probabilístico Intrínseco da Malha Elétrica<br />
<br />
Intróito:<br />
As simulações realizadas geram um grande volume de indicadores probabilísticos<br />
diferenciados, representativos dos riscos do sistema elétrico. Entre eles destaca-se<br />
a denominada Severidade, expressa em minutos (também se usa a expressão<br />
"sistema-minuto"), e que será primeiramente utilizada para ilustrar a evolução<br />
temporal do risco no horizonte de análise, cobrindo oito configurações do sistema<br />
elétrico brasileiro, ao longo do horizonte 2003-2005.<br />
As oito configurações analisadas são as seguintes: junho 2003, dezembro 2003,<br />
fevereiro 2004, junho 2004, dezembro 2004, fevereiro 2005, junho 2005, dezembro<br />
2005.<br />
<br />
Resultados e Interpretação:<br />
A Figura 5.2.1 ilustra (vide a linha pontilhada) a evolução temporal do risco do<br />
sistema de transmissão brasileiro, expresso pela severidade. A linha cheia mostra a<br />
evolução da carga. Embora tenham sido analisadas apenas oito instantes de tempo,<br />
representando configurações estáticas, em regime de carga pesada, os gráficos são<br />
apresentados de forma contínua, no intuito de facilitar a visualização das variações<br />
entre cada instante, através dos coeficientes angulares de cada trecho das curvas.<br />
Toda a análise reflete a aplicação de contingências simples em todos os elementos<br />
com incertezas representadas.<br />
Deve ser ressaltado que na Figura 5.2.1 observa-se a evolução da severidade<br />
(minutos) do sistema brasileiro considerando as incertezas da totalidade de linhas<br />
(LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de fronteira (TF) da rede<br />
básica brasileira. A evolução da ponta de carga (MW) de todo o sistema, também<br />
mostrada nessa figura, tem a função de possibilitar uma comparação do<br />
crescimento da carga com os recursos agregados aos sistema. A análise<br />
concentrou-se no regime de carga pesada e contingências simples.<br />
(Nota de esclarecimento: trafos de fronteira ou acesso são os que conectam a rede<br />
básica à rede não básica, trafos de malha são os que conectam ao menos dois<br />
elementos da rede básica).<br />
A severidade [6] é um índice normalizado, dado pelo quociente da energia não<br />
suprida (MWh) pela ponta (MW) do sistema analisado e com o resultado convertido<br />
em minutos.<br />
Na Figura 5.2.1, a comparação dos coeficientes angulares da curva de carga com<br />
os coeficientes angulares da severidade informa se o percentual de variação da<br />
carga foi ou não acompanhado de uma degradação ou melhoria percentual<br />
compatível do risco expresso pela severidade. Nota-se, por exemplo, que entre<br />
fevereiro de 2005 e junho 2005, o crescimento da carga levou a um significativo<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 332 / 530
crescimento da severidade, violando a fronteira do grau 1, que sinaliza uma<br />
situação grave (vide Tabela 5. 2.1). Caso houvesse um critério de planejamento que<br />
sugerisse o grau 1 como meta a ser perseguida, a indicação do gráfico estaria<br />
apontando a necessidade de antecipação de algumas ampliações e/ou reforços do<br />
sistema.<br />
A Figura 5.2.2 mostra um outro resultado qualitativo interessante, comparando o<br />
risco intrínseco apenas das linhas de transmissão (LT) e apenas dos trafos de<br />
malha (TM) com os riscos acumulados totais e acumulados de linhas mais trafos de<br />
malha. Pode-se aí notar que os riscos nodais, associados aos trafos de malha,<br />
situam-se num patamar de alta confiabilidade, abaixo do grau zero. Por outro lado,<br />
a diferença entre a curva superior (LT+TM+TF) e a curva agregando (LT+TM)<br />
evidencia a contribuição significativa dos transformadores de fronteira(TF) para a<br />
degradação do risco.<br />
Esse resultado é muito importante porque alerta que a confiabilidade da grande<br />
massa de consumidores é mais afetada pelas interfaces da rede básica com os<br />
subsistemas de subtransmissão e distribuição (também aqui denominada como<br />
função transformação de fronteira) do que pelos elementos da malha de alta tensão.<br />
Deve-se lembrar que a curva associada ao desempenho dos transformadores de<br />
malha foi obtida considerando que todos os transformadores têm supostamente a<br />
mesma taxa de falha e tempo de reparo. Futuros estudos, utilizando parâmetros<br />
mais precisos, poderão apontar resultados com um grau maior de variabilidade.<br />
Finalmente, com base nas Figuras 5.2.1 e 5.2.2, conclui-se que o sistema brasileiro,<br />
como um todo, não atende ao critério "n-1", seja no que concerne a linhas de<br />
transmissão, transformadores de malha ou transformadores de fronteira (o critério<br />
seria atendido quando o valor da severidade fosse nulo). Uma avaliação do grau de<br />
aderência ao critério "n-1" pode ser vista em [7].<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 333 / 530
Figura 5.2.1 - Evolução da Severidade na Rede Básica<br />
SEV G lo b a l 2003<br />
2004 2005<br />
Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />
Carga Global 54004,25 53410,62 53878,59 56874,24 56035,98 56614,34 59485,66 58488,45<br />
Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira<br />
Carga Global<br />
12,00<br />
70000,0<br />
10,00<br />
60000,0<br />
50000,0<br />
8,00<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
6,00<br />
4,00<br />
GRAU 0<br />
40000,0<br />
30000,0<br />
Carga Global do Sistema (MW)<br />
20000,0<br />
2,00<br />
10000,0<br />
0,00<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
0,0<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 334 / 530
Figura 5.2.2 - Contribuições de Linhas e Trafos para os Níveis de Risco do Sistema Brasileiro<br />
SEV G lo b a l 2003<br />
2004 2005<br />
Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />
Linhas +Tr. Malha 7,70 7,61 6,92 7,13 6,87 7,37 8,11 6,96<br />
Linhas 7,28 7,33 6,63 6,95 6,68 7,16 7,91 6,78<br />
Tr. Malha 0,42 0,29 0,29 0,18 0,19 0,20 0,20 0,18<br />
LT+Tr.M+Tr.F<br />
LT+Tr.M<br />
LT<br />
Tr. M<br />
12,00<br />
10,00<br />
GRAU 1<br />
8,00<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
6,00<br />
4,00<br />
2,00<br />
GRAU 0<br />
0,00<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 335 / 530
5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão<br />
<br />
Intróito:<br />
Os elementos de transmissão de cada nível de tensão provocam, sabidamente,<br />
impactos distintos no desempenho global da malha sistêmica. A identificação da<br />
responsabilidade de cada nível é importante porque facilita a procura de ações<br />
gerenciais de planejamento mais direcionadas. Tal argumento justifica a análise<br />
realizada nesta seção. A evolução temporal do risco foi espelhada pela severidade.<br />
Embora vários elementos da malha de 750 kV não pertençam à rede básica, a<br />
análise global desse nível de tensão foi incluída pelo seu forte impacto no<br />
desempenho da própria rede básica.<br />
<br />
Resultados e Interpretação:<br />
As Figuras 5.2.3 a 5.2.5 ilustram a evolução temporal do risco discriminado por<br />
malhas de tensões distintas. Cumpre inicialmente ressaltar que os resultados<br />
retratam tão-somente a influência das contingências simples das linhas de<br />
transmissão (LT) e transformadores de malha (TM). Nessas análises não foram<br />
aplicadas contingências nos transformadores de fronteira (TF). Apenas o regime de<br />
carga pesada foi tratado.<br />
Inicialmente, na Figura 5.2.3, comparam-se os desempenhos das malhas de 230 kV<br />
das regiões Norte/Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste, observando-se que em<br />
nenhum caso o critério "n-1" é atendido (como a simulação realizada contempla<br />
apenas contingências simples, o atendimento ao critério "n-1" seria verificado<br />
quando o índice fosse nulo). Entretanto, destacam-se os excepcionais<br />
desempenhos relativos da malha da Região Sul (inferior ao grau zero em todo o<br />
horizonte analisado) e em menor escala, mais ainda assim muito bom, o<br />
desempenho da malha de 230 kV da Região Sudeste/Centro-Oeste.<br />
Comparativamente, o desempenho da malha de 230 kV da Região Norte/Nordeste é<br />
o que apresenta debilidade mais acentuada. Nota-se porém, que em nenhum<br />
momento a severidade atinge a marca dos 5,0 minutos. Uma das possíveis causas<br />
dessa situação advém da própria estrutura fortemente radializada da Região<br />
Norte/Nordeste, em contraposição a uma estrutura mais malhada, que se verifica<br />
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.<br />
Na Figura 5.2.4 constata-se que a malha de 500 kV do Sudeste e a de 525 kV do<br />
Sul atendem ao clássico critério "n-1" de planejamento em algumas das<br />
configurações analisadas. Fica evidente que a antecipação de obras levaria o<br />
sistema de 500 kV do Sudeste e 525 kV do Sul a operar atendendo ao critério "n-1"<br />
ao longo de todo o horizonte estudado. O mesmo não ocorre com a malha de<br />
500 kV do Norte/Nordeste, muito embora o desempenho sob o ponto de vista da<br />
severidade seja excelente (permanece durante todo o período na faixa do grau<br />
zero, vide Tabela 5.2.1).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 336 / 530
Finalmente, na Figura 5.2.5 nota-se a grande robustez das malhas de 750 kV e<br />
440 kV que também atendem parcialmente ao critério "n-1". O sistema de 345 kV<br />
apresenta comportamento oscilatório, porém com um nível de risco medianamente<br />
na faixa do grau zero.<br />
Comparando agora o comportamento relativo de todos os níveis de tensão percebese<br />
de forma nítida que talvez seja pertinente uma discussão sobre a conveniência<br />
de fixação de critérios probabilísticos diferenciados para cada nível de tensão. Isso<br />
ocorre porque se pode notar que os patamares médios de risco de cada nível de<br />
tensão são identificados qualitativamente, grosso modo via inspeção visual, sem<br />
dificuldades.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 337 / 530
Figura 5.2.3 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão – 230 kV<br />
SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />
Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha 230 kV (SE/CO) 1,09 0,98 0,82 0,96 0,97 1,02 0,99 0,72<br />
230 kV (N/NE) 4,48 4,84 4,30 4,30 4,67 4,56 4,49 4,85<br />
230 kV (S) 0,49 0,59 0,69 0,50 0,31 0,44 0,44 0,28<br />
230 kV (SE/CO)<br />
230 kV (N/NE)<br />
230 kV (S)<br />
6,00<br />
5,00<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
4,00<br />
3,00<br />
2,00<br />
GRAU 0<br />
1,00<br />
0,00<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 338 / 530
Figura 5.2.4 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 500 kV<br />
SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />
Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha 500 kV (N/NE) 0,28 0,29 0,29 0,18 0,19 0,23 0,22 0,18<br />
500 kV (SE) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,07 0,00<br />
525 kV (SUL) 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00<br />
500 kV (N/NE)<br />
500 kV (SE)<br />
525 kV (SUL)<br />
0,35<br />
0,30<br />
0,25<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
0,20<br />
0,15<br />
0,10<br />
0,05<br />
0,00<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 339 / 530
Figura 5.2.5 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 750/440/345 kV<br />
SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />
Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha 765 kV 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,25 0,00<br />
345 kV 1,20 0,90 0,82 1,19 0,73 0,84 1,49 0,94<br />
440 kV 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,12 0,00<br />
765 kV<br />
345 kV<br />
440 kV<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
GRAU 0<br />
0,40<br />
0,20<br />
0,00<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de Transmissão<br />
<br />
Intróito:<br />
Pela própria definição, o tradicional critério "n-1" refere-se ao impacto de<br />
contingências envolvendo elementos singulares. Sabe-se que o teste exaustivo de<br />
todas as contingências simples, embora oneroso, é ainda computacionalmente<br />
factível para a Rede Básica Brasileira. Ocorre, entretanto, que grandes blecautes do<br />
sistema são amiúde provocados por contingências múltiplas, o que tem originado as<br />
seguintes questões: "Qual o impacto das contingências múltiplas na confiabilidade<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 340 / 530
do sistema?"; "Seria viável o uso prático do critério "n-2" clássico, visando garantir<br />
maior confiabilidade ao sistema?" Visando uma resposta preliminar às indagações<br />
acima, foi realizada uma investigação do sistema envolvendo contingências<br />
múltiplas.<br />
<br />
Resultados e Interpretação:<br />
A Figura 5.2.6 ilustra a comparação da severidade causada por contingências<br />
simples com a evolução da severidade causada por contingências múltiplas.<br />
Entenda-se como "contingências múltiplas" um conjunto envolvendo<br />
acumuladamente todos os tipos de contingências, isto é, contingências simples,<br />
duplas, triplas, quádruplas e de ordem superior. Essa simulação foi realizada via<br />
Monte Carlo, com um coeficiente de variação (incerteza) de 3%. Em toda a análise<br />
foi considerado apenas o regime de carga pesada e a malha tratada englobou<br />
linhas, trafos de malha e trafos de fronteira.<br />
Observando as duas curvas é claro que as mesmas diferem aproximadamente de 4<br />
minutos, o que representa, também grosso modo, cerca de 40% do valor associado<br />
unicamente às contingências simples. Portanto, o desprezo das contingências de<br />
ordem superior às singulares representa um montante de risco em torno de 40%,<br />
que é bastante significativo. Essa constatação responde à primeira questão acima<br />
proposta.<br />
Na tentativa de responder à segunda questão, foi realizada uma simulação, por<br />
enumeração, envolvendo acumuladamente todas as contingências simples e duplas<br />
da configuração de junho de 2003, em carga pesada. A severidade resultante<br />
situou-se em 15,60 minutos, apontada com um único sinal triangular na Figura 5.2.6<br />
e pela barra intermediária na Figura 5.2.7.<br />
Essa simulação, envolvendo 879801 processamentos de fluxos de potência, via<br />
algoritmo de pontos interiores, revelou-se bastante onerosa computacionalmente,<br />
dado que requereu aproximadamente 269 horas (» 11 dias) de cálculo, num<br />
computador Pentium III, 733 MHz, 128 kb RAM, exclusivamente dedicado. Para que<br />
fique bem caracterizado o esforço computacional associado às contingências<br />
duplas registra-se que apenas o cálculo do conjunto de todas as contingências<br />
simples (1326 casos propostos) utilizando o mesmo computador, requereu um total<br />
aproximado de 135 minutos. Esse fato responde à segunda questão levantada,<br />
demonstrando a dificuldade operacional do cálculo rotineiro e exaustivo (por<br />
enumeração) de todas as contingências duplas da malha nacional, com a tecnologia<br />
e algoritmos atualmente disponíveis. Isso implica na adoção da metodologia Monte<br />
Carlo, caso uma análise do efeito de contingências de ordem superior seja<br />
necessária.<br />
É interessante notar que, no caso simulado (carga pesada, junho/2003), a parcela<br />
de severidade correspondente apenas às contingências duplas, cobre<br />
aproximadamente 75% da diferença entre as simples e as múltiplas. Então, a<br />
contribuição das contingências triplas e de ordem superior situar-se-ia em torno de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 341 / 530
1 (um) minuto. Caso a extrapolação destes percentuais fosse válida, tal<br />
consideração poderia ser útil para a fixação preliminar de fronteiras conservativas<br />
de desempenho probabilístico, refletindo a possibilidade de ocorrências múltiplas.<br />
A configuração topológica base de junho de 2003 tem uma probabilidade de<br />
ocorrência de 65,52%. Isso significa que aproximadamente durante 35% de uma<br />
base de tempo muito extensa, a Rede Básica não está intacta (ou seja, ocorre<br />
algum tipo de desligamento). Para esta configuração, o percentual analisado do<br />
espaço probabilístico de estados, considerando-se o caso base e também todas as<br />
contingências simples, atinge 92,70%, ou seja, a diferença (92,70 - 65,52 = 27,18%)<br />
corresponde apenas às contingências simples. O percentual do espaço não<br />
analisado (100 - 92,70 = 7,30%) corresponde então ao somatório das contingências<br />
duplas, triplas e de ordem superior. (Nota Auxiliar de Esclarecimento: Julga-se aqui<br />
oportuno lembrar a diferença conceitual entre probabilidade e duração de um<br />
estado probabilístico.)<br />
O percentual analisado do espaço probabilístico de estados considerando o casobase<br />
mais todas as contingências simples, mais todas as contingências duplas,<br />
atinge 97,992%. Infere-se então que a parcela associada apenas às duplas,<br />
corresponde aproximadamente a (97,992 - 92,70 = 5,29%) e o percentual de<br />
aproximadamente (100 - 97,992 = 2,0%) representa as contingências triplas,<br />
quádruplas e de ordem superior.<br />
Para o analista, o grande aspecto de interesse aqui é a constatação que apenas<br />
durante 2% de uma base de tempo muito extensa, a Rede Básica está<br />
significativamente debilitada, com desligamentos triplos ou de ordem superior.<br />
Porém, durante 5% desse tempo pode-se verificar a incidência de desligamentos<br />
duplos na Rede Básica.<br />
Não obstante, foi indicado (vide seção 6.3 da Ref. 3) que o montante de energia<br />
cortada oriundo de contingências múltiplas não importa em valor econômico que<br />
justifique investimentos capazes de mitigar essas contingências de ordem superior.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 342 / 530
Figura 5.2.6 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade (Carga Pesada)<br />
SEV Global<br />
Contingências<br />
2003<br />
2004 2005<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Simples 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />
Simples + Duplas 15,60<br />
Simples + Duplas + Ordem Superior 17,40 15,17 14,09 14,75 14,20 14,73 17,53 14,91<br />
Contingências Simples<br />
Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior<br />
Contingências Simples + Duplas<br />
20,0<br />
18,0<br />
16,0<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
14,0<br />
12,0<br />
10,0<br />
8,0<br />
6,0<br />
4,0<br />
2,0<br />
0,0<br />
jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />
Meses/Ano<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 343 / 530
Figura 5.2.7 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade<br />
Contingências Simples<br />
Contingências Simples + Duplas<br />
Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior<br />
20<br />
18<br />
17,40<br />
16<br />
15,60<br />
Severidade (sistema-minuto)<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
11,02<br />
4<br />
2<br />
0<br />
jun/03<br />
Meses/Ano<br />
5.3 Principais Conclusões<br />
Neste item são enumeradas as principais conclusões retiradas dos estudos<br />
efetuados. As análises levam em conta a classificação conceitual exposta na Tabela<br />
5.2.1. explicitada na subseção 5.1 - Aspectos Conceituais.<br />
<br />
Evolução do Risco da Rede Elétrica Brasileira<br />
- Foi constatado que a rede elétrica básica brasileira planejada, consoante o PAR<br />
2003/2005, tem um risco probabilístico intrínseco expresso, aproximadamente,<br />
por um valor de severidade inferior a 10 (dez) sistema-minutos, para<br />
contingências simples e regime de carga pesada (vide Figura 5.2.1).<br />
- Foi também confirmado que o sistema brasileiro planejado não atende ao<br />
critério determinístico referido como "n-1"(o critério seria atendido quando o<br />
valor da severidade fosse nulo).<br />
<br />
Desempenho da Rede: Transmissão, Transformação e Transformação de<br />
Fronteira<br />
- Foi confirmado que, do ponto de vista funcional, uma importante fonte de risco<br />
para a malha nacional advém da função transformação de fronteira (vide<br />
definição na subseção 5.1) - TF. Esse resultado sugere que um melhor<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 344 / 530
desempenho pode ser alcançado caso haja um maior aporte de recursos nesse<br />
segmento da rede básica (vide Figura 5.2.2).<br />
- Foi constatada uma acentuada robustez no desempenho dos transformadores<br />
de malha - TM (vide definição na subseção 5.1) situados na faixa do grau de<br />
severidade zero (vide Tabela 5.2.1 e Figura 5.2.2).<br />
- Pode-se estimar que cerca de 75% do risco total intrínseco da rede básica é<br />
oriundo da função transmissão principal - LT (vide definição na subseção 5.1 e<br />
também a Figura 5.2.2).<br />
<br />
Desempenho da Rede por Nível de Tensão<br />
- Verifica-se que quando a rede básica planejada do SIN é discriminada por nível<br />
de tensão, certas configurações das malhas de 750, 500, 525 e 440 kV<br />
atendem ao critério "n-1" de planejamento (vide Figuras 5.2.4 e 5.2.5).<br />
- Os níveis de tensão 230 kV da Região S/SE, 230 kV da Região CO, o nível de<br />
440 kV, os níveis de 500 e 525 kV de todas as regiões e o nível de 750 kV<br />
situam-se no grau de severidade zero (i.e. menor do que 1 sistema-minuto),<br />
sinalizando um desempenho aceitável, conforme o critério da Tabela 5.2.1 (vide<br />
Figuras 52.3, 5.2.4 e 5.2.5).<br />
- O nível de tensão de 230 kV da Região N/NE situa-se no grau de severidade<br />
um, sinalizando um desempenho degradado, porém não grave. Esse resultado<br />
advém da estrutura eminentemente radializada desse sistema (vide Figura<br />
5.2.3).<br />
- O nível de tensão de 345 kV apresenta um desempenho oscilatório em torno de<br />
um minuto de severidade (vide Figura 5.2.5). Pode-se notar que esta malha<br />
apresenta em determinadas configurações uma severidade superior ao grau 1,<br />
não atendendo ao critério "n-1". A possível causa dessa situação advém de<br />
alguns sistemas radiais, especialmente no norte do Estado de Minas Gerais.<br />
<br />
Avaliação do Impacto de Contingências Múltiplas<br />
- Para a rede básica brasileira planejada, as contingências de ordem superior<br />
(i.e. duplas, triplas, etc) embutem um risco intrínseco equivalente a cerca de<br />
40% do risco associado às contingências simples (vide Figura 5.2.6).<br />
- Com a tecnologia atualmente disponível para estudos de confiabilidade não é<br />
recomendável o cálculo rotineiro da enumeração exaustiva do conjunto de<br />
contingências duplas da malha nacional. Assim, não é factível a aplicação<br />
rigorosa do critério "n-2", pois que o tempo computacional necessário é<br />
proibitivo (na investigação descrita na subseção 5.2.3 foram necessários 11<br />
dias de cálculo).<br />
Foi constatado que a probabilidade de ocorrência do estado topológico onde a Rede<br />
Básica está intacta é de 65,52%, ou seja, durante cerca de 35% de uma base de<br />
tempo muito extensa (tempo→∞), a Rede Básica pode sofrer algum tipo de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 345 / 530
desligamento. A probabilidade de todas as contingências simples atinge cerca de<br />
28% e a chance de desligamentos duplos e de ordem superior atinge<br />
aproximadamente 7%. Dentre estes, os desligamentos estritamente duplos<br />
contabilizam da ordem de 5% e os triplos e superiores, os restantes 2% (vide seção<br />
5.2.3).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 346 / 530
6 Condicionantes dos Estudos<br />
Este item trata das premissas utilizadas para a elaboração dos estudos que<br />
resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto. Basicamente são<br />
enfocados o mercado, através das previsões de demanda, a previsão de geração e<br />
os critérios considerados.<br />
6.1 Mercado<br />
6.1.1 Contexto<br />
Em junho de 2002, foi realizado um Workshop Interno focando os produtos da<br />
consolidação das previsões de carga em seus diversos horizontes e escopos. A<br />
partir deste, foi possível detectar as melhorias necessárias ao processo para<br />
implementar plenamente o Módulo 5, priorizando os trabalhos de acordo com as<br />
necessidades levantadas.<br />
Foi então elaborado, em julho, o Termo de Referência de modo a informar e<br />
estabelecer compromissos com os envolvidos - Agentes e clientes internos do <strong>ONS</strong><br />
- na consolidação das previsões de carga para o PAR ciclo 2004-2006, quanto à<br />
forma de execução, as análises a serem desenvolvidas e o cronograma de<br />
atividades.<br />
Esta consolidação foi executada conforme consta dos Procedimentos de Rede do<br />
<strong>ONS</strong> - Submódulo 5.2, com um sensível aprimoramento em relação ao ciclo<br />
anterior, objetivando um maior grau de automatização e agilidade no processo,<br />
cumprimento dos prazos, e também evitar retrabalhos e erros advindos da<br />
manipulação da volumosa massa de dados envolvida, de modo a aperfeiçoar<br />
principalmente a qualidade das análises procedidas.<br />
Salienta-se que havia uma forte preocupação com a retomada do consumo após o<br />
período de racionamento que vigorou a partir do 2º semestre de 2001 até fevereiro<br />
de 2002. A base histórica era insuficiente para minimizar a considerável incerteza<br />
com relação aos impactos sobre diversos parâmetros pertinentes, tais como a sazonalidade<br />
ao longo do ano, as relações entre as condições de carga, pois o nível<br />
de racionalização foi bastante diferenciado de acordo com a participação dos<br />
diversos segmentos de consumo e características sócio-econômicas regionais.<br />
6.1.2 Dados<br />
As projeções de carga referem-se ao período de janeiro de 2003 a dezembro de<br />
2006. Dado o contexto em que se realizou o estudo, a solicitação contemplou<br />
também os dados verificados por barramento para os anos de 2000, 2001 e 2002,<br />
necessários para análises comparativas.<br />
A definição negociada junto aos Agentes, de quais as condições de carga a serem<br />
fornecidas para utilização nos estudos de cada Subsistema foi feita de forma<br />
criteriosa, face às características dos mercados regionais aliadas à dinâmica de<br />
evolução do comportamento de suas cargas. De acordo com os Procedimentos de<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 347 / 530
Rede, espera-se que haja uma evolução para que futuramente sejam informadas<br />
todas as condições de carga para todos os meses.<br />
Quadro 6.1.2-1 Condições de carga solicitadas<br />
6.1.3 Processo<br />
O processo consiste basicamente de três etapas:<br />
- Consolidar as previsões de carga ativa e reativa nos barramentos da Rede de<br />
Simulação, a partir dos dados informados pelos Agentes;<br />
- Solicitar aos Agentes revisões nas previsões enviadas; e<br />
- Disponibilizar para os Agentes informações utilizadas e geradas no processo de<br />
consolidação da previsão de carga.<br />
Vale destacar que a etapa de consolidação, além da análise dos dados<br />
propriamente dita, inclui a definição do padrão para envio dos dados, a solicitação<br />
dos dados, a articulação com os Agentes para esclarecer dúvidas sobre o processo<br />
e o controle dos prazos e da conformidade das informações.<br />
O processo de consolidação traz basicamente a comparação das previsões para o<br />
período 2003/2006 em relação ao valor previsto para o Estudo de Ampliações e<br />
Reforços do ciclo 2003/2005, bem como o confronto com o valor estimado para<br />
2002 e o verificado em 2000 e 2001, abrangendo as seguintes informações e<br />
indicadores:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 348 / 530
- Desvios das previsões de demanda ativa e reativa por barramento da Rede de<br />
Simulação dentro de condições de carga pré-estabelecidas => diferenças<br />
percentuais, diferenças absolutas, crescimentos, sazonalidade, fator de<br />
potência, fator de participação do barramento e de agrupamentos de<br />
barramentos no total da carga, fator de carga, relações entre diferentes<br />
condições de carga;<br />
- Comparações com valores históricos => premissas adotadas nas previsões<br />
quanto a sazonalidade, crescimento,....<br />
- Privilegiar a análise visual => Gráficos de vários tipos (de barras, “pizzas”,<br />
linhas contínuas);<br />
- Análise do fator de potência do barramento, agrupamento de barramentos,<br />
áreas e empresa;<br />
- Análise das curvas de carga típicas para dias úteis e sábados, por empresas,<br />
mês a mês para todo o ciclo, de forma a ratificar a escolha dos “momentos” de<br />
carga de interesse para estabelecimento de casos a serem analisados pela<br />
equipe de elaboração dos estudos;<br />
- Somatório da demanda ativa e reativa por barra compondo o total por:<br />
• Agrupamento de barramentos;<br />
• Empresas;<br />
• Áreas; e<br />
• Subsistemas.<br />
Primeiramente, foi elaborado o Relatório Síntese sobre conformidade de<br />
informações e prazos, que foi enviado aos Agentes. A partir dos dados recebidos<br />
para o período 2003/2006 do PAR, o <strong>ONS</strong> enviou texto abordando uma análise da<br />
carga por Empresa. Foram solicitadas eventuais revisões e/ou confirmações das<br />
projeções elaboradas pelos Agentes, acompanhadas de justificativas, bem como<br />
quaisquer outras informações que o Agente julgasse necessárias ao processo de<br />
consolidação de carga.<br />
6.1.4 Resultados<br />
Os dados formatados para utilização no ANAREDE foram disponibilizados ao final<br />
de outubro, apesar de diversos atrasos ocorridos ao longo do processo. A análise<br />
comparativa entre os ciclos foi concluída já no início de novembro. Todo o processo<br />
foi mais bem acompanhado e documentado que no ciclo anterior.<br />
Os primeiros resultados foram apresentados nas reuniões dos Grupos Especiais de<br />
Elaboração do PAR para o Sudeste e Sul, Norte/Nordeste, realizadas em São<br />
Paulo, Recife, e Florianópolis nos dias 9, 11 e 15 de outubro, respectivamente.<br />
Os resultados são mostrados a seguir através de comparação do somatório das<br />
cargas da rede de simulação que compõem a carga de cada estado, subsistemas e<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 349 / 530
SIN. O detalhamento por empresa, área e agrupamentos para os subsistemas foi<br />
disponibilizado aos Agentes ao longo da consolidação, sendo objeto de consulta<br />
caso haja interesse.<br />
A síntese dos resultados destaca, através de visualização gráfica:<br />
- a comparação da previsão de carga pesada por barramentos para meses de<br />
interesse, entre o PAR 2003-2005 e o PAR 2004-2006, mostrando os desvios<br />
percentuais das previsões nas setas verticais;<br />
- o atraso da carga constatado;<br />
- o crescimento anual percentual para o novo ciclo, mostrados nas setas<br />
horizontais, inclusive em relação ao maior valor verificado em 2002;<br />
- curvas de carga típicas diárias para um dia útil de inverno e de verão<br />
(escolhidos meses de maio e fevereiro para o Sul, julho, fevereiro e dezembro<br />
para o Sudeste/Centro Oeste, e junho e dezembro para o Norte Nordeste); e<br />
- gráficos do tipo “pizza” mostrando participações de cada subsistema no SIN, e<br />
de cada estado no subsistema, para a ocorrência da maior carga pesada.<br />
A carga consolidada adotada para a elaboração do ciclo atual do Plano de<br />
Ampliações e Reforço apresenta uma defasagem em relação ao ciclo 2003-2005<br />
para o SIN de pouco mais de um ano em média para o triênio, com desvios até da<br />
ordem de 5%.<br />
A composição da carga por Subsistema também é apresentada a seguir:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 350 / 530
Figura 6.1.4-1 Sistema Interligado Nacional – Comparação entre ciclos<br />
Figura 6.1.4-2<br />
SIN – Composição por Subsistema – previsão para a carga pesada de junho<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 351 / 530
Tabela 6.1.4-1 Previsão de Carga para o Sistema Interligado Nacional (MW)<br />
Tabela 6.1.4-2 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Interligado Nacional (%)<br />
6.1.4.1 Norte<br />
O Subsistema Norte apresenta desvios positivos na comparação entre ciclos, nos<br />
anos de 2004 e 2005, decorrentes da performance da carga industrial da ELETRO-<br />
NORTE, nos estados do Pará e Maranhão. Para o conjunto de distribuidoras CEL-<br />
PA, Cemar e CELTINS, a defasagem é em torno de um ano, ou seja, a carga<br />
prevista para 2003 no PAR 2003-2005 não ocorre até dezembro de 2004 no atual<br />
estudo. Já para as cargas atendidas pela Eletronorte, basicamente eletrointensivos,<br />
observa-se um acentuado crescimento, a partir de 2003. Os gráficos a<br />
seguir ilustram os comentários.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 352 / 530
Figura 6.1.4-3 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos<br />
Figura 6.1.4-4 Subsistema Norte – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de<br />
carga<br />
Observa-se que a Área Pará apresenta uma maior participação que a Área<br />
