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Relatório Completo - Volume I - ONS

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PLANO DE AMPLIAÇÕES E<br />

REFORÇOS NA REDE BÁSICA<br />

PERÍODO 2004 A 2006<br />

VOLUME I<br />

Operador Nacional do Sistema Elétrico<br />

Presidência<br />

Rua da Quitanda 196/24º andar, Centro<br />

20091-005 Rio de Janeiro RJ<br />

tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444


© 2003/<strong>ONS</strong><br />

Todos os direitos reservados.<br />

Qualquer alteração é proibida sem autorização.<br />

<strong>ONS</strong> 2.1.036/2003<br />

PLANO DE AMPLIAÇÕES E<br />

REFORÇOS NA REDE BÁSICA<br />

PERÍODO 2004 A 2006<br />

VOLUME I<br />

Aprovado pelo Conselho de<br />

Administração em 26 de Maio de 2003<br />

K:\2004-2006\#Documentos\Relatórios\PAR2004-2006_Vol_I.doc


Sumário<br />

APRESENTAÇÃO 8<br />

1 Introdução 12<br />

2 Relação das Ampliações e Reforços<br />

Propostos para a Rede Básica Ainda sem<br />

Concessão – Período 2004 a 2006 15<br />

2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica<br />

Necessários até 2006 cuja Concessão ainda não foi<br />

Equacionada 16<br />

2.1.1 Interligações Inter-Regionais 17<br />

2.1.2 Região Sul 18<br />

2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste 25<br />

2.1.4 Regiões Norte/Nordeste 43<br />

2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na<br />

Rede Básica Necessários até 2006 48<br />

2.2.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e<br />

Transformadores Previstos no PAR 2004-2006<br />

(relação completa) 48<br />

2.2.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e<br />

Transformadores Propostos no Par 2004-2006 que<br />

ainda não foram Equacionados junto à Aneel 51<br />

2.2.3 Estimativa de Investimento Associado às<br />

Ampliações e aos Reforços Propostos 52<br />

3 Síntese das Condições de Atendimento do<br />

Sistema Interligado Nacional – Horizonte<br />

2006 55<br />

3.1 Introdução 55<br />

3.2 Observações de Caráter Geral 56<br />

3.3 Região Sul 62<br />

3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV 62<br />

3.3.2 Área Rio Grande do Sul 76<br />

3.3.3 Área Santa Catarina 92<br />

3.3.4 Área Paraná 108<br />

3.4 Região Sudeste 123<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 3 / 530


3.4.1 Área Rio de Janeiro/Espírito Santo 123<br />

3.4.2 Área Minas Gerais 139<br />

3.4.3 Área São Paulo 168<br />

3.5 Região Centro-Oeste 202<br />

3.5.1 Área Goiás/Distrito Federal 202<br />

3.5.2 Área Mato Grosso 212<br />

3.5.3 Área Mato Grosso do Sul 229<br />

3.6 Região Norte 239<br />

3.6.1 Área Pará 239<br />

3.6.2 Área Maranhão/Tocantins 245<br />

3.7 Região Nordeste 252<br />

3.7.1 Área Oeste 252<br />

3.7.2 Área Norte 257<br />

3.7.3 Área Leste 264<br />

3.7.4 Área Sul 272<br />

3.7.5 Área Centro 279<br />

3.7.6 Área Sudoeste 282<br />

4 Síntese das Condições de Desempenho das<br />

Interligações Inter-regionais 286<br />

4.1 Descrição das Interligações 287<br />

4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 287<br />

4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e<br />

Sudeste 289<br />

4.2 Conclusões 292<br />

4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre<br />

Subsistemas 298<br />

4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e<br />

Sudeste 298<br />

4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte,<br />

Nordeste e Sudeste 306<br />

4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das<br />

Interligações Inter-regionais 311<br />

4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais 313<br />

4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste 313<br />

4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e<br />

Sudeste 322<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 4 / 530


5 Síntese da Análise da Confiabilidade da<br />

Rede Básica 328<br />

5.1 Aspectos Conceituais 328<br />

5.2 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema<br />

Brasileiro 332<br />

5.2.1 Evolução Temporal do Risco Probabilístico<br />

Intrínseco da Malha Elétrica 332<br />

5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão 336<br />

5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de<br />

Transmissão 340<br />

5.3 Principais Conclusões 344<br />

6 Condicionantes dos Estudos 347<br />

6.1 Mercado 347<br />

6.1.1 Contexto 347<br />

6.1.2 Dados 347<br />

6.1.3 Processo 348<br />

6.1.4 Resultados 349<br />

6.1.5 Requisitos Máximos Anuais 375<br />

6.2 Geração 379<br />

6.3 Programa de Obras na Rede Básica 380<br />

6.4 Programa de Obras das Distribuidoras 402<br />

6.4.1 CEEE-D 402<br />

6.4.2 RGE 402<br />

6.4.3 AES 403<br />

6.4.4 CELESC 403<br />

6.4.5 COPEL-D 404<br />

6.4.6 ENERSUL 405<br />

6.4.7 ESCELSA 406<br />

6.4.8 CELG 407<br />

6.4.9 CEB 409<br />

6.4.10 CEMAT 413<br />

6.4.11 SÃO PAULO 415<br />

6.4.12 CEMIG 418<br />

6.4.13 CELPA 418<br />

6.4.14 CELTINS 419<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 5 / 530


6.4.15 COELCE 421<br />

6.4.16 COSERN 421<br />

6.4.17 CELPE 422<br />

6.4.18 ENERGIPE 423<br />

6.4.19 COELBA 423<br />

6.5 Critérios 424<br />

6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão 425<br />

6.5.2 Critérios para Fator de Potência 426<br />

6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de<br />

Transmissão 426<br />

6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores 426<br />

6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações<br />

Regionais 427<br />

6.5.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade 431<br />

7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede<br />

Básica com a Rede de Distribuição 440<br />

7.1 Região Sul 443<br />

7.1.1 CEEE 443<br />

7.1.2 RGE 445<br />

7.1.3 AES 447<br />

7.1.4 CELESC 448<br />

7.1.5 COPEL 449<br />

7.2 Região Sudeste 451<br />

7.2.1 RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO 451<br />

7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL<br />

PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO) 453<br />

7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2<br />

(BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB,<br />

ELEKTRO E CESP) 457<br />

7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM,<br />

CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO) 459<br />

7.2.5 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ,<br />

CLFSC E EEVP) 462<br />

7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL<br />

PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL) 463<br />

7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL<br />

PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL) 464<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 6 / 530


7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO 468<br />

7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES 471<br />

7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA 472<br />

7.2.11 CEMIG 474<br />

7.3 Região Centro-Oeste 476<br />

7.3.1 CELG 476<br />

7.3.2 CEMAT 479<br />

7.3.3 ENERSUL 481<br />

7.4 Região Norte 482<br />

7.4.1 CELPA 482<br />

7.4.2 CELTINS 484<br />

7.4.3 CEMAR 485<br />

7.5 Região Nordeste 487<br />

7.5.1 CEPISA 487<br />

7.5.2 COELCE 489<br />

7.5.3 COSERN 491<br />

7.5.4 SAELPA 492<br />

7.5.5 CELB e SAELPA 493<br />

7.5.6 CELPE 494<br />

7.5.7 CEAL 497<br />

7.5.8 ENERGIPE 498<br />

7.5.9 SULGIPE 499<br />

7.5.10 COELBA 500<br />

8 Integração de Usinas 504<br />

9 Referências 520<br />

Lista de figuras, quadros e tabelas 522<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 7 / 530


APRESENTAÇÃO<br />

O Plano de Ampliações e Reforços (PAR) apresenta a visão do <strong>ONS</strong> sobre as<br />

ampliações e os reforços da Rede Básica, necessários para preservar o adequado<br />

desempenho da rede, garantir o funcionamento pleno do mercado de energia<br />

elétrica e possibilitar o livre acesso aos interessados em atuar no MAE, dentro do<br />

horizonte 2004-2006.<br />

Com este Plano, o <strong>ONS</strong> cumpre as suas responsabilidades legais, elaborando a<br />

proposta anual de ampliações e reforços das instalações da Rede Básica de<br />

transmissão do Sistema Interligado Nacional – SIN, da qual resultarão acréscimos<br />

de linhas de transmissão, totalizando 10.748 km e de 21.331 MVA na capacidade<br />

de transformação, até o ano de 2006. Desse conjunto, cerca de 46% das linhas e<br />

43% dos empreendimentos em subestações já tiveram a concessão equacionada<br />

pela Aneel.<br />

Para implantação de todas as obras necessárias até 2006, estima-se que será<br />

necessário executar um investimento da ordem de 4,7 bilhões de reais, tendo por<br />

base os custos de referência disponíveis no setor<br />

A magnitude desses números revela a dimensão do esforço requerido de todos que<br />

atuam no setor elétrico brasileiro.<br />

Para permitir o tratamento das particularidades do Sistema Interligado Nacional, os<br />

estudos que resultaram na proposição deste PAR foram realizados de forma<br />

descentralizada pelos diversos Grupos Especiais, abertos à participação de todos<br />

os Agentes, abrangendo as Regiões Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste.<br />

O <strong>ONS</strong> agradece aos agentes, em especial aos seus representantes nos Grupos<br />

Especiais - Ampliações e Reforços, legítimos co-autores deste PAR, por tornarem<br />

possível a sua realização.<br />

Mário Fernando de Melo Santos<br />

Diretor Presidente<br />

Roberto Gomes<br />

Diretor de Administração dos Serviços<br />

da Transmissão<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 8 / 530


Para facilitar o entendimento do texto e das tabelas, as siglas usadas, com seus<br />

significados, estão listadas a seguir:<br />

Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas<br />

SIGLA<br />

DESCRIÇÃO<br />

AT<br />

BC<br />

autotransformador<br />

banco de capacitores<br />

C1/ C2 circuito 1/ circuito 2 de linha de transmissão<br />

CAET<br />

CAEX<br />

CCPE<br />

CD<br />

CE<br />

CLP<br />

CPST<br />

CS<br />

CT<br />

Comitê de Acompanhamento dos Empreendimentos Termelétricos<br />

Comitê de Acompanhamento da Expansão (MME)<br />

Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas<br />

Elétricos<br />

circuito duplo<br />

compensador estático<br />

controlador lógico programável<br />

contrato de prestação do serviço de transmissão<br />

circuito simples<br />

conexão de transformador/autotransformador<br />

CTST Comitê Técnico de Sistemas de Transmissão (extinto)<br />

CUST<br />

EAT<br />

ECE<br />

ECG<br />

EL<br />

ERAC<br />

FMG<br />

FO<br />

FRJ<br />

FSE<br />

FSM<br />

FSUL<br />

contrato de uso do sistema de transmissão<br />

extra alta tensão<br />

esquema de controle de emergência<br />

esquema de corte de geração<br />

entrada de linha<br />

esquema regional de alívio de carga<br />

fluxo área Minas Gerais<br />

filtro de onda<br />

fluxo área Rio de Janeiro<br />

fluxo região Sudeste<br />

fluxo Serra da Mesa<br />

exportação do Sul<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 9 / 530


SIGLA<br />

DESCRIÇÃO<br />

GCOI Grupo Coordenador da Operação Interligada (extinto)<br />

GCPS Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema Elétrico (“)<br />

GTCP GT para Estabelecimento de Critérios de Planejamento (“)<br />

GTP Grupo de Trabalho de Proteção (“)<br />

LT<br />

MAE<br />

PAR<br />

PDET<br />

PPS<br />

PPT<br />

RAP<br />

RSE<br />

RSUL<br />

SE<br />

SIL<br />

SIN<br />

TC<br />

TP<br />

TR<br />

UEO<br />

UF<br />

UHE<br />

UNE<br />

UTE<br />

linha de transmissão<br />

Mercado Atacadista de Energia<br />

Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica<br />

Programa Determinativo de Expansão da Transmissão<br />

proteção contra perda de sincronismo<br />

programa prioritário de termeletricidade<br />

relatório de análise de perturbação<br />

recebimento pelo Sudeste<br />

recebimento pelo Sul<br />

subestação<br />

potência característica da linha (“surge impedance load”)<br />

sistema interligado nacional<br />

transformador de corrente<br />

transformador de potencial<br />

transformador<br />

usina eólica<br />

unidade da federação<br />

usina hidrelétrica<br />

usina nuclear<br />

usina termelétrica<br />

Neste documento, as Regiões se compõem dos seguintes Estados, cujos sistemas<br />

elétricos estão interligados:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 10 / 530


Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas<br />

Sul (S)<br />

REGIÃO<br />

Sudeste (SE)<br />

ESTADOS<br />

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná<br />

Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo<br />

Centro-Oeste (CO) Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul<br />

Norte (N)<br />

Nordeste (NE)<br />

Pará, Tocantins e Maranhão<br />

Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,<br />

Alagoas, Sergipe e Bahia<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 11 / 530


1 Introdução<br />

Este documento relaciona as ampliações e os reforços identificados para a Rede<br />

Básica, no período 2004 a 2006.<br />

Também integra este documento, um panorama do desempenho elétrico do SIN no<br />

período, no qual são destacados os problemas antevistos e as ações necessárias<br />

para evitar que esses venham a ocorrer. Ressalta-se que as condições esperadas<br />

para a operação no primeiro semestre de 2004 estão detalhadas no Planejamento<br />

da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a<br />

abril/2004 [2].<br />

No processo de elaboração do PAR, conforme estabelecido no módulo 4 dos<br />

Procedimentos de Rede [1], foram realizados estudos de avaliação elétrica do<br />

sistema. Essas análises, conduzidas pelo <strong>ONS</strong> com a contribuição dos Agentes<br />

setoriais, tiveram por base os estudos de planejamento elaborados pelo<br />

CCPE/MME, as solicitações de acesso e conexão, bem como as ampliações e<br />

reforços propostos pelos Agentes. Buscou-se, além disso, eliminar restrições de<br />

transmissão observadas no planejamento e na programação da operação,<br />

particularmente aquelas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica do<br />

Sistema Interligado Nacional - Período janeiro/2003 a abril/2004 [2].<br />

No item 2 deste documento é apresentada a proposta de ampliações e reforços da<br />

Rede Básica, relacionando as obras, identificadas como necessárias, de acordo<br />

com os critérios adotados nos estudos desenvolvidos, relacionados no item 6.<br />

No item 3 são descritas sucintamente as condições gerais de desempenho da Rede<br />

Básica observadas nas análises realizadas por região geoelétrica, a partir das<br />

premissas e critérios adotados. Destacam-se também determinados pontos do<br />

sistema que carecem de realização de estudos específicos a serem desenvolvidos,<br />

alguns deles em conjunto com o CCPE, com o objetivo de identificar soluções<br />

estruturais para os problemas apontados.<br />

A avaliação do desempenho das interligações regionais é apresentada no item 4.<br />

Neste item, para a configuração prevista, estão indicados os limites de transmissão,<br />

bem como os fatores que restringem a capacidade de intercâmbio entre Regiões,<br />

sendo também apontadas medidas referentes à implantação de obras que se<br />

destinam a minimizar as restrições existentes e futuras.<br />

No item 5 são apresentados os resultados obtidos na avaliação da confiabilidade da<br />

Rede Básica. São descritos o estado do desenvolvimento dos trabalhos conduzidos<br />

para constituir uma base de dados e os procedimentos e critérios para a avaliação<br />

preditiva da confiabilidade da Rede Básica.<br />

O item 6 resume os condicionantes que dão suporte à proposta contida neste Plano<br />

de Ampliações e Reforços. Apresenta uma descrição sucinta das análises efetuadas<br />

no processo de consolidação das previsões de carga adotadas nos estudos, o<br />

programa de geração considerado, o programa de obras de referência na Rede<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 12 / 530


Básica, o programa de obras na distribuição informado pelos Agentes até o<br />

presente momento, além dos critérios utilizados.<br />

Os aspectos das redes de distribuição que podem afetar o desempenho da Rede<br />

Básica estão destacados no item 7. São relacionadas, para as subestações<br />

localizadas na fronteira entre a Rede Básica e as redes de distribuição, as situações<br />

nas quais os critérios adotados nas análises desenvolvidas não são atendidos, bem<br />

como são indicadas as soluções já propostas pelas distribuidoras.<br />

A conexão de novos agentes é objeto do item 8, no qual é feito um sumário da<br />

situação dos estudos de integração em curso no <strong>ONS</strong>, no momento da emissão<br />

deste PAR. No item 8 também é apresentado, para o horizonte analisado, um<br />

sumário das restrições visualizadas ao pleno despacho de usinas.<br />

No <strong>Volume</strong> II deste documento estão apresentados os pareceres técnicos para as<br />

instalações sem a concessão equacionada pela Aneel e que ainda não foram<br />

encaminhados àquela Agência pelo <strong>ONS</strong>, bem como o programa de geração<br />

utilizado.<br />

O conjunto de propostas contidas na presente versão do documento será submetido<br />

a um permanente acompanhamento e atualização, visando incorporar mudanças<br />

dos condicionantes adotados nos estudos, tais como: contexto de oferta (geração e<br />

importação) e demanda (mercado e exportação) sinalizado pelos Agentes, novas<br />

solicitações de acesso, proposições de expansão por parte dos Agentes, restrições<br />

operativas identificadas no Planejamento da Operação Elétrica e Energética,<br />

informações do Mercado Atacadista de Energia - MAE, instrumentos contratuais<br />

estabelecidos referentes à compra e venda de energia, ao uso e à conexão ao<br />

sistema de transmissão, à autorização e à concessão para produção, à autorização<br />

para importação e exportação de energia e aos padrões de desempenho<br />

estabelecidos no Módulo 2 dos Procedimentos de Rede.<br />

O desenvolvimento dos estudos que resultaram no Plano de Ampliações e Reforços<br />

proposto teve como condicionantes os valores de previsão de carga estabelecidos<br />

pelos Agentes no quarto trimestre do ano 2002. De maneira geral, os valores de<br />

carga previstos no período deste PAR estão abaixo daqueles considerados na<br />

elaboração do PAR 2003-2005, representando, com a exceção da Região Norte, um<br />

deslocamento de cerca de um ano.<br />

A data de necessidade de cada obra, bem como as conclusões concernentes às<br />

condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional, estão condicionadas a<br />

esses valores de previsão do crescimento da carga. Caso a evolução da demanda<br />

ocorra em patamares acima daqueles considerados neste PAR, os problemas<br />

identificados serão antecipados, reforçando a importância de que todas as<br />

providências relacionadas neste documento sejam desenvolvidas com a maior<br />

brevidade possível.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 13 / 530


Ressalta-se que o adequado desempenho do sistema, como preconizado nos<br />

Procedimentos de Rede, só será alcançado com o equacionamento do conjunto de<br />

obras aqui proposto, além da finalização daquelas já autorizadas ou licitadas. O<br />

eventual atraso na implantação dos empreendimentos previstos implica em risco de<br />

corte de carga e elevação do custo de operação, decorrente de restrições ao<br />

despacho de usinas ou de limitações de intercâmbio entre Regiões.<br />

As obras propostas pela primeira vez neste documento são, em sua maior parte,<br />

decorrentes de estudos complementares, em especial os de planejamento de longo<br />

prazo, da conexão de novos Agentes geradores ou distribuidores, da avaliação do<br />

benefício da expansão de interligações inter-regionais e também da análise das<br />

condições de atendimento ao mercado, todos eventos posteriores ao ciclo anterior<br />

2003-2005 do PAR.<br />

As obras necessárias à adequação das instalações existentes da Rede Básica aos<br />

requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede serão tratadas no<br />

Projeto “Definição dos Requisitos Mínimos para as Instalações da Rede Básica”.<br />

Esse Projeto, que está sendo conduzido pelo <strong>ONS</strong> dentro do Plano de Ação<br />

2003/2005 aprovado pelo Conselho de Administração, deverá estabelecer os<br />

marcos para adequar as instalações existentes aos requisitos mínimos<br />

estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Os resultados deste trabalho serão<br />

incorporados às próximas edições do PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 14 / 530


2 Relação das Ampliações e Reforços Propostos para a Rede Básica<br />

Ainda sem Concessão – Período 2004 a 2006<br />

Neste item são relacionados as ampliações e os reforços ainda sem concessão<br />

necessários para garantir condições adequadas de operação até 2006, visualizados<br />

por região geoelétrica, dentro das premissas e de acordo com os critérios adotados<br />

ao longo dos estudos desenvolvidos. É também apresentado um resumo do<br />

acréscimo de linhas de transmissão, em km, e de transformadores, em MVA,<br />

previsto até 2006.<br />

Para efeito de apresentação, este item foi organizado em duas partes.<br />

O item 2.1 é composto pelo elenco completo das ampliações e reforços necessários<br />

para o período 2004/2006, cuja concessão ainda não foi equacionada.<br />

Por sua vez, no item 2.2 é apresentado um resumo, em termos de acréscimo de<br />

extensão (km) de linhas e capacidade (MVA) de transformação, das ampliações e<br />

reforços contidos neste PAR 2004/2006.<br />

Cumpre destacar que no item 6.3 deste documento, que trata dos<br />

condicionantes para os estudos, são relacionadas as obras, já autorizadas ou<br />

licitadas, que se encontram em construção. A entrada em operação das<br />

instalações incluídas no item 6.3 foi considerada uma premissa do estudo. É<br />

importante que sejam desenvolvidas todas as ações necessárias para garantir o<br />

cumprimento dos prazos mostrados no item 6.3, se possível antecipando-os.<br />

Dentre os reforços relacionados neste item, incluem-se aquelas instalações de<br />

transmissão que não introduzem alterações topológicas, mas cuja ausência provoca<br />

limitações à operação do sistema.<br />

Ressalta-se que a proposição das ampliações e reforços apresentada neste item<br />

tem por base o conceito de Rede Básica estabelecido pela Resolução Aneel n°<br />

433/00. Neste sentido, a necessidade de instalação de transformadores cuja tensão<br />

secundária é inferior a 230 kV, bem como de equipamentos de compensação<br />

reativa em tensão até 138 kV, não é abordada, exceto aqueles equipamentos já<br />

autorizados pela Aneel como integrantes da Rede Básica, até a conclusão deste<br />

PAR.<br />

Para as instalações da Rede Básica cuja concessão ainda não foi equacionada pela<br />

Aneel, através de autorização ou de licitação, estão indicadas nas tabelas as<br />

DATAS DE NECESSIDADE, ou seja, as datas a partir das quais os critérios<br />

estabelecidos nos Procedimentos de Rede não são atendidos, tanto para condições<br />

normais quanto de emergência. As datas físicas serão determinadas nos editais de<br />

licitação e nos atos autorizativos, conforme processos conduzidos pela Aneel.<br />

As conexões associadas às instalações propostas nas tabelas deste item, entrada<br />

de linha, conexão de transformadores, etc, não foram explicitadas por simplicidade<br />

de apresentação, devendo ser entendidas como parte integrante dos<br />

empreendimentos.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 15 / 530


As obras indicadas como “Em análise pela Aneel” já foram indicadas no PAR<br />

anterior (2003-2005).<br />

2.1 Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários até 2006 cuja<br />

Concessão ainda não foi Equacionada<br />

As Tabelas 2.1.1-1, 2.1.2-1, 2.1.3-1 e 2.1.4-1 a seguir resumem a proposta de<br />

ampliações e reforços na Rede Básica resultante das análises realizadas para o<br />

período 2003 a 2006, incluindo as instalações da Rede Básica:<br />

cuja necessidade foi identificada no PAR 2003-2005 e que na presente<br />

edição (2004-2006) estão sendo ratificadas como necessárias até 2006.<br />

Nesta situação se incluem aquelas já contempladas no Programa de<br />

Licitação de Concessão de Linhas Transmissão da Aneel, bem como as<br />

que se encontram em análise pela Agência;<br />

que não introduzem alterações na topologia da rede, mas cuja ausência<br />

impõe restrições à operação do sistema; e<br />

indicadas pela primeira vez neste PAR 2004-2006.<br />

Nas tabelas, as obras estão apresentadas para as Interligações Inter-regionais e<br />

por Região, sendo indicadas as “Novas Instalações” e a transmissora proprietária,<br />

no caso de reforços em instalações existentes. Para cada transmissora proprietária,<br />

as instalações estão ordenadas alfabeticamente.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 16 / 530


2.1.1 Interligações Inter-Regionais<br />

Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem a concessão equacionada<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

LONDRINA – ASSIS – ARARAQUARA<br />

500 367 PR/SP Em licitação DEZ/2004 Nova instalação<br />

circuito simples, incluindo reatores fixos em<br />

Araraquara (3x26,6 Mvar) e manobráveis em<br />

Assis (3x31,7 Mvar)<br />

ASSIS (NOVA)<br />

1 banco de autotransformadores e unidade<br />

reserva (obra associada à LT 500 kV Londrina –<br />

Assis – Araraquara)<br />

500/<br />

440<br />

1.500 SP Em licitação DEZ/2004 Nova instalação<br />

IVAIPORÃ<br />

750/<br />

--- PR Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

instalação de sistema de transferência para<br />

substituição da fase reserva dos bancos de<br />

525/<br />

69<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

autotransformadores AT 01 e AT 02 – 1650 MVA<br />

ASSIS<br />

440/<br />

336 SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

2º banco de autotransformadores<br />

230<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 17 / 530


2.1.2 Região Sul<br />

Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

CAMPOS NOVOS – BLUMENAU C2<br />

525 375 SC Proposta<br />

DEZ/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples, com reator de linha 525 kV –<br />

neste PAR<br />

150 Mvar na SE Blumenau<br />

CASCAVEL OESTE – IVAIPORÃ<br />

circuito simples<br />

525 209 PR Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

Nova instalação<br />

CASCAVEL OESTE-FOZ DO IGUAÇU NORTE<br />

230 120 PR Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (associada à nova conexão da<br />

neste PAR<br />

Copel na SE Foz do Iguaçu Norte)<br />

CAXIAS 5<br />

230 --- RS Proposta<br />

JUL/2004<br />

Nova instalação<br />

setor de 230 kV (nova conexão da RGE)<br />

neste PAR<br />

CAXIAS-CAXIAS 5<br />

230 25 RS Proposta<br />

JUL/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-SANTA MÔNICA<br />

230 25 PR Proposta<br />

JUN/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito duplo, lançamento do 1 o circuito<br />

neste PAR<br />

FOZ DO IGUAÇU NORTE (NOVA)<br />

230 --- PR Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

setor de 230 kV<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 18 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

GRALHA AZUL-D.I. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS<br />

230 31 PR Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito duplo, lançamento do 1 o circuito<br />

neste PAR<br />

IVAIPORÃ – LONDRINA C2<br />

525 120 PR Em análise<br />

DEZ/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

pela Aneel<br />

MACHADINHO – CAMPOS NOVOS C2<br />

circuito simples<br />

SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ C2<br />

circuito simples<br />

525 50,6 SC Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

525 167 PR Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

Nova instalação<br />

Nova instalação<br />

CAMPOS NOVOS<br />

525/<br />

672 SC Proposta<br />

JUN2005<br />

ELETROSUL<br />

substituição do 1 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

neste PAR<br />

de 336 MVA por outro de 672 MVA<br />

CASCAVEL OESTE-GUAÍRA<br />

230 0,1 PR Em análise<br />

JUN/2004<br />

ELETROSUL<br />

recapacitação de trechos em 636 MCM<br />

pela Aneel<br />

CAXIAS<br />

525/<br />

672 RS Proposta<br />

FEV/2005<br />

ELETROSUL<br />

3o banco de autotransformadores<br />

230<br />

neste PAR<br />

CURITIBA<br />

525/<br />

672 PR Proposta<br />

JUN/2004<br />

ELETROSUL<br />

3 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 19 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

CURITIBA<br />

525 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

conexões para o reator 1 – 150 Mvar (na barra) e<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

o reator 2 – 150 Mvar (na linha para Bateias)<br />

GRAVATAÍ<br />

525/<br />

672 RS Proposta<br />

FEV/2005<br />

ELETROSUL<br />

4 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

neste PAR<br />

GUAÍRA-DOURADOS<br />

230 17,1 MS Em análise<br />

JUN/2004<br />

ELETROSUL<br />

recapacitação de trechos em 636 MCM<br />

pela Aneel<br />

JORGE LACERDA B<br />

230 0,8 SC Em análise<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça –<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha<br />

de 230 kV circuito simples, 0,8 km<br />

LONDRINA<br />

525/<br />

672 PR Proposta<br />

JUN/2005<br />

ELETROSUL<br />

3 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

neste PAR<br />

LONDRINA (E)<br />

230 --- PR Proposta<br />

Jun/2004<br />

ELETROSUL<br />

substituição de equipamentos terminais na linha<br />

neste PAR<br />

para Londrina (Copel) (Bobinas de bloqueio)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 20 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

MARINGÁ – ASSIS<br />

230 2x23 PR/SP Em análise<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

circuito duplo, seccionamento na SE Londrina<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

(Eletrosul)<br />

PALHOÇA<br />

230 --- SC Em análise<br />

JUN/2004<br />

ELETROSUL<br />

substituição de equipamento terminal (TC) da<br />

pela Aneel<br />

linha para Jorge Lacerda B<br />

SALTO SANTIAGO – IVAIPORÃ<br />

525 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

substituição de equipamento terminal<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

(seccionadora e disjuntores) em Ivaiporã e Salto<br />

Santiago<br />

SALTO SEGREDO – AREIA<br />

525 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

substituição de equipamento terminal<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

(seccionadora e disjuntores) em Areia<br />

BATEIAS<br />

525/<br />

600 PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

2 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

BATEIAS<br />

230 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

entrada de linha (para Campo Comprido)<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

BATEIAS – CAMPO COMPRIDO<br />

230 17,8 PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

circuito simples, recapacitação<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 21 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

CAMPO COMPRIDO<br />

230 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

entrada de linha (para Bateias)<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

CASCAVEL OESTE<br />

525/<br />

600 PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

2 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

CASCAVEL–CASCAVEL OESTE C3<br />

230 11,3 PR Proposta<br />

JUN/2004<br />

COPEL<br />

circuito duplo, lançamento do 2 o circuito<br />

neste PAR<br />

LONDRINA – IBIPORÃ C2<br />

230 20,3 PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

circuito duplo, lançamento do 2 o circuito<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

LONDRINA (C)<br />

230 --- PR Proposta<br />

Jun/2004<br />

COPEL<br />

substituição de equipamentos terminais na linha<br />

neste PAR<br />

para Londrina (Eletrosul) (Bobinas de bloqueio)<br />

MARINGÁ – APUCARANA<br />

230 2x0,8 PR Proposta<br />

FEV/2005<br />

COPEL<br />

seccionamento na SE Sarandi (associada à nova<br />

neste PAR<br />

conexão da Copel na SE Sarandi)<br />

PILARZINHO –GOV PARIGOT DE SOUZA<br />

230 2x9 PR Proposta<br />

MAI/2005<br />

COPEL<br />

seccionamento na SE Santa Mônica (associada à<br />

neste PAR<br />

nova conexão da Copel na SE Santa Mônica)<br />

PILARZINHO-CAMPO COMPRIDO<br />

230 17,7 PR Proposta<br />

JUN/2004<br />

COPEL<br />

recondutoramento<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 22 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

SANTA MÔNICA (NOVA)<br />

230 --- PR Proposta<br />

MAR/2005<br />

COPEL<br />

setor de 230 kV (nova conexão da Copel)<br />

neste PAR<br />

SARANDI (NOVA)<br />

230 --- PR Proposta<br />

FEV/2005<br />

COPEL<br />

setor de 230 kV (nova conexão da Copel)<br />

neste PAR<br />

UMBARÁ<br />

230 --- PR Em análise<br />

Necessária<br />

COPEL<br />

entrada de linha (para Gralha Azul)<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

ALEGRETE 2<br />

230 --- RS Proposta<br />

JUN/2004<br />

CEEE<br />

entrada de linha (para UTE Uruguaiana)<br />

neste PAR<br />

GRAVATAÍ 2 – PORTO ALEGRE 6<br />

230 30 RS Em análise<br />

Necessária<br />

CEEE<br />

circuito duplo, lançamento do 2 o circuito (C4)<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

PASSO REAL – SANTA MARTA<br />

230 2x0,2 RS Proposta<br />

JUL/2004<br />

CEEE<br />

seccionamento na SE Tapera 2 (associada à nova<br />

neste PAR<br />

conexão da RGE na SE Tapera 2)<br />

SÃO VICENTE<br />

230 --- RS Proposta<br />

JUN/2004<br />

CEEE<br />

setor de 230 kV (adequação)<br />

neste PAR<br />

TAPERA 2 (NOVA)<br />

230 2x83 RS Proposta<br />

JUL/2004<br />

CEEE<br />

Setor de 230 kV (nova conexão da RGE)<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 23 / 530


Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do Sul sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

UTE URUGUAIANA<br />

Entrada de linha (para Alegrete 2)<br />

230 --- RS Proposta<br />

neste PAR<br />

JUN/2004 (*)<br />

(*) Em andamento tratativas para cessão de uso ou doação desta subestação da AES Uruguaiana para a CEEE Transmissão conforme Ofício Aneel SRT n° 006/2002.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 24 / 530


2.1.3 Regiões Sudeste/Centro-Oeste<br />

Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

AIMORÉS – MASCARENHAS C2<br />

230 20 MG Em análise<br />

FEV/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (associada à conexão da UHE<br />

pela Aneel<br />

Aimorés)<br />

CACHOEIRA PAULISTA – SANTA CABEÇA<br />

230 7 SP Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (associada à transformação<br />

neste PAR<br />

500/230 kV na SE Cachoeira Paulista)<br />

COXIPÓ – CUIABÁ C1/C2<br />

circuito duplo<br />

CUIABÁ – RONDONÓPOLIS<br />

circuito simples, com compensação série de 60%<br />

em Rondonópolis (91 Mvar)<br />

230 2x25 MT Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

230 168 MT Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

Nova instalação<br />

Nova instalação<br />

CUIABÁ (NOVA)<br />

500/<br />

750 MT Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

Instalação de SE com 1º banco de<br />

230<br />

pela Aneel<br />

autotransformadores<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 25 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

CUIABÁ – RIBEIRÃOZINHO<br />

500 364 MT Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />

pela Aneel<br />

500 kV – 136 Mvar nas SEs Cuiabá e<br />

Ribeirãozinho<br />

FURNAS – PIMENTA C2<br />

345 66 MG Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

IMBIRUSSÚ (NOVA)<br />

230 --- MS Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

setor de 230 kV (nova conexão da Enersul)<br />

neste PAR<br />

INTERMEDIÁRIA – ITUMBIARA<br />

500 202 GO Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />

pela Aneel<br />

500 kV – 95 Mvar nas SEs Intermediária e<br />

Itumbiara<br />

INTERMEDIÁRIA (NOVA)<br />

500 --- GO Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

SE nova, para seccionamento da LT 500 kV<br />

pela Aneel<br />

Cuiabá - Itumbiara<br />

IRAPÉ – MONTES CLAROS<br />

345 158 MG Proposta<br />

AGO/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (associada à conexão da UHE<br />

neste PAR<br />

Irapé)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 26 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

ITAPETI – NORDESTE C1<br />

345 30 SP Proposta<br />

DEZ/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito duplo, lançamento de um circuito<br />

neste PAR<br />

ITUTINGA – JUIZ DE FORA<br />

345 140 MG Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

MACAÉ – CAMPOS C3<br />

345 90 RJ Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

PORTO PRIMAVERA<br />

440/<br />

450 SP Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

1º banco de autotransformadores e unidade<br />

230<br />

neste PAR<br />

reserva (associada à LT 230 kV Porto Primavera –<br />

Dourados)<br />

PORTO PRIMAVERA – DOURADOS<br />

230 190 SP/MS Proposta<br />

JUN/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

PORTO PRIMAVERA<br />

440/<br />

450 SP Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

2º banco de autotransformadores (associada à LT<br />

230<br />

neste PAR<br />

230 kV Porto Primavera – Imbirussú)<br />

PORTO PRIMAVERA – IMBIRUSSÚ<br />

230 300 SP/MS Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 27 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

RIBEIRÃOZINHO (NOVA)<br />

500/<br />

400 MT/<br />

Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

SE nova com 1º banco de autotransformadores<br />

230<br />

GO<br />

pela Aneel<br />

(associada à LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho –<br />

Intermediária - Itumbiara)<br />

RIBEIRÃOZINHO – BARRA DO PEIXE C1/C2<br />

230 2x3 MT Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito duplo<br />

pela Aneel<br />

RIBEIRÃOZINHO – INTERMEDIÁRIA<br />

500 242 MT/<br />

Em análise<br />

JAN/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (3x954 kcmil), com reator fixo<br />

GO<br />

pela Aneel<br />

500 kV – 95 Mvar nas SEs Ribeirãozinho e<br />

Intermediária<br />

TIJUCO PRETO – ITAPETI C3/C4<br />

345 2x23 SP Proposta<br />

DEZ/2004<br />

Nova instalação<br />

circuito duplo<br />

neste PAR<br />

ADRIANÓPOLIS<br />

500 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Instalação de disjuntores no barramento de<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

500 kV para aumentar a confiabilidade do arranjo<br />

em anel<br />

ADRIANÓPOLIS<br />

345 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

seccionar a barra A e instalar um novo vão de<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

disjuntor completo<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 28 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

ADRIANÓPOLIS<br />

345 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

seccionar a barra B através de instalação de<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

chave seccionadora e proteção de barras<br />

adaptativas<br />

ADRIANÓPOLIS<br />

500 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

“bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

LT Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate<br />

na LT Adrianópolis – Grajaú, formando a LT<br />

Cachoeira Paulista – Grajaú<br />

ADRIANÓPOLIS<br />

500 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

reator manobrável na LT Cachoeira Paulista –<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Grajaú – 136 Mvar (associada ao by-pass em<br />

Adrianópolis para formar a LT Cachoeira Paulista<br />

– Grajaú)<br />

ADRIANÓPOLIS – CAMPOS<br />

345 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

troca de TC, filtro de ondas e chaves<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de<br />

ondas na SE Campos<br />

ANGRA<br />

500 --- RJ Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

reator manobrável de barra de 136 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 29 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

CACHOEIRA PAULISTA<br />

500 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

reator manobrável na linha para Adrianópolis<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

(Grajaú) e chaveável na linha para Angra –<br />

136 Mvar (associada ao by-pass em Adrianópolis<br />

para formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú)<br />

CACHOEIRA PAULISTA<br />

500/<br />

350 SP Proposta<br />

DEZ/2005<br />

FURNAS<br />

banco de autotransformadores (associada à LT<br />

230<br />

neste PAR<br />

230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça)<br />

CAMPINAS<br />

500/<br />

560 SP Em análise<br />

DEZ/2004<br />

FURNAS<br />

2º banco de autotransformadores (associada à LT<br />

345<br />

pela Aneel<br />

Londrina – Assis – Araraquara)<br />

GUARULHOS<br />

345 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

substituição de um disjuntor – na saída para<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

Nordeste (para 50 kA)<br />

IBIÚNA<br />

345 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

instalação de disjuntor e mais uma chave<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

seccionadora de 345 kV nos vãos dos<br />

transformadores ZA900, ZA901 e ZA902<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 30 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

IBIÚNA<br />

345 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

instalação de dois filtros (3º/5º harmônicos) para o<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

elo de corrente contínua<br />

ITUMBIARA<br />

230 --- GO/<br />

Proposta<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

substituição de três disjuntores – nas saídas para<br />

MG<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

Rio Verde, C1 e C2, e de interligação (para 40 kA)<br />

ITUMBIARA<br />

230 --- GO/<br />

Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

bancos de compensação série na LT 230 kV Rio<br />

MG<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Verde - Itumbiara:<br />

• 30% no C1 (33,9 Mvar)<br />

• 70% no C2 (183 Mvar)<br />

ITUMBIARA<br />

345 --- GO/<br />

Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

seccionamento do barramento de 345 kV e<br />

MG<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

instalação de vão de disjuntor completo<br />

L. C. BARRETO<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Instalação de chave seccionadora no vão do<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

disjuntor de interligação de barras<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 31 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

L. C. BARRETO<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs,<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de onda, chaves seccionadoras e<br />

disjuntores) na saída para Volta Grande e vão de<br />

interligação<br />

MARIMBONDO<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

reator manobrável de barra – 100 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

MOGI – ITAPETI<br />

345 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

adequação de equipamento terminal na SE Mogi<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

OURO PRETO 2<br />

345 --- MG Em análise<br />

AGO/2004<br />

FURNAS<br />

reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />

pela Aneel<br />

Vitória - 60 Mvar<br />

PORTO COLÔMBIA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs,<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de onda, chaves seccionadoras e<br />

disjuntores) nas saídas para Itumbiara e Volta<br />

Grande e vão de interligação<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 32 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

RIO VERDE<br />

230 --- MT Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

bancos de compensação série na LT 230 kV Barra<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

do Peixe – Rio Verde:<br />

• 30% no C1 (37,2 Mvar)<br />

• 70% no C2 (216,4 Mvar)<br />

na LT 230 kV Itumbiara – Rio Verde:<br />

• 30% no C1 (34 Mvar)<br />

SAMAMBAIA<br />

500/<br />

1.075 DF Em análise<br />

FEV/2004<br />

FURNAS<br />

3º banco de autotransformadores<br />

345<br />

pela Aneel<br />

SERRA DA MESA<br />

500/<br />

400 GO Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

2º banco de autotransformadores<br />

230<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

1.500 SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

4º banco de autotransformadores<br />

345<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

TIJUCO PRETO<br />

345 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

substituição de seis disjuntores e sete chaves<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

seccionadoras (para 63 kA)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 33 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

--- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Inclusão de alimentação para o compensador<br />

síncrono da SE Tijuco Preto através do terciário<br />

345/<br />

20<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

dos autotransformadores AT5 e/ou AT6<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

--- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Inclusão de alimentação para os bancos de<br />

reatores shunt de terciário 2x180 Mvar – 69 kV<br />

500/<br />

69<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

através do terciário do autotransformador AT2<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

--- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Instalação de sistema de transferência para<br />

substituição da fase reserva dos bancos de<br />

500/<br />

69<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

transformadores AT2 e AT3 – 1.650 MVA,<br />

incluindo enrolamento terciário (banco de reatores<br />

shunt)<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

--- SP Em análise<br />

Necessária<br />

FURNAS<br />

Instalação de sistema de transferência para<br />

substituição da fase reserva dos bancos de<br />

345/<br />

20<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

transformadores AT4, AT5 e AT6 – 1.500 MVA,<br />

incluindo enrolamento terciário (compensador<br />

síncrono)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 34 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

VITÓRIA<br />

345 --- ES Em análise<br />

AGO/2004<br />

FURNAS<br />

reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 -<br />

pela Aneel<br />

Vitória – 60 Mvar<br />

VITÓRIA<br />

345 --- ES Em análise<br />

JUN/2005<br />

FURNAS<br />

transferência do compensador estático de<br />

pela Aneel<br />

Campos para a SE Vitória (associada à instalação<br />

da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória e da UTE<br />

Norte Fluminense)<br />

ITUMBIARA<br />

500 --- GO/<br />

Em análise<br />

Necessária<br />

EXPANSION<br />

reator manobrável na LT 500 kV Itumbiara -<br />

MG<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Samambaia – 136 Mvar<br />

ANASTÁCIO<br />

230 --- MS Proposta<br />

Necessária<br />

ELETROSUL<br />

setor 230 kV (reforma da SE quando da entrada<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

em operação do 2º transformador 230/138 kV)<br />

BARRA DO PEIXE<br />

230 --- MT Em análise<br />

Necessária<br />

ELETRONORTE<br />

ampliação de dois vãos de linha adicionais para a<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

conexão da LT 230 kV Rondonópolis – Rio Verde<br />

C1 a ser seccionada em Barra do Peixe<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 35 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

BARRA DO PEIXE<br />

230 --- MT Em análise<br />

Necessária<br />

ELETRONORTE<br />

bancos de compensação série na LT 230 kV<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Rondonópolis – Barra do Peixe:<br />

• 30% no C1 (35,1Mvar)<br />

• 50% no C2 (119,8 Mvar)<br />

banco de compensação série de 30% na LT<br />

230 kV Rio Verde – Barra do Peixe C1 (37,2 Mvar)<br />

FURNAS<br />

ANHANGÜERA (NOVA)<br />

345/<br />

500 SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

desativação da atual Anhangüera Provisória com<br />

230<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

instalação de novo transformador 345/230 kV na<br />

nova SE Anhangüera 345 kV, conexões 345 kV<br />

para Milton Fornasaro, circuito duplo, e conexões<br />

em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV<br />

Edgard de Souza – Centro C1/C2<br />

APARECIDA<br />

230 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituir 3 seccionadoras de 600 A para maior<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

capacidade no bay para Taubaté<br />

ARARAQUARA<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

reator manobrável de barra – 180 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 36 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

ASSIS<br />

440 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

conexões para o reator RE-2 3x33,33 Mvar<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

ASSIS<br />

230 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

adequação do arranjo da SE de barra principal e<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

transferência para barra dupla a cinco chaves<br />

BAURU<br />

440 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituição das seccionadoras (de 2.000 A para<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

3.000 A) dos travessões dos disjuntores 10524-1<br />

(74, 76, 78, 80, 82 e 84) e 10524-3 (238, 240, 242,<br />

244, 246 e 248)<br />

BAURU<br />

440 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

instalação de medição de corrente nos travessões<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

10524-1 e 10524-3<br />

BAURU<br />

440 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituição das seccionadoras de barra 10529-<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

66 e 10529-68 (de 2.000 A para 3.000 A)<br />

CABREÚVA<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

instalação de bay de interligação de barra (Obra<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

associada à instalação do 2º banco de<br />

autotransformadores 440/138 kV)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 37 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

EDGARD DE SOUZA<br />

230 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituição de 3 disjuntores (Obra associada à<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

instalação do 3º banco de autotransformadores<br />

440/230 kV – 750 MVA da SE Cabreúva)<br />

EDGARD DE SOUZA<br />

230 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

instalar by-pass nos bays das linhas e dos trafos<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

EMBU GUAÇU – BAURU C1/C2<br />

440 2x1,6 SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

(SECCIONAMENTO SE OESTE)<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

construção de dois trechos (4x636 MCM) para<br />

efetuar o seccionamento dos dois circuitos da LT<br />

Bauru - Embu Guaçu na SE Oeste (incluindo dois<br />

bays em 440 kV na SE Oeste)<br />

ILHA SOLTEIRA<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituição de disjuntores nos circuitos 1 e 2 da<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

LT para Araraquara<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 38 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

ILHA SOLTEIRA<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

implantação de sistema de comunicação óptica<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

para permitir “transfer trip” direto para alívio de<br />

carga no transformador 500/440 kV da SE Água<br />

Vermelha<br />

ILHA SOLTEIRA<br />

440 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

Instalação do terceiro disjuntor de interligações de<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

barras<br />

INTERLAGOS<br />

230 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

substituição de disjuntores e equipamentos de 2<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

bays (Obra associada à 2ª fase da UTE<br />

Piratininga)<br />

INTERLAGOS<br />

230 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

adequação do arranjo da SE de barra principal e<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

transferência para barra dupla a cinco chaves<br />

(coincidente com a implantação do 2º banco de<br />

transformadores 345/230 kV)<br />

ITAPETI<br />

substituição de disjuntores e equipamentos de 8<br />

bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti<br />

C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1)<br />

345 --- SP Proposta<br />

neste PAR<br />

2004 CTEEP<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 39 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

JUPIÁ<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

troca de disjuntores nos bays para Taquaruçu,<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Três Irmãos e paralelo<br />

SANTO ÂNGELO<br />

substituição de disjuntores e equipamentos de 8<br />

bays (associada às LTs Tijuco Preto – Itapeti<br />

C3/C4 e Itapeti/Nordeste C1)<br />

345 --- SP Proposta<br />

neste PAR<br />

2004 CTEEP<br />

SUMARÉ<br />

440 --- SP Em análise<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

reator manobrável de barra de 90 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

XAVANTES<br />

345 --- SP Proposta<br />

Necessária<br />

CTEEP<br />

Instalação do segundo disjuntor nos bays da LT<br />

neste PAR<br />

atualmente<br />

345 kV Xavantes – Interlagos<br />

BARBACENA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de onda) na saída para Pimenta<br />

EMBORCAÇÃO<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

conexão para reator da LT 500 kV Emborcação –<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

São Gotardo 2 – 91 Mvar<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 40 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

JAGUARA<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

instalação de três disjuntores para conexão dos<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

trafos T11 e T12 – 500/345 kV às barras 1 e 2<br />

(instalação de uma seção – configuração disjuntor<br />

e meio)<br />

JAGUARA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

Instalação de vão de disjuntor de barra<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

JAGUARA<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

conexões para os reatores das LTs 500 kV<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do<br />

Pará – 2x91 Mvar<br />

JAGUARA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de ondas) nas saídas para Volta Grande,<br />

Luiz Carlos Barreto e Pimenta<br />

NEVES<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

transposição física de vão de linha e de<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

transformador<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 41 / 530


Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

TRANSMISSORA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

OURO PRETO 2<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

conexão para reator da LT 500 kV Ouro Preto 2 –<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

São Gonçalo do Pará – 91 Mvar<br />

PIMENTA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

Instalação de vão de disjuntor de barra<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

PIMENTA<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de onda) nas saídas para Barreiro,<br />

Barbacena<br />

SÃO GOTARDO 2<br />

500 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

reator manobrável de barra – 91 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

VOLTA GRANDE<br />

345 --- MG Em análise<br />

Necessária<br />

CEMIG<br />

substituição de equipamentos terminais (TCs e<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

filtros de onda) nas saídas para Jaguara, Luiz<br />

Carlos Barreto e Porto Colômbia<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 42 / 530


2.1.4 Regiões Norte/Nordeste<br />

Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

CONCESSIONÁRIA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

MILAGRES – COREMAS C2<br />

230 120 CE/PB Proposta<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples<br />

neste PAR<br />

MILAGRES – TAUÁ<br />

230 200 CE Em análise<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

circuito simples (associada à conexão da Coelce<br />

pela Aneel<br />

na SE Tauá)<br />

SAPEAÇU – CAMAÇARI II<br />

circuito simples<br />

500 102 BA Em licitação Necessária<br />

atualmente<br />

Nova instalação<br />

TAUÁ (NOVA)<br />

230 -- CE Em análise<br />

DEZ/2005<br />

Nova instalação<br />

setor de 230 kV (associado à nova conexão da<br />

pela Aneel<br />

Coelce)<br />

TERESINA II – SOBRAL III – FORTALEZA II C2<br />

500 581 PI/CE Em licitação JUN/2005 Nova instalação<br />

circuito simples<br />

TUCURUÍ - VILA DO CONDE C3<br />

500 329 PA Proposta<br />

DEZ/2006<br />

Nova instalação<br />

circuito simples, com reator 180 Mvar<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 43 / 530


Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

CONCESSIONÁRIA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

MARABÁ<br />

500/<br />

450 PA Em análise<br />

Necessária<br />

ELETRONORTE<br />

2 o banco de autotransformadores<br />

230<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

TERESINA – PERITORÓ<br />

230 78 MA Em análise<br />

Necessária<br />

ELETRONORTE<br />

circuito simples seccionamento na SE Coelho<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Neto (construção de 78 km de LT 230 kV)<br />

ANGELIM II<br />

500 --- PE Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

reator manobrável de barra - 150 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

BOA ESPERANÇA<br />

500 --- PI Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

Instalação de uma interligação de barra<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

BOA ESPERANÇA<br />

500 --- PI Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

reencabeçamento da LT Presidente Dutra para o<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

vão do reator de barra<br />

CAMPINA GRANDE II<br />

230 --- PB Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

substituição dos pára-raios das linhas 04V1,<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

04V2, 04L3, 04F6 e 04F7<br />

CAMPINA GRANDE II<br />

230 --- PB Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

reator manobrável de barra - 30 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 44 / 530


Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

CONCESSIONÁRIA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

FORTALEZA I<br />

230 --- CE Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

substituição de um disjuntor na posição 14H1 de<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

manobra de banco de capacitores de 50 Mvar<br />

FORTALEZA II<br />

500/<br />

600 CE Proposta<br />

JUN/2005<br />

CHESF<br />

3 o banco de autotransformadores (associado à LT<br />

230<br />

neste PAR<br />

500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2)<br />

FORTALEZA II<br />

500 --- CE Proposta<br />

JUN/2005<br />

CHESF<br />

complementar bay 500 kV – AT 1<br />

neste PAR<br />

FORTALEZA II – FORTALEZA C3<br />

230 0,3 CE Proposta<br />

JUN/2005<br />

CHESF<br />

circuito simples (associada ao 3º banco de<br />

neste PAR<br />

autotransformadores 500/230 kV da SE<br />

Fortaleza II)<br />

MESSIAS<br />

500/<br />

--- AL Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

fechamento do “delta” do banco de<br />

autotransformadores 05T3<br />

230/<br />

13,8<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

MESSIAS<br />

500 --- AL Proposta<br />

DEZ/2004<br />

CHESF<br />

complementar bays 500 kV ATs 2 e 3<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 45 / 530


Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

CONCESSIONÁRIA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

MIRUEIRA<br />

230 --- PE Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

instalação de uma entrada de linha na saída para<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

Pau Ferro<br />

MOSSORÓ II – AÇU II<br />

230 75 RN Em análise<br />

JUN/2004<br />

CHESF<br />

recapacitação (de 235 MVA para 300 MVA)<br />

pela Aneel<br />

(associada à UTE Termoaçu)<br />

NARANDIBA (NOVA)<br />

230 --- BA Proposta<br />

NOV/2005<br />

CHESF<br />

setor de 230 kV com 2 entradas de linha para<br />

neste PAR<br />

Pituaçu (associado à nova conexão da Coelba)<br />

NATAL II<br />

230 --- RN Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

substituição dos pára-raios dos transformadores<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

04T1, 04T2 e 04T3 e das LTs 04V2 e 04V3<br />

NATAL II<br />

230 --- RN Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

relocação do reator de barra - 10 Mvar para uma<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

das linhas para Campina Grande (04V3 ou 04V4)<br />

NATAL II<br />

230 --- RN Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

reator manobrável de barra - 30 Mvar<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 46 / 530


Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a concessão equacionada (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

CONCESSIONÁRIA<br />

PROPRIETÁRIA<br />

DA INSTALAÇÃO<br />

PAULO AF<strong>ONS</strong>O IV<br />

500 --- BA Em análise<br />

Necessária<br />

CHESF<br />

reencabeçamento da LT Luiz Gonzaga para o vão<br />

pela Aneel<br />

atualmente<br />

do gerador 2, conectando o autotransformador T8<br />

à saída do vão do gerador 1<br />

PITUAÇU<br />

230 --- BA Proposta<br />

NOV/2005<br />

CHESF<br />

2 entradas de linha em 230 kV para Narandiba<br />

neste PAR<br />

(associado à nova conexão da Coelba)<br />

PITUAÇU – NARANDIBA C2<br />

230 4 BA Proposta<br />

NOV/2005<br />

CHESF<br />

lançamento do 2 o circuito (o circuito C1 é<br />

neste PAR<br />

existente e opera atualmente em 69 kV)<br />

RECIFE II<br />

230 --- PE Proposta<br />

DEZ/2004<br />

CHESF<br />

instalar TP, TC, e proteção própria para<br />

neste PAR<br />

disjuntores de acoplamento de Barras.<br />

SOBRAL III<br />

500 --- CE Proposta<br />

DEZ/2004<br />

CHESF<br />

complementar bay 500 kV da LT Sobral III/<br />

neste PAR<br />

Teresina II<br />

TERESINA II<br />

500 --- PI Proposta<br />

DEZ/2004<br />

CHESF<br />

complementar bay 500 kV do AT - 2<br />

neste PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 47 / 530


2.2 Resumo da Proposta de Ampliações e Reforços na Rede Básica Necessários<br />

até 2006<br />

As tabelas deste item resumem os acréscimos de linhas de transmissão e de<br />

capacidade de transformação resultante da proposta de ampliações e reforços<br />

apresentada neste PAR 2004/2006, conforme descrito no item 2.1. Nesse resumo,<br />

são contempladas também as instalações cuja concessão já foi equacionada, por<br />

meio de autorização ou de licitação, e que estão relacionadas no item 6.3 deste<br />

documento.<br />

Em função de seu objetivo, as tabelas aqui apresentadas distinguem-se daquelas<br />

dos itens anteriores por considerarem como referência de data não mais a “data de<br />

necessidade”, mas a data limite de entrada em operação constante do ato<br />

autorizativo, do CPST, dos editais de licitação ou, no caso de nenhum destes<br />

existir, a data considerada como passível da obra ser concluída. Para os<br />

empreendimentos relacionados no Programa de Licitação da Concessão de Linhas<br />

de Transmissão da Aneel, o ofício n° 038/2003-SCT/Aneel estima que o prazo para<br />

implantação de uma linha de transmissão pode variar de 24 a 36 meses, a partir<br />

da publicação do edital de licitação. Esses prazos são derivados da experiência<br />

obtida com os processos licitatórios já realizados pela Aneel.<br />

Para as instalações ainda não contempladas no Programa de Licitação da<br />

Concessão de Linhas de Transmissão da Aneel, na avaliação da data provável de<br />

entrada em operação, além desses prazos, foi acrescentado ainda o intervalo<br />

correspondente à preparação do edital de licitação, aqui estimado em 6 meses.<br />

No caso de reforços em transformação ainda não autorizados, supôs-se um prazo<br />

de 24 meses para a entrada em operação após o ato autorizativo.<br />

2.2.1 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Previstos no<br />

PAR 2004-2006 (relação completa)<br />

As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços propostos para o período<br />

2004 a 2006, na forma de acréscimos de quilômetros de linha de transmissão e<br />

de MVA de transformadores. Os empreendimentos previstos para 2003 foram<br />

também contabilizados. Os números apresentados refletem o conjunto união das<br />

ampliações e reforços relacionados nos itens 2.1 - empreendimentos ainda sem<br />

concessão - e 6.3 - obras em curso, já autorizadas ou licitadas.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 48 / 530


Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão – Relação Completa<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005<br />

TOTAL<br />

500 1 427 495 148 210 180 808 401 200 667 761 517 831 5.646<br />

440 3 3<br />

345 26 370 238 342 976<br />

230 145 699 602 120 720 137 434 284 500 162 320 4.123<br />

TOTAL 145 700 1.029 615 894 717 852 1.153 685 700 829 320 761 517 831 10.748<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão – Relação Completa<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005<br />

TOTAL<br />

500 1 3 2 1 1 1 1 1 1 3 3 2 4 24<br />

440 2 2<br />

345 1 1 4 5 11<br />

230 3 6 18 1 2 1 7 6 3 6 2 55<br />

TOTAL 3 7 21 3 4 3 12 8 7 4 9 2 3 2 4 92<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 49 / 530


Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação Completa<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2003 2005 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006 2004 2005<br />

TOTAL<br />

750 1.650 1.500 1.650 4.800<br />

500 672 4.224 560 400 3.160 1.200 1.050 600 1.500 13.366<br />

440 750 450 336 1.536<br />

345 500 500 1.000<br />

230 300 90 39 200 629<br />

TOTAL 672 4.224 2.510 1.650 5.610 90 1.239 1.250 600 1.650 1.836 21.331<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de Transformadores na Rede Básica – Relação Completa<br />

Tensão SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2003 2005 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006 2004 2005<br />

TOTAL<br />

750 1 1 1 3<br />

500 1 7 1 1 5 2 2 1 1 21<br />

440 1 1 1 3<br />

345 1 1 2<br />

230 1 2 1 2 6<br />

TOTAL 1 7 3 3 8 2 3 4 1 1 2 35<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 50 / 530


2.2.2 Quantitativos de Linhas de Transmissão e Transformadores Propostos no<br />

Par 2004-2006 que ainda não foram Equacionados junto à Aneel<br />

As tabelas a seguir resumem as ampliações e os reforços, propostos para o período<br />

2004 a 2006, ainda sem concessão.<br />

Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel<br />

Acréscimo em km na Rede Básica<br />

Tensão SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005<br />

TOTAL<br />

500 427 495 808 667 367 2.764<br />

440 3 3<br />

345 188 342 530<br />

230 562 120 434 112 320 1548<br />

TOTAL 989 615 622 1153 779 320 367 4.845<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel<br />

Acréscimo em Número de Linhas de Transmissão<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005<br />

TOTAL<br />

500 3 2 1 3 2 11<br />

440 2 2<br />

345 2 5 7<br />

230 16 1 7 4 2 30<br />

TOTAL 19 3 9 8 7 2 2 50<br />

INT. - Interligações inter-regionais<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 51 / 530


Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação ainda não Equacionada pela Aneel<br />

Acréscimo em MVA na Rede Básica<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2005 2005 2005 2006 2005<br />

TOTAL<br />

750 1.500 1.500<br />

500 4.224 3.160 1.050 600 1.500 10.534<br />

440 450 336 786<br />

345 500 500<br />

TOTAL 4.224 5.610 1.050 600 1.836 13.320<br />

(*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador<br />

Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores ainda não Equacionados pela Aneel<br />

Acréscimo do número de transformadores na Rede Básica<br />

Tensão<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

kV 2005 2005 2005 2006 2005<br />

TOTAL<br />

750 1 1<br />

500 7 5 2 1 1 16<br />

440 1 1 2<br />

345 1 1<br />

TOTAL 7 8 2 1 2 20<br />

(*) Refere-se à tensão do lado de alta do transformador<br />

2.2.3 Estimativa de Investimento Associado às Ampliações e aos Reforços<br />

Propostos<br />

As tabelas 2.2.3-1 e 2.2.3-2, apresentadas a seguir, indicam uma estimativa<br />

preliminar do montante de investimento associado às obras propostas neste PAR.<br />

Os valores foram calculados tendo por base o documento “Referência de Custos –<br />

LTs e SEs de AT e EAT”, emitido pela ELETROBRAS, em Junho de 1999.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 52 / 530


Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em Milhões R$)<br />

Tensão<br />

kV<br />

LT/SE<br />

SUL SE/CO N/NE INTERLIGAÇÃO<br />

2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 TOTAL<br />

750 SE 34,7 39,9 35,0 109,6<br />

LT 9,3 161,1 173,5 55,5 75,0 65,6 262,8 100,8 71,8 236,4 401,8 273,0 369,3 2.255,9<br />

500<br />

SE 27,9 36,4 129,5 74,7 94,4 198,9 45,0 89,1 47,3 19,3 27,3 12,3 802,1<br />

Total 27,9 45,7 290,6 173,5 130,2 169,4 264,5 262,8 145,8 160,9 283,7 19,3 401,8 273,0 396,6 12,3 3.058,0<br />

LT 10,1 10,1<br />

440<br />

SE 4,1 33,1 40,4 9,0 16,3 102,9<br />

Total 4,1 33,1 40,4 19,1 16,3 113,0<br />

LT 2,9 87,8 70,6 98,5 259,8<br />

345<br />

SE 17,4 48,0 65,4<br />

Total 2,9 105,2 118,6 98,5 325,2<br />

LT 27,3 140,9 112,1 20,1 91,7 22,4 77,0 50,1 81,6 35,7 50,9 709,8<br />

230<br />

SE 12,2 46,6 36,6 5,1 27,6 33,8 90,0 10,2 62,1 43,5 10,2 377,9<br />

Total 39,5 187,5 148,7 25,2 119,3 56,2 167,0 60,3 143,7 79,2 61,1 1.087,7<br />

LT 27,3 150,2 273,2 193,6 150,1 185,2 213,2 371,4 150,9 153,4 272,1 50,9 401,8 273,0 369,3 3235,6<br />

TOTAL<br />

SE 40,1 83,0 166,1 5,1 141,1 178,7 417,2 9,0 55,2 151,2 90,8 29,5 35,0 43,6 12,3 1.457,9<br />

Global 67,4 233,2 439,3 198,7 291,2 363,9 630,4 380,4 206,1 304,6 362,9 80,4 401,8 308,0 412,9 12,3 4.693,5<br />

Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 53 / 530


Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda não foi Equacionada (Valores em Milhões R$)<br />

Tensão<br />

kV<br />

LT/SE<br />

SUL SE/CO N/NE INT<br />

2004 2005 2006 2004 2005 2006 2004 2005 2006 2005 2006<br />

TOTAL<br />

750 SE 39,9 39,9<br />

LT 161,1 173,5 262,7 236,4 124,3 958,0<br />

500<br />

SE 8,2 129,5 16,3 198,9 1,9 47,3 19,3 27,4 12,3 461,1<br />

Total 8,2 290,6 173,5 16,3 198,9 262,7 1,9 283,7 19,3 151,7 12,3 1.419,1<br />

LT 10,1 10,1<br />

440<br />

SE 10,0 40,4 9,1 16,3 75,8<br />

Total 10,0 40,4 19,2 16,3 85,9<br />

LT 55,0 98,5 153,5<br />

345<br />

SE 27,4 27,4<br />

Total 82,4 98,5 180,9<br />

LT 98,8 20,1 77,0 26,1 50,9 272,9<br />

230<br />

SE 18,2 24,4 5,1 4,0 90,0 2,0 21,7 10,2 175,6<br />

Total 18,2 123,2 25,2 4,0 167,0 2,0 47,8 61,1 448,5<br />

LT 259,9 193,6 132,0 371,3 262,5 50,9 124,3 1.394,5<br />

TOTAL<br />

SE 26,4 153,9 5,1 30,3 396,6 9,1 3,9 69,0 29,5 43,7 12,3 779,8<br />

Global 26,4 413,8 198,7 30,3 528,6 380,4 3,9 331,5 80,4 168,0 12,3 2.174,3<br />

Valores de custo referidos a junho/99 – Taxa de câmbio 1US$=1,76 R$<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 54 / 530


3 Síntese das Condições de Atendimento do Sistema Interligado<br />

Nacional – Horizonte 2006<br />

3.1 Introdução<br />

Neste item são apresentadas, de maneira sucinta, as condições operativas do<br />

Sistema Interligado Nacional, em regime normal e de emergência, visualizadas no<br />

período 2004 a 2006. Compondo o painel sobre o desempenho esperado do<br />

sistema, são explicitadas as possíveis restrições de transmissão antevistas, o que<br />

dá fundamentação ao programa de obras proposto no item 2 deste documento.<br />

Além da implementação das ampliações e reforços propostos neste PAR 2004-<br />

2006, as análises desenvolvidas identificaram a necessidade de que sejam<br />

empreendidas ações complementares, de modo que as condições desejadas de<br />

desempenho da Rede Básica sejam alcançadas no período até 2006. Essas ações<br />

envolvem, principalmente, a definição da outorga de concessão para novas<br />

instalações da Rede Básica e a execução de estudos complementares para a<br />

definição de soluções de natureza conjuntural e/ou estrutural, que, na visão do<br />

<strong>ONS</strong>, devem ser conduzidas por diversos Agentes. As ações complementares estão<br />

relacionadas na descrição de cada Área.<br />

A avaliação do desempenho elétrico do SIN foi realizada com base nos seguintes<br />

parâmetros de controle:<br />

• estabilidade;<br />

• controle de tensão;<br />

• carregamento de linhas de transmissão, transformadores e outros<br />

equipamentos;<br />

• circuitos ou equipamentos singelos;<br />

• superação da capacidade de interrupção de disjuntores; e<br />

• geração térmica.<br />

São destacadas, ainda, as situações visualizadas na fronteira da Rede Básica com<br />

a Rede de Distribuição, em que não são observados os critérios adotados na<br />

análise da Rede Básica. Também são incluídos os resultados preliminares da<br />

avaliação do impacto de contingências duplas no SIN. As observações relativas ao<br />

comportamento do SIN frente a contingências múltiplas têm por base os estudos<br />

realizados no âmbito da Atividade I dos Estudos para Melhoria das Condições de<br />

Segurança do Sistema Interligado Nacional – SIN, desenvolvida após a ocorrência<br />

de 21 de janeiro de 2002. Informações detalhadas sobre as análises efetuadas<br />

poderão ser encontradas nos documentos [14], [15], [16], [17], [18] e [19].<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 55 / 530


3.2 Observações de Caráter Geral<br />

<br />

Locais Atendidos por Circuitos Singelos Radiais<br />

Cumprindo determinação do Conselho de Administração do <strong>ONS</strong>, estabelecida em<br />

2002 quando da apreciação do PAR 2003-2005, o <strong>ONS</strong>, o CCPE e os Agentes<br />

diretamente envolvidos, vêm desenvolvendo uma série de ações visando propor<br />

alternativas para a evolução do sistema da Rede Básica nos locais atualmente<br />

atendidos por meio de circuitos radiais singelos.<br />

Dentre as ações realizadas destacam-se as reuniões realizadas em 11/12/2002 e<br />

13/03/2003 cujo objetivo foi nivelar entendimento quanto aos procedimentos e<br />

critérios adotados nos estudos de planejamento da expansão, analisar os<br />

indicadores de continuidade da Rede Básica - apurados pelo <strong>ONS</strong> a partir de<br />

determinação da Aneel - vis a vis os indicadores de continuidade observados na<br />

Rede de Distribuição, bem como estabelecer a forma de trabalho do grupo.<br />

Dessas reuniões, que contaram com a presença de representantes da Coelba,<br />

Ceal, Cepisa, Cemar, Celpa, Coelce, Chesf, Eletronorte, além do CCPE – Núcleos<br />

de Articulação regional Norte e Nordeste, foi elaborado uma minuta do termo de<br />

referência das análises, consolidado no documento “Alternativas para Atendimento<br />

aos Sistemas Radiais” [3]. Deverá ser também dada seqüência a esse trabalho<br />

contemplando as demais Regiões. O trabalho a ser realizado tem por objetivo<br />

caracterizar a melhor solução para que o critério (N-1) passe a ser atendido nesses<br />

locais, levando em consideração também os Padrões de Qualidade definidos no<br />

Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, Padrões de Desempenho da Rede Básica e<br />

Requisitos Mínimos para suas Instalações, bem como a Resolução da Aneel nº 024<br />

de 27/01/2000. Serão destacadas as obras de geração com influência sobre o<br />

atendimento aos locais em questão e avaliadas alternativas de expansão,<br />

contemplando reforços na Rede de Distribuição e na Rede Básica. A versão final do<br />

termo de referência deverá ser emitida até junho deste ano, prevendo-se a<br />

conclusão dos dois primeiros estudos ainda em 2003.<br />

Na Tabela 3.2-1, a seguir, são relacionados os locais atendidos por meio de<br />

circuitos radiais singelos que estão sendo tratados nessa atividade conjunta<br />

<strong>ONS</strong>/CCPE/Agentes.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 56 / 530


Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de Circuitos Radiais Singelos<br />

SUBESTAÇÕES LINHA DE TRANSMISSÃO UF<br />

Altamira, Transamazônica<br />

e Rurópolis<br />

LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica –<br />

Rurópolis (Sistema Tramoeste)<br />

PA<br />

Porto Franco LT 230 kV Imperatriz – Porto Franco MA<br />

Coelho Neto (1)<br />

LT 230 kV Teresina – Peritoró (Derivação Coelho<br />

Neto).<br />

MA<br />

Picos LT 230 kV São João do Piauí – Picos PI<br />

Tauá (SE nova) (1) LT 230 kV Milagres – Tauá CE<br />

Coremas (1) LT 230 kV Milagres – Coremas C2 PB<br />

Penedo LT 230 kV Rio Largo II – Penedo AL<br />

Brumado II LT 230 kV Funil – Brumado II BA<br />

Barreiras LT 230 kV Bom Jesus da Lapa – Barreiras BA<br />

Sinop, Sorriso, Lucas do<br />

Rio Verde e Nova Mutum.<br />

LT 230 kV Nobres – Nova Mutum – Lucas do Rio<br />

Verde – Sorriso – Sinop<br />

MT<br />

Itapaci LT 230 kV Barro Alto – Itapaci GO<br />

Palmeiras e Firminópolis LT 230 kV Anhanguera – Palmeiras – Firminópolis GO<br />

Parnaíba LT 230 kV Itumbiara – Paranaíba GO<br />

Montes Claros (1) LT 345 kV Várzea da Palma – Montes Claros MG<br />

Garibaldi LT 230 kV Farroupilha – Garibaldi RS<br />

Obs.: (1) Locais para os quais há solução estrutural indicada em estudos de planejamento de longo prazo<br />

<br />

Avaliação dos níveis de curto-circuito<br />

Visando antecipar a necessidade de substituição de disjuntores devido à superação<br />

da capacidade de interrupção, o <strong>ONS</strong> desenvolveu estudos de curto-circuito para o<br />

SIN, abrangendo o período 2002 a 2005. Nesses estudos, consolidados no relatório<br />

<strong>ONS</strong> RE 03/343/2002, “Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005” [4], foram<br />

avaliados os níveis de curto-circuito e identificadas as barras do Sistema Interligado<br />

Nacional com possíveis problemas de superação de disjuntores.<br />

De acordo com as investigações descritas em [4], foi identificado um total de 62<br />

barramentos do SIN que apresentam potenciais problemas quanto à capacidade de<br />

interrupção simétrica dos disjuntores. Desse total, 34 correspondem a barramentos<br />

com tensão igual ou superior a 230 kV e 28 a barramentos com tensão abaixo de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 57 / 530


230 kV. Na obtenção desses resultados, foram observados os seguintes critérios e<br />

procedimentos:<br />

• para uma instalação onde existem diversos disjuntores com capacidades de<br />

interrupção simétrica diferentes, para efeito da primeira verificação, ou seja,<br />

curto-circuito na barra, considerou-se como capacidade de interrupção da<br />

instalação aquela capacidade de menor valor;<br />

• considerou-se a rede simulada com a sua configuração completa, isto é, com<br />

todos seus componentes em operação;<br />

• foi analisada apenas a possível superação da capacidade de interrupção de<br />

disjuntores. Outros equipamentos não foram avaliados;<br />

• foram monitorados todos os barramentos constantes da Rede Básica. Além<br />

disso, foram também calculados os valores para os níveis de tensão abaixo<br />

de 230 kV quando existia um transformador definido como Rede Básica e<br />

diretamente conectado a esta rede. Não foram monitoradas as barras dos<br />

geradores e compensadores síncronos e estáticos; e<br />

• foi analisado o horizonte 2002-2005 com configuração proposta no PAR<br />

2003-2005. Deste modo, apesar do período não estar compatível com o ciclo<br />

em estudo, os resultados permitem, com uma certa antecedência, que as<br />

iniciativas para substituição de disjuntores superados sejam encaminhadas.<br />

A tabela 3.2-2, a seguir, apresenta esses resultados iniciais, sendo:<br />

• Alerta: situações em que o nível de curto-circuito calculado foi igual ou<br />

superior a 90%, e inferior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do<br />

menor disjuntor na subestação.<br />

• Superação: situações em que o nível de curto-circuito obtido foi igual ou<br />

superior a 100% da capacidade de interrupção simétrica do menor disjuntor<br />

na subestação.<br />

Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores<br />

Subestação Empresa Tensão<br />

Alerta<br />

Ano<br />

Superação<br />

Cidade Industrial CEEE 230 kV 2003 2004<br />

Barbacena 2 CEMIG 138 kV - Já ocorre<br />

Jaguara CEMIG 345 kV - Já ocorre<br />

Juiz de Fora 1 CEMIG 138 kV 2004 2005<br />

Lafaiete CEMIG 138 kV - Já ocorre<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 58 / 530


Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.)<br />

Subestação Empresa Tensão<br />

Alerta<br />

Ano<br />

Superação<br />

Neves CEMIG 138 kV 2004 -<br />

Angelim CHESF 230 kV 2003 2004<br />

Gov. Mangabeira CHESF 230 kV 2005 -<br />

Campo Comprido COPEL 230 kV 2004 -<br />

Campo Comprido COPEL 69 kV - Já ocorre<br />

Cascavel COPEL 138 kV 2005 -<br />

Pilarzinho COPEL 69 kV Já ocorre 2003<br />

Uberaba COPEL 69 kV - Já ocorre<br />

Umbará COPEL 69 kV 2003 2004<br />

Baixada Santista CTEEP 230 kV 2003 -<br />

Baixada Santista A CTEEP 88 kV Já ocorre 2003<br />

Botucatu CTEEP 138 kV Já ocorre 2003<br />

Cabreúva CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />

Cabreúva CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />

Edgard de Souza CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />

Embu Guaçu CTEEP 345 kV Já ocorre 2004<br />

Ilha Solteira CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />

Interlagos CTEEP 230 kV Já ocorre 2003<br />

Jupiá CTEEP 138 kV - Já ocorre<br />

Jupiá CTEEP 440 kV Já ocorre -<br />

Milton Fornasaro CTEEP 345 kV 2004 -<br />

Mogi CTEEP 230 kV Já ocorre -<br />

Oeste CTEEP 88 kV 2003 -<br />

Piratininga CTEEP 88 kV - Já ocorre<br />

Pirituba CTEEP 88 kV Já ocorre -<br />

S. J. dos Campos CTEEP 230 kV Já ocorre -<br />

Santa Bárbara CTEEP 138 kV - Já ocorre<br />

Santo Ângelo CTEEP 345 kV 2003 -<br />

Xavantes CTEEP 345 kV 2004 -<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 59 / 530


Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores (cont.)<br />

Subestação Empresa Tensão<br />

Alerta<br />

Ano<br />

Superação<br />

Blumenau ELETROSUL 138 kV 2003 -<br />

Joinville ELETROSUL 138 kV Já ocorre -<br />

Joinville ELETROSUL 69 kV - Já ocorre<br />

Jorge Lacerda A ELETROSUL 69 kV 2004 -<br />

Henry Borden EMAE 230 kV 2003 -<br />

Henry Borden EMAE 88 kV - Já ocorre<br />

Adrianópolis FURNAS 345 kV 2004 -<br />

Brasília Sul FURNAS 138 kV - Já ocorre<br />

Campos FURNAS 138 kV - Já ocorre<br />

Furnas FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />

Guarulhos FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />

Itumbiara FURNAS 230 kV - Já ocorre<br />

Itumbiara FURNAS 345 kV 2003 -<br />

Jacarepaguá FURNAS 138 kV Já ocorre 2003<br />

Luiz C. Barreto FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />

M. Moraes FURNAS 138 kV Já ocorre -<br />

Mogi das Cruzes FURNAS 345 kV Já ocorre 2004<br />

Poços de Calda FURNAS 345 kV Já ocorre 2004<br />

Tijuco Preto FURNAS 345 kV - Já ocorre<br />

Pitanga ESCELSA 138 kV - Já ocorre<br />

Obs: (1) Existe superação atualmente de disjuntores de 40 kA. A avaliação considerou a capacidade informada de 50 kA.<br />

A partir desse levantamento preliminar, estão sendo iniciados estudos detalhados<br />

em conjunto com as transmissoras envolvidas, para cada subestação nas quais<br />

foram visualizados possíveis casos de superação, visando caracterizar os<br />

disjuntores que deverão ser substituídos no horizonte do PAR. Os primeiros<br />

resultados dessas análises, apresentados no relatório “Estudos de Curto-Circuito -<br />

Superação de Disjuntores” [23], já foram incluídos neste PAR e são destacados ao<br />

longo deste item 3. À medida que novas conclusões forem sendo consolidadas,<br />

contemplando recomendações de substituição de equipamentos, estas serão<br />

informadas à Aneel e incorporadas aos próximos ciclos do PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 60 / 530


Campos Novos<br />

Subestação<br />

Lagoa dos Patos<br />

<br />

Usina Hidroelétrica<br />

Usina Termelétrica<br />

Usina Eólica<br />

Conversora de Frequência<br />

EXISTENTE<br />

FUTURO<br />

LT 765 kV<br />

Lagoa Mirim<br />

LT 600 kV CC<br />

LT 525 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 61 / 530


3.3 Região Sul<br />

3.3.1 Sistema Regional Sul de 525 kV<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

O sistema de 525 kV da Região Sul constitui o meio de conexão entre as usinas<br />

hidrelétricas do Rio Iguaçu e do Rio Uruguai e os maiores centros de carga dos Estados do<br />

Sul, que são atendidos por subestações de 525/230 kV, a partir das quais se desenvolve<br />

extensa rede de 230 kV. Além do atendimento ao mercado regional, esta malha de EAT<br />

serve também à otimização energética. Das usinas do Iguaçu, essa malha conecta-se na<br />

subestação de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, principal elo de interligação com a<br />

Região Sudeste, que foi expandida recentemente com a nova linha de 500 kV entre<br />

Bateias e Ibiúna. Na subestação de Itá conecta-se com as usinas do rio Uruguai e com a<br />

Interligação Internacional com a Argentina de Garabi.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Região Sul<br />

A tabela 3.3.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na Região Sul no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Região Sul (1)<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

(MW)<br />

Demanda Máxima Anual<br />

(MW)<br />

13.442 13.592 13.942 15.686<br />

9.575 9.902 10.535 11.102<br />

(1) não incluídas pequenas gerações, não incluído Mato Grosso do Sul<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação do Sistema Regional Sul de 525 kV.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Baixo perfil de tensão na barra de 525 kV da SE Londrina<br />

A indisponibilidade da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina na carga pesada causa<br />

afundamento de tensão nas subestações de 230 kV da área de influência da<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 62 / 530


SE Londrina 525/230 kV, que chega a níveis inferiores a 90% desde 2004,<br />

nos dois sentidos de intercâmbio. Esse problema persiste até a duplicação<br />

da LT 525 kV Ivaiporã – Londrina, cuja concessão está em análise pela<br />

Aneel.<br />

• Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV de Blumenau e Curitiba<br />

Há degradação da tensão nas barras de 525 kV das subestações de<br />

Blumenau e de Curitiba na indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos -<br />

Blumenau, na condição de intercâmbio do Sul para o Sudeste. As tensões<br />

em Blumenau atingem níveis inferiores a 90% em 2005, mesmo<br />

considerando a operação dos capacitores que serão instalados nesta<br />

subestação e na SE Palhoça. A instalação de conexão para manobra no<br />

reator de barra (RE1), na SE Curitiba, já recomendada no PAR 2003-2005,<br />

permite atenuar esse problema naquela subestação, o mesmo se aplicando<br />

para conexão do reator para Bateias (RE2), proposta neste PAR.<br />

A tabela 3.3.1-2 mostra a dependência do controle de tensão no leste de<br />

Santa Catarina em relação ao despacho da UTE Jorge Lacerda, quando da<br />

indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, no patamar de<br />

carga média de verão. Observam-se tensões abaixo de 90% na maior parte<br />

dos casos e níveis inferiores a 80% para despachos reduzidos da térmica.<br />

Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, na carga média de verão<br />

Ano<br />

Geração na UTE Jorge<br />

Lacerda (MW)<br />

Total<br />

(MW)<br />

Intercâmbio<br />

Sul<br />

Sudeste (MW)<br />

Tensões (%)<br />

2005 (P)=50 (M)=66<br />

246 1.100 Blumenau 525 kV = 86<br />

(G)=130<br />

(GG)=fora<br />

Curitiba 525 kV = 91<br />

2005 (P)=50 (M)=66<br />

426 1.300 Blumenau 525 kV = 95<br />

(G)=130<br />

(GG)=180<br />

Curitiba 525 kV = 97<br />

2005 (P)=50 (M)=66<br />

246 2.500 Blumenau 525 kV =75<br />

(G)=130<br />

(GG)=fora<br />

Curitiba 525 kV = 86<br />

2005 (P)=25 (M)=33<br />

238 3.100 Blumenau 525 kV = 86<br />

(G)=fora<br />

(GG)=180<br />

Curitiba 525 kV = 90<br />

2005 (P)=25 (M)=33<br />

318 3.500 Blumenau 525 kV = 90<br />

(G)=80<br />

(GG)=180<br />

Curitiba 525 kV = 94<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 63 / 530


Ano<br />

Geração na UTE Jorge<br />

Lacerda (MW)<br />

Total<br />

(MW)<br />

Intercâmbio<br />

Sul<br />

Sudeste (MW)<br />

Tensões (%)<br />

2006 (P)=50 (M)=66<br />

246 1.200 Blumenau 525 kV = 82<br />

(G)=130<br />

(GG)=fora<br />

Curitiba 525 kV = 89<br />

Cabe lembrar que a compensação capacitiva nos barramentos de 230 kV de<br />

Blumenau e de Palhoça foi dimensionada no ciclo do PAR 2003-2005 para<br />

intercâmbio Sul-Sudeste de 3.000 MW e despacho de 318 MW em Jorge<br />

Lacerda. Foi considerado também, para correção do fator de potencia para<br />

0,95 nos secundários das subestações de fronteira da Rede Básica, a<br />

instalação de compensação na distribuição de 125 Mvar na área leste de<br />

Santa Catarina e de 220 Mvar na região metropolitana de Curitiba, dos quais<br />

150 Mvar já constavam do programa de compensação então informado pela<br />

Copel - D. O intercâmbio poderá chegar a 3.500 MW quando da entrada das<br />

obras já definidas para o sistema de 525 kV, das quais destaca-se a<br />

duplicação das linhas de Machadinho -Campos Novos e Salto Santiago -<br />

Ivaiporã. A prática de transferências mais elevadas para o Sudeste requer a<br />

ampliação do sistema de EAT.<br />

Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao <strong>ONS</strong><br />

no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de<br />

525 kV, entre Campos Novos e Blumenau. Esta linha não teria o mesmo<br />

traçado da atual, já que passaria próximo á região metropolitana de<br />

Florianópolis, onde é prevista pelo planejamento a implantação futura de<br />

uma nova subestação 525/230 kV.<br />

Quando incluída esta nova linha de 525 na simulação da perda da LT 525 kV<br />

Campos Novos – Blumenau a tensão na barra de 525 kV da SE Blumenau<br />

pode ser sustentada próximo ao valor nominal para as mesmas condições de<br />

despacho térmico registradas na Tabela 3.3.1.2.<br />

• Baixo perfil de tensão nas barras de 525 kV das subestações de Gravataí e<br />

Caxias, no Rio Grande do Sul<br />

Na tabela 3.3.1-3 são apresentados os déficits capacitivos verificados no<br />

caso de indisponibilidade das linhas de 525 kV que atendem as subestações<br />

525/230 kV de Gravataí e Caxias. Nas simulações foi tomada como base a<br />

condição de carga média de verão e geração de 130 MW na UTE Presidente<br />

Médici e de 550 MW na UTE Uruguaiana, variando-se o despacho da UTE<br />

Canoas (160 MW ou parada), e das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo<br />

Fundo conforme a condição hidrológica, para três níveis de intercâmbio com<br />

o Sudeste.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 64 / 530


O déficit capacitivo indica o montante de compensação reativa que deveria<br />

ser instalado, para evitar afundamento de tensão e conseqüente corte de<br />

carga, na região atendida pelas subestações de Gravataí e de Caxias.<br />

Ressalte-se que na obtenção desses valores já foi considerado fora de<br />

operação o reator de Campos Novos de 100 Mvar, bem como a<br />

compensação adicional na distribuição para a correção do fator de potência<br />

nos barramentos de fronteira da rede básica nessa região, estimada em<br />

140 Mvar. Pelos montantes encontrados de déficit capacitivo, fica<br />

evidenciado que esse problema carece de solução estrutural, ainda não<br />

definida.<br />

Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE Caxias<br />

Carga média de verão<br />

Déficit capacitivo (Mvar)<br />

Indisponibilidade Intercâmbio Ano Correção c/ UTE Canoas s/ UTE Canoas<br />

FP Caxias Total Caxias Total<br />

Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 90 213 160 283<br />

2006 144 210 354 415 559<br />

LT 525 kV Itá - Gravataí Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 300 423 540 663<br />

2006 144 385 529 410 554<br />

Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 308 431 400 523<br />

2006 144 280 424 530 674<br />

Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 0 123 130 253<br />

2006 144 0 144 280 424<br />

LT 525 kV Gravataí - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 45 168 410 533<br />

2006 144 230 374 480 624<br />

Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 0 123 270 393<br />

2006 144 30 174 360 504<br />

Sul/Sudeste:1300 MW 2005 123 0 123 110 233<br />

2006 144 0 144 165 309<br />

LT 525 kV Itá - Caxias Sudeste/Sul:4000 MW 2005 123 70 193 325 448<br />

2006 144 160 304 380 524<br />

Sul/Sudeste:3500 MW 2005 123 125 248 370 493<br />

2006 144 44 188 310 454<br />

Cumpre ressaltar que a deterioração do perfil de tensão que se constata em<br />

indisponibilidades na rede de 525 kV é agravada pelo baixo fator de potência<br />

verificado na fronteira da Rede Básica com a distribuição, nos principais<br />

centros de carga da Região Sul atendidos por subestações de 525/230 kV,<br />

conforme é discriminado no item 7 deste relatório. Numa primeira<br />

aproximação estima-se que deveriam ser instalados, para atingir fator de<br />

potência de 0,95 na fronteira da Rede Básica, montantes de compensação<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 65 / 530


capacitiva da ordem de 400 Mvar na carga média de verão de 2005 e de<br />

560 Mvar em 2006.<br />

• Tensões elevadas na rede de 525 kV<br />

Após a implantação da interligação em 525 kV Londrina – Assis –<br />

Araraquara, da duplicação da LT 525 Ivaiporã – Londrina e da operação das<br />

demais linhas de 525 kV previstas para o Paraná, constatam-se tensões<br />

elevadas em condição normal de operação na carga leve e mínima,<br />

indicando carência de compensação indutiva em Londrina, para controle de<br />

tensão. Há necessidade de estudos complementares visando a definição de<br />

compensação reativa adicional.<br />

Também são necessários estudos específicos para confirmar o<br />

dimensionamento da compensação indutiva associada à nova linha de<br />

525 kV entre Campos Novos e Blumenau, tendo em vista sua extensão<br />

(375 km), para atender a transitórios de manobra e/ou para controle de<br />

tensão em regime permanente, nos patamares de carga fora da ponta.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

• Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã<br />

As sobrecargas nesta linha são detectadas na perda da LT 525 kV Areia-<br />

Segredo, nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio Sul-<br />

Sudeste acima de 2.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de<br />

emergência, até a duplicação da LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã, que se<br />

encontra em processo de licitação da concessão pela Aneel.<br />

• Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos<br />

As sobrecargas nesta linha são provocadas por contingências em outras<br />

linhas de 525 kV (Areia – Segredo, Salto Santiago – Ivaiporã, Itá – Caxias ou<br />

Itá – Gravataí) nos patamares de carga pesada e média, para intercâmbio<br />

Sul – Sudeste acima de 3.000 MW. Reavaliações dos esquemas de<br />

emergência podem ser necessários até a duplicação da LT 525 kV<br />

Machadinho – Campos Novos, que se encontra em processo de licitação da<br />

concessão pela Aneel.<br />

• Sobrecarga no autotransformador da SE Cascavel Oeste 525/230 kV<br />

Tanto a perda da LT 525 kV Areia - Segredo, como a perda da LT 525 kV<br />

Salto Santiago – Ivaiporã provocam sobrecargas nesse autotransformador,<br />

que podem atingir níveis acima de 50% em 2005, para intercâmbio Sul-<br />

Sudeste superior a 3.000 MW, requerendo a atuação de esquemas de<br />

emergência até a duplicação dessa transformação.<br />

A indisponibilidade da LT 230 kV Salto Osório – Foz do Chopim na carga<br />

pesada de inverno de 2004, num cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de<br />

3.500 MW, também provoca sobrecarga de 6% no único transformador da<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 66 / 530


SE Cascavel Oeste. Nessas condições, a indisponibilidade da LT 525 kV<br />

Machadinho – Campos Novos provoca sobrecarga de 10% nesse<br />

transformador.<br />

A solução para esses problemas é a implantação do 2 o banco de<br />

autotransformadores 525/230 kV na SE Cascavel Oeste, cuja concessão se<br />

encontra em análise pela Aneel.<br />

Considerando que a segunda unidade esteja em operação no inverno de<br />

2005, a indisponibilidade de um desses transformadores provoca sobrecarga<br />

de 8% no remanescente, no cenário de intercâmbio Sul – Sudeste de<br />

3.500 MW. A implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, em fase<br />

de licitação da concessão pela Aneel, elimina os problemas decorrentes<br />

desta emergência.<br />

• Sobrecarga num dos autotransformadores da SE Londrina 525/230 kV<br />

A SE Londrina conta com dois transformadores 525/230kV – 672MVA. Na<br />

indisponibilidade de um transformador, são ultrapassados os valores<br />

nominais de carregamento na carga pesada de inverno. A tabela 3.3.1-4<br />

mostra os carregamentos observados na unidade remanescente quando da<br />

perda de um transformador e as condições de intercâmbio consideradas. Há<br />

ultrapassagem residual em 2004 e a partir de 2005 são observados valores<br />

em torno de 10% de sobrecarga, para elevado intercâmbio Sul – Sudeste.<br />

Não se verificam sobrecargas nos casos de verão.<br />

Nas configurações de junho de 2006, além do reforço da Interligação Sul-<br />

Sudeste e das novas linhas de 525 kV, a rede de simulação incorporou<br />

mudanças importantes na expansão da rede de 230 kV no norte do Paraná e<br />

no Mato Grosso do Sul, bem como diversas obras fora da Rede Básica<br />

propostas pela Copel, modificações que influenciam os resultados obtidos<br />

para esta transformação. Considerando estes aspectos e o montante de<br />

sobrecarga observado, é recomendada a implantação do terceiro<br />

autotransformador da SE Londrina.<br />

Tabela 3.3.1-4 Carregamento no transformador 525/230 kV Londrina, após perda da outra unidade<br />

ANO INTERCÂMBIO CARREGAMENTO (%)<br />

2005 3600 MW SUL - SUDESTE 109,2<br />

2006 1300 MW SUL - SUDESTE 109,4<br />

2006 3500 MW SUL - SUDESTE 111,4<br />

2006 4000 MW SUDESTE - SUL 116,4<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 67 / 530


• Sobrecarga no autotransformador da SE Bateias 525/230 kV<br />

Os carregamentos nos transformadores 525/230 kV das subestações de<br />

Curitiba e Bateias são influenciados diretamente pelos despachos das usinas<br />

integradas na rede de 230 kV da Região Metropolitana de Curitiba, UHE Gov.<br />

Parigot de Souza e UTE Araucária, e pelas condições de intercâmbio com o<br />

Sudeste.<br />

Verifica-se sobrecarga de 8% em 2004, em condição normal de operação, no<br />

transformador da SE Bateias, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW e<br />

no patamar de carga pesada de inverno, considerando que ainda não esteja<br />

em operação a segunda unidade. Nas mesmas condições, a perda da LT<br />

525 kV Bateias – Curitiba provoca sobrecarga de 73% nesse transformador,<br />

considerando geração de 469 MW na UTE Araucária, e sobrecarga de 98%<br />

para geração nula nessa térmica. Este nível de sobrecarga implica no<br />

desligamento automático do transformador por sobrecorrente,<br />

caracterizando-se portanto como uma restrição à operação nesse montante<br />

de intercâmbio com o Sudeste.<br />

A perda da LT 230 kV Figueira – Jaguariaíva na carga média de verão de<br />

2005 com intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW provoca sobrecarga de<br />

9% nesse transformador. Nessas condições, a perda da LT 230 kV Figueira –<br />

Chavante provoca sobrecarga de 3%.<br />

A duplicação do transformador da SE Bateias, cuja concessão está em<br />

análise pela Aneel, elimina os problemas acima mencionados.<br />

Depois da duplicação, é esperado carregamento superior à capacidade<br />

nominal nas duas unidades para a indisponibilidade da LT 525 kV Bateias –<br />

Curitiba, intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga pesada de<br />

inverno. O carregamento é de 115% em 2005 e de 105% em 2006. Ressaltase<br />

que os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba<br />

carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de<br />

planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE.<br />

• Sobrecarga na transformação da SE Curitiba 525/230 kV<br />

Na perda de um dos transformadores da SE Curitiba, nas cargas pesada e<br />

média, observam-se sobrecargas de 13% a 19% na unidade remanescente,<br />

ao longo do período analisado, considerando despacho de 470 MW na UTE<br />

Araucária e a UHE Gov. Parigot de Souza despachada abaixo de 50 MW,<br />

para intercâmbios Sudeste-Sul da ordem de 4.000 MW. Na mesma condição<br />

de intercâmbio e com a UTE Araucária zerada, ocorrem sobrecargas de até<br />

30% na unidade remanescente da SE Curitiba, para despachos na UHE Gov.<br />

Parigot de Souza abaixo de 30 MW. Também são verificadas sobrecargas<br />

entre 30% a 40% nessa subestação, para a mesma contingência,<br />

considerando-se o intercâmbio Sul-Sudeste acima de 700 MW, a UTE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 68 / 530


Araucária zerada e a UHE Gov. Parigot de Souza gerando abaixo de 30 MW.<br />

Como a UHE Gov. Parigot de Souza acompanha o regime hidrológico do<br />

Sudeste, a combinação de baixa geração nesta usina e intercâmbio do Sul<br />

para o Sudeste mostra-se uma hipótese plausível. Esta condição de<br />

intercâmbio é mais desfavorável, no caso da UTE Araucária estar fora de<br />

operação. Para garantir essas condições de despacho é necessária uma<br />

terceira unidade transformadora na SE Curitiba, proposta pela primeira vez<br />

neste PAR.<br />

• Sobrecarga na transformação da SE Campos Novos<br />

Além do primeiro banco de autotransformadores de 336 MVA, esta<br />

subestação contará com outro banco de 672 MVA a partir de maio/2003. Em<br />

2005 são verificadas sobrecargas no transformador de 336 MVA, quando da<br />

indisponibilidade da unidade de maior porte, causada por solicitação da<br />

carga local, associada a despachos reduzidos nas hidrelétricas de Salto<br />

Osório e Passo Fundo. A partir de 2006, há inversão do sentido de fluxo<br />

nessa transformação, que passa a atuar como elevadora, do 230 kV para o<br />

525 kV, para escoar a geração da UHE Campos Novos (880MW) e da UHE<br />

Barra Grande (690 MW). Quando estiverem operando três unidades na UHE<br />

Barra Grande e duas unidades na UHE Campos Novos, a perda do<br />

transformador de 672 MVA pode resultar em sobrecarga da ordem de 80%<br />

na unidade de 336 MVA, no caso de carga média de junho/2006, o que<br />

significaria a atuação instantânea da proteção para desligamento do<br />

remanescente. Observe-se que nessa simulação foi considerada implantada<br />

a SE Lages 230/138 kV, para a qual até o momento não houve formalização<br />

da solicitação de acesso pela Celesc. Simulando-se a hipótese de sua<br />

reprogramação ou cancelamento, a sobrecarga na unidade de menor porte<br />

de Campos Novos, na contingência citada, pode atingir 98%. Confirma-se,<br />

portanto a necessidade de substituição da unidade de 336 MVA por outra de<br />

672 MVA, como fora previsto quando da definição da modulação da<br />

expansão da transformação 525/230 kV da SE Campos Novos. A<br />

substituição do transformador de 336 MVA de Campos Novos está sendo<br />

proposta pela primeira vez neste PAR.<br />

• Sobrecarga na transformação da SE Gravataí<br />

Na Tabela 3.3.1-5 são apresentados os carregamentos nos transformadores<br />

TR2 e TR3 da SE Gravataí 525/230 kV, resultantes da indisponibilidade do<br />

TR1. Foram simulados intercâmbios Sul-Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e<br />

Sudeste-Sul de 4.000 MW, na carga média de verão, considerando-se<br />

também o despacho de 160 MW na UTE Canoas, ou esta térmica parada. Os<br />

resultados mostram que a perda de um dos transformadores de Gravataí<br />

provoca sobrecargas de 2% a 25% nos remanescentes. Para eliminar essas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 69 / 530


sobrecargas é indicada a instalação de um quarto transformador de 672 MVA<br />

nesta subestação, proposta pela primeira vez neste PAR.<br />

Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na perda do TR-1 da - carga média de verão<br />

Ano Intercâmbio UTE Canoas TR-2 TR-3<br />

MW MW MVA % MVA %<br />

2005 691 103% 646 96%<br />

2006 S-SE 1300<br />

738 110% 690 103%<br />

2005 766 114% 716 107%<br />

2006 SE-S 4000 160 812 121% 760 113%<br />

2005 639 95% 597 89%<br />

2006 S-SE 3500<br />

698 104% 652 97%<br />

2005 736 110% 688 102%<br />

2006 S-SE 1300<br />

782 116% 732 109%<br />

2005 803 119% 751 112%<br />

2006 SE-S 4000 0 MW 841 125% 786 117%<br />

2005 686 102% 641 95%<br />

2006 S-SE 3500<br />

747 111% 698 104%<br />

• Sobrecarga na transformação da SE Caxias<br />

Na Tabela 3.3.1-6 são apresentados os carregamentos no TR1 525/230 kV,<br />

672 MVA da SE Caxias, resultante da indisponibilidade do TR2. Foram<br />

simulados intercâmbios Sul – Sudeste de 1.300 MW e 3.500 MW e<br />

intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, na carga média de verão,<br />

considerando-se também a variação no despacho da UTE Canoas, de 0 e<br />

160 MW. Os resultados mostram que a perda de um dos transformadores<br />

provoca sobrecargas de 3% a 24% no transformador remanescente. É<br />

mostrado também que a perda da LT 525 kV Caxias – Gravataí causa<br />

sobrecarga nos dois transformadores desta subestação, variando de 3% a<br />

16%. Para eliminar essas sobrecargas é indicada a instalação de um terceiro<br />

transformador de 672 MVA na SE Caxias, proposta pela primeira vez neste<br />

PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 70 / 530


Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em contingência - carga média de verão<br />

Contingência<br />

Perda TR-2 Perda LT Caxias-Gravataí<br />

Ano Intercâmbio UTE Canoas TR-1 TR-1 TR-2<br />

MW MW MVA % MVA % MVA %<br />

2005 738 110% 647 96% 636 95%<br />

2006 S-SE 1300<br />

776 115% 703 105% 691 103%<br />

2005 761 113% 718 107% 705 105%<br />

2006 SE-S 4000 160 811 121% 779 116% 765 114%<br />

2005 692 103% 600 89% 589 88%<br />

2006 S-SE 3500<br />

757 113% 672 100% 660 98%<br />

2005 756 113% 636 95% 624 93%<br />

2006 S-SE 1300<br />

795 118% 703 105% 691 103%<br />

2005 782 116% 715 106% 702 104%<br />

2006 SE-S 4000 0 MW 834 124% 779 116% 765 114%<br />

2005 711 106% 586 87% 576 86%<br />

2006 S-SE 3500<br />

776 115% 649 97% 638 95%<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Conforme citado no item 3.1, foi realizada uma avaliação do impacto de<br />

contingências duplas na Rede Básica do SIN, no que se incluem as linhas de<br />

525 kV do sistema Sul, enfocando violações de limites de capacidade de linhas<br />

e transformadores, violação de níveis de tensão, estabilidade dinâmica, cortes<br />

de carga e desligamentos em cascata, em condições de fornecimento para o<br />

Sudeste pelo Sul de 3.500 MW, no ano de 2005.<br />

As contingências foram selecionadas considerando a possibilidade de falha do<br />

disjuntor central do módulo de disjuntor e meio, com saída dos terminais<br />

correspondentes. Na Região Sul, as linhas de 525 kV em circuito duplo ou que<br />

estão na mesma faixa de passagem são os dois circuitos da SE Areia - UHE<br />

GBM, com 11 km de extensão, os dois circuitos SE Itá - UHE Itá, com 2 km e os<br />

dois circuitos SE Ivaiporã (Eletrosul) - SE Ivaiporã (Furnas), com 800 m.<br />

Também foram considerados cruzamentos de linhas nas proximidades das<br />

subestações de 525 kV, como Campos Novos e Itá.<br />

Para efeito de comparação as contingências foram simuladas tanto sem a nova<br />

LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara, como já considerando a nova<br />

interligação com o Sudeste.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 71 / 530


• Sem a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />

As contingências mais graves foram a perda dupla das interligações Ivaiporã<br />

(Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2, 525 kV, e das ligações entre Areia –<br />

Bateias e Areia – Curitiba 525 kV.<br />

A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2,<br />

provoca desligamento das linhas Bateias – Ibiúna C1 e C2 e das<br />

interligações em 230 kV entre o Sul e o Sudeste, separando os dois<br />

sistemas, com elevação da freqüência na Região Sul e subfreqüência na<br />

Região Sudeste.<br />

A perda das linhas de 525 kV Areia – Bateias e Areia – Curitiba, causa o<br />

desligamento do tronco de 750 kV entre Itaberá e Tijuco Preto (3 circuitos),<br />

da linha Blumenau – Curitiba 525 kV e das interligações em 230 kV com o<br />

Sudeste. Nessa ocorrência, após a perda das linhas Areia – Bateias e Areia<br />

– Curitiba 525 kV, o sistema Sul fica interligado à Região Sudeste através<br />

das linhas de 525 kV do eixo Campos Novos – Blumenau – Curitiba, daí<br />

resultando em acentuado afundamento de tensão nas regiões de Curitiba e<br />

no Leste de Santa Catarina, com desligamento da linha de transmissão<br />

Blumenau – Curitiba 525 kV.<br />

• Com a LT 525 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />

A entrada em operação da interligação Londrina – Assis – Araraquara 500 kV<br />

e da transformação 500/440 kV – 1.500 MVA da subestação de Assis,<br />

associada à implantação de compensação capacitiva de 300 Mvar nas<br />

subestações de Palhoça e Blumenau, possibilita o sistema a suportar as<br />

contingências citadas que não eram suportadas sem a consideração desses<br />

reforços, ressaltando a importância dessas obras.<br />

A perda das interligações Ivaiporã (Eletrosul) – Ivaiporã (Furnas) C1 e C2 de<br />

525 kV, mesmo sem a transformação de Assis 500/440 kV, não levou à<br />

separação entre os sistemas Sul e Sudeste, como ocorria antes do reforço<br />

da interligação.<br />

A contingência mais severa ainda é a perda simultânea das linhas Areia –<br />

Bateias 525 kV e Areia – Curitiba 525 kV. Com o reforço na interligação, a<br />

duplicação das linhas de transmissão Salto Santiago – Ivaiporã 525 kV e<br />

Machadinho – Campos Novos 525 kV e a compensação capacitiva adicional,<br />

essa contingência não acarretou desligamentos em cascata no sistema Sul.<br />

Entretanto, observa-se superação da ampacidade de 875 A (emergência,<br />

verão, diurna) das linhas de 230 kV Areia - Ponta Grossa e Areia – São<br />

Mateus, que chegam a 979 A e 929 A, respectivamente, após a contingência.<br />

O carregamento do transformador de 525/230 kV, 672 MVA de Areia passa<br />

de 47% para 107% do nominal. Pelo exposto, para a prática de elevados<br />

intercâmbios no sentido Sul – Sudeste (superiores a 3.000 MW), antes e<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 72 / 530


mesmo após a implementação do reforço da interligação Sul – Sudeste,<br />

justifica-se a avaliação da aplicação de esquemas de controle de emergência<br />

para fazer face às contingências duplas mais severas.<br />

g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Este aspecto acha-se abordado em detalhe no item 3.3.3 adiante.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sul ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, circuito simples, 209 km<br />

SE Cascavel Oeste: 2º banco de autotransformadores<br />

525/230 kV, 600 MVA<br />

LT 525 kV Machadinho – Campos Novos C2, circuito simples,<br />

50,6 km<br />

LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã C2, circuito simples, 167 km<br />

SE Bateias: 2º Autotransformador 525/230 kV, 600 MVA<br />

SE Curitiba: conexões para os reatores 1 (de barra) e 2 (na linha<br />

para Bateias), 2x150 Mvar, 525 kV<br />

SE Curitiba: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA<br />

LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2, circuito simples,<br />

375 km com reator de linha, 525 kV,150 Mvar em Blumenau<br />

LT 525 kV Ivaiporã -Londrina C2, circuito simples, 120 km<br />

SE Caxias: 3° banco de autotransformadores, 525/230 kV,<br />

672 MVA<br />

SE Gravataí: 4° banco de autotransformadores, 525/230 kV,<br />

672 MVA<br />

SE Campos Novos: 3° banco de autotransformadores,<br />

525/230 kV, 672 MVA (substituição do banco de 336 MVA)<br />

SE Londrina: 3º Autotransformador 525/230 kV, 672 MVA<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

FEV/2005<br />

FEV/2005<br />

JUN2005<br />

JUN/2005<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 73 / 530


) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar os<br />

problemas de desempenho operativo decorrentes de contingências nas<br />

linhas de 525 kV que partem da SE Itá para as subestações de Gravataí e<br />

Caxias (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas<br />

operativos decorrentes da contingência da LT 525 kV Bateias - Curitiba<br />

(CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Realizar detalhamento da compensação reativa capacitiva na SE Caxias<br />

(<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />

• Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva na SE<br />

Londrina (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />

• Realizar estudo de detalhamento da compensação reativa indutiva associada<br />

á LT 525 kV Campos Novos - Blumenau C2 (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />

indicadas no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 74 / 530


Campos Novos<br />

(2004)<br />

(2004)<br />

Uruguaiana<br />

50MW<br />

(2004)<br />

(2004)<br />

Santo Ângelo<br />

(CEEE)<br />

Cruz Alta<br />

(2004)<br />

Tapera 2<br />

(2004)<br />

Passo<br />

Real<br />

L. Vermelha<br />

(2004)<br />

Cachoeirinha<br />

Vacaria<br />

Parobé<br />

Lageado Grande<br />

(2003)<br />

Passo do Meio<br />

São Francisco<br />

de Paula<br />

Santo<br />

Antônio<br />

Três Coroas<br />

Taquara<br />

Canastra<br />

Ver detalhe<br />

Rivera<br />

70MW<br />

Lagoa dos Patos<br />

(2004)<br />

Basílio<br />

Jaguarão<br />

Lagoa Mirim<br />

SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />

REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE<br />

Siderúrgica<br />

Pólo<br />

Petroquímico<br />

Pepsi<br />

Maxprint<br />

Lansul<br />

UTE<br />

Canoas<br />

São Luís<br />

Cidade<br />

Industrial<br />

Zoológico<br />

(2004)<br />

Canoas 1<br />

(2004)<br />

Cachoeirinha<br />

Gravataí<br />

G Motor<br />

LEGENDA:<br />

Usina Hidrelétrica<br />

<br />

Usina Eólica<br />

Usina Termelétrica<br />

Subestação<br />

Conversora<br />

LT 525 kV<br />

LT 230 kV<br />

LT 138 kV<br />

LT 69 kV<br />

P/ Eldorado<br />

P/ Pelotas 3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 75 / 530


3.3.2 Área Rio Grande do Sul<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

A rede de 525 kV que atende ao Rio Grande do Sul é composta por três linhas,<br />

das quais duas chegam às subestações de 525/230 kV de Gravataí (3x672 MVA)<br />

e Caxias (2x672 MVA), provenientes da SE Itá, e uma terceira que, partindo da<br />

SE Campos Novos, é seccionada na SE Caxias, terminando na SE Gravataí.<br />

Completa este sistema a subestação de Santo Ângelo (672 MVA, 525/230 kV),<br />

atendida pelo seccionamento da linha de 525 kV que serve à conexão do primeiro<br />

módulo da conversora de Garabi com a SE Itá.<br />

O sistema de 230 kV estadual interliga-se com a Rede Básica por duas linhas de<br />

230 kV oriundas da SE Xanxerê, em Santa Catarina, que se conectam à UHE<br />

Passo Fundo e por uma linha de 230 kV, que partindo da SE Siderópolis, em<br />

Santa Catarina, chega à SE Farroupilha, passando pela SE Caxias 5.<br />

Das hidrelétricas do Rio Jacuí parte um feixe de cinco linhas de 230 kV,<br />

interligando estas usinas e a UTE Charqueadas com as subestações de Cidade<br />

Industrial e Gravataí 2. Estas duas subestações concentram o atendimento ao<br />

principal centro de carga, na área leste, em que se situa a região metropolitana<br />

de Porto Alegre e cidades próximas, incluindo a região de Caxias, que sediam a<br />

maior parte do consumo industrial do Rio Grande do Sul. As demais áreas do<br />

Estado são constituídas de centros de carga de menor porte, atendidas por<br />

subestações de 230 kV.<br />

As usinas do Rio Jacuí interligam-se com a área oeste do Rio Grande do Sul, por<br />

meio de uma linha de 230 kV que chega à subestação de Alegrete 2. Desta subestação<br />

saem duas linhas de 230 kV, para a SE Uruguaiana 5 e para a UTE<br />

Uruguaiana, respectivamente, que constituem o atual esquema de integração<br />

desta termelétrica. Da SE Alegrete 2 partem ainda mais duas linhas de 230 kV,<br />

uma para Maçambará e São Borja e outra para Livramento e Bagé, ao sul.<br />

A Rede Básica da área norte do Rio Grande do Sul é constituída por linhas de<br />

transmissão de 230 kV que derivam da SE Santo Ângelo 525/230 kV, para as<br />

subestações distribuidoras de Santo Ângelo 2, Santa Rosa e Guarita, e para a<br />

usina de Passo Real. O mais importante ponto da Rede Básica com<br />

transformação para a distribuição na área norte é a subestação de Santa Marta,<br />

atendida pelo seccionamento de uma linha de 230 kV entre as usinas de Passo<br />

Fundo e Passo Real. As subestações distribuidoras de 138 kV da área norte do<br />

Rio Grande do Sul são atendidas a partir da SE Santa Marta e da subestação da<br />

UHE Passo Fundo.<br />

A área sul do Estado é atendida por três subestações de 230 kV: a SE Presidente<br />

Médici 230/138 kV, a SE Quinta 230/69 kV e a SE Pelotas 3 230/138 kV,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 76 / 530


interligadas à área de Porto Alegre por meio de duas linhas de 230 kV, que<br />

também servem ao escoamento da geração da UTE Presidente Médici.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado No Estado<br />

A tabela 3.3.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Rio Grande do Sul no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio Grande do Sul<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade<br />

Instalada (MW)<br />

(1)<br />

2.581 (3) 2.611 2.841 (4) 3.585 (5)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW) (2) 3.899 4.056 4.307 4.556<br />

Obs: (1) não incluídas pequenas gerações, incluída UHE Barra Grande (na divisa com Santa Catarina);<br />

(2) Carga intermediária de verão; (3) PCH Passo do Meio (30 MW); (4) UHE Barra Grande (230 MW);<br />

(5) UHE Monjolinho (67 MW), UHE Montes Claros (130 MW), UHE Castro Alves (87 MW) e UHE Barra Grande (460 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

• Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Uruguaiana<br />

A capacidade instalada da UTE Uruguaiana é superior à carga da região<br />

oeste do Rio Grande do Sul, do que resulta o escoamento do seu excedente<br />

pela rede de 230 kV. As condições de desempenho operativo do sistema<br />

dependem diretamente do nível deste excedente, bem como das próprias<br />

características do sistema de controle da termelétrica. Há problemas de<br />

estabilidade transitória em contingências e baixo amortecimento de<br />

oscilações locais, tanto em condição normal como em contingências. Para<br />

corrigi-los houve necessidade de adequação do sistema de excitação dos<br />

geradores da UTE Uruguaiana, de ajustes da estabilização suplementar da<br />

usina e de um esquema de controle de emergência (ECE) para garantir a<br />

estabilidade quando de falhas no sistema de transmissão. Esse esquema<br />

requer o desligamento automático do gerador a vapor, que é a máquina de<br />

maior porte, no caso de abertura da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete2,<br />

que representa a contingência mais crítica. Foi recomendada ainda a<br />

implantação de dois ECEs adicionais, um para desligamento de geradores na<br />

UHE Dona Francisca, associado à perda da LT 230 kV Itaúba - Dona<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 77 / 530


Francisca e outro para desligamento de máquinas da UTE Presidente Médici,<br />

associado à abertura da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã.<br />

Com estas providências será possível despachar a UTE Uruguaiana até<br />

580 MW na carga pesada e 550 MW em carga leve, não estando em<br />

operação a UTE Alegrete, nem a importação pelas conversoras de Rivera e<br />

de Uruguaiana. Essa limitação perdurará até entrada das novas linhas de<br />

230 kV previstas para o oeste do Rio Grande do Sul, das quais a maior parte<br />

foi licitada, tendo conclusão prevista para o segundo semestre de 2004 (LT<br />

230 kV UTE Uruguaiana – Maçambará, LT 230 kV Maçambará – Santo<br />

Ângelo e LT 230 kV Santo Ângelo – Santa Rosa C2), além da LT 230 kV<br />

Dona Francisca – Itaúba C2, autorizada pela Aneel para a CEEE-T, com data<br />

de entrada em operação de fevereiro/2005.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV de Pelotas 3 e Quinta 230 kV<br />

Até a entrada da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3, prevista para<br />

julho de 2004, a indisponibilidade da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na<br />

carga pesada de inverno de 2004, provoca tensões abaixo de 80% nas<br />

subestações da região de Pelotas e Rio Grande, com déficit reativo na SE<br />

Quinta estimado em 60 Mvar.<br />

• Baixo perfil de tensão na região de Santa Maria<br />

Na condição da UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV<br />

Santa Maria 2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em<br />

Santa Maria 2, com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e<br />

30 Mvar em 2006, estimados para a carga média de verão. A operação de<br />

uma máquina em Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar<br />

essa restrição de despacho é necessária uma avaliação específica, visando<br />

o atendimento desta carga em contingência, envolvendo tanto a Rede Básica<br />

como a rede complementar.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

• Sobrecarga no circuito 1 da linha 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6<br />

Na Tabela 3.3.2-2 são apresentados os carregamentos nos circuitos C-1 e C-<br />

2 da linha de circuito duplo 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6. Em condição<br />

normal de operação o carregamento na linha de circuito duplo existente entre<br />

a SE Gravataí 2 e a SE Porto Alegre 6 não passa de 185 MVA por circuito,<br />

até 2006. Na perda de um desses circuitos ocorre ultrapassagem da<br />

capacidade operativa do remanescente, que cresce de 26% em 2004 a 47%<br />

em 2006. Este problema é sanado com o lançamento do segundo circuito da<br />

nova linha de circuito duplo entre essas subestações, que anteriormente se<br />

mostrava necessário a partir de 2004, conforme o parecer técnico do <strong>ONS</strong><br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 78 / 530


que recomendou a implantação desta nova linha. A autorização para<br />

implementação do lançamento da LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6 C4<br />

está em análise pela Aneel.<br />

Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo, 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6<br />

Ano Patamar Carga Caso Base Emergência C2<br />

C1 C2 C1<br />

MVA % MVA % MVA %<br />

Pesada 160 76% 160 76% 265 126%<br />

2004 Junho Média 129 61% 129 61% 211 100%<br />

Leve 58 27% 58 27% 78 37%<br />

Fevereiro Pesada 151 72% 151 72% 249 119%<br />

Média 177 84% 177 84% 294 140%<br />

2005 Pesada 154 72% 154 72% 254 119%<br />

Junho Média 119 57% 119 57% 196 93%<br />

Leve 56 26% 56 26% 91 43%<br />

Fevereiro Pesada 158 75% 158 75% 262 125%<br />

Média 185 88% 185 88% 308 147%<br />

2006 Pesada 162 76% 162 76% 267 125%<br />

Junho Média 124 59% 124 59% 202 96%<br />

Leve 56 26% 56 26% 91 43%<br />

• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo<br />

Bom<br />

Na Tabela 3.3.2-3 são apresentados os carregamentos nas linhas em circuito<br />

duplo 230 Farroupilha – Caxias, C-1 e C-2, e Caxias - Campo Bom, C-1 e C-<br />

2, resultantes da indisponibilidade da LT 525 kV Caxias - Gravataí.<br />

Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom<br />

Despacho Ano LT Farroupilha - Caxias LT Caxias - Campo Bom<br />

UTE C-1 C-2 C-1 C-2<br />

Canoas MVA % MVA % MVA % MVA %<br />

160 MW 2005 209,2 100% 209,2 100% 262,3 125% 262,3 125%<br />

2006 220,8 105% 220,8 105% 306,8 146% 307 146%<br />

0 MW 2005 217,1 103% 217,1 103% 302,7 144% 302,7 144%<br />

2006 224,4 107% 224,4 107% 362,4 173% 362,4 173%<br />

Obs: Intercâmbio Sudeste-Sul de 4000 MW, carga média de verão<br />

Esta indisponibilidade provoca sobrecargas de 3% a 7% no trecho<br />

Farroupilha – Caxias e 25% a 73% no trecho Caxias – Campo Bom, na carga<br />

média de verão de 2005 e 2006, num cenário de intercâmbio Sudeste - Sul<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 79 / 530


de 4.000 MW. Este problema já tinha sido constatado no PAR 2003-2005,<br />

estando ainda pendente a definição de uma solução estrutural.<br />

• Sobrecarga na linha Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis<br />

Esta linha apresenta carregamentos elevados em condição normal de<br />

operação, principalmente para situações de despacho alto nas usinas do Rio<br />

Grande do Sul, conforme indicado na tabela 3.3.2-4.<br />

Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande – Siderópolis<br />

Ano Condição Farroupilha - Caxias 5 Caxias 5 - Lageado Grande Lageado Grande-Siderópolis<br />

Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med Jun/Pes Fev/Med<br />

MVA % MVA % MVA % MVA % MVA % MVA %<br />

2004 normal 175 82% 140 75% 166 78% 71%<br />

2004 conting 280 131% 241 113% 263,4 124%<br />

2005 normal 165 78% 125 59% 151 71%<br />

2005 conting 271 127% 227,4 107% 250,8 118%<br />

Obs: Intercâmbio Sul-Sudeste de 3500 MW<br />

A indisponibilidade da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca<br />

sobrecargas nessas linhas na carga pesada de inverno de 2004 e na carga<br />

média de verão de 2005, num cenário de intercâmbio Sul - Sudeste de<br />

3.500 MW. O trecho mais sobrecarregado é entre as subestações de<br />

Farroupilha e Caxias 5. Para esse problema foi apontada como solução de<br />

planejamento uma nova linha de 230 kV conectando à SE Caxias 525/230 kV<br />

à SE Caxias 5. Esta obra está sendo analisada no contexto do parecer de<br />

acesso referente à expansão da SE Caxias 5, conforme solicitação<br />

formalizada ao <strong>ONS</strong> pela RGE. Para os trechos restantes dessa linha não há<br />

solução estrutural indicada pelo planejamento da expansão de longo prazo.<br />

d) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas<br />

São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />

transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas<br />

térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de<br />

transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas<br />

(tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que<br />

impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a<br />

otimização energética do sistema (Despacho Mínimo).<br />

• UTE Presidente Médici (carvão)<br />

A UTE Presidente Médici é composta de duas unidades, A e B, cada uma<br />

com dois geradores. A capacidade nominal da unidade A é de 126 MW e de<br />

320 MW da unidade B. O controle de tensão no sistema elétrico da região sul<br />

do Rio Grande do Sul é muito dependente das condições de despacho desta<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 80 / 530


usina, conforme se verifica nos resultados das simulações para condição<br />

normal e contingências apresentados na tabela seguinte. Foram avaliadas as<br />

gerações mínima e máxima na UTE Presidente Médici nos casos de carga<br />

pesada e leve de inverno, de 2004 a 2006, para condição de intercâmbio Sul<br />

- Sudeste de 1.300 MW. Nessas simulações foi considerada a LT 230 kV<br />

Presidente Médici - Pelotas, obra já licitada e em construção, com operação<br />

prevista para julho de 2004. Foi considerada também a correção para 95%<br />

do fator de potência no secundário das subestações de fronteira da Rede<br />

Básica, que resultou numa compensação adicional de 10 Mvar na SE Quinta.<br />

Os resultados são resumidos na tabela 3.3.2-5 a seguir.<br />

Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente Médici<br />

Intercâmbio sul - sudeste = 1300 MW<br />

Ano Caso Condição Despacho Fator Limitante<br />

Nº Total<br />

Maq. (MW)<br />

Normal de operação Mínimo 2 70 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />

Déficit Reativo = 20 Mvar em Quinta 69 kV<br />

UTE P.Médici = 35 MW (1 máquinas)<br />

Junho - Pesada<br />

Normal de operação Máximo 4 330 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />

2004 Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta 69 kV<br />

UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas)<br />

Contingência na LT 230 kV Máximo 4 330 Sobrecarga de 9% na LT 230 kV P.Médici - Quint<br />

PMedici-Camaquã<br />

UTE P.Médici = 440 MW (4 máquinas)<br />

Mínimo 1 35<br />

Junho - Leve<br />

Máximo 3 210 Sobrecarga = 7% na LT P.Médici - Quinta<br />

UTE P.Médici = 330 MW (4 máquinas)<br />

2005<br />

Junho - Pesada<br />

Contingência na LT 230 kV Mínimo 2 70 Déficit Reativo = 10 Mvar em Quinta/Pelotas 3<br />

PMedici-Pelotas 3<br />

UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina)<br />

Máximo 4 440<br />

Junho - Leve<br />

Mínimo 1 35<br />

Máximo 4 440<br />

2006<br />

Junho - Pesada<br />

Contingência na LT 230 kV Mínimo 2 70 Subtensão em Quinta 69 kV e Pelotas 3 138 kV<br />

PMedici-Pelotas 3<br />

Déficit Reativo = 12 Mvar em Quinta 69 kV<br />

UTE P.Médici = 35 MW (1 máquina)<br />

Máximo 4 440<br />

Junho - Leve<br />

Mínimo 1 35<br />

Máximo 4 440<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 81 / 530


Despacho Mínimo<br />

Em condição normal de operação, na carga pesada de 2004, antes da<br />

entrada em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3,<br />

despachos na UTE Presidente Médici abaixo de 70 MW (duas máquinas com<br />

35 MW) resultam em níveis de tensão inferiores a 92% nos barramentos<br />

230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. Mesmo considerando a<br />

correção do fator de potência para 95%, persiste déficit capacitivo no<br />

secundário da SE Quinta da ordem de 20 Mvar.<br />

Em 2005, considerando já em operação a LT 230 kV Presidente Médici -<br />

Pelotas 3, a perda da LT 230 kV Pres. Médici – Quinta na carga pesada<br />

provoca tensões abaixo de 90% nos barramentos de 230 kV de Quinta e<br />

Pelotas 3. O déficit capacitivo na SE Quinta é de 10 Mvar em 2005,<br />

passando para 12 Mvar em 2006. Para eliminar essa violação é necessário<br />

manter a UTE Presidente Médici gerando 70 MW, com duas máquinas.<br />

No patamar de carga leve, não é necessário despachar nenhuma máquina<br />

na UTE Presidente Médici durante todo o período de 2004 a 2006.<br />

Despacho Máximo<br />

Em condição normal de operação, a geração de 440 MW em quatro<br />

máquinas da UTE Presidente Médici na carga pesada de 2004, causa<br />

subtensão nas barras de 230 kV das subestações de Quinta e Pelotas 3. A<br />

perda da LT 230 kV Presidente Médici - Camaquã, provoca sobrecarga de<br />

9% na LT 230 kV Presidente Médici – Quinta, cuja capacidade operativa é de<br />

239 MVA. Para eliminar essa violação é preciso reduzir o despacho para<br />

330 MW, com quatro máquinas. Essa restrição deixa de existir com a entrada<br />

em operação da LT 230 kV Presidente Médici – Pelotas 3.<br />

A partir de 2005 a geração máxima da UTE Presidente Médici, de 440 MW (4<br />

máquinas), ocorre sem violações, tanto para a condição normal de operação<br />

como em contingências, na carga pesada e na leve.<br />

• UTE Uruguaiana (gás)<br />

A UTE Uruguaiana é composta de dois geradores a combustão de<br />

187,65 MW e de um gerador a vapor de 264,60 MW, totalizando 639,9 MW.<br />

Nesta análise foram consideradas as expansões da Rede Básica previstas<br />

para a região oeste do Rio Grande do Sul. Das obras indicadas pelos<br />

estudos do CCPE e do <strong>ONS</strong>, já foram licitadas as linhas de 230 kV UTE<br />

Uruguaiana – Maçambará e Maçambará – Santo Ângelo, bem como o reator<br />

da SE Maçambará, tendo entrada em operação prevista para agosto de<br />

2004, e a LT 230 kV Dona Francisca – Itaúba, autorizada no fechamento<br />

deste PAR, com entrada em operação para fevereiro de 2005. Já a<br />

adequação da SE São Vicente ainda não teve concessão definida pela<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 82 / 530


Aneel. Foi assumido nas simulações que tanto esta adequação como a LT<br />

230 kV Dona Francisca – Itaúba estarão disponíveis no inverno de 2005.<br />

Recentemente a CEEE informou que foram eliminadas as restrições de<br />

transformador de corrente das linhas que derivam de Alegrete 2 (exceto a<br />

linha para a UTE Uruguaiana, que não tem esta limitação). Portanto a partir<br />

de agora as limitações de capacidade das linhas citadas são determinadas<br />

pelo condutor. As linhas para Uruguaiana 5, Maçambará e Livramento<br />

passam a ter capacidade de 270 MVA, no patamar de carga média, e a linha<br />

para Santa Maria de 290 MVA. A CEEE também informou que formalizará a<br />

atualização destes limites junto às áreas de operação e de contratos do<br />

<strong>ONS</strong>.<br />

Os resultados da avaliação são descritos a seguir com base nas tabelas<br />

3.3.2-6 e 3.3.2-7.<br />

Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração máxima das usinas hidráulicas no<br />

Rio Grande do Sul (1123 MW)<br />

ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW)<br />

FATOR LIMITANTE<br />

2005<br />

2006<br />

Fev Med<br />

Jun Pes<br />

Fev Med<br />

Jun Pes<br />

Mínima 50 MW<br />

Máxima 615 MW<br />

Sobrecarga de 3% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo da térmica<br />

Sobrecarga de 3% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 3% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />

230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />

Mínima 0 -<br />

Máxima 560 MW<br />

Mínima 30 MW<br />

Máxima 610 MW<br />

Sobrecarga de 13% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />

despacho de 639 MW na térmica<br />

Sobrecarga de 2% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo na térmica<br />

Sobrecarga de 2% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 4% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />

230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />

Mínima 0 -<br />

Máxima 570 MW<br />

Sobrecarga de 12% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />

despacho de 639 MW na térmica<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 83 / 530


Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE Uruguaiana com geração mínima das usinas hidráulicas no<br />

Rio Grande do Sul (235 MW)<br />

ANO PATAMAR GERAÇÃO (MW)<br />

FATOR LIMITANTE<br />

2005<br />

2006<br />

Fev Med<br />

Jun Pes<br />

Fev Med<br />

Jun Pes<br />

Mínima 410 MW<br />

Máxima 590 MW<br />

Mínima 280 MW<br />

Máxima 540 MW<br />

Mínima 410 MW<br />

Máxima 580 MW<br />

Mínima 330 MW<br />

Máxima 550 MW<br />

Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo da térmica<br />

Sobrecarga de 6% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 6% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />

230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />

Sobrecarga de 19% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo da térmica<br />

Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />

despacho de 639 MW na térmica<br />

Sobrecarga de 31% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo da térmica<br />

Sobrecarga de 7% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 e de 7% na Urug - Urug 5 na perda da LT<br />

230 kV Urug - Aleg 2 e despacho de 639 MW na térmica<br />

Sobrecarga de 22% no TR 525/230 kV de S. Ângelo na perda de uma unidade e despacho<br />

nulo da térmica<br />

Sobrecarga de 17% na LT 230 kV Urug 5 - Aleg 2 na perda da LT 230 kV Urug - Aleg 2 e<br />

despacho de 639 MW na térmica<br />

Despacho Máximo<br />

A condição mais desfavorável para escoamento da energia produzida na<br />

região oeste do Estado ocorre com a importação de 2.000 MW da Argentina,<br />

pelas conversoras de Garabi, quando o sistema de 525 kV fica mais<br />

carregado. Nessa condição, a potência disponibilizada na região oeste tende<br />

a escoar pelo sistema de 230 kV em direção aos centros de carga do leste<br />

do Estado, notadamente para a região metropolitana de Porto Alegre. Com<br />

isso elevam-se os fluxos nas linhas UTE Uruguaiana – Alegrete 2 e Alegrete<br />

2 – Santa Maria, bem como no sistema de distribuição que opera em paralelo<br />

com as linhas da Rede Básica. Dependendo do nível de despacho da usina e<br />

da situação operativa considerada, podem ocorrer sobrecargas na LT 69 kV<br />

Alegrete 2 – Alegrete 1, cuja capacidade é de 48/73 MVA (em condição<br />

normal e emergências, respectivamente), no transformador 230/69 kV, da SE<br />

Alegrete 2, de 83 MVA, e na transformação 138/69 kV, 2 x 25 MVA, da SE<br />

Alegrete. Para suprimir essas sobrecargas, tem sido praticada na operação a<br />

abertura do anel de 138 kV entre a UTE Alegrete e a UHE Jacuí. Embora<br />

permita contornar o problema, essa medida pode colocar em risco o<br />

atendimento à carga da SE Santa Maria 1. Esse problema persiste mesmo<br />

depois da implantação das novas linhas de 230 kV no oeste do Rio Grande<br />

do Sul. Sem a abertura da rede de 138 kV, são constatadas sobrecargas<br />

para despachos da UTE Uruguaiana acima de 350 MW.<br />

Não são esperadas violações na Rede Básica em condição normal de<br />

operação após a expansão da transmissão, para despacho pleno da UTE<br />

Uruguaiana (639 MW). Mesmo depois desta expansão, a contingência mais<br />

grave continuará sendo a perda da LT 230 kV Uruguaiana – Alegrete 2, que<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 84 / 530


sobrecarrega a LT 230 kV UTE Uruguaiana – Uruguaiana 5 e a LT 230 kV<br />

Uruguaiana 5 – Alegrete 2. O fator limitante é a capacidade declarada no<br />

CPST para a LT 230 kV Uruguaiana 5 – Alegrete 2 (270 MVA), determinada<br />

pelo condutor para a condição de verão/dia. A situação mais restritiva resulta<br />

da coincidência da importação de 2.000 MW da Argentina por Garabi com o<br />

despacho mínimo das usinas hidrelétricas do Rio Jacuí e Passo Fundo<br />

(geração total de 235 MW), no patamar de carga pesada de inverno. Se<br />

nesta situação ocorrer a contingência citada, haverá ultrapassagem da<br />

capacidade operativa dessa linha para despachos na UTE Uruguaiana acima<br />

de 540 MW em 2005 e de 550 MW em 2006. No mesmo patamar de carga,<br />

com geração total das usinas hidrelétricas (geração hidráulica total de<br />

1.123 MW), haveria um acréscimo nesses números de cerca de 20 MW.<br />

Acréscimo similar é obtido quando não se considera a importação da<br />

Argentina pelas conversoras de Garabi.<br />

Tendo em vista o problema constatado na perda da LT 230 kV UTE<br />

Uruguaiana - Alegrete 2, mesmo após a entrada em operação das obras de<br />

230 kV já licitadas ou autorizadas pela Aneel, previstas para a fronteira<br />

oeste, é recomendada a instalação de disjuntores na SE Alegrete 2 e na<br />

subestação da UTE Uruguaiana, o que permitirá a individualização dos<br />

circuitos da linha de circuito duplo, existente entre as duas subestações,<br />

atualmente conectados a um mesmo disjuntor em cada extremidade.<br />

Considerando a perda de um único circuito desta linha, não haveria violações<br />

de capacidade na Rede Básica para despacho pleno da UTE Uruguaiana.<br />

Entretanto, persistiria ultrapassagem residual da capacidade operativa na<br />

LT 230 kV Santo Ângelo - Passo Real, quando da perda da LT 230 kV<br />

Alegrete 2 - São Vicente e na LT 230 kV Alegrete 2 - São Vicente na perda<br />

da LT 230 kV Alegrete 2 - Livramento. Na pior condição, para evitar essas<br />

ultrapassagens seria necessário restringir o despacho da UTE Uruguaiana a<br />

610 MW.<br />

Cabe observar que estão em andamento tratativas para cessão de uso ou<br />

doação para a CEEE-T da LT 230 kV UTE Uruguaiana - Alegrete 2, da LT<br />

230 kV UTE Uruguaiana-Uruguaiana 5 e do setor de 230 kV da subestação<br />

da UTE Uruguaiana. Dessa maneira essas instalações, que foram<br />

construídas pela AES Uruguaiana, passam a compor a Rede Básica,<br />

conforme os termos do Ofício Aneel SRT N°006/2002.<br />

Não foi simulada a simultaneidade da geração máxima da UTE Uruguaiana<br />

com geração na UTE Alegrete ou com a importação de energia via<br />

conversoras de Uruguaiana e de Rivera, já que estas fontes concorrem pela<br />

utilização do mesmo sistema de 230 kV.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 85 / 530


Despacho Mínimo<br />

Após a entrada em operação das obras previstas para a região oeste, será<br />

possível o desligamento da UTE Uruguaiana, em carga pesada e média, sem<br />

violações na Rede Básica em condição normal de operação, não tendo se<br />

constatado a necessidade de desligamento de linhas para controle de<br />

tensão.<br />

A perda de um dos transformadores 525/230 kV da SE Santo Ângelo poderá<br />

resultar em sobrecargas no remanescente, quando a parada total de<br />

Uruguaiana ocorrer juntamente com a importação de 2.000 MW por Garabi.<br />

A condição mais severa é esperada se essa situação coincidir com despacho<br />

hidrelétrico mínimo no Rio Grande do Sul, quando a sobrecarga neste<br />

transformador atinge 31%. Neste caso, é necessária geração mínima na UTE<br />

Uruguaiana de 410 MW em 2005 e 2006, no patamar de carga média, para<br />

evitar essa sobrecarga. Para geração total das usinas hidráulicas, a geração<br />

mínima necessária seria de 50 MW. Quando não se está importando energia<br />

por Garabi, a perda de um desses transformadores não resulta em<br />

sobrecarga no remanescente, mesmo sem geração em Uruguaiana.<br />

Considerando a simultaneidade dos fatores que levam a essa sobrecarga e a<br />

conseqüente baixa probabilidade de ocorrência, a solução indicada para o<br />

problema de sobrecarga no transformador remanescente de Santo Ângelo é<br />

a utilização do recurso da conversora de Garabi de redução da potência.<br />

Com a UTE Uruguaiana fora de operação, a perda da LT 230 kV Santa Maria<br />

2 – Dona Francisca resulta em afundamento de tensão em Santa Maria 2,<br />

com déficit capacitivo da ordem de 15 Mvar em 2005 e 30 Mvar em 2006,<br />

estimados para a carga média de verão. A operação de uma máquina em<br />

Uruguaiana substitui esta compensação. Para eliminar esta restrição é<br />

necessária uma avaliação específica, visando o atendimento desta carga em<br />

contingência, envolvendo tanto a Rede Básica como a rede complementar,<br />

tendo em vista os problemas na distribuição, anteriormente mencionados.<br />

• UTE Canoas (gás)<br />

A UTE Canoas é uma usina termelétrica a gás natural composta de uma<br />

unidade a gás com capacidade nominal de 160 MW, conectada à Rede<br />

Básica mediante o seccionamento de uma das duas linhas de circuito duplo<br />

de 230 kV existentes entre as subestações de Cidade Industrial e Gravataí 2.<br />

Os níveis de tensão na área de influência das subestações de Gravataí e<br />

Caxias são diretamente influenciados pelo despacho da UTE Canoas, bem<br />

como o carregamento nas transformações 525/230 kV destas subestações.<br />

Nas tabelas a seguir são apresentados os efeitos da variação de geração<br />

nesta térmica nas emergências mais severas na região, no patamar de carga<br />

média de verão considerando apenas a unidade ora em operação.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 86 / 530


Na indisponibilidade da LT 525 kV Itá – Gravataí, o despacho pleno da UTE<br />

Canoas contribui para uma redução do déficit capacitivo na SE Caxias da<br />

ordem de 240 Mvar. Na perda de um transformador 525/230 kV da SE<br />

Gravataí, a geração de Canoas diminui a sobrecarga nos transformadores<br />

remanescentes em cerca de 5% em 2005 e 4% em 2006. Para a<br />

transformação 525/230 kV da SE Caxias, a redução da sobrecarga no<br />

transformador remanescente para perda de uma unidade é de 3% em 2005 e<br />

2006.<br />

No Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) estava prevista a<br />

implantação da segunda e terceira unidade dessa térmica no segundo<br />

semestre de 2004, totalizando 500 MW de potência instalada. Essa<br />

ampliação foi cancelada pelo agente de geração. Nas análises do ciclo<br />

anterior do PAR, considerando essa expansão, os problemas identificados<br />

até 2005 restringiam-se a um déficit de compensação de 50 Mvar na SE<br />

Caxias para suportar a perda da LT 525 kV Itá – Gravataí.<br />

Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá - Gravataí<br />

Situação<br />

Violação<br />

Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />

2005 Sem Déficit Reativo = 540 Mvar em Caxias 230 kV<br />

SE-S = 4000 MW Com Déficit Reativo = 300 Mvar em Caxias 230 kV<br />

2006 Sem Déficit Reativo = 410 Mvar em Caxias 230 kV<br />

Com Déficit Reativo = 385 Mvar em Caxias 230 kV<br />

2005 Sem Déficit Reativo = 400 Mvar em Caxias 230 kV<br />

S-SE = 3600 MW Com Déficit Reativo = 308 Mvar em Caxias 230 kV<br />

2006 Sem Déficit Reativo = 530 Mvar em Caxias 230 kV<br />

Com Déficit Reativo = 280 Mvar em Caxias 230 kV<br />

2005 Sem Déficit Reativo = 160 Mvar em Caxias 230 kV<br />

S-SE = 1300 MW Com Déficit Reativo = 90 Mvar em Caxias 230 kV<br />

2006 Sem Déficit Reativo = 415 Mvar em Caxias 230 kV<br />

Com Déficit Reativo = 210 Mvar em Caxias 230 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 87 / 530


Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV da<br />

SE Gravataí<br />

Situação<br />

Violação<br />

Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />

2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 19% / TR-3 = 12%<br />

SE-S = 4000 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 14% / TR-3 = 7%<br />

2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 25% / TR-3 = 17%<br />

Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 21% / TR-3 = 13%<br />

2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 2%/ TR-3 = 0%<br />

S-SE = 3600 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 0%/ TR-3 = 0%<br />

2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 11% / TR-3 = 4%<br />

Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 4%/TR-3 = 0%<br />

2005 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10%/ TR-3 = 2%<br />

S-SE = 1300 MW Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 3%/ TR-3 = 0%<br />

2006 Sem Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 16% / TR-3 = 9%<br />

Com Sobrecarga Gravataí: TR-2 = 10% / TR-3 = 3%<br />

Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV da<br />

SE Caxias<br />

Situação<br />

Violação<br />

Intercâmbio Ano UTE Canoas<br />

2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 16%<br />

SE-S = 4000 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />

2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 24%<br />

Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 21%<br />

2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 6%<br />

S-SE = 3600 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 3%<br />

2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15%<br />

Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />

2005 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 13%<br />

S-SE = 1300 MW Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 10%<br />

2006 Sem Sobrecarga Caxias: TR-1 = 18%<br />

Com Sobrecarga Caxias: TR-1 = 15%<br />

e) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

São relacionadas na tabela 3.3.2-11 seguinte, contingências duplas,<br />

simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de<br />

capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de<br />

carga, no atendimento à Região Metropolitana de Porto Alegre.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 88 / 530


Tabela 3.3.2-11 - Contingências duplas mais severas na região metropolitana de Porto Alegre<br />

CONTINGÊNCIAS<br />

LT 230 kV Gravataí – Porto Alegre 6, c1 e c2<br />

VIOLAÇÕES<br />

Corte de carga estimado em 79 MW na SE Porto<br />

Alegre 6<br />

LT 230 kV Gravataí – Cidade Industrial, c1 e c2<br />

Corte estimado de 20 MW de carga nas SEs Cidade<br />

Industrial e adjacências<br />

LT 230 kV Canoas – Cidade Industrial, c1 e c2<br />

Corte de aproximadamente 106 MW de carga na SE<br />

Porto Alegre 9<br />

LT 230 kV Pólo Petroquímico – Cidade<br />

Industrial, c1 e c2<br />

LTs 230 kV Eldorado – Porto Alegre 9 e Pelotas<br />

3 – Cidade Industrial<br />

LTs 230 kV Itaúba – Pólo Petroquímico e Itaúba<br />

– Cidade Industrial<br />

Afundamento de tensão em toda a região da SE Pólo<br />

Petroquímico<br />

Corte de carga nas SEs Eldorado e Guaíba 2 estimado<br />

em 62 MW<br />

Sobrecarga de 19% na LT 230 kV Itaúba – Passo<br />

Real, e de 11% na LT 230 kV Itaúba – Santa Cruz do<br />

Sul<br />

LT 230 kV P. Alegre 6 – P. Alegre 13 (radial com<br />

2 TRs 230/13,8)<br />

LT 230 kV Porto Alegre 6 – Porto Alegre 10 –<br />

Porto Alegre 4, c1 e c2<br />

Perda de toda a carga da SE Porto Alegre 13, da<br />

ordem de 52 MW<br />

Perda total da carga ligada na SE Porto Alegre 4,<br />

estimada em 162 MW<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel, CEEE)<br />

Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio Grande do Sul ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 C4, circuito duplo,<br />

30 km, lançamento do segundo circuito<br />

SE Alegrete 2: módulo de linha para UTE Uruguaiana<br />

SE UTE Uruguaiana: módulo de linha para Alegrete 2<br />

SE São Vicente: setor de 230 kV<br />

LT Caxias – Caxias 5, 230 kV, circuito simples, 25 km<br />

SE Caxias 5: setor de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUL/2004<br />

JUL/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 89 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT Passo Real – Santa Marta, 230 kV, seccionamento para<br />

SE Tapera 2, 2x 0,2 km<br />

SE Tapera 2: setor de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

JUL/2004<br />

JUL/2004<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção<br />

do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira<br />

com a Rede Básica, no Leste (Porto Alegre e Caxias), no Sul e no Oeste do<br />

Rio Grande do Sul (CEEE, AES-Sul,RGE).<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar<br />

sobrecargas observadas nas linhas de 230 kV Caxias - Farroupilha, Caxias -<br />

Campo Bom e Caxias 5 - Lageado Grande -Siderópolis (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Realizar estudos de planejamento visando a melhoria das condições de<br />

atendimento da carga da região de Santa Maria, em face de contingências<br />

tanto na Rede Básica como na rede de distribuição (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />

item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 90 / 530


Salto Osório<br />

Rigesa<br />

Pirabeiraba<br />

Compartilhada<br />

Comfio/Dohler<br />

São Lorenço<br />

d’Oeste<br />

Quebra<br />

Queixo<br />

Tigre<br />

WEG<br />

Fund.<br />

WEG<br />

Joinville SC<br />

Quilombo<br />

Pinhalzinho<br />

Palmitos<br />

Catanduvas<br />

Ibirama 2<br />

Sadia<br />

Trombudo<br />

Central<br />

Brusque<br />

Brusque RB<br />

Porto Belo<br />

Cer. Porto Belo<br />

SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />

LEGENDA:<br />

Usina Hidrelétrica<br />

<br />

Usina Eólica<br />

Usina Termelétrica<br />

Subestação<br />

Conversora<br />

LT 525 kV<br />

LT 230 kV<br />

LT 138 kV<br />

LT 69 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 91 / 530


3.3.3 Área Santa Catarina<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

O mercado de Santa Catarina é atendido por geração local de pequeno porte<br />

conectada ao sistema de distribuição, pela UTE Jorge Lacerda, térmica a carvão<br />

com capacidade instalada de 857 MW, e por instalações da Rede Básica nas<br />

tensões de 525 kV e 230 kV. O Estado conta com duas subestações de 525/230 kV:<br />

a SE Blumenau, 3x672 MVA, atendida por duas linhas de 525 kV, provenientes de<br />

Campos Novos e Curitiba, e a SE Campos Novos, 336 MVA. Nesta subestação, que<br />

é ponto de confluência das usinas do Rio Uruguai e da importação de energia da<br />

Argentina, incidem quatro linhas de 525 kV.<br />

A SE Blumenau serve ao atendimento da área leste de Santa Catarina, na qual se<br />

concentra a maior parte do consumo industrial, representativo de 60% do mercado<br />

de energia elétrica estadual. Esta área é atendida por seis subestações de 230 kV:<br />

Canoinhas, Joinville, Blumenau, Itajaí, Palhoça e Jorge Lacerda, interligadas por<br />

duas linhas de 230 kV que correm próximas ao litoral do Estado em quase toda sua<br />

extensão.<br />

A SE Palhoça é um dos principais pontos de atendimento à área leste de Santa<br />

Catarina, responsável pelo atendimento da região metropolitana de Florianópolis, e<br />

está interligada em 230 kV e em 138 kV à subestação de Blumenau e à UTE Jorge<br />

Lacerda.<br />

A região sul do Estado é atendida por duas linhas de 230 kV que partem da UTE<br />

Jorge Lacerda e pela linha Caxias 5 – Siderópolis também em 230 kV. Das<br />

subestações de 230 kV de Siderópolis e Jorge Lacerda derivam linhas de 138 kV e<br />

69 kV para atendimento das subestações distribuidoras da Celesc naquela região.<br />

O oeste do Estado é atendido pela rede de 525 kV por meio da SE Campos Novos<br />

525/230/138 kV, pela SE Xanxerê 230/138 kV e parte pela UTE Jorge Lacerda,<br />

através de uma linha de circuito duplo de 138 kV, que interliga esta térmica com as<br />

subestações de Campos Novos e Xanxerê. A SE Xanxerê está conectada às usinas<br />

hidrelétricas de Salto Osório e Passo Fundo, por meio de quatro linhas de<br />

transmissão em 230 kV.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado<br />

A tabela 3.3.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Santa Catarina no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 92 / 530


Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Santa Catarina<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