Maranhão, para a condição de carga pesada dos dias úteis. A participação da carga<br />
da Eletronorte é maior que a do conjunto das distribuidoras Celpa, Cemar e<br />
CELTINS, elevando-se de 57%, na carga pesada dos dias úteis para 72%, na carga<br />
mínima.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 353 / 530
Tabela 6.1.4-3 Previsão de Carga para o Sistema Norte – Áreas (MW)<br />
Tabela 6.1.4-4 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Norte – Áreas (%)<br />
Figura 6.1.4-5 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos – ÁREAS<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 354 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 355 / 530
Análise das Curvas de Carga do Norte<br />
As curvas de carga de dias úteis apresentam uma sazonalidade com variação de<br />
até cerca de 6% nos montantes previstos para os períodos de carga média e<br />
pesada, dependendo do mês em questão. Para este Subsistema, o fator<br />
temperatura e conseqüentes hábitos de consumo não são preponderantes (clima<br />
equatorial), estando a demanda mais ligada principalmente a aspectos de produção<br />
industrial.<br />
Figura 6.1.4-6 Curvas típicas para meses distintos – dia úti – Subsistema Nortel<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 356 / 530
6.1.4.2 Nordeste<br />
Para o Subsistema Nordeste os resultados finais indicam uma defasagem de quase<br />
dois anos entre estes ciclos. Observa-se, por exemplo, que a carga prevista para o<br />
ciclo 2004-2006 é 8,5% inferior ao ciclo 2003-2005, em dezembro de 2004 e 2005,<br />
para a carga pesada. As previsões apresentadas para o ciclo 2004-2006 indicam<br />
um crescimento de 8%, entre a maior demanda ocorrida em 2002 e a carga de<br />
dezembro de 2003, seguido de crescimentos anuais em torno de 5%. A condição de<br />
carga média do ciclo anterior é da mesma ordem de grandeza que a de pesada do<br />
ciclo atual. Para o conjunto das distribuidoras, a defasagem é pouco maior que um<br />
ano.<br />
Figura 6.1.4-7 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos – Carga de verão<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 357 / 530
Figura 6.1.4-8 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - Carga de inverno<br />
Figura 6.1.4-9 Subsistema Nordeste – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de<br />
carga<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 358 / 530
Tabela 6.1.4-5 Previsão de carga para o Sistema Nordeste – Áreas (%)<br />
Tabela 6.1.4-6 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Nordeste – Áreas (%)<br />
Figura 6.1.4-10 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - ÁREAS<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 359 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 360 / 530
Análise das Curvas de Carga do Nordeste<br />
A sazonalidade ao longo dos diferentes meses reflete a influência dos<br />
consumidores industriais horosazonais, que contribuem no verão, juntamente com o<br />
efeito do horário de verão, para a carga pesada não ser tão elevada. Analogamente,<br />
nos meses de inverno, verifica-se uma queda de consumo e uma retomada a<br />
seguir, logo após o término do período de ponta.<br />
As áreas Norte, Sul e Sudoeste apresentam um perfil similar ao da curva do<br />
Subsistema. Um destaque para as áreas Sul e Sudoeste, é que a carga fora da<br />
ponta está maior que a do período de ponta. Merecendo atenção, pois as<br />
solicitações diurnas são superiores às noturnas, com maior impacto no atendimento<br />
devido ao limite de carregamento das linhas de transmissão ser menor que o<br />
noturno. Indica também, a necessidade de alertar a Aneel no sentido de avaliar o<br />
sinal de preço que estimula a modulação da carga do consumidor final.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 361 / 530
As áreas Leste e Oeste têm um comportamento similar ao conjunto das<br />
distribuidoras, com a máxima solicitação ocorrendo na ponta. A destacar que a<br />
ponta do sábado já é bem próxima da dos dias úteis.<br />
Figura 6.1.4-11 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Nordeste<br />
6.1.4.3 Sudeste/ Centro-Oeste<br />
A análise das comparações entre os ciclos foi feita visando a avaliação das maiores<br />
solicitações de carga. O período de inverno foi caracterizado pelo mês de maio para<br />
os anos de 2003 e 2004. Para os demais anos, foram consideradas as maiores<br />
cargas informadas pelas empresas no período de abril a setembro. Ressalta-se<br />
que, com relação aos valores informados para 2004, os meses de julho e agosto<br />
apresentam valores muito próximos ao de maio. Para a carga do período de verão,<br />
foram analisados os meses de dezembro e fevereiro.<br />
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma defasagem de aproximadamente<br />
um ano para este novo ciclo, quando comparado com o anterior. Destaca-se<br />
que o Centro Oeste e o Sudeste mostram comportamento similar no que se refere<br />
ao atraso entre ciclos, apesar dos valores dos desvios e taxas de crescimento do<br />
Centro-Oeste serem mais elevados que os do Sudeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 362 / 530
Em termos do crescimento esperado, está sendo prevista uma retomada da carga a<br />
partir de 2003, com taxas mais atenuadas que no ciclo anterior. A retomada da<br />
carga após o racionamento pode ser avaliada pelo crescimento de 10% entre a<br />
carga prevista para o inverno de 2003 e a verificada em 2002 e pela taxa<br />
geométrica de 6% entre a carga prevista para o inverno de 2004 e o verificado em<br />
2002. No ciclo anterior, estes indicadores eram 2% mais elevados, ou seja, 12% e<br />
8%, respectivamente.<br />
Figura 6.1.4-12 Subsistema Sudeste – Comparação entre ciclos<br />
A participação de cada área no total de carga do Subsistema é bastante variável em<br />
função da condição de carga e estação /mês do ano:<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 363 / 530
Figura 6.1.4-13 Subsistema Sudeste – Composição por Áreas – diferentes meses e condições de carga<br />
Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW)<br />
PAR 2003-2005 PAR 2004-2006<br />
Áreas Mês 2002 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006<br />
Minas Gerais Inv 5.838 6.238 6.538 6.869 6.066 6.217 6.350 6.575<br />
São Paulo Inv 17.004 17.611 18.267 18.986 16.909 17.522 17.946 18.558<br />
Mato Grosso Inv 1.084 1.093 1.213 1.253 1.093 1.140 1.207 1.256<br />
Goiais+Dist.Federal Inv 1.896 2.129 2.285 2.451 2.010 2.137 2.276 2.415<br />
Rio + E.Santo 7.011 7.405 7.589 7.757 7.659 7.436 7.663 7.868<br />
Subsistema SE-CO Inv 32.833 34.477 35.892 37.315 33.738 34.452 35.442 36.672<br />
Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%)<br />
PAR 2003-2005 PAR 2004-2006 PAR 04-06 / PAR 03-05<br />
Áreas 03 / 02 04 / 03 05 / 04 04 / 03 05 / 04 06 / 05 2003 2004 2005<br />
Minas Gerais 6,9% 4,8% 5,1% 2,5% 2,1% 3,5% -2,8% -4,9% -7,6%<br />
São Paulo 3,6% 3,7% 3,9% 3,6% 2,4% 3,4% -4,0% -4,1% -5,5%<br />
Mato Grosso 0,9% 10,9% 3,3% 4,3% 5,9% 4,1% 0,0% -6,0% -3,7%<br />
Goiais+Dist.Federal 12,3% 7,3% 7,3% 6,3% 6,5% 6,1% -5,6% -6,5% -7,1%<br />
Rio + E.Santo 5,6% 2,5% 2,2% -2,9% 3,0% 2,7% 3,4% -2,0% -1,2%<br />
Subsistema SE-CO 5,0% 4,1% 4,0% 2,1% 2,9% 3,5% -2,1% -4,0% -5,0%<br />
A análise individualizada por Área indica um atraso superior a um ano para São<br />
Paulo e Minas Gerais, que juntas correspondem a 70% da carga deste Subsistema,<br />
embora haja uma considerável variação na composição da estrutura de mercado<br />
das diversas concessionárias, o que leva a diferentes conseqüências do<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 364 / 530
constrangimento imposto à carga. A Área Rio de Janeiro + Espírito Santo, por<br />
exemplo mostra um atraso inferior a um ano em 2005 e 2006.<br />
Figura 6.1.4-14 Subsistema Sudeste/ Centro Oeste – Comparação entre ciclos - Áreas<br />
Minas Gerais - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />
Evolução e diferença entre ciclos<br />
7000<br />
6800<br />
6600<br />
6400<br />
2003 2004 2005 2006<br />
-4,9%<br />
-7,6%<br />
6200<br />
6000<br />
-2,8%<br />
crescimento de 3,5%<br />
5800<br />
5600<br />
5400<br />
5200<br />
crescimento de<br />
2,5%<br />
crescimento de<br />
2,1% Atrasos:<br />
2004 ~ = 1 ano<br />
2005 > 1 ano<br />
2006 > 1 ano<br />
5000<br />
Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />
PAR 03-05 Pes DU<br />
PAR 04-06 Pes DU<br />
São Paulo- Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />
Evolução e diferença entre ciclos<br />
19500<br />
19000<br />
18500<br />
18000<br />
2003 2004 2005 2006<br />
-4,1%<br />
-5,5%<br />
17500<br />
17000<br />
16500<br />
16000<br />
15500<br />
-4,0%<br />
crescimento de 3,6%<br />
crescimento de2,4%<br />
crescimento de 3,4%<br />
Atrasos:<br />
2004 > 1 ano<br />
2005 > 1 ano<br />
2006 > 1 ano<br />
15000<br />
Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />
PAR 03-05 Pes DU<br />
PAR 04-06 Pes DU<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 365 / 530
650<br />
630<br />
610<br />
590<br />
570<br />
550<br />
530<br />
510<br />
490<br />
470<br />
450<br />
Mato Grosso do Sul - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />
Evolução e diferença entre ciclos<br />
2003 2004 2005 2006<br />
-1,4%<br />
crescimento de 4,3%<br />
Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />
PAR 03-05 Pes DU<br />
-4,6%<br />
crescimento de 3,2%<br />
-1,4%<br />
crescimento de 3,4%<br />
Atrasos:<br />
2004 = 1 ano<br />
2005 = 1 ano<br />
2006 < 1 ano<br />
PAR 04-06 Pes DU<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 366 / 530
Mato Grosso - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />
Evolução e diferença entre ciclos<br />
750<br />
2003 2004 2005 2006<br />
700<br />
650<br />
-5,6%<br />
600<br />
-7,3%<br />
crescimento de 4,7%<br />
550<br />
500<br />
1,3%<br />
crescimento de 4,3%<br />
crescimento de 8,3%<br />
Atrasos:<br />
2005 ~= 1 ano<br />
2006 ~= 1 ano<br />
450<br />
Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />
PAR 03-05 Pes DU<br />
PAR 04-06 Pes DU<br />
<br />
Análise das Curvas de Carga do Sudeste/Centro Oeste<br />
Para o Subsistema como um todo, as várias áreas contribuem para uma<br />
conformação da curva de carga ao longo do ano que denota uma variação mais<br />
expressiva nos horários no entorno da ocorrência da ponta de carga. O efeito do<br />
horário de verão é notável, como se pode observar no deslocamento do horário de<br />
ponta, e também na sua diminuição, bem como através da previsão de um “vale” no<br />
período que a antecede.<br />
A máxima demanda de carga no ano ocorre no inverno, sendo que a carga média<br />
vespertina é maior nos meses de verão.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 367 / 530
Figura 6.1.4-15 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste<br />
Para as curvas das diferentes áreas, estas traduzem as diversas composições do<br />
mercado consumidor que as formam, com as diferentes intensidades nas<br />
participações dos segmentos tradicionais (residencial, comercial, industrial, poderes<br />
públicos, rural, etc..)<br />
Destaca-se que embora haja variações de destaque entre as Áreas, no geral a<br />
forma básica da curva de carga é a mesma, com a ponta descolada do restante da<br />
curva e representando a ocorrência da máxima carga do dia. A exceção é a área do<br />
Mato Grosso+ Mato Grosso do Sul, aonde se verifica a carga média vespertina<br />
empatando ou eventualmente até ultrapassando a ponta nos meses de verão, o que<br />
se verifica também em várias empresas da Região Sul.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 368 / 530
Figura 6.1.4-16 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste - Áreas<br />
6.1.4.4 Sul<br />
As previsões para o ciclo 2004-2006, quando comparadas com as do ciclo anterior,<br />
mostram desvios que levam a um atraso da carga global da Região Sul de<br />
aproximadamente um ano para 2004. A defasagem para todas as concessionárias é<br />
também desta ordem, à exceção da Copel, que apresentou atrasos de quase dois<br />
anos no início do novo ciclo e de pouco mais de um ano para o período restante.<br />
Tal retração está sendo esperada basicamente em função das expectativas de<br />
consumo e do cenário econômico nacional e regional.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 369 / 530
O crescimento está sendo previsto na faixa de 5% ao ano para o horizonte<br />
considerado, um pouco inferior ao que já se verificou recentemente para a Região,<br />
no biênio 1999/2000.<br />
A participação de cada estado na composição da carga regional é bastante<br />
diferenciada, variando em função da condição de carga e do período do ano.<br />
A seguir, são apresentados gráficos que consubstanciam os comentários acima.<br />
Figura 6.1.4-17 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 370 / 530
Figura 6.1.4-18 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos - ÁREAS<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 371 / 530
Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês de maio(MW)<br />
PAR 2003-2005 PAR 2004-2006<br />
Áreas Mês 2002 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006<br />
Paraná Mai 3.321 3.447 3.819 4.030 3.178 3.344 3.557 3.742<br />
Santa Catarina Mai 2.282 2.434 2.558 2.716 2.349 2.453 2.589 2.725<br />
Rio Grande do Sul Mai 3.381 3.615 3.717 3.889 3.617 3.706 3.870 4.041<br />
Subsistema Sul Mai 8.984 9.496 10.094 10.635 9.144 9.503 10.016 10.508<br />
Tabela 6.1.4-10 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sul – mês de maio (%)<br />
PAR 2003-2005 PAR 2004-2006 PAR 04-06 / PAR 03-05<br />
Áreas 03 / 02 04 / 03 05 / 04 04 / 03 05 / 04 06 / 05 2003 2004 2005<br />
Paraná 3,8% 10,8% 5,5% 5,2% 6,4% 5,2% -7,8% -12,5% -11,7%<br />
Santa Catarina 6,7% 5,1% 6,1% 4,4% 5,5% 5,3% -3,5% -4,1% -4,7%<br />
Rio Grande do Sul 6,9% 2,8% 4,6% 2,5% 4,4% 4,4% 0,1% -0,3% -0,5%<br />
Subsistema Sul 5,7% 6,3% 5,4% 3,9% 5,4% 4,9% -3,7% -5,9% -5,8%<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 372 / 530
Figura 6.1.4-19 Subsistema Sul– Composição por Estado – ano de 2005 – carga média de verão e carga<br />
pesada de inverno<br />
<br />
Análise das Curvas de Carga do Sul<br />
As análises das curvas de carga global das empresas foram determinativas para<br />
definição de quais as cargas a serem consideradas para os estudos. As máximas<br />
solicitações ocorrem no verão no mês de março, durante o período vespertino –<br />
carga média – de dia útil, e no inverno, durante o período da ponta – carga pesada<br />
– igualmente de dia útil, em junho.<br />
A análise confirma a tendência de alteração na conformação destas curvas, em<br />
função da influência da carga vespertina, que faz com que durante todos os meses<br />
do verão o dia útil apresente a carga média acima da carga coincidente com o<br />
período de ponta do SIN. Este formato começou a se delinear no Rio Grande do<br />
Sul, aonde ainda é mais significativo, tendo evoluído para todo o Sul, a menos do<br />
Paraná. Destaca-se ainda que a componente reativa desta carga, em função de sua<br />
natureza ligada a aspectos como temperatura, etc, a torna interessante objeto de<br />
estudos dentro do escopo considerado.<br />
São apresentadas as curvas para os meses de inverno e de verão, este com as<br />
previsões com e sem a vigência do horário de verão (HV), de forma a explicitar a<br />
sazonalidade das mesmas e os importantes deslocamentos na ocorrência da máxima<br />
demanda.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 373 / 530
Figura 6.1.4-20 Subsistema Sul – Curva de carga diária típica para dias úteis–verão (com e sem HV) e inverno<br />
Figura 6.1.4-21 Curvas de carga diária típica para dias úteis – Subsistema Sul -verão e inverno - ÁREAS<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 374 / 530
6.1.5 Requisitos Máximos Anuais<br />
Para uma visão de conjunto da evolução dos requisitos máximos anuais por<br />
Subsistema ao longo do tempo, estão apresentados a seguir os valores de<br />
demanda máxima verificados até dezembro de 2002 e os requisitos máximos<br />
previstos no PAR 2004-2006.<br />
Tais requisitos são obtidos a partir da previsão por barramentos para as condições<br />
de carga associadas nas quais se espera a ocorrência da máxima carga anual para<br />
cada Subsistema, acrescidas de perdas previstas nos sistemas de transmissão.<br />
Estas perdas são obtidas a partir de estudos de casos de fluxo de potência<br />
elaborados com critérios e metodologias adotadas nos estudos do Plano de<br />
Ampliações e Reforços – PAR – do ciclo em análise, com considerações específicas<br />
quanto ao cenário de despacho de geração e topologia da rede.<br />
Conforme estabelecido no Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, estão sendo<br />
mostradas também as previsões de demanda máxima integrada constantes do<br />
Plano de Operação 2003 – Cenário de Referência, de forma a ter-se uma idéia das<br />
diferenças entre estas previsões.<br />
Cabe comentar que as premissas adotadas para as previsões de carga para o PAR<br />
e para o Plano de Operação diferem por concepção. No ambiente do Plano de<br />
Operação, o que se pretende á analisar a capacidade de atendimento à demanda<br />
global (não é analisada a distribuição espacial da carga), focando também a<br />
questão energética, em consonância com os cenários de mercado elaborados no<br />
âmbito do CCPE/CTEM. Não há a necessidade de se ter alternativas de expansão<br />
respaldadas contratualmente, o que faz com que as previsões sejam mais<br />
“ousadas”. Já o PAR guarda o compromisso contratual para a sinalização de<br />
expansões para a Rede Básica, o que leva a uma postura mais conservadora por<br />
parte dos previsores de carga.<br />
Foi elaborada a Tabela 11 abaixo, aonde são mostradas as previsões em questão e<br />
as diferenças, as perdas embutidas e os crescimentos envolvidos.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 375 / 530
Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 376 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 377 / 530
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 378 / 530
Os desvios observados para os Subsistemas entre as previsões de demanda<br />
máxima para o PAR e para o Plano evoluem de valores na faixa de 2 a 5% em 2004<br />
para 6 a 9% em 2006. Estas diferenças mostram-se significativas quando<br />
confrontadas com as taxas de crescimento anuais.<br />
É importante frisar que os requisitos são extremamente sensíveis às perdas<br />
agregadas. Um parâmetro muito importante é o despacho de geração que é<br />
considerado implicitamente no CASO-BASE a partir do qual obtêm-se essas perdas.<br />
Comparações entre as previsões de carga para o PAR com as utilizadas nos<br />
estudos do CCPE/CTET, também por barramentos, não estão sendo realizadas no<br />
momento por indisponibilidade de dados para tal.<br />
6.2 Geração<br />
Conforme estabelecido no termo de referência [8], no desenvolvimento dos estudos<br />
que resultaram na proposta de ampliações e reforços contida neste documento, foi<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 379 / 530
adotado o programa de geração contemplado na elaboração do Plano Anual da<br />
Operação Energética, considerando:<br />
- usinas existentes;<br />
- usinas novas com contratos de concessão ou com solicitações de novos acesso<br />
já formalizados junto ao <strong>ONS</strong>/Agentes;<br />
- transferências contratadas em interligações internacionais;<br />
- as datas de entrada em operação das máquinas das usinas hidrelétricas são<br />
aquelas constantes no Acompanhamento das Usinas Hidrelétricas em<br />
Construção, versão de 10/10/2001, elaborado pela Aneel; e<br />
- as datas de entrada em operação das máquinas das usinas térmicas são<br />
aquelas constantes do processo de solicitação de acesso ao <strong>ONS</strong>/Agentes.<br />
No <strong>Volume</strong> III, é apresentado o programa de geração considerado na elaboração<br />
deste Plano de Ampliações e Reforços.<br />
6.3 Programa de Obras na Rede Básica<br />
Neste item é apresentado o programa de obras de transmissão adotado como<br />
premissa nos estudos que resultaram neste PAR 2004-2006. Os empreendimentos,<br />
que estão relacionados nas Tabelas 6.3-1 a 6.3-4, estão em construção, tendo sido<br />
já objeto de licitação ou de autorização pela Aneel. Destaca-se a importância de<br />
que o cronograma de implantação dessas obras seja mantido e, se possível,<br />
antecipado.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 380 / 530
Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Interligações Inter-regionais<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
TUCURUÍ – MARABÁ C4 E<br />
500 464 PA/MA Licitada EMPRESA NORTE<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
MARABÁ – AÇAILÂNDIA C2<br />
DE TRANSMISSÃO<br />
circuito simples, com<br />
DE ENERGIA S.A.<br />
compensação série em Marabá e<br />
Açailândia<br />
(interligação Norte/Nordeste)<br />
IVAIPORÃ<br />
750/<br />
1.650 PR Autorizado<br />
FURNAS JUN/2004 JUN/2004<br />
3o banco de autotransformadores<br />
525/<br />
69<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
799/02)<br />
IMPERATRIZ – COLINAS –<br />
500 1.278 MA/TO<br />
Licitada NOVATRANS OUT/2003<br />
OUT/2003<br />
MIRACEMA – GURUPI – SERRA<br />
/GO<br />
(S Mesa -<br />
(S Mesa -<br />
DA MESA C2<br />
Miracema) e<br />
Miracema) e<br />
circuito simples, com<br />
compensação série<br />
(Interligação Norte/Sul II)<br />
FEV/2004<br />
(Miracema -<br />
Imperatriz)<br />
FEV/2004<br />
(Miracema -<br />
Imperatriz)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 381 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
DONA FRANCISCA – ITAÚBA<br />
circuito simples<br />
GRAVATAÍ 2 – PORTO<br />
ALEGRE 8<br />
circuito simples<br />
PORTO ALEGRE 8<br />
SE nova (setor de 230 kV)<br />
230 23 RS Autorizada<br />
(Res.<br />
186/03)<br />
230 16,5 RS Autorizada<br />
(Res.<br />
497/01)<br />
230 -- RS Autorizada<br />
(Res.<br />
497/01)<br />
CEEE FEV/2005 FEV/2005<br />
CEEE OUT/2002 DEZ/2004<br />
CEEE OUT/2002 DEZ/2004<br />
PRESIDENTE MÉDICI -<br />
PELOTAS 3<br />
230 130 RS Licitada CEEE JUL/2004 JUL/2004<br />
circuito simples<br />
TAQUARA - CAXIAS<br />
circuito simples<br />
230 55 RS Autorizada<br />
(Res.<br />
557/00 e<br />
208/03)<br />
CEEE MAI/2003 JUL/2003<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 382 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
TAQUARA - OSÓRIO<br />
circuito simples<br />
230 54 RS Autorizada<br />
(Res.<br />
557/00 e<br />
208/03)<br />
CEEE MAI/2003 JUL/2003<br />
BATEIAS – JAGUARIAÍVA<br />
230 137 PR Licitada COPEL FEV/2003 AGO/2003<br />
circuito simples<br />
CAMPO COMPRIDO - UMBARÁ<br />
circuito duplo seccionamento<br />
para SE Cidade Industrial de<br />
Curitiba<br />
CIDADE INDUSTRIAL DE<br />
CURITIBA<br />
SE nova (associada ao<br />
seccionamento da LT 230 kV<br />
Campo Comprido – Umbará)<br />
AREIA<br />
Unidade reserva do banco de<br />
autotransformadores existente<br />
230 2x4 PR Autorizada<br />
(Res.<br />
086/01)<br />
230 --- PR Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
550/00)<br />
525 --- PR Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
COPEL DEZ/2001 NOV/2003<br />
COPEL JAN/2002 NOV/2003<br />
ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 383 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
AREIA – SÃO MATEUS<br />
recapacitação<br />
BLUMENAU<br />
banco de capacitores –<br />
2x125 Mvar<br />
BLUMENAU<br />
Complementação do arranjo para<br />
disjuntor e meio para o<br />
transformador<br />
CAMPOS NOVOS<br />
conexão para reator de barra<br />
100 Mvar<br />
230 129 PR Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
230 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
525 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
525 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
532/01)<br />
ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />
ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004<br />
ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />
ELETROSUL MAR/2003 JUN/2003<br />
CAMPOS NOVOS<br />
525/<br />
--- Autorizado<br />
ELETROSUL MAI/2003 JUN/2003<br />
complementação da configuração<br />
disjuntor e meio, com instalação<br />
de disjuntores para o TR 5<br />
230<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
427/01)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 384 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
CAMPOS NOVOS<br />
525/<br />
672 Autorizado<br />
ELETROSUL MAI/2003 JUL/2003<br />
2o banco de autotransformadores<br />
e unidade reserva<br />
230<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
427/01)<br />
CAMPOS NOVOS<br />
conexão para reator da linha de<br />
Areia<br />
CAXIAS<br />
reator manobrável de 150 Mvar e<br />
unidade reserva<br />
DOURADOS<br />
conexão para reator da linha de<br />
Guaíra<br />
ITÁ<br />
reencabeçamento da LT Salto<br />
Santiago e conexão para reator<br />
de barra de 150 Mvar<br />
525 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
525 --- RS Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
230 --- MS Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
525 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
ELETROSUL FEV/2004 FEV/2004<br />
ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />
ELETROSUL DEZ/2003 DEZ/2003<br />
ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 385 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
IVAIPORÃ FURNAS –<br />
IVAIPORÃ ELETROSUL<br />
circuito simples<br />
LONDRINA<br />
Complementação do arranjo para<br />
disjuntor e meio para o<br />
transformador<br />
PALHOÇA<br />
banco de capacitores – 50 Mvar<br />
SALTO OSÓRIO – CAMPO<br />
MOURÃO<br />
recapacitação<br />
525 0,7 PR Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
525 --- PR Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
230 --- SC Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
230 2X181 PR Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
033/03)<br />
ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />
ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />
ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004<br />
ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />
MAÇAMBARÁ<br />
230 -- RS Licitada STE - SUL<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
reator manobrável – 30 Mvar<br />
TRANSMISSORA<br />
DE ENERGIA<br />
LTDA.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 386 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
MAÇAMBARÁ – SANTO<br />
230 205 RS Licitada STE - SUL<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
ÂNGELO<br />
TRANSMISSORA<br />
circuito simples<br />
DE ENERGIA<br />
LTDA.<br />
SANTO ÂNGELO 2 – SANTA<br />
230 54 RS Licitada STE - SUL<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
ROSA C2<br />
TRANSMISSORA<br />
circuito simples<br />
DE ENERGIA<br />
LTDA.<br />
UTE URUGUAIANA –<br />
230 130 RS Licitada STE - SUL<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
MAÇAMBARÁ<br />
TRANSMISSORA<br />
circuito simples<br />
DE ENERGIA<br />
LTDA.<br />
LAGOA VERMELHA<br />
230 -- RS Licitada TREZEGUET<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
SE nova (setor de 230 kV)<br />
(associada à nova conexão da<br />
PARTICIPAÇÕES<br />
LTDA.<br />
RGE e às LTs 230 kV Campos<br />
Novos – Lagoa Vermelha e<br />
Lagoa Vermelha – Santa Marta)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 387 / 530
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
LAGOA VERMELHA - CAMPOS<br />
230 84 RS/SC Licitada TREZEGUET<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
NOVOS<br />
PARTICIPAÇÕES<br />
circuito simples (associada à SE<br />
LTDA.<br />
Lagoa Vermelha)<br />
LAGOA VERMELHA – SANTA<br />
230 96 RS Licitada TREZEGUET<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
MARTA<br />
PARTICIPAÇÕES<br />
circuito simples (associada à SE<br />
LTDA.<br />
Lagoa Vermelha)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 388 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
TIJUCO PRETO – CACHOEIRA<br />
500 180 SP Licitada CACHOEIRA<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
PAULISTA C2<br />
PAULISTA<br />
circuito simples<br />
TRANSMISSORA<br />
DE ENERGIA<br />
LTDA.<br />
BOM DESPACHO 3<br />
SE nova para seccionamento das<br />
LTs 500 kV Jaguara – Neves,<br />
Jaguara - São Gonçalo do Pará e<br />
São Gotardo 2 – Neves. reator<br />
manobrável de barra – 91 Mvar<br />
NEVES<br />
conexão para reator da LT<br />
500 kV São Gotardo 2 – Neves –<br />
91 Mvar<br />
ANHANGUERA<br />
SE nova (setor de 345 kV)<br />
(associada à LT 345 kV<br />
Guarulhos – Anhanguera)<br />
500 --- MG Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
542/02)<br />
500 --- MG Autorizada<br />
(Resolução<br />
568/02 da<br />
Aneel)<br />
345 --- SP Autorizada à<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
230/01)<br />
CEMIG MAR/2004 MAR/2004<br />
CEMIG MAI/2003 JUN/2003<br />
CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 389 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
AVARÉ NOVA<br />
SE nova (setor de 230 kV)<br />
(associada à nova conexão da<br />
CFL Santa Cruz)<br />
230 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
312/02)<br />
CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003<br />
ARARAQUARA<br />
conexão para o reator RE-2 –<br />
180 Mvar<br />
440 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
591/02)<br />
CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />
BAIXADA SANTISTA<br />
Instalação de um disjuntor e 2<br />
chaves seccionadoras<br />
BAURU<br />
conexão para os reatores RE-2 –<br />
90 Mvar e RE-3 – 180 Mvar<br />
345 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
139/03)<br />
440 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
591/02)<br />
CTEEP OUT/2003 OUT/2003<br />
CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 390 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
CABREÚVA<br />
conexão para o reator RE-3 –<br />
90 Mvar<br />
440 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
272/01)<br />
CTEEP JAN/2003 JUN/2003<br />
CABREÚVA<br />
440/<br />
750 Autorizado<br />
CTEEP JUL/2004 JUL/2004<br />
3º banco de autotransformadores<br />
(Obra associada a expansão do<br />
consumidor CBA)<br />
230<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
503/02)<br />
CABREÚVA<br />
substituição de disjuntores e<br />
equipamentos de 7 bays (Obra<br />
associada ao 3º banco de<br />
autotransformadores 440/230 kV)<br />
230 --- Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
503/02)<br />
CTEEP JUL/2004 JUL/2004<br />
CHAVANTES – BOTUCATU C2<br />
230 137 SP Licitada CTEEP JUN/2003 DEZ/2003<br />
circuito simples<br />
GUARULHOS – ANHANGUERA<br />
circuito duplo<br />
(associada à SE Anhanguera)<br />
345 2x25 SP Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
542/00)<br />
CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 391 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
INTERLAGOS<br />
345/<br />
500 SP Autorizado<br />
CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003<br />
2o banco de autotransformadores<br />
230<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
785/02)<br />
JUPIÁ<br />
instalação de disjuntor na<br />
interligação de barras 440 kV<br />
TIJUCO PRETO – BAIXADA C3<br />
circuito duplo, lançamento do 2º<br />
circuito<br />
COXIPÓ<br />
reatores de linha – 2x30 Mvar<br />
(associado à LT 230 kV Jauru –<br />
Coxipó)<br />
440 --- SP Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
591/02)<br />
345 26 SP Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
319/01)<br />
230 --- MT Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />
CTEEP OUT/2002 OUT/2003<br />
ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />
JAURU<br />
230/<br />
300 MT Autorizada<br />
ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />
SE nova (associada às LT 230 kV<br />
Jauru – Coxipó) com banco de<br />
transformadores e unidade<br />
138<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
reserva<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 392 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
JAURU – COXIPÓ<br />
circuito duplo<br />
reatores de linha 2 x 30 Mvar na<br />
SE Jauru<br />
SINOP<br />
compensador estático - (- 30,<br />
70) Mvar<br />
230 2x360 MT Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
230 --- MT Autorizada<br />
(Resolução<br />
569/02 da<br />
Aneel)<br />
ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />
ELETRONORTE JUN/2004 JUN/2004<br />
AIMORÉS – GOVERNADOR<br />
VALADARES<br />
230 131 MG Autorizada ESCELSA NOV/2003 NOV/2003<br />
recapacitação – circuito simples<br />
(associada à conexão da UHE<br />
Aimorés)<br />
ITUMBIARA – MARIMBONDO<br />
500 210 MG Licitada EXPANSION AGO/2004 AGO/2004<br />
circuito simples<br />
CACHOEIRA PAULISTA –<br />
ADRIANÓPOLIS C3<br />
circuito simples (trecho entre a<br />
torre 214 e a SE Adrianópolis)<br />
500 178 SP/RJ Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