(1)<br />

(MW)<br />

3.447 (3) 3.567 3.567 4.447 (4)<br />

Demanda Máxima Anual<br />

(2)<br />

(MW)<br />

2.398 2.468 2.605 2.741<br />

Obs: (1) não incluidas pequenas gerações, incluída UHE Campos Novos (na divisa com o Rio Grande do Sul)<br />

(2) carga pesada de inverno; (3) UHE Quebra Queixo (120 MW); (4) UHE Campos Novos (880 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

a) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do leste de Santa Catarina<br />

Na tabela 3.3.3-2 estão apresentadas as tensões observadas no caso de<br />

indisponibilidade de linhas de transmissão 230 kV na área leste de Santa<br />

Catarina, para a condição de carga média de verão e para vários despachos<br />

na UTE Jorge Lacerda e intercâmbios entre o Sul e o Sudeste. Esses<br />

resultados foram obtidos considerando a retirada do reator de Campos<br />

Novos, de 100 Mvar, na linha para Areia, e do reator de Curitiba, de<br />

150 Mvar, na linha para Bateias.<br />

A instalação dos bancos de capacitores nas barras de 230 kV da SE Palhoça<br />

e da SE Blumenau em 2004, totalizando 300 Mvar, proporciona um resultado<br />

satisfatório para as contingências da linha 525 kV Campos Novos –<br />

Blumenau e das linhas 230 kV Blumenau – Palhoça e Jorge Lacerda –<br />

Palhoça, desde que esteja presente pelo menos uma unidade de cada setor<br />

da UTE Jorge Lacerda.<br />

Os valores de tensão mostrados na Tabela 3.3.3-2, de até 70% no<br />

barramento de 230 kV da SE Palhoça, indicam que haveria um corte de<br />

carga natural, na capital e no Sul do estado de Santa Catarina, em uma<br />

situação de emergência nas unidades geradoras da UTE Jorge Lacerda.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 93 / 530


Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina<br />

Intercâmbio<br />

Despacho da UTE<br />

Ano<br />

Indisponibilidade<br />

Sul-Sudeste<br />

(MW)<br />

Jorge Lacerda (MW)<br />

(P) (M) (G) (GG)<br />

Tensões (%)<br />

2006 LT 230 kV<br />

3.500<br />

25 33 fora 180<br />

Palhoça 230 kV = 82<br />

Blumenau –<br />

Palhoça<br />

Total=238 MW<br />

Siderópolis 230 kV = 92<br />

2006 LT 230 kV<br />

1.300<br />

50 66 130 fora<br />

Palhoça 230 kV = 70<br />

Blumenau –<br />

Palhoça<br />

Total=246 MW<br />

J.Lac. A 230 kV = 80<br />

Siderópolis 230 kV = 79<br />

2005 LT 230 kV Jorge<br />

1.300<br />

25 33 80 180<br />

Palhoça 230 kV = 82<br />

Lacerda A – Jorge<br />

Lacerda B<br />

Total=318 MW<br />

Palhoça 138 kV = 92<br />

J.Lac. A 230 kV = 82<br />

J.Lac. A 138 kV = 88<br />

2005 LT 230 kV Jorge<br />

3.300<br />

25 33 80 180<br />

Palhoça 230 kV = 77<br />

Lacerda A – Jorge<br />

Lacerda B<br />

Total=318 MW<br />

Palhoça 138 kV = 85<br />

J.Lac. A 230 kV = 76<br />

J.Lac. A 138 kV = 81<br />

2005 Máquina de Jorge<br />

1.300<br />

25 33 fora 180<br />

Palhoça 230 kV = 89<br />

Lacerda C (GG)<br />

Palhoça 138 kV = 95<br />

Total=238 MW<br />

J.Lac. A 230 kV = 87<br />

Siderópolis 230 kV = 85<br />

2006 LT 230 kV Jorge<br />

1.300<br />

for<br />

33 80 180<br />

J.Lac. A 230 kV = 88<br />

Lacerda A – Jorge<br />

Lacerda B<br />

a<br />

Total=293 MW<br />

J.Lac. A 138 kV = 93<br />

2006 LT 230 kV Jorge<br />

1.300<br />

25 fora 80 180<br />

J.Lac. A 230 kV = 84<br />

Lacerda A – Jorge<br />

Lacerda B<br />

Total=285 MW<br />

J.Lac. A 138 kV = 91<br />

2006 LT 230 kV<br />

1.300<br />

25 33 fora 180<br />

Palhoça 230 kV = 82<br />

Blumenau –<br />

Palhoça<br />

Total=238 MW<br />

Siderópolis 230 kV = 92<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 94 / 530


Intercâmbio<br />

Despacho da UTE<br />

Ano<br />

Indisponibilidade<br />

Sul-Sudeste<br />

(MW)<br />

Jorge Lacerda (MW)<br />

(P) (M) (G) (GG)<br />

Tensões (%)<br />

2006 Máquina de Jorge<br />

1.300<br />

25 33 fora 180<br />

Palhoça 230 kV = 84<br />

Lacerda C (GG)<br />

Palhoça 138 kV = 94<br />

Total=238 MW<br />

J.Lac. A 230 kV = 86<br />

Siderópolis 230 kV = 84<br />

No PAR/PDET 2002-2005 foi apontada a necessidade de relocação do<br />

terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A, para Jorge Lacerda B,<br />

que requer a construção de um trecho de linha de 230 kV de 800m em<br />

circuito simples. Esta relocação presume que também seja trocado o TC em<br />

Palhoça, na linha para Jorge Lacerda, e efetuada troca de relação no TC de<br />

Jorge Lacerda B. A concessão dessas obras está em definição pela Aneel.<br />

Até que sejam implantadas essas obras, são verificados problemas de<br />

tensão caso haja abertura do trecho Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B. Nas<br />

simulações deste ciclo do PAR essa obra está sendo considerada a partir de<br />

junho/2005, ficando a configuração do sistema elétrico de integração das<br />

diversas unidades da UTE Jorge Lacerda conforme representado na Figura<br />

3.3.3-1, a seguir.<br />

Essa obra foi proposta para equacionar problemas de sobrecarga na ligação<br />

de 230 kV entre Jorge Lacerda A e Jorge Lacerda B, quando da contingência<br />

na LT 525 kV Campos Novos – Blumenau, e também para eliminar restrições<br />

flexibilidade de despacho no Complexo de Jorge Lacerda (nas unidades 5, 6<br />

e 7).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 95 / 530


Figura 3.3.3-1 – Sistema elétrico de integração da UTE Jorge Lacerda, após relocação da linha para Palhoça<br />

Curitiba<br />

Tijucas<br />

Biguaçu<br />

Blumenau<br />

Garcia Coqueiros<br />

Florianópolis<br />

Vidal Ramos Jr.<br />

Cebrasc<br />

Joinville<br />

Roçado<br />

São Joaquim<br />

Orleans<br />

Itajaí<br />

Ilha Centro<br />

Campos Novos<br />

Caxias 5<br />

Forquilinhas<br />

Criciúma<br />

Criciúma Flor<br />

Siderópolis<br />

Siderópolis<br />

Palhoça<br />

Trindade<br />

Ilha Norte<br />

Ilha Sul<br />

J.Lacerda A<br />

unidades 1 e 2<br />

(P)<br />

Gravatal<br />

J.Lacerda A<br />

unidades 3 e 4<br />

(M)<br />

J.Lacerda B<br />

unidades 5 e 6<br />

(G)<br />

J.Lacerda C<br />

unidade 7<br />

(GG)<br />

Laguna<br />

Imbituba<br />

Palhoça<br />

Legenda<br />

525 kV<br />

230 kV<br />

138 kV<br />

69 kV<br />

Tubarão<br />

Os resultados dos estudos de planejamento, antecipados pelo CCPE ao <strong>ONS</strong><br />

no fechamento deste ciclo do PAR, recomendam uma segunda linha de<br />

230 kV, entre Jorge Lacerda e Palhoça, com 95 km de extensão. Simulando<br />

as contingências listadas na tabela 3.3.3-2, com a inclusão dessa linha,<br />

verifica-se que, na perda da LT 230 kV Blumenau – Palhoça, o ganho no<br />

perfil de tensão em Palhoça só se mostra expressivo quando disponível a<br />

maior unidade da UTE Jorge Lacerda (máquina GG). Conclui-se que a<br />

inclusão isolada da nova linha não se mostra suficiente para o controle de<br />

tensão na rede de 230 kV, que permanece dependente da condição de<br />

despacho da UTE Jorge Lacerda. Como essa linha faz parte de um conjunto<br />

integrado de obras de transmissão e distribuição, recomendado para o<br />

estado de Santa Catarina, essa avaliação deverá ser retomada quando das<br />

solicitações de acesso da Celesc relativas às subestações de 230 kV de seu<br />

interesse, componentes da solução de planejamento proposta pelo CCPE.<br />

Um aspecto que também deverá ser abordado nessa oportunidade diz<br />

respeito a possíveis soluções para restrições localizadas na rede de conexão<br />

das diversas unidades do complexo Jorge Lacerda, de forma a possibilitar<br />

maior flexibilidade de despacho entre as máquinas deste complexo, bem<br />

como a redução da dependência desta termelétrica no atendimento de Santa<br />

Catarina.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 96 / 530


) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas e equipamentos<br />

• Sobrecarga nas linhas de 230 kV entre Salto Osório e Xanxerê<br />

A subestação 230/138 kV de Xanxerê é interligada à UHE Salto Osório por<br />

duas linhas de 230 kV, um delas seccionada em Pato Branco, e interligada à<br />

UHE Passo Fundo também por dois circuitos em 230 kV.<br />

O carregamento nestas linhas é influenciado diretamente pela condição de<br />

despacho das usinas das bacias dos rios Iguaçu, Uruguai e as hidrelétricas<br />

do Rio Grande do Sul, bem como a condição de intercâmbio com a<br />

Argentina. Historicamente tem ocorrido simultaneidade hidrológica entre as<br />

usinas das bacias do rio Iguaçu, do rio Uruguai e dos rios Jacuí e Passo<br />

Fundo, resultando em despachos equilibrados entre as três bacias. A tabela<br />

3.3.3-3 mostra resultados das simulações da indisponibilidade da LT 230 kV<br />

Salto Osório – Xanxerê, considerando estas premissas de despacho e a<br />

condição de intercâmbio nulo com a Argentina.<br />

Os carregamentos obtidos nas simulações foram cotejados com a<br />

capacidade declarada pela Eletrosul no CPST para essas linhas, que é de<br />

240 MVA (602 A), correspondente à condição de verão/dia (carga média).<br />

Também foram comparados com os limites praticados na operação,<br />

conforme informados pela Eletrosul no MPO, que são de 278,8 MVA para<br />

inverno/dia na LT Salto Osório - Pato Branco, e de 319 MVA para condição<br />

noturna nas duas linhas, sendo este também o valor para sobrecargas de<br />

curta duração, determinado pelas bobinas de bloqueio, em ambos os casos.<br />

Os resultados apresentados na tabela apontam carregamentos acima do<br />

valor do CPST, para a LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco, em situações<br />

de intercâmbios elevados do Sudeste para o Sul, sem intercâmbio com a<br />

Argentina e com a UTE Uruguaiana em operação. Se adicionalmente a UTE<br />

Uruguaiana estiver parada, possibilidade explicitada contratualmente para o<br />

inverno, os valores de carregamento podem se aproximar e até mesmo<br />

ultrapassar os limites admitidos no MPO.<br />

Portanto, dependendo da condição operativa, estes circuitos podem se<br />

constituir em fator limitante para o recebimento pelo Sul (RSUL), ou mesmo<br />

para a exportação de energia elétrica para a Argentina através dos<br />

conversores de freqüência de Garabi, embora até o momento esta<br />

exportação tenha sido autorizada apenas em caráter excepcional e<br />

temporário e caracterizada como interruptível. Esta questão requer solução<br />

estrutural a ser definida em estudos de planejamento de longo prazo.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 97 / 530


Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório - Pato Branco<br />

Contingência na LT 230 kV Salto Osório - Xanxerê<br />

Ano Caso Intercâmbio Despachos Carregamento<br />

LT 230 kV<br />

Sudeste - Sul Rio Grande do Sul Bacia do Iguaçu Bacia do Uruguai S.Osório - P.Branco<br />

4000 MW 283 MVA<br />

Junho c/ Uruguaiana<br />

Pesada 437 MW (37%) 2570 MW (46%) 1280 MW (45%)<br />

4500 MW 321 MVA<br />

2004 s/ Uruguaiana<br />

4000 MW 281 MVA<br />

Junho c/ Uruguaiana<br />

Média 340 MW (29%) 2080 MW (37%) 590 MW (35%)<br />

4500 MW 317 MVA<br />

s/ Uruguaiana<br />

4100 MW 310 MVA<br />

Fevereiro c/ Uruguaiana<br />

Média 518 MW (44%) 2955 MW (52%) 1233 MW (44%)<br />

4800 MW 355 MVA<br />

s/ Uruguaiana<br />

2005 4000 MW 284 MVA<br />

Junho c/ Uruguaiana<br />

Pesada 479 MW (40%) 2870 MW (51%) 1380 MW (49%)<br />

4600 MW 315 MVA<br />

s/ Uruguaiana<br />

4000 MW 282 MVA<br />

Junho c/ Uruguaiana<br />

Média 390 MW (33%) 2400 MW (42%) 990 MW (35%)<br />

4600 MW 314 MVA<br />

s/ Uruguaiana<br />

4000 MW 245 MVA<br />

Junho c/ Uruguaiana<br />

Média 650 MW (45%) 1630 MW (30%) 1890 MW (43%)<br />

2006 4800 MW 300 MVA<br />

s/ Uruguaiana<br />

c) Problemas relacionados ao despacho das usinas termelétricas<br />

São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />

transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas<br />

térmicas. Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de<br />

transmissão que imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas<br />

(tratados sob o titulo de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que<br />

impeçam a minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a<br />

otimização energética do sistema (Despacho Mínimo).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 98 / 530


• UTE Jorge Lacerda (carvão)<br />

A UTE Jorge Lacerda é composta de sete unidades, designadas por A1, A2,<br />

A3, A4, B5, B6 e C7. A geração máxima das unidades A1 e A2, denominadas<br />

na operação por máquinas P, é de 50 MW cada; das unidades A3 e A4,<br />

máquinas M, é de 66 MW cada; das unidades B5 e B6, máquinas G, é de<br />

131 MW cada e da unidade C7, máquina GG, é de 363 MW.<br />

Despacho Mínimo<br />

Na situação atual os níveis de tensão nas regiões leste e sul de Santa<br />

Catarina são muito dependentes do despacho da UTE Jorge Lacerda. A<br />

época mais crítica do ano ocorre em geral no período de carga média de<br />

verão. Simulações na carga média de fevereiro de 2005, com intercâmbio Sul<br />

para Sudeste de 1.300 MW, iniciando os casos com a geração mínima de<br />

uma máquina em cada grupo da UTE Jorge Lacerda, apontaram os<br />

resultados descritos a seguir:<br />

- a saída da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau provoca violações<br />

nos carregamentos da linha 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge<br />

Lacerda B e dos transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge<br />

Lacerda. Para eliminar as violações é necessário elevar o despacho<br />

da unidade do grupo A1-A2 (P) ou da unidade do grupo A3-A4 (M). A<br />

geração no grupo (P) deve aumentar em 21 MW a partir do mínimo<br />

ou a do grupo (M) deve aumentar em 19 MW;<br />

- a indisponibilidade de geração no grupo (P) provoca sobrecarga nos<br />

transformadores 230/138 kV – 79 MVA de Jorge Lacerda A, pois de<br />

Jorge Lacerda A saem linhas em 138 kV para o planalto catarinense<br />

(São Joaquim e Lages), e para o leste do Estado (Imbituba, Laguna<br />

e Palhoça);<br />

- a saída da LT 230 kV Jorge Lacerda A – Jorge Lacerda B provoca<br />

subtensão nas barras 230 kV de Jorge Lacerda A e Palhoça e<br />

sobrecarga na transformação 138/69 kV-25 MVA de Jorge Lacerda<br />

A, necessitando de pelo menos duas máquinas M;<br />

- a geração do grupo B5-B6 (G) é necessária para atender à<br />

contingência de perda da geração de Jorge Lacerda C (GG), que<br />

provoca afundamento das tensões, atingindo 89% do nominal na<br />

barra de 230 kV de Palhoça, 87% em Jorge Lacerda A 85% em<br />

Siderópolis.<br />

- a geração de Jorge Lacerda C (GG) é necessária para evitar colapso<br />

de tensão com conseqüente corte de carga, em face de contingência<br />

da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau.<br />

Portanto, a configuração mínima de máquinas sincronizadas em Jorge<br />

Lacerda no verão de 2005, necessária para suportar a contingência da LT<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 99 / 530


525 kV Campos Novos – Blumenau ou da linha 230 kV Jorge Lacerda A –<br />

Jorge Lacerda B é de: 1P + 2M + 1G + 1GG, totalizando 440 MW.<br />

Para fevereiro de 2006, carga média, intercâmbio Sul para Sudeste de<br />

1.300MW, já considerando a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça –<br />

Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B, chegou-se aos requisitos mínimos de<br />

despacho descritos a seguir:<br />

- a geração de pelo menos uma máquina (P) é necessária para<br />

atender à emergência da LT 525 kV Campos Novos – Blumenau e<br />

evitar sobrecarga na transformação 230/138 kV de Jorge Lacerda A;<br />

- sem a geração de pelo menos uma máquina (M) não é possível<br />

proporcionar tensões adequadas (95%) no 138 kV de Jorge Lacerda<br />

A, no caso de indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda A –<br />

Jorge Lacerda B;<br />

- a geração de pelo menos uma máquina (G) é necessária para<br />

suportar a perda da máquina (GG), que provoca afundamento das<br />

tensões, atingindo 84% no 230 kV de Palhoça, 86% em Jorge<br />

Lacerda A e 84% em Siderópolis;<br />

- a ausência de geração na máquina (GG) provoca colapso de tensão<br />

e corte carga no leste e sul de Santa Catarina, em caso de saída da<br />

LT 525 kV Campos Novos – Blumenau.<br />

Portanto para o verão de 2006 persiste a necessidade de despacho mínimo<br />

da UTE Jorge Lacerda em: 1P + 1M + 1G + 1GG, nos seus mínimos<br />

operativos, totalizando 318 MW.<br />

Os resultados das simulações sinalizam que as restrições de despacho<br />

mínimo sobre as máquinas A1 e A2, que são integradas diretamente à rede<br />

de 138 kV, poderiam ser resolvidas com reforços localizados e compensação<br />

reativa. O equacionamento dessa questão torna-se premente, tendo em vista<br />

que essas unidades encontram-se no limite de vida útil, não havendo<br />

portanto na sua operação a mesma expectativa de disponibilidade das<br />

demais unidades do Complexo de Jorge Lacerda.<br />

Despacho máximo<br />

Para avaliação de desempenho no período que antecede a relocação do<br />

terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para Jorge Lacerda B,<br />

foram adotados os valores de capacidade das linhas de transmissão em<br />

análise expressos na Tabela 3.3.3-4.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 100 / 530


Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste de Santa Catarina<br />

Linha<br />

Capacidade<br />

(MVA)<br />

Elemento<br />

Limitante<br />

Limite do condutor<br />

(MVA)<br />

Jorge Lacerda A – Palhoça<br />

191<br />

TC<br />

223<br />

Jorge Lacerda B – Palhoça<br />

223<br />

LT<br />

223<br />

Jorge Lacerda B – Blumenau 212 TC 223<br />

Jorge Lacerda B - Jorge Lacerda A 223 LT 223<br />

Após a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça – Jorge Lacerda A para<br />

Jorge Lacerda B, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça ficará com capacidade<br />

operativa de 223 MVA para longa duração, com a troca do TC de Palhoça, e<br />

troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é de<br />

319 MVA.<br />

Foram executadas simulações para o período que antecede esta relocação,<br />

admitindo-se intercâmbio da Região Sul para o Sudeste de 3.000 MW, UTE<br />

Jorge Lacerda com despacho de 840 MW, maximização do despacho<br />

hidráulico na Região Sul, térmicas a gás com despacho pleno e modulação<br />

da importação por Garabi. A Tabela 3.3.3-5 resume os resultados em<br />

condição normal, com a rede completa, antes da relocação.<br />

Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da relocação da linha para Palhoça, em regime<br />

permanente<br />

Configuração / Despacho<br />

Hidráulico<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda A<br />

– Palhoça<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- Blumenau<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

JUNHO/2004 – C.Pesada<br />

191,8 MVA<br />

113,2 MVA<br />

291,7 MVA<br />

Hidráulicas: 93%<br />

96,1%<br />

51,1%<br />

125,1%<br />

JUNHO/2004 – C.Média<br />

182,5 MVA<br />

121,7 MVA<br />

271,2 MVA<br />

Hidráulicas: 85%<br />

91,1%<br />

54,7%<br />

116,4%<br />

JUNHO/2004 – C.Leve<br />

197,3 MVA<br />

180,6 MVA<br />

243,1 MVA<br />

Hidráulicas: 55%<br />

98,9%<br />

81,5%<br />

104,3%<br />

FEVEREIRO/2005 – C.Pesada<br />

209,2 MVA<br />

107,2 MVA<br />

304,9 MVA<br />

Hidráulicas: 90%<br />

104,6%<br />

48,2%<br />

130,5%<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 101 / 530


Configuração / Despacho<br />

Hidráulico<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda A<br />

– Palhoça<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- Blumenau<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

FEVEREIRO/2005 – C.Média<br />

190,8 MVA<br />

101,7 MVA<br />

281,4 MVA<br />

Hidráulicas: 95%<br />

95,7%<br />

45,9%<br />

120,8%<br />

Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />

Após a relocação, a linha Jorge Lacerda B – Palhoça fica com capacidade<br />

operativa de 223 MVA para longa duração, com troca do TC de Palhoça, e<br />

troca de relação de TC em Jorge Lacerda B. Para curta duração o limite é<br />

de 319 MVA. A Tabela 3.3.3-6 resume os resultados, de regime permanente<br />

com a rede completa, para o período após a relocação.<br />

Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime permanente, após a relocação<br />

Configuração / Despacho<br />

Hidráulico<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

– Palhoça<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- Blumenau<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

JUNHO/2005 – C.Pesada<br />

195,6 MVA<br />

103,2 MVA<br />

102,7 MVA<br />

Hidráulicas: 95%<br />

84,0%<br />

46,6%<br />

44,1%<br />

JUNHO/2005 – C.Média<br />

186,2 MVA<br />

112,7 MVA<br />

87,6 MVA<br />

Hidráulicas: 88%<br />

79,8%<br />

50,8%<br />

37,6%<br />

JUNHO/2005 – C.Leve<br />

201,0 MVA<br />

174,9 MVA<br />

91,5 MVA<br />

Hidráulicas: 57%<br />

86,2%<br />

78,9%<br />

39,2%<br />

FEVEREIRO/2006 – C.Pesada<br />

214,7 MVA<br />

104,9 MVA<br />

79,6 MVA<br />

Hidráulicas: 89%<br />

91,6%<br />

47,1%<br />

34,0%<br />

FEVEREIRO/2006 – C.Média<br />

200,8 MVA<br />

107,8 MVA<br />

57,8 MVA<br />

Hidráulicas: 95%<br />

85,8%<br />

48,5%<br />

24,7%<br />

JUNHO/2006 – C.Pesada<br />

209,2 MVA<br />

120,2 MVA<br />

66,3 MVA<br />

Hidráulicas: 88%<br />

89,8%<br />

54,2%<br />

27,1%<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 102 / 530


Configuração / Despacho<br />

Hidráulico<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

– Palhoça<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- Blumenau<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

JUNHO/2006 – C.Média<br />

201,6 MVA<br />

131,9 MVA<br />

56,0 MVA<br />

Hidráulicas: 79%<br />

86,9%<br />

59,8%<br />

24,1%<br />

JUNHO/2006 – C.Leve<br />

208,2 MVA<br />

182,9 MVA<br />

76,8 MVA<br />

Hidráulicas: 50%<br />

89,3%<br />

82,5%<br />

32,9%<br />

Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />

Ao simular a indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau,<br />

antes da relocação observou-se os carregamentos mostrados na Tabela<br />

3.3.3-7, para as linhas mais afetadas.<br />

Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da<br />

relocação<br />

Configuração<br />

JUNHO/2004 – C.Pesada<br />

Hidráulicas: 93%<br />

JUNHO/2004 – C.Média<br />

Hidráulicas: 85%<br />

JUNHO/2004 – C.Leve<br />

Hidráulicas: 55%<br />

FEVEREIRO/2005 – C.Pesada<br />

Hidráulicas: 90%<br />

FEVEREIRO/2005 – C.Média<br />

Hidráulicas: 95%<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda A<br />

- Palhoça<br />

231,0 MVA<br />

116,2%<br />

224,9 MVA<br />

112,7%<br />

261,0 MVA<br />

131,4%<br />

246,7 MVA<br />

123,8%<br />

227,0 MVA<br />

114,3%<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

369,3 MVA<br />

159,0%<br />

332,7 MVA<br />

152,4%<br />

360,8 MVA<br />

155,6%<br />

378,8 MVA<br />

162,7%<br />

352,0 MVA<br />

151,7%<br />

Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />

Os carregamentos resultantes da mesma indisponibilidade simulada após a<br />

relocação são mostrados na Tabela 3.3.3-8.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 103 / 530


Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a<br />

relocação<br />

Configuração<br />

JUNHO/2005 – C.Pesada<br />

Hidráulicas: 95%<br />

JUNHO/2005 – C.Média<br />

Hidráulicas: 88%<br />

JUNHO/2005 – C.Leve<br />

Hidráulicas: 57%<br />

FEVEREIRO/2006 – C.Pesada<br />

Hidráulicas: 89%<br />

FEVEREIRO/2006 – C.Média<br />

Hidráulicas: 95%<br />

JUNHO/2006 – C.Pesada<br />

Hidráulicas: 88%<br />

JUNHO/2006 – C.Média<br />

Hidráulicas: 79%<br />

JUNHO/2006 – C.Leve<br />

Hidráulicas: 50%<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- Palhoça<br />

231,7 MVA<br />

99,9%<br />

225,0 MVA<br />

96,9%<br />

264,2 MVA<br />

113,7%<br />

251,9 MVA<br />

107,9%<br />

239,7 MVA<br />

102,8%<br />

250,9 MVA<br />

108,2%<br />

247,0 MVA<br />

107,0%<br />

274,4 MVA<br />

118,1%<br />

Carregamento da<br />

linha J. Lacerda B<br />

- J. Lacerda A<br />

138,0 MVA<br />

59,5%<br />

125,6 MVA<br />

54,1%<br />

129,8 MVA<br />

55,9%<br />

119,9 MVA<br />

51,4%<br />

100,1 MVA<br />

42,9%<br />

108,5 MVA<br />

46,8%<br />

104,8 MVA<br />

45,4%<br />

125,9 MVA<br />

54,2%<br />

Nota: Os carregamentos percentuais são calculados em relação ao valor de longa duração para corrente.<br />

Portanto a relocação do terminal da LT 230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em<br />

Jorge Lacerda B, elimina as restrições para escoamento da geração da UTE<br />

Jorge Lacerda em condições normais de operação, com a rede completa, em<br />

todo o período do PAR 2004-2006. No entanto, ocorrem violações de até<br />

18% sobre o limite do CPST, quando da indisponibilidade da LT 230 kV<br />

Jorge Lacerda B – Blumenau. Quando considerado o valor admissível para<br />

carregamento de curta duração, de 319 MVA, a relocação do terminal da LT<br />

230 kV Palhoça - Jorge Lacerda A em Jorge Lacerda B é suficiente para<br />

escoamento da geração da UTE Jorge Lacerda, em todo o período do PAR<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 104 / 530


2004-2006. Fica caracterizado, portanto, a importância do deslocamento<br />

proposto da linha para Palhoça.<br />

d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

São relacionadas, na tabela 3.3.3-9 seguinte, contingências duplas,<br />

simuladas no verão de 2005, que levaram a violações de limites de<br />

capacidade de linhas e transformadores, violações de tensão ou corte de<br />

carga, no atendimento à Região Metropolitana de Florianópolis. Observa-se<br />

grande dependência do atendimento de Florianópolis à subestação de<br />

Palhoça e às linhas de 230 kV que chegam a esta subestação.<br />

Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no atendimento a Florianópolis<br />

CONTINGÊNCIAS<br />

LTs 230 kV Palhoça – Blumenau e Palhoça –<br />

Jorge Lacerda A<br />

VIOLAÇÕES<br />

Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 95 MW<br />

na carga de atendida pela SE Palhoça, com risco de<br />

desligamentos em cascata<br />

LTs 230 kV J. Lacerda A – J. Lacerda B e<br />

Palhoça – Jorge Lacerda A<br />

Subtensão em Palhoça, exigindo corte estimado de 90 MW<br />

na carga de atendida pela SE Palhoça e sobrecarga de<br />

35% na linha 138 kV Itajaí - Tijucas<br />

SE Palhoça – Transformadores 2 e 3 (único<br />

disjuntor na alta) e Transformador 1<br />

Corte estimado dede 43 MW nas cargas atendidas pela SE<br />

Palhoça<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

fora da Rede Básica nas SEs Blumenau, Joinville e Jorge Lacerda A.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa Catarina ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Jorge Lacerda B: relocação do terminal da LT 230 kV<br />

Palhoça – Jorge Lacerda A e implantação de trecho de linha<br />

de 230 kV, circuito simples, 0,8 km<br />

SE Palhoça: Substituição do TC para Jorge Lacerda B<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 105 / 530


) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Definir um programa de compensação reativa na distribuição, para correção<br />

do fator de potência nas áreas de influência das subestações de fronteira<br />

com a Rede Básica, no Leste de Santa Catarina (Celesc).<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo para solucionar problemas<br />

operativos decorrentes de contingências na rede de 230 kV do oeste de<br />

Santa Catarina (Salto Osório - Xanxerê) (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Realizar avaliação da implementação da solução integrada de longo prazo<br />

para a rede transmissão de Santa Catarina, quando das solicitações de<br />

acesso da Celesc (<strong>ONS</strong>/Celesc/Eletrosul).<br />

• Na SE Jorge Lacerda B, trocar a relação do TC para Palhoça (Eletrosul).<br />

• Realizar avaliação da implementação da solução de longo prazo para<br />

solucionar restrições de despacho sobre as máquinas do Complexo Jorge<br />

Lacerda (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 106 / 530


Mato Grosso do Sul<br />

Eldorado<br />

Dourados<br />

Guaira<br />

Altônia<br />

Loanda<br />

Umuarama<br />

Rosana<br />

Cidade<br />

Gaúcha<br />

Paranavaí<br />

Santos Dumont<br />

Goio-erê<br />

Cianorte<br />

Campo<br />

Morão<br />

Colorado<br />

Mourão<br />

Barbosa<br />

Ferraz<br />

Faxinal<br />

Assis<br />

Alto Paraná<br />

DETALHE DA<br />

REGIÃO DE LONDRINA<br />

Astorga<br />

C. Procópio<br />

Londrina<br />

Ibiporã<br />

(Copel)<br />

(2005)<br />

J. Alvorada<br />

Maringá Sarandi<br />

Londrina<br />

Arapongas<br />

(Eletrosul)<br />

Horizonte<br />

(2005)<br />

Mandaguari<br />

Florestópolis<br />

Bela Vista<br />

do Paraíso<br />

Apucarana<br />

(2006)<br />

(2005)<br />

Bandeirantes<br />

(2005)<br />

Figueira<br />

Andirá<br />

Salto Grande<br />

Siqueira<br />

Campos<br />

Inpacel<br />

Jaguariaíva<br />

Chavantes<br />

Pisa<br />

São Paulo<br />

Ibiuna<br />

Itaberá<br />

Paraguai<br />

Acaray<br />

Itaipu<br />

Foz do<br />

Iguaçu<br />

(Furnas)<br />

Foz do<br />

Iguaçu<br />

Mal. Cândido<br />

Rondon<br />

Palotina<br />

Olímpico<br />

Vila Yolanda<br />

Argentina<br />

Assis<br />

Chateaubriand<br />

Toledo<br />

Céu Azul<br />

Medianeira<br />

Frigobrás<br />

Cascavel<br />

Oeste<br />

(2006)<br />

Foz do Iguaçu Oeste<br />

Portal<br />

Salto<br />

Caxias<br />

Realeza<br />

Pinheiros<br />

(2005)<br />

Ubiratã<br />

Cascavel<br />

Foz do<br />

Chopim<br />

Francisco<br />

Beltrão<br />

Mamborê<br />

(2005)<br />

Quedas do<br />

Salto Iguaçu<br />

Osório<br />

Salto<br />

Dois Santiago<br />

Vizinhos<br />

Pato Branco<br />

(2005)<br />

Laranjeiras<br />

do Sul<br />

Madeireira<br />

Sta. Maria<br />

Pitanga<br />

Coop. Agrária<br />

Entre Rios<br />

Gov. Bento<br />

Munhoz<br />

Ivaiporã<br />

Vila Carli<br />

Faz. Eólica<br />

de Palmas<br />

Clevelândia<br />

Palmas<br />

Xanxerê<br />

(2005)<br />

Canteiro<br />

Segredo<br />

Itá<br />

(2005)<br />

Guarapuava<br />

Socorro<br />

Santa<br />

Clara<br />

Fundão<br />

Areia<br />

<br />

Paraná<br />

União da<br />

Vitória<br />

Campos Novos<br />

Telêmaco<br />

Borba<br />

Rio Azul<br />

Ponta<br />

Grossa Norte<br />

Xisto<br />

Irati<br />

Sabará<br />

Canoinhas<br />

Palmeira<br />

São Mateus<br />

do Sul<br />

Castro<br />

Batavia<br />

Belém<br />

Ponta<br />

Grossa Sul<br />

(2003)<br />

Lapa<br />

Tafisa<br />

Santa Catarina<br />

(2003)<br />

Bateias<br />

DETALHE DA<br />

REGIÃO DE CURITIBA<br />

CCPRB<br />

Curitiba<br />

Ibiuna<br />

Pilarzinho<br />

Uberaba<br />

(2005)<br />

Joinville<br />

Blumenau<br />

Gov. Parigot<br />

de Souza<br />

Posto<br />

Fiscal<br />

Guaratuba<br />

Paranaguá<br />

Praia de<br />

Leste<br />

Matinhos<br />

Oceano<br />

Atlântico<br />

Londrina<br />

(Copel)<br />

REGIÃO DE LONDRINA<br />

Palermo<br />

J. Bandeirante<br />

Dixie Toga<br />

R. Davids<br />

Vera Cruz<br />

Ibiporã<br />

(2004)<br />

Londrina<br />

(Eletrosul)<br />

Bateias<br />

Itambé<br />

Campo<br />

Largo<br />

UEG Araucária<br />

CSN<br />

(2003)<br />

REGIÃO DE CURITIBA<br />

(2003)<br />

Sid.<br />

Guaíra<br />

Gralha<br />

Azul<br />

Campo<br />

Comprido<br />

Distr. Ind.C. Largo<br />

C. Ind.<br />

(2003)<br />

Curitiba<br />

Pilarzinho<br />

Hubner<br />

Umbará<br />

Fazenda<br />

Iguaçú<br />

Uberaba<br />

S. Mônica<br />

(2004)<br />

Campo do<br />

Assobio<br />

Distr. Ind.<br />

S. J. dos<br />

Pinhais<br />

SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL<br />

LEGENDA:<br />

Usina Hidrelétrica<br />

<br />

Usina Eólica<br />

Usina Termelétrica<br />

Subestação<br />

Conversora<br />

LT 600 kV CC<br />

LT 765 kV<br />

LT 525 kV<br />

LT 230 kV<br />

LT 138 kV<br />

LT 69 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 107 / 530


3.3.4 Área Paraná<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

O sistema de 525 kV que atende ao Estado do Paraná interliga-se na subestação<br />

de Ivaiporã ao tronco de 750 kV de Itaipu, que constitui o elo principal de ligação<br />

entre as regiões Sul e Sudeste. Desta subestação partem três linhas de 525 kV<br />

para as hidrelétricas de Salto Santiago e Gov. Bento Munhoz, no Rio Iguaçu, e para<br />

a subestação de Londrina, 525/230 kV, que constitui o principal ponto de<br />

atendimento ao norte do Paraná.<br />

Da SE Londrina 525/230 kV saem linhas em 230 kV para as subestações de<br />

Ibiporã, Figueira, Apucarana e Maringá. Uma parcela menor do intercâmbio de<br />

energia com a Região Sudeste é realizada por meio de linhas de 230 kV que<br />

interligam três subestações da área norte do Estado (Maringá, Londrina e Figueira)<br />

às subestações de Assis e Chavantes, na fronteira de São Paulo.<br />

A partir do segundo trimestre do ano em curso a capacidade da interligação com o<br />

Sudeste foi expandida, com a entrada em operação de uma linha de 500 kV, em<br />

circuito duplo, que conecta a subestação de Bateias, na Região Metropolitana de<br />

Curitiba, com Ibiúna, no estado de São Paulo.<br />

A LT 230 kV Salto Osório – Campo Mourão interliga a área norte do Paraná com a<br />

UHE Salto Osório. Desta usina saem mais quatro linhas de 230 kV, para as<br />

subestações de Areia, Pato Branco e Cascavel. Esta subestação conecta-se à SE<br />

Cascavel Oeste, 525/230 kV – 600 MVA, que é ponto de recepção da geração da<br />

UHE Salto Caxias e principal pólo de atendimento à área oeste do Paraná,<br />

juntamente com a UHE Salto Osório.<br />

Da UHE Gov. Bento Munhoz saem duas linhas de 525 kV para as subestações de<br />

Bateias (672 MVA) e Curitiba (2x672 MVA), que atendem a área metropolitana de<br />

Curitiba, onde se concentra a maior parte do consumo industrial do Paraná. O<br />

principal centro de carga do Estado é atendido em 230 kV pela UHE Gov. Parigot<br />

de Souza e por seis subestações de 230/69 kV, que se interligam, formando um<br />

anel de 230 kV em torno da área metropolitana.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado<br />

A tabela 3.3.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Paraná no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 108 / 530


Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Paraná<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

(MW) (1) 7.414 7.414 7.533 (3) 7.562 (4)<br />

Demanda Máxima Anual<br />

(MW) (2) 3.278 3.378 3.623 3.805<br />

Obs: (1) incluídas as usinas do Rio Iguaçu, não incluídas pequenas gerações<br />

(2) carga pesada de inverno; (3) UHE Santa Clara (119 MW); (4) UHE Fundão (119 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Do fechamento do ciclo anterior do PAR ao presente ocorreram importantes<br />

definições no que se refere à expansão da Interligação Sul-Sudeste e da Rede<br />

Básica de 525 kV associada às usinas do Rio Iguaçu, ao que se soma o<br />

cancelamento do programa de expansão de geração térmica a gás no Mato<br />

Grosso do Sul. Essas mudanças deverão influir direta ou indiretamente no<br />

desempenho operativo do sistema elétrico no Paraná, particularmente no Norte e<br />

no Oeste do Estado.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

• Problemas de estabilidade associados ao escoamento da UTE Araucária<br />

O ponto de conexão da UTE Araucária à Rede Básica é a barra de 230 kV da<br />

SE Gralha Azul. Na configuração inicialmente proposta para integração da<br />

usina ao sistema essa subestação ligava-se à SE Cidade Industrial e à SE<br />

Campo Assobio por meio de um novo trecho de linha de 230 kV em circuito<br />

duplo, a ser construído entre a SE Gralha Azul e a SE Umbará. Desta linha<br />

um dos circuitos é ligado ao trecho de linha entre a SE Umbará e a SE<br />

Cidade Industrial. O outro circuito da nova linha é ligado ao trecho de linha<br />

existente entre a SE Umbará e a SE Campo do Assobio. O disjuntor da SE<br />

Umbará no qual se conecta o circuito Umbará – Campo do Assobio seria<br />

mantido aberto, sendo fechado apenas durante emergências, como a perda<br />

da LT 230 kV Gralha Azul - Cidade Industrial (ou Gralha Azul - Campo<br />

Comprido, antes da implantação da SE Cidade Industrial).<br />

Considerando essa configuração, constatou-se que na perda da LT 230 kV<br />

Gralha Azul – Campo Comprido praticamente toda a geração da usina fluiria<br />

pelo circuito de 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio. Nesta situação não<br />

há como escoar integralmente a potência da UTE Araucária, devido à<br />

sobrecarga no trecho de linha entre Umbará e Campo do Assobio. Para<br />

contornar o problema, foi elaborado um esquema de controle de emergência<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 109 / 530


(ECE), que conectará a LT 230 kV Gralha Azul - Campo do Assobio na SE<br />

Umbará se ocorrer a perda da LT 230 kV Gralha Azul – Campo Comprido,<br />

abrindo a seguir a outra extremidade deste circuito no terminal de Campo do<br />

Assobio. Este esquema deveria atuar para despachos líquidos da térmica<br />

acima de 300 MW. Entretanto, na análise de desempenho transitório<br />

mostrou-se necessário reduzir o despacho da usina, para evitar esforços<br />

inadmissíveis sobre os eixos das máquinas da UTE Araucária, provocados<br />

pela atuação do ECE. Por este motivo, a Copel-G assumiu a implantação de<br />

um esquema de corte de geração (ECG) de uma máquina a gás da térmica,<br />

que será ativado antes da alteração topológica a ser efetuada pelo ECE,<br />

para despachos líquidos da usina superiores a 340 MW.<br />

A atuação dos esquemas acima descritos constitui solução provisória para<br />

fazer frente a essa contingência, até que seja implantada uma nova entrada<br />

de linha na SE Umbará, para conexão permanente da SE Gralha Azul,<br />

atualmente em análise pela Aneel. Com isso também voltaria a ser ligado<br />

diretamente nesta subestação o circuito para Campo do Assobio.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Baixo perfil de tensão nas barras de 230 kV do norte do Paraná<br />

A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina causa decréscimo<br />

no perfil de tensão nas subestações de Maringá e Apucarana, a níveis<br />

inferiores a 90% na carga pesada de inverno, desde 2004, nos dois sentidos<br />

de intercâmbio. Este problema persiste até o seccionamento da LT 230 kV<br />

Maringá – Assis para a SE Londrina, cuja concessão está em análise pela<br />

Aneel.<br />

• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Guaíra<br />

A perda da LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra provoca baixo perfil de<br />

tensão na região de Guaíra, cuja severidade depende da condição de<br />

intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste e da geração despachada no<br />

Mato Grosso do Sul. Para exportação de 3.500 MW para o Sudeste e<br />

geração de 90 MW na UTE W. Arjona, o déficit capacitivo estimado é de<br />

40 Mvar em 2004 e 47 Mvar em 2005, elevando-se para 91 Mvar em 2004 e<br />

118 Mvar em 2005 quando se considera despacho nulo nesta térmica. A<br />

entrada em operação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, proposta<br />

pela primeira vez neste PAR e prevista para 2006, eliminará os problemas<br />

causados por esta contingência.<br />

• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Cascavel Oeste<br />

A perda do único transformador 525/230 kV da SE Cascavel Oeste provoca<br />

tensões inferiores a 90% na região oeste do estado, principalmente em<br />

Cascavel Oeste, no inverno de 2004, no cenário de intercâmbio de 4.000 MW<br />

do Sudeste para o Sul. Até a instalação do segundo transformador nesta<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 110 / 530


subestação, em análise pela Aneel, e da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />

Ivaiporã, em fase de licitação, será necessário redespacho de geração na<br />

UHE Salto Osório, de maneira a garantir geração mínima superior a 800 MW<br />

durante esta indisponibilidade para evitar colapso de tensão.<br />

• Baixo perfil de tensão na rede de 138 kV da região de Foz do Iguaçu<br />

Atualmente a região de Foz do Iguaçu está sendo atendida de forma radial<br />

através de duas linhas em 138 kV que partem da SE Cascavel 230/138 kV.<br />

Também são atendidos por estas linhas outros centros de carga situados<br />

entre Foz do Iguaçu e Cascavel (Vila Yolanda, Céu Azul e Medianeira). O<br />

desempenho desta configuração apresenta restrições de tensão e<br />

carregamentos. Para resolver estes problemas recentemente a Copel<br />

solicitou acesso à Rede Básica através de uma nova subestação 230/138 kV,<br />

150 MVA, denominada Foz do Iguaçu Norte, que será atendida a partir da SE<br />

Cascavel Oeste por uma nova linha de 230 kV, com 115 km.<br />

• Baixo perfil de tensão na barra de 230 kV da SE Pilarzinho<br />

A linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido<br />

e a SE Pilarzinho apresenta elevados carregamentos em condição normal,<br />

que chegam à ultrapassar o valor de 276 MVA, limite de carregamento<br />

contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para despachos da UTE<br />

Parigot de Souza abaixo de 80 MW. A perda desta linha implica em que o<br />

atendimento à SE Pilarzinho passe a ser feito radialmente a partir da UHE<br />

Gov. Parigot de Souza, que é o ponto de controle de tensão mais próximo<br />

Daí resultam tensões baixas na SE Pilarzinho e na rede de 69 kV da área de<br />

influência desta subestação. Com a entrada da SE Santa Mônica, que<br />

seccionará a LT 230 kV Pilarzinho - Gov. Parigot de Souza, este problema<br />

tende a se agravar. A implantação da LT 230 kV D. I. S. José dos Pinhais –<br />

Santa Mônica melhorará o suporte de tensão na barra de 230 kV da SE<br />

Santa Mônica e, indiretamente, na SE Pilarzinho. Mesmo assim mostra-se<br />

indispensável a implantação do capacitor de 69 kV, 30 Mvar, programado<br />

pela Copel-D para o secundário da SE Pilarzinho. Compensação do mesmo<br />

porte está prevista pela Copel-D para as subestações de Umbará, Uberaba e<br />

Cidade Industrial de Curitiba, cuja necessidade é ditada pelo crescimento da<br />

carga, ativa e reativa, na Região Metropolitana de Curitiba. A necessidade de<br />

compensação capacitiva no secundário da SE Santa Mônica deverá ser<br />

avaliada na análise das condições de acesso desta nova subestação, para a<br />

qual a Copel-D solicitou acesso durante este ciclo do PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 111 / 530


c) Problemas relacionados a sobrecargas em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste<br />

As subestações de Cascavel Oeste e Cascavel são conectadas por duas<br />

linhas de transmissão: uma delas de circuito duplo, condutor 795 MCM, com<br />

um circuito em operação, e a outra linha de circuito simples, condutor<br />

636 MCM. Em condição normal de operação não são esperadas sobrecargas<br />

nestas duas linhas no período em análise, ocorrendo inclusive redução de<br />

carregamento em 2006, para a condição de intercâmbio Sul – Sudeste, após<br />

a implantação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã. Entretanto a perda<br />

de um dos circuitos de 230 kV entre as duas subestações causa sobrecarga<br />

no circuito remanescente. Na tabela seguinte registram-se os carregamentos<br />

resultantes da indisponibilidade de um dos circuitos, para diversos patamares<br />

de carga e cenários de intercâmbio de energia com a Região Sudeste. Pode<br />

ser observado que a entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />

Ivaiporã em 2006 aliviará a sobrecarga na condição de intercâmbio Sul –<br />

Sudeste. Entretanto não se mostra efetiva para intercâmbio no sentido<br />

inverso, no qual persiste sobrecarga de 35% em fevereiro de 2006 e de 69%<br />

em junho do mesmo ano.<br />

Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste – Cascavel na perda de um circuito<br />

ANO PATAMAR RSUL<br />

FLUXOS (MVA)<br />

circuito 1 circuito 2<br />

2004<br />

Jun Pes -3300 MW 0 305<br />

Jun Pes +4000 MW 0 357<br />

Fev Med -3000 MW 0 278<br />

2005<br />

Fev Med +4000 MW 0 281<br />

Jun Pes -3500 MW 0 390<br />

Jun Pes +4000 MW 0 361<br />

Fev Med -4000 MW 0 99<br />

2006<br />

Fev Med +4000 MW 0 331<br />

Jun Pes -3500 MW 0 155<br />

Jun Pes +4000 MW 0 415<br />

Também ocorrem sobrecargas nestes circuitos quando da perda da LT<br />

525 kV Salto Caxias – Salto Santiago, que variam conforme a geração da<br />

UHE Salto Caxias, que nesta contingência tende a escoar totalmente pelo<br />

transformador da SE Cascavel Oeste e pela rede de 230 kV associada. Com<br />

geração de 1.200 MW nesta hidrelétrica, a sobrecarga atinge 75% em junho<br />

de 2005. A entrada em operação da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã,<br />

atualmente em fase de licitação, eliminará as sobrecargas entre Cascavel<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 112 / 530


Oeste e Cascavel para esta indisponibilidade. Antes dessa ampliação será<br />

requerida a atuação de esquema de alívio de geração na UHE Caxias.<br />

Na compatibilização do PAR 2003-2005 com o PDET 2002-2006 foi proposta<br />

a recapacitação para 350 MVA das duas linhas entre Cascavel e Cascavel<br />

Oeste. Entretanto, o recente cancelamento do programa de expansão<br />

térmica no Mato Grosso do Sul teve impacto marcante na distribuição de<br />

fluxos na rede de 230 kV do Oeste do Paraná. Pela tabela anterior pode-se<br />

concluir que a recapacitação para 350 MVA não resolverá as sobrecargas na<br />

perda de um dos circuitos Cascavel Oeste – Cascavel, o que é atendido com<br />

o lançamento do terceiro circuito de 230 kV entre Cascavel Oeste e<br />

Cascavel. A perda da LT 525 kV Salto Caxias - Salto Santiago provoca<br />

sobrecargas nesta linha mesmo com o terceiro circuito, o que será resolvido<br />

com a entrada da LT 525 kV Cascavel Oeste – Ivaiporã, atualmente em<br />

processo de licitação. Antes dessa ampliação será requerida a atuação de<br />

esquema de alívio de geração na UHE Caxias. Portanto não se caracteriza a<br />

necessidade da recapacitação anteriormente proposta, bastando o<br />

lançamento do terceiro circuito.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório<br />

A perda da LT 525 kV Cascavel Oeste – Salto Caxias provoca sobrecarga na<br />

LT 230 kV Cascavel Oeste – Salto Osório, no patamar de carga média de<br />

verão. A sobrecarga esperada é de 23% em 2005, com intercâmbio Sul –<br />

Sudeste de 3.000 MW. Este problema deixa de existir com a entrada do<br />

segundo transformador de Cascavel e da LT 525 kV Cascavel Oeste –<br />

Ivaiporã. Antes dessas obras será requerida a atuação de esquema de alívio<br />

de geração na UHE Caxias.<br />

• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra –<br />

Dourados<br />

A análise de desempenho destas linhas está documentada no item 3.5.3,<br />

referente ao Mato Grosso do Sul, devido à sua vinculação ao atendimento<br />

daquela área.<br />

• Sobrecarga nas LT 230 kV Londrina – Ibiporã e LT 230 kV Londrina<br />

(Eletrosul) – Londrina (Copel)<br />

O fluxo na LT 230 kV Londrina (E) – Londrina (C) na perda da LT 230 kV<br />

Londrina – Ibiporã é de 413 MVA, no patamar de carga pesada de inverno de<br />

2004 e intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Nas mesmas condições, a<br />

perda da Londrina (E) – Londrina (C) provoca fluxo de 337 MVA na linha<br />

Londrina – Ibiporã. O limite de transmissão da Londrina (E) – Londrina (C) é<br />

de 319 MVA, determinado por bobina de bloqueio no terminal Londrina; o<br />

limite declarado no CPST para a LT 230 kV Londrina – Ibiporã é de 227 MVA<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 113 / 530


e a limitação física neste patamar de carga é definida por transformador de<br />

corrente na SE Ibiporã, de 310 MVA.<br />

A indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga pesada de<br />

inverno de 2004, com intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW, causa<br />

carregamentos de 257 MVA na Londrina – Ibiporã e de 343 MVA na Londrina<br />

(E) – Londrina (C).<br />

O lançamento do segundo circuito da linha de circuito duplo entre Londrina e<br />

Ibiporã, em análise pela Aneel, estimado nesta análise para 2005, elimina as<br />

violações na Rede Básica para as contingências acima mencionadas.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Maringá – Londrina<br />

Mesmo depois do seccionamento da LT 230 kV Maringá – Assis em<br />

Londrina (E), persiste sobrecarga de 9% em 2005 e 17% em 2006 nessa<br />

linha na indisponibilidade da LT 230 kV Apucarana – Londrina, na carga<br />

pesada de inverno, para intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000MW.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Apucarana – Sarandi (após seccionamento da LT<br />

230 kV Apucarana – Maringá)<br />

Ocorre sobrecarga de 7% em 2006 neste trecho de linha, na<br />

indisponibilidade da LT 230 kV Maringá – Londrina (após seccionamento da<br />

LT 230 kV Maringá – Assis), na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de<br />

4.000 MW e patamar de carga pesada de inverno.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Chavante – Figueira<br />

Ocorre sobrecarga de 3% nesta linha em 2005 na indisponibilidade da LT<br />

230 kV Apucarana – Figueira, na condição de intercâmbio Sudeste – Sul de<br />

4.000 MW e patamar de carga média de verão.<br />

Nesses três casos, considerando o montante de sobrecarga observada, essa<br />

questão deverá ser acompanhada para posterior avaliação da necessidade<br />

de implantação de reforços.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Londrina – Apucarana<br />

Constata-se a violação da capacidade operativa na LT 230 kV Londrina –<br />

Apucarana em condição normal de operação, no cenário de intercâmbio<br />

Sudeste – Sul de 4.000 MW. No patamar de carga pesada de inverno os<br />

fluxos simulados são de 370 MVA em 2004, 327 MVA em 2005 e 363 MVA<br />

em 2006. O limite declarado no CPST para esta linha é de 325 MVA,<br />

enquanto o limite operativo neste patamar de carga é de 390 MVA,<br />

determinado pelo transformador de corrente no terminal de Apucarana.<br />

Nas mesmas condições de intercâmbio e carga, contingências como a perda<br />

das linhas Maringá – Assis, Londrina (Eletrosul) – Londrina (Copel) ou<br />

Londrina – Ibiporã aumentam o fluxo na LT 230 kV Londrina – Apucarana,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 114 / 530


que chega a valores acima de 390 MVA. A contingência mais severa é a<br />

perda da LT 230 kV Maringá – Assis, a ser seccionada para a SE Londrina<br />

230 kV em 2005, que resulta em carregamentos de 423 MVA em 2004,<br />

413 MVA em 2005 e 455 MVA em 2006.<br />

Na carga média de verão e intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW, a<br />

indisponibilidade da LT 230 kV Figueira – Chavante provoca carregamentos<br />

na LT 230 kV Londrina – Apucarana de 347 MVA em 2005 e de 377 MVA em<br />

2006. A perda da LT 230 kV Bateias – Jaguariaíva provoca fluxos de<br />

338 MVA nesta linha em 2006. Neste patamar de carga, o limite determinado<br />

por condutor é de 325 MVA.<br />

Essas elevadas solicitações associadas direta ou indiretamente à LT 230 kV<br />

Apucarana – Londrina demonstram a necessidade de expansão da Rede<br />

Básica do norte do Paraná para solução do problema. A alternativa apontada<br />

pelo planejamento consiste no lançamento de uma linha de 230 kV entre a<br />

SE Londrina (Eletrosul) e a nova subestação de Sarandi, para a qual a<br />

Copel-D acaba de solicitar acesso à Rede Básica. Esta solução não se<br />

mostrou inteiramente satisfatória para resolver o problema citado na<br />

presente análise. Conforme informado pela Copel-T, essa alternativa deverá<br />

ser revista, tendo em vista que nos estudos que a definiram estava<br />

associada a integração da UHE São Jerônimo, cuja data de implantação está<br />

indefinida, devido a problemas ambientais.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Umbará – Uberaba<br />

A maior parte das linhas de 230 kV que atendem à Região Metropolitana de<br />

Curitiba apresenta carregamentos elevados em condição normal e mesmo<br />

sobrecarga em contingência, dependendo do despacho da UHE Governador<br />

Parigot de Souza, das condições de intercâmbio regional e do nível de<br />

geração da UTE Araucária.<br />

A tabela 3.3.4-3 mostra os carregamentos num dos circuitos da linha de<br />

circuito duplo existente entre a SE Umbará e a SE Uberaba, quando da<br />

perda do circuito paralelo, para intercâmbio de 3.500 MW do Sul para o<br />

Sudeste e 4.000 MW no sentido oposto, com despacho variável na UHE G.<br />

Parigot de Souza e na UTE Araucária. Para despachos reduzidos na UHE<br />

Gov. Parigot de Souza verifica-se a ultrapassagem sistemática do limite de<br />

carregamento contínuo, de 298,9 MVA, para o qual esta linha foi<br />

recapacitada recentemente pela Copel-T, e mesmo a ultrapassagem do limite<br />

de curta duração, de 343 MVA. A solução para este problema, consiste na<br />

construção de uma linha de 230 kV de 31 km entre a SE Gralha Azul e a SE<br />

D.I.S.José dos Pinhais.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 115 / 530


Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na perda do circuito paralelo<br />

INTERCAMBIO Sul =>Sudeste Sudeste=>Sul<br />

UTE<br />

UHE GPS<br />

UHE GPS<br />

ANO Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />

470 MW 254 298 322 253 282 300<br />

2004 0 251 294 319 250 279 298<br />

470 MW 272 311 338 257 295 321<br />

2005 0 268 306 333 253 291 309<br />

470 MW 293 326 352 287 319 337<br />

2006 0 288 322 348 283 314 333<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Pilarzinho – Campo Comprido<br />

A tabela 3.3.4-4 mostra os carregamentos em condição normal de operação<br />

na linha de 230 kV de circuito simples existente entre a SE Campo Comprido<br />

e a SE Pilarzinho, considerando a atual configuração do anel de 230 kV de<br />

Curitiba. Constata-se a ultrapassagem do valor de 276 MVA, limite de<br />

carregamento contínuo para o qual esta linha foi recapacitada, para<br />

despachos da UTE Parigot de Souza abaixo de 80 MW.<br />

Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho em condição normal- configuração atual<br />

INTERCAMBIO Sul =>Sudeste Sudeste=>Sul<br />

UTE<br />

UHE GPS<br />

UHE GPS<br />

ANO Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />

470 MW 182 231 259 221 260 286<br />

2004 0 186 242 276 224 264 290<br />

470 MW 237 289 325 254 306 344<br />

2005 0 243 295 331 260 319 353<br />

470 MW 231 285 316 267 317 346<br />

2006 0 237 291 322 273 323 352<br />

Estas sobrecargas se agravam ao serem simuladas contingências nas linhas<br />

de 230 kV do anel de Curitiba e persistem mesmo quando considerada a<br />

implantação das novas expansões propostas pelo CCPE para a Região<br />

Metropolitana, como a LT 230 kV Gralha Azul - D.I. São José dos Pinhais e a<br />

LT 230 kV D.I. São José dos Pinhais - Santa Mônica, como mostra a tabela<br />

seguinte.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 116 / 530


Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba<br />

INTERCAMBIO<br />

Sul =>Sudeste<br />

Sudeste=>Sul<br />

UTE<br />

UHE GPS<br />

UHE GPS<br />

Condição Araucária 194 MW 80 MW 20 MW 194 MW 80 MW 20 MW<br />

470 MW 177 211 229 223 254 272<br />

Normal 0 193 227 246 239 270 288<br />

470 MW 202 242 265 249 285 306<br />

Contingência 0 221 260 282 266 302 306<br />

A solução indicada pelo planejamento, que é o recondutoramento desta linha,<br />

atualmente em detalhamento pela área de engenharia da Copel –T, deve ser<br />

equacionada levando em conta os riscos operativos associados à intervenção<br />

numa instalação constantemente solicitada. Pelos carregamentos observados<br />

nas simulações, prevêem-se grandes dificuldades para viabilizar o<br />

desligamento da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho de modo a efetuar<br />

a troca do condutor.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Uberaba – Gov. Parigot de Souza<br />

Na condição de despacho reduzido da UHE Parigot de Souza verificam-se<br />

carregamentos elevados na linha citada, no patamar de carga média, quando<br />

da perda da LT 230 kV Campo Comprido - Pilarzinho, a partir de junho de<br />

2005, depois da entrada da nova SE Santa Mônica, para a qual a Copel-D<br />

solicitou acesso neste ciclo do PAR, chegando à ultrapassagem da<br />

capacidade operativa no verão de 2006. Esta situação deve se agravar com<br />

a entrada em operação da SE Posto Fiscal 230/138 kV, que será conectada<br />

à Rede Básica por seccionamento da LT 230 kV Uberaba - Gov.Parigot de<br />

Souza, para atendimento às cargas do litoral do Paraná. A implantação da<br />

LT 230 kV São José dos Pinhais - Santa Mônica, proposta neste PAR,<br />

resolve este problema, possibilitando um caminho alternativo para o<br />

escoamento de fluxo para SE Santa Mônica, nesta contingência.<br />

• Sobrecarga na LT 230 kV Bateias – Campo Comprido (C3)<br />

Este circuito está limitado em 175 MVA e opera no mesmo disjuntor do<br />

circuito C1, conforme informação da Copel. Os circuitos 1 e 2 têm<br />

capacidade de 328 MVA. Na carga pesada de inverno e intercâmbio Sudeste<br />

– Sul de 4.000 MW, são esperados fluxos de 178 MVA em 2005, para<br />

geração de 469 MW na UTE Araucária, e de 220 MVA para geração nula<br />

nesta térmica. Em 2006, o fluxo é de 214 MVA para despacho nulo de<br />

Araucária.<br />

A indisponibilidade do circuito C2 provoca fluxos de 220 MVA em 2004,<br />

305 MVA em 2005 e 295 MVA em 2006, com geração nula em Araucária, ou<br />

de 244 MVA em 2005 e de 234 em 2006, com geração de 469 MW.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 117 / 530


A recapacitação do circuito C3 para 325 MVA (80°C), visando equilibrar as<br />

capacidades dos três circuitos, e a individualização dos circuitos 1 e 3, com<br />

instalação de disjuntores nas subestações terminais, são as obras indicadas<br />

para solucionar os problemas acima mencionados. Entretanto, a perda da LT<br />

525 kV Bateias – Curitiba, que se constitui em caminho de fluxo paralelo a<br />

esta rede de 230 kV, ainda provocará sobrecargas acima do limite a ser<br />

recapacitado (325 MVA). Para geração de 469 MW em Araucária, o fluxo<br />

esperado em 2004 é de 267 MVA no circuito C3; em 2005, é de 360 MVA<br />

nos circuitos 1 e 2 e de 331 MVA no C3; em 2006, de 288 MVA no C3. Para<br />

geração nula, o fluxo esperado em 2004 é de 348 MVA nos circuitos 1 e 2 e<br />

320 MVA no circuito C3; em 2005, é de 424 MVA nos circuitos 1 e 2 e de<br />

391 MVA no C3; em 2006, de 380 MVA nos circuitos 1 e 2 e 350 MVA no<br />

C3.Os problemas decorrentes da perda da LT 525 kV Bateias – Curitiba<br />

carecem de solução estrutural, a ser estabelecida a partir de estudos de<br />

planejamento de longo prazo desenvolvidos pelo CCPE.<br />

d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas no<br />

verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e<br />

transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à<br />

Região Metropolitana de Curitiba. Observa-se que o atendimento a Curitiba é<br />

bastante dependente das linhas que derivam da SE Umbará.<br />

Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no atendimento a Curitiba<br />

CONTINGÊNCIAS<br />

LTs 230 kV C. do Assobio – D.S.J. dos Pinhais<br />

e Umbará – Uberaba<br />

VIOLAÇÕES<br />

Sobrecarga de 28% na linha 230 kV Campo Comprido –<br />

Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 90 MW na<br />

região de Curitiba<br />

LTs 230 kV Umbará – Campo do Assobio e<br />

Umbará – Uberaba<br />

Sobrecarga de 43% na LT 230 kV Campo Comprido –<br />

Pilarzinho, sendo necessário corte de carga de 280 MW<br />

para eliminar as sobrecargas e restaurar as tensões<br />

LTs 230 kV D.S.José dos Pinhais – Uberaba e<br />

Umbará – Uberaba<br />

Sobrecarga de 24% na LT 230 kV Campo Comprido –<br />

Pilarzinho, exigindo corte de carga de 80 MW na região de<br />

Pilarzinho<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

na subestação Campo Comprido 230 kV. Estudos detalhados deverão<br />

confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 118 / 530


identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora<br />

da Rede Básica nas SEs Campo Comprido, Cascavel, Pilarzinho, Uberaba e<br />

Umbará.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 230 kV Londrina – Ibiporã, circuito duplo, lançamento do 2º<br />

circuito, 20,3 km<br />

LT 230 kV Maringá – Assis, seccionamento em Londrina da<br />

Eletrosul, circuito duplo, 2x23 km<br />

LT 230 kV Bateias – Campo Comprido C3, 17,8 km, circuito<br />

simples, recapacitação<br />

SE Bateias<br />

Entrada de linha do circuito C3 para Campo Comprido<br />

SE Campo Comprido<br />

Entrada de linha do circuito C3 para Bateias<br />

SE Umbará: entrada de linha para SE Gralha Azul<br />

LT 230 kV Cascavel – Cascavel Oeste, circuito duplo,<br />

lançamento do 2º circuito, 11,3 km<br />

LT 230 kV Cascavel Oeste – Guaíra, recapacitação dos trechos<br />

em 636 MCM<br />

LT 230 kV Gralha Azul – D.I.São José dos Pinhais, 31 km,<br />

circuito duplo, lançamento do primeiro circuito<br />

LT 230 kV Maringá – Apucarana, seccionamento para SE<br />

Sarandi, 0,8 km, circuito duplo<br />

SE Sarandi: setor de 230 kV<br />

LT 230 kV Pilarzinho – Parigot de Souza, seccionamento para<br />

SE Santa Mônica, 9 km, circuito duplo<br />

SE Santa Mônica: setor de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

FEV/2005<br />

FEV/2005<br />

FEV/2005<br />

FEV/2005<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 119 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 230 kV Campo Comprido-Pilarzinho, 17,7 km circuito simples<br />

recondutoramento<br />

LT 230 kV D.I.São José dos Pinhais – Santa Mônica, 25 km,<br />

circuito duplo, lançamento do primeiro circuito<br />

LT 230 kV Cascavel Oeste – Foz do Iguaçu Norte, 120 km,<br />

circuito simples<br />

SE Foz do Iguaçu Norte: setor de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

MAI/2005<br />

JUN/2005<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Detalhar análise de viabilidade técnica da solução para aumento da<br />

capacidade operativa da LT 230 kV Campo Comprido – Pilarzinho (Copel-T).<br />

• Realizar avaliação específica da eliminação de restrições por equipamentos<br />

terminais nas seguintes linhas: LT 230 kV Londrina – Apucarana; LT 230 kV<br />

Londrina – Ibiporã (Copel-T);<br />

• Avaliar necessidade de compensação capacitiva no secundário da SE Santa<br />

Mônica quando da elaboração do Parecer de Acesso desta nova subestação<br />

(<strong>ONS</strong>/Copel-D).<br />

• Detalhar o atendimento à SE Sarandi através do circuito Londrina – Sarandi<br />

quando da elaboração do Parecer de Acesso desta subestação (<strong>ONS</strong>/Copel-<br />

D)<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 120 / 530


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3.4 Região Sudeste<br />

3.4.1 Área Rio de Janeiro/Espírito Santo<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

O sistema de transmissão que atende à área Rio de Janeiro e Espírito Santo é<br />

constituído por dois troncos principais, um formado por dois circuitos de 345 kV e<br />

outro com tensão de 500 kV com quatro circuitos.<br />

O sistema de 345 kV chega à subestação de Adrianópolis de onde segue para<br />

Jacarepaguá e Campos e daí para Vitória. O sistema de 500 kV deriva da<br />

subestação de Cachoeira Paulista, sendo que um dos três circuitos parte para a<br />

subestação Angra dos Reis no litoral sul. Do complexo nuclear derivam dois<br />

circuitos de 500 kV que se dirigem às subestações terminais de Grajaú e São José.<br />

A partir de Cachoeira Paulista seguem dois circuitos de 500 kV para a subestação<br />

de Adrianópolis localizada na baixada fluminense, que se interliga por outros dois<br />

circuitos a São José e Grajaú. A partir dessas subestações se realiza a distribuição<br />

de energia aos centros de carga.<br />

O sistema de 345 kV interliga esta área com as usinas do rio Grande, enquanto o<br />

de 500 kV, por onde transita cerca de 75% da potência transmitida à área, interligase<br />

com o sistema de escoamento da usina de Itaipu 60 Hz e com o sistema em<br />

500 kV derivado da usina de Marimbondo. Existem ainda duas linhas de<br />

transmissão de 230 kV, circuito simples, que interligam as áreas SP e RJ/ES sendo<br />

que uma delas atravessa o Vale do Paraíba do Sul e se conecta a subestação de<br />

Nilo Peçanha e outra que interliga as áreas MG e RJ/ES através de ligação entre as<br />

SEs Mascarenhas e Governador Valadares.<br />

A importação de energia elétrica pela área RJ/ES por meio dos troncos de<br />

transmissão mencionados é variável em função do despacho das usinas nela<br />

localizadas e pode, para diversas condições de carga e geração, se situar na faixa<br />

de 2.500 até 5.000 MW no caso de despacho nulo nas usinas térmicas à óleo e gás.<br />

Entretanto, parcela significativa desse mercado pode ser atendida pela geração<br />

localizada na própria área que é constituída por usinas hidrelétricas, com cerca de<br />

1.387 MW de capacidade, e por usinas térmicas a óleo, gás e nuclear da ordem de<br />

4.114 MW previstos até 2004.<br />

O sistema de 345 kV com dois circuitos derivados da SE Adrianópolis passa pelas<br />

SEs Macaé e Campos e chega à SE Vitória onde há transformação para 138 kV,<br />

alimentando a distribuição de energia ao centro de carga local. Em Campos há<br />

transformação para 138 kV para atendimento às cargas locais e do sul do Espírito<br />

Santo.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 123 / 530


Evolução da Geração e do Mercado<br />

A tabela 3.4.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Rio de Janeiro/Espírito Santo no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade UHE 1.126 1.126 1.126 1.126<br />

Instalada no RJ<br />

(MW) UTE 4.114 5.864 (1) 6.382 (2) 6.382<br />

Capacidade UHE 261 261 261 261<br />

Instalada no ES<br />

(MW) UTE - - - -<br />

Área RJ/ES (MW) Total 5.501 7.251 7.769 7.769<br />

Demanda Máxima e<br />

crescimento Anual<br />

(MW)<br />

RJ 5.958 6.210 6.448 6.648<br />

ES 1.257 1.291 1.309 1.341<br />

Total 7.215 7.348 7.617 7.848<br />

(%) --- 1,8 3,6 3,0<br />

Nota: novas usinas térmicas (1) N. Fluminense (772 MW) e Termorio (978 MW); (2) Paracambi (518 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Até início de 2005, espera-se que todos empreendimentos de geração com<br />

Contratos de Uso do Sistema de Transmissão assinados junto ao <strong>ONS</strong> estejam<br />

concluídos, desta forma está previsto o acréscimo ao sistema de cerca de<br />

2.268 MW. O desempenho do sistema de transmissão é influenciado diretamente<br />

pelo despacho de geração dessas usinas que poderá variar consideravelmente e,<br />

com isso, proporcionar diferentes condições de operação dos sistemas de<br />

transmissão.<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação Rede Básica da Área RJ/ES. Entretanto, para algumas condições de<br />

despacho, foram observadas sobrecargas em condições normais de operação em<br />

transformadores de fronteira entre a Rede Básica e de Distribuição.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 124 / 530


a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao controle de tensão<br />

• Elevado perfil de tensão nas linhas de 500 kV e 345 kV que convergem para<br />

o Rio de Janeiro.<br />

Com a implantação de novas usinas térmicas na área Rio de Janeiro, os<br />

sistemas de transmissão em 500 kV e 345 kV tendem a operar com<br />

carregamentos mais baixos, acarretando aumento do perfil de tensão nesses<br />

sistemas, inclusive na condição de carga pesada, podendo levar à superação<br />

dos valores máximos admissíveis e ao esgotamento da capacidade de<br />

absorção de potência reativa das usinas da área. O impacto das usinas<br />

térmicas na área Rio de Janeiro é mais acentuado que nas demais áreas do<br />

sistema em razão de sua localização, havendo, contudo, reflexos nas áreas<br />

Minas Gerais e São Paulo. Contribuem também para essa condição a<br />

implantação das obras referentes ao 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira<br />

Paulista - Adrianópolis, o 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira<br />

Paulista e a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Neste contexto e também<br />

com respeito aos estudos e procedimentos de recomposição do sistema,<br />

este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores nos troncos em<br />

345 kV e 500 kV que atendem à área Rio de Janeiro e Espírito Santo: SE<br />

Campinas - reator manobrável de barra de 136 Mvar – 500 kV em<br />

substituição ao existente de 73 Mvar,.SE Marimbondo – reator manobrável<br />

de barra de 100 Mvar – 500 kV, SE Itutinga – reator manobrável de barra de<br />

60 Mvar – 345 kV e SE Angra – reator manobrável de barra de 136 Mvar –<br />

500 kV.<br />

• Baixo perfil de tensão em Vitória 345 kV<br />

A entrada em operação das usinas térmicas Macaé Merchant e ainda em<br />

2003 da UTE Norte Fluminense reforçam o controle de tensão no tronco de<br />

345 kV, principalmente na área de Campos, onde existe instalado um<br />

compensador estático para permitir, temporariamente, que fosse suportada a<br />

contingência de um dos circuitos de 345 kV Adrianópolis – Campos.<br />

Com a implantação dessas obras e principalmente após a instalação da LT<br />

345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, esse CE poderá ser transferido para a SE<br />

Vitória que passa a apresentar níveis mínimos de tensão na contingência de<br />

um circuito 345 kV Campos – Vitória. Na contingência de um dos circuitos da<br />

LT 345 kV Campos – Vitória observam-se tensões que podem chegar a 94%<br />

em 2004 e 91% em 2006, em Vitória 345 kV, para a carga prevista e com<br />

todos os recursos de compensação disponíveis utilizados. A operação desse<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 125 / 530


compensador estático em Vitória, cuja transferência está em análise pela<br />

Aneel, propicia um desempenho satisfatório (tensões de 1.0 p.u) para essa<br />

contingência. Observa-se, entretanto, que os bancos de capacitores de<br />

120 Mvar/345 kV, que foram instalados juntamente com o CE, devem ser<br />

mantidos na subestação de Campos.<br />

Deve-se ressaltar que, na ponta do sistema da área Espírito Santo em 2004<br />

e no período que antecede à instalação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória,<br />

podem ocorrer restrições à capacidade de atendimento a essa área quando<br />

de contingências no eixo 345 kV Campos-Vitória. Observa-se que despachos<br />

de geração térmica nas usinas ligadas à SE Macaé melhoram o desempenho<br />

da rede, mas não a ponto de eliminar os problemas operativos verificados.<br />

• Com relação à futura LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória é importante ressaltar<br />

as condições verificadas quando da rejeição de um de seus terminais.<br />

Nesses casos, foram observadas tensões sustentadas no terminal em vazio<br />

superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal.<br />

Ressalta-se que o sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos<br />

limitados para reduzir essas tensões ao patamar satisfatório, que permita o<br />

fechamento do terminal aberto dentro das condições estabelecidas para os<br />

equipamentos de manobra. Desse modo, reforça-se neste PAR a<br />

necessidade da inserção de reatores manobráveis em ambos os terminais<br />

dessa linha de transmissão, de valor igual a 60 Mvar/ 345 kV, atualmente em<br />

análise pela Aneel.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />

equipamentos.<br />

• Nos cenários de despacho reduzido de geração das usinas térmicas<br />

presentes nessa área, a contingência na LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira<br />

Paulista pode provocar carregamento elevado acima da capacidade<br />

operativa da LT 500 kV Tijuco Preto – Taubaté. A medida operativa adotada<br />

nesse caso é a elevação de despachos de geração térmica e/ou a redução<br />

do recebimento Sudeste. A entrada em operação do 2º circuito Tijuco Preto -<br />

Cachoeira Paulista, já licitada e prevista para dezembro de 2004, elimina<br />

esse problema.<br />

• A contingência de um dos circuitos do tronco de 345 kV Macaé – Campos<br />

apresenta fluxos elevados no circuito restante antes da entrada em operação<br />

da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. Esses fluxos são agravados a partir da<br />

operação conjunta das usinas térmicas Macaé Merchant e Norte Fluminense<br />

quando despachadas. A presença dessa LT reduz esses fluxos que,<br />

entretanto podem permanecer acima do limite operativo (limite de regime<br />

contínuo) para despachos de geração acima de aproximadamente 20%<br />

(300 MW) nessas usinas. A implantação da LT 345 kV Macaé – Campos C3,<br />

proposta neste PAR, elimina essa restrição.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 126 / 530


d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

• Observa-se superação da capacidade de interrupção de corrente máxima de<br />

curto-circuito de disjuntores nos sistemas de 138 e 345 kV decorrente da<br />

entrada em operação de usinas térmicas no Estado do Rio de Janeiro. Além<br />

de medidas necessárias na Rede de Distribuição, é necessário implementar<br />

o “bypass” de um dos circuitos da LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />

Adrianópolis para engate na LT 500 kV Adrianópolis – Grajaú, formando a<br />

nova LT 500 kV Cachoeira Paulista – Grajaú. Associado à formação desta<br />

linha em 500 kV, deverá ser instalado um reator manobrável na LT<br />

Cachoeira Paulista – Grajaú – 136 Mvar/500 kV.<br />

• A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

na subestação de Adrianópolis 345 kV. Estudos detalhados deverão<br />

confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram<br />

identificados, ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora<br />

da Rede Básica nas SEs Campos, Jacarepaguá e Pitanga.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

• Para todos os casos analisados o sistema apresenta-se estável.<br />

• A abertura das LT`s 345 kV Campos – Vitória C1 e C2 implica em corte de<br />

carga para controle de tensão e carregamento no sistema de Distribuição da<br />

Escelsa.<br />

• As contingências envolvendo as LT`s 500 kV entre Cachoeira Paulista,<br />

Adrianópolis, Angra, Grajaú e São José, com destaque para a contingência<br />

envolvendo a perda simultânea das LT`s 500kV Cachoeira Paulista – Grajaú<br />

e Angra – Grajaú, implicam em necessidade de corte de carga no sistema de<br />

Distribuição da Light para controle de carregamentos e de tensão no mesmo.<br />

• A abertura das LT`s 345 kV Macaé – Campos C1 e C2 implica na<br />

necessidade de corte de carga, para controle de tensão, no sistema da Cerj<br />

a partir de sua barra de 138 kV na SE Rocha Leão.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Nos diversos cenários analisados no período 2004-2006, observa-se que a<br />

transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA) encontra-se bastante<br />

solicitada já em regime normal de operação, com carregamento em torno do<br />

nominal e estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto - Vitória e a UHE<br />

Aimorés.<br />

Para ano de 2004, cabe ressaltar que devido ao atraso no início das obras<br />

da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, a usina de Aimorés deverá entrar em<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 127 / 530


operação antes desse empreendimento, configurando uma situação mais<br />

favorável para o carregamento da transformação da SE Vitória.<br />

A Escelsa informou a intenção de alterar o defasamento do transformador da<br />

SE Mascarenhas quando da entrada em operação da LT 345 kV Ouro Preto<br />

– Vitória, mudança essa que tem influência sobre o carregamento da<br />

transformação da SE Vitória. Com o defasamento atual de 30º, a perda de<br />

um dos transformadores da SE Vitória pode sobrecarregar as demais<br />

unidades em cerca de 33%. Com defasamento zero (0º elétricos) a<br />

sobrecarga mencionada cai para 15%. A solução de referência de<br />

planejamento e indicada pela distribuidora Escelsa para esse problema é a<br />

implantação da SE Areinha 345/138 kV, prevista quando da elaboração do<br />

PAR 2003-2005 para junho de 2005, mas que pode vir a ser adiada para<br />

2006, por decisão da distribuidora, tendo em conta as condições de mercado<br />

e de sistema previstas (vide tabela 3.4.1.4).<br />

Ressalta-se que a mudança da defasagem de Mascarenhas para 0º elevaria<br />

os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas Gerais para<br />

emergências nessa área, implicando em riscos de corte de carga quando da<br />

perda de linhas de 500 kV no eixo Neves - Vespasiano – Mesquita e para<br />

cenários de baixa hidraulicidade das usinas existentes nessa área, conforme<br />

mostrado na tabela 3.4.2-18. Desta forma, a partir da entrada em operação<br />

da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, terá que ser implementada uma solução<br />

que evite sobrecarga em condições normais na transformação da SE Vitória,<br />

resultante de alterações estruturais que aconteceram no sistema.<br />

• Os dois circuitos de 138 kV Campos - Cachoeiro do Itapemirim operam com<br />

elevado carregamento, entretanto sem superação do limite normal de<br />

141 MVA. Nas situações de contingência de um desses circuitos, ou na<br />

contingência de um dos circuitos de 345 kV entre Campos e Vitória, esse<br />

carregamento pode chegar a cerca de 86% se for considerado o limite de<br />

166 MVA para emergências, o qual consta do estudo CCPE/CTET/047/2002<br />

– Estudo da Expansão do Sistema de Transmissão da Região Sudeste de<br />

dezembro/2002.<br />

• Considerando-se os limites adotados, nos diversos cenários analisados no<br />

período 2004-2006 verifica-se que a LT 138 kV São José – Magé apresenta<br />

carregamento elevado, podendo superar o limite normal de 146 MVA para<br />

cenários de geração térmica elevada na usina Termorio e reduzido nas<br />

usinas Macaé Merchant e Norte Fluminense. Essa condição é agravada em<br />

situações de contingências se for desconsiderado o limite de emergência.<br />

• A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV - 4x225 MVA pode apresentar<br />

carregamento da ordem de 112%, para cenários de geração térmica<br />

reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e Termorio e elevado nas usinas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 128 / 530


Macaé Merchant e N. Fluminense para a contingência da LT 500 kV<br />

Cachoeira Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de transformadores.<br />

• Para limitar a solicitação de curto circuito, a partir da 7ª máquina da UTE<br />

Termorio, deverão ser seccionados os barramentos de 138 kV das<br />

subestações de São José.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

São abordadas a seguir as condições de desempenho do sistema de<br />

transmissão da área diretamente relacionadas à operação das usinas térmicas.<br />

Neste aspecto cabe distinguir eventuais limitações da rede de transmissão que<br />

imponham condicionantes ao despacho pleno das usinas (tratados sob o titulo<br />

de Despacho Máximo) daquelas restrições elétricas que impeçam a<br />

minimização do despacho térmico e, por conseqüência, a otimização energética<br />

do sistema (Despacho Mínimo).<br />

Despacho Mínimo<br />

• Até a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista,<br />

C2, já licitada pela Aneel, poderá ser necessário despachar usinas térmicas<br />

na área para evitar carregamento acima da capacidade operativa da LT<br />

500 kV Tijuco Preto – Taubaté, quando da contingência da LT 500 kV Tijuco<br />

Preto – Cachoeira Paulista existente e com elevados recebimentos pelo<br />

Sudeste.<br />

• No período que antecede a energização da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e<br />

a substituição dos equipamentos terminais nos circuitos em 345 kV entre<br />

Adrianópolis e Campos, poderá ser necessário despachar as UTEs Macaé<br />

Merchant e/ou Norte Fluminense para evitar sobrecarga em linhas de<br />

transmissão quando de contingências simples.<br />

• Após a entrada em operação da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista<br />

C2, LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, além da LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />

Adrianópolis C3 e da substituição dos equipamentos terminais no eixo em<br />

345 kV Adrianópolis – Campos, não será necessário despachar térmicas<br />

para resolver problemas elétricos decorrentes de contingências simples.<br />

Despacho Máximo<br />

• Até a entrada em operação da LT 345 kV Macaé – Campos C3, a geração<br />

nas UTEs Macaé Merchant e Norte Fluminense poderá ficar limitada para<br />

evitar que, no caso de indisponibilidade de linha entre Macaé e Campos, o<br />

circuito remanescente entre em sobrecarga. Com a implantação do 3 o<br />

circuito entre Macaé e Campos, não haverá restrição ao despacho pleno de<br />

usinas termelétricas na área.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 129 / 530


Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema Regional Sudeste ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 345 kV Adrianópolis – Campos: troca de TC, filtro de ondas e<br />

chaves seccionadoras na SE Adrianópolis e filtro de ondas na SE<br />

Campos<br />

SE Angra: reator manobrável de barra de 136 Mvar / 500 kV<br />

SE Adrianópolis<br />

• instalação de disjuntores nos barramentos de 500 kV para<br />

aumentar a confiabilidade do arranjo em anel<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

• reator manobrável na LT 500 kV Cachoeira Paulista–<br />

Grajaú – 136 Mvar<br />

• “bypass” em Adrianópolis de um dos circuitos da LT<br />

Cachoeira Paulista – Adrianópolis para engate na LT<br />

Adrianópolis – Grajaú, formando a LT Cachoeira Paulista<br />

– Grajaú<br />

• seccionar a barra A e instalar um novo vão de disjuntor<br />

completo (345 kV)<br />

• seccionar a barra B através de instalação de chave<br />

seccionadora e proteção de barras adaptativas (345 kV)<br />

SE Cachoeira Paulista: reator manobrável na linha para<br />

Adrianópolis (Grajaú) e chaveável na linha para Angra –<br />

136 Mvar / 500 kV (associada ao by-pass em Adrianópolis para<br />

formar a LT Cachoeira Paulista – Grajaú)<br />

LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2 (Associada à conexão da<br />

UHE Aimorés)<br />

LT 345 kV Macaé – Campos C3, circuito simples, 90 km<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

FEV/2004<br />

JUN/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 130 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

SE Vitória<br />

• reator manobrável na LT 345 kV Ouro Preto 2 - Vitória –<br />

60 Mvar<br />

• transferência do compensador estático de Campos para a<br />

SE Vitória (associada à instalação da UTE Norte<br />

Fluminense e da LT 345 kV Ouro Preto 2 -Vitória)<br />

AGO/2004<br />

JUN/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Viabilizar a implantação da SE Areinha 345/138 kV (Escelsa)<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 131 / 530


Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />

2006<br />

a) Análise do carregamento do eixo 345 kV Adrianópolis – Macaé – Campos<br />

- Vitória<br />

As usinas térmicas de Macaé Merchant e Norte Fluminense poderão gerar<br />

juntas um total de até 1.630 MW. Essas duas usinas solicitaram acesso à<br />

Rede Básica no mesmo ponto – a SE Macaé 345 kV, que secciona os dois<br />

circuitos da LT 345 kV Adrianópolis - Campos.<br />

Para o ano 2004, estando a LT 345 kV O. Preto 2 – Vitória em operação e de<br />

acordo com o mercado previsto, verifica-se que o carregamento no tronco de<br />

345 kV entre Macaé e Campos, durante as condições de carga pesada e<br />

média em condições normais de operação deverá variar de 360 MW, em<br />

situação de despacho nulo nas usinas térmicas supracitadas, até cerca de<br />

640 MW, com essas usinas despachadas em 100% (1.630 MW) de suas<br />

capacidades, tendo sido considerada nesses casos duas máquinas em<br />

operação na usina de Aimorés.<br />

Na contingência de um desses circuitos, e a partir da instalação da LT<br />

345 kV Ouro Preto 2 – Vitória, verificam-se carregamentos na linha<br />

remanescente que dependem, fundamentalmente, do despacho de geração<br />

nessas usinas, com uma menor influência de cenários energéticos que<br />

envolvam o sistema Sudeste/Centro-Oeste. Para valores reduzidos de<br />

despacho nessas duas usinas, da ordem de 20%, ocorrem carregamentos<br />

em torno de 800 MVA, para despachos da ordem de 60% (980 MW), esses<br />

carregamentos atingem cerca de 1.000 MVA e para geração total das UTEs<br />

são atingidos valores em torno de 1.150 MVA, conforme gráfico 3.4.4-1 a<br />

seguir.<br />

Ressalta-se que o limite operativo (CPST) dessa instalação é de 766 MVA<br />

(valor de projeto, referente à longa duração sem restrição operativa em seus<br />

terminais). O valor limite considerado para carregamentos de emergência<br />

historicamente utilizado pela área de planejamento é de 1.132 MVA,<br />

conforme consta do estudo CCPE/CTET/047/2002 – Estudo da Expansão do<br />

Sistema de Transmissão da Região Sudeste de dezembro/2002. A tabela a<br />

seguir mostra os limites operativos de linhas de transmissão utilizados no<br />

tronco de 345 kV, desde a SE Adrianópolis até a SE Vitória.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 132 / 530


Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV Adrianópolis – Campos - Vitória<br />

Linha de Transmissão<br />

Condutor<br />

[kcmil]<br />

Capacidade Operativa<br />

[CPST]<br />

(A)<br />

(MVA)<br />

LT 345 kV Adrianópolis – Macaé c1, c2 2X954 1282 766<br />

LT 345 kV Campos – Macaé c1, c2 2X954 1282 766<br />

LT 345 kV Campos – Vitória c1, c2 2X954 1200 717<br />

No gráfico abaixo se pode ainda observar o impacto da ausência da LT<br />

345 kV Ouro Preto 2 – Vitória no carregamento do circuito remanescente,<br />

que se eleva de 150 a 230 MW de acordo com o despacho das usinas<br />

térmicas citadas.<br />

Cabe ressaltar também que, estando em operação a LT 345 kV Ouro Preto 2<br />

– Vitória, foram observados, em contingência, carregamentos superiores a<br />

1.100 MVA para cenários mais críticos de geração térmica e intercâmbio<br />

elevado na interligação Norte/Sul. Como exemplo, tem-se que, para o ano de<br />

2006, com intercâmbio Norte/Sul em torno de 2.000 MW, sentido Norte,<br />

Recebimento pelo Sudeste em 9.000 MW, e as usinas térmicas da área Rio<br />

100% despachadas, o fluxo no circuito restante pode atingir 1.240 MVA. Nas<br />

condições de operação estudadas verifica-se que para valores a partir de<br />

80% da capacidade instalada nas usinas térmicas ligadas à SE Macaé, podese<br />

atingir o limite de 1.132 MVA na contingência de um circuito 345 kV, com<br />

–30º graus elétricos na SE Mascarenhas e, no caso de mudança na<br />

defasagem para 0º graus, este valor de carregamento no circuito<br />

remanescente seria atingido para valores a partir de 90% (ou 1.470 MW) de<br />

despacho nessas usinas térmicas. Conclui-se que os carregamentos<br />

elevados e próximos da capacidade de curta duração resultantes de<br />

contingência no eixo Macaé - Campos, no circuito remanescente, podem ser<br />

controlados por essa mesma geração e só deverão ocorrer para altos valores<br />

de despacho nessas usinas térmicas, a partir de 80% da Capacidade<br />

Instalada<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 133 / 530


Figura 3.4.1-1 – Carregamento no Circuito Remanescente 345 kV Macaé – Campos em caso de Contingências<br />

Perda de um circuito da LT 345 kV Macaé-Campos<br />

Fluxo circuito restante (MVA)<br />

1300<br />

1250<br />

1200<br />

1150<br />

1100<br />

1050<br />

1000<br />

950<br />

900<br />

850<br />

800<br />

750<br />

700<br />

0 20 40 60 80 100<br />

Geração Térmica UTEs Macaé e NorteFlu (%)<br />

(Gttotal= 1630 MW)<br />

N-S=1000 MW, sem<br />

Angra II<br />

N-S=1000 MW, sem<br />

Angra II e sem LT<br />

OP-VITÓRIA<br />

S-N=1500 MW,s/<br />

Angra II<br />

S-N= 1500 MW, com<br />

Angra II<br />

Das condições analisadas de operação do tronco de 345 kV Adrianópolis –<br />

Macaé - Campos para o ano de 2004, com as usinas térmicas Macaé e Norte<br />

Fluminense constata-se o seguinte:<br />

• em condições normais de operação, os fluxos observados neste troco de<br />

transmissão são da ordem de 360 a 640 MVA (este último no trecho<br />

Macaé – Campos) por circuito, inferiores à capacidade operativa de<br />

766 MVA para regime contínuo nessas linhas de 345 kV, após a entrada<br />

em operação da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória. No horizonte de 2006<br />

não se vislumbra a possibilidade de superação desse limite operativo. Nos<br />

períodos que antecedem à entrada em serviço da LT Ouro Preto 2 –<br />

Vitória, os fluxos são mais elevados, mas permanecem abaixo dos limites,<br />

situando-se entre 500 MVA por circuito entre Adrianópolis e Macaé até<br />

650 MW por circuito no trecho Macaé – Campos quando de despachos de<br />

geração térmica de 100%;<br />

• em condições de emergência de circuitos de 345 kV, os fluxos observados<br />

são próximos ou superiores ao limite de 766 MVA e variam,<br />

significativamente, de acordo com o despacho nessas usinas. No trecho<br />

crítico entre Macaé e Campos o carregamento do circuito restante varia<br />

entre 650 MVA quando de despacho nulo de geração até cerca de<br />

1.150 MVA para despacho de 100% nas térmicas, estando em operação a<br />

LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória; e<br />

• no transcorrer de 2004, após a entrada da usina Norte Fluminense e antes<br />

da entrada dessa LT, cujo cronograma está atrasado, os fluxos no circuito<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 134 / 530


emanescente atingem valores elevados e podem ir de 900 a 1.240 MVA.<br />

Esses carregamentos elevados para contingência de circuitos de 345 kV<br />

deverão ser contornados com a atuação de ECE local existente em Macaé<br />

para corte de geração. Após a entrada da LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />

Vitória, os fluxos acima observados na contingência simples de um dos<br />

circuitos de Macaé – Campos, se reduzem de 150 a 250 MVA e irão<br />

depender do despacho de geração nessas usinas térmicas, ou seja: para<br />

baixos despachos de geração entre zero e 60% (0 a 980 MW) será<br />

possível manter o carregamento do circuito restante abaixo de 1.000 MVA<br />

e para valores superiores a este de geração, o fluxo poderá atingir cerca<br />

de 1.150 MVA.<br />

b) Análise da transformação 230/138 kV da SE Mascarenhas<br />

A área leste de Minas Gerais é interligada à área RJ/ES pela LT 230 kV<br />

Governador Valadares – Conselheiro Pena – Mascarenhas. O fluxo nesta<br />

linha é limitado pela defasagem angular de -30º do transformador 230/138 kV<br />

da subestação de Mascarenhas, que propicia fluxos adequados nessa<br />

interligação, mesmo após a entrada da usina de Aimorés que deverá estar<br />

em operação (1ª unidade) a partir de novembro de 2003.<br />

Observa-se que essa usina deverá entrar em operação antes da LT 345 kV<br />

Ouro Preto 2 – Vitória (invertendo-se a ordem anterior desses eventos), o<br />

que será benéfico para o controle do carregamento da transformação de<br />

Vitória 345/138 kV em condições normais de operação.<br />

A implantação e a integração ao sistema da UHE Aimorés requerem a<br />

execução de algumas obras já propostas, tais como: a recapacitação da LT<br />

230 kV Governado Valadares – Conselheiro Pena – Aimorés e a duplicação<br />

da capacidade da transformação da SE Mascarenhas 230/138 kV –<br />

150 MVA. Cabe ressaltar que a Escelsa, proprietária da SE Mascarenhas,<br />

está adquirindo um novo transformador de 300 MVA para essa subestação,<br />

capacitado para operar com defasamento angular de +/-30º e zero graus<br />

elétricos, para substituição do atualmente em operação. Segundo aquela<br />

distribuidora, o transformador entrará em operação com defasamento –30º,<br />

mantendo o valor atual, que será alterado para 0º quando da energização da<br />

LT 345 kV Ouro Preto – Vitória.<br />

Cabe lembrar que a capacidade de 300 MVA para essa transformação foi<br />

determinada no estudo de integração da UHE Aimorés, realizado no ano de<br />

1999, onde não se cogitou a possibilidade da defasagem nula, uma vez que<br />

a SE Areinha 345/138 kV tinha então a operação prevista para o ano de<br />

2003, junto com a linha Ouro Preto - Vitória. Mesmo assim essa<br />

transformação suportaria a defasagem nula antes da entrada da usina de<br />

Aimorés, conforme relatado no estudo do PAR 2003-2005.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 135 / 530


A Tabela 3.4.1-4, a seguir, resume os resultados obtidos para o<br />

carregamento nos transformadores das SEs Vitória e Mascarenhas, além do<br />

fluxo na LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas para as diversas condições<br />

estudadas.<br />

Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE Mascarenhas e na SE Vitória<br />

TR Mascarenhas 230/138 kV<br />

com -30º<br />

TR Mascarenhas 230/138 kV<br />

com 0º<br />

TR Vitória Perda de<br />

345/138 k um<br />

V TR Vitória<br />

(T3) (T3)<br />

TR Masc<br />

230/138 k<br />

V<br />

TR Vitória Perda de<br />

345/138 k um<br />

V TR Vitória<br />

(T3) (T3)<br />

TR Masc<br />

230/138 k<br />

V<br />

LT<br />

230 kV<br />

Aimo -<br />

Masc<br />

Cenário 1 (2004) 100% 131% 50% 88% 115% 90% ---<br />

Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 104% --- 37% 94% --- 70% ---<br />

2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 88% --- 76% 80% --- 112% 86%<br />

3- Com 330 MW em Aimorés 95% 123% 66% 84% 109% 108% ---<br />

3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 83% --- 94% 76% --- 132% 104%<br />

Cenário 2 (2006) 102% 137% 57% 91% 119% 100% ---<br />

1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 108% --- 43% 97% --- 75% ---<br />

2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 88% --- 89% 79% --- 127% 97%<br />

3- Com 330 MW em Aimorés 97% 130% 74% 86% 112% 117% ---<br />

3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 84% --- 105% 77% --- 146% 112%<br />

Cenário 3 (2006) 111% 146% 9% 97% 126% 43% ---<br />

1- Perda da LT 500 kV Vesp - Mesq 118% --- 18% 105% --- 19% ---<br />

2- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 109% --- 10% 98% --- 42% 32%<br />

3- Com 330 MW em Aimorés 105% 137% 20% 92% 118% 61% ---<br />

3.1- Perda da LT 345 kV O Preto - Vitória 104% --- 23% 92% --- 59% 47%<br />

Da tabela acima, observa-se que:<br />

• o cenário mais crítico verificado para a transformação de Vitória 345/138 kV<br />

foi o cenário 3, ano de 2006, com defasagem de –30º em Mascarenhas.<br />

Nesse cenário, o carregamento do transformador de menor impedância (T3)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 136 / 530


encontra-se em torno de 111% na situação de regime normal de operação,<br />

subindo para 146% na contingência de um dos trafos dessa SE. Ainda neste<br />

cenário, a contingência da LT 500 kV Mesquita – Vespasiano provoca<br />

carregamento de 118% na referida transformação. Observa-se que esses<br />

carregamentos são reduzidos com defasamento de 0º na referida<br />

transformação.;<br />

• a alteração da defasagem angular da SE Mascarenhas 230/138 kV, de -30º<br />

para 0 grau, provoca sensível redução no carregamento da transformação da<br />

SE Vitória e conseqüente elevação no carregamento da SE Mascarenhas.<br />

No caso de despacho de 3 unidades da UHE Aimorés, o carregamento do<br />

transformador da SE Mascarenhas pode chegar ao valor de 108% de seu<br />

nominal. Ainda nesse cenário, em 2004, a contingência da LT 345 kV Ouro<br />

Preto – Vitória pode provocar carregamento de cerca de 112% do nominal da<br />

transformação da SE Mascarenhas;<br />

• no cenário mais crítico analisado para a SE Mascarenhas – o cenário 2 em<br />

2006 – o carregamento dessa transformação fica em torno do nominal, em<br />

condições de regime normal de operação para defasamento de 0º na<br />

transformação de Mascarenhas. Esse valor se eleva para 117% do nominal<br />

ao se despachar plenamente as três unidades da usina de Aimorés na<br />

condição de carga média, simultaneamente ao despacho nulo na UTE Macaé<br />

Merchant e reduzido na UTE Norte Fluminense. Nessas condições, a<br />

contingência na LT 345 kV Ouro Preto – Vitória provoca carregamento de<br />

cerca de 146% na citada transformação, além de elevação no fluxo da LT<br />

230 kV Aimorés – Mascarenhas, que passa a operar com carregamento de<br />

cerca de 12% superior ao limite de 195 MVA (CPST);<br />

• o problema de esgotamento da transformação de Vitória em condições<br />

normais de operação, que se intensifica com a entrada da LT 345 kV Ouro<br />

Preto 2 – Vitória e é agravado com despachos elevados nas usinas térmicas<br />

do norte fluminense, pode ser contornado no curto prazo com a adoção de<br />

defasagem de 0º graus na transformação de Mascarenhas. A médio e longo<br />

prazos, entretanto, será essencial a implantação da solução de referência<br />

planejada que é a construção da SE Areinha 345/138 kV, novo ponto de<br />

atendimento às cargas dessa região; e<br />

• por outro lado, cabe ressaltar que a mudança da defasagem de Mascarenhas<br />

para 0º eleva os carregamentos das linhas de 230 kV da área leste de Minas<br />

para emergências nessa área, principalmente quando da perda da LT 500 kV<br />

Neves - Vespasiano – Mesquita e para cenários de baixa hidraulicidade das<br />

usinas existentes nesta área, conforme análise mostrada na área Minas<br />

Gerais.<br />

Todos esses aspectos deverão ser ainda mais detalhados no parecer de acesso da<br />

UHE Aimorés, que está sendo finalizado pelo <strong>ONS</strong>.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 137 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 138 / 530


3.4.2 Área Minas Gerais<br />

<br />

Descrição da Área<br />

O sistema de transmissão que atende a área Minas Gerais é constituído por um<br />

eixo principal de 500 kV composto por três circuitos, uma malha de 345 kV e<br />

também por um sistema de 230 kV. Essas linhas de transmissão têm sua origem no<br />

próprio estado e chegam às áreas central, sul, norte, leste, triângulo mineiro e oeste<br />

do estado.<br />

O sistema de 500 kV responde por cerca de 40% da potência destinada à área e<br />

interliga-se com o sistema de escoamento das usinas do rio Paranaíba, enquanto o<br />

sistema de 345 kV, por onde transita cerca de 25% da potência dirigida a essa área,<br />

interliga a área Minas Gerais com as usinas do rio Grande. A região leste de Minas<br />

é atendida por um circuito em 500 kV derivado da subestação Neves até a<br />

subestação Mesquita e desta até Governador Valadares em 230 kV, onde chega a<br />

linha de transmissão de 230 kV que parte da área RJ/ES e interliga essas áreas. O<br />

Vale do Aço é atendido por três circuitos de 230 kV que partem da subestação<br />

Taquaril e se interligam à subestação Mesquita.<br />

O atendimento à maior parcela do mercado de energia elétrica de Minas Gerais é<br />

proveniente das usinas das bacias dos rios Grande e Paranaíba localizadas na<br />

própria área ou na divisa com as áreas São Paulo e Goiás / Distrito Federal.<br />

A região central concentra cerca de 80% da demanda, e tem problemas de<br />

atendimento durante contingências simples de circuitos de 500 kV, 345 kV e<br />

230 kV, que podem levar ao corte de cargas na região metropolitana de Belo<br />

Horizonte e nas áreas leste e norte em Várzea da Palma e Montes Claros.<br />

A região sul da área Minas é atendida principalmente pelas subestações de Poços<br />

de Caldas e Itajubá 500/138 kV e mais recentemente também pela usina hidrelétrica<br />

de Funil situada no rio Grande, que proporcionam um desempenho satisfatório<br />

desse sistema.<br />

As demais regiões, triângulo mineiro e oeste, são atendidas principalmente por<br />

sistemas de distribuição de 138 kV interligados às usinas do rio Grande e<br />

Paranaíba.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Minas Gerais<br />

A tabela 3.4.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Minas Gerais no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 139 / 530


Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Minas Gerais<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada UHE<br />

(MW)<br />

Capacidade Instalada UTE<br />

(MW)<br />

5.648 6.247 (1) 6.657 (2) 6.777 (3)<br />

324 345 (4) 345 345<br />

Total 5.972 6.592 7.002 7.122<br />

Demanda Máxima e<br />

crescimento Anual (MW)<br />

6.303 6.446 6.579 6.804<br />

(%) --- 2,2 2,0 3,4<br />

Nota: novas usinas hidroelétricas: (1) Aimorés (220 MW), Candonga (46 MW); (2) Picada (50 MW), Irapé (240 MW) e Murta<br />

(120 MW); (3) Irapé (120 MW) e Baú I (73,4 MW); (4) nova usina térmica J. de Fora (21 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação da Área Minas Gerais.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

• Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

• Observa-se que o sistema de transmissão em 500 kV de escoamento das<br />

usinas dos rios Paranaíba e Grande será mais solicitado a partir da entrada<br />

em operação da interligação Norte/Sul II, ficando sujeito a problemas de<br />

instabilidade eletromecânica para algumas condições do sistema. Esse<br />

problema será solucionado com a LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo que se<br />

encontra em construção, estando prevista sua operação para fins de 2004,<br />

bem como duas novas obras que são a duplicação da LT 345 kV Furnas –<br />

Pimenta e a LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, indicadas pela primeira vez<br />

neste PAR.<br />

• Na região norte de Minas Gerais, está previsto para o final do ano de 2005 a<br />

entrada em operação da UHE Irapé (3x120MW), localizada no rio<br />

Jequitinhonha, que se interligará à SE 345kV Montes Claros. Essa região é<br />

atendida por um radial singelo de 345 kV que parte de Três Marias, passa<br />

por Várzea das Palmas e chega a Montes Claros. Verificou-se<br />

preliminarmente que na contingência do trecho entre Três Marias e Várzea<br />

das Palmas poderá ocorrer perda de sincronismo da usina de Irapé,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 140 / 530


dependendo do número de unidades em operação e da condição de carga<br />

da região.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• O sistema de Minas Gerais é muito influenciado pelo fluxo da interligação<br />

Norte-Sul, por despachos nas usinas do Paranaíba e, a partir de 2004,<br />

também pelo despacho das térmicas no Rio de Janeiro, com reflexo no fluxo<br />

da linha de 345 kV Ouro Preto – Vitória. Essa característica introduz os<br />

problemas para o controle de tensão, relacionados a seguir:<br />

- risco de corte de cargas de até 300 MW na região metropolitana de<br />

Belo Horizonte quando de contingências simples no sistema de<br />

transmissão de 500 kV derivado das SEs Jaguara e Emborcação,<br />

agravado com a implantação da interligação Norte/Sul II e pela<br />

instalação da LT 345 kV O. Preto – Vitória;<br />

- elevada solicitação de potência reativa nas unidades geradoras da<br />

UHE Emborcação; e<br />

- dificuldades no controle de tensão devido à reduzida flexibilidade<br />

operativa, havendo necessidade de desligamento de linhas para<br />

inserção ou retirada de reatores que diminuem a segurança<br />

operativa do SIN.<br />

Neste contexto, faz-se necessário que alguns reatores de linha sejam<br />

dotados de possibilidade de chaveamento para, juntamente com a<br />

subestação de Bom Despacho, aumentar a confiabilidade do sistema da área<br />

Minas Gerais, permitindo um adequado controle de tensão em situações de<br />

cenários energéticos adversos. Tais conexões de reatores já foram<br />

propostas em estudos anteriores do PAR e no momento se encontram em<br />

processo de autorização pela Aneel. São elas:<br />

- SE Ouro Preto 2 - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT Ouro<br />

Preto 2 – São Gonçalo do Pará (1)<br />

- SE Jaguara - Conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e<br />

Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV) (2)<br />

- SE Emborcação - Conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT São<br />

Gotardo 2 (3)<br />

- Conexão do reator de Neves da LT 500 kV S.Gotardo – Neves já foi<br />

autorizada para a Cemig e está prevista para maio de 2003.<br />

- SE São Gotardo 2 -reator manobrável de barra de 91 Mvar - 500 kV<br />

(4)<br />

Obs: (1) solicitada autorização recentemente pela Cemig à Aneel para<br />

Set/04, (2) para Jun/05, (3) para Abr/05 e (4) para Jul/05.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 141 / 530


• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 345 kV Ouro Preto 2 – Vitória<br />

quando de rejeição em um dos terminais desta linha de transmissão.<br />

Simulações efetuadas mostram tensões sustentadas no terminal em vazio<br />

superiores aos limites estabelecidos de 110% (379,5 kV) da tensão nominal,<br />

quando de abertura dessa linha de transmissão em um de seus terminais. O<br />

sistema existente do lado de Ouro Preto possui recursos limitados para<br />

reduzir essas tensões ao patamar satisfatório que permita o fechamento do<br />

terminal aberto em Vitória dentro das condições estabelecidas para os<br />

equipamentos de manobra. As simulações mostram que para rejeição no<br />

terminal de Vitória, as tensões sustentadas na ponta da linha atingem<br />

patamares de até 115% (396,75 kV). Por outro lado, para rejeição no<br />

terminal de Ouro Preto 2 observam-se tensões sustentadas no terminal em<br />

vazio que podem atingir 120,9% (417,1 kV) da nominal.<br />

Desse modo, conclui-se que é importante a inserção de reatores<br />

manobráveis nessa linha de transmissão na faixa de 50 a 60 Mvar,<br />

atualmente em análise pela Aneel, sendo 60 Mvar o ideal tendo em vista as<br />

condições observadas em ambos os terminais, em qualquer condição de<br />

carga, e sendo este o módulo existente na subestação de Vitória.<br />

• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara – Samambaia,<br />

quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de transmissão.<br />

As simulações mostram elevadas tensões sustentadas no terminal em vazio<br />

superiores aos limites estabelecidos de 110% (550 kV) da tensão nominal<br />

quando de rejeição ou abertura no terminal de Itumbiara. Os sistemas<br />

existentes nos dois lados dessa linha de transmissão, em muitas condições<br />

operativas, não possuem recursos suficientes para reduzir essas tensões ao<br />

patamar satisfatório que permita o fechamento do terminal aberto dentro das<br />

condições estabelecidas para os equipamentos de manobra. Essas<br />

simulações mostram que para abertura somente do terminal de Itumbiara, as<br />

tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até ou<br />

superiores a 120% (600 kV), estando duas máquinas em operação na usina<br />

de Serra da Mesa. É determinante, para isso, o nível de tensão em<br />

Samambaia, sempre muito elevado, principalmente quando de baixos fluxos<br />

nessa interligação. Da mesma forma, para abertura no terminal de<br />

Samambaia, observam-se tensões elevadas no terminal em vazio que podem<br />

atingir 115% (575 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na<br />

usina de Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas<br />

determinado para a operação nesta usina é de uma unidade e na usina de<br />

Serra da Mesa de duas unidades, que são as usinas mais influentes para o<br />

controle de tensão dessa linha de transmissão.<br />

Desse modo, a inserção de reatores nessa linha de transmissão é<br />

necessária. Nesse sentido, as simulações efetuadas indicam que um reator<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 142 / 530


no terminal de Itumbiara de cerca de 136 Mvar, atualmente em análise pela<br />

Aneel, é satisfatório no caso de abertura em Itumbiara.<br />

• Sobretensão sustentada nos terminais da LT 500 kV Itumbiara –<br />

Marimbondo, quando de rejeição em um dos terminais dessa linha de<br />

transmissão.<br />

As simulações mostram que para abertura no terminal de Itumbiara, as<br />

tensões sustentadas na ponta da linha atingem patamares de até 115%<br />

(575 kV) estando três máquinas em operação na usina de Marimbondo. Por<br />

outro lado, para abertura no terminal de Marimbondo, observam-se tensões<br />

também elevadas no terminal em vazio de Marimbondo que podem atingir<br />

113% (565 kV) da nominal, estando três máquinas sincronizadas na usina de<br />

Itumbiara. Ressalta-se que o número mínimo de máquinas determinado para<br />

a operação na usina de Marimbondo é de três unidades e de uma unidade na<br />

usina de Itumbiara, que são as usinas mais influentes para o controle de<br />

tensão dessa linha de transmissão.<br />

Entretanto, considerando a capacidade plena das unidades geradoras da<br />

UHE Itumbiara, verifica-se que é possível a utilização dessas máquinas para<br />

a obtenção de tensões satisfatórias no terminal aberto de Marimbondo, não<br />

sendo o mesmo possível para a usina de Marimbondo com três máquinas.<br />

Desse modo, conclui-se que é indispensável a inserção de reator no sistema<br />

que abrange essa linha de transmissão. As simulações efetuadas indicam<br />

que um reator no terminal de Marimbondo de cerca de 200 Mvar/500 kV é<br />

satisfatório no caso de abertura em Marimbondo e que, para abertura em<br />

Itumbiara não há necessidade de reator tendo em vista a presença de reator<br />

no terminal oposto de Marimbondo. Tendo em conta às condições de<br />

operação previstas para essa linha de transmissão com possibilidade de<br />

elevados fluxos, o reator da LT 500 kV Marimbondo - Itumbiara deve ser<br />

manobrável, devendo ser inserido no terminal desta LT em Marimbondo<br />

cerca de 100 Mvar e o restante na barra. O reator de linha foi licitado<br />

juntamente com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, e tem a operação<br />

prevista para agosto de 2004. O reator de barra, por sua vez, está em<br />

análise pela Aneel.<br />

• Elevado perfil de tensão com risco de sobretensões no sistema de<br />

transmissão de 500 e 345 kV de atendimento às áreas Minas Gerais, São<br />

Paulo e Rio de Janeiro em regime normal de operação, quando de<br />

despachos elevados nas usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro e<br />

quando da recomposição desses sistemas após distúrbio.<br />

A geração térmica prevista para o Rio de Janeiro reduz os fluxos de potência<br />

nas linhas de 500 kV desde a subestação de Marimbondo, em Minas Gerais,<br />

até a subestação de Adrianópolis, no Rio de Janeiro. Neste cenário são<br />

observadas dificuldades para o controle de tensão nas regiões envolvidas,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 143 / 530


com o risco de ocorrer sobretensões em condição normal de operação,<br />

mesmo considerando a utilização plena dos recursos existentes. Desta<br />

forma, foram solicitados no ciclo anterior do PAR (2003-2005), novos<br />

reatores manobráveis no sistema de transmissão de 500 e 345 kV de<br />

atendimento às áreas Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Estes<br />

reatores além de contribuírem para melhorar o controle de tensão das<br />

regiões também são necessários para agilizar o processo de recomposição<br />

desses sistemas após distúrbios.<br />

• As regiões Leste e Norte da Cemig apresentam problemas de controle de<br />

tensão quando em contingências da rede básica. A primeira, na perda do<br />

tronco 500 kV Neves-Mesquita, cujo impacto será minimizado após a entrada<br />

em operação da usina de Aimorés (3x110 MW) no final de 2003. Já na região<br />

norte, a entrada da usina de Irapé (3X120 MW), no final de 2005, contribuirá<br />

para minimizar os problemas de controle da região quando de contingências<br />

no tronco de 345 kV Três Marias - Montes Claros.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

• Superação da capacidade operativa da LT 345 kV Furnas – Pimenta em<br />

determinados cenários energéticos que levam a restrição de geração nas<br />

usinas da bacia do rio Grande, quando de contingência simples de linhas de<br />

345 kV que interligam as usinas do rio Grande ou de 500 kV do rio<br />

Paranaíba.<br />

A maior parte das usinas da bacia do Rio Grande é interligada por um<br />

sistema de transmissão de 345 kV. Esse sistema de transmissão diante de<br />

um cenário energético de despacho mais elevado nas usinas do rio Grande<br />

bem como de fluxos acima de 1.000 MW na interligação Norte-Sul, na<br />

direção norte, é submetido a elevados fluxos em suas linhas, principalmente<br />

em Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, em regime normal de<br />

operação, o que implica em restrições de geração neste sistema e<br />

conseqüentemente nas interligações. A emergência de uma dessas linhas<br />

levará a outra a operar em sobrecarga. O estudo CCPE/CTET/047/2002<br />

propôs duplicar a linha Furnas-Pimenta para evitar tais problemas. Esta<br />

ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06.<br />

• Risco de corte de cargas atendidas pelas subestações de Juiz de Fora,<br />

Itutinga e Barbacena devido a sobrecargas em linhas de 138 kV dessas<br />

áreas principalmente quando da perda de uma das linhas de 345 kV<br />

Barbacena – J. Fora e Furnas - Pimenta. O estudo CCPE/CTET/047/2002<br />

recomenda a instalação da LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito<br />

simples, 140 km para resolver os problemas da área de Juiz de Fora. Esta<br />

ampliação foi analisada e ratificada no estudo deste PAR 04-06.<br />

• Risco de sobrecarga inadmissível no trecho de LT 230 kV entre Aimorés e<br />

Mascarenhas com conseqüente restrição do escoamento da capacidade total<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 144 / 530


da usina de Aimorés, quando da perda de trechos da LT 230 kV<br />

Mascarenhas - Aimorés – C. Pena - Gov.Valadares. A solução para esse<br />

problema é a implantação da LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, 20 km.,<br />

atualmente em análise pela Aneel, bem como a recapacitação da LT 230 kV<br />

Aimorés – Governador Valadares, em construção.<br />

• As linhas de transmissão da malha de 230 kV da região leste da área Minas<br />

Gerais poderão apresentar carregamentos acima da capacidade operativa<br />

em contingências do tronco de 500 kV Neves - Mesquita, caso seja alterada<br />

a defasagem da transformação de Mascarenhas dos atuais –30º para a<br />

defasagem de zero graus. Os piores cenários para essa região ocorrem para<br />

fluxos na interligação Norte/Sul no sentido do Sudeste, geração baixa de<br />

usinas térmicas na área RJ/ES e despachos abaixo de 70% nas usinas da<br />

região. Esse problema de sobrecarga poderia ser resolvido com reforço na<br />

malha de 230 kV como, por exemplo, a recapacitação de vãos críticos das<br />

linhas Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de<br />

Cocais2 – CSBM, cuja viabilidade está sendo avaliada pela Cemig. Essa<br />

região não apresenta nenhum problema de carregamento nas linhas em<br />

regime normal de operação.<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

A região norte de Minas Gerais é atendida por um circuito singelo de 345 kV,<br />

que liga a UHE Três Marias à SE Montes Claros. Atualmente, a perda de um<br />

dos circuitos deste tronco leva a cortes de carga nessa região. Com a<br />

entrada da usina de Irapé (3x120 MW), em 2005, que se interligará à SE<br />

Montes Claros, esses problemas serão minimizados.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

nas subestações Jaguara 345 kV, Furnas 345 kV, Luiz C. Barreto 345 kV e<br />

Poços de Caldas 345 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o<br />

diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados,<br />

ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede<br />

Básica nas SEs Barbacena 2, Juiz de Fora 1, Lafaiete, Neves e Mascarenhas<br />

de Moraes.<br />

f) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

A transformação de Ipatinga 230/161/kV – 1x150MVA e 161/138 kV –<br />

120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na ponta de carga<br />

do sistema de Minas Gerais em regime normal de operação, com valores de<br />

104% em 2004, podendo chegar a 116% em 2006. Estes carregamentos<br />

poderão ser reduzidos para 74 e 85% respectivamente nos anos de 2004 e<br />

2006 se as PCHs Pipoca (2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas<br />

para a região de Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 145 / 530


Ressalta-se que essas usinas ainda não possuem licença de operação e não<br />

foram consideradas no estudo do PAR. A solução, em fase de implantação<br />

pela Cemig, é a instalação de um novo transformador 230/138 kV – 225 MVA<br />

que, além de eliminar as sobrecargas verificadas anteriormente, aumentará a<br />

confiabilidade da região eliminando o corte de carga durante contingências<br />

nas transformações existentes.<br />

g) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Despacho Mínimo<br />

• Até a entrada em operação da SE Bom Despacho, das usinas hidrelétricas<br />

previstas para se integrarem à área central, além das conexões para tornar<br />

manobráveis reatores em circuitos de 500 kV, poderá ser necessário<br />

despachar as usinas termelétricas de Igarapé e Ibiritermo para evitar corte<br />

de carga após contingências simples nas LTs 500 kV São Gotardo 2 –<br />

Emborcação e Nova ponte – Jaguara.<br />

• Após a entrada dos reforços citados, a necessidade de geração adicional ao<br />

despacho mínimo da UTE Igarapé se limita a situações, na condição de<br />

carga pesada, onde são praticados fluxos da ordem de 2.000 MW na<br />

interligação Norte/Sul, sentido Norte→Sudeste, simultaneamente a geração<br />

elevada na bacia do Paranaíba. Nessas condições, será necessário gerar<br />

100 MW, além do despacho mínimo da UTE Igarapé, para evitar corte de<br />

carga em contingências simples.<br />

Despacho Máximo<br />

• Não há restrição ao despacho pleno das usinas termelétricas da área Minas<br />

Gerais.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área Minas Gerais ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Emborcação: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV na LT<br />

São Gotardo 2<br />

SE Jaguara: conexão para reatores nas LTs Jaguara – Neves e<br />

Jaguara – São Gonçalo do Pará (2x91 Mvar - 500 kV)<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 146 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Ouro Preto 2: conexão para reator 91 Mvar - 500 kV da LT<br />

Ouro Preto 2 – São Gonçalo do Pará<br />

SE São Gotardo 2: reator manobrável de barra de 91 Mvar -<br />

500 kV<br />

SE Marimbondo: reator manobrável de barra de 100 Mvar -<br />

500 kV<br />

LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas C2, circuito simples, 20 km<br />

LT 345 kV Furnas – Pimenta C2, circuito simples,<br />

LT 345 kV Itutinga – Juiz de Fora, circuito simples, 140 km<br />

LT 345 kV Montes Claros – Irapé, circuito simples, reator<br />

manobrável de barra de 60 Mvar – 345 kV<br />

SE Irapé 345 kV e conexões associadas<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

FEV/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

AGO/2005<br />

AGO/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Tendo em vista a característica da carga da região norte de Minas Gerais, é<br />

conveniente que seja realizado um estudo mais detalhado do comportamento<br />

dessa carga, para que se possa avaliar melhor as condições de atendimento<br />

à região, não somente em regime permanente, mas também por meio de<br />

análises de estabilidade transitória. Dessa forma, será possível estabelecer a<br />

necessidade de novos equipamentos de controle de tensão, mesmo com a<br />

presença da usina de Irapé. (<strong>ONS</strong>/Cemig).<br />

• Fazer levantamento para caracterizar os fatores limitantes das LTs 230 kV<br />

Taquaril - Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2<br />

- CSBM, com vistas a recapacitação de trechos desses circuitos (Cemig).<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo com o objetivo de<br />

caracterizar a solução estrutural para o atendimento à área leste de Minas<br />

Gerais (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Avaliar a viabilidade de implantação de ECE – Esquema de Controle de<br />

Emergência, na UHE Aimorés, para segregação de unidades geradoras<br />

dessa usina para a linha para Governador Valadares, a fim de eliminar<br />

sobrecarga nas linhas de 230 kV da área Leste de Minas Gerais, quando de<br />

contingências no eixo de 500 kV Neves – Vespasiano – Mesquita. Este<br />

esquema, de caráter temporário, tem por objetivo minimizar os efeitos da<br />

mudança do defasamento angular do transformador de 230/138 kV da SE<br />

Mascarenhas de –30º para 0º, proposta pela Escelsa como recurso para<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 147 / 530


eliminar sobrecargas na SE Vitória, no período entre a entrada em operação<br />

da LT 345 kV Ouro Preto – Vitória e a SE Areinha 345/138 kV, ou da solução<br />

estrutural para a área leste que venha a ser determinada no estudo de<br />

planejamento de longo prazo. (Cemig).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />

item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 148 / 530


Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />

2006<br />

a) As previsões de demanda para a área Minas Gerais, mostram uma retração<br />

em relação às previsões anteriores conforme a análise detalhada do item 6.1<br />

deste documento.<br />

b) O desempenho do sistema de transmissão de atendimento a Minas Gerais<br />

no período 2004-2006 será bastante influenciado pelos seguintes aspectos:<br />

retração de demanda causada pelo racionamento de energia de 2001/2,<br />

novas usinas hidrelétricas que se encontram em construção e por novas<br />

obras de transmissão também em construção. Entre as obras previstas,<br />

destacam-se a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que beneficia o sistema<br />

inclusive quanto a problemas de instabilidade eletromecânica na perda da LT<br />

500 kV S. Simão – Itumbiara, e a interligação Norte-Sul II, que impacta<br />

significativamente o sistema de atendimento a Minas Gerais. Quanto a esta<br />

interligação, verifica-se que elevados intercâmbios reduzem os limites de<br />

atendimento à carga. No período 2004 a 2006 está previsto um acréscimo<br />

total de 891,1 MW de potência instalada em novas usinas, onde de<br />

destacam as usinas UHE Aimorés com 330 MW e a UHE Irapé com 360 MW,<br />

representando cerca de 77,4% desse total conforme tabela a seguir.<br />

Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas para a Área Minas Gerais até 2006<br />

Usina<br />

Potência Instalada [MW]<br />

2004 2005 2006<br />

UHE Candonga 46,7<br />

UHE Picada 50<br />

UHE Aimorés 220<br />

UTE J. Fora 21<br />

UHE Irapé 240 120<br />

UHE Murta 120<br />

UHE Baú I 73,4<br />

TOTAL 287,7 410 193,4<br />

c) No horizonte 2004 – 2006 não são esperados cortes de carga para<br />

contingências simples no sistema de 500 kV, nem geração de térmicas por<br />

razões elétricas. Ressalta-se que as contingências nas LTs 500 kV São<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 149 / 530


Gotardo 2 – Emborcação e Nova Ponte – Jaguara são muito influenciadas<br />

pelo fluxo na interligação Norte – Sul. Em cenários com importação superior<br />

a 1.500 MW pelo Sudeste, assim como com geração do Paranaíba elevada,<br />

é necessário efetuar o desligamento de reatores e ajustar as tensões<br />

terminais de algumas usinas, para alcançar um perfil de tensão minimamente<br />

adequado. Estas condições poderão ser ainda agravadas com a elevação do<br />

fluxo na LT 345 kV Ouro Preto Vitória, o qual tem relação direta com os<br />

despachos das usinas térmicas instaladas no Rio de Janeiro. Para fluxos na<br />

interligação Norte/Sul da ordem de 2.000 MW, no sentido Sudeste, e nas<br />

condições de geração do Paranaíba já mencionadas poderá haver<br />

necessidade de despacho de geração térmica adicional da ordem de<br />

100 MW em carga pesada, além da geração mínima na UTE Igarapé, para<br />

evitar corte de carga no caso das contingências mencionadas.<br />

d) A usina de Irapé–360MW (3x120MW) será localizada no rio Jequitinhonha na<br />

região norte de Minas Gerais e se interligará à subestação de Montes Claros<br />

2 por meio de uma linha de circuito simples em 345 kV, integrante da Rede<br />

Básica, que deverá ser licitada no 1º semestre de 2003. Esta integração se<br />

dará primeiramente com duas máquinas, em fins de 2005, complementada<br />

no início de 2006 com uma terceira unidade. Esta usina trará grande<br />

benefício ao sistema de transmissão atual dessa região, que consiste em um<br />

único circuito derivado da UHE Três Marias passando por Várzea da Palma<br />

e daí a Montes Claros 2. Este sistema apresenta atualmente dificuldades de<br />

controle de tensão em regime normal de operação para determinadas<br />

condições de carga. A integração da usina de Irapé a SE Montes Claros 2<br />

significa uma injeção de potência na extremidade desse sistema radial,<br />

contribuindo significativamente para a redução dos fluxos na linha de<br />

transmissão existente que deriva da SE Três Marias, bem como em uma<br />

nova fonte de controle de tensão, beneficiando significativamente o<br />

desempenho do sistema, principalmente em contingência de linhas de<br />

345 kV. A presença dessa usina também resolve em parte as emergências<br />

de linhas de 345 kV da região com exceção da perda da LT Três Marias -<br />

Várzea da Palma para a qual deverá continuar o risco de corte de carga na<br />

região.<br />

Em contingências no tronco de 345 kV entre as subestações de Três Marias<br />

e Montes Claros, as linhas de 138 kV Montes Claros 2 – Montes Claros1,<br />

Montes Claros1 – Várzea da Palma, Três Marias – Várzea da Palma, além<br />

de Várzea da Palma - Minas Liga, poderão operar com sobrecarga. Um<br />

aspecto importante é quanto à presença do reator manobrável de 50Mvar –<br />

345 kV em Montes Claros na linha para a SE Irapé e quanto ao despacho da<br />

usina de Irapé. Preliminarmente, verifica-se que na emergência da linha de<br />

345 kV Várzea da Palma – Três Marias para que não haja corte de carga ou<br />

o mesmo seja minimizado, é necessário que o reator mencionado esteja<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 150 / 530


desligado e Irapé despachada no máximo. Já na emergência de Várzea da<br />

Palma – Montes Claros será necessário desligar pelo menos uma máquina<br />

em Irapé se a mesma estiver com despacho total. Essa análise sugere a<br />

necessidade de instalação de ECE a partir da implantação da usina de Irapé<br />

para atendimento satisfatório às cargas dessa área. Entretanto, deve-se<br />

registrar que essa análise pode se modificar em função de novas previsões<br />

de carga para essa região, tendo em vista a curva de carga atípica estudada.<br />

É necessário um estudo mais detalhado do comportamento da carga dessa<br />

região para que se possa concluir pela necessidade de novos equipamentos<br />

de controle de tensão mesmo com a presença da usina de Irapé. O diagrama<br />

a seguir ilustra essa região do norte de Minas Gerais.<br />

Figura 3.4.2-1 – Região Norte da Área Minas Gerais<br />

M.Claros<br />

(05)<br />

G<br />

UH Irapé<br />

S.Gotardo<br />

Região Norte<br />

138 kV<br />

S.Gotardo 500<br />

V.Palmas<br />

Neves<br />

G<br />

T.Mari as<br />

Legenda<br />

345 kV<br />

Neves 500<br />

e) Sistema de Transmissão de 345 kV das usinas do Rio Grande<br />

• Eixo Furnas – Pimenta<br />

A interligação Norte – Sul II e as obras relacionadas influenciam<br />

significativamente o sistema da área Minas Gerais e acrescentam uma<br />

importância elétrica e energética significativa para o sistema interligado<br />

nacional, pois através deste sistema será possível aumentar o intercâmbio<br />

de energia entre regiões geo-elétricas além de aumentar a confiabilidade do<br />

SIN. Entretanto, este intercâmbio poderá sofrer limitações de fluxos devido a<br />

restrições de transmissão na malha de 345 kV do rio Grande, fundamental<br />

para o escoamento das usinas dessa bacia. O diagrama a seguir mostra de<br />

forma simplificada uma parte dos sistemas de transmissão de 500 e 345 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 151 / 530


onde estão indicados os principais pontos de restrição para o escoamento<br />

dos fluxos:<br />

Figura 3.4.2-2 – Diagrama Simplificado dos Sistemas de 345 kV e 500 kV da Área Minas Gerais<br />

N/NE<br />

Samambaia<br />

S.Simão<br />

Itumbiara<br />

BACIA DO<br />

PARANAÍBA<br />

Emborcação<br />

Região<br />

Central - MG<br />

Jaguara<br />

A.Ver mel ha<br />

(5)<br />

2<br />

Pimenta<br />

Barbacena<br />

L.C.Barreto<br />

2<br />

Marimbondo<br />

BACIA<br />

DO<br />

GRANDE<br />

Furnas<br />

2<br />

Itutinga<br />

Região<br />

Mantiqueira<br />

138 kV<br />

J. de Fora<br />

Área Rio<br />

Os fatores que mais influenciam o carregamento do tronco de 345 kV, em<br />

especial as linhas Furnas - Pimenta e L.C.Barreto - Jaguara, são a geração<br />

das usinas dos rios Grande e Paranaíba, o intercâmbio na Norte-Sul II<br />

(influenciado pelas usinas de Serra da Mesa, Cana Brava e Lajeado), o<br />

despacho das usinas térmicas na área Rio de Janeiro e ainda o recebimento<br />

pelo Sudeste oriundo do sistema sul. Desta forma, o cenário energético<br />

considerado tem grande influência nos carregamentos das linhas de<br />

transmissão como, por exemplo, os cenários nos quais o intercâmbio na<br />

interligação Norte-Sul é superior a 1.000 MW, no sentido para o Norte, a<br />

geração é alta na bacia do rio Grande e baixa no Paranaíba, além das<br />

térmicas na área Rio estarem com despachos elevados, têm como<br />

conseqüência uma forte elevação nos carregamentos das linhas Furnas -<br />

Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, mencionadas anteriormente.<br />

A linha de 500 kV Itumbiara – Marimbondo, que tem previsão para entrar em<br />

operação até dezembro de 2004, é uma ampliação importante para o sistema<br />

interligado e que, além de outros benefícios, contribuirá para atenuar os<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 152 / 530


carregamentos das linhas de 345 kV, em condição normal de operação ou<br />

emergências no tronco de 500 e 345 kV. Mesmo com a pouca possibilidade<br />

desta linha vir a estar em operação durante a ponta de carga do sistema<br />

Sudeste no ano de 2004, foi analisado qual a influência que esta linha teria<br />

nos fluxos das principais linhas do sistema de 345 kV, em condição normal<br />

de operação e em emergências. Para isso considerou-se um cenário mais<br />

desfavorável para o sistema de 345 kV, onde um dos fatores é o intercâmbio<br />

de 2.000 MW no sentido Norte da interligação Norte-Sul. A tabela 3.4.2-4, a<br />

seguir, apresenta os dados principais do cenário considerado nesta análise e<br />

as tabelas 3.4.2-5 a 3.4.2-7 mostram o efeito da presença da linha Itumbiara-<br />

Marimbondo nos fluxos das linhas mais carregadas do sistema de 345 kV,<br />

em condição normal de operação e em emergências. Para efeito de<br />

comparação, na Tabela 3.4.2-5 também são mostrados os limites de<br />

transmissão que constam no CPST e usados nesta análise.<br />

Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário Analisado<br />

CENÁRIO - 2004<br />

Sudeste exportador para o Norte/NE<br />

Geração Grande 73% GER Furnas 1.150 MW<br />

Geração Paranaíba 58% GER LC Barreto 1.000 MW<br />

Geração Paraná 81% Térmicas Rio 100%<br />

RSE 7.500 MW FMG 3.600 MW<br />

Fluxo N-S (SE→N) 2.000 MW Fluxo para Samambaia (*) 1.850 MW<br />

Geração de S. da Mesa<br />

+Lajeado + C.Brava<br />

1.170MW<br />

Fluxo LT345 Ouro Preto-<br />

Vitória<br />

120 MW<br />

(*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia<br />

Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em Condições Normais de Operação<br />

Linhas de 345 kV<br />

Condição Normal de Operação - 2004<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />

Sem<br />

Com<br />

Limites do<br />

CPST<br />

(MVA)<br />

Furnas – Pimenta 856 806 916<br />

L C Barreto - Jaguara 1.000 897 1.065<br />

Marimbondo - P. Colômbia 390 236 598<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 153 / 530


Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo)<br />

Emergência em linhas<br />

de 345 e 500 kV<br />

Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />

Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />

Furnas-Pimenta<br />

L C Barreto-<br />

Jaguara<br />

Marimbondo –<br />

P. Colômbia<br />

Furnas - Pimenta - 1.513 437<br />

L C Barreto -Jaguara 1.185 - 428<br />

Emborcação - Itumbiara 890 1.068 392<br />

S. Simão - A. Vermelha 981 1.284 613<br />

Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo)<br />

Emergência em linhas<br />

de 345 e 500 kV<br />

Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />

Com a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />

Furnas-Pimenta<br />

L C Barreto-<br />

Jaguara<br />

Marimbondo –<br />

P. Colômbia<br />

Furnas - Pimenta - 1.360 262<br />

L C Barreto - Jaguara 1.085 - 248<br />

Emborcação -Itumbiara 857 1.000 272<br />

S.Simão - A. Vermelha 848 996 292<br />

Nas tabelas anteriores observa-se o efeito da linha Itumbiara - Marimbondo<br />

nas linhas de 345 kV, que provoca reduções significativas nos fluxos das<br />

mesmas, tanto em condição normal quanto em emergências. Observa-se<br />

também que essa linha é fundamental para evitar sobrecarga nas linhas de<br />

345 kV quando de contingências no 500 kV, mas não é suficiente para<br />

resolver a sobrecarga existente nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto -<br />

Jaguara quando de contingências nas mesmas. Este fato evidencia a<br />

necessidade de reforço no sistema de 345 kV para equacionar este<br />

problema. O estudo CCPE/CTET/0.47/2002 propõe a duplicação da linha<br />

Furnas-Pimenta como um reforço necessário para o sistema de 345 kV.<br />

Tomando com base este estudo e considerando a possibilidade desta<br />

duplicação ainda no ano de 2004, a tabela 3.4.2-8 a seguir mostra qual seria<br />

o efeito desta duplicação nos fluxos das linhas Furnas - Pimenta e L. C.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 154 / 530


Barreto - Jaguara nas condições mais severas analisadas anteriormente sem<br />

a linha Itumbiara - Marimbondo.<br />

Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas –<br />

Pimenta<br />

Emergência no 345 kV<br />

Carregamento das linhas de 345 kV (MVA) - 2004<br />

Com a LT 345 kV Furnas – Pimenta C2<br />

Sem a LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo<br />

Furnas – Pimenta Furnas – Pimenta L C Barreto -<br />

C1<br />

C2<br />

Jaguara<br />

Furnas – Pimenta C1 - 856 1.000<br />

L C Barreto - Jaguara 707 707 -<br />

A tabela anterior mostra que a duplicação da LT 345 kV Furnas-Pimenta<br />

reduz em cerca de 40% o carregamento nesta linha na emergência da LT<br />

345 kV L. C. Barreto - Jaguara (de 1.185 para 707 MVA) e em cerca de 34%<br />

o carregamento da linha L. C. Barreto – Jaguara, na perda da LT 345 kV<br />

Furnas-Pimenta C1, passando de 1.513 para 1.000 MVA. Em ambas as<br />

linhas, os valores de fluxo estão abaixo do limite de carregamentos<br />

estabelecidos no CPST. Os resultados mostram que essa duplicação<br />

resolveria o problema de sobrecarga nas linhas Furnas - Pimenta e L. C.<br />

Barreto - Jaguara e que a mesma seria necessária já a partir do ano de<br />

2004. Estes fluxos seriam ainda menores com a presença da linha Itumbiara<br />

- Marimbondo.<br />

Considerando a possibilidade da não realização desta duplicação nos anos<br />

de 2004 e 2005, pelo pouco tempo disponível para os trâmites necessários<br />

para a sua implantação, foram realizadas análises mais detalhadas da<br />

duplicação de Furnas-Pimenta no ano de 2006, considerando já em<br />

operação a linha Itumbiara - Marimbondo. As conclusões desta análise são<br />

válidas também para os anos de 2004 e 2005.<br />

Foram considerados alguns cenários nessa análise, com destaque para a<br />

interligação Norte-Sul, a qual foi estudada com fluxos em ambos os sentidos.<br />

O caso de referência usado para gerar os cenários a seguir apresentados foi<br />

o de carga pesada de junho de 2006. A tabela 3.4.2-9 mostra estes cenários<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 155 / 530


Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da<br />

Duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />

Descrição<br />

Cenário: Sudeste<br />

exportando para o Norte<br />

Cenário: Sudeste<br />

importando do Norte<br />

1 2 3 4 5<br />

Geração Grande 72% 50% 58% 63% 63%<br />

Geração Paranaíba 74% 45% 45% 55% 70%<br />

Geração Paraná 82% 78% 78% 81% 82%<br />

RSE 7.113 MW 9.422 MW 9.422 MW 7.088 MW 6.027 MW<br />

Norte-Sul (SE→N=+<br />

e N→SE=-)<br />

Geração de S. da<br />

Mesa +Lajeado +<br />

C.Brava<br />

2.177 MW 2.000 MW 1.976 MW -1.930 MW -2.350 MW<br />

1.910MW 1.440 MW 840 MW 1.910 MW 1.910MW<br />

Ger Furnas 900 MW 600 MW 1.000 MW 600 MW 600 MW<br />

Ger L C Barreto 920 MW 600 MW 900 MW 800 MW 800 MW<br />

Térmicas Rio<br />

Geração<br />

baixa<br />

100% 100%<br />

Geração<br />

baixa<br />

Geração<br />

baixa<br />

FMG 3.911 MW 3.456 MW 3.443 MW 4.067 MW 4.306 MW<br />

Fluxo p/ Samambaia<br />

(*)<br />

Fluxo LT345 Ouro<br />

Preto - Vitória<br />

1.462 MW 1.599 MW 2.056 MW -1.136 MW -1.456 MW<br />

122 MW 114 MW 115 MW 426 MW 541 MW<br />

(*) LT 500 kV Itumbiara – Samambaia + LT 500 kV Emborcação – Samambaia<br />

Esta tabela apresenta os cenários energéticos selecionados para essa<br />

análise, destacando os fatores mais importantes que afetam os<br />

carregamentos das linhas de transmissão. Nos cenários de 1 a 3 o fluxo na<br />

interligação Norte-Sul está no sentido Sudeste→Norte, o qual tem se<br />

mostrado ser mais severo para os carregamentos das linhas Furnas -<br />

Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara, e nos cenários 4 e 5 o fluxo naquela<br />

interligação está no sentido contrário, ou seja, do Norte para o Sudeste.<br />

Considerando os cenários apresentados anteriormente, a tabela 3.4.2-10 a<br />

seguir mostra os fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara<br />

em condição normal de operação. Conforme anteriormente mencionado, os<br />

maiores carregamentos nestas linhas acontecem para os cenários 1, 2 e 3,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 156 / 530


sendo estes os mais importantes para analisar o efeito da duplicação da<br />

linha Furnas-Pimenta.<br />

Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Cenários<br />

Analisados<br />

Linhas de 345 kV<br />

Condição Normal de Operação – 2006<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

Cenários<br />

1 2 3 4 5<br />

Limites<br />

do CPST<br />

(MVA)<br />

Furnas - Pimenta 676 796 923 350 246 916<br />

L C Barreto - Jaguara 737 814 1.087 108 289 1.065<br />

É importante observar na tabela anterior que o sentido do fluxo na<br />

interligação Norte-Sul é um importante fator para determinar o carregamento<br />

nas linhas de 345 kV, mas outros aspectos, como os despachos das usinas<br />

do rio Grande, em especial Furnas e L.C.Barreto, do rio Paranaíba e das<br />

térmicas da área Rio, são também relevantes para explicar o comportamento<br />

dos fluxos nas linhas Furnas - Pimenta e L. C. Barreto - Jaguara. O cenário 3<br />

é considerado o mais severo de todos, onde o baixo despacho considerado<br />

nas usinas de Serrada mesa, Cana Brava e Lajeado teve grande influência<br />

no aumento dos fluxos nos sistemas de 345 e 500 kV. O fluxo na linha<br />

Furnas - Pimenta ficou ligeiramente superior ao limite de 916 MVA.<br />

Considerando somente os cenários 1, 2 e 3, a tabela 3.4.2-11 a seguir<br />

apresenta os fluxos nas linhas em condição normal de operação com a linha<br />

Furnas-Pimenta duplicada.<br />

Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em Condições Normais de Operação, nos Piores<br />

Cenários, Considerando a duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />

Linhas de 345 kV<br />

Condição Normal de Operação – 2006<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

Cenários<br />

1 2 3<br />

Furnas – Pimenta C1 379 499 578<br />

Furnas – Pimenta C2 379 499 578<br />

L. C. Barreto - Jaguara 408 695 950<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 157 / 530


O segundo circuito Furnas-Pimenta proporciona no cenário 3 uma redução<br />

de 37% no carregamento deste circuito e 12,6% na linha L. C. Barreto -<br />

Jaguara, em regime normal de operação. Os fluxos nos circuitos<br />

remanescentes, para a emergência de um desses circuitos, estão<br />

apresentados na tabela 3.4.2-12 a seguir, onde, para efeito de comparação,<br />

os resultados são mostrados com e sem a duplicação de Furnas-Pimenta.<br />

Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em emergências, no Pior Cenário, Considerando a<br />

duplicação da LT Furnas – Pimenta<br />

Carregamento em MVA - 2006<br />

Cenários<br />

Emergência 345 kV<br />

S/ Furnas – Pimenta C2 C/ Furnas Pimenta C2<br />

FU-PI FU-PI LCB- FU-PI FU-PI LCB-<br />

C1 C2 JG C1 C2 JG<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Furnas – Pimenta C1 - - 845 - 676 737<br />

L.C.Barreto - Jaguara 756 - - 453 453 -<br />

Furnas – Pimenta C1 - - 1.273 - 796 814<br />

L.C.Barreto - Jaguara 1.050 - - 629 629 -<br />

Furnas – Pimenta C1 - - 1.624 - 923 1.087<br />

L.C.Barreto - Jaguara 1.256 - - 758 758 -<br />

Os valores da tabela anterior vêm confirmar os resultados obtidos na análise<br />

realizada para o ano de 2004, ou seja, mesmo no cenário mais pessimista<br />

(cenário 3), a presença do segundo circuito Furnas-Pimenta contribui com<br />

grande eficácia para a redução dos carregamentos das linhas Furnas-<br />

Pimenta e L. C.Barreto - Jaguara, sendo, portanto, um reforço necessário<br />

para o tronco de 345kV.<br />

É importante registrar que o limite atual da linha L. C. Barreto - Jaguara é de<br />

860 MVA, devido à capacidade dos TCs na saída das SEs L.C Barreto e<br />

Jaguara. Tal restrição deverá ser eliminada de forma que o limite volte ao<br />

valor normal de 1.165 MVA.<br />

f) Eixo Barbacena - Juiz de Fora – Itutinga<br />

O objetivo principal da análise anterior foi o de avaliar o efeito da duplicação<br />

da linha Furnas - Pimenta no carregamento das demais linhas do sistema<br />

interligado, em especial Furnas - Pimenta e L. C. Barreto – Jaguara, já<br />

verificado na análise de 2004 e no relatório CCPE/CTET/.47/2002. Porém<br />

durante a análise observou-se que, dependendo do cenário considerado,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 158 / 530


algumas linhas do subsistema de transmissão de 138 kV da região da<br />

Mantiqueira da área Minas, tiveram seu carregamento elevado e, em alguns<br />

casos, o limite de transmissão ultrapassado em regime normal de operação<br />

ou em emergências de linhas 345 kV. Essa região é basicamente atendida<br />

pelo radial Barbacena 2 – Juiz de Fora, pela subestação de Itutinga<br />

345/138 kV e por algumas usinas locais ligadas a malha de distribuição de<br />

138 kV.<br />

A tabela 3.4.2-13 a seguir mostra os fluxos em regime normal de operação<br />

nas principais linhas desta região, para cada cenário considerado, e os<br />

limites de transmissão das linhas de 138 kV.<br />

Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições Normais de<br />

Operação<br />

Linhas de 138 kV<br />

Região da Mantiqueira-MG<br />

Condição Normal de Operação<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

Cenários - 2006<br />

1 2 3 4 5<br />

Limites<br />

(MVA)<br />

(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 85 152 162 45 27 125<br />

(2) S. J. del Rey - Barbacena 58 110 116 27 7 125<br />

(3) S. J. del Rey - Lafaiete 49 91 98 21 2 125<br />

(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 64 93 97 47 36 120<br />

(5) S. Dummont – J. Fora 7 15 19 20 17 13 95<br />

(6) Piau – Juiz de Fora 13 15 16 13 11 96<br />

(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 17 13 12 15 7 95<br />

Observa-se, na tabela anterior, que nos cenários 1,2 e 3 os fluxos nas linhas<br />

que partem da transformação de Itutinga 345/138 kV-2x225 MVA (linhas<br />

1,2,3 e 4 na tabela) são maiores que nos cenários 4 e 5. Isto se deve<br />

principalmente aos seguintes fatores: o fluxo na interligação Norte-Sul no<br />

sentido Sudeste→Norte e o despacho das térmicas na área Rio. Nos<br />

cenários 2 e 3, o maior despacho das térmicas na área Rio contribui para<br />

elevar ainda mais os carregamentos destas linhas.<br />

Para cada cenário da tabela anterior, foram selecionados os resultados de<br />

duas emergências no sistema de 345 kV: Furnas - Pimenta e Barbacena -<br />

Juiz de Fora. A primeira é mais severa para as linhas atendidas pela SE<br />

Itutinga e a segunda para as linhas atendidas pela SE Juiz de Fora<br />

345/138 kV-2x150 MVA (linhas 5,6 e 7 na tabela), uma vez que esta<br />

subestação é atendida pelo radial derivado de Barbacena. As tabelas 3.4.2-<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 159 / 530


14 e 3.4.2-15 apresentam os fluxos obtidos nas linhas da malha de 138 kV<br />

nestas emergências.<br />

Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de<br />

Emergência da LT Furnas – Pimenta<br />

Linhas de 138 kV<br />

Região da Mantiqueira-MG<br />

Emergência: Furnas-Pimenta<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

Cenários - 2006<br />

1 2 3 4 5<br />

Limites<br />

(MVA)<br />

(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 124 203 222 66 42 125<br />

(2) S. J. del Rey - Barbacena 90 153 167 44 22 125<br />

(3) S. J. del Rey - Lafaiete 70 119 131 32 12 125<br />

(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 81 115 123 55 44 120<br />

(5) S. Dummont – J. For a 7 18 24 27 15 16 95<br />

(6) Piau – Juiz de Fora 15 18 19 13 12 96<br />

(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 16 13 14 14 9 95<br />

Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da Região da Mantiqueira, em Condições de<br />

Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora<br />

Linhas de 138 kV<br />

Região da Mantiqueira-MG<br />

Emergência: Barbacena-Juiz de Fora<br />

(Carregamentos em MVA)<br />

Cenários - 2006<br />

1 2 3 4 5<br />

Limites<br />

(MVA)<br />

(1) Itutinga 2 – S. J. del Rey 94 162 172 52 40 125<br />

(2) S. J. del Rey - Barbacena 73 125 132 40 29 125<br />

(3) S. J. del Rey - Lafaiete 46 88 95 17 1 125<br />

(4) S. J. del Rey – Itutinga 1 68 97 102 50 42 120<br />

(5) S. Dummont – J. Fora 7 133 140 144 132 140 95<br />

(6) Piau – Juiz de Fora 97 103 106 97 103 96<br />

(7) Juiz de Fora – J. Fora 7 129 138 142 128 138 95<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 160 / 530


Observa-se nas tabelas anteriores que a emergência da linha Furnas -<br />

Pimenta é mais grave nos cenários 2 e 3, com maior geração térmica na área<br />

Rio, e a emergência da linha Barbacena - Juiz de Fora é grave em todos os<br />

cenários considerados.<br />

Além das linhas observadas nas tabelas anteriores, algumas transformações<br />

da região poderão ter problemas de carregamentos acima do nominal, como<br />

a transformação de Itutinga 345/138kV-2x225MVA, na perda de um dos<br />

transformadores, onde o carregamento no remanescente atingirá 116% no<br />

cenário 3, e a transformação de Barbacena 345/138 kV-2x150MVA, cujo<br />

carregamento atinge cerca de 107% no cenário 2, no caso de<br />

indisponibilidade da linha Barbacena 2 - Juiz de Fora.<br />

Tendo em vista que os carregamentos das linhas e transformações da malha<br />

de 138 kV da região da Mantiqueira podem sofrer grandes variações<br />

dependendo do cenário energético considerado, tanto em condição normal<br />

de operação quanto em emergências no sistema de 345 kV, o estudo<br />

CCPE/CTET/047/2002 propôs interligar as subestações de Itutinga e Juiz de<br />

Fora através de um novo circuito de 345 kV, com aproximadamente 140 km,<br />

fechando o anel Furnas – Pimenta – Barbacena. Considerando este circuito<br />

nos casos analisados anteriormente, observou-se que além de reduzir<br />

significativamente os fluxos nas linhas da região, eliminando as sobrecargas<br />

existentes, contribui também para reduzir os fluxos nas linhas Furnas –<br />

Pimenta, em cerca de 13%, e L. C. Barreto – Jaguara, em 7%. É importante<br />

destacar que se considerarmos somente a duplicação do circuito Furnas -<br />

Pimenta, os problemas da região Mantiqueira seriam amenizados, mas não<br />

resolvidos. O quadro a seguir apresenta, para o cenário 3, o mais severo, um<br />

resumo das análises anteriores, mostrando o efeito do segundo circuito<br />

Furnas – Pimenta e da linha Itutinga – Juiz de Fora nos fluxos das linhas de<br />

345 e 138 kV. Neste quadro é possível observar a redução nos<br />

carregamentos das linhas em condição normal de operação e em<br />

emergências.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 161 / 530


Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de 138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas –<br />

Pimenta<br />

Linhas de<br />

Transmissão<br />

Reg. Normal<br />

de operação<br />

CENÁRIO 3 - 2006<br />

(Carregamento em MVA)<br />

Emergência:<br />

Furnas-Pimenta<br />

Emergência:<br />

LCB-Jaguara<br />

Emergência:<br />

Barb-J.deFora<br />

Lim<br />

MVA<br />

345 kV A B C A B C A B C A B C<br />

Fur-Piment C1 923 578 506 - - - 1266 758 665 924 579 523 916<br />

Fur-Piment C2 - 578 506 - 923 795 - 758 665 - 579 523 916<br />

LCB-Jaguara 1087 950 892 1624 1087 1005 - - - 1092 953 905 1165<br />

138 kV<br />

Ituting2-SJRey 162 147 93 222 162 101 189 164 104 172 156 104 125<br />

SJRey-Barbac 116 103 50 167 116 56 136 116 55 132 119 58 125<br />

SJRey-Lafaiet 98 89 69 131 98 74 115 101 77 95 86 74 125<br />

SjRey-Ituting1 97 91 69 123 97 72 109 98 73 102 95 73 120<br />

Sdum-JFora7 20 19 16 27 20 18 24 21 18 144 141 43 95<br />

Piau-JFora 16 15 9 19 16 11 17 16 11 106 103 29 96<br />

Jfora-Jfora7 12 12 27 14 12 27 13 11 26 142 139 46 95<br />

Legenda: A: Configuração atual; B: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta; C: Com o 2º circuito Furnas-Pimenta + LT Itutinga -<br />

Juiz de Fora<br />

O quadro anterior mostra que as soluções propostas para ampliação do<br />

sistema de 345 kV da Rede Básica, são eficazes para contornar os<br />

problemas de sobrecarga observados no sistema de 345 kV e na malha de<br />

138 kV da região da Mantiqueira. Mas para que estas obras tragam os<br />

resultados esperados, dois pontos importantes devem ser equacionados:<br />

- troca do TC na saída de L. C. Barreto para Jaguara e vice-versa de<br />

modo que o limite da linha L. C. Barreto - Jaguara passe dos atuais<br />

860 MVA para o valor de 1.165 MVA ou acima; e<br />

- em recente correspondência Furnas informou que deseja alterar o<br />

limite operativo da linha Furnas - Pimenta para 728 MVA, diferente<br />

do atual CPST que é de 916 MVA. Na hipótese do valor de 728 MVA<br />

como limite para condição normal de operação e para emergências,<br />

os resultados da tabela anterior mostram que no cenário 3 e na<br />

contingência de um dos circuitos de Furnas-Pimenta, o<br />

carregamento no circuito remanescente seria 795 MVA, ou seja,<br />

cerca de 9% acima desse novo limite.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 162 / 530


Foi analisada, ainda, outra forma de interligar as subestações Itutinga e Juiz<br />

de Fora. Trata-se de uma ligação em “loop” num dos circuitos entre Itutinga e<br />

Adrianópolis, passando por Juiz de Fora, seccionando uma das linhas<br />

Itutinga - Adrianópolis em dois novos trechos: Itutinga - Juiz de Fora e Juiz<br />

de Fora - Adrianópolis. Esta alternativa proporciona resultados semelhantes<br />

à anterior com relação às reduções nos carregamentos das linhas Furnas -<br />

Pimenta, L. C. Barreto - Jaguara e na malha de 138 kV da região da<br />

Mantiqueira de Minas Gerais. Mas essa configuração apresenta a<br />

desvantagem de aumentar o carregamento na transformação de Adrianópolis<br />

500/345 kV, para alguns cenários considerados.<br />

Finalmente, destaca-se que a presença das linhas Furnas - Pimenta C2 e<br />

Itutinga - Juiz de Fora contribuem para elevar o nível de curto circuito,<br />

principalmente nas subestações de Barbacena e Juiz de Fora 345 kV e Juiz<br />

de Fora 138 kV. Em análise preliminar, pode-se observar uma elevação no<br />

curto circuito de 24, 60 e 37% nesses barramentos, respectivamente.<br />

Ressalta-se que simulações mostraram que o nível de curto-circuito da<br />

subestação de Juiz de Fora 138 kV se encontra atualmente próximo do<br />

limite.<br />

g) A região Leste de Minas Gerais é atendida principalmente pelas<br />

transformações de Mesquita 500/230 kV – 3X400 MVA e Taquaril<br />

345/230 kV – 3X225 MVA, além de geração local da ordem de 500 MW de<br />

potência instalada nas usinas de G.Amorim, Salto Grande, Sá Carvalho e<br />

Porto Estrela. Na perda das LT 500 kV Neves - Vespasiano ou Vespasiano –<br />

Mesquita, o atendimento a essa área passa a ser feito pela transformação de<br />

Taquaril 345/230 kV e pela interligação com o Espírito Santo, através da LT<br />

230 kV Gov. Valadares - Mascarenhas. A conseqüência dessa contingência<br />

é o afundamento de tensão e a elevação dos carregamentos na malha de<br />

230 kV e na transformação de Taquaril. Atualmente, nessa condição é<br />

necessário efetuar cortes de carga para operação satisfatória do sistema.<br />

Em regime normal de operação não são esperados problemas para essa<br />

região.<br />

A partir de novembro de 2003 está prevista a entrada em operação da<br />

primeira máquina da usina de Aimorés (3x110 MW), localizada na<br />

interligação com o Espírito Santo próximo à subestação de Mascarenhas.<br />

Com a usina completa em abril de 2004, os problemas de carregamentos<br />

elevados e de afundamento de tensão na região leste serão<br />

significativamente minimizados.<br />

Entretanto, esse panorama será alterado com a troca da defasagem angular<br />

dos transformadores 230/138 kV-(2x150 MVA) da SE Mascarenhas que<br />

atualmente propicia fluxos adequados nessa interligação. A defasagem<br />

“nula”, pretendida pela Escelsa, teria o objetivo de minimizar os problemas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 163 / 530


de elevados carregamentos observados na transformação de Vitória<br />

345/138 kV-4x225 MVA após a entrada em operação da LT 345 kV Ouro<br />

Preto – Vitória e o adiamento da SE Areinha 345/138 kV.<br />

Os problemas de carregamentos elevados e afundamentos de tensão na<br />

malha 230 kV da região leste somente acontecem na contingência da LT<br />

500 kV Neves – Vespasiano - Mesquita, como dito anteriormente, e são mais<br />

severos para cenários onde os fluxos na interligação Norte/Sul ocorrem no<br />

sentido do Sudeste e com baixa geração de térmicas na área RJ/ES. Um<br />

outro fator agravante seria o baixo despacho das usinas dessa região. Foram<br />

então analisados duas condições de despacho, que estão mostradas na<br />

tabela 3.4.2-17. A tabela 3.4.2-18, seguinte, mostra o efeito da alteração da<br />

defasagem do TR de Mascarenhas nos carregamentos das linhas de 230 kV<br />

da região leste da Cemig.<br />

Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas<br />

Descrição<br />

Cenários<br />

1 (2004) 2 (2006)<br />

Carga Escelsa 1.317 MW 1.384 MW<br />

Fluxo N-S (sentido SE) 610 MW 1.770 MW<br />

Fluxo O. Preto - Vitória 384 MW 426 MW<br />

UHE Aimorés 220 MW 220 MW<br />

Ger. região leste 80% 80%<br />

UTE Norte Fluminense 386 MW (50%) 386 MW (50%)<br />

UTE Macaé Merchant 0 0<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 164 / 530


Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem<br />

do Trafo da SE Mascarenhas<br />

Perda da LT 500 kV<br />

Vespasiano - Mesquita<br />

Carregamentos em linhas de 230 kV<br />

e transformador da região Leste (%)<br />

TR Mascarenhas<br />

230/138 kV<br />

com –30 graus<br />

TR Mascarenhas<br />

230/138 kV<br />

com defasagem “Nula”<br />

L1 L2 L3 TR L1 L2 L3 TR<br />

Cenário 1 (2004)<br />

(1) Caso Base 69 69 64 66 87 84 79 84<br />

(2) Ger leste=50% 91 87 82 89 112 104 99 109<br />

(3) Ger leste=50%<br />

Aimorés=330 MW 83 80 75 80 101 94 90 98<br />

(4) Ger leste=70% 74 73 68 71 93 88 83 89<br />

Cenário 2 (2006)<br />

(5) Caso Base 77 77 71 74 96 92 87 92<br />

(6) Aimorés=330 MW 70 71 65 66 88 85 80 83<br />

(7) Ger leste e<br />

Aimorés = 50% 107 100 95 104 136 125 119 130<br />

(8) Ger leste=50% 102 96 91 99 125 116 110 121<br />

(9) Ger leste=50%<br />

Aimorés=330 MW 94 90 85 90 113 105 100 109<br />

(10) Ger leste=70% 85 83 77 81 104 98 93 100<br />

Legenda: L1: Taguaril – Itabira L2: Taquaril – B. Cocais L3: CSBM – B. Cocais TR: Transformação de Taquaril<br />

345/230 kV<br />

A tabela anterior mostra que, mesmo em cenários desfavoráveis para a<br />

região Leste, praticamente não há problemas de sobrecarga nas linhas,<br />

considerando a defasagem atual de (–30º). Somente nos casos 7 e 8, são<br />

observados carregamentos ligeiramente acima do nominal no cenário 2, mais<br />

severo que o cenário 1, sendo que esse apresenta fatores agravantes que<br />

são os despachos das usinas da região leste e a UHE Aimorés com 50% da<br />

capacidade instalada.<br />

Considerando a defasagem “nula” na transformação de Mascarenhas, os<br />

resultados observados são mais severos do que com a defasagem atual,<br />

principalmente quando se considera o despacho das usinas da região Leste<br />

inferior a 70%. No caso 10, onde o despacho das usinas da região é igual a<br />

70% e Aimorés está gerando 220 MW, os carregamentos estão praticamente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 165 / 530


no limite. Para cenários com despachos inferiores a esses valores poderão<br />

ocorrer carregamentos elevados nas linhas da malha 230 kV. Os casos 7, 8 e<br />

9 retratam essa situação.<br />

É importante ressaltar que nessa contingência do 500 kV, o afundamento de<br />

tensão na região é esperado mesmo nos casos em que os fluxos nas linhas<br />

não ultrapassam o limite de carregamento. Em geral essas tensões ficam<br />

abaixo de 1,0 pu podendo chegar a valores inferiores a 0.90 pu no eixo<br />

Ipatinga - Itabira no caso mais severo (caso 7). Com a defasagem “nula” na<br />

transformação de Mascarenhas, essa região poderá necessitar de um<br />

controle de tensão mais adequado e de recapacitação de vãos críticos de<br />

alguns trechos na malha 230 kV como, por exemplo, das linhas Taquaril -<br />

Itabira2 C1 e C2, Taquaril - Barão de Cocais2 e Barão de Cocais2 - CSBM.<br />

Destaca-se ainda que está prevista para o final do ano de 2006, no rio<br />

Jequitinhonha, a entrada em operação da usina hidráulica de Murta, com<br />

120 MW (3X40 MW), que se interligará no radial de 138 kV originado em<br />

Governador Valadares, na região Leste. A presença dessa usina reduzirá os<br />

carregamentos das linhas na malha de 230 kV da região Leste em cerca de<br />

7%.<br />

h) Está consignada em contrato de concessão da Aneel, com novos agentes<br />

concessionários de usinas licitadas em fins de 2002, a implantação de<br />

sistema de integração ao sistema interligado nacional. Esse sistema,<br />

segundo estudos de integração dos aproveitamentos hidrelétricos na região<br />

sudeste de Goiás, consiste de uma nova subestação denominada Cachoeira<br />

Alta II que irá se conectar à SE São Simão 500 kV em novembro de 2006. O<br />

sistema de integração ainda carece de solução definitiva. As usinas em<br />

questão são: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu e Barra do Coqueiro,<br />

Salto e Itaguaçu esta ainda não licitada, que juntas (descontada Itaguaçu)<br />

perfazem 389 MW de capacidade instalada. Ressalta-se que, para<br />

cumprimento desse prazo, as obras desse sistema de integração de usinas<br />

deverão ser licitadas em breve, após o que deverá ser formalizada a<br />

solicitação de acesso à Rede Básica.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 166 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 167 / 530


3.4.3 Área São Paulo<br />

<br />

Descrição da Área<br />

O sistema de transmissão que atende à área São Paulo é constituído<br />

principalmente, por três circuitos em 750 kV, circuitos em 500 kV, uma malha em<br />

440 kV, circuitos em 345 kV e pelo sistema em corrente contínua de 600 kV de uso<br />

exclusivo da UHE Itaipu 50 Hz. Algumas regiões são atendidas em tensão de<br />

230 kV.<br />

Os três circuitos de 750 kV provenientes da UHE Itaipu 60 Hz atendem à grande<br />

São Paulo pela transformação 750/345 kV de Tijuco Preto e se ligam ao sistema em<br />

500 kV que atende à área Rio de Janeiro pela transformação 750/500 kV de Tijuco<br />

Preto. Esses três circuitos em 750 kV são também ligados ao sistema Sul pela<br />

transformação 750/500 kV de Ivaiporã.<br />

Uma parte do sistema em 500 kV provém das usinas da bacia do Paranaíba e da<br />

UHE Marimbondo no rio Grande, atravessando o Estado de São Paulo até a<br />

subestação de Cachoeira Paulista. Nesse ponto interliga-se às linhas em 500 kV<br />

provenientes da subestação de Tijuco Preto. O sistema em 500 kV está ligado à<br />

malha de 440 kV pelas transformações de Água Vermelha e de Taubaté e ao<br />

sistema em 345 kV na subestação de Campinas. A malha de 440 kV, que atravessa<br />

toda essa área, tem origem nas usinas dos rios Paraná e Paranapanema, e atende<br />

aos centros de carga no interior do Estado, chegando até as subestações terminais<br />

de 440 kV de Embu Guaçu, Cabreúva e Santo Ângelo, próximas à capital São<br />

Paulo.<br />

O sistema em 345 kV provém das usinas do rio Grande, atende às cargas no<br />

interior nas regiões de Franca e Campinas e conecta-se ao sistema em 345 kV na<br />

grande São Paulo nas subestações de Guarulhos e Mogi. O sistema em corrente<br />

contínua de 600 kV, de uso restrito da usina de Itaipu 50 Hz tem seu terminal<br />

receptor na subestação de Ibiúna, por onde a potência dessa usina se interliga à<br />

malha em 345 kV.<br />

Os pontos de suprimento à distribuição na região metropolitana de São Paulo são<br />

interligados por uma malha de 345 kV receptora do sistema em 440 kV<br />

(subestações de Santo Ângelo e Embu Guaçu), do sistema em 345 kV, nas<br />

subestações de Guarulhos e Mogi, do sistema em 750 kV, na subestação de Tijuco<br />

Preto, do sistema em corrente contínua de Itaipu 50 Hz, na subestação de Ibiúna e,<br />

ainda mais recentemente, da interligação Sul – Sudeste entre Bateias e Ibiúna.<br />

Um sistema em 230 kV que tem origem na subestação de Assis 440/230 kV interliga<br />

usinas do rio Paranapanema aos centros de carga no interior, chegando até à SE<br />

Cabreúva 440/230 kV de onde partem linhas em 230 kV que, interligadas também<br />

pela transformação 345/230 kV de Anhangüera, atende ao centro de carga na<br />

capital. Esse sistema em 230 kV interliga-se com o sistema da região Sul do Brasil<br />

nas subestações de Assis e Chavantes.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 168 / 530


O Vale do Paraíba do Sul é atendido principalmente por um sistema em 230 kV que<br />

tem origem nas subestações de Mogi e Itapeti 345/230 kV, conecta-se ao sistema<br />

em 440 kV na subestação de Taubaté, passa por Aparecida e Santa Cabeça e<br />

segue em direção à área Rio de Janeiro até a subestação de Nilo Peçanha.<br />

Um sistema em 230 kV interligando as subestações 345/230 kV de Interlagos e<br />

Baixada, contando também com as usinas UHE Henry Borden (parte) e UTE<br />

Piratininga, atende cargas da capital e Baixada Santista.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área São Paulo<br />

A tabela 3.4.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área São Paulo no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área São Paulo<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade<br />

Instalada<br />

Capacidade<br />

Instalada<br />

UHE<br />

(MW)<br />

UTE<br />

(MW)<br />

17.076 17.076 17.076 17.076<br />

1.116 1.116 1.116 1.116<br />

Total 18.192 18.192 18.192 18.192<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

16.513 17.060 17.446 18.088<br />

Variação (%) +3,3% +2,2% +3,6%<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Nas simulações realizadas para a Área São Paulo, foram identificadas situações,<br />

em condições normais de operação, em que se verificam sobrecargas em linhas ou<br />

em equipamentos da Rede Básica e em transformadores de conexão entre a Rede<br />

Básica e os sistemas de distribuição. Para eliminar essas sobrecargas foi<br />

necessário restringir o despacho de usinas ou o intercâmbio inter-regional.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Com a entrada em operação das usinas térmicas do Rio de Janeiro foi<br />

verificado um elevado perfil de tensão, em regime normal de operação, com<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 169 / 530


isco de sobretensões, no sistema de transmissão em 500 kV que atende às<br />

áreas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Contribuem também para<br />

isso a implantação do 3º circuito da LT 500 kV Cachoeira Paulista -<br />

Adrianópolis, do 2º circuito da LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista e<br />

da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo. Para alguns cenários de geração, a<br />

partir de 2004, existem problemas de controle de tensão apenas com os<br />

recursos existentes, não permitindo desta maneira, condições satisfatórias<br />

sem o desligamento de linhas de transmissão. Por outro lado, estudos de<br />

recomposição do sistema de 500 kV identificaram a necessidade de reatores<br />

adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de<br />

tensão. Assim, este PAR reforça a necessidade de instalação de reatores no<br />

sistema em 500 kV: 136 Mvar / 500 kV na SE Cachoeira Paulista e a<br />

substituição do reator 73 Mvar / 500 kV da SE Campinas por outro de<br />

136 Mvar, atualmente em análise pela Aneel.<br />

• Para cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas ligadas<br />

ao sistema em 440 kV e alto carregamento nas linhas de transmissão em<br />

440 kV, verifica-se elevada queda de tensão entre os barramentos de 440 kV<br />

dessas usinas e os das subestações de Ribeirão Preto, Santa Bárbara,<br />

Sumaré, Bom Jardim e Cabreúva em regime normal de operação. Na<br />

contingência da LT Água Vermelha – Ribeirão Preto 440 kV, em carga<br />

pesada, são verificadas tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de<br />

Ribeirão Preto já a partir do ano de 2004. Módulos para tornar manobráveis<br />

dois reatores 440 kV na SE Bauru (90 e 180 Mvar) e um na SE Araraquara<br />

(180 Mvar) estão previstos para entrar em operação em abril de 2004.<br />

• Para cenários de baixa geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV foi<br />

verificado elevado perfil de tensão durante os períodos de carga leve e<br />

mínima nesse sistema. Para o controle da tensão em condições de carga<br />

mínima, é necessário desligar linhas de transmissão de 440 kV em função do<br />

esgotamento dos recursos de controle de tensão existentes na área. Para<br />

evitar esses desligamentos é necessário acrescentar compensação reativa<br />

indutiva em derivação no sistema em 440 kV. Por outro lado, estudos de<br />

recomposição desse sistema identificaram a necessidade de reatores<br />

adicionais que foram compatibilizados com as necessidades para controle de<br />

tensão. Assim são propostos dois reatores manobráveis em 440 kV:<br />

180 Mvar na SE Araraquara e 90 Mvar na SE Sumaré, cuja concessão está<br />

sendo analisada pela Aneel.<br />

• A conexão em derivação da SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA está em<br />

desacordo com os Requisitos Mínimos dos Procedimentos de Rede. A partir<br />

da solicitação de acesso da CBA, para 130 MW no barramento de 88 kV da<br />

SE Oeste 440/88 kV, considerando-se o seccionamento de apenas um<br />

circuito da LT 440 kV Bauru – Embu Guaçu em Oeste, são verificadas<br />

tensões muito baixas na área quando da perda do circuito Oeste – Embu<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 170 / 530


Guaçu, havendo risco de colapso de tensão com perda de cerca de 800 MW<br />

de carga. Como solução, propõe–se o seccionamento dos dois circuitos da<br />

LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, em análise pela Aneel.<br />

• O sistema em 230 kV que atende a área do Vale do Paraíba apresenta<br />

restrições de carregamentos de linhas de transmissão em condições de<br />

emergência entre Mogi e São José. Além disso, a perda da LT 230 kV<br />

Taubaté – Aparecida implica em níveis de tensão inadmissíveis em<br />

Aparecida e Santa Cabeça a partir de 2006. Como solução propõe-se a<br />

instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira<br />

Paulista, construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça,<br />

desativação da SE Itapeti 345/230 kV, além da implantação da SE Itapeti<br />

345/88 kV – 2x400 MVA e construção linha em 88 kV, de 15 km, estas não<br />

integrantes da Rede Básica, para permitir remanejamento de carga das SE<br />

São José dos Campos, Nordeste e Mogi.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

• Há superação da capacidade operativa da LT 230 kV Edgard de Souza –<br />

Pirituba quando da contingência de um dos circuitos e esgotamento da<br />

capacidade operativa nas transformações 230/88 kV das subestações<br />

Edgard de Souza e Pirituba em emergências, com risco de corte de carga na<br />

zona oeste da cidade de São Paulo. Essas restrições serão eliminadas após<br />

a implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA. Essa<br />

transformação, prevista para dezembro de 2004, está em fase de<br />

contratação e tem prazo estimado em 18 meses para entrada em operação<br />

após a assinatura do contrato.<br />

• Cabe observar também que em condições de elevados despachos em Itaipu<br />

50 e 60 Hz associados a altos fluxos do sistema Sul para o Sudeste, com<br />

menores despachos de geração nas usinas ligadas ao sistema em 440 kV,<br />

há sobrecarga no transformador 345/230 kV de Anhangüera Provisória já em<br />

condição normal de operação. A atual SE Anhangüera Provisória, construída<br />

em caráter emergencial, não tem condições de ampliação e não atende aos<br />

requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede. Segundo informações da<br />

Cteep, essa subestação tem sido objeto de questionamentos dos órgãos de<br />

fiscalização ambiental do Estado de São Paulo devido ao nível de ruído<br />

provocado pelo transformador. A futura SE Anhangüera 345/230 – 500 MVA,<br />

proposta neste PAR, resolverá esse problema.<br />

• Existe o risco de corte de carga superior a 500 MW nas subestações Edgard<br />

de Souza e Pirituba e no consumidor CBA quando da perda de um dos dois<br />

transformadores de 750 MVA da subestação Cabreúva 440/230 kVA ou da<br />

perda do transformador 345/230 kV da SE Anhangüera Provisória. A obra<br />

prevista para a área é a implantação do terceiro transformador 440/230 kV –<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 171 / 530


750 MVA na SE Cabreúva, já autorizado e com data de entrada em operação<br />

de julho de 2004.<br />

• Há superação da capacidade operativa no tronco em 500 kV entre Tijuco<br />

Preto e Cachoeira Paulista, principalmente na contingência da LT Tijuco<br />

Preto - Cachoeira Paulista 500 kV, em cenários de elevados recebimentos<br />

pelo Sudeste com baixa geração térmica e nuclear na área do Rio de<br />

Janeiro. Essa restrição é eliminada com a entrada em operação da LT<br />

500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista (circuito 2), já licitada, com<br />

previsão de entrada em operação em dezembro de 2004.<br />

• Há elevadas sobrecargas em emergências, em todas as condições de carga,<br />

nos transformadores 345/230 kV de Interlagos e de Baixada Santista e na LT<br />

230 kV Piratininga – Henry Borden, com despachos máximos nas UTEs<br />

Piratininga e Nova Piratininga e na UHE Henry Borden (230kV). Por outro<br />

lado, com essas térmicas fora de operação e com despacho mínimo na UHE<br />

Henry Borden (230 kV), também há superação de equipamentos em<br />

emergências no sistema em 230 kV. Esses problemas são solucionados com<br />

a entrada em operação do segundo transformador 345/230 kV – 500 MVA na<br />

SE Interlagos, já autorizado, em dezembro de 2003.<br />

• A elevação dos limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste<br />

acarreta também o aumento do fluxo através dos autotransformadores<br />

750/345 kV – 3 x 1.500 MVA da SE Tijuco Preto em condição normal de<br />

operação, fluxos esses próximos ao limite nominal e de até 140% na<br />

contingência de um de seus bancos. A solução é a instalação da quarta<br />

unidade 750/345kV – 1.500 MVA na SE Tijuco Preto já proposta no PAR<br />

2003-2005 e atualmente em análise pela Aneel. Devem-se observar os<br />

efeitos nessa subestação resultantes dos níveis de curto-circuito com a<br />

instalação do 4º banco, tendo em vista que o nível de curto monofásico no<br />

barramento de 345 kV (51 kA) é superior à capacidade dos disjuntores<br />

(50 kA).<br />

• A expansão da interligação Sul – Sudeste através da LT 500 kV Londrina –<br />

Assis – Araraquara acarreta a elevação dos fluxos nos sistemas derivados<br />

da SE Araraquara 500 kV, bem como na transformação da SE Campinas<br />

500/345 kV. Para fluxos do Sul para o Sudeste mais elevados (RSE =<br />

9000 MW), esta transformação pode atingir a capacidade nominal em regime<br />

normal ou apresentar sobrecarga na contingência da LT 500 kV Campinas –<br />

Cachoeira Paulista. A solução é a implantação, em conjunto com a nova<br />

interligação Sul – Sudeste, da duplicação da transformação 500/345 kV da<br />

SE Campinas, atualmente em análise pela Aneel.<br />

• Em condições de intercâmbios elevados do sistema Norte para o Sudeste<br />

(2.000 MW) e do Sudeste para o Sul (4.000 MW), combinados com<br />

despachos hidráulicos altos e térmicos e nucleares baixos no Sudeste,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 172 / 530


quando da perda de um dos circuitos da LT 500 kV Marimbondo –<br />

Araraquara, o carregamento no restante é superior ao seu nominal (7% em<br />

2004 a 32% em 2006). Essas linhas são limitadas em 1.559 MVA por seus<br />

equipamentos terminais. A troca desses equipamentos elevaria o limite para<br />

1.665 MVA, verificando-se nessa condição ainda fluxo 24% superior ao<br />

nominal em emergências.<br />

• Na condição de carga pesada, há a superação da capacidade operativa de<br />

linhas de transmissão de 230 kV na região do Vale do Paraíba entre Mogi e<br />

São José. A contingência de uma das linhas acarreta sobrecargas na<br />

remanescente com risco de corte de carga de até 120 MW. Com a instalação<br />

de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE Cachoeira Paulista, a<br />

construção da LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça e a<br />

desativação do transformador 345/230 kV de Itapeti, o sistema opera no<br />

limite em emergências, podendo ainda ocorrer carregamentos superiores<br />

aos nominais. A solução proposta pelo CCPE para a área é a implantação de<br />

transformação 345/88 kV – 2 x 400 MVA na SE Itapeti, prevista para além do<br />

período de análise deste PAR (2009), possibilitando a transferência de carga<br />

das SEs São José dos Campos, Nordeste e Mogi.<br />

• A SE Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida em 345 kV pelas SEs Embu e<br />

Baixada. O trecho de linha de Embu até o ponto de derivação para a SE Sul<br />

(Alto da Serra) possui capacidade de 896 MVA, inferior ao limite do trecho de<br />

Baixada até Sul (1.076 MVA). Assim, quando da perda do circuito Baixada –<br />

Sul há sobrecarga no trecho Embu – Sul (de 109% em 2004 a 112% em<br />

2006). Esse problema carece de solução estrutural.<br />

• A LT 345 kV circuito duplo Tijuco Preto – Itapeti irá apresentar<br />

carregamentos mais elevados, em condição normal de operação, quando da<br />

expansão da interligação Sul – Sudeste para cenários com elevados<br />

recebimentos pelo sistema Sudeste (RSE=9.000 MW) e despachos de<br />

geração térmica e nuclear elevados na área Rio de Janeiro. A perda de um<br />

dos circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti provoca elevada sobrecarga<br />

no circuito restante impondo restrição à operação e a otimização energética<br />

para intercâmbios entre as regiões Sul e Sudeste em cenários com Angra I e<br />

II despachadas, nos patamares de carga pesada com recebimento pelo<br />

Sudeste a partir de 5.900 MW e carga média com recebimento pelo Sudeste<br />

acima de 6.300 MW. Em um cenário de máximo recebimento pelo Sudeste,<br />

9000 MW, e despacho das usinas de Angra I e II mais as térmicas do Rio de<br />

Janeiro, o carregamento nesta linha de transmissão na emergência poderá<br />

chegar a 153% para o ano de 2006. Note-se que a presença do quarto banco<br />

de transformadores de Tijuco Preto 750 / 345 kV agrava o problema. A<br />

solução proposta é a construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, Tijuco<br />

Preto – Itapeti (C3 e C4) associada à substituição de disjuntores 345 kV e<br />

equipamentos associados em 8 “bays” em Itapeti e em 8 “bays” em Santo<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 173 / 530


Ângelo, que estão sendo propostas neste PAR. Ressalta-se também a<br />

superação de disjuntores em T. Preto 345 kV cuja solução ainda está sendo<br />

analisada.<br />

• Existem restrições ao despacho pleno das UHEs Porto Primavera,<br />

Taquaruçu e Capivara em função de carregamentos acima do nominal, em<br />

condição normal e em emergências, nos transformadores 440/138 kV –<br />

150 MVA de Capivara e 440/230 kV – 336 MVA de Assis e, em emergências,<br />

nas linhas em 440 kV Taquaruçu – Capivara, Capivara – Assis e Assis –<br />

Bauru. As restrições nos transformadores são solucionadas com a entrada<br />

em operação do segundo transformador 440/230 kV – 336 MVA de Assis<br />

(data estimada, dezembro de 2004) e da substituição do transformador<br />

440/138 kV – 150 MVA de Capivara por outro de 300 MVA (junho de 2006).<br />

As restrições em linhas de transmissão em 440 kV são provocadas por seus<br />

equipamentos terminais e serão solucionadas com a troca da relação dos<br />

TCs de 1500 A para 3000 A, que está sendo providenciada pela Cteep para<br />

o 2º semestre de 2003. Com essa troca a limitação dessas linhas passará a<br />

ser de 2000 A.<br />

• Há esgotamento da capacidade operativa da LT Guarulhos – Nordeste<br />

345 kV, na contingência da LT Mogi – Nordeste 345 kV e vice-versa, por<br />

restrição de equipamentos terminais nos patamares de carga pesada. A<br />

solução proposta é a construção de nova LT 345 kV Itapeti – Nordeste,<br />

circuito duplo, com lançamento de um circuito.<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

nas SEs Cabreúva 440 kV e 230 kV, Jupiá 440 kV, Ilha Solteira 440 kV,<br />

Embu Guaçu 345 kV, Santo Ângelo 345 kV, Xavantes 345 kV, Milton<br />

Fornasaro 345 kV, Tijuco Preto 345 kV, Guarulhos 345 kV, Mogi 345 kV,<br />

Henry Borden 230 kV, Interlagos 230 kV, Baixada Santista 230 kV, Edgard<br />

de Souza 230 kV, Mogi 230 kV e São José dos Campos 230 kV. Estudos<br />

detalhados deverão confirmar o diagnóstico e detalhar as medidas a serem<br />

adotadas. Foram identificados, ainda, potenciais problemas de superação de<br />

disjuntores fora da Rede Básica nas SEs Botucatu, Jupiá, Santa Bárbara,<br />

Henry Borden, Baixada Santista A, Oeste, Pirituba, e Piratininga.<br />

Ressalta-se a SE Tijuco Preto, cujo setor de 345 kV conta com seis<br />

disjuntores de 40 kA e trinta de 50 kA, na qual a corrente calculada de curto<br />

circuito monofásico evolui dos atuais 41,5 kA para 51 kA, após a entrada em<br />

operação do 4º banco de autotransformadores 750/345 kV. Nessa<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 174 / 530


subestação estão instaladas sete chaves seccionadoras de 40 kA, que já se<br />

encontram superadas.<br />

Da mesma forma, estudos detalhados já realizados [23] indicam que o<br />

disjuntor 345 kV da SE Guarulhos na saída para Nordeste já se encontra<br />

superado atualmente. Esse disjuntor tem capacidade de interrupção (16 kA)<br />

inferior aos demais da subestação.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

• A perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos – Xavantes, circuito<br />

duplo, provoca o desligamento de cerca de 1.700 MW de carga, inclusive no<br />

centro da cidade de São Paulo. A propagação desse defeito poderá levar a<br />

um corte total de cerca de 3.500 MW. Na indisponibilidade permanente<br />

desses dois circuitos, os cortes atingiriam cerca de 1.900 MW na carga<br />

pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. A desativação da SE<br />

Anhangüera Provisória com a transferência do seu transformador para a<br />

nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões para a<br />

LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente) de<br />

forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, evita as<br />

conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV Interlagos –<br />

Xavantes.<br />

• Outra ressalva é quanto à situação de perda múltipla de circuitos duplos de<br />

440 kV que restringe o despacho de geração. Essa condição será alterada,<br />

significativamente, com a implantação da LT 500 kV Londrina – Assis –<br />

Araraquara que melhora o acoplamento entre as redes de 440 e 500 kV<br />

permitindo ainda a elevação de limites de transmissão entre essas regiões.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Na área São Paulo verificam-se que cinco subestações – Botucatu,<br />

Jurumirim, Campinas, Bom jardim e Cabreúva - apresentam superação da<br />

capacidade operativa de suas unidades transformadoras em regime normal<br />

de operação. Outras 26 subestações apresentam superação da capacidade<br />

operativa no caso de contingência de uma de suas unidades ou de linhas de<br />

transmissão ou transformadores da região.<br />

• O eventual atraso na implantação da SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x<br />

400 MVA, prevista para dezembro de 2004, agrava as sobrecargas em<br />

emergências nas SEs 230/88 kV Edgard de Souza e Pirituba e na LT 230 kV<br />

Edgard de Souza – Pirituba, aumentando as restrições ao atendimento das<br />

cargas na zona oeste da cidade de São Paulo.<br />

• Existe o risco de cortes de carga nas áreas de Capão Bonito e Jurumirim<br />

quando da perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito. Nessas condições<br />

há superação das capacidades nominais da LT 138 kV, circuito duplo,<br />

Jurumirim – Capão Bonito e dos transformadores 230/138 kV de Jurumirim e<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 175 / 530


Botucatu. Esses transformadores já operam acima do nominal em condição<br />

normal. As obras propostas para a área são a substituição dos<br />

transformadores 230/138 kV de Botucatu de 75 MVA por outros de 150 MVA<br />

(dois em dezembro de 2004 e um em dezembro de 2006), a instalação do<br />

terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA em Jurumirim em dezembro de<br />

2004, a implantação de transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé<br />

II em dezembro de 2005 e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo,<br />

Jurumirim – Capão Bonito (Itaí) em dezembro de 2004.<br />

• Com respeito à solução apontada para atendimento à área Mato Grosso do<br />

Sul, com a construção da LT 230 kV P. Primavera – Dourados, pode-se<br />

mencionar preliminarmente que essa instalação poderá minimizar/evitar corte<br />

de geração na usina de Rosana por sobrecarga inadmissível na LT 138 kV<br />

Rosana – P. Primavera – Ivinhema, quando da perda da LT 138 kV Rosana –<br />

Loanda.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

• Há restrições ao despacho das UTEs Piratininga e Nova Piratininga e da<br />

UHE Henry Borden (230 kV), em todos os patamares de carga, devido a<br />

elevadas sobrecargas no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada<br />

Santista e na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden, quando da perda do<br />

transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos e elevadas sobrecargas<br />

no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos quando das perdas<br />

do transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada Santista ou da LT<br />

230 kV Piratininga – Henry Borden. Essas restrições são reduzidas<br />

substancialmente após e entrada em operação do segundo transformador<br />

345/230 kV – 500 MVA em Interlagos prevista para dezembro de 2003,<br />

restando alguma restrição em carga leve, e eliminadas após a energização<br />

da SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA, prevista para dezembro de<br />

2004.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área São Paulo ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 345 kV Itapeti – Mogi: substituição de equipamentos terminais<br />

em Mogi<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 176 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Anhangüera (nova): desativação da SE Anhangüera<br />

Provisória com transformador 345/230 kV – 500 MVA para a SE<br />

Anhangüera e instalação das conexões em 345 kV para a LT<br />

345 kV Milton Fornasaro – Anhangüera CD, além de conexões<br />

em 230 kV para seccionamento da LT 230 kV Edgard de Souza –<br />

Centro C1/C2<br />

SE Araraquara: reator manobrável 440 kV / 180 Mvar<br />

SE Assis: segundo banco de autotransformadores 440/230 kV –<br />

336 MVA<br />

SE Cachoeira Paulista: reator manobrável 500 kV / 136 Mvar<br />

SE Edgard de Souza: substituição de disjuntores e equipamentos<br />

de 3 “bays” 230 kV (obra associada ao terceiro banco de<br />

autotransformadores 440/230 kV – 750 MVA de Cabreúva)<br />

SE Oeste: seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru<br />

- Embu<br />

SE Sumaré: reator manobrável 440 kV / 90 Mvar<br />

SE Tijuco Preto: quarto banco de autotransformadores<br />

750/345 kV – 1500 MVA<br />

SE Tijuco Preto: substituição de seis disjuntores 345 kV e sete<br />

chaves seccionadoras 345 kV (1)<br />

SE Guarulhos: substituição de um disjuntor 345 kV (na saída<br />

para Nordeste) (1)<br />

LT 230 kV Porto Primavera - Dourados<br />

SE Porto Primavera: banco de autotransformadores 440/230 kV<br />

– 450 MVA (associado à LT 230 kV Porto Primavera – Dourados)<br />

LT 345 kV Itapeti - Nordeste CD (C1)<br />

LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti CD (C3 e C4)<br />

LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 177 / 530


DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Assis (nova): banco de autotransformadores 500/440 kV –<br />

1500 MVA e fase reserva (associado à LT 500 kV Londrina –<br />

Assis – Araraquara)<br />

SE Campinas: 2 o banco de autotransformadores 500/345 kV –<br />

560 MVA<br />

SE Itapeti: substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos<br />

associados em 8 “bays” (obra associada às LTs 345 kV CD<br />

Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste)<br />

SE Santo Ângelo: substituição de disjuntores 345 kV e<br />

equipamentos associados em 8 “bays” (obra associada às LTs<br />

345 kV CD Tijuco Preto – Itapeti e Itapeti – Nordeste)<br />

LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça<br />

SE Cachoeira Paulista: banco de autotransformadores<br />

500/230 kV– 350 MVA<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

Obs: A superação de disjuntores em T. Preto 345 kV e Guarulhos poderá estar associada à necessidade de troca de outros<br />

equipamentos – estudo não concluído.<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Os Agentes de distribuição do Estado de São Paulo devem avaliar a<br />

possibilidade de desligar uma parcela dos capacitores instalados na sub<br />

transmissão nos períodos de carga leve e mínima, de forma a minimizar a<br />

necessidade de desligamentos de linhas de transmissão para controle de<br />

reativos.<br />

• Continuar a fazer gestões junto à Aneel no sentido de viabilizar alternativas<br />

para o equacionamento da implantação dos reforços vinculados às<br />

resoluções 433/00 e 489/02, em especial na área São Paulo (<strong>ONS</strong>)<br />

• Avaliar as soluções para os problemas de sobrecarga na LT 345 kV Embu –<br />

Sul em condições de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Viabilizar a implantação da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA (Bandeirante).<br />

• Analisar a viabilidade de recapacitar as LT 230 kV Chavantes – Botucatu C1<br />

(Cteep).<br />

• Finalizar os estudos referentes à superação de disjuntores na SE T. Preto<br />

345 kV e na SE Guarulhos 345 kV (<strong>ONS</strong>/Furnas)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 178 / 530


• Efetivar a troca de relação de TCs prevista para o 2º semestre de 2003 nas<br />

linhas de 440 kV do Pontal do Paranapanema. (Cteep/ETEO)<br />

• Consolidar estudo da aplicação de dispositivos limitadores de curto circuito<br />

na área São Paulo indicando a eventual necessidade de substituição de<br />

equipamentos. (Cteep/<strong>ONS</strong>)<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />

item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 179 / 530


Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />

2006<br />

• A análise das condições de desempenho do sistema de transmissão<br />

responsável pelo atendimento à área São Paulo levou em conta as usinas<br />

termelétricas, previstas no PPT, que possuem pareceres de acesso à Rede<br />

Básica expedido pelo <strong>ONS</strong>. Assim, foram consideradas as usinas<br />

termelétricas - Nova Piratininga (400 MW) e Três Lagoas (240 MW), além da<br />

14ª unidade (110 MW) na UHE Porto Primavera.<br />

Sistema em 750 kV<br />

• Os autotransformadores 750/345 kV – 3 x 1.500 MVA de Tijuco Preto<br />

operam no limite em condição normal, no ano 2004, para FSE (fluxo nas três<br />

LTs 750 kV Ivaiporã – Itaberá) da ordem de 7.100 MW em carga pesada e de<br />

7.200 MW em carga média. Nessas condições estão despachadas as usinas<br />

Angra 1 e 2, termelétricas em São Paulo (Piratininga e Nova Piratininga, em<br />

um total de 145 MW) e no Rio de Janeiro (Santa Cruz, Termorio e Norte<br />

Fluminense, em um total de 647 MW). As usinas Eletrobolt e Macaé estão<br />

desligadas. O despacho na UHE Itaipu 60 Hz é de 6.300 MW em ambas as<br />

condições de carga. Nessas mesmas condições, quando da perda de uma<br />

unidade 750/345 kV de Tijuco Preto, as restantes apresentam sobrecargas<br />

de 41% em carga pesada e 42% em carga média.<br />

Os limites de intercâmbio do Sul para o Sudeste, após a entrada em<br />

operação da LT 525 kV circuito duplo Bateias – Ibiúna, implicam em um FSE<br />

máximo estimado na faixa de 7.300 a 7.500 MW em 2004. Dessa forma, o<br />

carregamento das unidades transformadoras 750/345 kV de Tijuco Preto em<br />

condições de emergência impõe alguma restrição ao intercâmbio do sistema<br />

Sul para o Sudeste. É importante observar que:<br />

- com a ampliação da interligação Sul – Sudeste após a construção da<br />

LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara e do autotransformador<br />

500/440 kV-1500 MVA em Assis, nas mesmas condições descritas<br />

acima, os carregamentos nos três autotransformadores 750/345 kV<br />

de Tijuco Preto em carga pesada, em 2006, são reduzidos a 90% em<br />

condição normal de operação e 126% quando da perda de uma<br />

unidade. Nessas condições, o fluxo pelas três LTs 750 kV Ivaiporã –<br />

Itaberá (FSE) é de 6.900 MW e o despacho de geração na área do<br />

RJ/ES da ordem 905 MW;<br />

- a sobrecarga na transformação 750/345 kV de Tijuco Preto em<br />

emergência pode ser reduzida com redespacho de geração no<br />

sistema Sudeste para permitir a diminuição da geração na UHE<br />

Itaipu 60 Hz. Para geração em Itaipu de 60 Hz correspondente a 8, 7<br />

e 6 máquinas (5.600 MW, 4.900 MW e 4.200 MW respectivamente),<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 180 / 530


as sobrecargas são de 28%, 15% e 3%, no ano 2004 em carga<br />

pesada; e<br />

- geração térmica adicional à já referida na área Rio de Janeiro,<br />

acarreta a diminuição do fluxo pelos autotransformadores<br />

750/500 kV de Tijuco Preto e o conseqüente aumento no<br />

carregamento da transformação 750/345 kV que, dependendo dos<br />

novos montantes de geração e do FSE, podem apresentar<br />

sobrecarga em condição normal de operação.<br />

Sistema em 500 kV<br />

• Os autotransformadores 440/500 kV – 717 MVA e 750 MVA de Água<br />

Vermelha poderão apresentar carregamentos elevados em condição normal<br />

de operação e sobrecargas em emergência das LTs 440 kV Água Vermelha<br />

– Ribeirão Preto e Água Vermelha – Araraquara e em um dos dois<br />

autotransformadores 440/500 kV, que é a pior condição.<br />

Os valores das sobrecargas em emergências dependem de:<br />

- diferença entre os despachos de geração nas usinas das bacias dos<br />

rios Paraná, Tietê e Paranapanema em relação aos das bacias dos<br />

rios Paranaíba e Grande; e<br />

- sentido e valor dos intercâmbios entre as regiões Sul, Sudeste e<br />

Norte / Nordeste.<br />

Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha<br />

Ano<br />

Paraná +<br />

Paranap<br />

+ Tietê<br />

Grande+<br />

Paranaíba<br />

UTE<br />

SP+<br />

RJ<br />

RSE<br />

SE p/ N<br />

Mir-Col<br />

Norma l (1)<br />

Emergência<br />

(1)<br />

Observações<br />

MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />

2004 9.372 10.300 876 6.800 1.800 554 77,3 1.000 139,5<br />

2005 9.419 10.559 1.941 6.800 1.800 490 68,3 882 123,0<br />

S/ LT Itumb.-<br />

Marimb. 500 kV<br />

C/ LT Itumb.-<br />

Marimb. 500 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 181 / 530


Ano<br />

Paraná +<br />

Paranap<br />

+ Tietê<br />

Grande+<br />

Paranaíba<br />

UTE<br />

SP+<br />

RJ<br />

RSE<br />

SE p/ N<br />

Mir-Col<br />

Norma l (1)<br />

Emergência<br />

(1)<br />

Observações<br />

MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />

9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 429 59,8 772 107,7<br />

C/ P.Primavera<br />

9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 418 58,3 752 104,9<br />

440/230 e LT<br />

230 kV<br />

2006<br />

p/Dourados<br />

C/ LT P Prim -<br />

9.495 10.818 1.564 6.800 1.800 336 46,9 597 83,3<br />

C/ LT Itumb.-<br />

Marimb. 500 kV<br />

Dourados e<br />

Londr-Assis-<br />

Araraq<br />

9.273 7.403 2.482 9.200 2.000 691 96,4 1.230 171,5 Idem<br />

9.273 7.403 708 9.200 400 470 65,6 839 117,0 Idem<br />

1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do<br />

sistema 440 para o 500 kV<br />

Em situações de fluxos do sistema Sul para o Sudeste (RSE=6.800 MW) e<br />

do Sudeste para o Norte/Nordeste (1.800 MW de Miracema para Colinas),<br />

com despachos de geração de 88% nas usinas dos rios Paraná e<br />

Paranapanema e de cerca de 75% no Grande e 72% no Paranaíba, o fluxo<br />

nos transformadores 440/500 kV de Água Vermelha é no sentido do sistema<br />

440 kV para o 500 kV. Nessas condições, quando da perda de um dos dois<br />

autotransformadores 440/500 kV de Água Vermelha o fluxo no restante<br />

(unidade de 717 MVA) é de 1.000 MVA / 139,5% em 2004, 882 MVA /<br />

123,0% em 2005 e de 597 MVA / 83,3% em 2006. A presença da LT 500 kV<br />

Itumbiara – Marimbondo em 2005 e da interligação em 500 kV Londrina –<br />

Assis – Araraquara, em 2006, contribuem para a diminuição desse fluxo de<br />

Água Vermelha.<br />

Para despachos de geração menores nos rios Grande (59%) e Paranaíba<br />

(44%), combinados com um fluxo maior do sistema Sul para o Sudeste (RSE<br />

= 9.200 MW), poderão ocorrer sobrecargas elevadas no autotransformador<br />

de 717 MVA quando da perda da outra unidade, cerca de 117,0% no ano<br />

2006. Nessa última condição, com fluxo de 2.000 MW de Miracema para<br />

Colinas, o carregamento nas unidades de Água Vermelha já é elevado em<br />

condição normal de operação (2 x 691 MVA).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 182 / 530


Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores 500/440 kV de Água Vermelha com Despachos<br />

Reduzidos no Paranaíba e no Grande<br />

Ano<br />

Paraná<br />

+<br />

Parana<br />

p.+<br />

Tietê<br />

Grand<br />

e +<br />

Paran<br />

aíba<br />

UTE<br />

SP+RJ<br />

RSE<br />

SE p/ N<br />

Mir-Col<br />

Norma l (1)<br />

Emergência<br />

(1)<br />

Observações<br />

MW MW MW MW MW MVA % MVA %<br />

2004 5.732 7.504 4.770 2.700 2.000 505 70,4 905 126,2<br />

5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 483 67,4 866 120,8<br />

S/ Itumb. –<br />

Marimb. 500 kV<br />

Com P.Prim<br />

440/230<br />

Com P Prim<br />

2006<br />

5.967 7.791 5.270 3.700 1.500 462 64,4 822 114,6<br />

6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 414 57,7 743 103,6<br />

440/230 e Londr-<br />

Assis-Araraq<br />

Com P Prim<br />

440/230<br />

6.910 7.791 5.270 2.700 1.500 403 56,2 717 100,0<br />

Com P Prim<br />

440/230 e Londr-<br />

Assis-Araraq<br />

(1) Percentuais calculados para a unidade de 717 MVA. Fluxos na transformação 440/500 kV de Água Vermelha sempre do<br />

sistema 500 para o 440 kV.<br />

Em situações de intercâmbios do sistema Norte/Nordeste para o Sudeste (da<br />

ordem de 2000 MW) e do Sudeste para o Sul, com despachos de geração<br />

relativamente baixos no Sudeste, maiores no Paranaíba (70%) do que no<br />

Grande (35%) e Paraná (60%), os fluxos nos autotransformadores<br />

440/500 kV de Água Vermelha são no sentido do sistema em 500 kV para o<br />

440 kV. Quando da perda de um AT há sobrecarga no restante: fluxos de<br />

905 MVA / 126,2% em 2004 e 822 MVA / 114,6% em 2006 na unidade de<br />

717 MVA. Nessas condições, a presença da interligação em 500 kV Londrina<br />

– Assis – Araraquara contribui para a diminuição no carregamento dessaa<br />

transformação. Para um maior despacho de geração no Paraná (73%) o fluxo<br />

na unidade de 717 MVA, quando da emergência do outro banco, é reduzido<br />

para 100,0% em 2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 183 / 530


• Em situações com elevados intercâmbios do sistema Norte para o Sudeste<br />

(cerca de 2.000 MW de Gurupi para Serra da Mesa) e do sistema Sudeste<br />

para o Sul (RSUL = 4.000 MW), despacho hidráulico elevado no Sudeste<br />

(cerca de 80% nos rios Grande, Paranaíba, Paraná, Tietê e Paranapanema)<br />

e baixos despachos de geração térmica e nuclear (apenas Angra 1 em<br />

operação), há elevados fluxos através do sistema em 500 kV em condição<br />

normal de operação, e restrições no sistema em emergências:<br />

- na perda da LT 500 kV Araraquara – Poços é superado o limite da<br />

LT 500 kV Araraquara – Campinas (limite do CPST = 1.732 MVA)<br />

em 2005 (fluxo de 1.818 MVA / 105%). Em 2006, com a entrada da<br />

interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, esse<br />

carregamento cai ao limite da linha (fluxo de 1.713 MVA/ 99%) nessa<br />

emergência;<br />

- na perda da LT 500 kV Araraquara – Campinas, a LT 500 kV<br />

Araraquara – Poços (limite do CPST = 1.732 MVA) opera no limite<br />

em 2005 (fluxo de 1.701 MVA / 98%). Em 2006, com a entrada da<br />

interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, o fluxo nessa<br />

emergência é menor (1.500 MVA/ 87%); e<br />

- na perda de uma das duas LTs 500 kV Araraquara – Marimbondo há<br />

superação da capacidade operativa (CPST) no circuito restante<br />

(1.673 MVA / 107% em 2004, 1.857 MVA / 119% em 2005 e<br />

2.058 MVA / 132% em 2006). Esse carregamento é agravado com a<br />

presença da interligação em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara.<br />

No ano 2006, considerando-se a redução no intercâmbio do sistema<br />

Norte para o Sudeste e nas gerações no sistema Sudeste, o circuito<br />

remanescente opera no limite para fluxos do sistema Sudeste para o<br />

Sul da ordem de RSUL = 2.000 MW atingindo valores da ordem de<br />

1.539 MVA / 99%. Os dois circuitos da LT 500 kV Araraquara –<br />

Marimbondo estão limitados a 1.800 A / 1.559 MVA por seus<br />

equipamentos terminais. A troca desses equipamentos eleva o limite<br />

para 1.665 MVA.<br />

• A perda da LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista provoca a<br />

superação dos limites operativos na LT 500 kV Cachoeira Paulista –<br />

Taubaté, devido a problemas de superação de equipamentos terminais em<br />

Taubaté. O desempenho do sistema é adequado após a entrada em<br />

operação da segunda LT 500 kV Tijuco Preto – Cachoeira Paulista, licitada<br />

pela Aneel para a Cachoeira Paulista Transmissora de Energia Ltda.,<br />

prevista para entrar em operação em dezembro de 2004.<br />

Sistema em 440 kV<br />

• A LT 440 kV Capivara – Assis opera, em condição normal, durante todo o<br />

período 2004-2006, com carregamento próximo ao seu limite (1.143 MVA),<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 184 / 530


podendo este ser ultrapassado dependendo do despacho de geração na<br />

área e do fluxo entre os sistemas Sudeste e Sul. Quando da perda da LT<br />

440 kV Taquaruçu – Assis esse limite de carregamento da LT Capivara –<br />

Assis é excedido em cerca de 40%. Nessa emergência, poderá ser também<br />

excedido o limite da LT 440 kV Taquaruçu – Capivara (1.143 MVA). Essas<br />

condições podem ser agravadas para despachos superiores ao considerado<br />

de 88% nas usinas dessa área, ou no caso da motorização da UHE Porto<br />

Primavera acima de 14 máquinas. Esse problema poderá ser solucionado<br />

com a adequação dos equipamentos terminais dessas LTs 440 kV<br />

Taquaruçu – Capivara e Capivara - Assis.<br />

• No período anterior à entrada em operação da interligação em 500 kV<br />

Londrina – Assis – Araraquara, o limite da LT 440 kV Assis – Bauru<br />

(1.143 MVA) poderá ser excedido quando da perda da LT 440 kV Assis -<br />

Sumaré em situações de despachos de geração elevados nas usinas da área<br />

(88%) e dependendo do fluxo do sistema Sul para o Sudeste. Os fluxos<br />

verificados nessa emergência são de 114% em 2004, 106% em 2005 e 77%<br />

em 2006.<br />

• O autotransformador 440/230 kV de 336 MVA da subestação de Assis opera<br />

próximo ao seu limite em condição normal para despachos de geração de<br />

88% nas usinas da área do pontal do Paranapaneme e para fluxos<br />

superiores a 1.400 MW do Sudeste para o Sul. Na contingência da LT<br />

440 kV Assis – Bauru, esse transformador fica submetido a sobrecargas<br />

inadmissíveis da ordem de 50%, estando a usina Porto Primavera com 14<br />

máquinas despachadas. Considerando-se, adicionalmente, a medida<br />

operativa de abertura do barramento 230 kV isolando – se a transformação<br />

440/230 kV de Assis e a LT 230 kV Maringá – Assis das demais linhas, o<br />

fluxo pelo transformador é reduzido a valores aceitáveis. Mas, nessa nova<br />

condição, o fluxo pela LT 230 kV Maringá – Assis é superior ao máximo<br />

admissível. A perda da LT 440 kV Assis – Bauru é a emergência mais severa<br />

para o autotransformador 440/230 kV de Assis, mas, no entanto, há outras<br />

que levam esse equipamento a sobrecargas, como a perda da LT 440 kV<br />

Assis – Sumaré ou a contingência da LT 500 kV Ivaiporã – Londrina. Essa<br />

situação deverá ser agravada na eventual motorização da UHE Porto<br />

Primavera além da décima quarta máquina. Essas condições verificadas<br />

apontam para a instalação do segundo autotransformador 440/230 kV de<br />

336 MVA em Assis que eliminaria esse problema.<br />

Observa-se que com duas unidades 440/230 kV em Assis podem ocorrer<br />

carregamentos superiores aos nominais nesses equipamentos, em<br />

emergências para despachos elevados nas usinas da área (88%) e fluxos do<br />

sistema Sudeste para o Sul (RSUL superior a 1.300 MW). A ampliação da<br />

interligação Sul – Sudeste mediante a construção da LT 500 kV Londrina –<br />

Assis – Araraquara (figura a seguir) e autotransformador 500/440 kV de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 185 / 530


1.500 MVA em Assis reduzem o carregamento na transformação 440/230 kV<br />

de Assis, eliminando os problemas indicados.<br />

Figura 3.4.3-1 – Interligação S/SE em 500 kV Londrina – Assis – Araraquara<br />

Itumbiara<br />

Água Vermelha<br />

Marimbondo<br />

Araraquara<br />

Poços de Caldas Itajubá C. Paulista<br />

Araraquara<br />

G<br />

Bauru<br />

Campinas<br />

I. Solteira<br />

S. Ângelo<br />

S. Barbara<br />

2 I. Solteira 2<br />

Embu Guaçu<br />

2<br />

Jupia<br />

2 Cabreúva<br />

M. Mirim III<br />

Oeste<br />

Taubaté<br />

Capivara<br />

Londrina<br />

Assis<br />

Ibiúna<br />

Tijuco Preto<br />

Batéias<br />

Legenda<br />

765 kV<br />

440 kV<br />

500 kV 345 kV<br />

230 kV<br />

Itaberá<br />

• A SE Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA é atualmente atendida em “tap” da LT<br />

440 kV, circuito duplo, Bauru – Embu. Essa configuração não está de acordo<br />

com os Procedimentos de Rede. No PAR 2003-2005 foi proposto o<br />

seccionamento dos dois circuitos da LT 440 kV Bauru – Embu na SE Oeste.<br />

Com o seccionamento dos dois circuitos há aumento na potência de curto –<br />

circuito trifásico no barramento de 88 kV de Oeste de 24,3 kA para 30,1 kA,<br />

atingindo 96% da capacidade dos disjuntores (31,5 kA). Com o<br />

seccionamento de apenas um circuito o nível de curto – circuito no 88 kV<br />

(24,3 kA) é cerca de 77% da capacidade dos disjuntores e o desempenho do<br />

sistema é adequado, notando-se que, na perda da LT 440 kV Oeste – Embu,<br />

na condição de carga pesada de 2006, é verificada tensão de 0,909 no<br />

barramento de 440 kV de Oeste. A tensão no barramento de 88 kV é<br />

adequada.<br />

A partir da solicitação de acesso da CBA para uma carga de 129,5 MW no<br />

barramento de 88 kV de Oeste, considerando-se o seccionamento de apenas<br />

um circuito da LT 440 kV Bauru – Embu em Oeste, quando da perda da LT<br />

440 kV Oeste – Embu, são verificadas tensões inferiores a 0,900 pu no<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 186 / 530


arramento de 440 kV da SE Oeste: 0,912 pu em 2004, 0,890 pu em 2005 e<br />

0,858 pu em 2006, em carga pesada. O desempenho do sistema é sempre<br />

adequado quando se considera o seccionamento dos dois circuitos Bauru –<br />

Embu em Oeste.<br />

• A CBA solicitou acesso para ampliação de sua unidade industrial a partir de<br />

2002. De uma importação total de 530 MW, na ponta e fora de ponta,<br />

400,5 MW são supridos em 230 kV a partir da SE Cabreúva. Os demais<br />

129,5 MW são atendidos em 88 kV a partir da SE Oeste.<br />

O aumento de carga solicitado pela CBA, associado ao atraso na<br />

implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA, esgotou a<br />

capacidade do sistema em 230 kV na região da cidade de São Paulo.<br />

Em 2004, na carga pesada, em condições de despacho de geração elevados<br />

no sistema em 440 kV (cerca de 88%), o carregamento na transformação<br />

440/230 kV – 2 x 750 MVA de Cabreúva é alto em condição normal de<br />

operação (88%). Quando da perda de uma de suas unidades há elevada<br />

sobrecarga na restante (62%). Transferindo-se carga da CBA do sistema em<br />

230 kV para o de 88 kV até um montante total de 294,4 MW e cortando-se o<br />

restante, o carregamento na unidade remanescente de Cabreúva é ainda de<br />

117%, mostrando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade de<br />

São Paulo para reduzir esse valor ao nominal.<br />

Em 2004, em outro cenário de geração, com despacho hidráulico mais baixo<br />

no Sudeste, geração térmica alta no Rio de Janeiro e em São Paulo, com<br />

Angra 2 despachada e fluxo do sistema Sul para o Sudeste, mais solicitante<br />

para a SE Anhangüera Provisória 345/230 kV – 500 MVA, na carga pesada,<br />

há sobrecarga nessa subestação já em condição normal de operação (9%) e<br />

quando da perda de um transformador 440/230 kV em Cabreúva (26%). Na<br />

perda de uma unidade em Cabreúva há também sobrecarga na restante<br />

(39%). Mesmo transferindo-se para o 88 kV todo o montante de carga da<br />

CBA possível de ser atendido por esse sistema (294,4 MW) e cortando-se o<br />

restante da carga da CBA, permanece sobrecarga de 6% na transformação<br />

de Anhangüera Provisória quando da perda de um transformador 440/230 de<br />

Cabreúva, indicando a necessidade de cortes de carga adicionais na cidade<br />

de São Paulo para reduzir o carregamento ao seu valor nominal.<br />

A instalação do terceiro autotransformador 440/230 kV – 750 MVA e obras<br />

associadas na SE Cabreúva foi autorizada pela Aneel à Cteep com prazo<br />

previsto para 31/07/2004. Mesmo após a implantação desse reforço,<br />

permanece a sobrecarga em condição normal de operação no transformador<br />

345/230 kV – 500 MVA de Anhangüera Provisória (fluxo de 103%). Após a<br />

entrada em operação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA,<br />

prevista para dezembro de 2004, o desempenho do sistema é adequado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 187 / 530


Na carga pesada de junho de 2006 o transformador 345/230 kV – 500 MVA<br />

de Anhangüera Provisória tem carregamento elevado em condição normal<br />

(95%) e opera no limite (100%) quando da perda de um transformador<br />

440/230 kV de Cabreúva.<br />

• A partir de 2006 está prevista a instalação de uma novo eixo para<br />

atendimento à área do Mato Grosso do Sul, com a instalação de um banco<br />

de autotransformadores 440/230 kV – 450 MVA na SE Porto Primavera e a<br />

construção de uma LT 230 kV, circuito simples, entre Porto Primavera e<br />

Dourados (ver item 3.5.3 – área de Mato Grosso do Sul).<br />

Sistema em 345 kV<br />

• A perda de um dos dois circuitos da LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti (2 x<br />

1.076 MVA) provoca sobrecarga no circuito remanescente em situações com<br />

Angra 1 e 2 em operação e com fluxos do sistema Sul para o Sudeste. Em<br />

2004, para recebimentos pelo Sudeste de cerca de 6.800 MW, o circuito<br />

restante opera no limite sem Angra 2 e há sobrecargas de 8% em carga<br />

pesada e 11% em carga média, com Angra 2 despachada. Para maiores<br />

valores do recebimento pelo Sudeste essas sobrecargas em emergências<br />

atingem valores mais elevados (para recebimentos da ordem de 9.300 MW,<br />

48% em carga pesada em 2004 e 35% em 2006). Dessa forma, esse<br />

problema poderá restringir a operação e a otimização do sistema,<br />

considerando que as condições de fluxo e despacho de geração<br />

mencionados podem ocorrer com freqüência.<br />

Os reforços propostos pelo CCPE no sistema em 345 kV a partir de Tijuco<br />

Preto são os seguintes:<br />

- construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 21 km, Tijuco Preto –<br />

Itapeti;<br />

- construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti –<br />

Nordeste, com lançamento de um circuito;<br />

- substituição de disjuntores 345 kV e equipamentos associados em 8<br />

“bays” na SE Itapeti e 8 “bays” na SE Santo Ângelo; e<br />

- ressalta-se também a superação de disjuntores na SE Tijuco Preto<br />

345 kV a partir da entrada em operação do 4º banco de<br />

autotransformadores 750/345 kV.<br />

Após a entrada em operação do quarto autotransformador 750/345 kV –<br />

1.500 MVA de Tijuco Preto e apenas da nova LT 345 kV, circuito duplo,<br />

Tijuco Preto – Itapeti C3 e C4, e implantada a solução de atendimento ao<br />

Vale do Paraíba que prevê a retirada do autotransformador 345/230 kV –<br />

500 MVA de Itapeti, a eventual perda de um dos circuitos da LT 345 kV<br />

Itapeti – Mogi acarreta sobrecargas no circuito restante que vai de 109%<br />

(circuito 2 com limite de 717 MVA, para FSE = 5.800 MW, sem Angra 2) a<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 188 / 530


135% (circuito 2 com limite de 717 MVA) e 104% (circuito 1 com limite de<br />

932 MVA) para FSE = 7.200 MW estando Angra 2 despachada. Em<br />

condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste (FSE = 7.200 MW<br />

com Angra 2) é aumentada a superação da unidade restante na perda de um<br />

dos dois transformadores 345/440 kV de Santo Ângelo, de 6% sem a retirada<br />

do transformador de Itapeti, para 10% com a retirada.<br />

• A subestação Sul 345/88 kV – 4 x 400 MVA é atendida por um ramal em<br />

345 kV, circuito duplo, derivado de um dos dois circuitos da LT 345 kV Embu<br />

– Baixada, constituindo-se os circuitos Embu – Sul e Baixada - Sul. O circuito<br />

de Embu Guaçu até o ponto de derivação para a SE Sul (Alto da Serra)<br />

apresenta capacidade de 896 MVA e fica submetido a sobrecargas da ordem<br />

de 9% quando de contingência na LT 345 kV Baixada - Sul em 2004,<br />

chegando a 1.004 MVA (12%) em 2006, próximo aos limites das demais<br />

linhas (1.076 MVA). No momento, alternativas de solução de planejamento<br />

estão em estudo. No horizonte 2006 pode-se observar que o seccionamento<br />

adicional do circuito Alto da Serra II – Baixada na SE Sul, passando essa<br />

subestação a ser atendida por duas linhas entre Embu Guaçu e Baixada,<br />

resolve satisfatoriamente esse problema levando a carregamentos da ordem<br />

de 830 MVA, 77% da capacidade do circuito remanescente na perda de um<br />

dos circuitos Baixada - Sul e a melhores e satisfatórias condições de tensão.<br />

Entretanto, essa possível solução pode não ser viável pela dificuldade de<br />

entrada das linhas na subestação Sul, podendo ser adotada outra solução<br />

ainda em estudo -subestação seccionadora e recondutoramento do trecho de<br />

linha de entrada na SE Sul- ou a recapacitação do trecho até Alto da Serra.<br />

• Quando da perda da LT 345 kV Mogi – Nordeste a LT 345 kV Guarulhos –<br />

Nordeste opera no limite, no ano 2006, na condição de carga pesada, e vice<br />

– versa. No PAR 2003 - 2005 foram verificadas sobrecargas nessas linhas<br />

em emergências. Os carregamentos destas linhas em emergências<br />

dependem apenas da carga da SE Nordeste cujos valores previstos neste<br />

ciclo do PAR são inferiores aos do ciclo anterior. A solução proposta pelo<br />

CCPE para a área, ainda dependente de análise de viabilidade técnica, é a<br />

construção de nova LT 345 kV, circuito duplo, 30 km, Itapeti – Nordeste.<br />

• A LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti – Mogi 345 kV tem capacidade de<br />

1.076 MVA, mas está limitada em 932 MVA (circuito 1) e 717 MVA (circuito<br />

2) em função de restrições nos “bays” em Mogi. A solução de planejamento<br />

proposta pelo CCPE para a área prevê, além do quarto transformador<br />

750/345 kV – 1.500 MVA em Tijuco Preto, a construção de nova LT 345 kV,<br />

circuito duplo, Tijuco Preto – Itapeti, nova LT 345 kV, circuito duplo, Itapeti –<br />

Nordeste e substituição de equipamentos 345 kV em Itapeti e Santo Ângelo.<br />

• A LT 345 kV, circuito duplo, Ibiúna – Guarulhos tem um limite de 1.532 MVA<br />

por circuito. Em condições de elevado fluxo do sistema Sul para o Sudeste<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 189 / 530


(RSE = 9.000 MW), despacho de 6.300 MW em Itaipu 50 Hz, despacho de<br />

449 MW nas UTEs Piratininga e Nova Piratininga e com Angra 2 fora de<br />

operação, quando da perda de um dos circuitos, o fluxo no outra supera o<br />

seu limite: 1.553 MVA / 101% em 2004 e 1.659 MVA / 108% em 2005. Em<br />

2005 está presente a SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x 400 MVA.<br />

Considerando-se a hipótese de fechamento do anel entre as SEs Guarulhos,<br />

Anhangüera e Milton Fornasaro, com a desativação da SE Anhangüera<br />

Provisória, o carregamento do circuito restante passa a ser adequado:<br />

1389 MVA / 91% em 2004 e 1380 MVA / 90% em 2005.<br />

• A indisponibilidade dos dois circuitos da LT 345 kV, circuito duplo, Interlagos<br />

– Xavantes provoca o desligamento total das SEs 345/88 kV Bandeirantes e<br />

Milton Fornasaro, que atendem cerca de 1.700 MW de carga na área da<br />

Grande São Paulo, responsáveis, inclusive, pelo centro da cidade de São<br />

Paulo. Há o risco de propagação do defeito para a rede de 230 kV, através<br />

da SE Anhangüera Provisória 345/230 kV, levando ao desligamento também<br />

das SEs Centro, Edgard de Souza e Pirituba e do consumidor CBA, em um<br />

total de cerca de 3.500 MW. Considerando-se a indisponibilidade<br />

permanente desses dois circuitos, cortes de carga nas SEs Bandeirantes,<br />

Milton Fornasaro, Centro, Edgard de Souza, Pirituba e CBA atingiriam cerca<br />

de 1.900 MW na carga pesada, 1.400 MW na média e 370 MW na leve. Por<br />

outro lado, a SE Anhangüera Provisória, construída em caráter emergencial<br />

não atende aos requisitos mínimos dos Procedimentos de Rede e, devido ao<br />

seu nível de ruído, a Cteep foi notificada por órgãos ambientais para a<br />

retirada de serviço dessa subestação. Dessa forma, propõem-se a<br />

desativação dessa subestação com a transferência do seu transformador<br />

para a nova SE Anhangüera e a instalação nessa subestação de conexões<br />

para a LT 345 kV, circuito duplo Milton Fornasaro – Anhangüera (existente)<br />

de forma a possibilitar fechamento do anel na nova SE Anhangüera, o que<br />

também evitará as conseqüências da perda dos dois circuitos da LT 345 kV<br />

Interlagos – Xavantes.<br />

Sistema em 230 kV – Vale do Paraíba<br />

• O atendimento às cargas da região do Vale do Paraíba é realizado através<br />

das transformações de Mogi 345/230kV (2 x 500MVA), Itapeti 345/230kV (1 x<br />

500MVA), Taubaté 440/230kV (1 x 330 MVA) e pela interligação com o Rio<br />

de Janeiro através da subestação de Nilo Peçanha 230/138kV (1 x<br />

200 MVA). As usinas de Jaguari, Paraibuna e Santa Branca com capacidade<br />

instalada de 172 MW completam o atendimento pela rede de 88kV. A<br />

subestação de Nilo Peçanha é um ponto de intercâmbio entre as áreas Rio<br />

de Janeiro e São Paulo. Os fluxos normalmente estão no sentido de São<br />

Paulo para Rio de Janeiro e são variáveis de acordo com o despacho das<br />

usinas de Nilo Peçanha, Fontes, Pereira Passos, Angra I e II e térmicas do<br />

Rio de Janeiro.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 190 / 530


Condição normal<br />

A carga prevista na região do Vale do Paraíba tem o atendimento garantido<br />

em condição normal de operação para os diversos cenários analisados no<br />

período 2004-2006. Observam-se carregamentos em torno de 77% no<br />

autotransformador de Itapeti 345/88 kV-1 x 500 MVA no patamar de carga<br />

pesada.<br />

Contingências na rede de 230 kV<br />

A perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para Itapeti)<br />

causa sobrecarga na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) e viceversa,<br />

conforme tabela 3.4.3-5. Devido a diferença de limites operativos, a<br />

perda da LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa) causa sobrecarga<br />

mais elevada na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (com “tap” para<br />