FURNAS JAN/2003 SET/2003<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 393 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
CAMPINAS<br />
reator manobrável de linha –<br />
136 Mvar (em substituição ao<br />
reator de 73 Mvar existente na LT<br />
Campinas – Cachoeira Paulista)<br />
ITUTINGA<br />
reator manobrável de barra –<br />
60 Mvar<br />
500 --- Autorizada<br />
(Resolução<br />
641/02 da<br />
Aneel)<br />
345 --- MG Autorizada<br />
(Resolução<br />
641/02 da<br />
Aneel)<br />
FURNAS MAI/2004 MAI/2004<br />
FURNAS MAI/04 MAI/04<br />
OURO PRETO 2<br />
500/<br />
400 MG Autorizado<br />
FURNAS MAI/2003 14 meses após<br />
3º banco de autotransformadores<br />
(associado à LT 345 kV Ouro<br />
Preto 2-Vitória)<br />
345<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
a obtenção da<br />
Licença de<br />
Instalação<br />
OURO PRETO 2 – VITÓRIA<br />
circuito simples<br />
345 370 MG/ES Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
FURNAS JUL/2003 14 meses após<br />
a obtenção da<br />
Licença de<br />
Instalação<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 394 / 530
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
SAMAMBAIA<br />
banco de compensação série – 1<br />
x 252 Mvar (na LT para Serra da<br />
Mesa – no 3º circuito compacto)<br />
500 Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
335/01)<br />
FURNAS ABR/2003 JUN/2003<br />
TIJUCO PRETO<br />
750/<br />
1.650 Autorizado<br />
FURNAS OUT/2002 OUT/2003<br />
3o banco de autotransformadores<br />
500<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
193/01)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 395 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
BRUMADO II<br />
reator de barra manobrável –<br />
10 Mvar<br />
230 --- BA Autorizado<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
143/03)<br />
COELBA ABR/2004 ABR/2004<br />
BOA ESPERANÇA<br />
230/<br />
39 PI Autorizado<br />
CHESF<br />
DEZ/2000<br />
Previsão para<br />
3° transformador<br />
69<br />
apenas o<br />
transformad<br />
(apenas o<br />
transformador)<br />
entrar em<br />
operação:<br />
or sem as<br />
Depende de<br />
conexões<br />
autorização da<br />
(Resolução<br />
Aneel para as<br />
Aneel<br />
conexões<br />
166/00)<br />
CAUÍPE – FORTALEZA II C1/C2<br />
circuito duplo<br />
(obra associada às UTEs<br />
TERMOCEARÁ e FORTALEZA)<br />
230 2x56 CE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
233/02)<br />
CHESF AGO/2003 AGO/2003<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 396 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
FORTALEZA II – PICI C1/C2<br />
circuito duplo<br />
(associada à implantação da SE<br />
Pici)<br />
MILAGRES – FORTALEZA<br />
Complementação da conversão<br />
das LTs 230 kV transformáveis<br />
Milagres – Banabuiú - Fortaleza<br />
PARAÍSO<br />
SE nova seccionando a LT<br />
230 kV Campina Grande II –<br />
Natal II – 04V1<br />
(associada à nova conexão da<br />
Cosern)<br />
230 2x25 CE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
166/00)<br />
500 401 CE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
333/00)<br />
230 --- RN Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
402/02)<br />
CHESF DEZ/2000 Obra paralisada<br />
por decisão<br />
Judicial<br />
CHESF MAR/2002 AGO/2003<br />
CHESF JAN/2004 JAN/2004<br />
PICI<br />
230/<br />
2X100 CE Autorizada<br />
CHESF DEZ/2000 Depende da LT<br />
SE nova com 2 transformadores<br />
69<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
Fortaleza II –<br />
Pici, paralisada<br />
166/00)<br />
por decisão<br />
Judicial<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 397 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
PIRAPAMA II<br />
substituição de 2 disjuntores das<br />
conexões dos transformadores<br />
(associada à UTE<br />
Termopernambuco)<br />
QUIXADÁ<br />
SE nova de chaveamento<br />
(associada à conversão de LTs<br />
de 230 kV para 500 kV no eixo<br />
Paulo Afonso – Fortaleza)<br />
RECIFE II – PAU FERRO C1/C2<br />
circuito duplo<br />
230 --- PE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
233/02)<br />
500 --- CE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
079/01)<br />
230 2x32 PE Autorizada<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
166/00)<br />
CHESF DEZ/2003 DEZ/2003<br />
CHESF MAR/2002 SET/2003<br />
CHESF DEZ/2000 OUT/2003<br />
RECIFE II – PIRAPAMA II C1/C2<br />
230 2x28,<br />
PE<br />
Autorizada<br />
CHESF DEZ/2003 DEZ/2003<br />
recapacitação (de 232 MVA para<br />
350 MVA)<br />
(associada à UTE<br />
5<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
233/02)<br />
Termopernambuco)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 398 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
SÃO JOÃO DO PIAUÍ<br />
bancos de compensação série –<br />
480 Mvar (Boa Esperança) e<br />
435 Mvar (Sobradinho)<br />
SOBRAL II – SOBRAL III<br />
circuito duplo (associada ao 1º<br />
banco de autotransformadores<br />
500/230 kV da SE Sobral III)<br />
500 -- PI Autorizada<br />
(Resolução<br />
717/02 da<br />
Aneel)<br />
230 2x15 CE Autorizada<br />
(Resolução<br />
257/03 da<br />
Aneel)<br />
CHESF NOV/2004 NOV/2004<br />
CHESF MAR/2005 MAR/2005<br />
SOBRAL III<br />
500/<br />
600 CE Autorizada<br />
CHESF MAR/2005 MAR/2005<br />
1 o banco de autotransformadores<br />
(associada à LT 230 kV Sobral II<br />
– Sobral III)<br />
230<br />
(Resolução<br />
257/03 da<br />
Aneel)<br />
ALTAMIRA<br />
230/<br />
60 PA Autorizado<br />
ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003<br />
2° transformador<br />
69/<br />
13,8<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
233/01)<br />
SÃO LUÍS II<br />
compensador estático<br />
(- 100,150) Mvar<br />
230 -- MA Autorizada<br />
(Resolução<br />
569/02 da<br />
Aneel)<br />
ELETRONORTE AGO/2004 AGO/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 399 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
TRANSAMAZÔNICA<br />
230/<br />
30 PA Autorizado<br />
ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003<br />
2° transformador<br />
34,5<br />
(Resolução<br />
Aneel<br />
233/01)<br />
VILA DO CONDE – SANTA<br />
230 179 PA Licitada EMPRESA<br />
AGO/2004<br />
AGO/2004<br />
MARIA<br />
REGIONAL DE<br />
circuito simples<br />
TRANSMISSÃO DE<br />
ENERGIA S.A.<br />
GOIANINHA – MUSSURÉ II C3<br />
230 51 PE/PB Licitada GTESA JUL/2003 JUL/2003<br />
circuito simples<br />
ANGELIM II<br />
2 bancos de autotransformadores<br />
500/<br />
230<br />
2x600 PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />
ANGELIM II – CAMPINA<br />
GRANDE II<br />
230 186 PE/PB Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />
circuito simples<br />
XINGÓ - ANGELIM II<br />
500 200 AL/PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />
circuito simples<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 400 / 530
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
ou SUBESTAÇÃO<br />
kV<br />
km<br />
ou<br />
MVA<br />
UF<br />
SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />
ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />
PRAZO<br />
PREVISÃO<br />
CONTRATUAL<br />
PARAÍSO – AÇU II<br />
230 135 RN Licitada PARAÍSO-AÇU<br />
MAR/2004<br />
MAR/2004<br />
circuito simples (antiga Santa<br />
Cruz – Açu II)<br />
TRANSMISSORA<br />
DE ENERGIA S.A.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 401 / 530
6.4 Programa de Obras das Distribuidoras<br />
Neste item são apresentados os programas de obras encaminhados até o presente<br />
momento pelas distribuidoras, referentes às instalações não integrantes da Rede<br />
Básica.<br />
6.4.1 CEEE-D<br />
A tabela 6.4.1-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição CEEE-D, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />
Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEE-D<br />
OBRA<br />
SE Arroio do Sal, 1º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />
SE Guaíba, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA<br />
SE Camaquã, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />
SE Bagé 2, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA<br />
SE Porto Alegre 8, 1º e 2º transformadores, 230/69kV, 2 x 83 MVA<br />
SE Porto Alegre 10, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />
SE Porto Alegre 6, 2º transformador, 230/13,8 kV, 50 MVA<br />
SE Porto Alegre 7, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV, 2 x 50<br />
DATA<br />
Nov/06<br />
Mar/06<br />
Out/06<br />
Abr/06<br />
Dez/04<br />
Set/05<br />
Jun/04<br />
Dez/06<br />
6.4.2 RGE<br />
A tabela 6.4.2-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição RGE, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo<br />
Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE<br />
OBRA<br />
SE Caxias 5, 1º banco de transformadores, 230/69 kV, 165 MVA<br />
SE Garibaldi, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />
SE Lagoa Vermelha, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA<br />
DATA<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Ago/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 402 / 530
OBRA<br />
SE Passo Fundo, 2º transformador, 230/138 kV, 84 MVA<br />
SE Tapera 2, 1° e 2° transformador, 230/69 kV, 2x83 MVA<br />
DATA<br />
Dez/04<br />
Jul/04<br />
6.4.3 AES<br />
A tabela 6.4.3-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição AES, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo<br />
Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES<br />
OBRA<br />
SE Sapucaia 2, 1º transformador (banco), 230/138 kV, 150 MVA<br />
DATA<br />
Jul/05<br />
6.4.4 CELESC<br />
A tabela 6.4.4-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição Celesc, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />
Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc<br />
OBRA<br />
LT 138 kV Lages - Vidal Ramos Jr., 1km<br />
LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Ermo)<br />
LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Maracajá)<br />
LT 138 kV Itajaí - Brusque, 17km<br />
LT 138 kV Itajaí - Navegantes, 21km<br />
SE Araranguá 2, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 83 MVA<br />
SE Biguaçú, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />
SE Campos Novos (Eletrosul), 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Campos Novos (Eletrosul), complementação pátio 138kV<br />
DATA<br />
Dez/05<br />
Fev/06<br />
Fev/06<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Jan/06<br />
Dez/06<br />
Dez/05<br />
Jun/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 403 / 530
OBRA<br />
SE Itajaí, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA,<br />
SE Itajaí, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE J.Lacerda, 2º transformador, 230/69 kV, 83MVA<br />
SE Lages, 1o e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />
SE Palhoça, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Palhoça, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Siderópolis Eletrosul, substituição transformador TT2, 230/69 kV,<br />
83 MVA<br />
SE Xanxerê, substituição transformador TT1, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Xanxerê, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA<br />
DATA<br />
Dez/04<br />
Dez/05<br />
Dez/05<br />
Dez/05<br />
Dez/04<br />
Dez/03<br />
Dez/04<br />
Mai/04<br />
Dez/05<br />
6.4.5 COPEL-D<br />
A tabela 6.4.5-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição Copel-D, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />
Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Copel-D<br />
OBRA<br />
LT 138 kV Belém - Palmeira, 2x0, 5 km<br />
LT 138 kV Mandaguari - Jardim Tropical, 2x3,0 km<br />
LT 138 kV Posto Fiscal - GBA, GPS, 2 km<br />
LT 138 kV Guarapuava – Santa Clara, 60 km<br />
LT 138 kV Vila Carli – Santa Clara, 12 km<br />
LT 69 kV Atuba - Quatro Barras, 2x0,5 km<br />
LT 69 kV Cid. Indl. Curitiba - Novo Mundo, 7,2 km<br />
LT 69 kV Colombo - Santa Mônica, 19,8 km<br />
LT 69 kV Guaraituba - Santa Mônica, 7,1 km<br />
LT 69 kV LT1 Atuba - Santa Mônica, 5 km<br />
LT 69 kV LT2 Atuba - Santa Mônica, 5 km<br />
DATA<br />
Jun/06<br />
Mar/05<br />
Mai/05<br />
Jan/05<br />
Jan/05<br />
Mar/05<br />
Fev/05<br />
Mar/05<br />
Mar/05<br />
Mar/05<br />
Mar/05<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 404 / 530
OBRA<br />
LT 69 kV Santa Mônica - Quatro Barras, 8 km<br />
LT 69 kV Santa Quitéria - Novo Mundo, 5,3 km<br />
SE Campo Mourão, 2º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV,<br />
2 x 50<br />
SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2x<br />
150MVA<br />
SE Cidade Industrial de Curitiba, Banco de capacitores, 69, kV,<br />
2x15 Mvar<br />
SE Foz do Iguaçu Norte, 1º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Jaguariaíva, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />
SE Novo Mundo, 1º e 2º transformadores, 69-13,8 kV, 41,67 MVA<br />
SE Pilarzinho, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />
SE Ponta Grossa Norte, 1º transformador (substituição), 230/138 kV,<br />
75 MVA<br />
SE Ponta Grossa Sul, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 75 MVA<br />
SE Posto Fiscal, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA<br />
SE Santa Mônica, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2 x 150 MVA<br />
SE Sarandi, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />
SE Uberaba, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />
SE Umbará, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />
DATA<br />
Out/06<br />
Fev/05<br />
Jul/04<br />
Nov/03<br />
Nov/03<br />
Nov/03<br />
Jan/06<br />
Set/03<br />
Fev/05<br />
Jan/05<br />
Jan/03<br />
Jun/06<br />
Mai/05<br />
Mar/05<br />
Mar/05<br />
Jan/05<br />
Jan/05<br />
6.4.6 ENERSUL<br />
A tabela 6.4.6-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
da empresa de distribuição Enersul, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />
Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />
Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Enersul<br />
OBRA<br />
SE Anastácio, 2º transformador, 230/138 kV, 75 MVA<br />
DATA<br />
Dez/03<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 405 / 530
OBRA<br />
SE Dourados, 3º transformador, 230/138 kV, 75 MVA<br />
SE Imbirussu, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 150 MVA<br />
DATA<br />
Dez/03<br />
Dez/05<br />
Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição<br />
do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para<br />
Dourados<br />
6.4.7 ESCELSA<br />
A tabela 6.4.7-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />
de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />
empresas de distribuição da área RJ/ES, conforme disposto no artigo 9 o da<br />
Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Escelsa.<br />
Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Escelsa<br />
OBRA<br />
Subestação de Distribuição Barra do Sahy – capacitor de 26,7 Mvar<br />
Paralelismo do 3º Transformador de 138/69 kV na SE de Distribuição<br />
Nova Venécia<br />
Recapacitação da LT 138 kV Pitanga – CST<br />
Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Vila Rica (Nova)<br />
SE Areinha 345/138 kV<br />
LT 138 kV Pitanga – Civit<br />
Recapacitação da LT 138 kV João Neiva – Linhares c1<br />
Recapacitação da LT 138 kV Nova Venécia – Linhares<br />
Subestação de Distribuição Linhares – capacitor de 26,7 Mvar<br />
Recapacitação da LT 138 kV Itarana – Suiça<br />
Subestação de Distribuição Pinheiros – capacitor de 26,7 Mvar<br />
Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Goiabeiras (Nova)<br />
Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Lameirão (Nova)<br />
DATA<br />
Jun/03<br />
Mar/04<br />
Jun/04<br />
Out/04<br />
Jun/05<br />
Jun/05<br />
Ago/05<br />
Ago/05<br />
Ago/05<br />
Ago/05<br />
Abr/06<br />
Set/06<br />
Set/06<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 406 / 530
6.4.8 CELG<br />
A tabela 6.4.8-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />
de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />
empresas de distribuição da área de Goiás, conforme disposto no artigo 9 o da<br />
Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Celg.<br />
Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg<br />
OBRA<br />
LT Real/Goya – Independência 138 kV – 795 MCM – 4,98 km – c. duplo<br />
SE Independência 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />
LT Marajoara/Pamplona – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 8,72 km<br />
– circ. Duplo<br />
DATA<br />
Abr/03<br />
Abr/03<br />
Abr/03<br />
OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara<br />
SE Rio Vermelho 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />
LI Samambaia (Furnas) – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 42,0 km<br />
SE Aeroporto 3º TR 138/13,8 kV – 25 MVA<br />
SE DAIA – TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar<br />
TR 138/13,8 kV – 33 MVA instalar<br />
LT Jundiai/Anápolis – Santana 138 kV – 397,5 MCM – 2,4 km – c. duplo<br />
OBS: Secciona a LT Jundiai – Anápolis a 6,0 km de Anápolis<br />
LT Petrobrás – Senador Canedo 138 kV – 397,5 MCM – 1,65 km<br />
SE Senador Canedo 138/13,8 kV – 25 MVA – C/ LTC<br />
Abr/03<br />
Abr/03<br />
Jun/03<br />
Jun/03<br />
Jul/03<br />
Jul/03<br />
Jul/03<br />
SE Carajás 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />
OBS: será alimentada pela LT Anhanguera-Palmeiras circ. 2<br />
(atualmente em 69 kV)<br />
LT Carajás – Atlântico 138 kV – 795 MCM – 6,0 km<br />
LT Carajás – Independência/Goya 138 kV – 795 MCM – 2,5 km – c.<br />
duplo<br />
Dez/03<br />
Dez/03<br />
Dez/03<br />
OBS: secciona a LT Independência – Goya a 6,0 km de Goya<br />
LT Pirineus – Santana 138 kV – 795 MCM – 6,5 km – c. duplo<br />
SE Pirineus 230/138 kV – 1x225 MVA C/ LTC<br />
SE Jussara 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />
Jan/04<br />
Jan/04<br />
Jun/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 407 / 530
OBRA<br />
SE Meia Ponte – TR 138/13,8 kV – 25 MVA (retirar)<br />
TR 138/13,8 kV – 33 MVA (instalar)<br />
DATA<br />
Jun/04<br />
SE Real –<br />
TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar<br />
TR 138/13,8 kV – 33 MVA<br />
Jul/04<br />
LT Inhumas – Itaberaí 138 kV – 397,5 MCM – 50,0 km<br />
SE Itaberaí 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />
SE Carajás 230/138 kV – 225 MVA C/ LTC<br />
LI Rio Verde (Furnas) – Gessy Lever – Acreuna 138 kV – 397,5 MCM –<br />
90,2 km<br />
OBS: lançamento do 2º circuito no trecho I da LT Rio Verde – Perdigão<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Fev/05<br />
Jun/05<br />
Construção do trecho Gessy Lever – Acreuna – 73,0 km<br />
SE Acreuna 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />
SE Santana 138/13,8 kV – 33 MVA – C/ LTC<br />
LT UHE Corumbá (Furnas) – Serra de Caldas 138 kV – 397,5 MCM –<br />
30,0 km<br />
Jun/05<br />
Jul/05<br />
Jan/06<br />
OBS: Vão de linha 138 kV na SE Corumbá (Furnas)<br />
SE Serra de Caldas 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC<br />
SE DIMIC TR 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />
OBS: Tape na LI Catalão – Emborcação 138 kV a 10 km de Catalão<br />
Jan/06<br />
Jun/06<br />
SE Rio Verde<br />
TR 138/69 kV – 25 MVA (retirar)<br />
TR 138/13,8 kV – 25 MVA (instalar)<br />
Jun/06<br />
LT Santana – Anápolis Universitária 138 kV – 397,5 MCM – 7,5 km<br />
LT Xavantes/DAIA – Santa Genoveva 138 kV – 397,5 MCM 3,31 km – c.<br />
duplo OBS: tape a 3,6 km de Xavantes.<br />
SE Santa Genoveva 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />
LT Samambaia (Furnas) – Sto. Antônio do Descoberto 138 kV –<br />
397,5 MCM – 10,0 km<br />
SE Santo Antônio do Descoberto 138/13,8 kV – 25 MVA C/ LTC<br />
SE Pires do Rio 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC<br />
LI Rio Verde (Furnas) – Santa Helena 138 kV – 397,5 MCM – 33,0 km<br />
SE Santa Helena 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />
Jul/06<br />
Jul/06<br />
Jul/06<br />
Dez/06<br />
Dez/06<br />
Dez/06<br />
Dez/07<br />
Dez/07<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 408 / 530
OBRA<br />
SE Cachoeira Alta ampliação 138/69 kV – 25 MVA C/ LTC<br />
SE Parque das Emas 138/34,5 kV – 20 MVA C/ LTC – (retirar)<br />
138/34,5 kV – 33 MVA C/ LTC – (instalar)<br />
LT Pacaembu/Marajoara – Estrela Dalva 138 kV – 397,5 MCM – 8,0 km<br />
OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara<br />
SE Estrela Dalva 138/13,8 kV – 33,0 MVA – C/ LTC<br />
DATA<br />
Dez/07<br />
Jun/07<br />
Jun/07<br />
Jun/07<br />
6.4.9 CEB<br />
A tabela 6.4.9-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />
de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />
empresas de distribuição da área do Distrito Federal, conforme disposto no artigo 9 o<br />
da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela CEB.<br />
Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB<br />
OBRA<br />
Complementação provisória da LT 34,5 kV Taguatinga – Brazilândia,<br />
com substituição do cabo 4/0 AWG por 336 MCM, extensão de 18,7 km<br />
SE Vale do Amanhecer provisória com 1 transformador 69/13,8 kV –<br />
5/6,25 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores, 1 cubículo<br />
para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e banco de<br />
capacitores de 2,4 Mvar (transformador provisório vindo de Santa Maria<br />
e definitivo de Brazilândia)<br />
Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – Estrutura de Brasília Geral –<br />
circuito duplo subterrâneo, cabo 600 MCM, extensão de 0,50 km.<br />
Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – SE 01 (trecho entre SE 01 e<br />
SE 02), 2º e 3º circuitos subterrâneos, cabo 600 MCM, extensão de<br />
0,20 km. Complementação da substituição dos cabos<br />
Implantação da SE São José definitiva 1ª etapa com 1 transformador<br />
69/13,8 kV – 5/6,25 MVA, e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores,<br />
1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco, 1 banco de<br />
capacitores de 2,4 Mvar e previsão para reguladores de tensão<br />
(transformador vindo de Sobradinho Transmissão)<br />
DATA<br />
Mar/03<br />
Mar/03<br />
Mar/03<br />
Mar/03<br />
Jun/03<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 409 / 530
OBRA<br />
Implantação da LT Tap Sobr. Transm. – PAD para a SE São José – LT<br />
69 kV, circuito simples, estrutura de concreto, cabo 336,4 MCM,<br />
extensão de 32 km<br />
Implantação da LT B. Norte – Contagem – LT 138 kV, lançamento de<br />
circuito nas estruturas da LT B. Norte – Tocantins, cabo 477 MCM,<br />
extensão de 17,9 km<br />
Ampliação da SE Monjolo – 01 entrada de linha 138 kV<br />
Implantação de subestação de Chaveamento em Santa Maria –<br />
Implantação do setor de 138 kV com 6 entradas de linha para conexão<br />
da usina de Corumbá IV<br />
Implantação da LT São Sebastião – Brasília Centro – LT 138 kV, 1º<br />
circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, (19 km) e trecho em<br />
cabo isolado na travessia do lago pela terceira ponte e na chegada a B.<br />
Centro (2,0 km)<br />
Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de LT 138 kV<br />
Implantação da LT Samambaia – Brasília Sul (Tap para Monjolo e Santa<br />
Maria) – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo<br />
477 MCM, extensão de 17,0 km<br />
Implantação da LT Santa Maria – São Sebastião – LT 138 kV, 1º<br />
circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 30 km<br />
Implantação da SE São Sebastião – SE definitiva – 1ª etapa com 1<br />
transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138<br />
e 13,8 kV, duas entradas de linha 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo<br />
para serviço auxiliar, 1 cubículo para capacitores<br />
Ampliação da SE Contagem – 1 entrada de linha de 138 kV<br />
Ampliação da LT Estrutura Provisória – Sobradinho Transmissão – LT<br />
138 kV, C21circuito duplo, cabo 477 MCM, extensão de 9,1 km, em<br />
substituição à linha da Celg<br />
Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – 1 entrada de linha de<br />
138 kV<br />
Implantação da LT Sobr. Transm. – Tap PAD – LT 69 kV, 2º circuito,<br />
estrutura de concreto, cabo 266,8 MCM, extensão de 10 km<br />
Remanejamento das linhas B. Sul – TG, TG – CN e TG – RAD no<br />
corredor do Pistão Norte e Pistão Sul – LT's 138 kV, 2 circuitos<br />
duplos/simples, cabo 477 MCM, extensão de 3,0, 4,5 e 4,0 km,<br />
respectivamente<br />
DATA<br />
Jun/03<br />
Dez/03<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Set/04<br />
Out/04<br />
Out/04<br />
Out/04<br />
Out/04<br />
Dez/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 410 / 530
OBRA<br />
Remanejamento das linhas B. Sul – B. Norte do corredor atual para a<br />
via Estrutural – LT 138 kV, 2 circuitos duplos, cabo 477 MCM, extensão<br />
de 25,9 e 22,6 km, respectivamente. Lançamento do 4º circuito até<br />
Brasília Norte<br />
Remanejamento das linhas Taguatinga – Gama no corredor do Pistão<br />
Sul – LT 34,5 kV, 3 circuitos, cabo 336,4 MCM, extensão de 3,0 km<br />
Compactação das linhas de 230 kV de Furnas no trecho entre B. Sul e<br />
B. Geral – LT 230 kV, 2 circuito duplo, cabo 1272 MCM, extensão de<br />
13,5 km<br />
Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE Sudoeste – LT 138 kV,<br />
circuito duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de<br />
16,1 km (5,4 D + 7,5S + 3,2 D)<br />
Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE 05 – LT 138 kV, circuito<br />
duplo/simples /duplo, aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 13,7 km (5,4<br />
D + 7,7S+0,6D).<br />
Retrofit da SE 05 de 34,5 para 138 kV – Implantação do setor de 138 kV<br />
com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas<br />
de LT e conexões de 138 e 13,8 kV, 12 cubículos e banco de<br />
capacitores de 6,0 Mvar<br />
Implantação da LT SE 05 – Brasília Centro II – LT 138 kV, circuito<br />
duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 3,9 km (0,6D +<br />
2,1S + 1,2D)<br />
Implantação da LT SE Brasília Centro II – Brasília Centro – LT 138 kV,<br />
circuito duplo/simples aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 6,4 km (1,2D<br />
+ 5,2S)<br />
Implantação da LT Samambaia – Núcleo Bandeirante – LT 138 kV,<br />
circuito duplo aéreo, estrutura de concreto, cabo 636 MCM, extensão de<br />
26,2 km<br />
Implantação da LT Brasília Norte – Sudoeste – LT 138 kV, circuito<br />
simples/duplo, cabo 636 MCM, extensão de 7,7 km (4,5S + 3,2 D).<br />
Implantação da SE Sudoeste – SE 1ª etapa com 1 transformador<br />
138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2<br />
entradas de linha de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço<br />
auxiliar, 1 cubículo para bancos de capacitores e 1 cubículo de<br />
interligação<br />
DATA<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 411 / 530
OBRA<br />
Implantação da SE Brasília Centro II – SE definitiva – primeira etapa<br />
com 2 transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC,<br />
conexões de 138 e 13,8 kV, 1 entrada de linha de 138 kV, 18 cubículos<br />
para alimentadores, 2 cubículos de interligação de barras, 1 cubículo<br />
para serviço auxiliar, 2 cubículos para bancos de capacitores e 2<br />
bancos de 6,0 Mvar<br />
Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de linha 138 kV<br />
Ampliação da SE 04 – 2ª etapa – Terceiro transformador 34,5/13,8 kV –<br />
20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV (transformador vindo da SE<br />
05)<br />
Ampliação da SE 09 – Segundo transformador 34,5/13,8 kV –<br />
20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV, 1 cubículo para interligação<br />
de barras, 6 alimentadores, 1 cubículo para banco de capacitores e 1<br />
banco de capacitores de 2,4 Mvar (transformador vindo da SE 05)<br />
Implantação da SE Núcleo Bandeirante em 138 kV – SE definitiva com 2<br />
transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas de<br />
linhas de 138 kV e 16 cubículos para alimentadores, 1 cubículo para<br />
serviço auxiliar, 2 cubículo para banco de capacitores e 2 bancos de<br />
6,0 Mvar<br />
Implantação da SE Taguatinga Norte – SE definitiva – primeira etapa<br />
com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões<br />
de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1<br />
cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e<br />
banco de 6,0 Mvar<br />
Compensação reativa na SE 01 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar<br />
– 13,8 kV<br />
Compensação reativa na SE 03 – Banco de capacitores de 2 x 4,8 Mvar<br />
– 13,8 kV<br />
Compensação reativa na SE 04 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar<br />
– 13,8 kV<br />
Compensação reativa na SE Gama – Banco de capacitores de 1 x<br />
2,4 Mvar – 13,8 kV<br />
Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – Terceiro transformador de<br />
138/69 kV – 50 MVA e conexões de 138 e 69 kV (Transformador vindo<br />
da SE Ceilândia Sul)<br />
DATA<br />
Dez/04<br />
Dez/04<br />
Jun/05<br />
Jun/05<br />
Out/05<br />
Out/05<br />
Out/05<br />
Out/05<br />
Out/05<br />
Out/05<br />
Dez/05<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 412 / 530
OBRA<br />
Ampliação da SE Vale do Amanhecer – Segundo transformador<br />
69/13,8 kV – 10/12,5 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, banco de<br />
2,4 Mvar e vão de linha 69 kV (transformador vindo de Núcleo<br />
Bandeirante)<br />
Ampliação da SE São Sebastião – SE Definitiva, 2ª etapa, com<br />
barramento duplo de 138 kV e 3 entradas de linha<br />
Implantação da SE Guará II – SE definitiva – primeira etapa com 1<br />
transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138<br />
e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo<br />
para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e 1 banco de<br />
6,0 Mvar<br />
Implantação da LT Tap Rio Descoberto – Brazilândia – LT 138 kV,<br />
circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 12 km<br />
Implantação da SE Brazilândia – SE definitiva – primeira etapa com 1<br />
transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexão de<br />
138 kV, 2 entradas de linha de 138 kV. Manutenção da barra de 13,8 kV<br />
existente, acrescida de 2 cubículos<br />
Implantação da SE Samambaia Oeste – SE definitiva – primeira etapa<br />
com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões<br />
de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1<br />
cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e<br />
banco de 6,0 Mvar<br />
Implantação da LT Samambaia – Samambaia Oeste – LT 138 kV,<br />
circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de<br />
6,0 km – Primeira etapa da LT Samambaia – Tap Rio Descoberto<br />
Implantação da LT Samambaia Oeste – Tap Rio Descoberto – LT<br />
138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão<br />
de 16,5 km<br />
DATA<br />
Dez/05<br />
Out/06<br />
Out/06<br />
Out/06<br />
Out/06<br />
Out/07<br />
Out/07<br />
Out/07<br />
6.4.10 CEMAT<br />
A tabela 6.4.10-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
das empresas de distribuição da área MT, conforme disposto no artigo 9 o da<br />
Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Cemat.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 413 / 530
Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat<br />
OBRA<br />
LTs 138 kV<br />
Sinop Cemat / Sinop Centro, 10 km, 336.4 MCM<br />
Colider / Matupá, 98 km, 336.4 MCM<br />
Pch Braço Norte III / Matupá, 65 km, 336.4 MCM<br />
DATA<br />
out/04<br />
abr/03<br />
abr/03<br />
Der. SE Manobra/ Sapezal, 137 km, 336.4 MCM<br />
Campo Novo dos Parecis/Brasnorte, 186 km, 336.4 MCM<br />
Brasnorte/Faz.Cortez, 57 km, 336.4 MCM<br />
Faz. Cortez / Juina, 90 km, 336.4 MCM<br />
Faz. Cortez / Juara, 100 km, 336.4 MCM<br />
Couto Magalhães / Alto Araguaia, 35km, 336.4 MCM<br />
Santana do Araguaia / Confresa, 154 km, 336.4 MCM<br />
Confresa/Alto Boa Vista, 140 km, 336.4 MCM<br />
jul/04<br />
out/04<br />
dez/04<br />
dez/04<br />
dez/04<br />
out/05<br />
out/05<br />
dez/06<br />
Total LTs 138 kV = 1072 km<br />
LTs 69 kV<br />
N. Mutum/São José do Rio Claro, 90 km, 336.4 MCM nov/04<br />
Itanorte / Deciolândia, 55 km, 336.4 MCM<br />
Total LTs 69 kV = 145 km<br />
SEs 138 kV<br />
Sinop Centro, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Matupá, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />
Sapezal, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />
Sapezal bay de reator, 138 kV, 5 Mvar<br />
Canarana, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
Campo Verde (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA<br />
Brasnorte, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
Brasnorte bay reator, 138 kV, 10 Mvar<br />
Juína, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Juína bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />
Juara, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
set/06<br />
out/04<br />
out/04<br />
jul/04<br />
jul/04<br />
set/04<br />
set/04<br />
out/04<br />
nov/04<br />
dez/04<br />
dez/04<br />
dez/04<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 414 / 530
OBRA<br />
DATA<br />
Juara bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />
Jaciara (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA<br />
Trevo do Lagarto, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Sinop Centro – 2º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Alto Araguaia, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />
Confresa bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />
Confresa, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
Rodoviária – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Sozinho, 138/34.5 kV, 12.5 MVA<br />
Rondonópolis II – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />
Alto Boa Vista- bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />
Alto Boa Vista, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
dez/04<br />
mar/05<br />
set/05<br />
set/05<br />
out/05<br />
dez/05<br />
dez/05<br />
set/06<br />
set/06<br />
set/06<br />
dez/06<br />
dez/06<br />
Total transf. SEs 138 kV = 337.5 MVA<br />
SEs 69 kV<br />
Sorriso – 2º transformador, 69/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
São José do Rio Claro, 69/13.8 kV, 12.5 MVA<br />
Nova Mutum, 69/13.8 kV, 15 MVA<br />
Deciolândia, 69/34.5 kV, 12.5 MVA<br />
dez/03<br />
nov/04<br />
dez/04<br />
set/06<br />
Total transf. SEs 69 kV = 52.5 MVA<br />
6.4.11 SÃO PAULO<br />
A tabela 6.4.11-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />
das empresas de distribuição da área São Paulo, conforme Relatório<br />
RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003. Observa-se que a efetiva data de implantação<br />
das obras relacionadas será estabelecida quando da celebração de contratos entre<br />
distribuidores e transmissores.<br />
Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo Paulo<br />
OBRA DATA EMPRESA<br />
LT 138 kV Três Irmãos – “Engate Ilha” – 2 km e 2 “bays” 12/2004<br />
Elektro<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 415 / 530
138 kV na SE Ilha Solteira<br />
OBRA DATA EMPRESA<br />
LT 138 kV Três Lagoas – Três Lagoas Y – 3 km -<br />
recapacitação<br />
LT 138 kV Mairiporã – Santo Ângelo (Arujá) – 23 km -<br />
recapacitação<br />
LT 138 kV CS Araraquara – São Carlos – 48 km, 1 “bay”<br />
em Araraquara e 1 “bay” em São Carlos<br />
LT 138 kV Jupiá – Três Irmãos (Castilho) – 36 km –<br />
reconstrução para 636 kcmil<br />
LT 138 kV Embu – Parelheiros – 7 km -<br />
recondutoramento<br />
LT 138 kV Guarulhos – Mairiporã - CD – 15 km e 2<br />
“bays” em Mairiporã<br />
Constituição da LTs 138 kV Rosana – Presidente<br />
Prudente, Rosana – Dracena, Taquaruçu – Dracena e<br />
Taquaruçu – Presidente Prudente<br />
LT 138 kV Votuporanga – S. José do Rio Preto – 75 km<br />
– recapacitação<br />
LT 138 kV Mogi Mirim III – Mogi Mirim II – 11 km -<br />
recapacitação<br />
LT 138 kV Mogi Mirim III – Jaguariúna – CD - 18 km e 2<br />
“bays” em Mogi Mirim III<br />
LT 88 kV Canoas II (Y) – Assis – 40 km -<br />
recondutoramento<br />
LT 88 kV Canoas II (Y) – Salto Grande – 5 km -<br />
recondutoramento<br />
LT 88 kV Salto Grande – Ourinhos II – 20 km -<br />
recondutoramento<br />
SE Jupiá 440/138 kV – substituição do transformador de<br />
150 MVA por 300 MVA<br />
SE Mogi Mirim III 440/138 kV - 3o transformador de<br />
300 MVA<br />
12/2004 Elektro<br />
12/2004 Bandeirante/<br />
Elektro<br />
12/2004 CPFL Paulista<br />
12/2004 Elektro<br />
12/2004 Eletropaulo (*)<br />
12/2005 Eletropaulo/<br />
Piratininga/<br />
Elektro<br />
12/2005 Elektro<br />
12/2005 Elektro/CPFL<br />
Paulista<br />
12/2006 Elektro<br />
12/2006 Elektro/<br />
Jaguari<br />
12/2006 Grupo Rede (*)<br />
12/2006 Grupo Rede (*)<br />
12/2006 Grupo Rede/<br />
Santa Cruz (*)<br />
12/2004 Elektro<br />
12/2004 Elektro<br />
SE Bauru 440/138 kV – 3o transformador de 150 MVA 12/2004 CPFL Paulista<br />
SE Bom Jardim 440/88 kV – 3o. transformador de 12/2004 CPFL<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 416 / 530
OBRA DATA EMPRESA<br />
300 MVA Piratininga<br />
SE Botucatu 230/138 kV – substituição de dois<br />
transformadores de 75 MVA por dois de 150 MVA<br />
SE Santa Bárbara 440/138 kV – 4o transformador de<br />
300 MVA<br />
SE Anhangüera 345/88 kV (nova) – dois<br />
transformadores 345/88 kV de 400 MVA<br />
SE Embu Guaçu 440/138 kV – 3o transformador de<br />
300 MVA<br />
12/2004 CPFL Paulista<br />
12/2004 CPFL Paulista<br />
12/2004 Eletropaulo (*)<br />
12/2004 Eletropaulo (*)<br />
SE Jurumirim 230/138 kV –<br />
75 MVA<br />
3o transformador de<br />
12/2004 Santa Cruz (*)<br />
SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA (nova) 12/2004 Eletropaulo (*)<br />
SE Cabreúva 440/138 kV –<br />
150 MVA<br />
2o transformador de<br />
12/2005 Elektro<br />
SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA 12/2005 Elektro<br />
SE Baixada 345/88 kV – 3o transformador de 400 MVA 12/2005 CPFL<br />
Piratininga<br />
SE Bom Jardim – banco de capacitores 30 Mvar / 88 kV 12/2005 CPFL<br />
Piratininga<br />
SE Guarulhos 345/138 kV – instalação de um banco de<br />
400 MVA e fase reserva<br />
SE Capivara 440/138 kV – substituição do<br />
transformador de 150 MVA por 300 MVA<br />
SE Água Vermelha 440/138 kV – 2o transformador de<br />
300 MVA<br />
SE Botucatu 230/138 kV – substituição de um<br />
transformador de 75 MVA por outro de 150 MVA<br />
12/2005 Bandeirante/<br />
Eletropaulo (*)<br />
06/2006 Elektro<br />
12/2006 Elektro<br />
12/2006 CPFL Paulista<br />
SE Sumaré 440/138 kV – 3o transformador de 300 MVA 12/2006 CPFL Paulista<br />
SE Ribeirão Preto 440/138 kV – 3o transformador de<br />
300 MVA<br />
12/2006 CPFL Paulista<br />
SE Campinas 345/138 kV –<br />
150 MVA<br />
5o transformador de<br />
12/2006 CPFL Paulista<br />
(*) Fonte: Relatório RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 417 / 530
6.4.12 CEMIG<br />
A tabela 6.4.12-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Cemig para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemig<br />
OBRA<br />
DATA<br />
SITUAÇÃO<br />
ATUAL<br />
SE Betim 4 138/13,8kV 12/2003 Aprovada<br />
SE Ipatinga1 TR 230/138 kV – 150 MVA 04/2004 Aprovada<br />
SE Pimenta 3º AT 345/138-150 MVA 08/2004 Estudo Viabilidade<br />
LT 138 kV Jaguara - Araxá 2 09/2004 Aprovado<br />
SE Sete Lagoas 4 345/138 kV-2x150MVA 05/2006 Plano Expansão (*)<br />
(*) não há solicitação de acesso até o momento<br />
6.4.13 CELPA<br />
A tabela 6.4.13-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Celpa para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa<br />
OBRA<br />
SE Eldorado dos Carajás (implantação)<br />
LT Utinga – Miramar – Reduto 69 kV - Recondutoramento<br />
SE Marabá (ampliação) – Pátio 69/13,8 kV para Celpa<br />
SE Abel Figueiredo (implantação) 69/13,8 kV<br />
SE Tomé Açu (ampliação) – Pátio 138/13,8 kV<br />
DATA<br />
SET/2002<br />
JUN/2003<br />
DEZ/2003<br />
DEZ/2004<br />
Dez/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 418 / 530
6.4.14 CELTINS<br />
A tabela 6.4.14-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela CELTINS para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CELTINS<br />
OBRA<br />
LT Secc. LT Agro – Dianopolis – 138 kV – 1 km<br />
LT UHE A Limpa – Areia – 138 kV – 5 km<br />
LT Dianopolis – Almas – 138 kV – 40 km<br />
LT Almas – Natividade – 138 kV – 65 km<br />
LT Natividade – Peixe – 138 kV – 100 km<br />
LT Secc. Gurupi – LT (PAR-GUR) – 138 kV - 2km<br />
LT Isamu Ikeda – Porto Nacional – 138 kV – 77 km<br />
LT Palmas – Porto Nacional – 138 kV – 55 km<br />
LT Palmas II – Santa Tereza – 138 kV – 70 km<br />
LT Santa Tereza – Novo Acordo – 138 kV – 40 km<br />
SE Palmas IV: EL 138kV<br />
SE Palmas IV: CT 138 kV<br />
SE Palmas IV: CT 13,8 kV<br />
SE Palmas IV: Transformador 138/13,8 kV – 30 MVA<br />
SE Araguatins: EL 69 kV<br />
SE Araguatins: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA<br />
SE Araguatins: CT 13,8 kV<br />
SE Augustinopolis: 2 ELs 69 kV<br />
SE Augustinopolis: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA<br />
SE Augustinopolis: CT 69 kV<br />
SE Augustinopolis: CT 13,8 kV<br />
SE UHE Água Limpa: EL 138 kV<br />
SE UHE Água Limpa: Transformador 138/6,4 kV – 15 MVA<br />
SE UHE Água Limpa: CT 138 kV<br />
DATA<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
ABR/2005<br />
NOV/2005<br />
NOV/2005<br />
DEZ/2007<br />
JUN/2007<br />
JUN/2007<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
AGO/2003<br />
AGO/2003<br />
AGO/2003<br />
AGO/2003<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
JUN/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 419 / 530
OBRA<br />
SE UHE Água Limpa: 2 CTs 6,4 kV<br />
SE UHE Areia: 3 ELs 138 kV<br />
SE UHE Areia: CT 138 kV<br />
SE UHE Areia: CT 6,4 kV<br />
SE UHE Areia: Transformador 138/6,4 kV – 20 MVA<br />
SE Dianópolis: EL 138 kV<br />
SE Gurupi: Transformador 138/13,8 kV – 25 MVA<br />
SE Gurupi: CT 138 kV<br />
SE Gurupi: CT 13,8 kV<br />
SE Araguaína II: 2 ELs 138 kV<br />
SE Araguaína II: Transformador 138/13,8 kV – 20 MVA<br />
SE Araguaína II: CT 13,8 kV<br />
SE Gurupi II: EL 138 kV<br />
SE Gurupi II: Transformador 138/13,8 kV – 15 MVA<br />
SE Isamu Ikeda: EL 138 kV<br />
SE Monte do Carmo: 4 ELs 138 kV<br />
SE Palmas II: 2 ELs 138 kV<br />
SE Porto Nacional: EL 138 kV<br />
SE Toquaralto: 2 ELs 138 kV<br />
SE UHE Novo Acordo: 2 ELs 138 kV<br />
SE UHE Novo Acordo: 2 Transformadores 138/13,8 kV – 30 MVA<br />
SE UHE Novo Acordo: 2 CTs 138 kV<br />
SE UHE Santa Tereza: 4 ELs 138 kV<br />
SE UHE Santa Tereza: 3 Transformadores 138/13,8 kV – 25 MVA<br />
SE UHE Santa Tereza: 3 CTs 138 kV<br />
DATA<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
DEZ/2004<br />
NOV/2005<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
DEZ/2005<br />
MAI/2007<br />
MAI/2007<br />
MAI/2007<br />
DEZ/2007<br />
DEZ/2007<br />
JUN/2007<br />
JUN/2007<br />
AGO/2008<br />
JUN/2007<br />
JUN/2007<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
AGO/2008<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 420 / 530
6.4.15 COELCE<br />
A tabela 6.4.15-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Coelce para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelce<br />
OBRA<br />
DATA<br />
SE Cauípe: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005<br />
SE Pici: 3º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004<br />
SE Icó: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004<br />
SE Tauá (Nova): Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005<br />
SE Banabuiú: 3º Transformador 230/69 kV 50 MVA 2006<br />
SE Russas: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2006<br />
6.4.16 COSERN<br />
A tabela 6.4.16-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Cosern para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cosern<br />
OBRA<br />
SE Santa Cruz II - substituição do Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA por<br />
outro de 10/12,5 MVA<br />
DATA<br />
2004<br />
SE Paraíso (implantação) 230/138 kV – 100 MVA 2004<br />
SE Paraíso: 2 ELs 138 kV 2004<br />
SE Açu II: 2º Transformador 230/138 kV – 55 MVA 2004<br />
SE Açu II: 2 ELs 138 kV 2004<br />
SE Icó: EL 69 kV 2004<br />
SE Natal Sul (implantação) – 2 transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />
SE Natal Sul: 4 ELs 69 kV 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 421 / 530
OBRA<br />
DATA<br />
SE Santana dos Matos II – transformador 138/69 kV – 50 MVA 2006<br />
6.4.17 CELPE<br />
A tabela 6.4.17-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Celpe para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe<br />
OBRA<br />
DATA<br />
SE Várzea (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV - 150 MVA 2004<br />
SE Limoeiro (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />
SE Urbana (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2007<br />
SE Angelim: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2003<br />
SE Bom Nome: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA 2003<br />
SE Goianinha: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004<br />
SE Tacaimbó: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004<br />
SE Pirapama: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005<br />
SE Pau Ferro: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />
SE Ribeirão: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2007<br />
SE Várzea: 3° Transformador 230/69 kV – 150 MVA 2007<br />
SE Pau Ferro: 4 Bays 69 kV 2003<br />
SE Angelim: 2 Bays 69 kV 2004<br />
SE Juazeiro II: 1 Bay 69 kV 2004<br />
SE Angelim: 1 Bay 69 kV 2005<br />
SE Pirapama: 1 Bay 69 kV 2005<br />
SE Várzea: 2 Bays 69 kV 2005<br />
SE Tacaimbó: 2 Bays 69 kV 2006<br />
SE Bom Nome: 1 Bay 138 kV 2007<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 422 / 530
OBRA<br />
DATA<br />
SE Várzea: 2 Bays de 69 kV 2007<br />
6.4.18 ENERGIPE<br />
A tabela 6.4.18-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Energipe para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Energipe<br />
OBRA<br />
DATA<br />
LT Penedo – Carrapicho 69 kV - C2 2004<br />
SE São Cristóvão: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004<br />
SE Itaporanga: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004<br />
SE Jardim: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005<br />
6.4.19 COELBA<br />
A tabela 6.4.19-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />
instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />
formalmente pela Coelba para elaboração do PAR 2004-2006.<br />
Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba<br />
OBRA<br />
SE Abaixadora: 2º Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />
SE Barreiras: Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />
SE Barreiras: Transformador 230/69 kV – 39 MVA (2º trafo na<br />
subestação)<br />
SE Barreiras: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />
SE Bom Jesus da Lapa: substituição do transformador 230/69 kV de<br />
33 MVA por outro de 50 MVA<br />
SE Bom Jesus da Lapa: 1º transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />
DATA<br />
DEZ/2006<br />
MAI/2004<br />
JUL/2007<br />
JUL/2007<br />
DEZ/2009<br />
MAI/2008<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 423 / 530
OBRA<br />
SE Bom Jesus da Lapa: 2º transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />
SE Catu: substituição de um dos transformadores 230/69 kV -<br />
40 MVA por outro de 100 MVA (2º trafo de 100 MVA)<br />
SE Funil: substituição do transformador 230/138 kV - 67 MVA por<br />
outro de 100 MVA (4º trafo de 100 MVA)<br />
SE Cícero Dantas: 1° Transformador 230/69 kV – 39 MVA (3º trafo da<br />
subestação)<br />
SE Cotegipe: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />
SE Irecê: 2° Transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />
SE Irecê: substituição de um dos transformadores 230/60 kV -<br />
39 MVA por outro de 100 MVA (1º trafo de 100 MVA)<br />
SE Jacaracanga: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />
SE Juazeiro II: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />
SE Narandiba (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV –<br />
100 MVA<br />
SE Narandiba: 3º Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />
SE Eunápolis: 4º Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />
SE Olindina: 2° Transformador 230/69 kV – 40 MVA<br />
SE Narandiba: 6 ELs 69 kV (SEs CAB, BRS, MTT, PIT, FDR)<br />
SE Senhor do Bonfim: 1º Transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />
LT 69 kV São Felipe – Santo Antônio de Jesus<br />
DATA<br />
DEZ/2009<br />
OUT/2008<br />
DEZ/2008<br />
JUL/2010<br />
DEZ/2006<br />
JUL/2007<br />
JUL/2010<br />
DEZ/2007<br />
JUL/2006<br />
NOV/2005<br />
DEZ/2008<br />
DEZ/2012<br />
DEZ/2008<br />
NOV/2004<br />
OUT/2008<br />
MAI/2006<br />
6.5 Critérios<br />
Os estudos foram desenvolvidos com base nos procedimentos, diretrizes e critérios<br />
descritos nos seguintes Submódulos dos Procedimentos de Rede: 4.2 (Elaboração<br />
do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica), 4.5 (Procedimentos para a<br />
Determinação das Ampliações e Reforços da Rede Básica), 4.6 (Critérios para<br />
Determinação das Ampliações e Reforços na Rede Básica), 23.2 (Critérios para a<br />
Definição das Redes do Sistema Elétrico Interligado) e 23.3 (Diretrizes e Critérios<br />
para Estudos Elétricos).<br />
Como determinado no módulo 4 dos Procedimentos de Rede, os condicionantes e o<br />
escopo dos estudos para elaboração deste PAR 2003-2005 foram estabelecidos no<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 424 / 530
início do ciclo e consolidados no documento “Estudo para Identificação das<br />
Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003-2005 – Termo de<br />
Referência” [8], preparado no âmbito dos Grupos Especiais de Ampliações e<br />
Reforços.<br />
Alguns dos critérios descritos nos Procedimentos de Rede, devido à sua relevância<br />
para a realização dos estudos elétricos, são destacados a seguir.<br />
6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão<br />
As simulações foram realizadas buscando-se ajustar as tensões nos barramentos<br />
da Rede Básica dentro dos limites operativos apresentados na Tabela 1 – Níveis de<br />
Tensão (fase-fase) em Corrente Alternada, do item 5.3.1 (Níveis de Tensão) do<br />
Submódulo 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos) e reproduzida na<br />
Tabela 6.5.1-1 a seguir.<br />
Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fase-fase) em Corrente Alternada<br />
Nominal (kV) Máxima (p.u.) Mínima (p.u.)<br />
230 1,05 0,95<br />
345 1,05 0,95<br />
440 1,045 0,95<br />
500 1,10 1,00<br />
525 1,05 0,95<br />
750 1,046 0,94<br />
Ainda neste ciclo de estudos do PAR e tendo em vista as características regionais,<br />
os critérios utilizados para a avaliação do desempenho do sistema com relação aos<br />
níveis operativos de tensão para as condições normais e emergência foram os<br />
seguintes:<br />
- as tensões nos barramentos do secundário dos transformadores das<br />
subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de<br />
operação, poderão ser ajustadas para atender às necessidades dos<br />
acessantes, desde que isso não afete o desempenho do sistema. Se o<br />
acessante solicitar tensão acima de 1,0 p.u. e isso implicar em reforços ou<br />
ampliações na Rede Básica, este valor de tensão não será atendido;<br />
- caso a tensão na barra secundária dos transformadores das subestações de<br />
fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, fique abaixo<br />
e 1,0 p.u., serão propostas ampliações/reforços na Rede Básica para atender<br />
ao limite mínimo de 1,0 p.u., desde que atendida a condição de fator de<br />
potência mínimo de 0,95 nesse ponto;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 425 / 530
- nas simulações de emergências, poderão ser aceitas tensões mínimas de 0,95<br />
p.u. nas barras do secundário dos transformadores das subestações de<br />
fronteira com a Rede Básica e 0,90 p.u. nas demais barras da rede de<br />
simulação. Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de<br />
obras, são explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema.<br />
6.5.2 Critérios para Fator de Potência<br />
Foram considerados os valores de carga reativa resultantes do processo de<br />
consolidação de previsão de carga, descrito no Submódulo 5.2 (Consolidação da<br />
Previsão de Carga para Estudos de Ampliações e Reforços na Rede Básica), dos<br />
Procedimentos de Rede.<br />
Nos pontos de conexão à Rede Básica devem ser assegurados os valores de fator<br />
de potência descritos no item 7.3 (Fator de Potência das Instalações) do Submódulo<br />
3.8 e reproduzidos na Tabela 6.5.2-1. Conforme estabelecido no CUST – Contrato<br />
de Uso do Sistema de Transmissão, ponto de conexão é o equipamento ou conjunto<br />
de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão elétrica na fronteira entre<br />
os sistemas das partes.<br />
Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão<br />
Tensão nominal do ponto de conexão<br />
Vn ≥ 230 kV<br />
Faixa de fator de potência<br />
0,98 indutivo a 0,98 capacitivo<br />
69 kV ≤ Vn < 230 kV 0,95 indutivo a 0,95 capacitivo<br />
Vn < 69 kV<br />
0,92 indutivo a 0,92 capacitivo<br />
Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, bem como<br />
nos casos de demandas com fator de potência fora do valor indicado, serão<br />
explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema.<br />
6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão<br />
Os critérios para definição dos limites de carregamento das linhas de transmissão<br />
existentes e futuras, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão<br />
descritos no item 5.3.3 (Carregamento de Linha de Transmissão) do Submódulo<br />
23.3.<br />
Deverão ser relacionados no PAR todos os elementos terminais que limitarem o<br />
carregamento de linhas, para recomendação de futuro ajuste ou substituição.<br />
6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores<br />
Os critérios para definição dos limites de carregamento dos transformadores<br />
existentes e futuros, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão<br />
descritos no item 5.3.4 (Carregamento de Transformadores) do Submódulo 23.3.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 426 / 530
6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais<br />
As diretrizes e os critérios para a realização dos estudos de estabilidade estão<br />
descritos no item 8 (Diretrizes e Critérios para Estudos de Transitórios<br />
Eletromecânicos) do Submódulo 23.3.<br />
(a)<br />
Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das<br />
interligações entre as regiões Sul e Sudeste.<br />
<br />
Critérios para despacho de geração<br />
Os principais critérios adicionais são:<br />
- para as usinas de Itaipu 60 Hz e Itaipu 50 Hz será adotado despacho igual;<br />
- serão considerados dois cenários para a geração de Itaipu, conforme Tabela<br />
6.5.5-1 abaixo; e<br />
- como geração mínima das usinas hidráulicas do Sul/Sudeste será adotado o<br />
resultado, mostrado na Tabela 6.5.5-2, obtido no estudo consolidado no<br />
documento “Reavaliação do Despacho Ótimo por Usina e por Unidade<br />
Geradora e determinação do Montante de Carga no Período de Carga Leve”,<br />
elaborado pelo <strong>ONS</strong>.<br />
Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em cada patamar de carga<br />
Patamares de<br />
carga<br />
Despacho de Itaipu 60 Hz/50 Hz (MW)<br />
Despacho Elevado Despacho Reduzido<br />
“ALTO”<br />
“BAIXO”<br />
Pesada 2 x 6.300 2 x 5.600<br />
Média 2 x 6.300 2 x 4.900<br />
Leve 2 x 4.900 2 x 4.900<br />
MWmédios 2 x 5.890 2 x 4.987<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 427 / 530
Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul<br />
Usina /<br />
Importação<br />
Garabi I e II<br />
Alternativa A<br />
Parque Gerador Mínimo<br />
Fora de operação<br />
Alternativa B<br />
(Iguaçu no Mínimo)<br />
UTE Uruguaiana Com despacho de 500 MW Com despacho de 320 MW<br />
Usinas Térmicas<br />
do 230 kV<br />
Usinas Hidráulicas<br />
(as hidráulicas que<br />
não estão<br />
despachadas<br />
foram simuladas<br />
operando como<br />
compensador<br />
síncrono)<br />
Com despacho mínimo,<br />
porém todas as unidades sincronizadas<br />
UHE Itá - 1 Maq.<br />
UHE Itá - 1 Maq.<br />
UHE Salto Santiago- 1 Maq. UHE Salto Santiago- 2 Maq.<br />
UHE Salto Osório - 1 Maq. UHE Salto Osório - 0 Maq.<br />
UHE Salto Segredo - 1 Maq. UHE Salto Segredo - 0 Maq.<br />
UHE Salto Caxias - 1 Maq. UHE Salto Caxias - 1 Maq.<br />
UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. UHE G.B.Munhoz - 0 Maq.<br />
UHE P.Fundo - 0 Maq. UHE P.Fundo - 0 Maq.<br />
Todas as unidades da<br />
CGTE sincronizadas com<br />
despacho mínimo.<br />
Todas as unidades da<br />
CGTE sincronizadas com<br />
despacho mínimo.<br />
UTE J. Lacerda-2 máq. desl.<br />
Total ~2.800MW ~2.000MW<br />
<br />
Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais<br />
(Regime Dinâmico)<br />
Os principais critérios adicionais são:<br />
- foi simulada a aplicação de curto 1Φt, 80ms, seguido de abertura de um circuito<br />
e/ou dois circuitos, respectivamente, para o caso de linhas de circuito simples e<br />
duplo;<br />
- não se admitiu sobrecargas durante contingências, tendo como base os valores<br />
do CPST;<br />
- as Interligações devem permanecer em sincronismo e com oscilações bem<br />
amortecidas, para os defeitos simulados, tendo sido utilizados os seguintes<br />
critérios:<br />
• critério de estabilidade transitória: a tensão mínima transitória admissível na<br />
1º oscilação pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão préfalta<br />
e superior a 80% nas demais oscilações; e<br />
• critério de estabilidade dinâmica: as oscilações de tensão não devem ser<br />
superiores a 2% a partir do 10o segundo e as oscilações de potência não<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 428 / 530
devem ser superiores a 10%, em relação ao valor médio calculado entre<br />
picos a partir do 10° segundo.<br />
- a partir da entrada em operação do segundo circuito da interligação Norte/Sul, a<br />
Proteção de Perda de sincronismo (PPS) dessa interligação foi considerada<br />
bloqueada, i.é, os limites de intercâmbio devem ser tal que não sensibilizem<br />
esta PPS para os defeitos simulados;<br />
- na barra do capacitor série entre as subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã,<br />
750 kV foi permitido um valor de tensão máximo de 1,02 p.u.;<br />
- no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi permitida uma<br />
tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito;<br />
- no barramento de 750 kV da SE Tijuco Preto foi admitida uma tensão mínima<br />
de 0,73 pu no transitório, após a retirada do defeito;<br />
- foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo de Itaipu 60 Hz<br />
transitoriamente após o defeito até 700ms;<br />
- foram simulados os Esquemas de Corte de Geração (ECG) existentes e futuros:<br />
• desligamento de 1 ou 2 máquinas da usina de Itaipu 60 Hz, em 200ms, na<br />
abertura de uma linha do tronco de 750 kV, comandado por CLP;<br />
• atuação da Lógica 6, que desliga até duas máquinas da UHE Itaipu 60 Hz,<br />
com objetivo de evitar a abertura da interligação Sul-Sudeste, no trecho da<br />
transformação de Ivaiporã 750/500 kV, por sobrecarga nos transformadores<br />
desta subestação;<br />
• desligamento de máquinas da UHE Serra da Mesa ou da UHE Lajeado, na<br />
perda de um dos circuitos de 500 kV entre Serra da Mesa e Samambaia,<br />
comandado por CLP; e<br />
• desligamento de 1 ou 2 máquinas da região do Iguaçu, em 200ms, na perda<br />
de linhas de 525 kV que saem desta região, conforme ECG hoje implantado.<br />
<br />
Critérios com relação à operação das máquinas<br />
Não foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo das máquinas de<br />
Itaipu 60 Hz, mesmo que transitoriamente após o defeito.<br />
(b)<br />
Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das<br />
interligações entre as regiões Norte e Nordeste.<br />
<br />
Critérios para despacho de geração<br />
Como geração mínima das usinas hidráulicas da Região Nordeste será adotado o<br />
resultado apresentado no relatório “Inércia Mínima no Nordeste”, elaborado pelo<br />
<strong>ONS</strong>.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 429 / 530
Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio de regime<br />
permanente<br />
Os principais critérios adicionais são:<br />
- carregamento dos equipamentos de compensação de potência reativa variáveis:<br />
foi adotado como limite o valor de 60% da potência nominal do primeiro<br />
equipamento que atingir este valor, depois de esgotado os recursos da<br />
regulação; e<br />
- níveis de tensão: na rede que interliga as regiões Norte e Nordeste foi<br />
considerada a tensão mínima de 1.04 p.u. na subestação de Presidente Dutra.<br />
<br />
Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais<br />
(regime dinâmico)<br />
Os principais critérios adicionais são:<br />
- no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi admitida tensão<br />
mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito;<br />
- não foi admitida a atuação do ERAC com perda de carga generalizada;<br />
- não foi admitida a atuação dos equipamentos de proteção de sobretensão que<br />
acarretem perda de carga;<br />
- não foi admitido o desligamento dos compensadores síncronos da interligação<br />
na área do subsistema Norte e área oeste do subsistema Nordeste; e<br />
- não foi admitido o desligamento dos autotransformadores por sobrecarga, com<br />
conseqüente perda de carga.<br />
- remoção dos reatores de linha quando da abertura dos circuitos;<br />
- foram aplicados curtos monofásicos com duração de 100ms;<br />
- foi considerada potência mínima sincronizada no Nordeste de 80% da carga;<br />
- foi adotado despacho de 70% da capacidade nominal das Usinas Térmicas em<br />
qualquer patamar de carga;<br />
- o despacho de unidades térmicas não deve limitar os intercâmbios, quando<br />
então deverão ser desligados;<br />
- foi admitido Esquema de Corte de Geração (ECG);<br />
- foram considerados fluxos limites quando, ao elevarmos o intercâmbio de<br />
100 MW as contingências simples de circuito acarretaram uma das seguintes<br />
conseqüências:<br />
• atuação do ERAC devido a Subfreqüência acarretadas por perda de geração<br />
ou ilhamento;<br />
• sobrefreqüência superiores a 66 Hz, ocorridas devido a rejeições de grande<br />
porte. Essas sobrefreqüência tendem a ocorrer na Região Norte e são<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 430 / 530
controláveis pelos esquemas de rejeição de geração nas usinas de Tucuruí e<br />
Lajeado. As sobrefreqüência máximas admissíveis são as seguintes:<br />
máquinas hidráulicas suportam 20% e térmicas 10%;<br />
• desligamento de compensadores síncronos por sobrecarga;<br />
• desligamento de carga por sobre ou subtensão;<br />
• violação do seguinte critério com relação à estabilidade transitória (três<br />
primeiros ciclos): a tensão mínima transitória admissível na 1º oscilação<br />
pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão pré-falta e superior<br />
a 80% nas demais oscilações;<br />
• violação do seguinte critério com relação à estabilidade dinâmica: a partir do<br />
10 o segundo a oscilação de tensão deve ser inferior a 2% e as oscilações de<br />
potência menores que 10%, em relação ao valor médio calculado entre<br />
picos a partir do 10 o segundo;<br />
• desligamento de autotransformador com conseqüente desligamento de<br />
carga;<br />
• tensão mínima transitória pós-distúrbio de 0,8 pu em Samambaia;<br />
• Corrente superior a 3.000A por até 10 segundos em circuito da interligação<br />
Norte/Sul;<br />
- foram admitidas aberturas das interligações por atuação da PPS ou outros<br />
esquemas quando não acarretaram perda de carga;<br />
- foi admitida perda de carga por atuação do esquema de subtensão da área<br />
Norte e Oeste da Região Nordeste, pela ocorrência de contingência local.<br />
6.5.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade<br />
Os critérios para os estudos de confiabilidade que permitem a avaliação dos riscos<br />
probabilísticos inerentes ao sistema elétrico estão descritos no item 11.3 (Critérios<br />
para Estudos de Confiabilidade) do Submódulo 23.3.<br />
Em complementação às informações disponíveis nos Procedimentos de Rede,<br />
registram-se nesta seção os aspectos que influenciam a monitoração dos<br />
indicadores de risco selecionados. Basicamente serão discutidos quatro aspectos<br />
fundamentais, a saber:<br />
- Taxionomia, objetivos e condicionantes da análise realizada;<br />
- Caracterização de dados e modelagem de fenômenos, efeitos e componentes;<br />
- Descrição das etapas de trabalho (metodologia);<br />
- Caracterização da simulação computacional de confiabilidade.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 431 / 530
Taxionomia, Objetivos e Condicionantes<br />
O registro de uma breve taxionomia (i.e. classificação por categorias ou tipos) da<br />
análise de confiabilidade realizada é útil porque o universo de possibilidades é<br />
muito vasto e essa caracterização ajuda a compreensão dos resultados obtidos. Os<br />
principais aspectos que merecem comentários são os seguintes:<br />
a) Quanto ao tipo e objetivo do estudo<br />
A análise encetada classifica-se como confiabilidade preditiva probabilística<br />
composta (ou de nível hierárquico dois) porque engloba os sistemas de<br />
geração e transmissão. Trata-se, porém, de um caso particular, já que o<br />
sistema de geração é tratado deterministicamente e apenas a transmissão é<br />
submetida a falhas (incertezas).<br />
O objetivo é a aferição dos patamares de riscos estáticos globais (SIN) e<br />
regionais (estados da federação e áreas elétricas) associados à rede básica<br />
brasileira para 8 configurações topológicas futuras no horizonte 2003 a 2005,<br />
previstas no Plano de Ampliações e Reforços - PAR.<br />
b) Quanto à abrangência espacial<br />