Itapeti).<br />

Figura 3.4.3-2 Sistema principal de atendimento ao Vale do Paraíba<br />

São José dos Campos<br />

Mogi - Furnas<br />

359MVA / 4,7 km<br />

358MVA / 50 km<br />

Mogi_Q<br />

310 MVA / 50 km<br />

4 x 150 MVA<br />

88kV<br />

514,7 + j 107,4<br />

345kV<br />

345kV<br />

2 x 500MVA<br />

172,9 + j 7,8<br />

Itapeti<br />

88kV<br />

230kV<br />

Mogi - CTEEP<br />

2 x 150MVA<br />

1 x 60MVA<br />

1 x 500MVA 230kV<br />

359MVA / 6,5 km 359MVA / 0,5 km<br />

230kV<br />

2 x 315 MVA<br />

230kV<br />

1 x 330 MVA<br />

440kV<br />

Taubaté<br />

138kV<br />

266,7 + j 17,5<br />

Carga prevista para<br />

o ano 2006 pesada.<br />

Aparecida<br />

Santa Cabeça<br />

Nilo Peçanha<br />

126,4 km 31,2 km 38,7 km<br />

41,7 km<br />

230kV<br />

230kV<br />

3 x 60MVA<br />

88kV<br />

230kV<br />

2 x 60MVA<br />

88kV<br />

230kV<br />

82,1 + j 33,5 89 + j 14,5<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 191 / 530


Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi – São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José<br />

(expressa)<br />

Contingência<br />

Ano<br />

Sobrecarga no circuito remanescente<br />

Carga Pesada<br />

Carga Média<br />

LT 230 kV Mogi –<br />

São José dos<br />

Campos (expressa)<br />

LT 230 kV Mogi –<br />

São José dos<br />

Campos (Tap)<br />

2004 125% 112%<br />

2005 128% 112%<br />

2006 129% 111%<br />

2004 107% 98%<br />

2005 112% 97%<br />

2006 114% 96%<br />

Obs: com Angra I, sem Angra II e GT (RJ) =835 MW<br />

Vale ressaltar que esses carregamentos são influenciados pelo despacho<br />

das usinas térmicas da área RJ/ES assim como nas usinas nucleares de.<br />

Angra I e II. No caso acima caso essas usinas estejam despachadas na sua<br />

totalidade a sobrecarga verificada na linha expressa de 129% cai para 109%,<br />

o que vale dizer menos 2 MW no carregamento para cada 100 MW de<br />

geração adicional.<br />

Em outro trecho do sistema de transmissão de 230 kV dessa área, observase<br />

que a contingência da LT 230 kV Taubaté – Aparecida cujas cargas de<br />

Aparecida e Santa Cabeça passam a ser atendidas radialmente pela<br />

transformação de Nilo Peçanha é suportada até o ano 2005, a partir do qual<br />

se verifica acentuada queda de tensão e risco de corte de carga.<br />

A solução de planejamento proposta pelo CCPE para essa área (relatório<br />

CCPE/CTET/GTET-059/2002 de outubro de 2002), indica as seguintes obras<br />

para o início do período:<br />

- implantação de módulo Geral em 230 kV na SE Cachoeira Paulista;<br />

- instalação de transformador 500/230 kV – 350 MVA na SE<br />

Cachoeira Paulista e vãos associados;<br />

- instalação de LT 230 kV Cachoeira Paulista – Santa Cabeça, 7 km, e<br />

vãos associados;<br />

- desativação do transformador 345/230 kV – 500 MVA da SE Itapeti<br />

após a conclusão das obras anteriores;<br />

- eliminação das restrições de carregamento nas LTs 230 kV<br />

provocadas por equipamentos terminais na SE Aparecida; e<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 192 / 530


- construção da SE Itapeti 345/88 kV – 2x400 MVA em 2009 e<br />

desativação da SE Mogi 230/88 kV.<br />

Considerando-se a implantação dessas obras indicadas observa-se que:<br />

- a emergência em um dos transformadores 345/230 kV da SE Mogi<br />

(já sem a transformação de Itapeti) implica em carregamento da<br />

ordem de 101% no remanescente;<br />

- a emergência na LT 230 kV Mogi (Furnas) – São José (expressa)<br />

implica em um carregamento de 104% na LT 230 kV Mogi (Furnas) –<br />

São José (com “tap” para Itapeti); e<br />

- o desempenho do sistema é adequado quando da perda da LT<br />

230 kV Taubaté – Aparecida.<br />

Comentários:<br />

- a solução proposta de construção de novo ponto de atendimento a<br />

partir da SE Cachoeira Paulista e conexão à SE S. Cabeça, resolve<br />

os problemas verificados no eixo Taubaté – Aparecida – S. Cabeça.<br />

Já os elevados carregamento no eixo Mogi - São José do Campos<br />

terão como possível solução o remanejamento de cargas das SEs<br />

São José dos Campos 230/88 kV, Nordeste 345/88 kV e Mogi<br />

230/88 kV (que será desativada), mediante a construção, de<br />

responsabilidade da distribuidora Bandeirante, da SE Itapeti<br />

345/88 kV e de linha em 88 kV, com extensão aproximada de 15 km,<br />

para conexão à LT 88 kV existente, permitindo a transferência de<br />

blocos de carga dessas subestações. É importante ressaltar que<br />

nesse estudo do CCPE verificou-se a inviabilidade da ampliação da<br />

rede de 230 kV entre Mogi e São José dos Campos, devido à<br />

dificuldade de chegada em São José, tendo a distribuidora concluído<br />

pelo esgotamento dessa subestação que ficará limitada ao<br />

atendimento de cargas da ordem de 450 MW após o remanejamento<br />

de cargas mencionado. Também se deve observar que a<br />

transferência do AT 345/230 kV – 500 MVA de Itapeti para outro<br />

local não está mais sendo contemplada neste PAR.<br />

Sistema em 230 kV – Paranapanema<br />

• A instalação da segunda LT 230 kV Chavantes – Botucatu foi licitada à<br />

Cteep com data para energização em meados de 2003. Antes da<br />

energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu 230 kV, em situações<br />

com despachos de geração elevados (88%) nas usinas dos rios<br />

Paranapanema e recebimentos pelo Sudeste de 6.800 MW, as LTs 230 kV<br />

Chavantes – Botucatu (limite de 192 MVA, fluxo de 193 MVA) e Piraju –<br />

Jurumirim (limite de 319 MVA, fluxo de 312 MVA) operam no limite já em<br />

condição normal. Para maiores intercâmbios do sistema Sul para o Sudeste<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 193 / 530


há sobrecargas já em condição normal de operação (LT 230 kV Chavantes –<br />

Botucatu com 112% e LT 230 kV Piraju – Jurumirim com 108% para RSE =<br />

8.900 MW). A LT 230 kV Chavantes – Botucatu apresenta sobrecargas nas<br />

emergências das LTs 230 kV Chavantes – Piraju (159%), Piraju – Jurumirim<br />

(175%), Jurumirim – Avaré (145%) e Avaré – Botucatu (140%). Quando da<br />

perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu há sobrecarga nas LTs 230 kV:<br />

Chavantes – Piraju (110%), Piraju – Jurumirim (131%) e Jurumirim – Avaré<br />

(103%).<br />

Em 2004, após a energização do segundo circuito Chavantes – Botucatu<br />

230 kV o desempenho do sistema em 230 kV, a partir de Chavantes e até<br />

Botucatu, é adequado em condição normal de operação verificando-se que,<br />

quando de elevados despachos (88%) de geração na área o fluxo no circuito<br />

1 da LT 230 kV Chavantes – Botucatu atinge cerca de 154 MVA (80%),<br />

quando de recebimentos pelo Sudeste da ordem de 8.900 MW. No entanto,<br />

para cenários com geração elevada (88%) nas usinas do Rio Paranapanema<br />

associados a fluxos do sistema Sul para o Sudeste, há sobrecargas em<br />

emergências para RSE a partir de cerca de 6.800 MW:<br />

- na perda da LT 230 kV Chavantes – Botucatu C2 há sobrecargas<br />

nas LTs 230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim; e<br />

- também há sobrecargas na LT 230 kV Chavantes – Botucatu durante<br />

as perdas das LTs 230 kV Chavantes – Piraju, Piraju – Jurumirim e<br />

Jurumirim – Avaré.<br />

A partir de dezembro de 2004 está prevista a implantação de um conjunto de<br />

obras entre a Rede Básica e o sistema de distribuição na área: substituição<br />

de dois transformadores 230/138 kV de 75 MVA por dois de 150 MVA na SE<br />

Botucatu (dezembro de 2004), terceiro transformador 230/138 kV – 75 MVA<br />

na SE Jurumirim (dezembro de 2004) e transformador 230/138 kV –<br />

180 MVA na SE Itararé II (dezembro de 2005). Implantado esse conjunto de<br />

obras não são mais verificados carregamentos acima dos nominais nas LT<br />

230 kV Chavantes – Botucatu C1 e Piraju – Jurumirim em emergências, em<br />

situações de despachos elevados nas usinas da área, com fluxos do sistema<br />

Sul para o Sudeste (RSE de até 9.100 MW).<br />

• Em 2005, após a entrada em operação do 2º autotransformador 440/230 kV<br />

– 336 MVA de Assis, em situações de intercâmbio elevado do sistema<br />

Sudeste para o Sul (RSUL = 4.000 MW), associado a despachos reduzidos<br />

de geração (60% na condição de carga pesada) nas usinas de Jurumirim,<br />

Piraju, Chavantes, Ourinhos, Salto Grande e Canoas I e II, o limite da LT<br />

230 kV Assis – Chavantes (319 MVA) é superado quando da perda das LTs<br />

230 kV Assis – Londrina (Copel) ou Assis – Londrina (Eletrosul). Nesse<br />

cenário, despachos de geração mais baixos nessas usinas levam a<br />

sobrecargas em condição normal de operação nos autotransformadores<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 194 / 530


440/230 de Assis. A nova interligação em 500 kV Londrina – Assis –<br />

Araraquara alivia o sistema em 230 kV a partir da SE Assis, permitindo uma<br />

maior exploração do mesmo para despachos reduzidos nessas mesmas<br />

usinas.<br />

• A perda da LT 230 kV Botucatu – Capão Bonito, circuito simples, provoca<br />

sobrecargas nas transformações 230/138 kV de Jurumirim (143% em 2004) e<br />

Botucatu (123% em 2004) e na LT 138 kV circuito duplo Jurumirim – Capão<br />

Bonito. As transformações de Jurumirim e Botucatu operam com<br />

carregamentos acima do normal já em condição normal. As obras propostas<br />

para a área são a substituição dos transformadores 230/138 kV de Botucatu<br />

de 75 MVA por outros de 150 MVA (dois em dezembro de 2004 e um em<br />

dezembro de 2006), a instalação do terceiro transformador 230/138 kV –<br />

75 MVA em Jurumirim em dezembro de 2004, a implantação de<br />

transformação 230/138 kV – 180 MVA na SE Itararé II em dezembro de 2005<br />

e a recapacitação da LT 138 kV, circuito duplo, Jurumirim – Capão Bonito<br />

(Itaí) em dezembro de 2004.<br />

Sistema em 230 kV – Baixada Santista<br />

• A perda do autotransformador 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos, em<br />

cenários com as UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora de operação e com<br />

despacho de geração mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW),<br />

provoca sobrecarga no transformador 345/230 kV – 500 MVA de Baixada<br />

Santista (na carga pesada, carregamento de 100% em 2004 e 149% em<br />

2006) e na LT 230 kV Henry Borden – Piratininga (na carga pesada,<br />

carregamento de 104% em 2004 e 180% em 2006). Ressalta-se que foi<br />

considerada em operação a partir de dezembro de 2004 a SE Piratininga II<br />

230/88 kV – 3 x150 MVA e, portanto nos resultados apresentados para o ano<br />

2006. Por outro lado, a perda do transformador 345/230 kV de Baixada<br />

Santista, para esse mesmo cenário de geração, provoca sobrecarga no<br />

transformador 345/230 kV de Interlagos (na carga pesada, carregamento de<br />

137% em 2006), a partir da entrada em operação da SE Piratininga II<br />

230/88 kV - 3 x 150 MVA.<br />

Na carga leve, com despacho máximo de geração nas UTEs Piratininga<br />

(470 MW) e Nova Piratininga (378 MW), há carregamentos acima do nominal<br />

em condição normal de operação no AT 345/230 kV – 500 MVA de Interlagos<br />

para despachos de geração superiores a 230 MW na UHE Henry Borden<br />

230 kV. Para despacho mínimo na UHE Henry Borden 230 kV (15 MW)<br />

quando da perda do transformador 345/230 kV de Interlagos há sobrecarga<br />

na LT 230 kV Piratininga – Henry Borden (701MVA / 226% em 2004 e<br />

617 MVA / 199% em 2006 com a SE Piratininga II 230/88 kV), e quando da<br />

perda da LT 230 kV Piratininga – Henry Borden há sobrecarga no<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 195 / 530


autotransformador 345/230 kV de Interlagos (699 MVA/140% em 2004 e<br />

612 MVA/122% em 2006).<br />

A solução para os problemas verificados na área é a instalação do segundo<br />

autotransformador 345/230 kV – 500 MVA na SE Interlagos, já autorizado<br />

pela Aneel à Cteep, com data limite para operação comercial de 31/12/2003.<br />

Convém salientar que a presença da SE Piratininga II 230/138 kV é benéfica<br />

para a operação da Rede Básica, uma vez que permite melhor distribuição<br />

de fluxo.<br />

• A Carbocloro S. A. Indústrias Químicas solicitou acesso para alimentação<br />

total de sua carga, atualmente suprida em 88 kV entre as SEs Henry Borden<br />

e Baixada, mediante seccionamento do circuito 1 da LT 230 kV, circuito<br />

duplo, Henry Borden – Baixada, a partir de junho de 2003. Sua demanda<br />

máxima atual, na ponta e fora de ponta, é de 106 MW. Estão previstos<br />

aumentos de demanda para 126 MW em janeiro de 2004 e 161 MW em<br />

junho de 2005.<br />

Sistema em 230 kV – Grande São Paulo<br />

• Na perda de um dos circuitos da LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba há<br />

carregamento superior ao nominal no circuito restante (117% na condição de<br />

carga pesada em 2004). Há também carregamentos acima dos nominais nas<br />

unidades restantes das transformações 230/88 kV de Edgard de Souza<br />

(117% em 2004 na carga pesada) e Pirituba (122% em 2004 na carga<br />

pesada), quando da perda de um de seus transformadores. Essas restrições<br />

são eliminadas após a implantação da nova SE Anhangüera 345/88 kV – 2 x<br />

400 MVA prevista para dezembro de 2004.<br />

<br />

Descrição complementar das análises realizadas sobre o Controle de Tensão<br />

Sistema em 500 kV<br />

• Com relação ao sistema em 500 kV que atende à área São Paulo, o elevado<br />

perfil de tensão observado em alguns cenários de geração a partir do ano de<br />

2004 acarretou problemas de controle de tensão com os recursos existentes,<br />

não permitindo condições satisfatórias sem o desligamento de linhas de<br />

transmissão, mesmo já com a inserção dos reatores em Marimbondo.<br />

Portanto, devem ser adicionados reatores manobráveis no sistema de<br />

500 kV que deriva da usina de Marimbondo até à área RJ/ES e na SE<br />

Itutinga, tendo como base evitar/minimizar, ao menos em carga leve, o<br />

desligamento de LTs para controle de tensão e tornar a operação do sistema<br />

mais flexível. Desse modo, os pontos do sistema de 500 kV situados na área<br />

SP identificados para reforço, além de Marimbondo, foram: Campinas 500 kV<br />

- 1x136 Mvar e Cachoeira Paulista 500 kV - 1x136 Mvar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 196 / 530


Sistema em 440 kV<br />

• Desligamentos de linhas de 440 kV para controle de tensão são mais<br />

freqüentes em situações como as de baixa geração nas usinas do Paraná e<br />

de acordo com um certo número de unidades geradoras sincronizadas para<br />

absorção de potência reativa. Quando necessário são desligados um dos<br />

circuitos duplos das linhas de transmissão que derivam das usinas Ilha<br />

Solteira e Jupiá e/ou o desligamento de linhas que chegam às estações<br />

terminais de Cabreúva, Embu Guaçu e Santo Ângelo para controle do perfil<br />

de tensão no 440 kV. Verifica-se no período 2004-2006 que o controle de<br />

tensão em carga leve requer a disponibilidade de todos os recursos<br />

existentes do sistema, inclusive de unidades geradoras para absorção de<br />

potência reativa pelas usinas de Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos e Água<br />

Vermelha principalmente, para propiciar condições satisfatórias de operação<br />

que possam evitar o desligamento de circuitos. Entretanto, podem ocorrer<br />

tensões próximas ao limite máximo de tensão do sistema de 440 kV mesmo<br />

com as máquinas sincronizadas bastante sub-excitadas.<br />

Desse modo, para dotar o sistema de maior flexibilidade operativa com o<br />

objetivo de reduzir os desligamentos de circuitos na rede de 440 kV, pelo<br />

menos um reator manobrável de 180 Mvar/440 kV deve ser adicionado ao<br />

sistema, preferencialmente na subestação de Araraquara, o que propiciaria<br />

reflexos no perfil de tensão e na absorção de potência reativa das usinas<br />

dessa área. Nesse sentido deve ser considerada adicionalmente, pelas<br />

concessionárias dessa área do sistema, a possibilidade de desligamento de<br />

capacitores da sub transmissão em 138 kV durante as cargas leve e<br />

principalmente mínima que permanecem normalmente ligados.<br />

Em condições de carga mínima (carga mais baixa que ocorre nas<br />

madrugadas de segunda-feira, Natal e Ano Novo) do sistema, é impraticável<br />

com os reatores disponíveis nesse sistema evitar o desligamento de linhas<br />

de transmissão de 440 kV devido a redução expressiva de carga. Para<br />

operar o sistema de forma adequada é necessária a abertura de pelo menos<br />

dois circuitos em 440 kV, e nessas condições e também para um número<br />

maior de desligamentos, esse sistema opera satisfatoriamente.<br />

Observa-se que a recomposição das cargas de Bom Jardim e Taubaté pelo<br />

sistema de transmissão de 440 kV é feita pelo corredor que parte da usina de<br />

Ilha Solteira e chega à SE Santo Ângelo. A tomada de carga nessas<br />

subestações poderia ser realizada em menos tempo caso fosse possível<br />

efetuá-la através de um novo corredor (Porto Primavera – Taquaruçu – Assis<br />

– Sumaré) que, nas condições atuais, apresenta tensões elevadas em<br />

Sumaré para energização até Bom Jardim.<br />

• Em cenários com despachos de geração elevados (88%) nas usinas<br />

conectadas ao sistema em 440 kV, com altos carregamentos nas linhas em<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 197 / 530


440 kV (cerca de 800 MW), há elevada queda de tensão em condição normal<br />

de operação entre os barramentos de 440 kV das usinas e os das<br />

subestações de Ribeirão Preto (-9,0%), Santa Bárbara (-7,6%), Sumaré (-<br />

7,2%), Bom Jardim (-5,5%) e Cabreúva (-5,5%). A tensão no barramento de<br />

440 kV de Ribeirão Preto é de 0,95 pu. Esses resultados correspondem à<br />

carga pesada de 2006 e são obtidos considerando-se desligados todos os<br />

reatores manobráveis do sistema em 440 kV, inclusive os de Bauru e<br />

Araraquara cujos módulos de conexão para manobras estão autorizados à<br />

Cteep pela resolução Aneel 591/2002 com data limite para operação<br />

comercial em 30/04/2004.<br />

• Em todo o período 2004 –2006, em emergências de linhas de transmissão<br />

em 440 kV são verificadas tensões inferiores a 95% nos barramentos de<br />

440 kV de Ribeirão Preto, Santa Bárbara, Sumaré e Mogi Mirim 3. As<br />

tensões nos barramentos de 138 kV dessas subestações são sempre<br />

adequadas.<br />

• A perda da LT 440 kV Água Vermelha – Ribeirão Preto provoca sobrecarga<br />

na transformação 345/138 kV – 150 MVA de Mascarenhas de Moraes e<br />

tensões inferiores a 0,90 pu no barramento de 440 kV de Ribeirão Preto já a<br />

partir de 2004. Entretanto, a tensão no barramento de 138 kV dessa<br />

subestação é controlável dentro da faixa desejável. A sobrecarga na<br />

transformação de Mascarenhas de Moraes poderá ser reduzida através de<br />

redespacho de geração nas UHEs Mascarenhas de Moraes e Porto<br />

Colômbia e de abertura de circuitos em 138 kV. Essas medidas combinadas<br />

com um reajuste de tensão nos barramentos de 138 kV de Araraquara e<br />

Ribeirão Preto poderão melhorar também o nível de tensão no barramento<br />

de 440 kV de Ribeirão Preto. Recomenda-se às Distribuidoras a realização<br />

de estudos para a área de Mascarenhas de Moraes e de compensação<br />

reativa capacitiva no sistema de distribuição na área da SE Ribeirão Preto<br />

440/138 kV, de forma a eliminar os problemas apontados e evitar a<br />

necessidade de medidas operativas em emergências.<br />

<br />

Descrição complementar das análises realizadas sobre a Conexão Rede<br />

Básica - Distribuição<br />

• As cinco subestações a seguir apresentam superação da capacidade<br />

operativa de suas unidades transformadoras em regime normal de operação<br />

Botucatu 230/138 kV – 3 x 75 MVA, Jurumirim 230/138 kV – 2 x 75 MVA,<br />

Campinas 345/138 kV – 4 x 150 MVA, Bom Jardim 440/138 kV – 1 x<br />

150 MVA e Cabreúva 440/138 kV – 1 x 150 MVA.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 198 / 530


• As vinte e seis subestações a seguir apresentam superação da capacidade<br />

operativa de suas unidades transformadoras, na perda de uma das unidades<br />

ou em contingências de linhas de transmissão da região.<br />

Baixada Santista 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Baixada Santista 230/138 kV – 2<br />

x 150 MVA, Capão Bonito 230/138 kV – 2 x 75 MVA, Embu Guaçu<br />

440/138 kV - 2 x 300 MVA, Oeste 440/88 kV – 3 x 400 MVA, Bom Jardim<br />

440/88 kV – 2 x 300 MVA, Santo Ângelo 440/138 kV – 1 x 300 + 2 x<br />

150 MVA, Araraquara 440/138 kV – 3 x 300 MVA, Mogi Mirim III 440/138 kV<br />

– 2 x 300 MVA, Ribeirão Preto 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Santa Bárbara<br />

440/138 kV – 3 x 300 MVA, Sumaré 440/138 kV – 2 x 300 MVA, Assis<br />

230/88 kV – 2 x 38 MVA, Chavantes 230/88 kV – 2 x 40 MVA, Água<br />

Vermelha 440/138 kV – 1 x 300 MVA, Bauru 440/138 kV – 2 x 150 MVA,<br />

Jupiá 440/138 kV – 1 x 150 MVA Três Irmãos 440/138 kV – 1 x 300 MVA,<br />

Bandeirantes 345/88 kV – 3 x 400 MVA, Piratininga 230/88 kV – 4 x<br />

100 MVA, Edgard de Souza 230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA,<br />

Pirituba 230/88 kV – 4 x 150 MVA, Sul I 345/88 kV – 2 x 400 MVA, Sul II<br />

345/88 kV – 2 x 400 MVA, Santa Cabeça 230/88 kV – 2 x 60 MVA e São<br />

José 230/88 kV – 4 x 150 MVA.<br />

• A implantação da LT 345 kV circuito duplo Guarulhos – Anhangüera e das<br />

instalações em 345 kV da nova SE Anhangüera 345/88 kV estão<br />

autorizadas pela Aneel à Cteep com prazo de dezembro de 2003. Por outro<br />

lado, a implantação dos transformadores 345/88 kV – 2 x 400 MVA nessa<br />

subestação, sob a responsabilidade da Eletropaulo, está prevista para<br />

dezembro de 2004. Essa nova subestação assume parte da carga das SEs<br />

Edgard de Souza e Pirituba 230/88 kV evitando carregamentos acima dos<br />

nominais nos transformadores dessas subestações quando da perda de uma<br />

de suas unidades e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba quando da<br />

perda de um dos seus dois circuitos. O eventual atraso na implantação da<br />

SE Anhangüera agrava as sobrecargas em emergências na SE Edgard de<br />

Souza que evoluem de 117% em 2004 até 125% em 2006, na SE Pirituba de<br />

122% em 2004 at 131% em 2006 e na LT 230 kV Edgard de Souza – Pirituba<br />

de 116% em 2004 para 124% em 2006, aumentando as restrições ao<br />

atendimento das cargas na zona oeste da cidade de São Paulo.<br />

• A implantação da SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA, como solução de<br />

referência de planejamento para atendimento à SE Capão Bonito, tem data<br />

informada no plano de obras da Elektro para dezembro de 2005. Associada a<br />

essa obra, há a construção de uma nova linha de transmissão em 230 kV,<br />

circuito simples, entre Jaguariaíva e Itararé II. Observa-se que esta<br />

subestação ainda não possui solicitação de acesso à Rede Básica, o que<br />

pode acarretar atrasos nas obras de responsabilidade da transmissora por<br />

falta de autorização para início das providências necessárias.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 199 / 530


• O fator de potência global, calculado do lado de alta dos transformadores,<br />

para a área São Paulo, em todas as condições de carga, varia de 0,979 a<br />

0,987 no período 2004 – 2006. Em alguns pontos foram verificados valores<br />

inferiores a 0,98 que não atendem aos Procedimentos de Rede. O<br />

detalhamento deste assunto encontra-se disponível no item 7 deste relatório.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 200 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 201 / 530


3.5 Região Centro-Oeste<br />

3.5.1 Área Goiás/Distrito Federal<br />

<br />

Descrição da Área<br />

O sistema tronco para atendimento às cargas do Distrito Federal e de grande parte<br />

da área Goiás é constituído por três circuitos em 345 kV provenientes da UHE<br />

Itumbiara, por três circuitos em 500 kV provenientes da UHE Serra da Mesa, e<br />

também por dois circuitos em 230 kV, que escoam parte da potência gerada pela<br />

UHE Cachoeira Dourada. Além de atender às cargas dessa área, este sistema<br />

tronco é parte integrante da rede que interliga as Regiões Norte/Nordeste à Região<br />

Sudeste/Centro-Oeste e, por isso, tem o seu desempenho fortemente influenciado<br />

pelo intercâmbio – valor e sentido – praticado na interligação Norte/Sul.<br />

O sul da área Goiás é atendido a partir de três circuitos de 230 kV que derivam da<br />

UHE Itumbiara e se estendem até o Mato Grosso e por um sistema de 138 kV<br />

proveniente da UHE Cachoeira Dourada que se interliga com a área Minas Gerais,<br />

no Triângulo Mineiro, pelas duas linhas de 138 kV Cachoeira Dourada –<br />

Avatingüara.<br />

A área norte de Goiás é atendida por uma LT 230 kV proveniente da SE Brasília<br />

Sul, além de duas linhas de 230 kV derivadas da UHE Cana Brava, até a SE Serra<br />

da Mesa, onde se conectam à interligação Norte-Sul por um transformador<br />

500/230 kV – 400 MVA. Derivado ainda da SE Serra da Mesa, está em operação<br />

um sistema em 138 kV que se estende até a SE Gurupi, que atende uma pequena<br />

parcela das cargas da CELTINS no Tocantins em situações de contingência no<br />

sistema da mesma.<br />

A capacidade de geração hidráulica instalada nessa área atinge 2.822 MW<br />

distribuída pelas usinas de Serra da Mesa (1.293 MW), Corumbá I (381 MW),<br />

Cachoeira Dourada (652 MW), Paranoá (25 MW) e Cana Brava (471MW), além da<br />

geração térmica de 10 MW na UTE Brasília. É ainda prevista a conclusão das obras<br />

em 2004 da UHE Corumbá IV (127 MW) a ser conectada na rede 138 kV de<br />

atendimento ao Distrito Federal.<br />

Há ainda o conjunto das seguintes usinas hidrelétricas na área sudeste de Goiás,<br />

previstas para o final de 2006: Olho d’Água, Salto do Rio Verdinho, Caçu, Barra dos<br />

Coqueiros, Salto e Itaguaçu, esta ainda não licitada, que juntas (descontada<br />

Itaguaçu) perfazem 389 MW de capacidade instalada. O sistema coletor dessas<br />

usinas será conectado ao sistema 500 kV da UHE São Simão. Sob o aspecto<br />

elétrico, as usinas em questão foram consideradas no âmbito da área de Minas<br />

Gerais.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Goiás/Distrito Federal<br />

A tabela 3.5.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Goiás/Distrito Federal no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 202 / 530


Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Goiás e Distrito Federal<br />

2003 2004 2005 2006<br />

Capacidade<br />

Instalada<br />

(MW)<br />

Demanda<br />

Máxima e<br />

crescimento<br />

Anual<br />

UHE 2.822 2.949 (1) 2.949 2.949<br />

UTE 10 10 10 10<br />

Total 2.832 2.959 2.959 2.959<br />

CELG 1331 1429 1541 1653<br />

CEB 698 730 758 787<br />

Total 2.029 2.159 2.299 2.440<br />

(MW)<br />

(%)<br />

---<br />

6,4<br />

6,5<br />

6,1<br />

Obs.: nova UHE Corumbá IV (127 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação da Área Goiás/Distrito Federal.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

• Observa-se que a análise de estabilidade do sistema de transmissão da área<br />

Goiás/ Distrito Federal está inserida no desempenho dinâmico das<br />

interligações N/SE e SE/NE como um todo. Em particular, são importantes os<br />

condicionantes para o escoamento da geração das UHEs de Serra da Mesa,<br />

Cana Brava, Lajeado e a partir de janeiro de 2006 da usina Peixe Angical,<br />

tendo em conta os diferentes níveis dos intercâmbios entre as regiões<br />

Norte/NE – Sudeste, nos cenários de importação e exportação pelo Sudeste.<br />

Esse aspecto é abordado no item 4 deste relatório, que trata do desempenho<br />

e limites de transmissão das interligações regionais.<br />

• A eventual perda do único autotransformador 500/230 kV-400 MVA de Serra<br />

da Mesa acarreta em problema de perda de sincronismo das máquinas da<br />

usina de Cana Brava com o sistema interligado. Até a entrada em operação<br />

do 2º banco de autotransformadores nessa subestação, proposto no PAR<br />

2003-2005, mas ainda sem autorização da Aneel, o ECE de corte de geração<br />

implantado nessa usina elimina o problema de perda de sincronismo com o<br />

restante do sistema.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Com a implantação da interligação Norte-Sul II, nota-se um elevado perfil de<br />

tensão nas linhas de transmissão entre as subestações Serra da Mesa e<br />

Samambaia em diversas condições de fluxo nessa interligação,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 203 / 530


principalmente em Samambaia, o que deverá acarretar em necessidade de<br />

maior controle pela UHE Serra da Mesa. Os níveis de tensão ficam na faixa<br />

entre 107 e 110% na maioria dos casos analisados, independente da<br />

condição de carga. Normalmente, na área Goiás e Distrito Federal não são<br />

necessários desligamentos de linhas de transmissão para controle de<br />

tensão.<br />

• Para propiciar o adequado controle de tensão na área de Serra da Mesa –<br />

Samambaia, além de eliminar a sobretensão verificada quando da rejeição<br />

sobre Itumbiara, é importante a instalação do reator manobrável de 136 Mvar<br />

- 500 kV em Itumbiara, no terminal da LT 500 kV Samambaia – Itumbiara, já<br />

recomendado no PAR 2003-2005 e que se encontra em fase de autorização<br />

pela Aneel. A análise da necessidade da inserção de outro reator no eixo S.<br />

da Mesa – Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle<br />

de tensões nessa área do sistema, deverá ser objeto de análise<br />

complementar, tendo em conta o elevado perfil de tensão observado nessa<br />

área.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

• Há necessidade de revisão dos limites de carregamento das linhas de<br />

transmissão em relação aos valores que constam do CPST, de modo a se<br />

poder reavaliar os diversos casos de sobrecargas resultantes da análise,<br />

antes que soluções de natureza estrutural sejam sugeridas. Os casos em<br />

que ocorreram superações dessas capacidades no período 2004-2006<br />

referem-se às seguintes LTs: LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia, LT<br />

345 kV Samambaia – Brasília Sul, LT 230 kV Bandeirantes – Xavantes, LT<br />

230 kV Anhanguera – Goiânia Leste e LT 230 kV Xavantes – Pirineus,<br />

conforme a seguir descrito:<br />

• Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 500 kV<br />

Serra da Mesa – Samambaia. A saída de um dos três circuitos Serra da<br />

Mesa – Samambaia leva aos seguintes resultados:<br />

- considerando os limites de carregamento indicados nos CPSTs<br />

(1.665 MVA / 1.923 A para as 3 LTs) verificou-se que não há<br />

sobrecargas até um valor do fluxo total que sai de Serra da Mesa<br />

(fluxo F4 indicado na Figura 3.5.1-1) da ordem de 3.270 MW<br />

(FSM= 3.500 MW, definido na Figura 3.5.1-1);<br />

- considerando para o circuito 2 um limite de 1.410 MVA (1.628 A),<br />

conforme informação mais recente de Furnas, poderá ocorrer<br />

sobrecarga nesse circuito para saída de um dos demais para<br />

fluxos F4 maiores ou iguais a 2.800 MW (FSM= 3.030 MW).<br />

Até a revisão dos limites de carregamento ou a caracterização da solução<br />

estrutural, será necessário atualizar/implantar um esquema de corte de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 204 / 530


geração em Serra da Mesa - Cana Brava - Lajeado para fluxos FSM acima<br />

de 3.500 MW.<br />

• Superação de capacidade operativa de CPST nos circuitos da LT 345 kV<br />

Samambaia – Brasília Sul. Na configuração de junho/2004, a saída de um<br />

dos circuitos das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul (limite de<br />

639 MVA) provoca sobrecarga da ordem de 14% (730 MVA) no circuito<br />

remanescente. A eliminação da restrição dos equipamentos terminais<br />

(TCs), elevará o limite de carregamento para 766 MVA. Adicionalmente,<br />

com a entrada da UHE Corumbá IV (2 unidades de 63.5 MW, previstas<br />

para dezembro de 2004 e março de 2005), a ser conectada na rede<br />

138 kV entre Samambaia e Brasília Sul, conforme mostrado na Figura<br />

3.5.1-1, os fluxos nas transformações 345/138 kV de Samambaia e de<br />

Brasília Sul deverão cair, e, em conseqüência, a sobrecarga durante a<br />

citada contingência deixará de ocorrer, como verificado na análise das<br />

configurações de 2005 e 2006.<br />

• Observa-se que a contingência de um dos circuitos da LT 230 kV<br />

Anhanguera – Bandeirantes, na carga pesada, pode resultar em<br />

carregamentos no circuito remanescente na faixa de 310 a 410 MVA. O<br />

limite existente para essa instalação é de 382 MVA (900 A) devido ao TC<br />

no terminal de Bandeirantes e pode ser superado em cerca de 7% quando<br />

dessa contingência. Ressalta-se que o limite de CPST dessa linha<br />

(239 MVA) necessita ser atualizado considerando os valores<br />

mencionados.<br />

• Superação de capacidade operativa de CPST nas LTs 230 kV<br />

Bandeirantes – Xavantes. A saída da LT 230 kV Anhanguera – Goiânia<br />

Leste provoca sobrecargas nos dois circuitos da LT 230 kV Bandeirantes<br />

– Xavantes (limite de 219 MVA) que variam de 8% a 20% (224 a<br />

266 MVA) no período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos<br />

intercâmbios de exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte.<br />

Permanece, nesse caso, a observação acima quanto às restrições<br />

causadas pelos equipamentos terminais. Observa-se que a saída de um<br />

dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes – Xavantes também provoca<br />

sobrecargas no circuito remanescente, porém de intensidade<br />

relativamente menor que a causada pela saída da LT 230 kV Anhanguera<br />

– Goiânia Leste acima descrita;<br />

• Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Anhanguera –<br />

Goiânia Leste. A saída de um dos circuitos das LTs 230 kV Bandeirantes<br />

– Xavantes provoca sobrecargas na LT 230 kV Anhanguera – Goiânia<br />

Leste (limite de 219 MVA) que variam de 6% a 24% (232 a 272 MVA) no<br />

período 2004-2006, sendo mais intensas no caso de altos intercâmbios de<br />

exportação do Sudeste/Centro-Oeste para o Norte. Permanece neste caso<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 205 / 530


a mesma observação já feita quanto à eliminação das restrições de<br />

carregamento.<br />

A LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste também fica sobrecarregada no<br />

caso de saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul. Nesse caso as<br />

sobrecargas resultaram de 7% a 11% (234 a 242 MVA) no período 2004-<br />

2006, independentemente do sentido dos intercâmbios entre o<br />

SE/C.Oeste e o Norte.<br />

• Superação de capacidade operativa de CPST na LT 230 kV Xavantes –<br />

Pirineus. A saída da LT 230 kV Brasília Geral – Brasília Sul provoca<br />

também sobrecargas no trecho em 230 kV Xavantes – Pirineus (limite de<br />

204 MVA), a qual é maior no ano 2004 (22%, 250 MVA), reduzindo-se<br />

para 10% (225 MVA) em 2005 e 2006. Vale neste caso a mesma<br />

observação anterior quanto à eliminação das restrições de carregamento.<br />

• Sobrecarga na transformação 500/345 kV de Samambaia (2x1.050 MVA).<br />

Foram analisadas as sobrecargas decorrentes da saída de um dos bancos<br />

de transformadores, considerando-se os casos mais críticos de altos fluxos<br />

de importação do Norte pelo Sudeste. Verificou-se que o nível de sobrecarga<br />

ultrapassa 40% para fluxos F4 acima de aproximadamente 3.270 MW (FSM=<br />

3.500 MW). Por outro lado, para que tal sobrecarga não atinja 20%, os fluxos<br />

F4 não devem ultrapassar valores da ordem de 2.500 MW (FSM=<br />

2.720 MW). As sobrecargas deixam de ocorrer para valores reduzidos de<br />

fluxo e para qualquer fluxo no sentido contrário, ou seja, de exportação do<br />

Sudeste para o Norte. A solução desse problema é a instalação do 3º banco<br />

em Samambaia em 2005, conforme já proposto no PAR/PDET 2003-2005 e<br />

ainda sem autorização da Aneel.<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar além do caso do transformador 500/230 kV da SE Serra da<br />

Mesa mencionado no tópico a).<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

A tabela 3.2.3 sinaliza problemas de superação da capacidade de disjuntores<br />

na SE Itumbiara 345 kV e 230 kV. Estudos detalhados deverão confirmar o<br />

diagnóstico e detalhar as medidas a serem adotadas. Foram identificados,<br />

ainda, potenciais problemas de superação de disjuntores fora da Rede<br />

Básica na SE Brasília Sul.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

• Para todos os casos o sistema apresenta-se estável.<br />

• violação de limites térmicos: destacam-se somente a abertura das duas<br />

interligações em 230 kV, com cerca de 100 m de extensão, entre as SE`s<br />

Bandeirantes (FCE) e Anhangüera (Celg) que ocasiona a violação térmica<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 206 / 530


das LT`s 230 kV Bandeirantes – Xavantes C1 e C2 e a abertura da barra 8A<br />

- 345 kV da SE Bandeirantes que resulta em sobrecarga no<br />

autotransformador 345/230 kV remanescente.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

Foram observadas sobrecargas nas transformações 230/138 kV de<br />

Anhanguera (2x100 MVA), Cachoeira Dourada (1x120 MVA), Xavantes<br />

(3x150 MVA), Rio Verde (2x100 MVA), Planalto (2x42 MVA) e Itapaci<br />

(2x50 MVA), conforme descrito no Item 7.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Itumbiara: reator manobrável 136 Mvar - 500 kV<br />

SE Serra da Mesa: 2º banco de autotransformadores<br />

500/230 kV, 400 MVA<br />

SE Samambaia: 3º Autotransformador 500/345 kV, 1.050 MVA<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

FEV/2004<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa, visando eliminar<br />

eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos críticos etc.<br />

das LTs 345 kV Samambaia – Brasília Sul, LTs 230 kV Bandeirantes –<br />

Xavantes, LT 230 kV Anhanguera – Goiânia Leste, LT 230 kV Xavantes –<br />

Pirineus – Brasília Geral. (<strong>ONS</strong>/Furnas/Celg)<br />

• Analisar o impacto da inserção de outro reator no eixo 500 kV S. da Mesa –<br />

Samambaia, visando propiciar uma maior flexibilidade no controle de tensão<br />

nessa área do sistema. (<strong>ONS</strong>).<br />

• Definir sistema de transmissão para integração das usinas já licitadas para o<br />

sul de Goiás (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 207 / 530


Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />

2006<br />

A Figura 3.5.1-1 ilustra esquematicamente a rede de transmissão da área<br />

Goiás/Distrito Federal, podendo-se destacar, para efeito de análise da rede, os<br />

seguintes subsistemas:<br />

• subsistema em 500 kV de escoamento dos intercâmbios da interligação<br />

Norte-Sul e da geração das UHEs Serra da Mesa e Cana Brava. A potência<br />

escoada pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F4, F5 e F6 indicados<br />

na figura; tal soma foi definida como FSM. A potência chegando em Serra da<br />

Mesa através da Norte-Sul é representada pelo fluxo F10. Os fluxos FNE-SE<br />

e F N-S indicam, respectivamente, a potência exportada para o Nordeste,<br />

medida em Serra da Mesa, e a importada pelo Sudeste/C.Oeste, medida em<br />

Miracema;<br />

• interligação em 500 kV entre a área de Samambaia e as usinas da bacia do<br />

Paranaíba, através das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação e Samambaia<br />

– Itumbiara, cujas potências escoadas são caracterizadas pelos fluxos F8 e<br />

F9, respectivamente;<br />

• em paralelo a estas linhas há a rede em 345 kV constituída pelas LTs<br />

Samambaia – Bandeirantes – Itumbiara e Samambaia– Brasília Sul –<br />

Corumbá – Itumbiara, a qual possibilita o suprimento das cargas da área do<br />

Distrito Federal e da região central de Goiás. Tais cargas são<br />

complementarmente supridas pela rede em 230 kV que interliga as<br />

subestações de Cachoeira Dourada, Anhanguera, Goiânia, Xavantes,<br />

Bandeirantes e Brasília Sul;<br />

• interligação em 230 kV entre as subestações de Brasília Sul e Serra da<br />

Mesa, através da qual são atendidas as cargas da região norte de Goiás.<br />

Essa região é complementarmente atendida pelo sistema em 138 kV<br />

derivado da SE Serra da Mesa;<br />

• a potência total injetada pelos subsistemas acima descritos para o<br />

suprimento das cargas do Distrito Federal e das regiões central e norte de<br />

Goiás pode ser caracterizada pela soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7.<br />

Tal suprimento é complementado pela geração das usinas localizadas junto<br />

aos centros de carga, Paranoá (não indicada na figura) e Corumbá IV;<br />

• interligação entre as áreas Goiás e Mato Grosso, constituída pelos 3 circuitos<br />

de LTs em 230 kV derivadas de Rio Verde e direcionadas para<br />

Rondonópolis, via Barra do Peixe (2 circuitos) e Couto Magalhães (1<br />

circuito). Tal interligação será ampliada com a instalação da LT em 500 kV<br />

entre Cuiabá e Itumbiara, prevista, neste relatório, para junho de 2005;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 208 / 530


Figura 3.5.1-1 - Área Goiás e Distrito Federal – Diagrama esquemático – 2004 – 2006<br />

Colinas<br />

500kV<br />

NORTE<br />

F N-SE<br />

B.Jesus da Lapa<br />

500kV<br />

Sapeaçu<br />

500kV<br />

NE<br />

~<br />

Miracema<br />

Gurupi<br />

S.Mesa<br />

500kV<br />

F10<br />

F4<br />

Peixe<br />

(2006)<br />

Lajeado<br />

~<br />

~<br />

FSE-NE<br />

Samambaia<br />

500kV<br />

F7<br />

F8<br />

Samambaia<br />

345kV<br />

F9<br />

Bandeirantes<br />

F2<br />

~<br />

Itumbiara<br />

345kV<br />

Itumbiara<br />

500kV<br />

(Jun/05)<br />

S.Simão<br />

~<br />

Marimbondo<br />

(ago/04)<br />

Emborcação<br />

500kV<br />

~Miranda<br />

S. Gotardo<br />

N. Ponte<br />

2x300 MVA<br />

138kV<br />

Uberlândia<br />

(3) 2 x1050MVA<br />

~<br />

(2x) 400MVA<br />

Cana Brava<br />

F6<br />

Corumbá IV<br />

F5<br />

~<br />

S.Mesa<br />

230kV<br />

Niquelândia<br />

B.Alto<br />

B.Norte<br />

138kV<br />

B.Sul<br />

230kV<br />

B.Sul<br />

345kV<br />

2x225 MVA<br />

3x225MVA<br />

1x276MVA<br />

Bandeirantes<br />

230kV<br />

F3<br />

Corumba<br />

345kV<br />

Anhanguera<br />

P.Colombia<br />

~<br />

Carajás<br />

3x560MVA<br />

Itumbiara<br />

230kV<br />

3x225MVA<br />

Planalto<br />

C. Dourada<br />

230kV<br />

F1<br />

Rio Verde<br />

230kV<br />

~<br />

~<br />

MT<br />

138kV<br />

3x50MVA<br />

FSM = F4+F5+F6<br />

S.Mesa<br />

138kV<br />

B.Geral<br />

Pirineus<br />

Xavantes<br />

Firminópolis<br />

Goiânia Leste<br />

A título exemplificativo, a tabela 3.5.1-3 mostra os valores dos fluxos indicados na<br />

Figura 3.5.1-1 para a condição de junho / carga pesada dos anos 2004, 2005 e<br />

2006, considerando os casos base de despacho de geração e dois dos casos<br />

alternativos analisados (2006A e 2006B), estes últimos com aumento dos<br />

intercâmbios de exportação e importação de potência pelo Sudeste/C.Oeste através<br />

da interligação Norte-Sul.<br />

Da análise dessa tabela, verificam-se os seguintes aspectos:<br />

• no escoamento da potência proveniente da interligação Norte-Sul, nos casos<br />

em que há importação de potência pelo SE/C.Oeste, os fluxos provenientes<br />

de Serra da Mesa 500 kV são majoritariamente direcionados para a rede<br />

345 kV (F7) e para a LT 500 kV Samambaia – Emborcação (F8), resultando<br />

valores relativamente baixos de fluxos na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara<br />

(fluxo F9). O suprimento do Distrito Federal e das áreas centro e norte de<br />

Goiás, nesses casos, é predominantemente feito através da transformação<br />

500/345 kV de Samambaia (F7);<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 209 / 530


• já no caso de exportação de potência pelo SE/C.Oeste, ocorrem fluxos<br />

relativamente maiores na LT 500 kV Samambaia – Itumbiara (fluxo F9<br />

invertido) em comparação com a LT Samambaia – Emborcação (F8). O<br />

suprimento do Distrito Federal e do centro/norte de Goiás é<br />

predominantemente feito, nesse caso, através das LTs 345 kV Itumbiara –<br />

Bandeirantes – Samambaia (fluxo F2), reduzindo-se o fluxo na<br />

transformação 500 / 345 kV de Samambaia (F7);<br />

• nos diversos casos analisados a soma dos fluxos F1, F2, F3, F5, F6 e F7<br />

resultou na faixa 1900 – 2000 MW. A soma desses fluxos corresponde,<br />

aproximadamente, a 90% das cargas do Distrito Federal e das áreas centro e<br />

norte de Goiás, sendo o saldo remanescente suprido pelas usinas locais<br />

(Paranoá, em operação, Corumbá IV, com entrada prevista para março/2004<br />

e julho/2004, 1ª e 2ª unidade de 63.5 MW cada). As perdas de transmissão<br />

dessa área resultaram da ordem de 2% da carga total da CEB e Celg.<br />

Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos (MW)<br />

Casos de referência<br />

Casos alternativos<br />

2004 2005 2006 2006A 2006B<br />

Fluxos, MW F1 243 216 204 173 318<br />

F2 328 326 266 122 789<br />

F3 102 83 39 -38 315<br />

F4 1468 1496 1947 2768 -839<br />

F5 -142 -152 -147 -131 -200<br />

F6 330 335 346 346 346<br />

FSM = F4+F5+F6 1656 1679 2146 2983 -693<br />

F7 1043 1082 1270 1507 436<br />

F1+F2+F3+F5+F6+F7 1904 1890 1978 1979 2004<br />

F8 407 406 529 827 -477<br />

F9 6 -5 128 393 -802<br />

F10 1088 1029 1274 1913 -1113<br />

F N-S 527 462 395 1066 -1988<br />

F SE-NE 478 410 343 146 795<br />

Foram analisadas contingências em regime permanente em LTs 500 kV, LTs<br />

230 kV, em transformadores da Rede Básica e da fronteira com a Rede<br />

Complementar, cujas principais conclusões foram anteriormente apresentadas no<br />

sumário das condições de atendimento.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 210 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 211 / 530


3.5.2 Área Mato Grosso<br />

<br />

Descrição da Área<br />

O sistema de transmissão de energia elétrica que atende à área do Mato Grosso é<br />

constituído basicamente por um sistema radial principal em 230 kV que parte da<br />

subestação de Rio Verde, com três circuitos até Rondonópolis no Mato Grosso,<br />

além de um circuito simples em 138 kV entre estas subestações.<br />

Um deles tem seu traçado via Couto Magalhães e outros dois via Barra do Peixe,<br />

havendo seccionamento e transformação 230/138 kV apenas em um desses dois<br />

últimos. Os trechos B. do Peixe – Rondonópolis e C. Magalhães – Rondonópolis<br />

têm 217 km e 178 km de comprimento, respectivamente. De Rondonópolis, com<br />

extensão de 188 km, partem dois circuitos em 230 kV para a subestação Coxipó<br />

localizada na capital Cuiabá, onde se concentra cerca de 45% da demanda do Mato<br />

Grosso e de onde se realiza a distribuição de energia aos centros de carga<br />

regionais.<br />

A área norte do MT é atendida radialmente por um único circuito de 230 kV a partir<br />

da SE Coxipó, com comprimento de 105 km até a SE Nobres, ponto de<br />

seccionamento e entroncamento com o sistema de transmissão (66 km) associado<br />

à UHE Manso, e mais 335 km até a subestação terminal de Sinop. Nesse último<br />

trecho, são atendidas por derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio<br />

Verde e Sorriso.<br />

Com a implantação de novas usinas, a área do MT tornou-se auto-suficiente em<br />

termos de energia elétrica e a rede em 230 kV passou a ser utilizada como um<br />

sistema exportador da energia excedente para o SIN.<br />

Considerando as obras que estarão sendo licitadas e autorizadas durante o ano de<br />

2003, deverá haver expansão e reforço da rede de transmissão no período 2004-<br />

2006, ocorrendo a instalação de um elo adicional em 230 kV entre as áreas de<br />

Coxipó/Cuiabá e Rondonópolis, adição de compensação série em trechos de linhas<br />

230 kV entre Cuiabá e Itumbiara e, ainda, a instalação de um circuito em 500 kV<br />

(808 km) entre essas duas últimas subestações.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Mato Grosso<br />

A tabela 3.5.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Mato Grosso no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 212 / 530


Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Mato Grosso<br />

2003 2004 2005 2006<br />

UHE 680 680 855 (1) 855<br />

Capacidade<br />

Instalada<br />

(MW)<br />

PCH 104 260 (2) 324 (3) 393 (4)<br />

UTE 492 492 492 492<br />

Total 1.276 1.432 1.671 1.740<br />

Demanda<br />

Máxima<br />

601<br />

653<br />

682<br />

715<br />

Anual (MW)<br />

Mínima<br />

384<br />

416<br />

435<br />

455<br />

Crescimento<br />

(%)<br />

-- 8,7 (*) 4,4 4,8<br />

(*) Inclui incorporação de mercados isolados da área norte do Estado.<br />

Notas: novas usinas (1) UHE Ponte de Pedra (175 MW); (2) PCHs 156 MW; (3) PCHs 64 MW; (4) PCHs 69 MW<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Nas análises realizadas, ficou evidenciada a existência de restrição estrutural do<br />

sistema de transmissão quanto à capacidade para escoar a totalidade da geração<br />

disponível no Mato Grosso.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

A partir da instalação de usinas na área Mato Grosso, o sistema de<br />

transmissão passou a apresentar problemas de instabilidade eletromecânica<br />

quando de contingências de linhas de 230 kV no eixo Coxipó - Rondonópolis<br />

– Rio Verde, havendo com isso necessidade de restrição elevada de geração<br />

local. A exportação máxima para o SIN a partir de Rondonópolis, considerando<br />

os fluxos nas LTs 230 kV e 138 kV, resultou na faixa 270-350 MW,<br />

dependendo das condições de carga. Desse total aproximadamente 230-<br />

300 MW correspondem ao fluxo nas LTs 230 kV, sendo o valor inferior<br />

referente à configuração de junho/2004. Para valores acima deste haveria<br />

necessidade de esquemas de corte de geração. Com a entrada em operação<br />

das obras previstas de transmissão nessa área (LT 230 kV Coxipó – Cuiabá –<br />

Rondonópolis, Compensação série no eixo em 230 kV entre Coxipó e<br />

Itumbiara e LT 500 kV Cuiabá – Ribeirãozinho – Intermediária – Itumbiara,<br />

mostradas nas Figuras 3.5.2-2 e 3.5.2-3), esse problema será solucionado<br />

para o parque gerador previsto até 2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 213 / 530


) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Contingências de linhas de 230 kV na área MT acarretam quedas<br />

excessivas de tensão no tronco 230 kV Rondonópolis – Barra do Peixe –<br />

Rio Verde. Com isso, há necessidade de restrição de geração local,<br />

diminuindo-se a potência exportada a partir de Rondonópolis. Esse<br />

problema será contornado com a instalação de compensação série nos dois<br />

circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde conforme mostrado<br />

mais adiante na Figura 3.5.2-2 e reforçado posteriormente com a instalação<br />

da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, indicada na Figura 3.5.2-3.<br />

• A subestação de Sinop, localizada na ponta de sistema radial a cerca de<br />

335 km da SE Nobres, apresenta problemas de controle de tensão,<br />

havendo inclusive dificuldades de operação do banco de capacitores<br />

existente nessa subestação em função do baixo nível de curto-circuito local<br />

(da ordem de 240 MVA no lado 230 kV). A instalação de equipamento de<br />

controle de tensão é importante nesse ponto do sistema, conforme<br />

recomendado nos dois últimos ciclos do PAR, já autorizado pela Aneel, com<br />

entrada em operação prevista para junho de 2004.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

O sistema de transmissão existente em 230 kV do Mato Grosso tem<br />

problemas de sobrecargas em linhas remanescentes quando de contingência<br />

simples de circuitos no eixo Rondonópolis – Rio Verde. As limitações da rede<br />

se manifestam basicamente por sobrecargas no trecho Coxipó -<br />

Rondonópolis 230 kV no caso de contingência em um dos circuitos,<br />

indicativas da necessidade de ampliação do número de circuitos em 230 kV<br />

nesse trecho, e por queda acentuada de tensão no trecho Rondonópolis -<br />

Barra do Peixe, indicativa da necessidade de reforço através de<br />

compensação reativa capacitiva nessa área do sistema.<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

A perda da LT 230 kV Nobres-Sinop pode levar a desligamentos de cargas<br />

na área centro-norte do estado, na faixa aproximada de 30 a 60 MW,<br />

dependendo da condição de carga e do despacho de geração local<br />

considerado. Observa-se, por outro lado, que essa área terá um aumento de<br />

capacidade geradora instalada (PCHs), diminuindo sua dependência das<br />

demais áreas.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 214 / 530


f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Até que ocorram os reforços estruturais previstos, indicados nas Figuras<br />

3.5.2-2 e 3.5.2-3, a ocorrência de contingências duplas no eixo Coxipó -<br />

Rondonópolis – Barra do Peixe - Rio Verde pode levar ao ilhamento da rede<br />

do Mato Grosso em relação ao sistema interligado Sudeste/Centro Oeste. A<br />

geração local é suficiente para atender a carga, havendo necessidade de um<br />

esquema de corte de geração para manter a operação estável.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Conforme tratado no Item 7, foram observadas sobrecargas ou queda de<br />

tensão nas LTs 138 kV Coxipó – Rondonópolis e Rondonópolis-Couto<br />

Magalhães (74/86 MVA em condição normal/emergência), as quais operam<br />

em paralelo com a rede 230 kV. Por outro lado, observa-se que tais<br />

problemas ficarão bastante atenuados com a instalação de compensação<br />

série nos dois circuitos Rondonópolis – Barra do Peixe – Rio Verde,<br />

incluindo o seccionamento do circuito C1 e sua conexão na SE Barra do<br />

Peixe, conforme mostrado na Figura 3.5.2-2. Ressalta-se, porém, que no<br />

caso da perda de um dos transformadores da SE Coxipó 230/138 kV pode<br />

ser verificada sobrecarga elevada nas unidades remanescentes.<br />

• O plano de obras da Cemat indica um total da ordem de 900 km de LTs<br />

138 kV a serem instaladas no período 2004-2006, de responsabilidade<br />

própria e de outros agentes. Grande parte dessas linhas é voltada à<br />

integração de sistemas isolados e/ou de novas PCHs (algumas muito<br />

distantes do sistema e ainda sem contrato) nas áreas sudoeste e centronorte<br />

do estado e caso sejam concretizadas irão atenuar a dependência,<br />

principalmente da área centro-norte, da importação de potência através da<br />

LT 230 kV Nobres – Sinop.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Despacho Mínimo<br />

Na configuração atual, verifica-se que pode ser necessário despachar a UTE<br />

Cuiabá por razões de desempenho dinâmico do sistema, dependendo do<br />

despacho local de geração das usinas hidrelétricas. A evolução do sistema, a<br />

partir da entrada de novas usinas e das obras propostas para a área MT, irá<br />

eliminar a necessidade de despacho mínimo em Cuiabá.<br />

Despacho Máximo<br />

As restrições da rede 230 kV descritas nos itens (a), (b) e (c) anteriores<br />

impossibilitam o escoamento da totalidade da geração disponível, havendo<br />

necessidade de restringir o despacho global das usinas para valores na faixa<br />

de 60-65% da capacidade instalada no ano 2004. Sendo que a UTE Cuiabá<br />

(480 MW) representa aproximadamente 37% da potência total nesse ano, a<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 215 / 530


mesma poderá sofrer restrições de despacho juntamente com as demais<br />

usinas hidrelétricas do estado.<br />

i) Problemas relacionados ao desempenho operativo de instalações<br />

Os registros de proteção e a estatística do setor indicam que o desempenho<br />

médio da LT 230 kV Coxipó – Nobres - Sinop em termos de freqüência de<br />

falhas, tem sido bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo<br />

nível de tensão do SIN, com freqüência média 8 vezes superior à média das<br />

linhas de 230 kV. É importante caracterizar as causas dos desligamentos<br />

bem como o(s) trecho(s) de sua maior incidência na rota Coxipó - Nobres-<br />

Nova Mutum-Rio Verde-Sorriso-Sinop com extensão total de 440 km.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

Seccionamento da LT Rondonópolis – Rio Verde - Itumbiara C1<br />

em Barra do Peixe para conexão na SE 230/138 kV de Barra do<br />

Peixe<br />

Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas<br />

entre Rondonópolis e Itumbiara<br />

Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá<br />

LT 230 kV Coxipó-Cuiabá, circuito duplo (25 km),<br />

LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis, circuito simples (168 km),<br />

compensada em série (60%)<br />

LT 500 kV Cuiabá -Itumbiara, circuito simples (808 km), com<br />

seccionamentos em Riberãozinho e Intermediária<br />

SEs Cuiabá e Ribeirãozinho 500/230 kV<br />

LT 230 kV Ribeirãozinho - Barra do Peixe, circuito duplo (3 km)<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JAN/2005<br />

JAN/2005<br />

JAN/2005<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 216 / 530


) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Avaliar os fatores limitantes da capacidade operativa das três LTs 230 kV<br />

entre as subestações de Rondonópolis e Itumbiara, particularmente dos<br />

trechos Barra do Peixe – Rio Verde C1 e Rio Verde – Itumbiara C1, visando<br />

eliminar eventuais restrições causadas por equipamentos terminais, vãos<br />

críticos etc.(<strong>ONS</strong>/Empresas envolvidas da área).<br />

• Verificar necessidade de compatibilizar o dimensionamento dos bancos de<br />

capacitores série localizados nos citados trechos de linhas com os efetivos<br />

limites de carregamento, depois de eliminadas as eventuais restrições<br />

(CCPE/Furnas).<br />

• Investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV Coxipó – Nobres –<br />

Nova Mutum – Lucas Rio Verde – Sorriso – Sinop, com 440 km de extensão,<br />

identificando os trechos de maior incidência, e estabelecer ações que<br />

possam reduzir a freqüência de saídas da mesma, considerando<br />

particularmente as causas de origem interna (descargas atmosféricas, por<br />

exemplo) e outras ignoradas, as quais, segundo os registros, têm tido<br />

influência significativa no desempenho dessa LT (<strong>ONS</strong>/Eletronorte).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas no<br />

item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 217 / 530


Descrição Complementar das Condições de Desempenho no Período 2004-<br />

2006<br />

a) Antes da entrada da LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara (junho/2004 a fevereiro/2005)<br />

A Figura 3.5.2-1 ilustra, de forma simplificada, a rede de transmissão para a<br />

área Mato Grosso e sua interligação com Goiás no seu estágio atual. Está<br />

previsto que a configuração do tronco transmissor principal se mantenha até o<br />

final de 2004 ou início de 2005, quando ocorrerão ampliações e reforços na<br />

rede 230 kV (Figura 3.5.2-2).<br />

Figura 3.5.2-1 - Área Mato Grosso – Configuração para os anos 2003 e 2004<br />

Sinop<br />

Sorriso<br />

138kV<br />

L. R. Verde<br />

Itumbiara<br />

500kV<br />

N. Mutum<br />

UHE Manso<br />

Nobres<br />

UHE<br />

Guaporé<br />

Jauru<br />

230kV<br />

UHE<br />

Jauru<br />

138kV<br />

Coxipó<br />

Rondonópolis<br />

B. do Peixe<br />

230kV<br />

138kV<br />

#2<br />

#1<br />

#2<br />

#1<br />

#2<br />

#1<br />

C. Magalhães<br />

R. Verde<br />

#2<br />

#1<br />

C. Dourada<br />

345kV<br />

Itumbiara<br />

230kV<br />

UTE Cuiabá<br />

138kV<br />

138kV<br />

UHE Itiquira 1 e 2<br />

No período dezembro/2004 a fevereiro/2005 foi considerado que o sistema<br />

evolua para a configuração mostrada na Figura 3.5.2-2, incorporando<br />

ampliações e reforços, os quais contemplam a conexão da UHE Ponte de Pedra<br />

e, adicionalmente, os seguintes:<br />

• Seccionamento da LT Rondonópolis –Rio Verde - Itumbiara C1 em Barra do<br />

Peixe e conexão da mesma na SE transformadora 230/138 kV de Barra do<br />

Peixe, ficando ambos os circuitos dessa linha conectados na referida<br />

subestação;<br />

• Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos trechos de linhas entre<br />

Rondonópolis e Itumbiara, com os seguintes graus de compensação:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 218 / 530


- C2: 50% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 70% nos trechos<br />

Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara;<br />

- C1: 30% no trecho Rondonópolis-Barra do Peixe e 2x30% nos trechos<br />

Barra do Peixe-Rio Verde e Rio Verde-Itumbiara;<br />

• Nova subestação seccionadora 230 kV em Cuiabá, conectada através de um<br />

circuito duplo (25 km) com a SE Coxipó e de um circuito simples (168 km)<br />

com a SE Rondonópolis, estabelecendo-se assim um 3o elo em 230 kV entre<br />

as áreas de Coxipó e Rondonópolis. O trecho Cuiabá-Rondonópolis terá<br />

60% de compensação série, concentrada no terminal de Rondonópolis.<br />

Figura 3.5.2-2 - Área Mato Grosso – Configuração para fevereiro/2005 – Entrada da LT Coxipó-Cuiabá-<br />

Rondonópolis e da compensação série na rede 230 kV<br />

Sinop<br />

Sorriso<br />

L. R. Verde<br />

N. Mutum<br />

138kV<br />

UHE Manso<br />

Itumbiara<br />

500kV<br />

Nobres<br />

Cuiabá<br />

UHE<br />

Guaporé<br />

Jauru<br />

230kV<br />

UHE<br />

Jauru<br />

138kV<br />

Coxipó<br />

Rondonópolis<br />

B. do Peixe<br />

230kV<br />

60%<br />

138kV<br />

50%<br />

#2<br />

#2 #2<br />

30% 30%<br />

#1 #1 #1<br />

C. Magalhães<br />

R. Verde<br />

70%<br />

#2<br />

70% 30% 30%<br />

#1<br />

30%<br />

C. Dourada<br />

345kV<br />

Itumbiara<br />

230kV<br />

UTE Cuiabá<br />

138kV<br />

UHE<br />

P.Pedra<br />

UHE Itiquira 1 e 2<br />

138kV<br />

A área Mato Grosso que, a partir da entrada da UTE Cuiabá (480 MW) e da<br />

UHE Manso (210 MW), passou a ter excedentes de geração para exportação ao<br />

SIN, tem essa característica exportadora ampliada a partir de 2003 com a<br />

entrada de novas fontes geradoras.<br />

Na configuração de junho/2004 estarão presentes as hidrelétricas de Itiquira I<br />

(60,8 MW), Itiquira II (95,2 MW), Jauru (110,1 MW) e Guaporé (120 MW). Em<br />

relação a junho/2003, está ainda prevista a implantação de um montante<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 219 / 530


adicional de 36 MW de PCHs na região sudoeste 1 , totalizando 1312 MW de<br />

capacidade instalada de geração. Em fevereiro/2005 foram consideradas em<br />

operação as 2 primeiras das 3 unidades da UHE Ponte de Pedra (3x58.7 MW).<br />

A configuração correspondente a junho/2004 é a mostrada na Figura 3.5.2-1.<br />

Para dezembro/2004 foi considerada a possibilidade de estar instalada a<br />

compensação série prevista para a rede 230 kV, mostrada na Figura 3.5.2-2,<br />

sem, contudo, a presença das linhas Coxipó-Cuiabá e Cuiabá-Rondonópolis,<br />

constituindo um 3º elo entre as áreas de Coxipó e Rondonópolis, o qual foi<br />

considerado na configuração de fevereiro/2005.<br />

Dada a topologia da conexão das novas fontes de geração nessa área, os<br />

fluxos dos excedentes de geração se concentram na SE Coxipó e são<br />

direcionados para Rondonópolis, através dos dois circuitos Coxipó -<br />

Rondonópolis 230 kV e da LT Coxipó – Jaciara - Rondonópolis 138 kV que<br />

opera em paralelo à rede 230 kV.<br />

Em Rondonópolis há a adição da geração proveniente de Itiquira I/II e da UHE<br />

Ponte de Pedra, aumentando o fluxo exportador, o qual se direciona para Rio<br />

Verde através dos três circuitos 230 kV (dois deles via Barra do Peixe e um via<br />

Couto Magalhães) e da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães -Rio Verde<br />

que opera em paralelo à rede 230 kV.<br />

A tabela a seguir resume os principais resultados para as configurações<br />

analisadas do ano de 2004 e de fevereiro/2005:<br />

Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005<br />

2004 2005<br />

Junho Dezembro Fevereiro<br />

C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada C. Pesada C. Média<br />

Cap. Instalada, MW UTE 492,0<br />

492,0<br />

492<br />

UHE 679,6<br />

679,6<br />

796,9<br />

PCH 140,4<br />

143,6<br />

143,6<br />

Total 1312,0<br />

1315,2<br />

1432,5<br />

Geração máxima, MW 941,5 919,5 765,5 908,5 1044,5 1034,5<br />

% 71,8% 70,1% 58,3% 69,1% 72,9% 72,2%<br />

Carga, MW 576,5 595,1 438,7 527,3 530,3 522,8<br />

Perdas, MW 61 50,4 40,8 70,2 76,2 70,7<br />

% 6,5% 5,5% 5,3% 7,7% 7,3% 6,8%<br />

Exportação, MW 230 kV 296 272 261 311 438 445<br />

(de Rondonópolis) 138 kV 49 45 57 37 46 43<br />

Total 345 317 318 348 484 488<br />

1 Nesse montante consideraram-se apenas as PCHs que têm contrato firmado com a Cemat, a serem instaladas em<br />

2003 e 2004 . Caso se considere todas as PCHs listadas no programa de metas do MME e/ou previstas pela Cemat,<br />

incluindo aquelas que ainda não tem contrato, o montante adicional em junho/2004, em relação a junho/2003, seria<br />

de 156 MW, sendo 41 MW na área centro-norte e 115 MW na área sudoeste do estado, elevando para 1432 MW o<br />

total de capacidade instalada.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 220 / 530


Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis<br />

indicados na tabela acima são os máximos possíveis para que não ocorram<br />

sobrecargas em regime permanente, em situações de contingências na rede.<br />

Para valores acima dos indicados, haveria necessidade de esquemas de corte<br />

de geração. As emergências mais críticas foram as seguintes:<br />

• saída de um dos dois circuitos Coxipó -Rondonópolis 230 kV, a qual tende a<br />

provocar sobrecargas no circuito remanescente (limite de 307 MVA, para<br />

condição de emergência) e na LT Coxipó -Jaciara-Rondonópolis 138 kV<br />

(limites de 86 MVA para condição de emergência);<br />

• saída do trecho de LT 230 kV Rondonópolis –B. do Peixe C2, a qual<br />

sobrecarrega a LT 230 kV Rondonópolis-B. do Peixe-Rio Verde C1<br />

(287 MVA), e tende a causar queda acentuada de tensão no sistema 230 kV<br />

e ao longo da LT 138 kV Rondonópolis-Couto Magalhães.<br />

A presença da compensação série na rede 230 kV (dezembro/2004) melhora o<br />

desempenho da rede na segunda das contingências acima, porém, conforme se<br />

poderia antecipar, não soluciona a limitação de transmissão decorrente da<br />

primeira das contingências citadas, o que só ocorrerá com a instalação do 3º<br />

elo em 230 kV entre Coxipó e Rondonópolis. Dessa forma, o fluxo máximo<br />

exportável a partir de Rondonópolis resultou da mesma ordem de grandeza<br />

(350 MW em carga pesada e 315 MW em carga média e leve) nas<br />

configurações de junho e dezembro/2004.<br />

Com a presença das linhas Coxipó - Cuiabá e Cuiabá - Rondonópolis e da<br />

compensação série anteriormente referida, o que ocorre na configuração de<br />

fevereiro/2005 mostrada na Figura 3.5.2-2, esse fluxo se eleva para<br />

aproximadamente 485 MW. Nesse caso, a segunda das contingências<br />

anteriormente descritas passa a ser a mais crítica, sendo igualmente severa a<br />

saída do trecho em 230 kV Barra do Peixe – Rio Verde C2, a qual sobrecarrega<br />

o trecho em paralelo B. do Peixe - Rio Verde C1.<br />

Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que a rede de transmissão<br />

prevista para 2004 é compatível com um despacho máximo da geração da<br />

ordem de 70% em condições de carga pesada e média e da ordem de 58% na<br />

carga leve. Em fevereiro de 2005, com a instalação de compensação série na<br />

rede 230 kV, um despacho máximo de 72% da geração permanece sendo<br />

possível, mesmo com o aumento da capacidade instalada devido à entrada das<br />

duas primeiras unidades da UHE Ponte de Pedra.<br />

Procurou-se confirmar os valores de exportação indicados na tabela anterior<br />

através de estudos dinâmicos. Para a configuração de junho/2004, constatou-se<br />

que limite dinâmico de transmissão é inferior ao indicado na tabela. O sistema<br />

permanece estável para curto monofásico e abertura de um circuito Coxipó –<br />

Rondonópolis para uma exportação a partir de Rondonópolis de até<br />

aproximadamente 270 MW, sendo 230 MW pelas linhas 230 kV e da ordem de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 221 / 530


40 MW pelo sistema 138 kV. Na configuração de dezembro/2004 e de<br />

fevereiro/2005 foram confirmados os valores anteriores. Observa-se que no<br />

caso de fevereiro/2005, não se buscou investigar o limite dinâmico de<br />

transmissão, o qual deverá ser ligeiramente superior ao indicado na tabela<br />

anterior.<br />

Constatou-se também que os recursos de controle de tensão no tronco<br />

transmissor em 230 kV disponíveis são suficientes para atender situações<br />

operativas, em carga leve, com menores níveis de geração despachada, até<br />

aproximadamente 40% da capacidade instalada em junho/2004. Abaixo desse<br />

valor, há elevação dos níveis de tensão ao longo da rede 230 kV, podendo<br />

ultrapassar o limite de 105% em B. do Peixe.<br />

Devem ser observados os seguintes aspectos quanto aos limites de<br />

carregamento das LTs 230 kV nas quais será adicionada a compensação série,<br />

particularmente dos trechos B.Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde- Itumbiara C1,<br />

ambos de Furnas:<br />

• O limite para condições de emergência considerado nos estudos para esses<br />

dois trechos foi de 290 MVA / 730 A, o qual é compatível com o condutor<br />

dessas LTs (1x556 MCM por fase) e ligeiramente inferior ao adotado nos<br />

estudos de dimensionamento dos capacitores série 310 MVA / 780A 2 .<br />

• Por outro lado, o CPST indica uma capacidade operativa de 197 MVA / 495 A<br />

para os citados trechos 3 . A prevalecer este último valor haveria necessidade<br />

de redução no despacho de geração da ordem de 150 MW, caindo de 72%<br />

para 62% o nível de geração máxima e reduzindo de 485 MW para 345 MW<br />

o fluxo máximo de exportação a partir de Rondonópolis. Ou seja, ficaria<br />

praticamente anulado o ganho proporcionado pela introdução da<br />

compensação série em fevereiro/2005, antes da entrada da LT Cuiabá-<br />

Itumbiara em 500 kV. Ademais, resultariam sobredimensionados os bancos<br />

de capacitores série, projetados para 30% de sobrecorrente em condições de<br />

emergência (durante 30 minutos). Esse aspecto merece consideração<br />

detalhada, visando caracterizar os fatores que restringem a capacidade<br />

operativa dos citados trechos de LTs, bem como estabelecer as possíveis<br />

soluções.<br />

b) Após a entrada da LT 500 kV Cuiabá-Itumbiara (junho/2005 a dezembro/2006)<br />

A partir de junho/2005 foi considerada a entrada em operação da LT 500 kV<br />

Cuiabá-Itumbiara, conforme ilustrado na Figura 3.5.2-3, com acréscimo<br />

significativo da capacidade de transporte e de exportação de energia do Mato<br />

Grosso para a Região Sudeste.<br />

2 Ref. relatório CCPE/CTET.052.2002 “Definição da compensação série nos circuitos existentes de 230 kV entre a<br />

subestações de Cuiabá e Itumbiara”, de dezembro/2002.<br />

3 Ref. relatório <strong>ONS</strong>-2.1/005/2001 “Análise das capacidades das linhas de transmissão informadas nos CPST e nos<br />

documentos existentes na ANEEL, relativos às prorrogações das concessões das empresas de transmissão”<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 222 / 530


As ampliações indicadas na Figura 3.5.2-3 referem-se às seguintes instalações:<br />

• Linha de transmissão em 500 kV circuito simples entre Cuiabá e Itumbiara<br />

(808 km) e reatores shunt associados, com trechos Cuiabá – Ribeirãozinho<br />

(364 km), Ribeirãozinho – Intermediária (242 km) e Intermediária – Itumbiara<br />

(202 km); e<br />

• Transformações 500/230 kV em Cuiabá (1x750 MVA) e Ribeirãozinho<br />

(1x400 MVA) e conexão de Ribeirãozinho a Barra do Peixe, através de LT<br />

230 kV em circuito duplo (3 km).<br />

Figura 3.5.2-3 - Área Mato Grosso – Configuração prevista a partir de junho/2005<br />

Sinop<br />

Sorriso<br />

L. R. Verde<br />

N. Mutum<br />

Nobres<br />

UHE<br />

Guaporé<br />

Jauru<br />

230kV<br />

UHE<br />

Jauru<br />

138kV<br />

Coxipó<br />

138kV<br />

UHE Manso<br />

Cuiabá<br />

500kV<br />

Ribeirãozinho<br />

500kV<br />

C. Magalhães<br />

230kV<br />

Intermediária<br />

Rondonópolis<br />

230kV B. do Peixe R. Verde<br />

60%<br />

70%<br />

138kV<br />

#2<br />

50%<br />

70% 30% 30%<br />

#2<br />

#2 #2<br />

#1<br />

30% 30% 30%<br />

#1 #1 #1<br />

C. Dourada<br />

Itumbiara<br />

500kV<br />

345kV<br />

Itumbiara<br />

230kV<br />

UTE Cuiabá<br />

138kV<br />

UHE<br />

P.Pedra<br />

UHE Itiquira 1 e 2<br />

138kV<br />

Em termos de expansão da capacidade de geração, foi agregada na<br />

configuração de junho/2005 a 3ª unidade de 58.7MW da UHE Ponte de<br />

Pedra, cuja instalação é prevista para março/2005. Visando analisar a<br />

capacidade de transporte da rede, considerou-se também um montante<br />

adicional em relação a fevereiro/2005 de 180 MW em junho/2005 e mais<br />

69 MW em fevereiro/2006, correspondentes a PCHs, listadas no programa<br />

de metas do MME e nas previsões da Cemat.<br />

As tabelas 3.5.2-4 e 3.5.2-5 resumem os principais resultados para as<br />

configurações analisadas dos anos 2005 e 2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 223 / 530


Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro)<br />

Ano 2005<br />

Junho<br />

Dezembro<br />

C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada<br />

Cap. Instalada, MW UTE 492.0<br />

492.0<br />

UHE 855.6<br />

855.6<br />

PCH 323.9<br />

337.9<br />

Total 1671.5<br />

1685.5<br />

Geração, MW 1503 1502 1354.6 1501.2<br />

% 89.9% 89.9% 81.0% 89.1%<br />

Carga, MW 671.5 622.9 459.2 551.2<br />

Cuiabá 500 kV 324 345 353 369<br />

Exportação (MW) a Rondonópolis 230 kV 431 454 455 490<br />

partir de Rondonópolis 138 kV 47 45 41 48<br />

Total 802 844 849 907<br />

Perdas, MW 89.5 94.1 94.4 97<br />

% 6.0% 6.3% 7.0% 6.5%<br />

Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato Grosso – Ano 2006<br />

Ano 2006<br />

Fevereiro Junho Dezembro<br />

C. Pesada C. Média C. Pesada C. Média C. Leve C. Pesada<br />

Cap. Instalada, MW UTE<br />

UHE<br />

PCH<br />

Total<br />

492.0<br />

855.6<br />

392.9<br />

1740.5<br />

Geração, MW 1511.5 1520.5 1561.5 1560.5 1373.1 1550.7<br />

% 86.8% 87.4% 89.7% 89.7% 78.9% 89.1%<br />

Carga, MW 555.2 547.4 703.6 651.6 480.3 580.5<br />

Cuiabá 500 kV 372 388 336 356 345 374<br />

Exportação (MW) a Rondonópolis 230 kV 480 484 438 465 451 495<br />

partir de Rondonópolis 138 kV 50 46 49 48 42 49<br />

Total 902 918 823 869 838 918<br />

Perdas, MW 109.3 110.1 102.9 110.9 121.8 162.2<br />

% 7.2% 7.2% 6.6% 7.1% 8.9% 10.5%<br />

Os valores de geração despachada e os fluxos a partir de Rondonópolis<br />

indicados nas tabelas acima são os máximos possíveis para atender os critérios<br />

operativos em situações de contingências na rede. Para valores acima dos<br />

indicados, haveria necessidade de esquemas de corte de geração. As<br />

emergências mais críticas passam a ser a perda de um dos trechos da nova LT<br />

500 kV Cuiabá – Itumbiara, ou seja:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 224 / 530


• perda do trecho Cuiabá – Ribeirãozinho, a qual provoca aumento do<br />

carregamento das LTs 230 kV que saem de Cuiabá. O fator limitante é a<br />

tensão mínima em Rondonópolis 230 kV, a qual é verificada antes que se<br />

atinjam os limites de capacidade dessas linhas;<br />

• perda do trecho Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária – Itumbiara, a<br />

qual provoca aumento do carregamento das LTs 230 kV que saem de Barra<br />

do Peixe. O fator limitante resultou ser a tensão máxima no lado linha dos<br />

bancos de capacitores série 230 kV de Rio Verde, na LT B. do Peixe – Rio<br />

Verde C2, admitida igual a 1.20 p.u. 4 .<br />

Sob o aspecto de exportação de energia, conclui-se que com a entrada da LT<br />

500 kV Cuiabá – Itumbiara, em adição à compensação série anteriormente<br />

mencionada para a rede 230 kV, o sistema de transmissão do Mato Grosso<br />

possibilitará uma exportação da ordem de 480 a 530 MW através das LTS 230 e<br />

138 kV que saem de Rondonópolis, e na faixa de 320 a 390 MW pela citada LT<br />

500 kV, totalizando um montante da ordem de 800 a 900 MW. Nessas<br />

condições aproximadamente 90% da capacidade geradora prevista poderá ser<br />

escoada nas condições de carga pesada e média dos anos 2005 e 2006. Em<br />

condições de carga leve esse valor cai para aproximadamente 80%.<br />

Os valores de exportação a partir de Rondonópolis indicados nas tabelas<br />

anteriores foram confirmados pelos estudos dinâmicos. Não se buscou<br />

investigar os limites dinâmicos de transmissão, os quais deverão ser superiores<br />

aos anteriormente mencionados.<br />

Constatou-se também que os recursos de controle de tensão disponíveis nos<br />

troncos transmissores em 500 kV e 230 kV são suficientes para atender<br />

situações operativas, em carga leve, com menores níveis de geração<br />

despachada, até aproximadamente 30% da capacidade instalada em<br />

junho/2005.<br />

No que se refere à questão dos limites de carregamento das linhas 230 kV,<br />

objeto da observação apresentada anteriormente, particularmente dos trechos<br />

Barra do Peixe - Rio Verde C1 e Rio Verde - Itumbiara C1, verificou-se que,<br />

mesmo com a entrada da LT 500 kV Cuiabá – Itumbiara, permanece a<br />

ocorrência de sobrecarga no primeiro dos trechos citados, cujo limite é de<br />

197 MVA / 495 A, para contingências simples de circuitos de transmissão (saída<br />

do trecho em 500 kV Ribeirãozinho – Intermediária ou Intermediária –<br />

Itumbiara), havendo necessidade de redução da ordem de 150 MW de geração<br />

para eliminar a referida sobrecarga. Ademais, caso esse limite não venha a ser<br />

alterado, também permanece a observação anterior quanto ao<br />

4<br />

Ref. relatório citado na nota no. 2. Os estudos do CCPE, com base na tensão máxima operativa ditada pela<br />

suportabilidade do isolamento ou por restrições de corona, admitiram os seguintes valores máximos de tensão nas<br />

linhas 230 kV para o dimensionamento dos bancos de capacitores série:<br />

1.10 p.u nas LTs B. do Peixe-Rio Verde C1 e Rio Verde-Itumbiara C1; 1.15 p.u. na LT Rondonópolis-B. do Peixe C1;<br />

1.20 p.u. nas LTs Rondonópolis-B. do Peixe C2, B. do Peixe-Rio Verde C2 e Rio Verde-Itumbiara C2.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 225 / 530


sobredimensionamento dos bancos de capacitores série localizados nessas LTs<br />

nos terminais de Barra do Peixe, Rio Verde e Itumbiara.<br />

c) Atendimento da área centro-norte do MT<br />

A área centro-norte do estado é atendida através da LT 230 kV Coxipó –<br />

Nobres – Sinop, circuito simples, com capacidade operativa de 239 MVA. Essa<br />

linha atende em derivação as subestações de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde<br />

e Sorriso bem como a subestação terminal de Sinop. Os registros indicam que o<br />

desempenho médio dessa LT, em termos de freqüência de falhas, tem sido<br />

bastante inferior ao desempenho anual das linhas de mesmo nível de tensão do<br />

SIN, com freqüência média 8 vezes superior à das LTs 230 kV.<br />

Destaca-se que essa área terá um aumento de capacidade geradora instalada<br />

(PCHs), diminuindo sua dependência das outras áreas, conforme mostrado na<br />

tabela a seguir. Observa-se que uma parte da geração, da ordem de 34 MW,<br />

não computada na tabela, é injetada na área de Sorriso e o restante na área<br />

norte. Considerando um despacho de 90% dessa capacidade, é também<br />

apresentado o fluxo no trecho Sorriso – Sinop da LT 230 kV Nobres – Sinop, o<br />

qual caracteriza o montante de potência importada para fechar o balanço cargageração<br />

da área norte na condição de carga pesada.<br />

Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da área centro-norte do Mato Grosso<br />

Geração e intercâmbios da área norte<br />

jun/04 jun/05 jun/06<br />

Cap. Instalada de<br />

PCHs, MW<br />

Importação (MW)<br />

c/ contrato 29.5 29.5 43.5<br />

s/ contrato 13.0 22.0 77.0<br />

total 42.5 51.5 120.5<br />

Considerando só geração c/ contrato 41.6 61.0 54.6<br />

Considerando a geração total 30.3 41.5 -4.8<br />

Verifica-se que, se forem consideradas todas as PCHs relacionadas no<br />

acompanhamento da expansão realizado pelo MME e/ou previstas pela Cemat,<br />

incluindo aquelas que ainda não tem contrato, há tendência de auto-suficiência<br />

de geração da área centro-norte, a qual seria atingida em 2006. Por outro lado,<br />

em 2004 e 2005, e mesmo em 2006 caso não seja instalada toda a geração<br />

prevista, a saída da LT 230 kV Nobres – Sinop provoca a necessidade de corte<br />

de cargas na faixa aproximada de 30 a 60 MW, dependendo das condições de<br />

carga e despacho de geração consideradas.<br />

Julga-se importante investigar as causas de desligamentos da LT 230 kV<br />

Coxipó – Nobres – Sinop e estabelecer ações que possam reduzir a freqüência<br />

de saídas da mesma, considerando particularmente as causas de origem<br />

interna (descargas atmosféricas, por exemplo) e outras ignoradas, as quais,<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 226 / 530


segundo os registros têm tido influência significativa no desempenho dessa<br />

linha de transmissão.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 227 / 530


(2004)<br />

(2006)<br />

(2006)<br />

José Abrão<br />

P/ São Gabriel<br />

Cuiabá<br />

Almoxarifado<br />

Industrial<br />

Scaffa<br />

P/ Aquidauana Imbirussu<br />

M. Couto C. Grande<br />

P/ Mimoso<br />

UTE W.Arjona<br />

(2006)<br />

P/ Porto Primavera<br />

P/ Sidrolândia P/ Rio Brilhante<br />

LEGENDA:<br />

Usina Hidrelétrica<br />

<br />

Usina Eólica<br />

Usina Termelétrica<br />

Subestação<br />

Conversora<br />

LT 230 kV<br />

LT 138 kV<br />

LT 69 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 228 / 530


3.5.3 Área Mato Grosso do Sul<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

A Rede Básica que atende ao Mato Grosso do Sul é constituída por duas linhas de<br />

transmissão na tensão de 230 kV. A primeira linha conecta a SE Guaíra, na<br />

fronteira do Paraná, com a SE Dourados 230/138 kV, 2x75 MVA, no sul do estado.<br />

A segunda linha interliga esta subestação com a SE Anastácio, 230/138 kV,<br />

75 MVA, que se conecta à rede de 138 kV na SE Aquidauana, no oeste do Mato<br />

Grosso do Sul. O restante do sistema é constituído por linhas de 138 kV e<br />

subestações distribuidoras nesta tensão. Duas linhas de circuito duplo de 138 kV<br />

chegam a Campo Grande provenientes da UHE Jupiá, na fronteira com São Paulo,<br />

e uma linha nesta tensão provém da UHE Rosana, em São Paulo, chegando até a<br />

subestação de Dourados. A SE Imbirussú, em Campo Grande, interliga-se em<br />

138 kV com a subestação de Aquidauana. O oeste do Mato Grosso é atendido por<br />

uma linha radial em circuito duplo de 138 kV que, partindo da SE Aquidauana se<br />

conecta à SE Miranda e daí à SE Corumbá. Os principais centros de carga do<br />

Estado estão localizados na capital do Estado, Campo Grande, em Dourados, na<br />

área sul e Corumbá, no oeste.<br />

Com essa configuração, o sistema de transmissão do Mato Grosso do Sul fecha um<br />

elo fraco de interligação entre o oeste do Paraná e São Paulo. Dessa forma, o<br />

carregamento nas linhas de 230 kV, nos transformadores 230/138 kV das<br />

subestações de Dourados e Anastácio e nas linhas de 138 kV entre Dourados,<br />

Campo Grande e Jupiá, depende não apenas das solicitações do mercado local,<br />

mas também das condições de intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste e do<br />

montante de geração local, conectada à rede de 138 kV.<br />

O parque gerador do estado é constituído pela UHE Mimoso, 30 MW, e pela UTE<br />

William Arjona, 5 x 35 MW, das quais duas máquinas estão associadas ao<br />

Programa Termelétrico Emergencial (CBEE).<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado no Estado<br />

A tabela 3.5.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Mato Grosso do Sul no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Mato Grosso do Sul<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada (MW) (1) 135 135 135 135<br />

Demanda Máxima Anual (MW) 540 557 576 595<br />

Obs: (1) Não incluídas pequenas gerações; nem unidades 4 e 5 da UTE William Arjona<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 229 / 530


Sumário das Condições de Atendimento<br />

Historicamente, o atendimento ao mercado do Mato Grosso do Sul tem sido<br />

baseado na expansão de geração térmica local. O Programa Prioritário de<br />

Termelétricas (PPT) previa, para o segundo semestre de 2002, a integração da UTE<br />

Termocorumbá (88 MW) e a importação de 88 MW da UTE San Marcos, na Bolívia,<br />

e, para dezembro de 2003, a conexão da UTE Campo Grande, com 237 MW de<br />

potência instalada. Nas análises do PAR 2003-2005, que consideraram estas<br />

térmicas conectadas à rede de 138 kV, não foram identificados problemas de<br />

atendimento ao estado até 2005 e a expansão do sistema de 138 kV e da<br />

transformação de fronteira com a Rede Básica mostravam-se suficientes para o<br />

escoamento desta geração.<br />

Como a implantação destas novas usinas foi cancelada, por decisão dos<br />

empreendedores, o atendimento ao estado continuará sendo realizado<br />

predominantemente pela LT 230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e pelas linhas<br />

Jupiá – Mimoso, em 138 kV, até que seja realizada a expansão do sistema de<br />

transmissão, proposta no estudo de planejamento recentemente emitido pelo<br />

CCPE. A solução indicada consiste na implantação de transformação 440/230 kV,<br />

2x450 MVA, junto à UHE Porto Primavera, de duas linhas de 230 kV partindo de<br />

Porto Primavera para a SE Dourados e para a nova SE Imbirussú, 230/138 kV,<br />

2x150 MVA, junto à cidade de Campo Grande. Esta nova subestação foi objeto de<br />

solicitação de acesso pela distribuidora Enersul, pouco antes do encerramento dos<br />

estudos deste ciclo do PAR. Para efeito de análise, a entrada em operação destas<br />

obras foi estimada neste ciclo do PAR para meados de 2006.<br />

Considerados estes condicionantes, a simulação das condições de atendimento no<br />

período que precede a entrada das novas obras em 230 kV indica que são<br />

esperados baixos perfis de tensão, além de sobrecargas em linhas de transmissão<br />

e em transformadores de fronteira, em condições normais de operação,<br />

dependendo do intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste, bem como da geração<br />

despachada na UTE William Arjona.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao controle de tensão<br />

• Baixo perfil de tensão no sistema de 138 kV da Enersul, com cortes de carga<br />

na distribuição.<br />

Na condição de elevado intercâmbio do Sudeste para o Sul (4.000 MW)<br />

aumenta o carregamento nas linhas de 138 kV entre Jupiá e Mimoso,<br />

provocando sobrecargas neste eixo e causando baixo perfil de tensão em<br />

condição normal de operação. Para geração nula, na carga pesada de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 230 / 530


inverno de 2004, é necessário corte de carga de 10 MW para restabelecer as<br />

tensões no sistema de distribuição para 90%. Em 2005, este corte sobe para<br />

29 MW. Este quadro implica em restrições para que seja efetuado o<br />

intercâmbio pretendido entre as regiões Sul e Sudeste, com conseqüente<br />

não cumprimento das metas de otimização energética.<br />

A perda da LT 230 kV Guaíra – Dourados é a contingência mais severa para<br />

o atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul no período em análise,<br />

resultando em corte de carga devido a subtensão. A gravidade desta<br />

emergência pouco depende do intercâmbio praticado entre as Regiões Sul e<br />

Sudeste, sendo mais diretamente influenciada pelo montante de geração<br />

interna no Estado. A tabela seguinte mostra os cortes de carga estimados<br />

para restabelecer as tensões no sistema de distribuição em 90%, esgotados<br />

outros recursos de controle de tensão, durante a indisponibilidade da LT<br />

230 kV Guaíra – Dourados. Estes valores correspondem ao patamar de<br />

carga pesada de inverno, considerando 29 MW de geração na UHE Mimoso,<br />

e cenários variados de geração térmica em Arjona e intercâmbio com a<br />

região Sudeste.<br />

Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados<br />

ANO<br />

RSUL<br />

Despacho da UTE Willian Arjona<br />

90 MW 60 MW 30 MW 0 MW<br />

-1300 MW 14 MW 46 MW 62 MW 94 MW<br />

2004<br />

-3360 MW 17 MW 51 MW 69 MW 103 MW<br />

+4000 MW 7 MW 35 MW 85 MW 151 MW<br />

-1300 MW 21 MW 52 MW 75 MW 106 MW<br />

2005<br />

-3500 MW 30 MW 58 MW 79 MW 113 MW<br />

+4000 MW 16 MW 77 MW 99 MW 145 MW<br />

Como a solicitação de acesso para a SE Imbirussú 230/138 kV ocorreu no<br />

final dos estudos do PAR, inicialmente foi considerada na análise apenas a<br />

implantação em 2006 da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, que não<br />

dependia da manifestação da distribuidora quanto à um novo ponto de<br />

conexão à Rede Básica e num segundo momento a implantação da LT<br />

230 kV Porto Primavera – Imbirussú, associada à nova subestação. Desse<br />

modo foi avaliada isoladamente a influência de cada um destes<br />

empreendimentos sobre o desempenho do sistema.<br />

A implantação da LT 230 kV Porto Primavera – Dourados em 2006,<br />

considerada isoladamente, elimina o risco de corte de carga na<br />

indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados, para os níveis de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 231 / 530


intercâmbio com a Região Sudeste que foram simulados, mesmo<br />

considerando geração térmica nula no Mato Grosso do Sul. O mesmo se<br />

aplica caso se considere apenas a operação da LT 230 kV Porto Primavera –<br />

Imbirussú.<br />

Já na indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio, a LT 230 kV<br />

Porto Primavera – Dourados mostra-se efetiva somente para intercâmbio do<br />

Sudeste para o Sul, como pode ser observado na tabela abaixo. Para<br />

intercâmbios no sentido Sul – Sudeste permanecem problemas de<br />

atendimento, principalmente na região de Corumbá, para geração inferior a<br />

30 MW na UTE Arjona.<br />

Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados – Anastácio<br />

ANO<br />

RSUL<br />

Despacho da UTE Willian Arjona<br />

90 MW 60 MW 30 MW 0 MW<br />

-1300 MW - - - 10 MW<br />

2004<br />

-3360 MW - - - 15 MW<br />

+4000 MW - - 22 MW 65 MW<br />

-1300 MW - - - 13 MW<br />

2005<br />

-3500 MW - - - 15 MW<br />

+4000 MW - - 46 MW 90 MW<br />

-1300 MW - - - 24 MW<br />

2006<br />

-3500 MW - - - 59 MW<br />

+4000 MW - - - 8 MW<br />

Caso fosse apenas a LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú a ser<br />

implantada em 2006, não haveria cortes de carga por subtensão para esta<br />

indisponibilidade mesmo para geração térmica nula no MS.<br />

Considerando a implantação isolada de apenas uma das linhas em 2006, na<br />

perda da própria linha são esperados problemas de atendimento ao Estado<br />

apenas para um cenário de intercâmbio Sudeste – Sul de 4.000 MW com<br />

geração nula na UTE W. Arjona, no qual persiste corte de carga de 18 MW<br />

nesta indisponibilidade.<br />

Portanto, para equacionar os problemas de atendimento ao estado do MS<br />

em condição normal de operação ou na condição de indisponibilidade de um<br />

outro elemento de transmissão, independentemente do nível de geração<br />

térmica interna ao estado, faz-se necessária a implantação da<br />

transformação 440/230 kV, 2x450 MVA em Porto Primavera, da LT 230 kV<br />

Porto Primavera – Dourados e da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú,<br />

associada à Imbirussú, 230/138 kV, 2 x 150 MVA, para a qual a Enersul<br />

solicitou acesso.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 232 / 530


A avaliação dos requisitos de compensação indutiva necessária para<br />

controle de tensão, considerando a operação conjunta das duas linhas em<br />

patamares de carga fora da ponta, e/ou quando da abertura de um dos<br />

terminais da LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, será objeto de análise<br />

no Parecer técnico do <strong>ONS</strong> relativo às condições de acesso da SE<br />

Imbirussú.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

controle de tensão<br />

• Sobrecarga nas linhas de 230 kV Cascavel – Guaíra e Guaíra – Dourados<br />

Estas linhas são constituídas, na sua maior extensão, de condutores de alta<br />

capacidade de transmissão (126 km com 4 x 636 MCM e 209 km com<br />

1113 MCM). Entretanto há um trecho de aproximadamente 17 km de<br />

condutor 1 x 636 MCM, dos quais 4 km sobre o lago da usina de Itaipu, que<br />

restringe sua capacidade de transmissão.<br />

Atualmente o controle do carregamento nestas linhas é realizado com<br />

redespacho de geração, principalmente na UTE Willian Arjona, na UHE<br />

Rosana, no estado de SP e nas usinas de Salto Caxias e Salto Santiago,<br />

localizadas na malha de 525 kV da Região Sul, implicando em redução do<br />

intercâmbio pretendido com a Região Sudeste. Portanto estas linhas<br />

representam um gargalo para o intercâmbio de energia do Sul para o<br />

Sudeste e para o atendimento ao mercado do estado do Mato Grosso do Sul,<br />

no período anterior à expansão da transmissão de 230 kV neste Estado.<br />

Para o período em análise são esperadas sobrecargas nestas linhas em<br />

condição normal de operação. Na carga média de verão de 2005 há<br />

ultrapassagem do limite declarado no CPST para o condutor da LT 230 kV<br />

Cascavel Oeste – Guaíra (202 MVA) com intercâmbio Sul – Sudeste de<br />

cerca de 3.000 MW. Esta sobrecarga é de 4% para despacho de 90 MW na<br />

UTE Arjona e 14% para geração nula nesta térmica.<br />

Na LT 230 kV Guaíra – Dourados ocorre sobrecarga residual de 2% em<br />

relação ao limite determinado por transformador de corrente (239 MVA) no<br />

patamar de carga pesada de inverno de 2005, para a condição de<br />

intercâmbio Sul – Sudeste de 3.500 MW e geração térmica nula no MS. Não<br />

há ultrapassagem do limite determinado pelo condutor.<br />

A integração das linhas Porto Primavera – Imbirussú e Porto Primavera –<br />

Dourados, estimada para o inverno de 2006, reduz os fluxos nas linhas de<br />

230 kV em análise, eliminando as sobrecargas em condição normal de<br />

operação no horizonte do PAR.<br />

A indisponibilidade do circuito duplo Jupiá – Mimoso, 138 kV, no período<br />

anterior à operação das linhas de 230 kV provenientes de Porto Primavera,<br />

aumenta os carregamentos verificados na rede de 230 kV em condição<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 233 / 530


normal de operação. Nesta contingência ocorrem ultrapassagens na LT<br />

230 kV Cascavel Oeste – Guaíra na carga média de verão, com a<br />

sobrecarga atingindo até 23%, na pior situação. Também ocorre<br />

ultrapassagem do limite do condutor na LT 230 kV Guaíra – Dourados, na<br />

carga média de verão, e do limite de equipamento terminal (TC) da mesma<br />

linha, na carga pesada de inverno. Eliminando-se a restrição de equipamento<br />

terminal, a maior violação é de 8%.<br />

Após a expansão da transmissão em 230 kV, esta indisponibilidade não<br />

provoca mais sobrecargas nas linhas Cascavel Oeste – Guaíra e Guaíra –<br />

Dourados. Com esta nova configuração, a perda da LT 230 kV Porto<br />

Primavera – Imbirussú, na pior situação, provoca sobrecarga de 4% na LT<br />

230 kV Cascavel Oeste – Guaíra sobre o limite declarado no CPST, porém<br />

abaixo do limite determinado pelo condutor.<br />

d) Problemas relacionados perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar<br />

f) Problemas relacionados ao sistema de distribuição<br />

• Controle de tensão<br />

Em cenários de intercâmbio Sudeste – Sul elevado (4.000 MW) e geração<br />

térmica nula no Mato Grosso do Sul, ocorrem sobrecargas e subtensões na<br />

rede de 138 kV da Enersul em condição normal de operação. Os cortes<br />

seriam de 10 MW em 2004, elevando-se para 29 MW em 2005. A<br />

implantação das duas novas linhas de 230 kV elimina este problema.<br />

• Sobrecarga na transformação de fronteira<br />

Conforme informado pela Enersul, está prevista a expansão da SE Dourados<br />

230/138 kV, 2 x 75 MVA, para dezembro de 2003, com a instalação de um<br />

terceiro transformador de mesma capacidade. Caso este reforço ainda não<br />

esteja implementado até o inverno de 2004, a perda de uma unidade<br />

implicará em sobrecarga de até 54% na unidade remanescente para<br />

intercâmbio Sul – Sudeste de 3.400 MW. Este nível de carregamento pode<br />

implicar no desligamento automático do equipamento pela proteção,<br />

resultando em corte de carga de 45 MW.<br />

A expansão da SE Anastácio, atualmente com um transformador de 75 MVA,<br />

230/138 kV, está prevista pela Enersul para dezembro de 2003. Caso este<br />

reforço ainda não esteja disponível até o inverno de 2004, poderá ocorrer<br />

sobrecarga em condição normal de operação na unidade existente, para<br />

cenários de intercâmbio Sul – Sudeste elevado. A sobrecarga esperada é de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 234 / 530


6% para geração de 60 MW na UTE Arjona ou de 25% para geração nula<br />

nesta térmica.<br />

Mantendo-se esta configuração na fronteira da Rede Básica após a entrada<br />

em operação das duas novas linhas de 230 kV, a perda de uma unidade na<br />

SE Dourados causa sobrecarga de 3% nas remanescentes, para intercâmbio<br />

Sul – Sudeste de 3500 MW, com geração térmica nula na UTE W. Arjona. A<br />

solução de planejamento para resolver este problema é a implantação da<br />

quarta unidade na SE Dourados.<br />

g) Restrições Associadas ao Despacho de Usinas Termelétricas<br />

• UTE William Arjona (Gás)<br />

A UTE Willian Arjona é composta de cinco máquinas de capacidade nominal<br />

de 32 MW. Destas, duas máquinas estão associadas ao Programa<br />

Termelétrico Emergencial, sendo despachadas somente por razões<br />

energéticas, com autorização da Aneel.<br />

Despacho Mínimo<br />

O atendimento ao estado do Mato Grosso do Sul é bastante dependente<br />

desta térmica, situação que persistirá até a expansão da Rede Básica, sendo<br />

necessário manter despachadas as unidades 1, 2 e 3 da UTE Arjona em<br />

carga pesada e média, para atenuar as seguintes problemas:<br />

- diminuir cortes de carga em emergências, principalmente da LT<br />

230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados;<br />

- diminuir sobrecargas em condição normal de operação na LT 230 kV<br />

Cascavel – Guaíra – Dourados;<br />

- diminuir sobrecargas em condição normal de operação na<br />

transformação de fronteira da Rede Básica e na rede de 138 kV; e<br />

- diminuir restrições ao intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste.<br />

Depois da entrada em operação das referidas linhas, da recapacitação da LT<br />

230 kV Cascavel – Guaíra – Dourados e do reforço da transformação de<br />

fronteira com a Rede Básica, não será mais necessária geração na UTE<br />

Arjona por razões elétricas, para os níveis esperados de intercâmbio de<br />

energia entre as regiões Sul e Sudeste.<br />

As cargas previstas no Mato Grosso do Sul no patamar de carga leve de<br />

junho são de 294 MW em 2004, 304 MW em 2005 e 314 MW em 2006. Pelos<br />

resultados das simulação conclui-se que é possível o atendimento ao Estado<br />

sem despacho térmico, em condição normal e contingência. Ressalva-se,<br />

entretanto, a maior demanda do Mato Grosso do Sul na carga leve não<br />

ocorre no mês de junho. Portanto, pode ser necessária a sincronização de<br />

uma ou mesmo duas unidades em Arjona para níveis mais elevados de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 235 / 530


demanda na carga leve, para suportar a perda da LT 230 kV Cascavel –<br />

Guaíra ou LT 230 kV Guaíra – Dourados, no período anterior à entrada em<br />

operação da linhas de 230 kV para Imbirussú e Dourados.<br />

Despacho Máximo<br />

No horizonte analisado, não foram observadas restrições ao despacho pleno<br />

da UTE William Arjona.<br />

d) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

São relacionadas na tabela seguinte contingências duplas, simuladas para<br />

verão de 2005, que levaram a violações de limites de capacidade de linhas e<br />

transformadores, violações de tensão ou corte de carga, no atendimento à<br />

Região Metropolitana de Campo Grande.<br />

Nota-se que as linhas provenientes de Jupiá são vitais para o atendimento a<br />

Campo Grande até a implantação das novas linhas de 230 kV.<br />

Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no atendimento a Campo Grande<br />

CONTINGÊNCIA<br />

LT 138 kV Jupiá – Mimoso, c1 e c2 – UTE W.Arjona<br />

com geração de 30 MW, RSUL=4000 MW<br />

VIOLAÇÕES<br />

Sobrecarga de 33% nos demais circuitos, exigindo<br />

corte de carga de 58 MW na região<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a Concessão das Seguintes Instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 230 kV Guaíra – Dourados: recapacitação dos trechos em<br />

636 MCM (travessia) e ajuste e/ou substituição do transformador<br />

de corrente no terminal de Dourados (Eletrosul).<br />

LT 230 kV Porto Primavera – Dourados, circuito simples, 190 km<br />

SE Porto Primavera 440/230 kV,1° e 2º bancos de<br />

autotransformadores, 450 MVA, mais unidade reserva<br />

LT 230 kV Porto Primavera – Imbirussú, circuito simples, 300 km<br />

SE Imbirussú: setor de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 236 / 530


) Viabilizar a Implantação dos Seguintes Reforços (Enersul)<br />

Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da Enersul<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Anastácio, 2° transformador 230/138 kV, 75 MVA<br />

SE Dourados, 3° transformador 230/138 kV, 75 MVA<br />

Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição<br />

do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para<br />

Dourados.<br />

c) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Avaliar a necessidade de compensação reativa indutiva associada à LT<br />

230 kV Porto Primavera – Dourados e LT 230 kV Porto Primavera –<br />

Imbirussú (<strong>ONS</strong>/CCPE).<br />

• Viabilizar a implantação do 2º transformador 230/138 kV na SE Anastácio<br />

(Enersul/ Eletrosul/ Copel/<strong>ONS</strong>/Aneel).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 237 / 530


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3.6 Região Norte<br />

3.6.1 Área Pará<br />

<br />

Descrição do Sistema<br />

A Área Pará do Sistema Norte, que compreende especificamente o Estado do Pará,<br />

é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />

Do ponto de vista da Rede Básica, o Estado do Pará pode ser dividido<br />

geoeletricamente nas áreas nordeste e oeste.<br />

Na área nordeste localiza-se a região metropolitana de Belém e a na área oeste a<br />

rede de transmissão em 230 kV denominada Tramoeste. A área nordeste do Estado<br />

do Pará é atendida atualmente por dois circuitos em 500 kV entre a UHE Tucuruí e<br />

a SE Vila do Conde, com 329 km de extensão. Na SE Vila do Conde 500/230/69 kV,<br />

estão instalados três autotransformadores de 750 MVA. É importante destacar que<br />

esse tronco de transmissão da Rede Básica é responsável pelo atendimento a<br />

aproximadamente 80% de todo o mercado do Estado do Pará, incluindo o complexo<br />

Albrás/Alunorte, com uma demanda atual da ordem de 750 MW. A partir da<br />

subestação de Vila do Conde, derivam dois circuitos em 230 kV que passam pela<br />

SE Guamá e chegam a SE Utinga que se liga à SE Santa Maria através de um elo<br />

singelo em 230 kV.<br />

O restante do mercado do Estado do Pará (20%) é atendido a partir de sistemas<br />

radiais derivados da UHE Tucuruí onde se destaca o sistema Tramoeste, com<br />

662 km de extensão, formado por um circuito em 230 kV, partindo da UHE Tucuruí<br />

e passando por Altamira, Transamazônica, chegando até Rurópolis, no extremo<br />

oeste do Estado.<br />

A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição da Celpa é feita nas subestações 500/230/69 kV Tucuruí, Marabá e Vila<br />

do Conde, nas subestações 230/69 kV Guamá, Utinga e Altamira, na subestação<br />

230/138 kV Rurópolis, na subestação 230/138/69 kV Santa Maria e na subestação<br />

230/34,5 kV Transamazônica.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Pará<br />

A tabela 3.6.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Pará no horizonte deste PAR.<br />

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Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Pará<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UHE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

4.028 (1) 6.653 (2) 7.778 8.153<br />

1.799 1.840 1.902 1.967<br />

Obs.:<br />

(1) UHEs Tucuruí I (3960 MW), Auxiliar (38 MW) e Curua-Una (30 MW)<br />

(2) Tucuruí II (4125 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área<br />

Pará.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• Baixo perfil de tensão no nordeste do Pará (SEs Vila do Conde, Guamá,<br />

Utinga e Santa Maria), na contingência de uma das linhas em 230 kV Vila do<br />

Conde – Guamá. Nessa contingência, verifica-se problema de controle de<br />

tensão no barramento 69 kV da SE Santa Maria que chega a 0,90 p.u. A<br />

solução para esse problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde –<br />

Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação,<br />

em agosto/2004.<br />

• Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV<br />

das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente<br />

descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí –<br />

Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o<br />

controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

Na contingência da LT 500 kV Tucuruí II – Vila do Conde de maior<br />

capacidade (TCVC02), na condição de carga pesada em 2006, o circuito<br />

remanescente (TCVC01) chega a atingir o seu limite de carregamento. Para<br />

evitar sobrecarga nesse circuito, está sendo recomendada neste PAR a<br />

implantação do terceiro circuito 500 kV no eixo Tucuruí II – Vila do Conde.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 240 / 530


d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />

• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Tucuruí,<br />

provoca corte temporário de toda a carga das SEs Tucuruí, Altamira,<br />

Transamazônica e Rurópolis. Após a substituição do banco monofásico<br />

defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à<br />

carga dessas subestações.<br />

• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE Marabá,<br />

provoca corte temporário de toda a carga da subestação (250 MW em 2004,<br />

chegando a 265 MW em 2006) e deixa indisponível o compensador síncrono,<br />

elemento de grande importância para operação das interligações Norte-<br />

Nordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco monofásico defeituoso<br />

pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o atendimento à carga dessa<br />

subestação. A solução para esse problema é a implantação do 2°<br />

autotransformador 500/230 kV – 450 MVA na SE Marabá, em paralelo com o<br />

existente, cuja autorização encontra-se em análise pela Aneel.<br />

• Perda de toda a carga da Celpa, atendida pelo sistema radial Tramoeste, na<br />

contingência do único circuito 230 kV entre Tucuruí e Altamira. A<br />

contingência da única LT 230 kV Altamira – Transamazônica provoca perda<br />

das cargas atendidas pelas SEs Transamazônica e Rurópolis. A contingência<br />

da única LT 230 kV Transamazônica - Rurópolis provoca perda da carga<br />

atendida pela SE Rurópolis. A solução para o sistema radial Tramoeste,<br />

integrante da Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de<br />

Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />

• A perda do único circuito 230 kV Utinga – Santa Maria provoca corte<br />

permanente de toda a carga da SE Santa Maria. A solução para esse<br />

problema é a implantação da LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria,<br />

licitada pela Aneel, e com previsão para entrada em operação, em<br />

agosto/2004.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Contingência dupla em LTs 230 kV<br />

• A contingência do circuito duplo Vila do Conde – Guamá provoca corte total<br />

da carga da região nordeste do Pará, até a data de implantação da LT<br />

230 kV Vila do Conde – Santa Maria, licitada pela Aneel, e com previsão<br />

para entrada em operação, em agosto/2004. Mesmo considerando a obra<br />

acima mencionada, ainda na contingência dos dois circuitos 230 kV<br />

existentes entre Vila do Conde e Guamá, verificam-se problemas de<br />

afundamentos de tensão resultando em corte de carga parcial em toda a<br />

região nordeste do Pará, que inclui a Capital do Estado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 241 / 530


Contingência dupla em LTs 500 kV<br />

• A perda dos dois circuitos Tucuruí – Vila do Conde, provoca corte<br />

permanente de toda a carga derivada da SE Vila do Conde que representa<br />

aproximadamente 80% do mercado de energia do Estado do Pará.<br />

• No cenário Norte exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV Tucuruí<br />

– Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste<br />

e Sudeste, resultando em atuação do ERAC da Região Nordeste e<br />

subfreqüência na Região Norte.<br />

• No cenário Nordeste exportador, a contingência dupla no trecho 500 kV<br />

Tucuruí – Vila do Conde provoca instabilidade entre os subsistemas Norte,<br />

Nordeste e Sudeste, levando a subfreqüência na Região Norte.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.6.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Pará<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006<br />

RURÓPOLIS - 230/138 kV 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />

Nada a registrar.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 150 MVA na<br />

SE Guamá provoca carregamentos no transformador remanescente que<br />

variam de 124% em 2004 a 138% em 2006. No Plano de Obras encaminhado<br />

pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a sobrecarga<br />

verificada.<br />

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• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 150 MVA na SE Santa Maria<br />

provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Mesmo após<br />

transferência pela distribuição para a SE Utinga, ainda haverá corte<br />

permanente. Após a substituição da unidade monofásica defeituosa pela<br />

reserva regional localizada em Guamá, que dura 15 dias, recompõe-se o<br />

atendimento à carga total da subestação. No Plano de Obras encaminhado<br />

pela Celpa não estão previstos reforços que eliminem a perda de carga<br />

temporária.<br />

A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Santa Maria<br />

provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a<br />

energização do transformador reserva existente na subestação, que dura 15<br />

minutos, recompõe-se o atendimento à carga total da subestação. No Plano<br />

de Obras encaminhado pela Celpa não estão previstos reforços que<br />

eliminem a perda de carga temporária.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Pará ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Marabá: 2° banco de autotransformadores, 500/230 kV -<br />

450 MVA<br />

LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde – C3 – 329 km<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

DEZ/2006<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Verificar a solução para o atendimento às cargas derivadas das SEs Guamá<br />

e Santa Maria, no caso de contingência nos transformadores existentes<br />

(Celpa).<br />

• Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de<br />

compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente<br />

Dutra (<strong>ONS</strong>/Eletronorte)<br />

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3.6.2 Área Maranhão/Tocantins<br />

A Área Maranhão/Tocantins do Sistema Norte, que compreende o Estado do<br />

Maranhão e a região norte do Estado do Tocantins, é atendida através de linhas de<br />

transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />

O atendimento ao Estado do Maranhão por sua vez, é basicamente realizado<br />

através de três subestações de 500 kV, Imperatriz, Presidente Dutra e São Luís II e<br />

de três linhas de transmissão em 500 kV que saem de Tucuruí e passam por<br />

Imperatriz e Presidente Dutra. Da subestação de Presidente Dutra partem dois<br />

circuitos, também em 500 kV, até a subestação São Luís II, com 301 km de<br />

extensão.<br />

A subestação São Luís II 500/230 kV, com três autotransformadores de 600 MVA, é<br />

responsável pelo atendimento a aproximadamente 77% de todo o mercado do<br />

Estado, incluindo o consumidor Alumar, com uma demanda atual de 670 MW. Na<br />

SE São Luís II, chega um circuito em 230 kV vindo da SE Teresina, no Estado do<br />

Piauí, com 390 km de extensão, e que passa pelas SEs Peritoró e Miranda. Ainda<br />

da SE São Luís II derivam duas linhas de transmissão em 230 kV, com 19 km de<br />

extensão, para atender à área metropolitana de São Luís.<br />

O atendimento a SE Coelho Neto é efetuado por meio de uma derivação da LT<br />

230 kV Teresina – Peritoró, com 78 km de extensão.<br />

O atendimento ao norte do Estado do Tocantins, é efetuado em 69 kV a partir da<br />

SE Imperatriz 500/230/69 kV e em 138 kV a partir da SE Porto Franco<br />

230/138/69 kV, ambas as subestações localizadas no Estado do Maranhão. Dessas<br />

subestações derivam duas linhas de transmissão, respectivamente em 69 kV e<br />

138 kV, que convergem para as SEs São Miguel e Tocantinópolis da CELTINS, no<br />

Estado do Tocantins.<br />

A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica ao sistema de<br />

distribuição das concessionárias Cemar e CELTINS é efetuada através das SEs<br />

500/230/69 kV Imperatriz e Presidente Dutra, da subestação 500/230 kV São Luís II<br />

e das subestações 230/69 kV São Luís I, Peritoró e Coelho Neto e das subestações<br />

230/138/69 kV de Miranda II e Porto Franco. Além dessas subestações localizadas<br />

no Estado do Maranhão, as subestações Teresina II e Boa Esperança, também da<br />

Rede Básica e localizadas no Estado do Piauí, atendem cargas da Cemar<br />

localizadas nos municípios de Timon, Caxias e Paraibano.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Maranhão /Tocantins<br />

A tabela 3.6.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Maranhão/Tocantins no horizonte deste PAR.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 245 / 530


Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Maranhão/Tocantins<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UHE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

900 (1) 900 900 900<br />

1382 1531 1725 1717<br />

Obs.:<br />

(1) Inclui a UHE Lajeado e a UHE Miracema (50 MW), sendo esta nos estudos abatida da carga<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais, não são visualizados problemas para a operação da Área<br />

Maranhão/Tocantins.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

• A contingência na interligação Sudeste/Nordeste, no cenário Sudeste<br />

exportador, com fluxos da ordem de 900 MW nesta interligação, resulta em<br />

afundamentos de tensão nas interligações Norte/Sul e Norte/Nordeste,<br />

afetando as áreas Oeste e Norte da Região Nordeste, onde se verificam<br />

tensões abaixo de 0,90 p.u. no eixo em 500 kV Presidente Dutra até a SE<br />

Sobral, e tensões abaixo de 0,80 p.u. em Fortaleza 230 kV. A solução para a<br />

área Maranhão/Tocantins é a implantação do Compensador Estático 230 kV<br />

(-100, +150) Mvar, na SE São Luís II, já autorizado pela Aneel e previsto<br />

para entrar em operação em agosto/2004.<br />

• Mesmo após a entrada em operação da LT 230 kV Presidente Dutra –<br />

Peritoró, verificou-se que o sistema de transmissão da Rede Básica não<br />

atende contingência simples no eixo 230 kV São Luís – Teresina, pois, na<br />

perda da LT 230 kV São Luís II – Miranda observa-se subtensão na SE<br />

Miranda (0,90 p.u.). Na contingência mais crítica, a perda de uma das LTs<br />

500 kV Presidente Dutra – São Luís, mesmo considerando a presença do<br />

Compensador Estático de (-100, +150) Mvar – 230 kV, na SE São Luís II,<br />

verificam-se problemas generalizados de controle de tensão em todo o eixo<br />

230 kV São Luís - Teresina.<br />

Das simulações realizadas, foi observada a necessidade de instalação, em<br />

2004, de banco de capacitores totalizando 190 Mvar para evitar o<br />

afundamento de tensão na área, com conseqüente corte de carga, nas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 246 / 530


contingências citadas. Desses 190 Mvar, 70 Mvar deveriam ser instalados<br />

em São Luís 230 kV, 60 Mvar na SE Miranda II 230 kV e o restante seria<br />

alocado nos regionais de Peritoró, São Luís e Miranda de modo a corrigir o<br />

fator de potência a 0,95. Ressalta-se que, no caso de indisponibilidade da LT<br />

230 kV São Luís – Miranda, a manobra de um banco de capacitor de 20 Mvar<br />

no 230 kV da SE Miranda resulta em variação de tensão de 5,7%, indicando<br />

que nesta SE devem ser instalados módulos pequenos. Na carga pesada de<br />

2006, a necessidade de compensação capacitiva aumenta para um total de<br />

200 Mvar na SE São Luís II, já considerando o CE previsto para esta<br />

subestação, e de 80 Mvar na SE Miranda. O valor de déficit capacitivo<br />

encontrado sinaliza que a instalação de banco de capacitores seria<br />

ineficiente e que o problema requer uma solução que contemple reforços na<br />

rede de transmissão.<br />

Devido a esses problemas, o <strong>ONS</strong> solicitou ao CCPE uma análise conjunta<br />

com a Cemar, no sentido de identificar as causas, ou até mesmo, reavaliar o<br />

estudo de planejamento que respaldou a proposta de expansão contida no<br />

relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de Alternativas de Atendimento às<br />

Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto no Maranhão”.<br />

• Para determinadas condições de intercâmbio, em que as linhas de 500 kV<br />

das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sul estão relativamente<br />

descarregadas, observa-se elevado perfil de tensão no tronco Tucuruí –<br />

Presidente Dutra, podendo ser necessário desligar linhas para possibilitar o<br />

controle de tensão. Não há solução de referência para esse problema.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

Nada a registrar.<br />

d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />

• A perda do único autotransformador 500/230 kV – 600 MVA na SE<br />

Imperatriz, provoca corte temporário de toda a carga derivada dessa<br />

subestação (143 MW, em 2004), além de deixar indisponíveis os três<br />

compensadores síncronos, de grande importância para a operação das<br />

interligações Norte-Nordeste e Norte-Sul. Após a substituição do banco<br />

monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas, recompõe-se o<br />

atendimento à carga dessa subestação.<br />

• A perda do único circuito 230 kV que atende a SE Coelho Neto, em<br />

derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, ou a perda da LT 230 kV<br />

Teresina – Peritoró, provoca corte de toda a carga derivada da SE Coelho<br />

Neto que, em 2004, é da ordem de 22,3 MW. A solução para este problema<br />

é a implantação da complementação do seccionamento em Coelho Neto,<br />

através da construção da LT 230 kV Derivação Coelho Neto (na LT 230 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 247 / 530


Teresina – Peritoró) – Coelho Neto, com 78 km de extensão. Esta solução foi<br />

indicada pelo CCPE no relatório CCPE/CTET.031.2001, ”Estudo de<br />

Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto<br />

no Maranhão” e encaminhada à Aneel no PAR 2003-2005.<br />

• Perda temporária de toda a carga da CELTINS e perda permanente de toda<br />

a carga da Cemar, na contingência do único circuito 230 kV entre Imperatriz<br />

e Porto Franco. A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está<br />

sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do<br />

CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Contingência dupla em LTs 230 kV<br />

• A perda do circuito duplo São Luís II – São Luís I, provoca corte permanente<br />

de toda a carga da região metropolitana de São Luís.<br />

Contingência dupla em LTs 500 kV<br />

• A perda dos dois circuitos Presidente Dutra - São Luís II, provoca corte<br />

permanente de toda a carga da região metropolitana de São Luís e do<br />

consumidor industrial ALUMAR, além de provocar problemas generalizados<br />

de regulação de tensão no eixo 230 kV Teresina – São Luís.<br />

• Para o cenário Norte Exportador, a contingência em dois circuitos 500 kV<br />

Imperatriz – Presidente Dutra leva a sobrecarga do Compensador Síncrono<br />

de Presidente Dutra. A alternativa disponível para contornar esse problema é<br />

a redução no intercâmbio do Norte para o Nordeste. A contingência nos dois<br />

circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade<br />

entre os subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste, implicando na atuação do<br />

ERAC do Nordeste, ativação de esquema que desliga linhas do Norte e<br />

subfreqüência no Norte, indicando a necessidade de reavaliação de<br />

esquema de desligamento de máquinas por subfreqüência em Tucuruí.<br />

• Ainda para o cenário Norte Exportador, a saída simultânea dos circuitos<br />

500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente Dutra – Boa Esperança,<br />

provoca perda de estabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e<br />

Sudeste, levando a atuação do ERAC do Nordeste. A perda da interligação<br />

Norte-Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Norte, Nordeste e<br />

Sudeste, levando a sobretensão e subfreqüência no Norte e atuação do<br />

ERAC do Nordeste.<br />

• Para o cenário Nordeste Exportador, a perda da interligação Norte-Sul<br />

provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste.<br />

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• Considerando o cenário Sudeste Exportador, a perda da interligação Norte-<br />

Sul provoca instabilidade entre os subsistemas Sudeste e Nordeste. Ocorre<br />

atuação do ERAC do Norte e do Nordeste. Neste cenário, dependendo do<br />

número de máquinas em Tucuruí, ocorrerá também instabilidade entre os<br />

subsistemas Norte e Nordeste.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.6.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Maranhão/Tocantins<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

PERITORÓ – 230/69 kV 0,89 a 0,90 2004 a 2006<br />

MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006<br />

SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006<br />

IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006<br />

PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006<br />

PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />

Nada a registrar.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />

Imperatriz provoca carregamentos no transformador remanescente que<br />

variam de 131% em 2004 a 139% em 2006. A Cemar informou que a solução<br />

a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a<br />

aquisição de transformadores para reserva regional.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador nas SEs Coelho Neto 230/69 kV – 65 MVA,<br />

Peritoró 230/69 kV – 100 MVA, Porto Franco 230/138 kV – 100 MVA,<br />

Presidente Dutra 230/69 kV – 50 MVA e Miranda 230/138 kV – 100 MVA<br />

provoca corte de toda a carga da subestação. A Cemar informou que a<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 249 / 530


solução a ser adotada é interagir junto a Eletronorte para que esta viabilize a<br />

aquisição dos seguintes equipamentos para reserva regional: um<br />

transformador 230/69 kV – 100 MVA, um transformador 230/69 kV – 50 MVA,<br />

um transformador 230/138 kV – 100 MVA.<br />

A perda do único autotransformador 500/138/13,8 kV – 180 MVA na SE<br />

Miracema, provoca corte temporário de toda a carga da subestação. Após a<br />

substituição do banco monofásico defeituoso pelo reserva, que dura 4 horas,<br />

recompõe-se o atendimento à carga dessa subestação. A CELTINS informou<br />

que, durante o período de substituição do banco monofásico defeituoso pelo<br />

reserva, existe a possibilidade de remanejar sua carga para a SE Porto<br />

Franco, da Eletronorte, e para a SE Porangatu, de Furnas.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área Maranhão/Tocantins ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 230 kV Teresina – Peritoró, circuito simples seccionamento na<br />

SE Coelho Neto (construção de 78 km de linha)<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Imperatriz, Coelho<br />

Neto, Peritoró, Presidente Dutra e Miranda em caso de contingência nos<br />

transformadores existentes (Cemar).<br />

• Reavaliar o estudo de expansão CCPE/CTET.031.2001 “Estudo de<br />

Alternativas de Atendimento às Cidades de Miranda, Peritoró e Coelho Neto<br />

no Maranhão” (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

• Desenvolver estudo visando avaliar a necessidade da instalação de<br />

compensação reativa adicional no tronco em 500 kV Tucuruí – Presidente<br />

Dutra (<strong>ONS</strong>/Eletronorte)<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 250 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 251 / 530


3.7 Região Nordeste<br />

3.7.1 Área Oeste<br />

A Área Oeste do Sistema Nordeste, que compreende basicamente o Estado do<br />

Piauí e às cargas da SE Sobral, localizada ao oeste do Estado do Ceará, é atendida<br />

através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV.<br />

A área metropolitana de Teresina é atendida por duas linhas de transmissão em<br />

230 kV vindas da UHE Boa Esperança até a SE Teresina, com 199 km de extensão,<br />

e duas linhas de transmissão em 230 kV, com 25 km de extensão, vindas da SE<br />

Teresina II que, por sua vez é suprida por dois circuitos em 500 kV oriundos da SE<br />

Presidente Dutra. Da subestação de Teresina segue uma linha de transmissão em<br />

230 kV, com 155 km de extensão, até a SE Piripiri, ao norte do Estado do Piauí,<br />

interligando-se com a SE Sobral II, a 166 km, localizada no Estado do Ceará.<br />

A região dos baixões agrícolas piauienses, onde se localiza a SE Picos, é atendida<br />

por um único circuito em 230 kV, com 167 km de extensão, vindo da SE São João<br />

do Piauí. As áreas do Vale do Gurguéia e dos Cerrados Piauienses, localizadas ao<br />

sul do Estado, são atendidas pela LT em 230 kV São João do Piauí - Canto do Buriti<br />

- Eliseu Martins, com 170 km de extensão, que opera atualmente na tensão de<br />

69 kV.<br />

A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição da Cepisa é efetuada nas subestações 230/69 kV Boa Esperança,<br />

Teresina, Picos, São João do Piauí e na subestação 230/138/69 kV Piripiri e com o<br />

sistema de distribuição da Coelce, através da subestação 230/69 kV Sobral II.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Oeste<br />

A tabela 3.7.1-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Oeste no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Oeste<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade<br />

Instalada UHE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

225 (1) 225 225 225<br />

550 585 630 668<br />

Obs.:<br />

(1) UHE Boa Esperança (225 MW)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 252 / 530


Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação da Área Oeste.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

Na perda das LTs 230 kV Teresina – Piripiri ou Cauípe – Sobral, verificam-se<br />

cortes de carga nas SEs Sobral e Piripiri da ordem de 10 MW, em 2005, em<br />

qualquer das contingências mencionadas. A solução para esse problema é a<br />

implantação da transformação 500/230 kV – 600 MVA na SE Sobral III e LTs<br />

230 kV Sobral III – Sobral II, C1/C2, autorizadas pela Aneel, com prazo para<br />

implantação de março de 2005.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

Nada a registrar<br />

d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />

A perda do único autotransformador 500/230 kV – 300 MVA na SE São João<br />

do Piauí, provoca corte temporário de toda a carga das SEs São João do<br />

Piauí e Picos. Após a substituição do banco monofásico defeituoso pelo<br />

reserva, que dura de 2 a 6 horas, recompõe-se o atendimento à carga<br />

dessas subestações.<br />

Perda total de toda a carga da SE Picos, na contingência do único circuito<br />

230 kV entre São João do Piauí e Picos. A solução para este sistema radial,<br />

na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho,<br />

com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Para o cenário Norte exportador, a contingência dos dois circuitos 500 kV<br />

Presidente Dutra – Teresina leva a perda de estabilidade entre os<br />

subsistemas Norte, Nordeste e Sudeste. Ainda neste cenário, a perda<br />

simultânea dos circuitos 500 kV Presidente Dutra – Teresina e Presidente<br />

Dutra – Boa Esperança, provoca perda de estabilidade entre os subsistemas<br />

Norte, Nordeste e Sudeste. Nessas contingências ocorre atuação do ERAC<br />

do Nordeste.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 253 / 530


g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a Tabela<br />

3.7.1-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Oeste<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

TERESINA – 230/69 kV 0,89 2004<br />

PICOS – 230/69 kV 0,90 a 0,89 2004 a 2006<br />

BOA ESPERANÇA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />

Os transformadores 230/69 kV da SE Boa Esperança, em 2004 atingem<br />

100% da capacidade nominal, chegando a atingir 109% em 2006.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos três transformadores 230/69 kV – 100 MVA existentes na<br />

SE Teresina provoca carregamentos nos transformadores remanescentes<br />

que variam de 134% em 2004 a 146% em 2006. A Cepisa ainda não<br />

encaminhou ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />

A perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA na SE São João do Piauí,<br />

provoca carregamentos no transformador de 30 MVA remanescente que<br />

variam de 132% em 2004 a 152% em 2006. A Cepisa ainda não encaminhou<br />

ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Piripiri provoca<br />

corte de toda a carga da subestação, atendida em 138 kV. A Cepisa ainda<br />

não encaminhou ao <strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 254 / 530


Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área Oeste ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, circuito<br />

simples, 581 km<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

JUN/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Boa Esperança,<br />

Teresina, São João do Piauí e Piripiri, em caso de contingência nos<br />

transformadores existentes (Cepisa).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel, indicadas<br />

no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 255 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 256 / 530


3.7.2 Área Norte<br />

<br />

Descrição da Área<br />

A Área Norte da Região Nordeste, que compreende basicamente o Estado do<br />

Ceará, além das cargas da SE Bom Nome, Coremas e Mossoró, respectivamente<br />

no sertão dos Estados de Pernambuco e da Paraíba e oeste do Estado do Rio<br />

Grande do Norte, é atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em<br />

500 kV e 230 kV que partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga e do<br />

Complexo de Paulo Afonso, além da interligação com a Região Norte, através das<br />

LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e Teresina II – Sobral III –<br />

Fortaleza II.<br />

A região metropolitana de Fortaleza é atendida a partir do complexo hidrelétrico de<br />

Paulo Afonso por meio de três circuitos em 230 kV no eixo Paulo Afonso – Bom<br />

Nome – Milagres – Banabuiú – Fortaleza, com 655 km de extensão e de um circuito<br />

em 500 kV entre Luiz Gonzaga e Milagres. Existem também dois circuitos em<br />

230 kV, transformáveis em um circuito simples de 500 kV, no eixo Milagres –<br />

Banabuiú – Fortaleza, que atualmente encontram-se fora de operação para<br />

possibilitar a conversão para 500 kV que deverá ser concluída ainda neste ano de<br />

2003. Outro tronco de transmissão liga Fortaleza à rede de 500 kV da interligação<br />

Norte/Nordeste, através das LTs 500 kV Presidente Dutra – Teresina II C1/C2 e<br />

Teresina II – Sobral III – Fortaleza II, com 745 km de extensão. É importante<br />

ressaltar que a área metropolitana de Fortaleza atualmente concentra cerca de 70%<br />

da carga do Estado.<br />

Da subestação de Fortaleza parte um circuito duplo em 230 kV, com 7 km de<br />

extensão, até a SE Delmiro Gouveia. Atualmente um desses circuitos está<br />

conectado a LT 230 kV Banabuiú – Fortaleza, formando a LT Banabuiú – Delmiro<br />

Gouveia.<br />

Ainda da subestação de Fortaleza segue uma linha de transmissão, também em<br />

230 kV e com 219 km de extensão, que passando pela SE Cauípe chega a SE<br />

Sobral II, a oeste do Estado, interligando-se com a SE Piripiri, a 166 km, localizada<br />

no Estado do Piauí. Ressalta-se que as SEs Sobral II e Sobral III, apesar de<br />

estarem localizadas no Estado do Ceará, geoeletricamente pertencem à área<br />

Oeste.<br />

O atendimento à subestação de Icó é feito pela derivação de uma das linhas de<br />

circuito duplo em 230 kV, existentes entre as subestações de Milagres e Banabuiú,<br />

aproximadamente a 123 km da SE Milagres.<br />

Da subestação de Milagres segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com<br />

120 km de extensão, até a SE Coremas, localizada no Estado da Paraíba.<br />

Da subestação de Banabuiú segue uma linha de transmissão, em 230 kV, com<br />

110 km de extensão, até a SE Russas II, ao nordeste do Estado, interligando-se<br />

com a SE Mossoró II, a 75 km, localizada no Estado do Rio Grande do Norte.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 257 / 530


A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição de energia nessa área é realizada pela Coelce, através das<br />

subestações 230/69 kV Fortaleza e Delmiro Gouveia que atendem a área<br />

metropolitana de Fortaleza, Cauípe, Milagres, Icó, Banabuiú e Russas, pela Celpe,<br />

através da subestação 230/138/69 kV Bom Nome, pela Saelpa, através da<br />

subestação 230/69 kV Coremas e pela Cosern, através da subestação 230/69 kV<br />

Mossoró II.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Norte<br />

A tabela 3.7.2-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Norte no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Norte<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UTE (MW)<br />

Capacidade Instalada<br />

UEO (MW)<br />

Demanda Máxima Anual<br />

(MW)<br />

220,0 (1) 530,7 (2) 530,7 530,7<br />

15 (3) 90 (4) 90 90<br />

1193 1393 1491 1619<br />

Obs.:<br />

(1) UTE UTCJ - Carlos Jereissati (220 MW)<br />

(2) UTE Fortaleza (310,7 MW)<br />

(3) UEOs Prainha (10 MW) e Taíba (5 MW)<br />

(4) UEOs Mel I (18 MW), Mel II (17 MW), Mel III (40MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação da Rede Básica na Área Norte. Entretanto, nas análises realizadas, foram<br />

identificados problemas de carregamento acima da capacidade nominal em<br />

transformadores de fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em<br />

condições normais de operação.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão em contingência<br />

• Baixo perfil de tensão no eixo 230 kV Paulo Afonso - Bom Nome – Milagres –<br />

Banabuiú – Fortaleza na condição de carga pesada, na contingência da LT<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 258 / 530


500 kV Luiz Gonzaga – Milagres, considerando o cenário Nordeste<br />

exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de<br />

700 MW. Neste cenário, de baixa probabilidade de ocorrência, verificam-se<br />

tensões abaixo de 0,9 p.u. nas SE Bom Nome, Milagres, Coremas,<br />

Banabuiú, Fortaleza e Cauípe, exceto na condição em que as usinas<br />

térmicas conectadas na SE Cauípe (UTE Carlos Jereissati e UTE Fortaleza)<br />

estão despachadas. A solução para esse problema é a Implantação do 2º<br />

circuito 500 kV Teresina II – Sobral III - Fortaleza II, em fase de licitação pela<br />

Aneel.<br />

• Para intercâmbios da ordem de 1.900 MW no sentido Norte para o Nordeste<br />

ou da ordem de 700 MW no sentido do Nordeste para o Norte, na condição<br />

de carga pesada, verificam-se tensões baixas nas subestações da área<br />

Norte, chegando a valores da ordem de 0,80 p.u. nas subestações da Região<br />

Metropolitana de Fortaleza, na perda de um dos circuitos de 500 kV Boa<br />

Esperança – Presidente Dutra ou Teresina II – Sobral III. Essa situação se<br />

agrava ainda mais, quando da ausência das UTEs Carlos Jereissati e<br />

Fortaleza, conectadas à Rede Básica na SE Cauípe. A solução para esse<br />

problema é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III<br />

- Fortaleza II, em fase de licitação pela Aneel.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

• Considerando intercâmbio da ordem de 1.900 MW do Norte para o Nordeste,<br />

na condição de carga pesada, e sem a presença das usinas térmicas<br />

conectadas à SE Cauípe (UTEs Carlos Jereissati e Fortaleza), na perda de<br />

um dos autotransformadores 500/230 kV - 600 MVA da SE Fortaleza II,<br />

verifica-se sobrecarga da ordem 40% no autotransformador remanescente.<br />

Esta sobrecarga pode chegar a 62% considerando o aumento de carga<br />

proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no estado do Ceará<br />

(250 MW), na região do Pecém. A solução para esse problema é a<br />

implantação do terceiro autotransformador 500/230 kV - 600 MVA da SE<br />

Fortaleza II.<br />

• Quando da contingência em um dos circuitos de 500 kV Milagres – Quixadá<br />

ou Quixadá – Fortaleza, na condição de carga pesada, no cenário Nordeste<br />

exportador, com o intercâmbio do Nordeste para o Norte da ordem de<br />

700 MW e sem a presença das usinas térmicas conectadas à Rede Básica<br />

na SE Cauípe, verifica-se sobrecarga no autotransformador 500/230 kV de<br />

Milagres da ordem de 8%. Esta sobrecarga pode chegar a 30% considerando<br />

o aumento de carga proporcionado pela implantação de uma siderúrgica no<br />

estado do Ceará, na região do Pecém. A solução para esse problema<br />

também é a implantação do segundo circuito 500 kV Teresina II – Sobral III -<br />

Fortaleza II, já citada anteriormente.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 259 / 530


d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />

A contingência da LT 230 kV Milagres – Coremas, único circuito da Rede<br />

Básica que atende a SE Coremas, provoca o corte temporário de toda a<br />

carga alimentada por esta subestação. É possível remanejar pelo sistema de<br />

distribuição aproximadamente 40 MW, mas mesmo assim estima-se um corte<br />

de carga da ordem de 70%, em 2004. Recentemente, o CCPE concluiu o<br />

estudo de planejamento CCPE/CTET – 002/2003 “Estudo de Atendimento<br />

aos Sistemas Regionais de Coremas e Campina Grande II”, onde se<br />

recomenda, como solução para este problema, a implantação de um<br />

segundo circuito em 230 kV no trecho Milagres - Coremas, com 120 km de<br />

extensão.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Para o cenário Norte e Sudeste exportador, a perda da interligação Norte-Sul<br />

e a contingência dupla no trecho Sobradinho – Luiz Gonzaga 500 kV provoca<br />

a atuação do ERAC da região Norte e Nordeste, implicando em corte de<br />

carga na área Norte da Região Nordeste, mesmo considerando o segundo<br />

circuito 500 kV Teresina II - Fortaleza II.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.7.2-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Norte<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

FORTALEZA – 230/69 kV 0,92 2004<br />

PICI – 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />

DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004<br />

MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006<br />

RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

BOM NOME – 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006<br />

MOSSORÓ II – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2005 e 2006<br />

COREMAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 260 / 530


• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />

Ressalta-se que, caso não seja possível retomar a construção da LT 230 kV<br />

Fortaleza – Pici com a maior brevidade, permitindo a energização da SE Pici<br />

230/69 kV, os transformadores 230/69 kV da SE Fortaleza ficarão em<br />

sobrecarga em condições normais de operação a partir de setembro deste<br />

ano. Além disso, prevê-se também o esgotamento da rede de distribuição<br />

derivada da SE Fortaleza, até que a SE Pici esteja em operação.<br />

Com a SE Pici, os transformadores 230/69 kV dessa subestação apresentam<br />

carregamento da ordem de 113%, em 2004, chegando a 128%, em 2006. A<br />

Coelce informou que a solução é a implantação do 3º transformador<br />

100 MVA ainda em 2004.<br />

Os transformadores 230/69 kV da SE Bom Nome, em 2004 atingem 100% da<br />

capacidade nominal, chegando a atingir 110% em 2006. Está prevista no<br />

Plano de Obras da Celpe a implantação do segundo transformador<br />

230/138 kV – 100 MVA, nesta subestação, para 2003, que possibilitará<br />

remanejamento da carga do 69 kV para o 138 kV, solucionando assim, esse<br />

problema.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

Os dois transformadores 230/69 kV – 16,7 MVA da SE Russas, na<br />

contingência do transformador de 100 MVA, existente nessa subestação,<br />

ficam submetidos a sobrecargas de 222% em 2004, 239% em 2005, e 259%<br />

em 2006. A Coelce informou que a solução é a implantação do 2º<br />

transformador 100 MVA em 2006.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 33 MVA na SE<br />

Banabuiú provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem<br />

de 174% em 2004, 187% em 2005, e 202% em 2006. A Coelce informou que<br />

a solução é a implantação do 3º transformador 50 MVA em 2006.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />

Coremas provoca carregamento no transformador remanescente de até<br />

139%, em 2006. O estudo de planejamento desenvolvido pelo CCPE<br />

recomenda que, em 2005, além do segundo circuito 230 kV Milagres –<br />

Coremas, seja implantado também o terceiro transformador 230/69 kV –<br />

100 MVA na SE Coremas.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/138 kV – 100 MVA na SE Bom Nome<br />

provoca corte de toda a carga da subestação suprida através do barramento<br />

de 138 kV. A solução para esse problema será a energização, em 2003, do<br />

transformador existente na subestação, para o qual o <strong>ONS</strong> já emitiu parecer,<br />

dependendo apenas de autorização da Aneel.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 261 / 530


A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Icó provoca<br />

corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a<br />

solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2004.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Cauípe provoca<br />

corte temporário de toda a carga da subestação. A Coelce informou que a<br />

solução é a implantação do 2º transformador 100 MVA em 2005.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área Norte ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Fortaleza II: 3 o banco de autotransformadores 500/230 kV –<br />

600 MVA<br />

LT 230 kV Fortaleza II – Fortaleza C3, circuito simples, 0,3 km<br />

LT 230 kV Milagres – Tauá, circuito simples, 200 km<br />

LT 230 kV Milagres – Coremas C2, circuito simples, 120 km<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

JUN/2005<br />

JUN/2005<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Equacionar o atendimento às cargas derivadas das SEs Russas, Banabuiú,<br />

Icó e Cauípe, em caso de contingência nos transformadores existentes<br />

(Coelce).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />

indicadas no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 262 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 263 / 530


3.7.3 Área Leste<br />

A Área Leste do Sistema Nordeste, que compreende grande parte dos estados de<br />

Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, é atendida através de linhas<br />

de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que partem das usinas<br />

hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo Afonso.<br />

Atendimento ao Estado do Rio Grande do Norte<br />

O atendimento à área metropolitana de Natal é efetuado por quatro circuitos em<br />

230 kV, sendo dois com 215 km e os outros com 187 km de extensão, todos<br />

provenientes da SE Campina Grande II, no Estado da Paraíba.<br />

A área centro do Estado, polarizada pela subestação Açu II, é atendida por uma<br />

linha de transmissão em 230 kV, com 75 km de extensão, vinda da SE Mossoró II,<br />

localizada ao oeste do Estado, a qual interliga-se por uma linha de transmissão, em<br />

230 kV, com 75 km de extensão, com a SE Russas II, localizada no Estado do<br />

Ceará. Ressalta-se que a SE Mossoró, apesar de estar localizada no Estado do Rio<br />

Grande do Norte, geoeletricamente pertencente à área Norte.<br />

Atendimento ao Estado da Paraíba<br />

O sistema de transmissão da Rede Básica que atende ao Estado é composto de<br />

sete circuitos em 230 kV. Destes, quatro destinam-se a atender à área agreste,<br />

onde se localiza a cidade de Campina Grande, sendo dois provenientes de<br />

Tacaimbó, com 121 km de extensão, um vindo da subestação Mirueira (Pau Ferro),<br />

este um circuito duplo, com 127 km extensão, lançado apenas de um lado, e o<br />

último vindo da subestação Goianinha, com 99 km de extensão, todos provenientes<br />

do Estado de Pernambuco. Da subestação de Campina Grande II partem,<br />

atualmente, quatro circuitos em 230 kV para o Estado do Rio Grande do Norte.<br />

A capital do Estado, João Pessoa, é atendida por um circuito duplo em 230 kV vindo<br />

da subestação Goianinha, com 51 km de extensão, também no Estado de<br />

Pernambuco.<br />

A área do alto sertão paraibano, onde se localiza a SE Coremas, é atendida<br />

radialmente, por um único circuito em 230 kV, com 120 km de extensão, vindo da<br />

subestação Milagres, no Estado do Ceará. Ressalta-se que a SE Coremas, apesar<br />

de estar localizada no Estado da Paraíba, geoeletricamente pertencente à área<br />

Norte.<br />

Atendimento ao Estado de Pernambuco<br />

O atendimento ao Estado é constituído por três eixos de transmissão que partem<br />

das UHEs Paulo Afonso, Luís Gonzaga e Xingó.<br />

O primeiro eixo chega a Pernambuco pela SE Angelim II, com dois circuitos de<br />

500 kV, e quatro circuitos de 230 kV. Da SE Angelim II partem dois circuitos em<br />

500 kV e três em 230 kV para a SE Recife II.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 264 / 530


O segundo eixo sai da UHE Xingó e chega a SE Recife II, na área metropolitana da<br />

capital, passando pela SE Messias no Estado de Alagoas, e é constituído por uma<br />

linha de transmissão em 500 kV com 400 km de extensão.<br />

Por fim, um terceiro eixo de transmissão em 230 kV, que atende às áreas central e<br />

do sertão do Estado, é constituído por três circuitos em 230 kV partindo do<br />

complexo hidrelétrico de Paulo Afonso até a SE Bom Nome, com 170 km de<br />

extensão. De Bom Nome, esses circuitos seguem para a subestação de Milagres,<br />

no Estado do Ceará, a 84 km de distância. Ressalta-se que a SE Bom Nome,<br />

apesar de estar localizada no Estado de Pernambuco, geoeletricamente<br />

pertencente à área Norte.<br />

Da subestação de Recife II, o atendimento à região metropolitana da capital Recife<br />