O enfoque concentra-se apenas na chamada rede básica brasileira. Não foram<br />
tratadas as incertezas das linhas de transmissão e dos transformadores com<br />
níveis de tensão inferiores a 230 kV. O sistema modelado abrangeu todo o<br />
território brasileiro (Sistema Interligado Brasileiro - SIN). O sistema de 750 kV<br />
foi integralmente representado, com suas incertezas. O demais sistemas de<br />
525, 500, 440, 345, e 230 kV foram também totalmente representados, com<br />
suas incertezas.<br />
c) Quanto à abrangência temporal<br />
A análise restringiu-se a uma seqüência de avaliações pontuais no tempo,<br />
cada uma delas associada a um único patamar de carga. Cada avaliação<br />
refletiu uma nova topologia consoante o PAR. Para cada um dos três anos do<br />
horizonte do PAR, foram investigados os meses de fevereiro, junho e<br />
dezembro.<br />
d) Quanto à natureza dos modos de falha<br />
Dado que o programa computacional utilizado foi o NH2, na sua versão 5.21<br />
de Maio de 2001, Edição de 02/08/2001, os modos de falha tratados retratam<br />
apenas os aspectos de continuidade e adequação, ou seja, foi realizado um<br />
estudo de confiabilidade estática (regime permanente). A contabilização da<br />
continuidade é feita pela discriminação de ilhamentos e, por abuso de<br />
linguagem, dos déficits de geração. A contabilização da adequação se dá pela<br />
detecção de violações de carregamento e violações de limites permissíveis de<br />
tensões.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 432 / 530
e) Condicionantes adicionais<br />
O sistema (SIN) estudado foi partilhado em 59 áreas representando as regiões<br />
de interesse das empresas.<br />
O fluxo na interligação Norte/Sul, na configuração de Junho 2003 pesada,<br />
medido na barra # 7101, no trecho entre Gurupi/S. Mesa 500 kV (# 7101) e<br />
Serra da Mesa/Gurupi 500kV (# 7236), no caso-base de confiabilidade,<br />
situava-se em 1021 MW - j 214 Mvar na direção Norte para Sul. Para a<br />
configuração de dezembro 2005 pesada, esse fluxo era de 678 MW - j<br />
81 Mvar, também na direção Norte para o Sul.<br />
Toda a análise foi realizada utilizando a usina de Ilha Solteira como barra de<br />
referência.<br />
Os elos de corrente contínua foram representados por injeções equivalentes<br />
(Itaipu, Garabi, Alumar).<br />
Em todos os casos, a usina nuclear de Angra I foi despachada, enquanto a<br />
Usina de Angra II manteve-se sempre com geração nula.<br />
A topologia de junho 2003 pesada foi tratada com aproximadamente 3121 nós<br />
e 4503 ramos. A topologia de dezembro 2005 pesada foi representada por<br />
3300 nós e 4826 ramos.<br />
<br />
Dados e Modelos<br />
As Tabelas 6.5.6-1 a 6.5.6-3 registram aspectos de interesse relativos aos dados<br />
determinísticos e probabilísticos usados nas simulações. Os aspectos de<br />
modelagem de interesse são comentados a seguir:<br />
a) Fontes primárias de energia<br />
A influência das incertezas das fontes primárias de energia de natureza<br />
hidrológica podem ser representadas em estudos de confiabilidade composta<br />
atribuindo-se probabilidades aos diferentes cenários de despacho possíveis.<br />
No presente estudo permitiu-se a livre variabilidade de despacho de todas as<br />
unidades geradoras, dentro dos limites permitidos a cada uma delas, para fins<br />
de eliminação de violações dos casos-base de confiabilidade. Assim o<br />
despacho do caso-base de confiabilidade foi tratado com probabilidade<br />
unitária.<br />
b) Geração<br />
Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas para fins da<br />
busca do ponto de operação mais conveniente, nesse estudo a capacidade de<br />
geração foi representada deterministicamente, ou seja, não foram permitidas<br />
falhas nas unidades geradoras.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 433 / 530
Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos<br />
Tipo de Dado e<br />
Comandos Associados<br />
Fontes primárias de<br />
energia<br />
Topologia da rede:<br />
geração e compensação<br />
reativa (DBAR,DUSI)<br />
Topologia da rede: linhas<br />
de transmissão CA da<br />
Rede Básica (DLIN,<br />
DLCT)<br />
Topologia da rede: linhas<br />
de transmissão CA não<br />
pertencentes à Rede<br />
Básica. (DLIN)<br />
Topologia da rede: linhas<br />
de transmissão CC e<br />
terminais retificadores e<br />
inversores (DBAR)<br />
Topologia da rede:<br />
transformadores de<br />
malha da Rede Básica<br />
(DLIN, DLCT)<br />
Topologia da rede:<br />
transformadores de<br />
fronteira da Rede Básica<br />
(DLIN, DLCT)<br />
Características dos Dados Determinísticos (configuração<br />
topológica e parâmetros)<br />
As fontes primárias não foram diretamente modeladas nesse estudo.<br />
Configuração, parâmetros e despacho inicial do caso-base de fluxo<br />
de potência retirados dos arquivos históricos do PAR (vide<br />
Tabela 8.6). Para a montagem do caso-base de confiabilidade as<br />
unidades geradoras foram individualizadas de tal modo a emular<br />
tentativamente o despacho inicial proposto no caso-base de fluxo de<br />
potência do PAR 2003-2005. Os limites superiores de potência ativa<br />
permissível para cada unidade geradora foram observados. Os<br />
limites inferiores foram tomados como nulos, por motivo de<br />
conveniência de processamento. Os limites superiores e inferiores de<br />
potência reativa foram observados.<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />
o CPST (folga de carregamento nula). Não foram modeladas as<br />
alterações vinculadas.<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites de carregamento infinito. Não foram modeladas as alterações<br />
vinculadas.<br />
Os elos de corrente contínua são automaticamente convertidos pelo<br />
programa NH2 em injeções equivalentes nas barras CA vizinhas<br />
adjacentes.<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />
o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE<br />
o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram<br />
modeladas as alterações vinculadas.<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />
o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE<br />
o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram<br />
modeladas as alterações vinculadas<br />
Característica dos Dados<br />
Probabilísticos (parâmetros)<br />
Não se aplica<br />
Não foram modeladas as<br />
incertezas da geração (DECG).<br />
Dados típicos reais da rede<br />
brasileira retirados de [12,13].<br />
(DCTS). Vide Tabela 8.3. Não<br />
foram modeladas as falhas de<br />
modo comum.<br />
As incertezas dessas linhas não<br />
compuseram o espaço<br />
probabilístico de estados usado<br />
nas simulações.<br />
Incertezas não modeladas<br />
Foi utilizado um único valor típico<br />
estimado para a taxa de falha e o<br />
tempo médio de reparo para<br />
todos os trafos do SIN (DCTS). A<br />
incerteza dos trafos de 3<br />
enrolamentos foi associada<br />
unicamente ao ramo conectado à<br />
maior tensão. Vide Tabela 8.3)<br />
Vide observação acima<br />
(continua)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 434 / 530
Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos (continuação)<br />
Tipo de Dado e<br />
Comandos Associados<br />
Topologia da rede: trafos<br />
elevadores e trafos não<br />
pertencentes à Rede<br />
Básica (DLIN)<br />
Topologia da rede:<br />
elementos em derivação<br />
(reatores e capacitores),<br />
(DBAR)<br />
Topologia da rede:<br />
subestações (DBAR)<br />
Topologia da rede:<br />
elementos de<br />
compensação reativa<br />
série (DBAR, DLIN)<br />
Carga ativa e reativa nos<br />
barramentos (DBAR)<br />
Tensões nas barras com<br />
tensão controlada (DBAR)<br />
Faixas de variação das<br />
tensões nos barramentos<br />
(DTEN)<br />
Faixas de variação dos<br />
tapes de trafos (DLIN)<br />
Características dos Dados Determinísticos (configuração<br />
topológica e parâmetros)<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites de carregamento infinito. Os trafos elevadores<br />
(individualizados ou equivalentados) usados no caso-base de<br />
confiabilidade foram mantidos sem alteração no caso-base de<br />
confiabilidade. Não foram modeladas as alterações vinculadas.<br />
Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Não foram modeladas as alterações vinculadas.<br />
Topologia nodal da malha do SIN retirada dos arquivos históricos do<br />
PAR. O arranjo topológico individual de cada subestação não foi<br />
modelado neste estudo.<br />
Os dados determinísticos dos elementos série do subsistema de<br />
Itaipu foram explicitamente representados. A configuração e os<br />
parâmetros dos demais subsistemas com compensação série foram<br />
retirados ipsis-litteris dos arquivos históricos do PAR. Os limites de<br />
carregamento desses elementos são tomados como sendo infinitos<br />
ou idênticos aos da própria linha.<br />
Valores retirados dos arquivos históricos do PAR. Uma parcela das<br />
cargas foi modelada como função da tensão.<br />
Valores retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Limites normais diferenciados dos limites de emergência. Vide Tabela<br />
8.2. A Atribuição das faixas foi realizada visando a conveniência de<br />
processamento computacional<br />
Valores retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />
Característica dos Dados<br />
Probabilísticos (parâmetros)<br />
Incertezas não modeladas<br />
Incertezas não modeladas<br />
As Incertezas internas das<br />
subestações foram indiretamente<br />
refletidas nas taxas de falha das<br />
linhas de transmissão.<br />
Incertezas não tratadas.<br />
As incertezas das cargas não<br />
foram consideradas. Os regimes<br />
de carga pesada, média e leve<br />
foram<br />
processados<br />
separadamente.<br />
Não se aplica<br />
Não se aplica<br />
Não se aplica<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 435 / 530
Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis para a Variação das Tensões<br />
Classe<br />
do<br />
Barramento<br />
Limite Inferior<br />
Normal<br />
(pu)<br />
Limite Superior<br />
Normal<br />
(pu)<br />
Limite Inferior<br />
Emergência<br />
(pu)<br />
Limite Superior<br />
Emergência<br />
(pu)<br />
Z 0,7 1,3 0,7 1,3<br />
D 0,94 1,046 0,9 1,046<br />
C 1,0 1,1 0,9 1,1<br />
B 0,95 1,050 0,9 1,050<br />
E 0,95 1,045 0,9 1,045<br />
A 0,80 1,20 0,8 1,2<br />
X 0,8 1,2 0,8 1,2<br />
O 0,8 1,2 0,8 1,2<br />
Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica Brasileira [3]<br />
Tensão (kV)<br />
Taxa de Falha p/ LT<br />
(falhas/km.ano)<br />
Reatância Tempo Médio de<br />
Média Reparo (horas) 3<br />
(% / km) 1<br />
LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />
69 0,6334<br />
88 0,6070<br />
138 0,04092 0,260 2,958<br />
230 0,01981 0,0740 2,286<br />
345<br />
0,01804<br />
3,142<br />
(modo comum) 2 0,0316<br />
(0,01466)<br />
(0,198)<br />
440 0,01057 0,0166 3,411<br />
500, 525 0,01382 0,0127 1,521<br />
750 0,00978 0,005786 14,635<br />
Taxa de Falha p/ Trafos<br />
(falhas/unidade.ano) 4<br />
todas 0,020 40,0<br />
(1) Base = 100 MVA<br />
(2) Para a tensão 345 kV dispõe-se dos parâmetros da falha de modo comum coletados para a área de São Paulo.<br />
(3) O tempo médio de reparo está associado a contingências forçadas permanentes e fugitivas, todas com duração superior<br />
a 1 minuto, considerando todas as causas (internas, externas, secundárias e operacionais) e sem expurgar quedas de<br />
torres.<br />
(4) O valor utilizado em estudos anteriores foi de 0,11 falhas / unidade.ano<br />
<br />
Topologia (rede de transmissão)<br />
Nessa avaliação foram representadas todas as linhas e transformadores incluídos<br />
nos casos-base de fluxo de potência do PAR. Entretanto, foram atribuídas<br />
incertezas apenas aos elementos da Rede Básica. O tratamento dessas incertezas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 436 / 530
aseou-se na modelagem clássica de cadeias de Markov a dois estados, com todos<br />
os condicionantes tradicionais (ausência de: envelhecimento, regeneração,<br />
tendências e correlações). Os elementos da transmissão foram classificados em<br />
três categorias: linhas (LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de<br />
fronteira (TF). Todas as categorias foram discriminadas por níveis de tensão. A<br />
classe dos trafos de fronteira englobou aqueles trafos onde a maior tensão é igual<br />
ou maior a 230 kV e a segunda menor tensão é inferior a 230 kV. À toda malha de<br />
750 kV foram atribuídas incertezas, dado o impacto resultante das falhas nesse<br />
nível de tensão.<br />
Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas, os trafos elevadores,<br />
quando presentes, não sofreram o mesmo tratamento dado aos demais<br />
transformadores.<br />
A topologia nodal não foi explicitamente tratada. Entretanto, a influência das falhas<br />
das subestações foi parcialmente refletida nos parâmetros das linhas de<br />
transmissão da Tabela 6.5.3, dada a própria metodologia de coleta desses<br />
parâmetros.<br />
Nesse estudo não foram consideradas as falhas de modo comum nem as<br />
vinculações oriundas de esquemas de controle de emergência e proteção. Também<br />
não foram modeladas as falhas dos elementos transversais (capacitores e<br />
reatores).<br />
Os comprimentos das linhas de transmissão foram estimados usando os valores de<br />
reatância média dados na Tabela 6.5.3. Atribuiu-se um único valor para as<br />
incertezas dos transformadores de todas as classes, como mostrado na Tabela<br />
6.5.3. Os trafos elevadores foram tratados deterministicamente, exceto se passíveis<br />
de enquadramento como trafos de fronteira. Também não foram modelados os<br />
procedimentos de manutenção que impactam a malha de transmissão.<br />
<br />
Solicitação Ambiental<br />
Neste trabalho optou-se por não considerar nenhum efeito de solicitação ambiental<br />
com impacto na malha de transmissão e no regime hidrológico do sistema.<br />
<br />
Carga<br />
A modelagem da carga foi idêntica àquela utilizada nos casos de fluxo de potência<br />
do PAR para todas as configurações estudadas. A grande maioria das cargas foi<br />
modelada como valores de potência constante. No sistema N/NE algumas cargas<br />
foram modeladas funcionalmente, representando-se suas dependências com<br />
relação às variações de tensão. Tal representação facilita o processo de<br />
convergência, já que seu uso implica num corte implícito de carga quando da<br />
ocorrência de baixas tensões por esgotamento dos recursos dos sistema. Cumpre<br />
notar que esse aspecto tem influência direta nos valores dos índices de<br />
confiabilidade obtidos.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 437 / 530
Os regimes de carga pesada, média e leve, oriundos do PAR, foram processados<br />
de forma independente. Todos os três regimes foram processados de forma<br />
determinística (sem incertezas no patamar). A composição de indicadores de risco<br />
levando em conta todos os patamares de forma proporcional pode ser estimada<br />
usando as indicações da Tabela 6.5.6-4.<br />
Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/ influência de dias úteis e fins de semana [6]<br />
Patamar: Pesada Média Leve<br />
Duração (horas) 2,0<br />
12,0<br />
10,0<br />
(8,33%)<br />
(50%)<br />
(41,67%)<br />
Fonte: GCPS/SE/CTST/GTIN/001-91, apud [6].<br />
<br />
Composição do Espaço Probabilístico de Estados<br />
A composição do espaço probabilístico de estados tem extrema influência nos<br />
valores numéricos dos índices de confiabilidade. Por este motivo, é quase inútil o<br />
simples fornecimento de índices de confiabilidade, sem a descrição rigorosa da<br />
composição do espaço probabilístico de estados sobre o qual os mesmos índices<br />
foram gerados.<br />
Na avaliação realizada, este espaço foi composto apenas pelos circuitos (i.e. trafos<br />
e linhas) de transmissão. Para fins de referência e ilustração de ordens de grandeza<br />
a composição do espaço probabilístico da configuração de Junho de 2003 é<br />
aproximadamente especificada na Tabela 6.5.6-5.<br />
A probabilidade do caso-base de confiabilidade para a configuração de Junho 2003<br />
(i.e. rede completa sem contingências) é de 65,523926% Em Dezembro 2005 essa<br />
probabilidade se reduz a 62,343758% devido ao acréscimo de elementos.<br />
<br />
Metodologia (Etapas do Processamento Computacional)<br />
O processamento computacional compreendeu duas etapas encadeadas<br />
seqüencialmente, quais sejam: (i) Pré-processamento para obtenção do caso-base<br />
de confiabilidade; (ii) Cálculo numérico da confiabilidade. Todas as minúcias da<br />
simulação computacional podem ser vista em [7].<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 438 / 530
Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de Estados para Junho 2003, Pesada<br />
Elementos Número de Elementos Número de Estados Associados<br />
ao Elemento<br />
Geradores Individualizados 626 1 (não gera combinações)<br />
Linhas de transmissão<br />
750 kV<br />
9 2<br />
525 kV<br />
27 2<br />
500 kV<br />
83 2<br />
440 kV<br />
34 2<br />
345 kV<br />
94 2<br />
230 kV<br />
394<br />
2<br />
Total de linhas 641<br />
Transformadores de Malha<br />
750 kV<br />
525 e 500 kV<br />
12<br />
80 2<br />
440 kV<br />
8 2<br />
345 kV<br />
74<br />
2<br />
Total de trafos de Malha 174<br />
Total de trafos de Fronteira (230 kV)<br />
510 2<br />
Patamares de carga por regime 1 1 (não gera combinações)<br />
Total de Elementos a 2 Estados 641 + 174 + 510 = 1325<br />
Total Aproximado de Elementos do<br />
Espaço Probabilístico de Estados<br />
2 1325 = 10 398,86<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 439 / 530
7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede Básica com a Rede de<br />
Distribuição<br />
A Resolução Aneel nº 433/00, emitida pela Aneel em novembro de 2000, revisou o<br />
conceito da Rede Básica estabelecendo que o ponto de conexão à Rede Básica se<br />
dá no barramento de alta tensão das subestações. Neste contexto, os novos<br />
transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV não mais integram a Rede<br />
Básica, sendo a sua implantação de responsabilidade dos distribuidores, dos<br />
consumidores livres ou dos geradores. Para os transformadores existentes, a<br />
reclassificação se dará a partir de 2003, nas datas fixadas para a revisão tarifária<br />
das distribuidoras.<br />
O <strong>ONS</strong>, com o apoio da Aneel, tem procurado estimular discussões envolvendo os<br />
transmissores e distribuidores visando disseminar os novos conceitos estabelecidos<br />
pela Resolução Aneel nº 433/00, bem como buscar soluções para assegurar a<br />
viabilização dos reforços em transformação na fronteira entre a Rede Básica e a<br />
rede de distribuição.<br />
Por outro lado, no desenvolvimento dos estudos para a elaboração deste Plano de<br />
Ampliações e Reforços, o <strong>ONS</strong> em conjunto com os Agentes através dos Grupos<br />
Especiais, identificaram situações nas quais os critérios adotados não são<br />
atendidos, sendo abordado em particular, os casos de violação para os<br />
transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV, que não mais integrarão<br />
a Rede Básica.<br />
Neste sentido, as tabelas apresentadas neste item resumem as situações<br />
encontradas onde os critérios adotados nos estudos não são atendidos. Quando<br />
disponíveis, são registradas as soluções indicadas pelo Agente responsável.<br />
Os problemas estão organizados por região elétrica / concessionária de<br />
distribuição, sendo indicadas as violações de critério encontradas tanto em<br />
condições normais de operação como em contingências. No caso do Estado de São<br />
Paulo, em função do grande número de Agentes envolvidos, os problemas<br />
identificados foram agrupados em seis áreas de conexão, segundo critério utilizado<br />
pela Aneel para o estabelecimento dos correspondentes encargos de conexão.<br />
Observa-se que a solução a ser implementada, para que possa levar a melhores<br />
resultados do ponto de vista técnico-econômico, deve considerar que:<br />
− o conjunto de empreendimentos indica a pior situação, ou seja, não foi<br />
considerada a possibilidade de operação dos transformadores com carregamento<br />
20% acima de sua capacidade nominal, nem o remanejamento de carga através da<br />
rede de distribuição;<br />
− a entrada em operação das usinas termelétricas, notadamente na rede de<br />
distribuição, pode acarretar em modificação na natureza e na cronologia dos<br />
problemas identificados;<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 440 / 530
− no caso de instalações compartilhadas, o critério de rateio dos encargos de<br />
conexão tem influência nas análises técnico-econômicas; e<br />
− a indicação de sobrecarga em instalações muito próximas sinaliza a possibilidade<br />
de que determinadas soluções eliminam simultaneamente mais de um problema.<br />
Neste item são sinalizados também os locais nos quais foram identificados baixos<br />
valores de fator de potência, calculados do lado de alta dos transformadores, que<br />
devem merecer atenção especial por parte das concessionárias de distribuição.<br />
Finalmente são relacionados problemas detectados pelas próprias distribuidoras na<br />
sua área de atuação, que demandam expansões a partir da Rede Básica. Estes<br />
casos foram informados pelos respectivos Agentes envolvidos, no âmbito dos<br />
Grupos Especiais, antecipando a intenção de uma futura solicitação de acesso.<br />
Salienta-se que deverão ser adotadas medidas urgentes para a solução dos casos<br />
onde já ocorre, ou está prevista para ocorrer, sobrecarga em condições normais de<br />
operação, relacionados na Tabela 7-1. Esse problema foi identificado em 22<br />
subestações, cerca de 7% das SEs integrantes da Rede Básica atualmente.<br />
Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em condições normais de operação<br />
SUBESTAÇÃO<br />
UF<br />
1º ANO COM<br />
SOBRECARGA<br />
SE PICI – 230/69 kV – 2x100 MVA CE Jun/2004<br />
SE IPATINGA - 230/161– 1x150 MVA e 161/138 kV –<br />
1x120MVA<br />
MG<br />
Jul/2003<br />
SE MASCARENHAS DE MORAES - 345/138 kV – 150 MVA MG Jul/2004<br />
SE ANASTÁCIO - 230/138 kV – 1X75 MVA MS Jun/2004<br />
SE BOM NOME – 230/138 kV – 100 MVA PE Dez/2004<br />
SE BONGI – 230/13,8 kV – 2x40 MVA PE Dez/2004<br />
SE BONGI – 230/69 kV – 4x100 MVA PE Dez/2004<br />
SE BOA ESPERANÇA – 230/69 kV – 2x33 MVA PI Dez/2005<br />
SE CASCAVEL – 230/138 kV – 3x150 MVA PR Jun/2005<br />
SE BAGE – 230/69 kV – 2x50 MVA RS Jun/2004<br />
SE CAXIAS 2 – 230/69 kV – 165 MVA RS Fev/2005<br />
SE CHARQUEADAS - 230/69 kV – 86 MVA RS Jun/2006<br />
SE PORTO ALEGRE 10 – 230/13 kV – 50 MVA RS Fev/2005<br />
SE PORTO ALEGRE 6 – 230/69 kV – 2X83 MVA RS Jun/2004<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 441 / 530
SUBESTAÇÃO<br />
UF<br />
1º ANO COM<br />
SOBRECARGA<br />
SE SANTA MARTA – 230/69 kV – 83 MVA RS Jun/2004<br />
SE BOM JARDIM – 440/138 kV – 2x300 MVA SP Jul/2003<br />
SE BOTUCATU – 230/138 kV – 3x75 MVA SP Jul/2003<br />
SE CABREÚVA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul2006<br />
SE CAMPINAS – 345/138 kV – 4x150 MVA SP Jul/2004<br />
SE CAPIVARA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2004<br />
SE JUPIÁ – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2003<br />
SE JURUMIRIM – 230/138 kV – 2x75 MVA SP Jul/2003<br />
Além dos problemas em condições normais de operação, a contingência simples de<br />
um transformador resultou em carregamentos superiores a 140% nos equipamentos<br />
remanescentes em 23 locais (7,3% do total), ao longo do horizonte estudado.<br />
Nesses casos, há risco de desligamento em cascata e conseqüente perda da<br />
subestação.<br />
Em 36 SEs (11,5% das subestações), a perda de um transformador provocou<br />
carregamentos acima da capacidade nominal dos trafos remanescentes. Ressaltase,<br />
ainda, o caso de 25 subestações (8% do total) que contam com apenas um<br />
transformador, cuja indisponibilidade implica em, no mínimo, corte temporário de<br />
toda a carga atendida.<br />
Para os casos em que foram identificadas sobrecargas em condições de<br />
contingência, deverá ser estudada a implantação de esquema especiais de alívio de<br />
carga para preservar os equipamentos remanescentes.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 442 / 530
7.1 Região Sul<br />
7.1.1 CEEE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE CIDADE INDUSTRIAL<br />
230/138 kV – 2 X 150 MVA<br />
SE GRAVATAI<br />
230/69 kV – 2 X 165 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />
submetido a carregamentos da ordem de 167% em 2005<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />
submetido a carregamentos da ordem de 156% em 2006<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
BAGÉ - 230/69 kV 0,86; 0,95; 0,95 2004 a 2006<br />
CHARQUEADAS - 230/69 kV 0,91; 0,91; 0,91 2004 a 2006<br />
ELDORADO - 230/23 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006<br />
GUAÍBA - 230/69 kV 0,86; 0,86; 0,86 2004 a 2006<br />
PELOTAS 3 - 230/138 kV 0,88; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />
PORTO ALEGRE 10 - 230/13 kV 0,92; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />
PORTO ALEGRE 10 - 230/69 kV 0,95; 0,92; 0,92 2004 a 2006<br />
PORTO ALEGRE 13 - 230/13 kV 0,94; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />
PORTO ALEGRE 6 - 230/69 kV 0,91; 0,94; 0,93 2004 a 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 443 / 530
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
PORTO ALEGRE 8 - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />
QUINTA - 230/69 kV 0,92; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 444 / 530
7.1.2 RGE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE FARROUPILHA<br />
230/69 kV – 2 X 88 MVA<br />
SE SANTA MARTA<br />
230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />
SE GUARITA<br />
230/69 kV – 2 X 83 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />
submetido a carregamentos da ordem de 125% em 2004,<br />
185% em 2005 e 156% em 2006<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />
submetido a carregamentos da ordem de 189% em 2004<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />
submetido a carregamentos da ordem de 153% em 2005 e<br />
157% em 2006<br />
Conforme RGE, com a entrada em<br />
operação do 2° TR, 230/69 kV, 83 MVA,<br />
na SE Garibaldi e do banco 230/69 kV,<br />
165 MVA, na SE Caxias 5 é possível<br />
remanejamento da carga no setor de<br />
69 kV no caso da perda de um TR da<br />
SE Farroupilha.<br />
Conforme RGE, esse problema será<br />
solucionado com a entrada em<br />
operação da SE Lagoa Vermelha em<br />
Set/04.<br />
A RGE informou que está estudando<br />
uma solução para o problema.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
GRAVATAI - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />
GUARITA - 230/69 kV 0,91; 0,91 2005 e 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 445 / 530
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
MISSÕES - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />
NOVA PRATA - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />
SANTA MARTA - 230/138 kV 0,94 2006<br />
SANTA MARTA - 230/69 kV 0,92; 0,92 2005 e 2006<br />
SANTO ÂNGELO - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />
TAQUARA - 230/138 kV 0,93; 0,89 2005 e 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />
SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 446 / 530
7.1.3 AES<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE CAMPO BOM<br />
230/69 kV – 2 X 83 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente<br />
fica submetido a carregamentos da ordem de 178% em<br />
2005 e 191% em 2006<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
CAMPO BOM - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />
LAJEADO - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />
POLO PETROQUÍMICO - 230/69 kV 0,90; 0,89; 0,86 2004 a 2006<br />
SANTA CRUZ - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />
SANTA MARIA 3 – 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />
SÃO BORJA - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />
SÃO VICENTE - 230/69 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006<br />
URUGUAIANA 5 - 230/69 kV 0,92; 0,92; 0,92 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />
SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 447 / 530
7.1.4 CELESC<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE XANXERÊ<br />
230/138 kV – 1 X 150 MVA + 2 X<br />
84 MVA + 1 X 75 MVA<br />
Na perda do transformador de 150 MVA, a unidade de<br />
75 MVA fica submetida a carregamentos da ordem de<br />
153% em 2005<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
JORGE LACERDA A - 230/138 kV 0,93; 0,82 2005 e 2006<br />
JORGE LACERDA A - 230/69 kV 0,90; 0,93 2005 e 2006<br />
PALHOÇA - 230/138 kV 0,93; 0,85; 0,82 2004 a 2006<br />
XANXERÊ - 230/138 kV 0,95; 0,87 2005 e 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />
SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 448 / 530
7.1.5 COPEL<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE PONTA GROSSA NORTE<br />
230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores, o remanescente<br />
fica submetido a carregamentos da ordem de 164% em<br />
2006<br />
LT 138 kV Rosana - Loanda Sobrecarga de 17% na carga pesada de inverno de 2006<br />
em condição normal de operação, com despacho pleno<br />
da UHE Rosana e intercâmbio de energia sudeste – sul<br />
de 4.000 MW.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
APUCARANA - 230/138 kV 0,91; 0,91 2005 e 2006<br />
CAMPO COMPRIDO - 230/69 kV 0,95 2005<br />
CAMPO DO ASSOBIO - 230/13 kV 0,86; 0,84; 0,84 2004 a 2006<br />
CAMPO DO ASSOBIO - 230/138 kV 0,92; 0,89; 0,88 2004 a 2006<br />
FOZ DO IGUAÇU NORTE- 230/138 kV 0,79 2006<br />
GOV. PARIGOT SOUZA - 230/138 kV 0,80; 0,95 2005 e 2006<br />
GUAÍRA - 230/138 kV 0,91; 0,88; 0,82 2004 a 2006<br />
LONDRINA - 230/138 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 449 / 530
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
MARINGÁ - 230/138 kV 0,84; 0,79; 0,81 2004 a 2006<br />
PATO BRANCO - 230/138 kV 0,87; 0,91 2004 e 2006<br />
PILARZINHO - 230/69 kV 0,94 2005<br />
PONTA GROSSA NORTE - 230/138 kV 0,80; 0,63; 0,62 2004 a 2006<br />
PONTA GROSSA NORTE - 230/34 kV 0,79; 0,85; 0,91 2004 a 2006<br />
PONTA GROSSA SUL - 230/34 kV 0,84; 0,82; 0,76 2004 a 2006<br />
POSTO FISCAL - 230/138 kV 0,85; 0,75 2005 e 2006<br />
SÃO MATEUS - 230/13 kV 0,90; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />
SÃO MATEUS - 230/34 kV 0,91; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />
SARANDI - 230/138 kV 0,90; 0,88 2005 e 2006<br />
UBERABA - 230/69 kV 0,87; 0,88; 0,86 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />
SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 450 / 530
7.2 Região Sudeste<br />
7.2.1 RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE JACAREPAGUÁ<br />
345/138 kV – 4 X 225 MVA<br />
SE VITÓRIA<br />
345/138 kV – 4 x 225 MVA<br />
SE MASCARENHAS<br />
230/138 kV – 1 X 150 MVA<br />
A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV -<br />
4x225 MVA pode apresentar sobrecarga da ordem de<br />
12% para o ano de 2006, para cenários de geração<br />
térmica reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e<br />
Termorio e elevado nas usinas Macaé Merchant e N.<br />
Fluminense para a contingência da LT 500 kV C.<br />
Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de<br />
transformadores.<br />
Nos diversos cenários analisados, já com a presença da<br />
LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, observa-se que a<br />
transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA)<br />
encontra-se bastante solicitada já em regime normal de<br />
operação, com carregamento em torno do nominal, de<br />
tal forma que na contingência de um transformador,<br />
pode-se encontrar sobrecarga de até 33% (2006) no<br />
transformador remanescente de menor impedância<br />
desta subestação.<br />
Com a usina de Aimorés em operação, a transformação<br />
de Mascarenhas, com um transformador de 150 MVA,<br />
não suportaria a contingência da LT 230 kV Aimorés -<br />
Conselheiro Pena<br />
SE AREINHA (Nova) – TR 345/138 kV –<br />
300 MVA (sem solicitação de acesso<br />
até o momento)<br />
Seccionamento de um circuito da LT<br />
345 kV Campos – Vitória 2 X 1 km (obra<br />
da Rede Básica)<br />
Substituição do TR 230/138 kV de<br />
150 MVA por um de 300 MVA<br />
(associada a UHE Aimorés)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 451 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
Nilo Peçanha 230/138 kV 0,84 / 0,93 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 452 / 530
7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BAIXADA SANTISTA<br />
345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />
SE BAIXADA SANTISTA<br />
230/138 kV – 2 X 150 MVA<br />
Na perda de uma unidade o carregamento na restante<br />
supera o seu valor nominal, em diferentes condições de<br />
carga, a partir de 2004. Com despacho mínimo na UHE<br />
Henry Borden 88 kV (19 MW), os fluxos na unidade<br />
restante em 2005 são de 403 MVA / 101% na carga<br />
média e 531 MVA / 133% na carga pesada, com a LT<br />
88 kV Henry Borden – Pedreira aberta em Henry<br />
Borden. Caso essa linha opere aberta em Pedreira os<br />
carregamentos na unidade restante são elevados para<br />
466 MVA / 116% em carga média e 667 MVA / 167%<br />
em carga pesada. É importante observar que está<br />
considerada a transferência da carga da Carbocloro do<br />
sistema em 88 kV para o em 230 kV a partir de junho<br />
de 2003.<br />
O fluxo nos transformadores 230/138 kV de Baixada<br />
Santista sofre influência do despacho de geração na<br />
área (UHE Henry Borden e UTEs Piratininga e Nova<br />
Piratininga). Com despachos máximos nessas usinas,<br />
na perda de uma unidade, há carregamentos de 105%<br />
em 2004, 110% em 2005 e 112% em 2006 na unidade<br />
restante, na carga pesada de dezembro. Para<br />
despachos de geração mínimos nas usinas da área, o<br />
valor nominal dos transformadores não é excedido em<br />
emergências.<br />
3 º banco de transformadores 345/88 kV<br />
- 400 MVA (CPFL Piratininga –<br />
12/2005)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 453 / 530
7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BOTUCATU<br />
230/138 kV – 3 X 75 MVA<br />
SE CAPÃO BONITO<br />
230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />
SE EMBU GUAÇU<br />
440/138 kV – 2 X 300 MVA<br />
Há carregamentos acima dos nominais em condição<br />
normal de operação. Em 2004, na carga pesada, em<br />
condição normal o fluxo é de 111% e na perda de uma<br />
de suas unidades 146% nas restantes.<br />
Na perda de uma unidade o carregamento na unidade<br />
restante é de 133% na carga pesada de 2004.<br />
Quando da perda de uma unidade, a remanescente<br />
apresenta carregamentos de 113% a partir de 2004 no<br />
patamar de carga pesada.<br />
Substituição de duas unidades de<br />
75 MVA por duas de 150 MVA (CPFL<br />
Paulista – 12/2004) e da terceira de<br />
75 MVA por 150 MVA (CPFL Paulista –<br />
12/2006).<br />
LT 230 kV, circuito simples, Jaguariaiva<br />
– Itararé II e SE com transformador<br />
230/138 kV 180 MVA na SE Itararé II<br />
(Elektro – 12/2005).<br />
3º banco de transformadores<br />
440/138 kV - 300 MVA (Eletropaulo -<br />
12/2004)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 454 / 530
7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE JURUMIRIM<br />
230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />
SE OESTE<br />
440/88 kV – 3 x 400 MVA<br />
Em 2004 poderá ocorrer carregamento de até 110% nos<br />
períodos de carga pesada em regime normal de<br />
operação. Na indisponibilidade de um banco, observase<br />
carregamento no transformador remanescente de até<br />
129% em carga pesada.<br />
Há sobrecargas nessa transformação também quando<br />
da perda das LTs 230 kV Chavantes – Botucatu (119%),<br />
Jurumirim – Avaré (134%), Avaré – Botucatu (129%) e<br />
Capão Bonito – Botucatu (148%) e de um<br />
transformador 230/138 kV em Capão Bonito (116%).<br />
Atualmente são necessárias medidas operativas para<br />
reduzir o carregamento dos transformadores existentes.<br />
A partir da solicitação de acesso da CBA para carga de<br />
129,5 MW no barramento de 88 kV de Oeste, quando da<br />
perda de uma de suas unidades acontecem<br />
carregamentos acima do nominal nas restantes: 7% em<br />
2004, 9% em 2005 e 19% em 2006, na condição de<br />
carga pesada e 5% em 2006 na carga média.<br />
Instalação do terceiro transformador<br />
230/138 kV – 75 MVA (CFLSC –<br />
12/2004)<br />
Transferência de carga da CBA do<br />
sistema em 88 kV para o sistema em<br />
230 kV atendido pela SE Cabreúva.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 455 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
BAIXADA SANTISTA – 345/88 kV 0,88 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />
BAIXADA SANTISTA – 230/138 kV 0,97 – 1,00 2005<br />
BOTUCATU – 230/88 kV 0,89 – 0,95 2004 - 2006<br />
CAPÃO BONITO – 230/138 kV 0,94 – 0,99 2004 - 2006<br />
JURUMIRIM – 230/138 kV 0,95 – 1,00 2004 - 2006<br />
OESTE – 440/88 kV 0,97 – 1,00 2005 - 2006<br />
(1) Há influência do despacho da UHE Henry Borden.<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 456 / 530
7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BOM JARDIM<br />
440/88 kV – 2 x 300 MVA<br />
SE BOM JARDIM<br />
440/138 kV - 150 MVA<br />
SE CABREÚVA<br />
440/138 kV - 150 MVA<br />
Na perda de uma unidade há carregamentos acima do<br />
nominal na unidade restante em 2004 nas cargas média<br />
(120%) e pesada (142%).<br />
O carregamento do transformador 440/138 kV de Bom<br />
Jardim é superior ao seu valor nominal (101% em 2004,<br />
109% em 2005 e 113% em 2006), notando-se elevados<br />
fluxos de reativos de Bom Jardim para Bragança<br />
Paulista.<br />
Há carregamentos superiores ao nominal no<br />
transformador 440/138 kV de Bom Jardim quando da<br />
perda do transformador 440/138 kV de Cabreúva (124%<br />
em 2004, 131% em 2005 e 135% em 2006).<br />
O carregamento do transformador 440/138 kV de<br />
Cabreúva é superior ao seu valor nominal em<br />
2006(102%).<br />
Há carregamentos superiores ao nominal no<br />
transformador 440/138 kV de Cabreúva quando da<br />
perda do transformador 440/138 kV de Bom Jardim<br />
(116% em 2004, 127% em 2005 e 130% em 2006).<br />
Na perda dos transformadores 440/138 kV de Bom<br />
Jardim ou de Cabreúva são verificadas tensões<br />
inferiores a 95% no sistema em 138 kV da área.<br />
Instalação da terceira unidade<br />
transformadora 440/88 kV – 300 MVA<br />
(CPFL Piratininga – Dez/2004)<br />
Instalação da segunda unidade<br />
transformadora 440/138 kV – 150 MVA<br />
em Cabreúva (Elektro – Dez/2005).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 457 / 530
7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE SANTO ÂNGELO<br />
440/138 kV – 1 X 300 + 2 X 150 MVA<br />
Na indisponibilidade do banco de 300 MVA, observamse<br />
carregamentos nos transformadores remanescentes<br />
de 103% em 2006, na carga pesada.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
APARECIDA - 230/88 kV 0,97 – 1,00 2006<br />
BOM JARDIM - 440/138 kV 0,67 – 0,89 2004 - 2006<br />
BOM JARDIM - 440/88 kV 0,94 – 0,98 2004 - 2006<br />
LT 230 kV – CD - CABREÚVA – CBA 0,94 - 0,94 2004 - 2006<br />
CABREÚVA – 440/138 kV 0,93 – 1,00 2005 - 2006<br />
MOGI – 230/88 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006<br />
SANTO ÂNGELO – 440/138 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006<br />
SÃO JOSÉ – 230/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 458 / 530
7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ARARAQUARA<br />
440/138 kV- 3 X 300 MVA<br />
SE MOGI MIRIM III<br />
440/138 kV – 2 X 300 MVA<br />
SE RIBEIRÃO PRETO<br />
440/138 kV- 2 X 300 MVA<br />
Quando da perda de uma unidade o carregamento nas<br />
restantes vai de 107% em 2004 a 111% em 2006<br />
Na perda de uma unidade o carregamento na restante,<br />
381 MVA / 127% em 2004 na carga pesada, é superior<br />
ao seu valor nominal.<br />
Durante a perda de um transformador, a unidade<br />
restante apresenta carregamento que evolui de 107%<br />
em 2004 a 114% em 2006.<br />
3º banco de transformadores<br />
440/138 kV – 300 MVA (Elektro –<br />
12/2004)<br />
Instalação da terceira unidade<br />
transformadora 440/138 kV – 300 MVA<br />
(CPFL Paulista– Dez/2006)<br />
SE SUMARÉ<br />
440/138 kV- 2 X 300 MVA<br />
Na perda de uma unidade o carregamento na restante<br />
supera seu valor nominal (105% em 2004, e 111% em<br />
2005 na carga pesada).<br />
Instalação do 3 o banco de<br />
transformadora 440/138 kV – 300 MVA<br />
(CPFL Paulista– Dez/2006)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 459 / 530
7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE SANTA BÁRBARA<br />
440/138 kV- 3 X 300 MVA<br />
O barramento de 138 kV da SE Santa Bárbara<br />
440/138 kV atualmente está operando aberto como<br />
medida para limitar o nível de curto-circuito no nível de<br />
138 kV. Nessa condição um dos transformadores de<br />
315 MVA alimenta as LTs 138 kV, circuito duplo, Santa<br />
Bárbara – Limeira 1 e Santa Bárbara – Mogi Mirim 2. As<br />
demais unidades de 300 MVA e 315 MVA suprem as<br />
linhas em 138 kV da CPFL. Em condições de<br />
emergência de um dos transformadores 440/138 kV o<br />
barramento de 138 kV é fechado. Na carga pesada de<br />
2004 o transformador 440/138 kV de 300 MVA de Santa<br />
Bárbara opera no limite em condição normal (294 MVA /<br />
98%) e, quando da perda de uma das unidades, após o<br />
fechamento do barramento de 138 kV, o fluxo nas<br />
restantes 318 MVA / 101% (unidade de 315 MVA) e<br />
330 MVA / 110% (unidade de 300 MVA) é superior a<br />
seus valores nominais.<br />
Instalação do 4 o banco de<br />
transformadores 440/138 kV – 315 MVA<br />
na SE Santa Bárbara (CPFL Paulista –<br />
12/2004)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 460 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ARARAQUARA – 440/138 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />
MOGI MIRIM 3 – 440/138 kV 0,91 – 0,98 2004 - 2006<br />
RIBEIRÃO PRETO - 440/138 kV 0,92 – 1,00 2004 - 2006<br />
SANTA BÁRBARA - 440/138 kV 0,92 – 0,97 2004 - 2006<br />
SUMARÉ - 440/138 kV 0,91 – 1,00 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 461 / 530
7.2.5 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ, CLFSC E EEVP)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ASSIS<br />
230/88 kV – 2 x 38 MVA<br />
SE CHAVANTES<br />
230/88 kV – 2 X 40 MVA<br />
As transformações 230/88 kV de Assis e de Chavantes<br />
operam no limite quando da perda de uma de suas<br />
unidades no ano 2006, na condição de carga pesada,<br />
para despacho de 88% nas UHEs Canoas I e II, Salto<br />
Grande, Ourinhos, Chavantes, Jurumirim e Piraju. Notase<br />
que o carregamento é devido ao fluxo de reativos do<br />
sistema em 230 kV para o em 88 kV, em função do fator<br />
de potência das cargas (média de 0,916). Despachos<br />
menores poderão causar carregamentos superiores ao<br />
nominal.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ASSIS – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />
AVARÉ – 230/138 kV 0,76 – 0,91 2004 - 2006<br />
CHAVANTES – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />
SALTO GRANDE – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />
(1) Há elevados fluxos de reativos do sistema em 230 kV para o em 88 kV, em todas as condições de carga, devido ao fator de potência das<br />
cargas (0,916). O carregamento desses transformadores é influenciado pelo despacho de geração das usinas ligadas ao sistema em 88 kV:<br />
Canoas I e II, Salto Grande e Ourinhos.Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da<br />
carga, da compensação reativa e do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 462 / 530
7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE CAPIVARA<br />
440/138 kV - 150 MVA<br />
SE TAQUARUÇU<br />
440/138 kV – 300 MVA<br />
O transformador 440/138 kV de Capivara opera no limite<br />
em condição normal de operação em 2004. Há<br />
carregamentos acima do nominal na perda do<br />
transformador 440/138 kV de Taquaruçu (137%) e das<br />
LTs 440 kV Jupiá – Taquaruçu (110%), Taquaruçu –<br />
Assis (108%), Capivara – Assis (149%), Assis – Bauru<br />
(127%) e Assis –Sumaré (119%).<br />
Na perda dos transformadores 440/138 de Capivara ou<br />
de Taquaruçu são verificadas tensões baixas nos<br />
barramentos de 138 kV da área.<br />
Substituição do transformador de<br />
150 MVA por outro de 300 MVA (Elektro<br />
– 06/2006).<br />
Constituição das LTs 138 kV Rosana –<br />
Presidente Prudente, Rosana –<br />
Dracena, Taquaruçu – Dracena e<br />
Taquaruçu – Presidente Prudente<br />
(Elektro – 12/2005).<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
CAPIVARA - 440/138 kV 0,87 – 1,00 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 463 / 530
7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ÁGUA VERMELHA<br />
440/138 kV – 300 MVA<br />
O transformador 440/138 kV de Água Vermelha pode<br />
apresentar carregamentos elevados em condição<br />
normal de operação em função do despacho de geração<br />
das usinas da área e do fluxo nos transformadores<br />
500/440 kV de Água Vermelha. Em 2006, para<br />
despachos de geração hidráulica elevados no Sudeste,<br />
despachos de geração térmica e nuclear baixos no<br />
Sudeste, com intercâmbios do sistema Norte para o<br />
Sudeste (2000 MW) e do Sudeste para o Sul<br />
(4000 MW), o fluxo no transformador 440/138 kV de<br />
Água Vermelha é de 293 MVA / 98%. Nessas mesmas<br />
condições o seu carregamento é de 310 MVA / 103%<br />
em 2004 e 327 MVA / 109% em 2006 na perda do<br />
transformador de 440/138 kV Três Irmãos e 318 MVA /<br />
106% em 2006 na perda do transformador 440/138 kV<br />
de Jupiá.<br />
Em 2006, a indisponibilidade desse transformador<br />
acarreta tensões próximas a 90% em várias barras da<br />
rede de 138 kV que atende à região norte do Estado de<br />
São Paulo, na condição de carga pesada.<br />
2 o banco de transformadores<br />
440/138 kV – 300 MVA (Elektro –<br />
12/2006)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 464 / 530
7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BAURU<br />
440/138 kV – 2 X 150 MVA<br />
Em 2004 na perda de um transformador acontece<br />
carregamento de 122% na unidade restante. As<br />
condições de carregamento na transformação<br />
440/138 kV são influenciadas pelo despacho de geração<br />
nas usinas do rio Tietê conectadas ao sistema em<br />
138 kV.<br />
Instalação da terceira unidade<br />
transformadora 440/138 kV – 150 MVA<br />
(CPFL Paulista – Dez/2004)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 465 / 530
7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE JUPIÁ<br />
440/138 kV – 150 MVA<br />
Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e<br />
com a UTE Três Lagoas fora de operação, há superação da capacidade nominal<br />
do transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá quando da perda de um dos<br />
transformadores 440/138 kV de Água Vermelha (113%) ou Três Irmãos (160%).<br />
Com apenas uma máquina despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três<br />
Lagoas o carregamento é superior ao nominal já em condição normal (116%).<br />
Substituição do transformador<br />
440/138 kV-150 MVA de Jupiá por outro<br />
de 300 MVA (Elektro – Dez/2004)<br />
Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e<br />
com a UTE Três Lagoas em operação (240 MW) o desempenho do sistema é<br />
adequado. Com apenas uma máquina da UHE Jupiá em operação, o<br />
carregamento no transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá é superior ao<br />
nominal quando da perda do transformador 440/138 kV de Três Irmãos (114%).<br />
Na carga leve, em condições de despachos máximos de geração na UHE Jupiá<br />
138 kV, UTE Três Lagoas e nas usinas do Mato Grosso do Sul (UHE Mimoso e<br />
UTE W. Arjona), o carregamento no transformador 440/138 kV - 150 MVA de<br />
Jupiá supera em cerca de 5% o seu valor nominal no caso de perda do<br />
transformador 440/138 kV de Três Irmãos.<br />
Após a substituição do transformador 440/138 kV por outra unidade de 300 MVA,<br />
são ainda verificados carregamentos superiores ao nominal durante a perda do<br />
transformador 440/138 kV de Três Irmãos, com apenas uma máquina<br />
despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três Lagoas: 118% em 2004 e<br />
122% em 2006. A entrada em operação da nova interligação com o MS -<br />
transformador 440/230 kV de Porto Primavera e LT 230 kV Porto Primavera –<br />
Dourados, em 2006, reduzirá o carregamento no transformador 440/138 kV de<br />
Jupiá, quando da perda do transformador de Três Irmãos, de 122% para 101%,<br />
com uma máquina da UHE Jupiá 138 kV despachada e sem a UTE Três Lagoas.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 466 / 530
7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE TRÊS IRMÃOS<br />
440/138 kV – 300 MVA<br />
A indisponibilidade do transformador 440/138 kV de<br />
Três Irmãos poderá provocar sobrecargas no<br />
transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá em<br />
situações com a UTE Três Lagoas fora de operação e<br />
em função do despacho de geração das unidades da<br />
UHE Jupiá conectadas ao sistema em 138 kV e das<br />
usinas térmicas na região de Corumbá (MS). Nessas<br />
mesmas condições, a perda do transformador<br />
440/138 kV de Jupiá provoca carregamento de 345 MVA<br />
/ 115% no transformador de Três Irmãos em 2004.<br />
Substituição do transformador<br />
440/138 kV de Jupiá por outro de<br />
300 MVA (Elektro – Dez/2004).<br />
2 o banco de transformadores<br />
440/138 kV – 300 MVA em Três Irmãos<br />
(Elektro – 12/2007)<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ÁGUA VERMELHA - 440/138 kV 0,95 – 0,99 (1) 2004 - 2006<br />
BAURU – 440/138 kV 0,88 – 0,97 2004 - 2006<br />
JUPIÁ – 440/138 kV 0,95 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />
TRÊS IRMÃOS – 440/138 kV 0,94 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />
(1) Há influência da UHE Jupiá 138 kV e da UTE Três Lagoas.<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 467 / 530
7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BANDEIRANTES<br />
345/88 kV – 3 X 400 MVA<br />
SE PIRATININGA<br />
230/88 kV – 4 X 100 MVA<br />
SE EDGARD DE SOUZA<br />
230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA<br />
SE PIRITUBA<br />
230/88 kV – 4 X 150 MVA<br />
Na perda de uma unidade 345/88 kV de Bandeirantes<br />
há carregamentos de 104% nas unidades restantes em<br />
2004.<br />
Na perda de uma unidade 230/88 kV de Piratininga há<br />
carregamentos de 100% nas unidades restantes em<br />
2004, com a UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora<br />
de operação.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/88 kV da SE<br />
Edgard de Souza o carregamento nas unidades<br />
restantes é de 117% em 2004 na carga pesada.<br />
Durante a emergência de um dos transformadores<br />
230/88 kV da SE Pirituba o carregamento nas unidades<br />
restantes é de 122% na carga pesada de 2004.<br />
SE Piratininga II - 230/88 kV – 3 X<br />
150 MVA (instalação) e BC - 28,8 Mvar<br />
- 88 kV (Eletropaulo – 12/2004).<br />
Considerando a superação do nível de<br />
curto circuito será necessária a<br />
substituição de 7 bays de 88 kV.<br />
SE ANHANGÜERA - 345/88 kV - 2 x<br />
400 MVA (Eletropaulo – 12/2004)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 468 / 530
7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE SUL 1<br />
345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />
SE SUL 2<br />
345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />
ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO<br />
PAULO<br />
Na perda de uma unidade de Sul 1, observa-se<br />
carregamentos na carga pesada de 110% em 2004,<br />
chegando a 120% em 2006 no transformador<br />
remanescente.<br />
Na perda de uma unidade de Sul 2, observa-se<br />
carregamentos na carga pesada de 129% em 2004 e<br />
128% em 2006 no transformador remanescente. Na<br />
carga média os carregamentos são de 121% em 2004 e<br />
118% em 2006.<br />
A partir de 2004, carregamento elevado na SE Centro<br />
aliado ao esgotamento do sistema de distribuição da<br />
região central de São Paulo.<br />
Fechamento do disjuntor de interligação<br />
das barras de 88 kV das SEs Sul 1 e<br />
Sul 2 colocando em paralelo os 3<br />
bancos de transformadores<br />
remanescentes.<br />
SE MIGUEL REALE (NOVA) bancos<br />
de transformadores de 345/88-138 kV -<br />
2 X 400 MVA e fase reserva de<br />
133 MVA<br />
(obra em andamento pela Cteep com<br />
previsão para energização para junho<br />
de 2003).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 469 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
BANDEIRANTES – 345/88/34,5 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />
EDGARD DE SOUZA – 230/88 kV 0,97 – 1,00 2005<br />
MIGUEL REALE – 345/88/20 kV 0,96 – 0,97 2004 - 2006<br />
MILTON FORNASARO – 345/88 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />
NORTE – 345/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006<br />
PIRITUBA – 230/88 kV 0,93 – 0,99 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 470 / 530
7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE SANTA CABEÇA<br />
230/88 kV – 2 x 60 MVA<br />
SE SÃO JOSÉ<br />
230/88 kV – 4 x 150 MVA<br />
Na perda de um dos dois transformadores há<br />
sobrecarga na unidade remanescente: 41% em 2004 e<br />
2005 e 50% em 2006, na carga pesada.<br />
Na perda de um dos quatro transformadores o<br />
carregamento nos restantes supera o valor nominal na<br />
condição de carga pesada: 104% em 2005 e 106% em<br />
2006.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
SANTA CABEÇA – 230/88 kV 0,93 – 0,98 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 471 / 530
7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE CAMPINAS<br />
345/138 kV – 4 x 150 MVA<br />
Em situações com baixo despacho de geração nas<br />
usinas ligadas ao sistema em 440 kV verifica-se fluxo<br />
de cerca de 95%, em condição normal na carga pesada,<br />
na SE Campinas 345/138 kV em 2004 e 2005. Nessas<br />
mesmas condições, em 2006, com a entrada em<br />
operação da interligação em 500 kV Londrina – Assis -<br />
Araraquara e do 2º autotransformador 500/345 kV –<br />
560 MVA, na SE Campinas, o fluxo nos transformadores<br />
345/138 kV dessa subestação é 14% superior ao seu<br />
valor nominal. Na perda de uma unidade, o fluxo nas<br />
restantes é sempre superior ao valor nominal (178 MVA<br />
/ 119% em 2004 e 214 MVA / 143% em 2006). A<br />
ampliação da SE Santa Bárbara 440/138 kV com a<br />
instalação da quarta unidade de 300 MVA, em<br />
dezembro de 2004, reduz o fluxo nos transformadores<br />
345/138 kV de Campinas, mas o fluxo nas unidades<br />
restantes ainda é superior ao valor nominal (166 MVA /<br />
111% em 2005).<br />
Instalação do 5º banco 345/138 kV –<br />
150 MVA (CPFL Paulista – 12/2006).<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 472 / 530
7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE MASCARENHAS DE MORAES<br />
345/138 kV – 1 X 150 MVA<br />
A SE Mascarenhas de Moraes está situada na área<br />
Minas Gerais, mas atende também a carga da CPFL<br />
Paulista na área de Franca.<br />
Dependendo do despacho de geração do sistema,<br />
principalmente das unidades da UHE Mascarenhas de<br />
Moraes conectadas em 138 kV e em 345 kV poderá<br />
haver sobrecarga no transformador 345/138 kV da SE<br />
Mascarenhas em condição normal de operação.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
CAMPINAS – 345/138 kV 0,92 – 0,99 2004 - 2006<br />
Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 473 / 530
7.2.11 CEMIG<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE IPATINGA<br />
230/161 kV 1x150 MVA e<br />
161/138 kV – 1x120 MVA<br />
SE NEVES<br />
500/138 kV – 3 X 300 MVA<br />
As transformações de Ipatinga 230/161 kV 1x150 MVA e 161/138 kV<br />
– 1x120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na<br />
ponta de carga da área Minas Gerais, em regime normal de<br />
operação, com valores de 104% em 2004, podendo chegar a 116%<br />
em 2006. Estes carregamentos poderão ser reduzidos para 74% e<br />
85%, respectivamente nos anos de 2004 e 2006, se as PCHs Pipoca<br />
(2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas para a região de<br />
Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004. Ressalta-se que<br />
estas usinas ainda não possuem licença de operação e não foram<br />
consideradas no estudo deste PAR. A solução, em fase de<br />
implantação pela Cemig é a instalação de um novo transformador<br />
230/138 kV – 225 MVA que, além de eliminar as sobrecargas<br />
mencionadas anteriormente, aumentará a confiabilidade do<br />
atendimento da área, eliminando a necessidade de corte de carga<br />
durante contingência nas transformações.<br />
A SE Neves apresenta esgotamento da capacidade transformadora<br />
em condições normais de operação.<br />
Banco de transformador 230/138 kV –<br />
225 MVA na SE Ipatinga<br />
SE VESPASIANO 2 - em construção –<br />
AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA<br />
(seccionamento da LT 500 kV Neves -<br />
Mesquita – 2 X 3km)<br />
BC 3 X 41 Mvar - 138 kV<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 474 / 530
7.2.11 CEMIG<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BARREIRO<br />
345/138 kV – 4 X 150 MVA<br />
A SE Barreiro apresenta carregamentos próximos à capacidade<br />
nominal de seus transformadores.<br />
SE VESPASIANO 2 - em construção –<br />
AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA<br />
(seccionamento da LT 500 kV Neves -<br />
Mesquita – 2 X 3km)<br />
BC 3 X 41 Mvar - 138 kV<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
JAGUARA - 345/138 kV 0,75 – 0,85 2004 - 2006<br />
JUIZ DE FORA – 345/138 kV 0,76 – 0,57 2004 - 2006<br />
IPATINGA – 230/161 kV 0,66 2004 - 2006<br />
TAQUARIL – 345/138 kV 0,80 2004 - 2006<br />
POÇOS DE CALDA – 345/138 kV 0,87 – 0.90 2004 - 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 475 / 530
7.3 Região Centro-Oeste<br />
7.3.1 CELG<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ANHANGUERA<br />
230/138 kV - 2x100 MVA<br />
Carregamento de 91% na condição normal de carga pesada de<br />
junho/2004. Na perda de um deles ocorre sobrecarga de 86%<br />
(186 MVA) no remanescente.<br />
Entrada da SE Carajás 230/138 kV,<br />
prevista para o primeiro trimestre de<br />
2005 e remanejamento de cargas.<br />
SE CACHOEIRA DOURADA<br />
230/138 kV - 1x120 MVA<br />
A saída de uma das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação ou<br />
Itumbiara – Emborcação leva a sobrecargas da ordem de 17%<br />
(140 MVA). Essa sobrecarga tende a se intensificar nos casos de<br />
alta importação pelo Sudeste através da interligação Norte-Sul. A<br />
sobrecarga observada é justificada pelo valor relativamente alto das<br />
cargas na rede 138 kV na região do Triângulo Mineiro eletricamente<br />
próximas da SE Emborcação, as quais são supridas via<br />
transformação 500/138 kV de Emborcação e via LTs 138 kV<br />
derivadas de C. Dourada, formando um anel em 138 kV nessa área<br />
do sistema.<br />
SE XAVANTES<br />
230/138 kV - 3x150 MVA<br />
Na saída de uma das unidades, verificam-se nas remanescentes<br />
sobrecargas crescentes que atingem 24% (186 MVA) em<br />
junho/2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 476 / 530
7.3.1 CELG<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE RIO VERDE<br />
230/138 kV - 2x100 MVA<br />
Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />
remanescente da ordem de 20% (120 MVA) em 2005 e 2006.<br />
Verificou-se que apenas o aumento de carga não justificaria essa<br />
ocorrência a partir de 2005, tendo-se constatado que a presença da<br />
compensação série na rede 230 kV que interliga as áreas Goiás e<br />
Mato Grosso, prevista para ser instalada até o início de 2005, influi<br />
no aumento do carregamento dos citados transformadores.<br />
SE RIO VERDE<br />
230/69 kV - 2x42 MVA<br />
Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />
remanescente da ordem de 52% (64 MVA) na condição de carga<br />
pesada de junho/2004.<br />
SE ITAPACI<br />
230/69 kV - 2x50 MVA<br />
Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />
remanescente a partir de 2005, observando-se um valor de 14%<br />
(57 MVA) na condição de carga pesada de junho/2006.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 477 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
CACHOEIRA DOURADA – 230/138 kV 0,93 – 0,95 2004 a 2006<br />
ANHANGUERA – 230/138 kV 0,94 2004<br />
ANHANGUERA – 230/69 kV 0,86 – 0,92 2004 a 2006<br />
XAVANTES – 230/138 kV 0,94 – 0,96 2004 a 2006<br />
ÁGUAS LINDAS – 230/69 kV 0,89 – 0,95 2004 a 2006<br />
GOIÂNIA – 230/13,8 kV 0,80 – 0,94 2004 a 2006<br />
N. TOCANTINS – 230/13,8 kV<br />
(consumidor)<br />
0,79 – 0,82 2004 a 2006<br />
CODEMIN – 230/13,8 kV (consumidor) 0,93 2004 a 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 478 / 530
7.3.2 CEMAT<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
LTs 138 kV COXIPÓ-<br />
RONDONÓPOLIS e RONDONÓPOLIS-<br />
COUTO MAGALHÃES<br />
SE COXIPÓ 230/138 kV – 3x100 MVA<br />
Tais LTs, operando em paralelo com a rede 230 kV,<br />
tendem a se sobrecarregar, tornando-se elos restritivos<br />
para os despachos de geração local, inclusive da UTE<br />
Cuiabá em condições de carga leve e mínima. No<br />
trecho Rondonópolis-Couto Magalhães verificaram-se<br />
quedas acentuadas de tensão durante contingências<br />
nas LTs 230 kV Rondonópolis – B.Peixe – Rio Verde.<br />
É importante a caracterização dos fatores que afetam<br />
os limites de carregamento dessas linhas de 138 kV<br />
(74/86 MVA em condição normal/emergência, de<br />
acordo com as informações disponíveis).<br />
Com as usinas e as obras de transmissão previstas no<br />
período, observa-se que despachos elevados na UTE<br />
Cuiabá não mais ocasionam as sobrecargas<br />
mencionadas para as linhas de 138 kV, nas condições<br />
de carga leve e mínima. Ressalta-se, porém, que no<br />
caso da perda de um dos transformadores da SE<br />
Coxipó 230/138 kV pode ser verificada sobrecarga<br />
elevada nas unidades remanescentes.<br />
Com a entrada do 3 o elo em 230 kV<br />
entre as áreas de Coxipó e<br />
Rondonópolis, bem como a instalação<br />
de compensação série nos dois<br />
circuitos Rondonópolis-B. Peixe-<br />
R.Verde, incluindo o seccionamento do<br />
circuito no.1 e sua conexão na SE<br />
Barra do Peixe, obras essas previstas<br />
neste estudo para fevereiro/2005,<br />
serão eliminadas as sobrecargas e<br />
quedas de tensão citadas.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 479 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
NOVA MUTUM – 230/69 kV 0,83 – 0,87 2004 a 2006<br />
LUCAS DO RIO VERDE – 230/69 kV 0,86 – 0,88 2004 a 2006<br />
SORRISO – 230/69 kV 0,94 – 0,80 2004 a 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 480 / 530
7.3.3 ENERSUL<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ANASTÁCIO<br />
230/138 kV - 75 MVA<br />
SE DOURADOS<br />
230/138 kV – 2X75 MVA<br />
Sobrecarga em condição normal de operação, para<br />
intercâmbio elevado com o Sudeste, que se agrava com<br />
despacho reduzido na UTE William Arjona.<br />
Na saída de uma das unidades, sobrecarga na<br />
remanescente, de até 54% para intercâmbio Sul-Sudeste<br />
de 3400 MW, na carga pesada de inverno de 2004<br />
2° transformador<br />
3° transformador<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 481 / 530
7.4 Região Norte<br />
7.4.1 CELPA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE GUAMÁ<br />
230/69 kV – 2 X 150 MVA<br />
SE UTINGA<br />
230/69 kV – 3 X 150 MVA.<br />
SE SANTA MARIA<br />
230/69 kV – 1 X 150 MVA.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 124% em 2004, 131% em 2005 e 138% em 2006<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 116% em 2004, 122% em 2005 e 129% em 2006<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/69 kV da subestação.<br />
230/138 kV – 1 X 100 MVA. Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/138 kV da subestação. Este trafo<br />
possui fase reserva local e o tempo para sua<br />
substituição é de 15 minutos.<br />
No Plano de Obras encaminhado pela<br />
Celpa não fica clara solução para os<br />
problemas identificados<br />
SE ALTAMIRA<br />
230/69/13,8 kV – 1 X 60 MVA + 1 X<br />
60 MVA (reserva quente)<br />
SE TRANSAMAZÔNICA<br />
230/34,5 kV – 1 X 30 MVA +<br />
1 X 30 MVA (reserva quente)<br />
Corte temporário de toda a carga na perda de um dos<br />
transformadores da subestação, até energização do<br />
outro transformador (reserva quente local). Duração da<br />
troca 30 minutos.<br />
Corte temporário de toda a carga na perda de um dos<br />
transformadores da subestação, até energização do<br />
outro transformador (reserva quente local). Duração da<br />
troca 30 minutos.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 482 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006<br />
RURÓPOLIS - 230/138 kV 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do<br />
transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 483 / 530
7.4.2 CELTINS<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE MIRACEMA<br />
500/138 kV – 180 MVA<br />
Corte temporário de toda a carga, no caso de perda do<br />
único transformador existente. Após a energização do<br />
pólo reserva, que dura 4 horas, o corte de carga é<br />
eliminado.<br />
A CELTINS informou que, durante o<br />
período de substituição do banco<br />
monofásico defeituoso pelo reserva,<br />
existe a possibilidade de remanejar sua<br />
carga para a SE Porto Franco, da<br />
Eletronorte, e para a SE Porangatu, de<br />
Furnas.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 484 / 530
7.4.3 CEMAR<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE IMPERATRIZ<br />
230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />
SE COELHO NETO<br />
230/69 kV – 65 MVA<br />
SE PERITORÓ<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
SE MIRANDA<br />
230/138 kV – 100 MVA<br />
SE PORTO FRANCO<br />
230/138 kV – 100 MVA<br />
SE PRESIDENTE DUTRA<br />
230/69 kV – 50 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 131% em 2004, 134% em 2005 e 139% em 2006<br />
Corte temporário, com duração de 48 horas, de toda a<br />
carga na perda do único transformador 230/69 kV da<br />
subestação. Não há possibilidade de remanejamento de<br />
cargas através da rede de distribuição.<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/69 kV da subestação,até a entrada<br />
em operação do trafo reserva de 16,6 MVA e<br />
permanente do restante da carga.<br />
Corte permanente de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/138 kV da subestação.<br />
Corte temporário de toda a carga da CELTINS e corte<br />
permanente de toda a carga da Cemar na perda do<br />
único transformador 230/138 kV existente na<br />
subestação.<br />
Corte temporário, com duração de 24 horas, de toda a<br />
carga na perda do único transformador 230/69 kV da<br />
subestação.<br />
A Cemar informou que a solução a ser<br />
adotada é interagir junto a Eletronorte<br />
para que esta viabilize a aquisição dos<br />
seguintes equipamentos para reserva<br />
regional: um transformador 230/69 kV –<br />
100 MVA, um transformador 230/69 kV<br />
– 50 MVA, um transformador<br />
230/138 kV – 100 MVA.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 485 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
PERITORÓ – 230/69 kV 0,89 a 0,90 2004 a 2006<br />
MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006<br />
SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006<br />
IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006<br />
PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006<br />
PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 486 / 530
7.5 Região Nordeste<br />
7.5.1 CEPISA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE TERESINA<br />
230/69 kV – 3 x 100 MVA<br />
SE SÃO JOÃO DO PIAUÍ<br />
230/69 kV – 1 x 33 MVA e 1 X 30 MVA<br />
SE PIRIPIRI<br />
230/69/13,8 kV – 2 x 33 MVA<br />
SE PIRIPIRI<br />
230/138 kV – 1 x 55 MVA<br />
SE BOA ESPERANÇA<br />
230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 134% em 2004, 138% em 2005 e 146% em 2006<br />
Na perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 132% em 2004, 144% em 2005 e 152% em 2006<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 101% em 2004, 108% em 2005 e 113% em 2006<br />
Corte de toda a carga, na perda do único transformador<br />
230/138 kV da subestação. Não há possibilidade de<br />
remanejamento de carga através da distribuição.<br />
Em condição normal de operação, os transformadores<br />
230/69 kV ficam submetidos a carregamentos da ordem<br />
de 100% em 2004, 102% em 2005 e 109% em 2006<br />
A Cepisa ainda não encaminhou ao<br />
<strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />
69/13,8 kV – 1 x 5 MVA Corte permanente de toda a carga, na perda do único<br />
transformador 69/13,8 kV da subestação.<br />
SE PICOS<br />
230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 168% em 2004, 184% em 2005 e 199% em 2006<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 487 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
TERESINA – 230/69 kV 0,89 2004<br />
PICOS – 230/69 kV 0,90 a 0,89 2004 a 2006<br />
BOA ESPERANÇA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 488 / 530
7.5.2 COELCE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BANABUIÚ<br />
230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />
SE CAUÍPE<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
SE FORTALEZA<br />
230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />
SE DELMIRO GOUVEIA<br />
230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />
SE ICÓ<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
SE MILAGRES<br />
230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de<br />
174% em 2004, 187% em 2005 e 202% em 2006<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/69 kV da subestação.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />
remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de<br />
111% em 2006 (mesmo com a SE Pici)<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />
remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de<br />
112% em 2006 (mesmo com a SE Pici)<br />
Corte temporário de toda a carga da Cosern e permanente da<br />
Coelce na perda do único transformador 230/69 kV da<br />
subestação. Não há possibilidade de remanejamento da carga<br />
da Coelce através da rede de distribuição.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de<br />
104% em 2004, 115% em 2005 e 128% em 2006<br />
A Coelce informou que a solução é a<br />
implantação do 3º transformador<br />
50 MVA em 2006.<br />
A Coelce informou que a solução é a<br />
implantação do 2º transformador<br />
100 MVA em 2005.<br />
A Coelce informou que a solução é a<br />
implantação do 2º transformador<br />
100 MVA em 2004.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 489 / 530
7.5.2 COELCE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE PICI<br />
230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />
SE RUSSAS II<br />
230/69 kV – 2 x 16,7 MVA +<br />
1x 100 MVA<br />
Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um<br />
carregamento da ordem de 113% em 2004, 119% em 2005 e<br />
128% em 2006 em condição normal de operação.<br />
A perda do transformador de 100 MVA nesta subestação,<br />
provoca carregamentos da ordem de 222% em 2004, 239%<br />
em 2005 e 259% em 2006, nos transformadores<br />
remanescentes.<br />
A Coelce informou que a solução é a<br />
implantação do 3º transformador<br />
100 MVA em 2004.<br />
A Coelce informou que a solução é a<br />
implantação do 2º transformador<br />
100 MVA em 2006.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO<br />
FATOR DE<br />
POTÊNCIA<br />
DATA<br />
FORTALEZA – 230/69 kV 0,92 2004<br />
PICI – 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />
DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004<br />
MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006<br />
RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 490 / 530
7.5.3 COSERN<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE AÇU II<br />
230/138 kV – 1 x 55 MVA<br />
SE NATAL II<br />
230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />
SE MOSSORÓ II<br />
230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />
SE PARAÍSO (Nova)<br />
230/138 kV – 1 x 100 MVA<br />
Considerando a operação do eixo de 138 kV aberto,<br />
haverá corte temporário de toda a carga alimentada em<br />
138 kV na SE Açu e da carga da SE Santana dos Matos<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 114% em 2004, 119% em 2005<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 113% em 2005 e 115% em 2006<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/138 kV da subestação.<br />
Instalação do 2º transformador 230/138 kV,<br />
100 MVA, previsto para 2004.<br />
SE Natal Sul com dois transformadores<br />
230/69 kV - 100 MVA, previsto para 2006.<br />
Efetivação da geração Eólica no sistema de<br />
69 kV deste regional no horizonte 2004-2006.<br />
Carga totalmente atendida pelos<br />
transformadores 230/138 kV da SE Campina<br />
Grande II.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO<br />
FATOR DE<br />
POTÊNCIA<br />
DATA<br />
MOSSORÓ II – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2005 e 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 491 / 530
7.5.4 SAELPA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE COREMAS<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE MUSSURÉ<br />
230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 121% em 2004, 131% em 2005 e 139% em 2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 107% em 2005 e 114% em 2006.<br />
Em 2004 a solução é a transferência de<br />
carga pelo sistema de distribuição para<br />
os regionais de Icó, Milagres e Campina<br />
Grande. Em 2005, o Estudo<br />
CCPE/Saelpa recomenda a instalação<br />
do 3º transformador 230/69 kV -<br />
100 MVA.<br />
Transferência de carga através do<br />
sistema de distribuição para a SE<br />
Goianinha.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO<br />
FATOR DE<br />
POTÊNCIA<br />
DATA<br />
COREMAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 492 / 530
7.5.5 CELB e SAELPA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE CAMPINA GRANDE<br />
230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />
remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 113% em 2004, 121% em 2005 e 127% em<br />
2006.<br />
Transferência de carga através do<br />
sistema de distribuição para as SEs<br />
Goianinha e Coremas.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO<br />
FATOR DE<br />
POTÊNCIA<br />
DATA<br />
CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 493 / 530
7.5.6 CELPE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ANGELIM<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE BOM NOME<br />
230/138 kV – 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 136% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006.<br />
Corte de carga atendida pelo 138 kV na perda do único<br />
transformadores 230/138 kV da subestação. Não há<br />
possibilidade de remanejamento de carga através da<br />
rede de distribuição.<br />
Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />
100 MVA em 2003.<br />
Energização do transformador existente<br />
na SE. Depende de autorização da<br />
Aneel. O <strong>ONS</strong> já emitiu parecer à Aneel.<br />
(Previsto para 2003 no Plano de obras<br />
da Celpe).<br />
230/69 kV – 2 X 33 MVA Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um<br />
carregamento da ordem de 100% em 2004, 104% em<br />
2005 e 110% em 2006 em condição normal de operação.<br />
Com a energização do 2º transformador<br />
230/138 kV – 100 MVA esse problema<br />
será eliminado. Depende de autorização<br />
da Aneel.<br />
SE BONGI<br />
230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />
Em 2004, os transformadores 230/69 kV ficam<br />
submetidos a um carregamento da ordem de 103% em<br />
condição normal de operação e de cerca de 139% no<br />
caso de contingência de um deles.<br />
SE VÁRZEA 230/69kV – 2x150 MVA em<br />
2004 seccionando os três circuitos<br />
230 kV Recife II – Bongi.<br />
230/13,8 kV – 2 X 40 MVA Um dos transformadores 230/13,8 kV (04T6) fica<br />
submetido a um carregamento da ordem de 100% em<br />
2004, 103% em 2005 e 108% em 2006 em condição<br />
normal de operação<br />
Transferência de carga de para o<br />
transformador (04T7). Em contingência,<br />
remanejamento pela distribuição.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 494 / 530
7.5.6 CELPE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE GOIANINHA<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE MIRUEIRA<br />
230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />
SE PAU FERRO (Nova)<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 133% em 2004, 140% em 2005 e 145% em 2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />
remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 104% em 2004, 108% em 2005 e 111% em<br />
2006<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 187% em 2004, 193% em 2005 e 137% em 2006.<br />
Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />
100 MVA em 2004.<br />
Implantação da SE LIMOEIRO<br />
230/69kV - 2 x 100MVA em 2006.<br />
Instalar o 3º transformador na SE Pau<br />
Ferro em 2006.<br />
SE PIRAPAMA<br />
230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />
SE TACAIMBÓ<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE VÁRZEA (Nova)<br />
230/69 kV – 2 X 150 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os<br />
remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />
ordem de 110% em 2004, 116% em 2005 e 122% em<br />
2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 119% em 2004, 127% em 2005 e 134% em 2006.<br />
Considerando a SE Várzea em operação a partir de<br />
2004, na perda de um dos transformadores 230/69 kV<br />
nesta subestação, o remanescente fica submetido a<br />
carregamentos da ordem de 104% em 2005 e 107% em<br />
2006.<br />
Instalar o 4º transformador 230/69 kV –<br />
100 MVA em 2005.<br />
Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />
100 MVA em 2004.<br />
Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />
150 MVA em 2007<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 495 / 530
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006<br />
BOM NOME - 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 496 / 530
7.5.7 CEAL<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE RIO LARGO II<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE MACEIÓ<br />
230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />
SE PENEDO<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 102% em 2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os<br />
remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />
ordem de 116% em 2004, 119% em 2005 e 125% em<br />
2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 106% em 2004, 114% em 2005 e 119% em<br />
2006.<br />
A Ceal ainda não encaminhou ao <strong>ONS</strong><br />
o Plano de Obras da empresa.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006<br />
MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />
PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 497 / 530
7.5.8 ENERGIPE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ITABAIANA<br />
230/69 kV - 2 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />
de 105% em 2004, 112% em 2005 e 112% em 2006.<br />
Transferência de carga para os<br />
Regionais de Penedo, Cícero Dantas e<br />
Jardim durante o horizonte 2004/2006.<br />
69/13,8 kV - 3 X 5 MVA Na perda de um dos transformadores 69/13,8 kV, os<br />
remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />
ordem de 108% em 2004, 126% em 2005 e 126% em<br />
2006.<br />
SE JARDIM<br />
230/69 kV - 3 X 100 MVA<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />
remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 129% em 2004, 145% em 2005 e 148% em<br />
2006.<br />
Transferência da carga excedente para<br />
os Regionais de Itabaianinha e<br />
Itabaiana no ano de 2004;<br />
Instalação do 4º transformador<br />
230/69kV - 100 MVA, prevista para<br />
dezembro /2005<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ITABAIANA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 498 / 530
7.5.9 SULGIPE<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ITABAIANINHA<br />
230/69 kV - 2 X 33 MVA<br />
Atualmente os dois transformadores são conectados<br />
através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário de<br />
toda a carga na perda de um dos transformadores<br />
230/69 kV da subestação.<br />
A Sulgipe ainda não encaminhou o<br />
Plano de Obras da Empresa.<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />
ITABAIANINHA – 230/69 kV 0,89 a 0,86 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 499 / 530
7.5.10 COELBA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE ABAIXADORA<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
Corte de carga temporário quando da perda do único<br />
transformador 230/69/13,8 kV desta SE.<br />
Instalação do segundo transformador<br />
230/69kV 100 MVA previsto para<br />
dezembro de 2006<br />
SE BARREIRAS<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
A perda do único transformador da subestação, provoca<br />
corte temporário de toda a carga da subestação.<br />
Instalação de um 230/138 kV<br />
100 MVA, em maio de 2004.<br />
Instalação do segundo transformador<br />
230/69 kV 39 MVA previsto para julho<br />
de 2007<br />
230/138 kV – 100 MVA A perda do único transformador da subestação provoca<br />
corte permanente de toda a carga atendida pelo<br />
barramento de 138 kV.<br />
Instalação do segundo transformador<br />
230/138 kV - 100 MVA previsto para<br />
julho de 2007<br />
SE BOM JESUS DA LAPA<br />
230/69 kV – 2 X 40 MVA e 1 X 33 MVA<br />
SE CATU<br />
230/69 kV – 2 X 40 MVA + 1 X 100 MVA<br />
A perda de um dos transformadores 230/69 kV –<br />
40 MVA (04T2) na SE Bom Jesus da Lapa provoca<br />
carregamentos no transformador (04T3) da ordem de<br />
110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006.<br />
Na perda do transformador 230/69 kV, 100 MVA, um<br />
dos remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 103% em 2004, 105% em 2005 e 107% em<br />
2006<br />
Implantação da transformação<br />
230/138 kV – 55 MVA em maio de<br />
2008 e a substituição do transformador<br />
de 230/69 kV - 33 MVA (04T1) por<br />
outro de 50 MVA, previsto para<br />
dezembro de 2009.<br />
Substituição de um dos<br />
transformadores 230/69 kV 40 MVA por<br />
outro de 100 MVA previsto para<br />
outubro de 2008<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 500 / 530
7.5.10 COELBA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE BRUMADO<br />
230/69 kV – 100 MVA + 1x33 MVA<br />
(Reserva fria)<br />
SE CÍCERO DANTAS<br />
230/69 kV – 2 X 16,7 MVA<br />
SE COTEGIPE<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE EUNÁPOLIS<br />
230/138 kV – 3 X 100 MVA<br />
SE GOVERNADOR MANGABEIRA<br />
230/69 kV –100 MVA<br />
A perda do único transformador da subestação, provoca<br />
corte temporário de toda a carga da subestação.<br />
Atualmente os dois transformadores são conectados<br />
através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário<br />
de toda a carga na perda de um dos transformadores<br />
230/69 kV da subestação.<br />
Mesmo com os transformadores conectados com CTs<br />
independentes, a perda de um deles, o remanescente<br />
fica submetido a carregamentos da ordem de 127% em<br />
2005 e 137% em 2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 107% em 2005, 110% em 2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/138 kV, um<br />
dos remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 104% 2006.<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/69 kV da subestação.<br />
O transformador de 33 MVA está<br />
associado a negociação com a Chesf<br />
sobre a SE Catu.<br />
Sem previsão.<br />
Instalação do terceiro 230/69 kV de<br />
39 MVA previsto para julho de 2010.<br />
Instalação do terceiro transformador<br />
230/69 kV de 100 MVA em dezembro<br />
de 2006.<br />
Transferência de carga através do<br />
sistema Governador Mangabeira 69 kV<br />
para as SEs Tomba e Santo Antônio de<br />
Jesus.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 501 / 530
7.5.10 COELBA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE IRECÊ<br />
230/138 kV – 1 X 55 MVA<br />
SE JACARACANGA<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE JUAZEIRO II<br />
230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />
SE MATATU<br />
230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />
A perda do único transformador da subestação provoca<br />
corte permanente de toda a carga.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 117% em 2004, 121% em 2005 e 124% em<br />
2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 143% em 2004, 148% em 2005 e 156% em<br />
2006.<br />
Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, em<br />
2004, os transformadores remanescentes ficam<br />
submetidos a carregamentos da ordem de 100%. Nessa<br />
mesma contingência o transformador 04T4 da SE<br />
Cotegipe fica submetido a um carregamento da ordem<br />
de 110%, além de ser verificado sobrecarga de 33% na<br />
LT 69 kV Pituaçu – Matatu C1/C2<br />
Instalação do segundo transformador<br />
230/138 kV 55 MVA com previsão para<br />
julho de 2007.<br />
Instalação do terceiro transformador<br />
230/69 kV de 100 MVA, com previsão<br />
para dezembro de 2007.<br />
Instalação do terceiro transformador<br />
230/69 kV de 100 MVA, com previsão<br />
para julho de 2006.<br />
Implantação da SE Narandiba, prevista<br />
para novembro de 2005.<br />
230/11,9 kV – 2 X 40 MVA Na perda de um dos transformadores 230/11,9 kV, o<br />
remanescente fica submetido a carregamentos da<br />
ordem de 167% em 2004, 145% em 2005 e 157% em<br />
2006<br />
Transferência de carga, através do<br />
sistema de distribuição em 11,9 kV.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 502 / 530
7.5.10 COELBA<br />
SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />
SE OLINDINA<br />
230/13,8 kV – 1 X 40 MVA<br />
SE SANTO ANTÔNIO DE JESUS<br />
230/69 kV – 100 MVA<br />
A perda do único transformador da subestação provoca<br />
corte permanente de toda a carga<br />
Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />
transformador 230/69 kV da subestação.<br />
Instalação do segundo transformador<br />
230/69 kV de 40 MVA, com previsão<br />
para dezembro de 2008.<br />
Transferência de cargas pelo sistema<br />
de 69 kV para os regionais de<br />
Governador Mangabeira e Irecê (para<br />
possibilitar a transferência para o<br />
regional de Governador Mangabeira é<br />
necessário construir a LT 69 kV São<br />
Felipe – Santo Antônio, prevista para<br />
2006).<br />
LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />
SUBESTAÇÃO<br />
FATOR DE<br />
POTÊNCIA<br />
DATA<br />
OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006<br />
CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006<br />
GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />
MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006<br />
IRECÊ – 230/69 kV 0,90 2004 a 2006<br />
Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />
do transformador da SE<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 503 / 530
8 Integração de Usinas<br />
A Tabela 8-1 sintetiza o impacto sobre o sistema de transmissão das conexões<br />
cujos processos de solicitação de acesso já foram concluídos, ou se acham em<br />
andamento para aqueles. Estão relacionados tanto as ampliações e os reforços na<br />
Rede Básica, como as obras necessárias nos níveis de tensão inferiores a 230 kV.<br />
São empreendimentos que devem integrar a Rede Básica, instalações de uso<br />
restrito do acessante e instalações da rede de distribuição. É essencial o<br />
equacionamento de todos as obras destacadas para que a integração desses novos<br />
agentes se dê de acordo com os padrões de desempenho estabelecidos nos<br />
Procedimentos de Rede.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 504 / 530
Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão<br />
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UHE CANA BRAVA<br />
Parecer 09/2002<br />
Em operação<br />
2º autotransformador 500/230 kV da SE<br />
Até a entrada em operação da<br />
3 x 157,2 MW<br />
CTA DAT-<br />
0877/02(15.03.02)<br />
Serra da Mesa – 400 MVA<br />
expansão da interligação Norte/Sul<br />
poderá haver limitação no despacho<br />
pleno simultâneo das UHE’s<br />
Lajeado, Serra da Mesa, Cana<br />
Brava e Tucuruí;<br />
Até a implantação do 2º<br />
autotransformador 500/230 kV da<br />
SE Serra da Mesa, haverá<br />
necessidade de implantar esquema<br />
de corte de geração para o caso de<br />
perda do autotransformador<br />
existente.<br />
UHE Funil<br />
Parecer de Acesso emitido<br />
Em operação<br />
Uma subestação seccionadora da LT de<br />
3 x 60 MW<br />
pela Cemig<br />
138 kV – Campo Belo – Lavras. Duas LT<br />
de 138 kV, circuito duplo, de<br />
aproximadamente 2 km de extensão,<br />
denominadas LT de 138 kV- Funil –<br />
Campo Belo e LT- Funil - Lavras<br />
UHE ITAPEBI<br />
Parecer 16/2001<br />
Em operação<br />
LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II (em<br />
3 x 150 MW<br />
CTA DAT-177/01<br />
(18.07.01) CTA DAT-<br />
licitação pela Aneel)<br />
007/02 (08.01.02) – Rev. 1<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 505 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UHE LAJEADO<br />
5 x 190 MVA<br />
Parecer 07/2001<br />
CTA DAT-124/01(06.06.01)<br />
CTA DAT-288/01(28.09.01)<br />
– Rev. 1<br />
Em operação Até a entrada em operação da<br />
expansão da interligação Norte/Sul<br />
haverá limitação no despacho<br />
simultâneo pleno das UHE’s<br />
Lajeado, Serra da Mesa, Cana<br />
Brava e Tucuruí<br />
UHE PIRAJU<br />
Parecer 004/2001<br />
Em operação<br />
Adequação das proteções nos terminais<br />
Adequação ainda pendente.<br />
2 X 45 MW<br />
CTA DAT-063/01(14.03.01)<br />
CTA DAT-101/01(21.05.01)<br />
Chavantes e Jurumirim 230 kV (a cargo<br />
do acessante)<br />
– Rev. 1<br />
<strong>ONS</strong>-313/200/2002<br />
(04.09.02) – Rev. 2<br />
UHE PORTO ESTRELA<br />
Parecer 13/2001<br />
Em operação<br />
Adequação das proteções nos terminais<br />
2 x 56 MW<br />
CTA DAT-247/01(14.09.01)<br />
– Rev.1<br />
Itabira 2-Ipatinga 1 230 kV<br />
UTE ELETROBOLT<br />
(360 MW)<br />
Parecer emitido pela Light Em operação Seccionamento do barramento 138 kV da<br />
SE Cascadura (fora da Rede Básica)<br />
Reconfiguração da rede de distribuição<br />
138 kV (fora da Rede Básica) Trafo<br />
230/138 kV da SE Nilo Peçanha<br />
Obras já implantadas<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 506 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE MACAÉ MERCHANT<br />
Parecer 005/2001<br />
Em operação<br />
Troca dos equipamentos terminais (TCs,<br />
Obras ainda pendentes<br />
4 x 4 x 178 + 4 x 45 MW<br />
CTA DAT-076/01(02.04.01)<br />
CTA DAT-298/01(04.10.01)<br />
chaves, etc.) nas SEs Adrianópolis e<br />
Campos, nos circuitos Adrianópolis-<br />
Rev.<br />
Campos 345 kV Substituição de um bay<br />
em Campos 138 kV e na UTEC 138 kV<br />
(fora da Rede Básica) quando da<br />
motorização da 1ª etapa completa da UTE<br />
UTE CANOAS<br />
Parecer 20/2001<br />
Em operação<br />
Associado à 1ª unidade: Adequação das<br />
2 x 160 +1 x 180 MW<br />
CTA DAT-304/01(10.10.01)<br />
CTA DAT-073/02(12.03.02)<br />
proteções nos terminais de C. Industrial e<br />
Gravataí 2; substituição dos disjuntores<br />
– Rev. 1<br />
138 kV dos trafos 2 e 3 da SE<br />
CTA DAT-137/02(24.04.02)<br />
Cachoeirinha e o disjuntor 138 kV do trafo<br />
– Rev. 2<br />
2 da SE Scharlau (fora da Rede Básica).<br />
CTA DAT-238/02(28.06.02)<br />
– Rev. 3<br />
Associado à 2ª unidade: substituição dos<br />
disjuntores dos terminais da linha Cidade<br />
Industrial - Gravataí 230 kV C1/C2 em<br />
Cidade Industrial (obra a cargo do<br />
acessante); substituição de 20 disjuntores<br />
da SE Cidade Industrial 230 kV e troca<br />
dos reles de proteção dos módulos de<br />
230 kV.<br />
UHE Guaporé<br />
Parecer de Acesso emitido<br />
Em comissionamento,<br />
LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó<br />
Linha autorizada à Eletronorte com<br />
3 x 40 MW<br />
pela Cemat<br />
aguardando a conclusão da<br />
LT 230 kV Jauru - Coxipó<br />
previsão para maio/2003<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 507 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UHE Jauru<br />
Parecer de Acesso emitido<br />
Em comissionamento,<br />
LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó<br />
Linha autorizada à Eletronorte com<br />
3 x 39,35 MW<br />
pela Cemat<br />
aguardando a conclusão da<br />
LT 230 kV Jauru - Coxipó<br />
previsão para maio/2003<br />
UTE ARAUCÁRIA E<br />
Parecer 005/2000<br />
UTE ARAUCÁRIA<br />
LT 230 kV Gralha Azul -Umbará CD;<br />
Obras concluídas<br />
C<strong>ONS</strong>UMIDOR CISA<br />
CTA DAT-313/00(20.12.00)<br />
Em operação<br />
Recapacitação da LT 230 kV Umbará -<br />
<strong>ONS</strong>UMIDOR CISA<br />
Cidade Industrial;<br />
Tendência: Maio/2003<br />
SE Gralha Azul, arranjo em barra dupla,<br />
com dois módulos de entrada de linha e<br />
um módulo de interligação de barras;<br />
<strong>ONS</strong>-310/200/2002<br />
Recapacitação da LT 230 kV em circuito<br />
(30/08/2002)<br />
duplo existente entre as subestações de<br />
Umbará e Uberaba (já concluída pela<br />
Copel-T);<br />
Novo módulo de linha de 230 kV na SE<br />
Umbará.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 508 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE SENADOR CARLOS<br />
Parecer 24/2001<br />
200 MW disponíveis para<br />
Linha de transmissão Cauipe-Fortaleza II<br />
Obra autorizada pela Resolução<br />
JEREISSATI<br />
CTA DAT-380/01(21.12.01)<br />
operação<br />
C1 230 kV;<br />
Aneel 233/02, de 24.04.2002;<br />
4 x 50 + 1 x 70 MW<br />
CTA DAT-182/02(03.06.02)<br />
100 MW em operação<br />
Até que seja concretizada a<br />
efetiva<br />
implantação da LT Cauípe –<br />
70 MW em 30/03/2004<br />
Fortaleza II C1, o acessante deverá<br />
implantar um ECG para perda na<br />
LT 230 kV Cauípe -Fortaleza I;<br />
Devido à restrição no fornecimento<br />
de gás natural, atualmente apenas<br />
2X 50 MW podem operar. O<br />
fornecimento de gás para 4 X<br />
50 MW deverá ser normalizado<br />
ainda em 2003.<br />
UTE TERMORIO<br />
Parecer emitido pela Cerj<br />
Janeiro/03<br />
Seccionamento do barramento 138 kV da<br />
A entrada em operação desta UTE<br />
6 x 105,7 + 2 x 120 + 1 x<br />
180 MW<br />
para a etapa provisória<br />
(190 MW) (conexão<br />
138 kV)<br />
Parecer 2/2000 emitido<br />
pelo <strong>ONS</strong> para a etapa<br />
definitiva (1036MW) em<br />
São José (Rede Básica até<br />
novembro de 2003)<br />
<strong>ONS</strong> 286/200/2002 de<br />
21.08.02<br />
SE São José quando da 7ª unidade –<br />
Fev/03 (fora da Rede Básica)<br />
Remanejamento dos circuitos 138 kV que<br />
saem da SE São José 138 kV (fora da<br />
Rede Básica).<br />
Na etapa provisória: lançamento dos<br />
cabos do 2o circuito de 138 kV Reduc-<br />
Imbariê (fora da Rede Básica) e<br />
substituição de bay em Imbariê na etapa<br />
provisória<br />
agrava os problemas de<br />
carregamento na LT São José-<br />
Magé 138 kV, necessitando rever<br />
os limites de carregamento ou<br />
procurar uma solução de<br />
planejamento.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 509 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE NORTE FLUMINENSE<br />
Parecer 08/2001<br />
Julho/03<br />
LT 345 kV Macaé – Campos C3 (proposta<br />
Caso não haja ampliação da rede<br />
3 x 223 + 1 x 342 MW<br />
CTA DAT-113/01(24.05.01)<br />
neste PAR).<br />
Necessidade da linha de transmissão<br />
Ouro Preto-Vitória 345 kV.<br />
Troca dos equipamentos terminais (TC,<br />
Chaves, etc.) nas SEs Campos e Vitória,<br />
nos circuitos Campos-Vitória 345 kV<br />
345 kV, haverá necessidade de<br />
corte de carga/geração em caso de<br />
contingência no circuito 345 kV no<br />
trecho entre a UTE Macaé<br />
Merchant e a SE Campos. A<br />
necessidade das obras em<br />
Adrianópolis 345 kV está associada<br />
Troca de 3 disjuntores na SE Adrianópolis<br />
ao efeito conjunto das UTEs Macaé<br />
345 kV<br />
Merchant, Norte Fluminense,<br />
Campos, Paracari e Termorio<br />
UTE SANTA CRUZ<br />
Solicitação de Acesso em<br />
Junho/03<br />
Seccionamento do barramento 138 kV da<br />
A SE Jacarepaguá 138 kV possui 6<br />
2 x 175 MW (Contrato de Gás<br />
Interruptível)<br />
andamento – Conexão no<br />
sistema da Light<br />
SE Jacarepaguá (fora da Rede Básica)<br />
Recapacitação e reconstrução da rede de<br />
conexão entre a UTE Santa Cruz e a SE<br />
Jacarepaguá 138 kV (fora da Rede<br />
bays de 37 kA que necessitam ser<br />
trocados em Dez de 2002 e não<br />
dependem da entrada em operação<br />
da UTE Sta. Cruz<br />
Básica)<br />
Expansões adicionais em Sta. Cruz<br />
Recapacitação da SE Santa Cruz 138 kV<br />
(fora da Rede Básica)<br />
levarão à necessidade da troca dos<br />
demais disjuntores da SE<br />
Jacarepaguá<br />
Necessidade de definição de<br />
medidas operativas na condição de<br />
disjuntores superados na SE Sta.<br />
Cruz<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 510 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE CAMPOS<br />
Solicitação de Acesso em<br />
Maio/03<br />
Substituição de 9 disjuntores na SE<br />
Cronologicamente a troca de<br />
80 MW (Contrato de Gás<br />
Interruptível)<br />
andamento<br />
Campos 138 kV, 3 disjuntores na SE<br />
UTEC 138 kV e 5 disjuntores na SE UTEC<br />
69 kV (fora da Rede Básica).<br />
disjuntores será necessária quando<br />
da operação conjunta das UTEs<br />
Macaé, Norte Fluminense e<br />
Recapacitação dos circuitos Campos-<br />
UTEC 138 kV (2 km) (fora da Rede<br />
Básica), obra necessária<br />
independentemente da entrada da usina.<br />
Ampliação da transformação 138/69 kV da<br />
SE UTEC (fora da Rede Básica), obra<br />
necessária independentemente da<br />
entrada da usina<br />
Campos, em Julho de 2003. Do<br />
ponto de vista legal, Macaé e Norte<br />
Fluminense já possuem reserva de<br />
capacidade por terem assinado os<br />
contratos de uso. A UTE Campos<br />
poderá operar sem a troca dos<br />
equipamentos até a entrada da UTE<br />
Norte Fluminense, quando se<br />
tornará interruptível caso a troca de<br />
equipamentos não tenha sido<br />
concluída.<br />
UHE AIMORÉS<br />
3 x 116 MW<br />
Em Solicitação de Acesso Novembro/03 Recapacitação da LT 230 kV Gov.<br />
Valadares – Aimorés 230 kV; 2º Circuito<br />
da linha Aimorés –Mascarenhas, 20 km;<br />
pátio 230 kV da SE Mascarenhas e<br />
duplicação da transformação 230/138 kV<br />
– 150 MVA da SE Mascarenhas (fora da<br />
Rede Básica)<br />
(Obras já previstas no PAR<br />
2002/2004)<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 511 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE PARACAMBI<br />
Parecer 07/2002<br />
Novembro/03<br />
“bypass” na SE Adrianópolis 500 kV e<br />
O “bypass” na SE Adrianópolis<br />
2 x 187 + 1 x 184 MW<br />
CTA DAT-060/02(01.03.02)<br />
implantação de banco de reator de 500 kV<br />
chaveável na SE Adrianópolis e<br />
500 kV deve ser também associada<br />
à entrada em operação do 3º<br />
Cachoeira Paulista.<br />
circuito Cachoeira Paulista –<br />
Adrianópolis. As obras citadas<br />
estão associadas não só a UTE<br />
Paracambi, mas ao conjunto de<br />
térmicas da área Rio e dependem<br />
do despacho de geração do Rio<br />
Grande<br />
UTE SÃO GONÇALO<br />
Solicitação de Acesso em<br />
Outubro/03<br />
Troca de equipamentos nas subestações<br />
Impactos no sistema em avaliação<br />
190 MW (Contrato de Gás<br />
Interruptível)<br />
andamento<br />
Conexão no Sistema<br />
138 kV da Cerj<br />
vizinhas em avaliação pela Cerj<br />
pela Cerj no que se refere à<br />
substituição de equipamentos. O<br />
atraso na entrada em operação<br />
desta UTE agrava sobremaneira os<br />
problemas de carregamento na LT<br />
São José-Magé 138 kV acima<br />
citados<br />
UTE FORTALEZA<br />
Parecer 23/2001<br />
Dezembro/03<br />
LT 230 kV Cauípe - Fortaleza II C2 (além<br />
Obra autorizada pela Resolução<br />
2 x 112 + 1 x 123 MW<br />
CTA DAT-006/02(08.01.02)<br />
do C1 já citado acima); substituição de 6<br />
disjuntores 69 kV da SE Fortaleza (fora da<br />
Aneel 233/02, de 24.04.2002. Caso<br />
não estejam presentes os dois<br />
Rede Básica)<br />
circuitos Cauipe-Fortaleza II, a UTE<br />
Fortaleza não poderá ser<br />
despachada simultaneamente com<br />
a UTE Termoceará.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 512 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE TERMOPERNAMBUCO<br />
Parecer 010/2001<br />
Dezembro/03 Recapacitação dos circuitos Recife II –<br />
Autorizadas pela Resolução Aneel<br />
2 x 160,75 +1 x 188,35 MW<br />
CTA DAT-095/01(09.05.01)<br />
Pirapama 230 kV w substituição dos<br />
nº 233/02, de 24.04.2002.<br />
disjuntores 230 kV dos trafos da SE<br />
Pirapama II<br />
UHE Itaipu<br />
2 x 700 MW<br />
Março de 2004 Caso haja contratação de<br />
montantes além dos estabelecidos<br />
nos contratos iniciais, há<br />
necessidade de reforços na Rede<br />
Básica para controle de tensão na<br />
Área São Paulo.<br />
UTE TERMOAÇU<br />
Parecer 01/2002<br />
Junho/04 Linha de transmissão Paraíso-Açu II -<br />
A LT Paraíso – Açu II foi licitada<br />
2 x 157,5 MW<br />
CTA DAT-024/02(28.01.02)<br />
230 kV (obra prevista no PAR 2002/2004);<br />
Recapacitação da linha Açu II – Mossoró<br />
pela Aneel em 15/08/2002, com<br />
previsão de operação em<br />
II - 230 kV.<br />
março/2004.. Caso não estejam<br />
presentes a LT Paraíso-Açu II e a<br />
recapacitação da LT Açu II –<br />
Mossoró II, haverá restrição no<br />
despacho da UTE.<br />
CONVERSORA RIVERA<br />
Parecer 011/2001<br />
Pendente de acertos<br />
Troca dos TC’s da linha Alegrete 2–Santa<br />
Até a entrada em operação das<br />
70 MW<br />
CTA DAT-126/01(01.06.01)<br />
referentes à transferência<br />
do contrato de energia da<br />
Maria 3 230 kV, Alegrete 2-Maçambará,<br />
Alegrete 2- Livramento e Livramento-<br />
linhas UTE Uruguaiana –<br />
Maçambará haverá limitação no<br />
Eletrosul para a Eletrobrás<br />
BagéArranjo definitivo da SE Livramento,<br />
despacho pleno simultâneo da UTE<br />
230 kV, autorizado pela Resolução Aneel<br />
Uruguaiana e da Conversora Rivera<br />
nº 016/2001<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 513 / 530
AGENTE<br />
PARECER<br />
DATA ENTRADA<br />
EM OPERAÇÃO<br />
OBRAS NECESSÁRIAS<br />
OBSERVAÇÃO<br />
UTE Camaçari<br />
Parecer de Acesso emitido<br />
Primeira máquina entrou<br />
5 x 70 MW (Contrato de Gás<br />
Interruptível)<br />
em janeiro/2004.<br />
em operação em<br />
abril/2003.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 514 / 530
Neste item são apresentadas de forma sucinta, as principais restrições associadas<br />
ao sistema de transmissão e o efeito das obras previstas no PAR 2004-2006 sobre<br />
o pleno despacho de usinas integradas ao SIN. As tabelas 8-1 a 8-3 relacionam as<br />
principais restrições identificadas.<br />
Regiões Sudeste e Centro-oeste<br />
Foram abordados os efeitos das obras com relação a onze (11) restrições<br />
existentes ao despacho de geração hidráulica e verifica-se que:<br />
• uma (1) não sofre alteração em decorrência das obras;<br />
• duas devem sofrer alteração, sendo que uma delas expressiva e<br />
• oito (a maioria delas) devem ser eliminadas<br />
Foram abordados os efeitos das obras com relação a oito (8) situações existentes<br />
quanto ao despacho de geração térmica e verifica-se que as obras previstas<br />
afetam todas as situações relacionadas, sendo que em grande parte dos casos,<br />
essas obras favorecem o despacho mínimo de geração térmica nas usinas do<br />
Sudeste e Centro-Oeste.<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 515 / 530
Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, associadas à transmissão<br />
Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />
SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />
Efeito no despacho de geração<br />
Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />
Alteração<br />
Permite<br />
Redução<br />
Permite GT<br />
mínimo<br />
RJ/ES<br />
No ano de 2003, até a entrada<br />
do 3º banco, será necessário<br />
despacho de geração na usina<br />
SE Adrianópolis - 3º Banco de<br />
autotransformadores 500/345 kV – 560 MVA<br />
(junho/2003)<br />
A<br />
Macaé =mín<br />
de Macaé<br />
Sem as obras de transmissão<br />
em construção e para os fluxos<br />
previstos no sistema de 500 kV<br />
LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis C3<br />
(junho/2003)<br />
A<br />
Exceto<br />
Macaé ou<br />
há necessidade de despacho<br />
NFlu<br />
de geração térmica na área.<br />
O atendimento ao ES requer<br />
geração térmica para fluxos<br />
FES superiores a cerca de<br />
LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />
atrasadas)<br />
Vitória (obras<br />
X<br />
Macaé=0<br />
1070 MW antes da obra de<br />
transmissão prevista<br />
NFlu=mín<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 516 / 530
Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />
SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />
Efeito no despacho de geração<br />
Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />
Alteração<br />
Permite<br />
Redução<br />
Permite GT<br />
mínimo<br />
A contingência da LT 500 kV<br />
Tijuco Preto - Cachoeira<br />
Paulista pode acarretar em<br />
sobrecarga na LT Tijuco Preto -<br />
Taubaté<br />
LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista C2<br />
(dezembro/2004)<br />
B<br />
SP<br />
Há restrições ao pleno<br />
despacho simultâneo das UTEs<br />
Piratininga (470 MW), Nova<br />
Piratininga (378 MW) e da UHE<br />
Henry Borden 230 kV<br />
(485 MW), no caso de perda do<br />
transformador 345/230 kV de<br />
Interlagos ou do transformador<br />
345/230 kV de Baixada Santista<br />
e ainda no caso<br />
da perda da LT 230 kV<br />
Piratininga – Henry Borden.<br />
Segundo banco de autotransformadores<br />
345/230 kV - 500 MVA na SE Interlagos e obras<br />
associadas (data contratual de 31/12/2003)<br />
X<br />
Piratininga=<br />
min<br />
Nova<br />
Piratininga=<br />
0<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 517 / 530
Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />
SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />
Efeito no despacho de geração<br />
Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />
Alteração<br />
Permite<br />
Redução<br />
Permite GT<br />
mínimo<br />
A área Minas Gerais é muito<br />
influenciada pelo fluxo na<br />
interligação Norte-Sul. Em<br />
cenários com importação<br />
elevada pelo Sudeste superior a<br />
Conexão do reator de Neves da LT 500 kV<br />
S.Gotardo – Neves já foi autorizada para a<br />
Cemig e está prevista para maio de 2003.<br />
1.500 MW e geração na bacia<br />
do Paranaíba elevada, mesmo<br />
após a entrada em operação da<br />
SE Bom Despacho, as<br />
contingências das LTs 500 kV<br />
Emborcação -São Gotardo 2 e<br />
Jaguará -Nova Ponte, podem<br />
levar a cortes de carga na<br />
SE Bom Despacho 500 kV (março de 2004) –<br />
(obra principal para redução de despacho de<br />
geração térmica)<br />
SE Ouro Preto 2 - conexão para reator 91 Mvar<br />
- 500 kV da LT Ouro Preto 2 – São Gonçalo do<br />
Pará - data de instalação solicitada para<br />
setembro de 2004<br />
região. Nesses cenários<br />
SE Jaguará - conexão para reatores nas LTs<br />
Igarapé=min<br />
MG<br />
poderão ser necessários<br />
despachos elevados nas usinas<br />
térmicas de Ibiritermo e Igarapé<br />
Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do<br />
Pará (2x91 Mvar - 500 kV) - data de instalação<br />
solicitada para junho de 2005<br />
Ibiritermo=0<br />
J.Fora=0<br />
para um adequado controle de<br />
carregamento e de tensão da<br />
região central.<br />
SE Emborcação - conexão para reator 91 Mvar<br />
- 500 kV na LT São Gotardo 2 - - data de<br />
instalação solicitada para abril de 2005.<br />
SE São Gotardo 2 - reator manobrável de barra<br />
de 91 Mvar - 500 kV -- data de instalação<br />
solicitada para junho de 2005<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 518 / 530
Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />
SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />
Efeito no despacho de geração<br />
Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />
Alteração<br />
Permite<br />
Redução<br />
A<br />
Permite GT<br />
mínimo<br />
MT<br />
Situação atual – Tendo em vista<br />
a expansão expressiva do<br />
parque gerador nessa área, há<br />
restrição de geração hidráulica<br />
e térmica para exportação para<br />
o SIN, devido à restrição<br />
estrutural do sistema de<br />
transmissão.<br />
Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos<br />
trechos de linhas entre Rondonópolis e<br />
Itumbiara<br />
LT 230 kV, circuito duplo (25 km), Coxipó -<br />
Cuiabá e LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis,<br />
compensada em série (60%).<br />
Permite<br />
reduzir GT<br />
no caso de<br />
importação<br />
pelo MT e<br />
aumenta o<br />
limite de<br />
transmissão<br />
no caso de<br />
Aumento de<br />
GH local<br />
permite<br />
Cuiabá=0<br />
exportação<br />
LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara, com<br />
Elimina<br />
MT<br />
seccionamentos em Riberãozinho e<br />
qualquer<br />
Intermediária e demais obras associadas.<br />
restrição<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 519 / 530
9 Referências<br />
[1] Módulo 4 dos Procedimentos de Rede, Revisão 0, autorizado pela Resolução Aneel<br />
240/00.<br />
[2] <strong>ONS</strong>, Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período<br />
janeiro/2003 a abril/2004.<br />
[3] <strong>ONS</strong>/CCPE, Alternativas para Atendimento aos Sistemas Radiais – Termo de<br />
Referência, Abril, 2003.<br />
[4] <strong>ONS</strong>, Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005, <strong>ONS</strong> RE 03/343/2002, Fevereiro,<br />
2003.<br />
[5] <strong>ONS</strong>, Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica, Período 2003 a 2005, Vol. 1/3,<br />
<strong>ONS</strong>-2.1-031/2002, Aprovado p/ Conselho de Administração em 13/06/2002, Junho,<br />
2002.<br />
[6] Fong C.C., et al., Bulk System Reliability Measurement and Indices, IEEE Trans on<br />
PWRS, Vol. 4, no 3, pp. 829-835, Aug 1989.<br />
[7] <strong>ONS</strong>, Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003 a 2005, <strong>ONS</strong>-2.1-025/2003v3.0,<br />
Março, 2003.<br />
[8] <strong>ONS</strong>, Estudo para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período<br />
2003-2005 – Termo de Referência.<br />
[9] Submódulo 23.3 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />
[10] Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />
[11] Módulo 3 dos Procedimentos de Rede, Revisão 2, autorizado pela Resolução Aneel<br />
140/02.<br />
[12] Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />
[13] CCPE, Programa Determinativo da Expansão da Transmissão – PDET 2003/2007.<br />
[14] <strong>ONS</strong> NT 030/2002: Identificação de Reforços para Maior Acoplamento entre as Redes<br />
de 500 kV e 440 kV da Região Sudeste.<br />
[15] <strong>ONS</strong> NT 048/2002: Identificação de Reforços para Evitar o Colapso do Sistema de<br />
Transmissão de Itaipu em Caso de Defeitos Múltiplos no 440 kV<br />
[16] <strong>ONS</strong> 2.1-088/2002: “Diagnóstico das Deficiências do Sistema Físico de Transmissão<br />
do Sistema Interligado Nacional – Região Sul – Vols. I e II; Relatório preparado por Caldas<br />
e Carvalho Consultoria;<br />
[17] <strong>ONS</strong> 2.1-089/2002: “Condições de Atendimento às Capitais da Região Sul – Vols. I e<br />
II”;<br />
[18] <strong>ONS</strong> 2.1-086/2002: “Estudos de Melhorias das Condições de Segurança do Sistema<br />
Interligado Nacional – Regiões Sudeste e Centro-Oeste – Vols. I a VII”; Relatório elaborado<br />
pela ENERGY CHOICE Engenharia e Representações<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 520 / 530
[19] <strong>ONS</strong> 2.1-087/2002: “Diagnóstico do Sistema Interligado Norte/Nordeste/Sudeste”;<br />
Relatório preparado pela ANDESA Consultoria em Sistemas de Energia Elétrica”<br />
[20] <strong>ONS</strong> 3/320/2002: “Critérios e Diretrizes para Estudo de estabilidade Eletromecânica do<br />
<strong>ONS</strong>”<br />
[21] <strong>ONS</strong> NT 003/051/2001: “Reavaliação do Despacho Ótimo por Usina e por Unidade<br />
Geradora e Determinação do Montante Mínimo de Carga no Período de carga Leve –<br />
Sistema Sudeste/Centro-Oeste”<br />
[22] <strong>ONS</strong> “Consolidação da Carga para o PAR 2004-2006”<br />
[23] <strong>ONS</strong> 03/107/2003: “Estudos de Curto-Circuito - Superação de Disjuntores”<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 521 / 530
Lista de figuras, quadros e tabelas<br />
Tabelas<br />
Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas 9<br />
Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas 11<br />
Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />
Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem<br />
a concessão equacionada 17<br />
Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />
Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do<br />
Sul sem a concessão equacionada 18<br />
Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />
Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste<br />
sem a concessão equacionada 25<br />
Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />
Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a<br />
concessão equacionada 43<br />
Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de<br />
Transmissão – Relação Completa 49<br />
Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de<br />
Transmissão – Relação Completa 49<br />
Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de<br />
Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação<br />
Completa 50<br />
Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de<br />
Transformadores na Rede Básica – Relação<br />
Completa 50<br />
Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de<br />
Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel 51<br />
Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de<br />
Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel 51<br />
Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação<br />
ainda não Equacionada pela Aneel 52<br />
Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores<br />
ainda não Equacionados pela Aneel 52<br />
Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao<br />
PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em<br />
Milhões R$) 53<br />
Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao<br />
PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda<br />
não foi Equacionada (Valores em Milhões R$) 54<br />
Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de<br />
Circuitos Radiais Singelos 57<br />
Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com<br />
Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores 58<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 522 / 530
Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Região Sul (1) 62<br />
Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos<br />
Novos – Blumenau, na carga média de verão 63<br />
Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE<br />
Caxias 65<br />
Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na<br />
perda do TR-1 da - carga média de verão 70<br />
Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em<br />
contingência - carga média de verão 71<br />
Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema<br />
Regional Sul ainda sem concessão 73<br />
Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Rio Grande do Sul 77<br />
Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo,<br />
230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 79<br />
Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de<br />
Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom 79<br />
Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV<br />
Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande –<br />
Siderópolis 80<br />
Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente<br />
Médici 81<br />
Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE<br />
Uruguaiana com geração máxima das usinas<br />
hidráulicas no Rio Grande do Sul (1123 MW) 83<br />
Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE<br />
Uruguaiana com geração mínima das usinas<br />
hidráulicas no Rio Grande do Sul (235 MW) 84<br />
Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />
Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá -<br />
Gravataí 87<br />
Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />
Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV<br />
da SE Gravataí 88<br />
Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />
Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV<br />
da SE Caxias 88<br />
Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio<br />
Grande do Sul ainda sem concessão 89<br />
Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Santa Catarina 93<br />
Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina 94<br />
Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório -<br />
Pato Branco 98<br />
Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste<br />
de Santa Catarina 101<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 523 / 530
Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da<br />
relocação da linha para Palhoça, em regime<br />
permanente 101<br />
Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime<br />
permanente, após a relocação 102<br />
Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da<br />
LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da<br />
relocação 103<br />
Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da<br />
LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a<br />
relocação 104<br />
Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no<br />
atendimento a Florianópolis 105<br />
Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa<br />
Catarina ainda sem concessão 105<br />
Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Paraná 109<br />
Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste –<br />
Cascavel na perda de um circuito 112<br />
Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na<br />
perda do circuito paralelo 116<br />
Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido –<br />
Pilarzinho em condição normal- configuração<br />
atual 116<br />
Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido –<br />
Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba 117<br />
Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no<br />
atendimento a Curitiba 118<br />
Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná<br />
ainda sem concessão 119<br />
Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo 124<br />
Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema<br />
Regional Sudeste ainda sem concessão 130<br />
Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV<br />
Adrianópolis – Campos - Vitória 133<br />
Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE<br />
Mascarenhas e na SE Vitória 136<br />
Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Minas Gerais 140<br />
Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área<br />
Minas Gerais ainda sem concessão 146<br />
Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas<br />
para a Área Minas Gerais até 2006 149<br />
Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV<br />
Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário<br />
Analisado 153<br />
Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em<br />
Condições Normais de Operação 153<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 524 / 530
Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />
emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo) 154<br />
Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />
emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo) 154<br />
Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />
emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas –<br />
Pimenta 155<br />
Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos<br />
Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da<br />
Duplicação da LT Furnas – Pimenta 156<br />
Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />
Condições Normais de Operação, nos Cenários<br />
Analisados 157<br />
Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />
Condições Normais de Operação, nos Piores<br />
Cenários, Considerando a duplicação da LT<br />
Furnas – Pimenta 157<br />
Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />
emergências, no Pior Cenário, Considerando a<br />
duplicação da LT Furnas – Pimenta 158<br />
Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />
Região da Mantiqueira, em Condições Normais de<br />
Operação 159<br />
Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />
Região da Mantiqueira, em Condições de<br />
Emergência da LT Furnas – Pimenta 160<br />
Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />
Região da Mantiqueira, em Condições de<br />
Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora 160<br />
Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de<br />
138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas<br />
– Pimenta 162<br />
Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do<br />
Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas 164<br />
Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no<br />
Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem<br />
do Trafo da SE Mascarenhas 165<br />
Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área São Paulo 169<br />
Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área<br />
São Paulo ainda sem concessão 176<br />
Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores<br />
500/440 kV de Água Vermelha 181<br />
Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores<br />
500/440 kV de Água Vermelha com Despachos<br />
Reduzidos no Paranaíba e no Grande 183<br />
Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi –<br />
São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José<br />
(expressa) 192<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 525 / 530
Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Goiás e Distrito Federal 203<br />
Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área<br />
Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão 207<br />
Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos<br />
(MW) 210<br />
Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Mato Grosso 213<br />
Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema<br />
do Mato Grosso ainda sem concessão 216<br />
Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato<br />
Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005 220<br />
Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato<br />
Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro) 224<br />
Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato<br />
Grosso – Ano 2006 224<br />
Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da<br />
área centro-norte do Mato Grosso 226<br />
Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Mato Grosso do Sul 229<br />
Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na<br />
Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados 231<br />
Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na<br />
Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados –<br />
Anastácio 232<br />
Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no<br />
atendimento a Campo Grande 236<br />
Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema<br />
do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão 236<br />
Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da<br />
Enersul 237<br />
Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Pará 240<br />
Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Pará 242<br />
Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />
Pará ainda sem concessão 243<br />
Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Maranhão/Tocantins 246<br />
Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Maranhão/Tocantins 249<br />
Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />
Maranhão/Tocantins ainda sem concessão 250<br />
Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Oeste 252<br />
Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Oeste 254<br />
Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />
Oeste ainda sem concessão 255<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 526 / 530
Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Norte 258<br />
Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Norte 260<br />
Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área<br />
Norte ainda sem concessão 262<br />
Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Leste 266<br />
Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Leste 268<br />
Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área<br />
Leste ainda sem concessão 270<br />
Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Sul 273<br />
Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Sul 276<br />
Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul<br />
ainda sem concessão 277<br />
Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Centro 279<br />
Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />
Anual – Área Sudoeste 282<br />
Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />
de 95% – Área Sudoeste 283<br />
Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo<br />
Sudeste (RSE) 294<br />
Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul<br />
(FSUL) 295<br />
Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul<br />
(RSUL) 296<br />
Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de<br />
recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste 298<br />
Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Simples e Itaipu com despacho<br />
“BAIXO” 300<br />
Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Simples e Itaipu com despacho<br />
“ALTO” 301<br />
Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />
considerando Contingências Simples e Itaipu<br />
60Hz com despacho “BAIXO” 302<br />
Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”,<br />
considerando Contingências Simples e Itaipu com<br />
despacho “ALTO” 303<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 527 / 530
Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o<br />
cenário Sul Importador 303<br />
Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />
Contingências Duplas e Itaipu com despacho<br />
“BAIXO” 304<br />
Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />
no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />
considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz<br />
com despacho “BAIXO” 305<br />
Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />
Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte<br />
Exportador 307<br />
Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />
Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste<br />
Exportador 308<br />
Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />
Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário<br />
Nordeste Exportador 308<br />
Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6] 330<br />
Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema<br />
Sudeste/Centro-Oeste (MW) 364<br />
Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre<br />
ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%) 364<br />
Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês<br />
de maio(MW) 372<br />
Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO<br />
de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006 376<br />
Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica<br />
Considerado para as Interligações Inter-regionais 381<br />
Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica<br />
Considerado para a Região Sul 382<br />
Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica<br />
Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-<br />
Oeste 389<br />
Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica<br />
Considerado para as Regiões Norte e Nordeste 396<br />
Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEE-<br />
D 402<br />
Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE 402<br />
Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES 403<br />
Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc 403<br />
Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Copel-<br />
D 404<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 528 / 530
Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Enersul 405<br />
Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Escelsa 406<br />
Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg 407<br />
Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB 409<br />
Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat 414<br />
Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo<br />
Paulo 415<br />
Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Cemig 418<br />
Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa 418<br />
Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
CELTINS 419<br />
Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Coelce 421<br />
Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Cosern 421<br />
Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe 422<br />
Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />
Energipe 423<br />
Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não<br />
integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba 423<br />
Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fasefase)<br />
em Corrente Alternada 425<br />
Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão 426<br />
Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em<br />
cada patamar de carga 427<br />
Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul 428<br />
Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos<br />
e Probabilísticos 434<br />
Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos<br />
e Probabilísticos (continuação) 435<br />
Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis<br />
para a Variação das Tensões 436<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 529 / 530
Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica<br />
Brasileira [3] 436<br />
Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/<br />
influência de dias úteis e fins de semana [6] 438<br />
Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de<br />
Estados para Junho 2003, Pesada 439<br />
Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em<br />
condições normais de operação 441<br />
Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de<br />
Acesso - Impacto sobre a Transmissão 505<br />
Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de<br />
Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste,<br />
associadas à transmissão 516<br />
<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 530 / 530