é realizado por meio de circuitos em 230 kV que alimentam as subestações<br />

230/69 kV, Pirapama II (dois circuitos com 29 km de extensão), Mirueira (três<br />

circuitos com 32 km de extensão) e Bongi (três circuitos com 14 km de extensão),<br />

que são responsáveis pelo atendimento ao sistema de distribuição de energia<br />

elétrica a essa região.<br />

Também da subestação de Recife II, partem dois circuitos em 230 kV para<br />

Goianinha, com 71 km de extensão. Da subestação de Mirueira parte um circuito<br />

em 230 kV também para Goianinha, com 66 km de extensão. Esses três circuitos<br />

são responsáveis pelo atendimento às cargas da zona da mata norte do Estado.<br />

A área agreste do Estado é atendida por três circuitos em 230 kV vindos de<br />

Angelim II até SE Tacaimbó, com 65 km de extensão, interligando-se com Campina<br />

Grande II, a 121 km, no Estado da Paraíba.<br />

Atendimento ao Estado de Alagoas<br />

O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da<br />

UHE Xingó até Messias, com 220 km de extensão, que segue para Recife, a<br />

180 km, e três circuitos em 230 kV vindos de Angelim II para Messias, com 74 km<br />

de extensão. Da subestação de Messias derivam três circuitos em 230 kV para a SE<br />

Rio Largo II, com 15 km de extensão, que atendem parte das cargas da área<br />

metropolitana de Maceió.<br />

O atendimento à capital do Estado e parte da área metropolitana de Maceió é<br />

efetuado por dois circuitos em 230 kV, com 26,5 km de extensão, provenientes da<br />

SE Messias.<br />

A área do litoral sul do Estado é atendida radialmente por um único circuito em<br />

230 kV, com 127 km de extensão, conectando às subestações de Rio Largo II e<br />

Penedo.<br />

A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Ceal,<br />

através das subestações 230/69 kV Rio Largo II, que atende à área metropolitana<br />

de Maceió, e Penedo que é responsável pelo atendimento ao litoral sul do Estado<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 265 / 530


de Alagoas e parte das cargas do norte de Sergipe, pela Celpe, através das<br />

subestações 230/69 kV Bongi, Mirueira e Pirapama II, que atendem à área<br />

metropolitana de Recife, Angelim II, Tacaimbó, Goianinha e Ribeirão, que atendem<br />

às áreas do agreste e das matas norte e sul, do Estado de Pernambuco, pela<br />

Saelpa e Celb, através das subestações 230/69 kV Mussuré II, que atende à área<br />

metropolitana de João Pessoa e Campina Grande II, que atende às áreas centro e<br />

norte do Estado da Paraíba e pela Cosern através das subestações 230/69 kV Natal<br />

II, que atende à área metropolitana de Natal, Mossoró II, que atende à área oeste, e<br />

pela SE Açu II 230/138/69 kV, que atende às áreas centro e norte do Estado do Rio<br />

Grande do Norte.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Leste<br />

A tabela 3.7.3-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Leste no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Leste<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UTE (MW)<br />

Capacidade Instalada<br />

UEO (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

- 807,7 (1) 807,7 807,7<br />

- 127,0 (2) 127,0 127,0<br />

2.819 3.047 3.189 3.330<br />

Obs.:<br />

(1) UTE Termopernambuco (496,7 MW) e Termoaçu (311 MW)<br />

(2) Guamaré (16 MW), Guamaré II (19 MW), Pitangui (41 MW), Rio do Fogo I (28 MW), Rio do Fogo II (14 MW) e<br />

Gameleira (9 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Rede<br />

Básica na Área Leste. Entretanto, nas análises realizadas, foram identificados<br />

problemas de carregamento acima da capacidade nominal em transformadores de<br />

fronteira entre a Rede Básica e a Rede de Distribuição, em condições normais de<br />

operação.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 266 / 530


) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

Tensões altas na área Leste, principalmente no eixo Angelim - Campina<br />

Grande – Natal. Foram observadas dificuldades para o controle de tensão,<br />

na condição de carga leve, devido às baixas previsões de mercado afetadas,<br />

principalmente pelo racionamento ocorrido no ano de 2001. Aliado a esse<br />

fato, a implantação da LTs 500 kV Xingó – Angelim e 230 kV Angelim –<br />

Campina Grande II, previstas para janeiro/2004, aumentam ainda mais as<br />

tensões no sistema, o que suscita a necessidade de uma compensação<br />

indutiva adicional de 210 Mvar, distribuída entre as SEs Natal II (30 Mvar –<br />

230 kV), Campina Grande II (30 Mvar – 230 kV) e Angelim II (150 Mvar –<br />

500 kV), já recomendada pelo <strong>ONS</strong> e em fase de análise pela Aneel, para<br />

contornar os problemas de tensões elevadas na condição de carga leve,<br />

evitando dessa forma a necessidade de desligamento de linhas de<br />

transmissão da Rede Básica para possibilitar o controle de tensão na área<br />

Leste.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

Como o mercado da área Leste apresenta valores muito reduzidos, devido,<br />

principalmente, aos efeitos do racionamento ocorrido em 2001, verifica-se<br />

em junho/2004, na condição de carga leve, e considerando a operação plena<br />

da UTE Termopernambuco, uma pequena sobrecarga da ordem de 2% no<br />

circuito remanescente, quando da contingência em um dos circuitos 230 kV<br />

Recife II – Pirapama II. Todavia, esse problema não desperta preocupações<br />

por duas razões: primeiramente, porque o valor da sobrecarga é muito<br />

pequeno e depois porque esse problema deverá deixar de ocorrer com o<br />

crescimento do mercado. É importante destacar que, conforme descrito no<br />

Parecer de Acesso da UTE Termopernambuco, a Celpe assumiu o<br />

compromisso de manter o atendimento às cargas das SEs 69/13,8 kV<br />

Jussaral, Vitória, Escada, Prazeres I e II e Setúbal (futura) pelo regional de<br />

Pirapama, para evitar que haja restrições ao despacho da UTE<br />

Termopernambuco, quando da ocorrência dessa contingência.<br />

Considerando o despacho máximo da UTE Termoaçu (311 MW), na<br />

contingência da LT 230 kV Paraíso – Açu II verifica-se sobrecarga da ordem<br />

de 3%, em 2004, na LT 230 kV Açu II - Mossoró II, podendo chegar 16%<br />

considerando os parques eólicos com parecer de acesso na distribuição. A<br />

solução para esse problema é a recapacitação da LT 230 kV Açu II –<br />

Mossoró II (de 235 MVA para 300 MVA), 75 km, proposta no Parecer de<br />

Acesso da UTE Termoaçu, emitido em fevereiro/2001, e constante do PAR<br />

2003/2005. É importante destacar que, até a entrada em operação dessa<br />

obra, o despacho da UTE Termoaçu ficará limitado à capacidade de<br />

transmissão da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (235 MVA).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 267 / 530


d) Problemas relacionados a perda do único circuito ou do único transformador<br />

Perda temporária de toda a carga da Ceal e Energipe, atendida pela SE<br />

Penedo, na contingência do único circuito 230 kV entre Rio Largo e Penedo.<br />

A solução para este sistema radial, na Rede Básica, está sendo discutida no<br />

âmbito de um Grupo de Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e<br />

Distribuidoras.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Contingência dupla em LTs 230 kV<br />

• A perda do circuito duplo Messias - Maceió provoca corte temporário de toda<br />

a carga de Maceió, capital do Estado de Alagoas. Mesmo considerando<br />

transferência de carga para o regional de Rio Largo ainda haverá corte<br />

permanente de parte da carga da região metropolitana de Maceió.<br />

• A perda do circuito duplo Goianinha - Mussuré provoca sobrecarga no<br />

circuito remanescente, acarretando corte temporário de toda a carga de João<br />

Pessoa, capital do Estado da Paraíba. Mesmo considerando transferência de<br />

carga para o regional de Goianinha ainda haverá corte permanente de parte<br />

da carga.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.7.3-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Leste<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />

BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006<br />

RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006<br />

MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />

PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 268 / 530


• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />

Os transformadores 230/69 kV da SE Bongi apresentam uma sobrecarga da<br />

ordem de 3% em dezembro/2004 que será eliminada, com a entrada em<br />

operação da SE Várzea 230/69 kV, com dois transformadores de 150 MVA,<br />

prevista no Plano de Obras da Celpe, para 2004. Ressalta-se que a Celpe<br />

ainda não encaminhou Solicitação de Acesso ao <strong>ONS</strong>.<br />

O transformador 230/13,8 kV da SE Bongi (04T6) atinge 100% do<br />

carregamento nominal em 2004 e a partir desta data começa a apresentar<br />

sobrecarga em condição normal de operação. Para solucionar esse problema<br />

a Celpe está transferindo carga para o transformador (04T7).<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />

Angelim provoca carregamentos no transformador remanescente que variam<br />

de 138% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006. A solução para esse<br />

problema é a implantação da terceira unidade transformadora, prevista no<br />

Plano de Obras da Celpe para 2003.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Pau<br />

Ferro provoca carregamentos no transformador remanescente de 187%, em<br />

2004, 193% em 2005 e em 2006, considerando a SE Limoeiro, 137%. Está<br />

prevista no Plano de Obras da Celpe a implantação da terceira unidade<br />

transformadora, nesta subestação, para 2006, solucionando, assim, esse<br />

problema.<br />

A perda de um dos dois transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />

Goianinha provoca carregamentos no transformador remanescente de 133%<br />

em 2004, 140% em 2005, e 145% em 2006. Está prevista no Plano de Obras<br />

da Celpe a implantação da terceira unidade transformadora, nesta<br />

subestação, para 2004, solucionando assim, esse problema.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

Nada a registrar.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 269 / 530


Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área Leste ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

SE Angelim II: reator manobrável de 150 Mvar – 500 kV<br />

SE Campina Grande II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV<br />

SE Natal II: reator manobrável de 30 Mvar – 230 kV<br />

Recapacitação da LT 230 kV Açu II – Mossoró II (de 235 MVA<br />

para 300 MVA)<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

JUN/2004<br />

b) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />

indicadas no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 270 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 271 / 530


3.7.4 Área Sul<br />

A Área Sul do Sistema Nordeste, que compreende ao Estado de Sergipe e ao<br />

atendimento a cerca de 90% do consumo de energia elétrica ao Estado da Bahia, é<br />

atendida através de linhas de transmissão da Rede Básica em 500 kV e 230 kV que<br />

partem das usinas hidroelétricas de Luiz Gonzaga, Xingó e do Complexo de Paulo<br />

Afonso e da linha de interligação Sudeste-Nordeste (LT 500 kV Serra da Mesa – Rio<br />

das Éguas – Bom Jesus da Lapa – Ibicoara – Sapeaçu).<br />

Atendimento ao Estado de Sergipe<br />

O atendimento a esse Estado é efetuado por um circuito em 500 kV partindo da<br />

UHE Xingó até a SE Jardim, com 159 km de extensão, que prossegue para a<br />

SE Camaçari II, a 251 km, no Estado da Bahia, e dois circuitos em 230 kV<br />

provenientes do complexo de Paulo Afonso para a SE Itabaiana, com 163 km de<br />

extensão. Da SE Itabaiana derivam dois circuitos em 230 kV para a SE Jardim, com<br />

44 km de extensão. A SE Jardim 500/230 kV é responsável pelo atendimento às<br />

cargas da região metropolitana de Aracaju e a grandes consumidores industriais.<br />

Além disso, existe uma linha em 230 kV entre as SEs Itabaiana e Catu (BA),<br />

seccionada na SE Itabaianinha, a 77 km da SE Itabaiana, que atende às cargas do<br />

litoral sul do Estado. As cargas do litoral norte do Estado são atendidas pela SE<br />

Penedo que fica localizada no Estado de Alagoas.<br />

Atendimento ao Estado da Bahia<br />

Do ponto de vista da Rede Básica, o sistema de transmissão da área Sul que<br />

atende o Estado da Bahia pode ser dividido geoeletricamente nas áreas<br />

metropolitana de Salvador, e extremo Sul.<br />

O atendimento de energia elétrica à área onde se encontra a capital do Estado e<br />

que concentra quase 90% do consumo de energia, é realizado pelas linhas de<br />

transmissão em 500 kV e 230 kV ligadas ao complexo de geração de Paulo Afonso,<br />

Luiz Gonzaga e Xingó. Dessas usinas partem três circuitos em 500 kV que<br />

convergem para a SE Camaçari II 500/230 kV, respectivamente com 352 km,<br />

396 km e 410 km de extensão. A subestação de Camaçari II é responsável pelo<br />

atendimento das cargas de toda a área metropolitana de Salvador, além das cargas<br />

do Pólo Petroquímico e do Complexo Industrial de Aratu.<br />

Chegam à subestação de Catu três circuitos de 230 kV oriundos de Paulo Afonso,<br />

tendo como pontos intermediários as SEs 230/69 kV de Cícero Dantas e<br />

Itabaianinha, esta última no Estado de Sergipe, que distam, respectivamente,<br />

335 km e 307 km. Da subestação de Catu partem dois circuitos em 230 kV para<br />

Camaçari II, com 25 km de extensão, e um terceiro circuito para a SE Governador<br />

Mangabeira, com 77 km de extensão.<br />

O extremo sul do Estado da Bahia é atendido a partir das subestações de<br />

Camaçari II e Catu por meio três circuitos em 230 kV, sendo dois de Camaçari II<br />

para Governador Mangabeira, com 85 km de extensão, e um partindo de Catu para<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 272 / 530


Governador Mangabeira, com 77 km de extensão. Da subestação Governador<br />

Mangabeira partem três circuitos em 230 kV para Sapeaçu, com 22 km de<br />

extensão, e daí até Funil, com 199,5 km de extensão. De Funil, segue um circuito<br />

230 kV para SE Brumado, com 263 km de extensão, e dois circuitos, também em<br />

230 kV, para a SE Itapebi, com 200 km de extensão, e daí para a SE Eunápolis,<br />

com 45 km de extensão, última subestação da Rede Básica no extremo sul da<br />

Bahia.<br />

A SE 500/230 kV Sapeaçu, com dois transformadores de 600 MVA, é a subestação<br />

de integração da Interligação Sudeste/Nordeste que se encontra a 1054 km da SE<br />

Serra da Mesa, no Estado de Goiás.<br />

A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pelas empresas Coelba,<br />

através da subestação 500/230/69 kV Camaçari II, e das subestações 230/69 kV<br />

Catu, Governador Mangabeira, Santo Antônio de Jesus, Tomba, Brumado,<br />

Jacaracanga, Cotegipe, Pituaçu e Matatu, estas três últimas na área metropolitana<br />

de Salvador, além da subestação 230/138/69 kV Funil e da SE 230/138 kV<br />

Eunápolis no Estado da Bahia, e pela Energipe e Sulgipe, no Estado de Sergipe,<br />

através da subestação 500/230/69/13,8 kV Jardim, que atende às cargas da área<br />

metropolitana de Aracaju e consumidores especiais 69 kV e 230 kV, além de parte<br />

das cargas da área sul do Estado, da SE 230/69/13,8 kV Itabaiana que atende parte<br />

das cargas das áreas norte e sul do Estado e da subestação 230/69 kV<br />

Itabaianinha, que também atende parte das cargas da área sul do Estado.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Sul<br />

A tabela 3.7.4-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Sul no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sul<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UHE (MW)<br />

Capacidade Instalada<br />

UTE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

500 (1) 500 680 (2) 680<br />

237,4 (3) 537,4 (3) 537,4 537,4<br />

2279 2562 2658 2729<br />

Obs.:<br />

(1) UHEs Funil (30 MW), Pedra (20 MW) e Itapebi (450 MW)<br />

(2) UHE Pedra do Cavalo (180 MW)<br />

(3) UTEs Camaçari (50 MW atualmente e 350 MW total) Termobahia (187,4 MW)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 273 / 530


Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais não são visualizados problemas para a operação das<br />

instalações da Rede Básica da Área Sul. Entretanto, caso não seja possível<br />

implementar a solução em negociação entre a Chesf e a Coelba para reforçar a<br />

transformação da SE Catu, será observada sobrecarga nesta subestação, estando<br />

o sistema íntegro.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

Tensões altas na área Sul, mais especificamente no extremo sul da Bahia.<br />

Foram observadas dificuldades de controle de tensão, na condição de carga<br />

leve, mesmo contando com os recursos disponíveis do compensador estático<br />

de Funil, da UHE Itapebi, da UTE Termobahia e dos compensadores<br />

síncronos de Camaçari II. Além disso, ressalta-se que, na indisponibilidade<br />

de metade do compensador estático de Funil, as tensões do sistema<br />

ultrapassarão os limites definidos nos Procedimentos de Rede, apresentando<br />

valores elevados, especialmente na SE Brumado II. A solução visualizada<br />

para o problema de regulação de tensão nessa área é a implantação de um<br />

reator manobrável de 10 Mvar no barramento de 230 kV da SE Brumado II,<br />

autorizado pela Aneel através da Resolução 143/2003, com entrada em<br />

operação prevista para abril/2004. Destaca-se que a implantação deste<br />

reator, além de melhorar significativamente o controle de tensão na condição<br />

de carga leve, agiliza o processo de recomposição do sistema.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

Na contingência de uma das LTs 230 kV Camaçari II – Jacaracanga, na<br />

condição de carga média, sem a presença da UTE Termobahia, verificam-se<br />

sobrecargas no circuito remanescente que variam de 20% em 2004 a 24%<br />

em 2006. Também na contingência da LT 230 kV Camaçari – Cotegipe C1,<br />

verifica-se sobrecarga no circuito remanescente da ordem de 7% em 2006. É<br />

importante destacar que o sistema de transmissão da Rede Básica que<br />

atende a região metropolitana de Salvador encontra-se atualmente acima do<br />

seu limite de capacidade para o atendimento ao critério N-1, visto que,<br />

contingências simples de linhas de transmissão em 230 kV, nessa área,<br />

provocam sobrecarga nos circuitos remanescentes. Dessa forma, como<br />

ainda não se dispõe de uma solução de planejamento para resolver esses<br />

problemas, é de extrema importância à presença da UTE Termobahia para<br />

possibilitar o atendimento ao critério de contingência simples no horizonte do<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 274 / 530


PAR. Entretanto, verifica-se a necessidade de um estudo de planejamento do<br />

CCPE, com a participação da Coelba e do <strong>ONS</strong>, para indicar a melhor<br />

alternativa de expansão da Rede Básica, na região metropolitana de<br />

Salvador, considerando um horizonte de longo prazo.<br />

Considerando a ocorrência simultânea de carregamentos elevados na<br />

interligação Sudeste/Nordeste (da ordem de 900 MW) e de despacho pleno<br />

da UHE Itapebi (aproximadamente 450 MW), na condição de carga leve, a<br />

perda de um dos circuitos 230 kV Camaçari II – Governador Mangabeira,<br />

provoca sobrecarga da ordem de 110% no circuito 230 kV Catu - Governador<br />

Mangabeira. Estudos recentes indicaram a necessidade de complementação<br />

da interligação Sudeste/Nordeste, com a construção da LT 500 kV Sapeaçu -<br />

Camaçari II. A implantação dessa obra, atualmente em fase de licitação,<br />

soluciona o problema de sobrecarga apresentado.<br />

Para evitar problema de sobrecarga em contingências de transformadores<br />

230/69 kV nas subestações da área metropolitana de Salvador, além do<br />

esgotamento físico da SE Matatu, no que diz respeito à expansão do<br />

barramento de 69 kV desta subestação, a Coelba solicitou acesso para 2005<br />

na futura SE 230/69 kV Narandiba, conforme preconiza a Resolução Aneel<br />

433/00. Ainda de acordo com essa Resolução o barramento de 230 kV da SE<br />

Narandiba e o lançamento do 2º circuito 230 kV Pituaçu – Narandiba é de<br />

responsabilidade da Rede Básica, enquanto que a transformação 230/69 kV<br />

e as conexões associadas são de responsabilidade da Coelba.<br />

d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />

Perda temporária de toda a carga da SE Brumado II na contingência do único<br />

circuito 230 kV entre Funil e Brumado. A solução para este sistema radial, na<br />

Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de Trabalho, com<br />

a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Para o cenário Norte exportador, a contingência dupla das LTs 500 kV<br />

Presidente Dutra – Teresina C1/C2 leva ao desligamento da UHE Itapebi por<br />

perda de estabilidade.<br />

Para o cenário Nordeste exportador a perda do barramento de Governador<br />

Mangabeira 230 kV, provoca instabilidade entre o Norte, Nordeste e Sudeste.<br />

Este problema não se verifica após a entrada em operação da LT 500 kV<br />

Sapeaçu – Camaçari.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 275 / 530


g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.7.4-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sul<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ITABAIANA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

ITABAIANINHA – 230/69 kV 0,89 a 0,86 2004 a 2006<br />

OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006<br />

CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006<br />

GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />

MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da<br />

compensação reativa e do transformador da subestação<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais<br />

Caso não seja possível implementar a solução em negociação entre a Chesf<br />

e a Coelba para reforçar a transformação da SE Catu, será observada<br />

sobrecarga nesta subestação, estando o sistema íntegro, já a partir de 2003.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Jardim<br />

provoca carregamentos elevados nos transformadores remanescentes,<br />

variando de 129% em 2004 a 148% em 2006. A solução apresentada pela<br />

Energipe é a implantação do 4º transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE<br />

Jardim, em dezembro de 2005. Para o ano de 2004 a solução é a<br />

transferência de carga para os regionais Itabaianinha e Itabaiana.<br />

A perda de um dos transformadores 230/11,9 kV – 40 MVA na SE Matatu<br />

provoca carregamento elevado no transformador remanescente, variando de<br />

167% em 2004 a 157% em 2006, ocasionando o desligamento da<br />

subestação pela proteção. A solução informada pela Coelba para ser<br />

considerada no horizonte do PAR é transferência de carga, através do<br />

sistema de distribuição em 11,9 kV.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 276 / 530


• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Governador<br />

Mangabeira provoca corte de toda a carga da subestação até a transferência<br />

de carga, através do sistema de distribuição, para as SEs Tomba e Santo<br />

Antônio de Jesus. Esta foi a solução informada pela Coelba para ser<br />

considerada no horizonte do PAR.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Santo Antônio<br />

de Jesus provoca corte temporário de toda a carga da subestação até a<br />

transferência, através do sistema de distribuição para as SEs Governador<br />

Mangabeira e Irecê (para possibilitar a transferência para o regional de<br />

Governador Mangabeira é necessário construir a LT 69 kV São Felipe –<br />

Santo Antônio, prevista para 2006). Esta foi a solução informada pela Coelba<br />

para ser considerada no horizonte do PAR.<br />

A perda do único transformador 230/13,8 kV – 40 MVA na SE Olindina<br />

provoca corte de toda a carga da subestação. A solução informada pela<br />

Coelba é a implantação de um segundo transformador na subestação,<br />

previsto no seu plano de obras para DEZ/2008.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

a) Equacionar a concessão das seguintes instalações (Aneel)<br />

Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul ainda sem concessão<br />

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS OBRAS<br />

LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II, circuito simples, 102 km<br />

LT 230 kV Pituaçu – Narandiba, lançamento do 2 o circuito, 4 km<br />

SE Narandiba (Nova): Barramento de 230 kV<br />

DATA DE<br />

NECESSIDADE<br />

Necessária<br />

atualmente<br />

NOV/2005<br />

NOV/2005<br />

b) Desenvolver Ações Complementares<br />

• Realizar estudos de planejamento de longo prazo visando definir a solução<br />

estrutural para a expansão do sistema que atende à Região Metropolitana de<br />

Salvador (CCPE/<strong>ONS</strong>).<br />

c) Manter o cronograma das obras já licitadas/autorizadas pela Aneel,<br />

indicadas no item 6.3<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 277 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 278 / 530


3.7.5 Área Centro<br />

<br />

Descrição da Área<br />

A Área Cento do Sistema Nordeste, que compreende a região onde estão<br />

localizadas as usinas hidroelétricas de Sobradinho, Luiz Gonzaga, Xingó e do<br />

Complexo de Paulo Afonso, localizadas nos Estados de Pernambuco, Alagoas e<br />

Bahia, além das subestações 230/69 kV da Rede Básica, Abaixadora e Cícero<br />

Dantas, localizadas no Estado da Bahia. Destaca-se que integração da malha de<br />

transmissão da Rede Básica com o sistema de distribuição de energia elétrica,<br />

nessa área, é realizada pelas empresas Celpe, Ceal, Energipe e Coelba.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Centro<br />

A tabela 3.7.5-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Centro no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Centro<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UHE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

9.395 (1) 9.395 9.395 9.395<br />

60 72 75 78<br />

Obs.: (1) UHEs Sobradinho (1050 MW), Luiz Gonzaga (900 MW), Apolônio Sales (400 MW), Xingó (3162 MW) e Complexo<br />

de Paulo Afonso (3883 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais de operação, não são visualizados problemas para a<br />

operação da Área Centro.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

b) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

Nada a registrar<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e<br />

equipamentos<br />

Nada a registrar<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 279 / 530


d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />

Nada a registrar.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Para o cenário Norte exportador a perda das duas LTs 500 kV Sobradinho -<br />

Luiz Gonzaga resulta em perda de estabilidade entre os subsistemas Norte,<br />

Nordeste e Sudeste, provocando atuação do ERAC do Nordeste e<br />

subfreqüência na área Norte.<br />

A mesma contingência dupla, no cenário Nordeste exportador, provoca perda<br />

de estabilidade entre os subsistemas Norte e Nordeste e entre o Nordeste e<br />

o Sudeste, ocasionando atuação do ERAC do Nordeste e tensões elevadas<br />

na área Norte.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência.<br />

Nada a Registrar.<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />

Nada a registrar.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

Nada a registrar.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Abaixadora<br />

provoca corte temporário de toda a carga das empresas Celpe, Ceal,<br />

Energipe e Coelba atendida por essa subestação. A solução informada pela<br />

Coelba é a implantação do transformador 230/69 kV – 100 MVA, previsto<br />

para DEZ/2006, conforme plano de obras da empresa.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

Nada a registrar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 280 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 281 / 530


3.7.6 Área Sudoeste<br />

<br />

Descrição da Área<br />

A Área Sudoeste do Sistema Nordeste, que compreende a região oeste Estado da<br />

Bahia, é atendida através de um longo sistema em 230 kV, com cerca de 926 km de<br />

extensão, passando por Juazeiro, Senhor do Bonfim, Irecê, Bom Jesus da Lapa e<br />

chegando a Barreiras. Duas pequenas usinas hidráulicas, Alto Fêmeas e<br />

Correntina, que juntas fornecem uma geração máxima de 18 MW, complementam o<br />

suprimento de energia nessa área. Recentemente foi energizada a linha de<br />

interligação Sudeste-Nordeste, LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das Éguas – Bom<br />

Jesus da Lapa II – Ibicoara – Sapeaçu, com 1054 km de extensão, com dois<br />

autotransformadores 500/230 kV – 300 MVA na SE Bom Jesus da Lapa II.<br />

A integração da malha de transmissão da Rede Básica com o sistema de<br />

distribuição de energia elétrica, nessa área, é realizada pela empresa Coelba,<br />

através das subestações 230/69 kV Juazeiro, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da<br />

Lapa e Barreiras e da subestação 230/138/69 kV Irecê.<br />

<br />

Evolução da Geração e do Mercado na Área Sudoeste<br />

A tabela 3.7.6-1 apresenta a evolução da capacidade instalada e da demanda<br />

máxima anual na área Sudoeste no horizonte deste PAR.<br />

Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima Anual – Área Sudoeste<br />

Atual 2004 2005 2006<br />

Capacidade Instalada<br />

UHE (MW)<br />

Demanda Máxima<br />

Anual (MW)<br />

18 (1) 18 18 18<br />

315 350 363 378<br />

Obs.:<br />

(1) Alto Fêmeas (10 MW) e Correntina (8 MW)<br />

<br />

Sumário das Condições de Atendimento<br />

Em condições normais não são visualizados problemas para a operação da Área<br />

Sudoeste.<br />

a) Problemas relacionados à estabilidade eletromecânica<br />

Considerando os limites de intercâmbio apresentados no item 4 deste<br />

documento, não são observados problemas de estabilidade eletromecânica<br />

para contingências simples no horizonte estudado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 282 / 530


) Problemas relacionados ao Controle de Tensão<br />

Nada a registrar.<br />

c) Problemas relacionados a sobrecarga em linhas de transmissão e equipamentos<br />

Nada a registrar.<br />

d) Problemas relacionados à perda do único circuito ou do único transformador<br />

Perda de toda a carga da SE Barreiras na contingência do único circuito<br />

230 kV entre Bom Jesus da Lapa e Barreiras. A solução para este sistema<br />

radial, na Rede Básica, está sendo discutida no âmbito de um Grupo de<br />

Trabalho, com a participação do CCPE, <strong>ONS</strong> e Distribuidoras.<br />

e) Problemas relacionados à Capacidade de Interrupção de Disjuntores - CID<br />

Nada a registrar.<br />

f) Problemas relacionados a contingências duplas – Diagnóstico do SIN<br />

Nada a registrar.<br />

g) Problemas relacionados à fronteira Rede Básica – Rede de Distribuição<br />

• Necessidade de compensação reativa – baixo fator de potência: a tabela<br />

3.7.6-2 mostra os locais onde foram observados fatores de potência<br />

inferiores a 0,95.<br />

Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo de 95% – Área Sudoeste<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

IRECÊ – 230/69 kV 0,90 2004 a 2006<br />

Obs.:<br />

Fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da<br />

carga, da compensação reativa e do transformador da subestação<br />

• Sobrecarga em transformadores em condições normais de operação.<br />

Nada a registrar.<br />

• Sobrecarga em contingências, com risco de desligamento dos<br />

transformadores remanescentes.<br />

A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 100 MVA na SE Juazeiro<br />

provoca carregamentos no transformador remanescente da ordem de 143%<br />

em 2004, 148% em 2005, e 155% em 2006. A solução informada pela<br />

Coelba é a implantação do terceiro transformador na subestação, previsto no<br />

seu plano de obras para JUL/2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 283 / 530


A perda de um dos transformadores 230/69 kV – 40 MVA (04T2) na SE Bom<br />

Jesus da Lapa provoca carregamentos no transformador (04T3) da ordem de<br />

110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006. A solução informada pela<br />

Coelba é a implantação da transformação 230/138 kV – 55 MVA em<br />

MAI/2008 e a substituição do transformador de 33 MVA (04T1) por outro de<br />

50 MVA, previsto no seu plano de obras para DEZ/2009.<br />

• Contingências em subestações com apenas um transformador de potência.<br />

A perda do único transformador 230/138 kV – 55 MVA na SE Irecê provoca<br />

corte de carga temporário até a substituição da unidade defeituosa pelo<br />

transformador reserva. A solução informada pela Coelba é a implantação de<br />

um segundo transformador na subestação, previsto no seu plano de obras<br />

para JUL/2007.<br />

A perda do único transformador 230/69 kV – 100 MVA na SE Barreiras<br />

provoca corte temporário de toda a carga e atendimento de até 33 MW após<br />

a substituição pelo transformador reserva. A solução informada pela Coelba<br />

é a implantação de um transformador 230/138 kV – 100 MVA, previsto para<br />

MAI/2004, e um segundo transformador 230/69 kV - 39 MVA, previsto para<br />

JUL/2007, conforme plano de obras da empresa.<br />

h) Problemas relacionados a restrições de despacho térmico<br />

Nada a registrar.<br />

<br />

Providências Necessárias<br />

Nada a registrar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 284 / 530


Figura 3.7.6-1 – Configuração das Interligações Iner-regionais e Principais Pontos de Medição de Intercâmbio<br />

N<br />

Imperatriz<br />

P. Dutra<br />

P. Dutra<br />

Teresina<br />

Boa Esperança<br />

NE<br />

SE/CO<br />

Correntina<br />

AR<br />

SUL<br />

Londrina<br />

Ivaiporã<br />

Garabi<br />

UR<br />

Uruguaiana<br />

Livramento<br />

S.Mesa<br />

Assis<br />

Itaberá<br />

Ibiúna<br />

Bateias<br />

Interligações entre<br />

Subsistemas<br />

Interligações<br />

Internacionais<br />

FUTURAS<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 285 / 530


4 Síntese das Condições de Desempenho das Interligações Interregionais<br />

A experiência brasileira tem demonstrado que a operação de forma coordenada do<br />

sistema interligado, aproveitando-se as diversidades observadas entre regiões, no<br />

que tange à hidrologia e ao comportamento da carga, proporciona maior<br />

disponibilidade de energia do que a operação de cada subsistema isoladamente.<br />

Para tal, existem instalações de transmissão pelas quais é realizada a troca de<br />

energia entre bacias hidrográficas. Estas instalações constituem as interligações<br />

inter-regionais.<br />

Como parte das análises desenvolvidas visando a identificação da necessidade de<br />

ampliações e reforços na Rede Básica, o <strong>ONS</strong> tem realizado estudos sobre o<br />

desempenho das interligações entre os diversos subsistemas.<br />

Neste PAR 2004-2006, foram efetuadas análises em regime permanente e dinâmico<br />

sobre o desempenho das interligações, buscando-se avaliar também os impactos<br />

sobre os sistemas receptores. Ressalta-se, porém, que o principal produto deste<br />

trabalho é a determinação dos limites de intercâmbio entre subsistemas.<br />

Nos estudos de limites de intercâmbio entre os subsistemas, procura-se maximizar<br />

as trocas de energia entre os subsistemas envolvidos, levando em conta a<br />

manutenção dos níveis de segurança e as restrições de equipamentos. No cálculo<br />

dos limites são considerados cenários energéticos, caracterizados a partir da<br />

diversidade hidrológica entre as bacias hidrográficas. Para cada cenário energético,<br />

os intercâmbios entre os subsistemas são aumentados até que seja encontrada<br />

alguma violação no sistema, podendo esta violação ser de regime permanente ou<br />

dinâmico.<br />

Os limites de intercâmbio são utilizados no planejamento da operação energética,<br />

além de fornecerem subsídios para a indicação da necessidade de ampliações e<br />

reforços no sistema.<br />

No desenvolvimento dos estudos envolvendo as interligações inter-regionais foram<br />

adotados os critérios descritos no item 6.5. deste documento. Em função das<br />

necessidades do planejamento da operação energética, a determinação dos limites<br />

máximos de intercâmbio contempla o horizonte de 2007.<br />

Para efeito de apresentação, este item, referente aos estudos das interligações,<br />

está dividido em três partes. No item 4.1 é apresentada uma descrição sucinta das<br />

interligações inter-regionais, onde se busca caracterizar, para cada uma delas, a<br />

configuração atual e sua evolução. No item 4.2 é mostrado um resumo dos limites<br />

de intercâmbio obtidos, enquanto que o item 4.3 contém uma descrição dos<br />

principais aspectos que caracterizam o desempenho das interligações no período<br />

estudado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 286 / 530


4.1 Descrição das Interligações<br />

Tradicionalmente, o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem sido dividido em quatro<br />

subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste.<br />

Todos estes subsistemas estão operando de forma interligada, tornando bastante<br />

complexas as análises de avaliação do desempenho da rede elétrica nacional.<br />

4.1.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste<br />

Atualmente, a interligação entre as regiões Sul e Sudeste é feita, principalmente,<br />

pelo sistema de transmissão em 750 kV que escoa a energia da usina de Itaipu 60<br />

Hz. Os pontos desse sistema onde são efetuadas as conexões são as subestações<br />

de Ivaiporã 750/500 kV, localizada no Estado do Paraná e Tijuco Preto 750/500-<br />

345 kV, localizada no Estado de São Paulo.<br />

Além dessa rede de transmissão em 750 kV existem outras redes de menor<br />

capacidade que conectam o sistema de transmissão do Estado de São Paulo à área<br />

norte do Estado do Paraná (em 230 kV e 88 kV) e ao Estado do Mato Grosso do Sul<br />

(em 138 kV).<br />

No início de 2003, entrou em operação a LT 500 kV Bateias - Ibiúna, circuito duplo,<br />

com compensação série, que proporcionou um aumento na capacidade de<br />

intercâmbio entre estas regiões.<br />

A expansão da interligação Sul/Sudeste, após a entrada em operação da LT 500 kV<br />

Bateias/Ibiúna, será realizada através da LT 500 kV Londrina - Araraquara,<br />

passando por Assis para futura transformação 500/440 kV. Estudos realizados pelo<br />

<strong>ONS</strong> concluíram que além do aspecto de integração energética das regiões Sul e<br />

Sudeste, a implantação desta LT agregando a transformação 500/440 kV na SE<br />

Assis, se mostrou bastante efetiva para melhorar as condições de segurança do<br />

SIN quando da ocorrência de contingências múltiplas na rede de 440 kV [14].<br />

A Figura 4.1.1-1 e a Tabela 4.1.1-1 apresentam as principais linhas de transmissão<br />

que compõem a interligação Sul/Sudeste, bem como os pontos de medição dos<br />

fluxos que melhor caracterizam o desempenho dessa interligação.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 287 / 530


Figura 4.1.1-1 - Configuração da interligação Sul/SE no Horizonte do ano 2006 e os principais pontos de<br />

medição de intercâmbio<br />

SU D ESTE<br />

Araraquara 500 kV<br />

FSE<br />

Assis 440 kV<br />

Assis 500 kV<br />

Ibiúna 500 kV<br />

Itaipu 60 Hz<br />

~<br />

Ivaiporã 750 kV<br />

Itaberá 750 kV<br />

Tijuco Preto 750 kV<br />

Cascavel Oeste 525 kV<br />

Ivaiporã 525 kV<br />

Londrina 525 kV<br />

FLUXO SUL-<br />

(FSUL/RSU)<br />

Salto Caxias 525 kV<br />

Salto Santiago 525 kV<br />

SUL<br />

Bateias 525 kV<br />

FLUXO<br />

PARANÁ –<br />

PA ÃULO<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 288 / 530


Tabela 4.1.1-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados<br />

INTERCÂMBIOS<br />

FSE<br />

DESCRIÇÃO<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LTs 750 kV Ivaiporã -<br />

Itaberá C1, C2 e C3<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />

LT 230 kV:<br />

Fluxo<br />

Norte Paraná<br />

<br />

São Paulo<br />

Guaíra - Dourados;<br />

Londrina - Assis;<br />

Maringá - Assis;<br />

Figueira – Chavantes<br />

LT 138 kV Loanda - Rosana.<br />

LT 88kV Andirá - Salto Grande.<br />

RSE<br />

(Recebimento do<br />

Sudeste)<br />

FSE + (Fluxo Norte Paraná⇒São Paulo)+ Fluxo na LT 500 kV<br />

Bateias – Ibiúna C1 e C2 + Fluxo na LT 500 kV Londrina - Assis<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />

Transformadores de Ivaiporã: 3x750/500 kV;<br />

SULSE (FSUL:<br />

Exportação do<br />

Sul)<br />

e<br />

SESUL (RSUL:<br />

Recebimento do<br />

Sul)<br />

LT 500 kV:<br />

Bateias - Ibiúna C1 e C2;<br />

Londrina - Assis.<br />

LT 230 kV:<br />

Guairá - Dourados;<br />

Londrina - Assis;<br />

Maringá – Assis;<br />

Figueira – Chavantes.<br />

LT 138 kV Loanda - Rosana.<br />

LT 88kV Andirá - Salto Grande.<br />

4.1.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />

Atualmente, a interligação entre as regiões Norte e Nordeste é feita, principalmente,<br />

pelo sistema de transmissão em 500 kV, que conecta a subestação de Presidente<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 289 / 530


Dutra, localizada no Estado do Maranhão, às subestações de Teresina II e Boa<br />

Esperança, localizadas no Estado do Piauí.<br />

Além dessa rede de transmissão em 500 kV existe uma outra de pequena<br />

capacidade em 230 kV, que interliga a subestação de Peritoró, no Maranhão, à<br />

subestação de Teresina, no Piauí.<br />

A interligação Norte/Nordeste foi bastante reforçada nesse início de 2003, com a<br />

entrada em operação das LTs 500 kV, Açailândia - Presidente Dutra C1 e<br />

Presidente Dutra – Teresina II C2. No futuro, a essa interligação serão agregadas<br />

as LTs 500 kV Tucuruí – Marabá C4 e Marabá – Açailândia C2, já licitadas, além da<br />

LT 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II C2, em fase de licitação pela Aneel.<br />

A interligação entre as regiões Norte e Sudeste é feita, na configuração atual, pela<br />

linha de transmissão em 500 kV que conecta a subestação de Imperatriz, no Estado<br />

do Maranhão, à subestação de Serra da Mesa, no Estado de Goiás. Esta linha<br />

possui três subestações intermediárias: Colinas, Miracema e Gurupi, todas<br />

localizadas no Estado do Tocantins.<br />

Este sistema de transmissão, que interliga as subestações de Imperatriz e Serra da<br />

Mesa, em 500 kV, é denominado de Interligação Norte – Sul.<br />

Em Fevereiro de 2004 prevê-se completar a duplicação da LT 500 kV Serra da<br />

Mesa - Imperatriz (Norte/Sul II) e a implantação de um conjunto de reforços no<br />

sistema receptor Sudeste. Destaca-se nesse grupo o 3º circuito da LT 500 kV Serra<br />

da Mesa - Samambaia e a compensação série, não só nesse 3º circuito como<br />

também nos circuitos existentes. Além disso, a região do rio Paranaíba será<br />

interligada à região do rio Grande pela LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo, cuja<br />

operação está prevista para dezembro de 2004.<br />

Hoje os subsistemas Sudeste e Nordeste estão interligados diretamente pela LT<br />

500 kV Serra da Mesa - Rio das Éguas – Bom Jesus da Lapa II- Ibicoara –<br />

Sapeaçu.<br />

A Figura 4.1.2-1 e a Tabela 4.1.2-1 apresentam as interligações da Região Sudeste<br />

com as regiões Norte e Nordeste, além da interligação entre o Norte e o Nordeste,<br />

no horizonte considerado. Nessa figura são destacados os principais pontos de<br />

medição das grandezas que melhor caracterizam o desempenho das interligações.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 290 / 530


Tabela 4.1.2-1 – Descrição dos Intercâmbios Considerados<br />

INTERCÂMBIOS<br />

SEN<br />

(Fluxo SE/N)<br />

NSE<br />

(Fluxo N/SE)<br />

NNE e NEN<br />

(Fluxo N/NE)<br />

SENE e NESE<br />

(Fluxo SE/NE)<br />

EXPORTAÇÃO<br />

DO NORTE e<br />

RECEBIMENTO<br />

DO NORTE<br />

DESCRIÇÃO<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema -<br />

Colinas C1 e C2.<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema –<br />

Gurupi C1 e C2.<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />

- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />

- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2.<br />

Fluxo de potência ativa na LT 500 kV Serra da Mesa – Rio das<br />

Éguas.<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />

- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />

- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2;<br />

- Miracema - Colinas C1 e C2.<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV:<br />

RECEBIMENTO<br />

DO NORDESTE<br />

- Serra da Mesa – Rio das Éguas;<br />

- Presidente Dutra - Boa Esperança;<br />

- Presidente Dutra - Teresina C1 e C2.<br />

FLUXO SERRA<br />

DA MESA (FSM)<br />

Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:<br />

- LT 500 kV Serra da Mesa – Samambaia<br />

C1/C2/C3.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 291 / 530


Figura 4.1.2-1 - Configuração da interligação N/NE/SE no Horizonte 2007 e os principais pontos de medição<br />

de intercâmbio<br />

FLUXO N-NE<br />

TUCURUÍ 500<br />

AÇAILÂNDIA 500<br />

FORTALEZA 500<br />

TERESINA 500<br />

NORTE<br />

IMPERATRIZ 500<br />

P. DUTRA<br />

BOA ESPERANÇA 500<br />

FLUXO SE-N<br />

COLINAS<br />

S. J. PIAUÍ<br />

SOBRADINHO<br />

UHE LAJEADO<br />

MIRACEMA 500<br />

NORDE STE<br />

FLUXO N-SE<br />

GURUPI<br />

FLUXO SE-NE<br />

UHE SERRA DA MESA<br />

UHE CANA BRAVA<br />

UHE PEIXE<br />

350MW<br />

X<br />

S. DA MESA 500<br />

CORRENTINA<br />

B J LAPA<br />

IBICOARA<br />

CAMAÇARI<br />

SAPEAÇU<br />

S. MESA 230<br />

SAMAMBAIA 500<br />

FSM<br />

SAMAMBAIA 345<br />

ITUMBIARA 500 EMBORCAÇÃO 500<br />

USINAS DO RIO PARANAÍBA<br />

MARIMBONDO 500<br />

USINAS DO RIO GRANDE<br />

4.2 Conclusões<br />

Neste item é apresentado um resumo das principais conclusões obtidas nas<br />

análises realizadas para as interligações inter-regionais.<br />

<br />

Com relação às Oscilações Inter-Área<br />

Verificou-se que, após a entrada da interligação Sudeste/Nordeste e do segundo<br />

circuito da interligação Norte/Sul, a freqüência de oscilação entre os subsistemas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 292 / 530


Sudeste e Norte/Nordeste, que antes era de aproximadamente 0,2 Hz, fica em torno<br />

de 0,35 Hz.<br />

<br />

Com relação às Oscilações de Tensão<br />

Um dos critérios de estabilidade adotados nos estudos considera que a variação<br />

máxima da oscilação de tensão, após 10 s da aplicação do defeito, não deve ser<br />

superior a 2%. Este critério foi o que mais restringiu os intercâmbios em todos os<br />

subsistemas. No subsistema Sudeste a barra de Tijuco Preto 750 kV foi a que mais<br />

apresentou oscilação de tensão, já nos subsistemas Norte/Nordeste as barras<br />

críticas foram Bom Jesus da Lapa II 500 kV, Presidente Dutra 500 kV e São Luís<br />

500 kV.<br />

<br />

Com Relação ao Colapso de Tensão em Samambaia<br />

A tendência ao colapso de tensão na região de Samambaia, sistema receptor da<br />

interligação N/S no Sudeste, ocorre no cenário “Sudeste Importador” em todo<br />

horizonte do estudo, em função de defeitos do tronco de 750 kV que são seguidos<br />

do desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz. Após a expansão da interligação<br />

Sul/Sudeste com a implantação da LT 500 kV Londrina - Araraquara, o colapso de<br />

tensão em Samambaia fica menos acentuado pelo fato da falta no tronco de 750 kV<br />

tornar-se menos severa, no que diz respeito ao consumo de reativo e conseqüente<br />

afundamento de tensão do próprio tronco de 750 kV. Para defeitos na região de<br />

Samambaia não se verificou esta tendência ao colapso de tensão e sim oscilações<br />

pouco amortecidas para os patamares de carga pesada e média, piorando no<br />

patamar de carga leve.<br />

<br />

Com Relação ao FSE<br />

O FSE, que representa o somatório dos fluxos dos circuitos do tronco de 750 kV<br />

entre Ivaiporã e Itaberá, tem sido um dos sinalizadores do intercâmbio máximo do<br />

Sul para o SE, nos cenários “Sul e Sudeste Exportadores” e “Sudeste Importador”.<br />

Verificou-se que 7.500 MW seria o valor máximo de FSE para ser considerado em<br />

todo horizonte do estudo. Valores acima podem acarretar sobrecarga nas<br />

transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma unidade, e<br />

sobrecarga no tronco de 750kV entre Ivaiporã e Itaberá, na perda de um circuito do<br />

trecho mesmo considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz.<br />

Nos casos estudados este valor máximo ocorreu somente no ano 2006, patamar de<br />

carga pesada e caso base referente à contingência simples.<br />

<br />

Com Relação à 10 a máquina de Itaipu 60 Hz<br />

Esta máquina está prevista para entrar em operação no ano 2005. O aumento da<br />

geração total decorrente de sua entrada está limitado pela capacidade da<br />

transformação de Foz 500/750 kV 4x1650 MVA (6600 MVA), agregando<br />

basicamente potência sincronizada ao sistema.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 293 / 530


Expansão da interligação Sul/Sudeste – LT 500 kV Londrina – Assis -<br />

Araraquara<br />

A LT 500 kV Londrina – Assis – Araraquara, com transformação 500/440 kV em<br />

Assis, apresenta-se como um importante reforço na Interligação Sul/Sudeste. Esta<br />

linha, cuja entrada em operação está prevista para Junho de 2005, redistribui o<br />

fluxo Sul/Sudeste, aliviando a LT 500 kV Bateias – Ibiúna, o tronco de 750 kV e a<br />

transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Tudo isto resulta em aumentos no<br />

intercâmbio Sul/Sudeste, sobretudo quando se considera a contingência dupla da<br />

LT 500 kV Bateias – Ibiúna.<br />

Esta expansão, conjuntamente com os reforços no Sul, proporciona um ganho no<br />

RSE da ordem de 1.000 MW para os casos de perda simples e de 1.800 MW para<br />

os casos de perda dupla. No ano 2006, com o reforço do trecho entre Ivaiporã e<br />

Londrina, os ganhos para os casos de perda simples e dupla, com relação ao ano<br />

2005, são de aproximadamente 1.000 MW e 500 MW, respectivamente.<br />

<br />

Recebimento pelo Sudeste – RSE<br />

A tabela 4.2-1 apresenta o máximo recebimento pelo Sudeste, no período 2004 a<br />

2006 e nos três patamares de carga, considerando os critérios de contingências<br />

simples e contingências de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura.<br />

Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

RSE (MW)<br />

CRITÉRIO<br />

Patamar<br />

ANO<br />

de Carga 2004 2005 2006<br />

Pesada 9500 10200 10900<br />

Perda Simples<br />

Média 9200 10300 11300<br />

Leve 9000 9800 10800<br />

Pesada 8400 10200 10600<br />

Perda Dupla<br />

Média 8000 10000 10300<br />

Leve 7700 9300 10000<br />

Na tabela 4.2-1 acima, os valores em negrito na tabela indicam que o limite foi<br />

determinado por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano<br />

de 2005 foi atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o<br />

máximo valor de exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE<br />

limite (7.500MW).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 294 / 530


Exportação do Sul – FSUL<br />

A tabela 4.2-2 apresenta a exportação máxima da Região Sul, no período 2004 a<br />

2006 e nos três patamares de carga, correspondente ao máximo RSE mencionado<br />

na tabela 4.2-1, considerando os critérios de contingências simples e contingências<br />

de circuitos duplos que compartilham a mesma estrutura.<br />

Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul (FSUL)<br />

FSUL (MW)<br />

CRITÉRIO<br />

Patamar<br />

ANO<br />

de Carga 2004 2005 2006<br />

Pesada 4000 4600 5300<br />

Perda Simples<br />

Média 4300 5400 6500<br />

Leve 4200 5000 6000<br />

Pesada 3000 4600 5000<br />

Perda Dupla<br />

Média 3100 5000 5400<br />

Leve 2900 4500 5100<br />

Os valores em negrito na tabela 4.2-1 acima indicam que o limite foi determinado<br />

por outras restrições, não relativas à estabilidade do sistema. No ano de 2005 foi<br />

atingida a capacidade instalada na Região Sul e, no ano 2006, o máximo valor de<br />

exportação apresentado na tabela foi aquele que resultou no FSE limite (7.500MW).<br />

<br />

Importação do Sul – RSUL<br />

A tabela 4.2-3 apresenta o máximo recebimento do Sul, no período 2004 a 2006 e<br />

nos três patamares de carga. Na referida tabela são também indicados os fatores<br />

limitantes.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 295 / 530


Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul (RSUL)<br />

FATOR LIMITANTE<br />

Trafo de Ivaiporã 750/525 kV<br />

(na contingência de uma unidade –<br />

sem utilização de esquemas)<br />

Trafo de Ibiúna 525/345 kV<br />

(na contingência de uma unidade)<br />

Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA<br />

(regime permanente)<br />

Patamar<br />

de Carga<br />

Pesada<br />

e Média<br />

RSUL (MW)<br />

2004 2005 2006<br />

- 6.000 6.000<br />

3.600 - -<br />

2.900 - -<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200<br />

<br />

Duplicação dos circuitos 500 kV Teresina II – Sobral III – Fortaleza II – Ano<br />

2005<br />

A duplicação dos circuitos Teresina – Sobral - Fortaleza tem como principal<br />

impacto o aumento da confiabilidade no atendimento às cargas da região<br />

metropolitana de Fortaleza à qual, a partir da incorporação dessa obra, convergirão<br />

três circuitos em 500 kV. Observa-se também um ganho nos limites de transmissão<br />

no cenário Norte exportador para a Região Nordeste. Estima-se um ganho de<br />

300 MW para todas as condições de carga.<br />

<br />

Com relação à interligação Norte/Sul<br />

A capacidade da interligação Norte/Sul, em regime permanente, está limitada pelos<br />

equipamentos de compensação série cuja capacidade nominal é de 1.500 A. Logo,<br />

no ano 2004, pode-se transportar até 3.000 A através dos dois circuitos. Entretanto,<br />

as simulações mostraram que o fluxo máximo admissível na interligação é inferior a<br />

este e, foi determinado pela estabilidade eletromecânica do sistema.<br />

Para a determinação do fluxo máximo, primeiramente, verificou-se que defeitos<br />

internos à interligação com perda de um dos circuitos e o “bypass” dos capacitores<br />

série no circuito remanescente, dependendo do fluxo nesta, apresentavam uma<br />

tendência de perda de estabilidade entre os sistemas Norte e Sudeste. Desta forma,<br />

foi pesquisado o fluxo na interligação durante este defeito que apresentasse um<br />

desempenho aceitável, reduzindo a partir daí cerca de 100 MW, chegando-se a um<br />

valor máximo de 2.200MW nos dois sentidos da interligação Norte/Sul.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 296 / 530


Posteriormente, admitiu-se esquema de corte de geração (ECG), chegando-se a um<br />

valor máximo de 2500 MW no sentido NorteÞSul, condicionados a corte de<br />

unidades geradoras de Tucuruí. O defeito que balizou este limite foi emergência da<br />

LT 500 kV Imperatriz - Colinas. Para fluxos no sentido inverso, SulÞNorte, o valor<br />

máximo manteve-se em 2.200 MW devido à ineficácia do corte de geração, de<br />

unidades da UHE Serra da Mesa. Os defeitos que balizaram este limite foram a<br />

emergência da LT 500 kV Serra da Mesa – Gurupi e a perda da interligação<br />

Sudeste/Nordeste.<br />

<br />

Principais Contingências que Balizaram os Intercâmbios N/NE/SE<br />

Cenário Norte Exportador<br />

a) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta<br />

contingência limitou o recebimento do Nordeste, cujas conseqüências são<br />

oscilações de tensão pouco amortecidas violando os critérios, principalmente em<br />

Presidente Dutra, e abertura das interligações Norte/Nordeste e<br />

Sudeste/Nordeste com conseqüente atuação do ERAC;<br />

b) Perda de um dos circuitos no trecho Tucuruí – Vila do Conde: esta contingência<br />

limita a exportação do Norte, ocasionando a perda da estabilidade, em função<br />

do aumento do nível de curto com a entrada em operação das máquinas de<br />

Tucuruí II, entre todos os subsistemas, sendo necessário o desligamento de três<br />

máquinas de Tucuruí;<br />

c) Perda um dos circuitos no trecho no Tucuruí – Marabá: limitou a exportação do<br />

Norte, pois acarreta oscilações de tensão pouco amortecidas, principalmente em<br />

Presidente Dutra, sendo necessário o desligamento de duas máquinas de<br />

Tucuruí.<br />

Cenário Sudeste Exportador<br />

d) Perda de um dos circuitos no trecho Serra da Mesa – Rio das Éguas: limitou a<br />

exportação do Sudeste, gerando oscilações de tensão pouco amortecidas,<br />

principalmente em Presidente Dutra e São Luiz, ou até perda de sincronismo<br />

entre subsistemas.<br />

Cenário Nordeste Exportador<br />

e) Perda de circuitos no trecho Boa Esperança – São João do Piauí: esta<br />

contingência limitou a exportação do Nordeste, cujas conseqüências são<br />

oscilações de tensão de baixo amortecimento, principalmente em Bom Jesus da<br />

Lapa.<br />

<br />

Máxima Exportação e Recebimento das regiões N/NE/SE<br />

A tabela 4.2-4 apresenta os valores máximos de exportação e de recebimento das<br />

Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, através das interligações Norte/Sul,<br />

Sudeste/Nordeste e Norte/Nordeste, no período 2004 a 2006 e nos três patamares<br />

de carga.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 297 / 530


Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste<br />

ANO<br />

PATAMAR<br />

DE<br />

CARGA<br />

MÁXIMA<br />

EXPORTAÇÃO<br />

DO NORTE<br />

MÁXIMO<br />

RECEBIMENTO<br />

DO NORDESTE<br />

MÁXIMA<br />

EXPORTAÇÃO<br />

DO SUDESTE<br />

MÁXIMA<br />

EXPORTAÇÃO<br />

DO NORDESTE<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

Pesada 3300 (*) 2200 3000 1000<br />

Média 3300 (*) 2100 3000 1150<br />

Leve 3600 1500 2700 1150<br />

Pesada 4400 2400 3100 1100<br />

Média 4400 2400 3100 1000<br />

Leve 4200 2000 3000 1150<br />

Pesada 4400 2400 3000 850<br />

Média 4400 2400 3000 900<br />

Leve 4200 2000 2700 1100<br />

(*) ESGOTOU A GERAÇÃO DE TUCURUÍ<br />

4.3 Resumo dos Limites de Intercâmbio entre Subsistemas<br />

As tabelas a seguir apresentam um resumo dos limites de intercâmbio entre<br />

subsistemas. Nessa síntese, são apresentados os valores obtidos para cada<br />

interligação, considerando diversos cenários energéticos. Ressalta-se a influência<br />

do programa de obras de transmissão e de geração nos limites de intercâmbio, bem<br />

como das premissas adotadas.<br />

4.3.1 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Sul e Sudeste<br />

4.3.1.1 Configurações Analisadas<br />

Para a interligação Sul/Sudeste, são apresentados os limites de intercâmbio<br />

considerando os empreendimentos apresentados nos itens 2 e 6. Para a<br />

configuração de cada ano estudado e para os cenários energéticos considerados,<br />

foram simuladas contingências simples e duplas, considerando-se geração de Itaipu<br />

“ALTA” e “BAIXA”.<br />

4.3.1.2 Cenários Energéticos<br />

Os limites de intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste foram estabelecidos para<br />

os seguintes cenários energéticos:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 298 / 530


Sudeste Importador<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

<br />

Sul Importador e Norte Exportador;<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

<br />

Sul e Sudeste Exportadores.<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

4.3.1.3 Premissas Básicas<br />

Na determinação desses valores foram consideradas as premissas básicas<br />

descritas no item 6.5.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 299 / 530


4.3.1.4 Limites Considerando Perda Simples<br />

A seguir são apresentados os limites de intercâmbio entre as Regiões Sul e<br />

Sudeste, obtidos considerando-se contingências que resultam na perda de um único<br />

elemento no sistema.<br />

<br />

Cenário Sudeste Importador<br />

Com a entrada dos reforços no sistema receptor de Samambaia e a consideração<br />

do desligamento de no máximo uma máquina de Itaipu 60 Hz, em função de faltas<br />

no tronco de 750 kV, o colapso de tensão em Samambaia passa a ter menos<br />

influência na determinação do intercâmbio Sul/Sudeste para o Cenário “Sudeste<br />

Importador”.<br />

A Tabela 4.3.1-1 apresenta os Limites de Intercâmbio para o Cenário ”Sudeste<br />

Importador”, no patamar de carga pesada. Ressalta-se que para os patamares de<br />

carga média e leve não é possível atingir a condição de máximo intercâmbio nos<br />

sentidos NorteÞSudeste e SulÞSudeste de forma coincidente. Isso acontece devido<br />

à restrição de inércia mínima admissível para as usinas hidrelétricas da Região<br />

Sudeste.<br />

Em todo horizonte do estudo, o defeito em Foz, seguido da abertura da LT 750 kV<br />

Foz - Ivaiporã C1 e do desligamento de uma máquina de Itaipu 60Hz, apresenta-se<br />

como o mais grave, podendo acarretar colapso de tensão em Samambaia.<br />

Entretanto, este defeito restringiu o intercâmbio S⇒SE somente no ano 2004.<br />

Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Simples e Itaipu com despacho “BAIXO”<br />

Ano<br />

Patamar Intercâmbio (MW)<br />

Carga RSE FSM FSUL<br />

Defeito<br />

Conseqüência<br />

2004<br />

Pesada 9.350 3.600 3.800<br />

LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />

“trip” 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />

Tendência ao colapso de<br />

tensão em Samambaia<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

2005<br />

Pesada 10.200 3.600 4.650 -<br />

Esgotou a geração do Sul<br />

e tendência ao colapso<br />

de tensão em<br />

Samambaia<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

2006<br />

Pesada 10.900 3.600 5.350 -<br />

FSE máximo e tendência<br />

ao colapso de tensão em<br />

Samambaia<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 300 / 530


No ano 2005, Itaipu “BAIXO” e patamar de carga pesada, foi possível esgotar a<br />

geração do Sul sem que os critérios fossem violados.<br />

Já no ano 2006 o fator que limitou o intercâmbio do Sul para o Sudeste foi o valor<br />

do FSE máximo admissível, que é de 7.500 MW, de forma a evitar sobrecargas<br />

devido a contingências nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750kV.<br />

O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 não foi<br />

analisado, pois os fatores que limitaram os intercâmbios no ano 2006 foram<br />

restrições nos subsistemas Sul, de transmissão e geração, e não há previsão de<br />

reforço de transmissão nem geração adicional para estas regiões no ano 2007.<br />

Estes limites estarão muito próximos aos encontrados para o ano 2006.<br />

Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO”<br />

Ano<br />

Patamar Intercâmbio (MW)<br />

Carga RSE FSM FSUL<br />

Defeito<br />

Conseqüência<br />

2004 Pesada 8900 3600 2700<br />

LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />

TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />

Tendência ao colapso<br />

de tensão em<br />

Samambaia<br />

2006 Pesada 10800 3600 4600 - FSE<br />

<br />

Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />

Os valores de RSE para este cenário são bastante parecidos com os valores do<br />

cenário “Sul Importador” devido ao fato da rede de transmissão dos sistemas<br />

receptores no Sudeste terem sido reforçadas. Com isto a restrição do intercâmbio<br />

Sul/Sudeste em conseqüência do colapso de tensão em Samambaia foi<br />

praticamente eliminada.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 301 / 530


Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />

considerando Contingências Simples e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO”<br />

Ano<br />

Patam<br />

ar<br />

Carga<br />

Intercâmbio (MW)<br />

RSE FSE FSUL<br />

Defeito<br />

Conseqüência<br />

Pesada 9.500 7.100 3.950<br />

LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP<br />

1 maq. Itaipu 60 Hz<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

2004<br />

Média 9.200 6.700 4.300<br />

LT Areia/Bateias 525 kV<br />

LT C.Novos/Machadinho 525 kV<br />

LT S.Santiago/Ivaiporã 525 kV<br />

Oscilações de tensão<br />

pouco amortecidas<br />

S/SE<br />

Leve 9.050 6.350 4.200<br />

LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/ TRIP<br />

1 maq. Itaipu 60 Hz<br />

Oscilação de tensão no<br />

Tronco de 750 kV<br />

2005<br />

Pesada 10.200 7.250 4.650 -<br />

Média 10.300 7.000 5.400 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />

Leve 9.850 6.300 4.950 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />

Esgotou a geração do<br />

Sul<br />

Oscilações de tensão<br />

pouco amortecidas<br />

S/SE<br />

Oscilações de tensão<br />

pouco amortecidas<br />

S/SE<br />

Pesada 10.900 7.500 5.350 - Viola FSE máximo<br />

2006<br />

Média 11.350 7.350 6.500 LT Londrina/Assis 525 kV<br />

Leve 10.850 6.600 5.950 LT Londrina/Assis 525 kV<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

No ano 2004, as faltas mais severas ocorrem no tronco de 750 kV e no subsistema<br />

Sul. Isto se deve ao fato dos reforços previstos para o subsistema Sul ocorrerem<br />

somente a partir de 2005.<br />

Já nos anos 2005 e 2006, nos patamares de carga média e leve, o fator que limita o<br />

intercâmbio é a perda da LT 525 kV Ivaiporã - Londrina. Nos patamares de carga<br />

pesada e média esgotou a geração do subsistema Sul.<br />

No patamar de carga pesada, o esgotamento da geração do subsistema Sul limita o<br />

intercâmbio Sul/SE para o ano de 2005. Já em 2006, a limitação ocorre em função<br />

do elevado fluxo no troco de 750 kV. Valores acima de 7500 MW podem provocar<br />

sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto, em decorrência da perda de uma<br />

unidade. Além disso, a perda de um circuito de 750 kV Ivaiporã - Itaberá, poderá<br />

levar os dois circuitos remanescentes a operarem em sobrecarga, mesmo<br />

considerando-se o desligamento de uma máquina de Itaipu 60 Hz.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 302 / 530


Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”,<br />

considerando Contingências Simples e Itaipu com despacho “ALTO”<br />

Ano<br />

Patamar Intercâmbio (MW)<br />

Carga RSE FSE FSUL<br />

Defeito<br />

Conseqüência<br />

2004 Pesada 9.150 7.100 2.950<br />

LT Foz/Ivaiporã 750 kV c/<br />

TRIP 1 maq. Itaipu 60 Hz<br />

Oscilação de tensão no<br />

Tronco de 750 kV<br />

2005 Pesada 10.200 7.400 4.000 LT Ivaiporã/Londrina 525 kV<br />

Oscilações de tensão<br />

no Tronco de 750 kV<br />

2006 Pesada 10.800 7.500 4.600 - Viola FSE máximo<br />

<br />

Cenário Sul Importador<br />

Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando<br />

este subsistema a operar com baixa inércia, e conseqüentemente apresentar<br />

comportamento oscilatório. A Tabela 4.3.1-5 apresenta uma evolução do<br />

Recebimento do Sul (RSUL) para o Cenário ”Sul Importador”.<br />

Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o cenário Sul Importador<br />

FATOR LIMITANTE<br />

Trafo de Ivaiporã 750/525 kV<br />

(na contingência de uma unidade –<br />

sem utilização de esquemas)<br />

Trafo de Ibiúna 525/345 kV<br />

(na contingência de uma unidade)<br />

Trafo de Assis 440/230 kV 1x122MVA<br />

(regime permanente)<br />

Patamar<br />

de Carga<br />

Pesada<br />

e Média<br />

RSUL (MW)<br />

2004 2005 2006<br />

- 6.000 6.000<br />

3.600 - -<br />

2.900 - -<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Pesada 5.100 5.200 5.500<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Média 4.500 4.600 5.000<br />

50% da Carga (ERAC Sul) Leve 3.000 3.100 3.200<br />

4.3.1.5 Limites Considerando Perda Dupla<br />

Segundo o item 8.3.3 do submódulo 23.3 - “Diretrizes e Critérios para Estudos<br />

Elétricos” – dos Procedimentos de Rede, a perda dupla poderá ser adotada no caso<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 303 / 530


de circuitos localizados em uma mesma torre ou na mesma faixa de passagem<br />

quando, em função de dados estatísticos ou da relevância destes.<br />

No caso das LTs de Interligações, somente a LT Bateias - Ibiúna enquadra-se nesta<br />

categoria.<br />

Devido à redução observada no valor do máximo RSE, em relação àquele obtido<br />

considerando apenas contingências simples, foi considerado um ECE, que desliga<br />

uma máquina de Itaipu, como forma de reduzir o impacto sobre o limite de<br />

intercâmbio. Ressalta-se que as simulações com o ECE, para o qual ainda não foi<br />

feita nenhuma avaliação da viabilidade técnica da sua aplicação, devem ser<br />

encaradas como considerações preliminares. As questões relativas ao correto ECE<br />

a ser implementado, foram estudadas no âmbito dos estudos pré-operacionais da<br />

LT 500 kV Bateias/Ibiúna.<br />

<br />

Cenário Sudeste Importador<br />

O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi<br />

considerado o mesmo do ano 2006. Isso decorre de não haver obras previstas para<br />

as regiões onde são observadas restrições nos intercâmbios no ano 2006. As<br />

principais restrições são nos subsistemas Sul podendo, entretanto, ocorrer para<br />

algumas situações, restrições também no sistema receptor Sudeste (região de<br />

Samambaia). A Tabela 4.3.1-6 apresenta uma evolução do recebimento do Sudeste<br />

(RSE) para o Cenário ”Sudeste Importador”.<br />

Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Duplas e Itaipu com despacho “BAIXO”<br />

Ano<br />

Patamar Intercâmbio (MW)<br />

Carga RSE FSM FSUL<br />

Defeito<br />

Conseqüência<br />

2004<br />

Pesada 8.550 3.600 3.000<br />

LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

2005<br />

Pesada 10.200 3.600 4.650<br />

LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

2006<br />

Pesada 10.600 3.600 5.050<br />

LT Bateias/Ibiúna 525 kV<br />

C1 & C2<br />

Atuação do limitador<br />

da corrente de campo<br />

de Itaipu 60 Hz<br />

Média/Leve - - - - Inércia mínima no SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 304 / 530


Cumpre destacar que para os patamares de carga média e leve não é possível<br />

atingir a condição de máximo intercâmbio nos sentidos Norte→Sudeste e<br />

Sul→Sudeste de forma coincidente, devido à restrição de inércia mínima admissível<br />

para as usinas hidrelétricas da Região Sudeste.<br />

<br />

Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />

O limite de recebimento pelo Sudeste (RSE) correspondente ao ano 2007 foi<br />

considerado o mesmo do ano 2006. Isso porque o fator que determinou o limite foi o<br />

critério para oscilação de tensão devido à contingência da LT Bateias – Ibiúna, e a<br />

expectativa é que ocorra o mesmo desempenho no ano 2007. Além disso, existe a<br />

possibilidade dos limites para o ano 2007, principalmente no patamar de carga<br />

pesada, serem inferiores ao informado por não haver geração suficiente na Região<br />

Sul.<br />

Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE) no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />

considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz com despacho “BAIXO”<br />

Ano<br />

Patama<br />

r<br />

Carga<br />

Intercâmbio (MW)<br />

RSE FSE FSUL<br />

Pesada 8.400 6.550 2.900<br />

Defeito<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Conseqüência<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

2004<br />

Média 7.950 6.050 3.100<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Leve 7.700 5.650 2.850<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Pesada 10.200 7.250 4.650<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

2005<br />

Média 9.950 6.850 5.000<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Leve 9.300 6.100 4.450<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Pesada 10.600 7.350 5.050<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Atuação do Limitador da<br />

Corrente de Campo de<br />

Itaipu 60 Hz<br />

2006<br />

Média 10.300 6.900 5.450<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

Leve 10.000 6.200 5.150<br />

LT 500 kV Bateias - Ibiúna<br />

C1 & C2<br />

Oscilação de tensão no<br />

tronco de 750 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 305 / 530


4.3.2 Limites de Intercâmbio entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />

4.3.2.1 Cenários Energéticos<br />

Os limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste foram<br />

estabelecidos para os seguintes cenários energéticos:<br />

<br />

Norte Exportador:<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

<br />

Nordeste Exportador:<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

<br />

Sudeste exportador:<br />

N<br />

NE<br />

SE<br />

Sul<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 306 / 530


4.3.2.2 Premissas Básicas<br />

Na determinação dos limites de intercâmbio foram consideradas as premissas básicas<br />

descritas no item 6.<br />

4.3.2.3 Limites de Intercâmbios<br />

<br />

Cenário Norte Exportador<br />

Na Tabela 4.3.2-1 estão resumidos os limites obtidos para o período 2004 a 2006,<br />

quando a interligação Norte/Sul contará com dois circuitos. São apresentados, para<br />

cada patamar de carga, os valores calculados para duas condições: maximizando o<br />

recebimento do Nordeste e maximizando o fluxo para o Sudeste.<br />

Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte Exportador<br />

Ano<br />

Patamar<br />

Intercâmbio (MW)<br />

Fator Limitante<br />

Conseqüência<br />

Carga N→SE SE→NE N→NE<br />

Pesada<br />

1.700 650 1.600<br />

LT S.Mesa / R. Éguas<br />

LT BEA / S.J.do Piauí<br />

2.500 150 700 LT Tucuruí / V. Conde<br />

Abertura da N / NE - ERAC<br />

Perda de sincronismo<br />

N / NE / SE<br />

2004<br />

Média<br />

1.700 600 1.500<br />

LT S.Mesa / R. Éguas<br />

LT BEA / S.J. do Piauí<br />

2.500 200 700 LT Tucuruí / V. Conde<br />

Abertura da N / NE - ERAC<br />

Perda de sincronismo<br />

N / NE / SE<br />

Leve<br />

2.000 550 1.500 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N/NE - ERAC<br />

2.450 350 1.150 LT Tucuruí / V. Conde<br />

Perda de sincronismo<br />

N / NE / SE<br />

Pesada<br />

2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde<br />

2.450 400 1.900 LT Tucuruí / V. Conde<br />

Perda de sincronismo<br />

N / NE / SE<br />

Perda de sincronismo<br />

N / NE / SE<br />

2005<br />

Média<br />

2.500 450 1.950 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC<br />

2.500 450 1.950 LT BEA / S. J. do Piauí Oscilação de tensão<br />

Leve<br />

2.350 450 1.900 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão<br />

2.500 400 1.800 LT BEA / S.J.do Piauí Oscilação de tensão<br />

Pesada 2.500 400 2.000 LT Tucuruí / V. Conde Oscilação de tensão<br />

2006<br />

Média 2.500 450 2.000 LT BEA / S.J. do Piauí Abertura da N / NE – ERAC<br />

Leve 2.500 400 1.900 LT BEA / S.J. do Piauí Oscilação de tensão<br />

(*) para contingência da LT 500kV Tucuruí/Vila do Conde foi considerado desligamento de até três unidades da UHE<br />

Tucuruí.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 307 / 530


Cenário Sudeste Exportador<br />

Na Tabela 4.3.2-2 são resumidos os limites obtidos para o cenário Sudeste<br />

Exportador.<br />

Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste<br />

Exportador<br />

Ano<br />

Patamar Intercâmbio (MW)<br />

Carga SE→N SE→NE N→NE<br />

Fator Limitante<br />

Conseqüência<br />

2004<br />

Pesada 2.200 750 850<br />

LT S. Mesa / Gurupi<br />

Média 2.200 800 900<br />

Leve 2.100 700 650 LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />

Perda de sincronismo<br />

Oscilação de tensão<br />

em P.Dutra<br />

2005<br />

Pesada 2.200 950 1.450<br />

Média 2.200 950 1.250<br />

LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />

Oscilação de tensão<br />

em P.Dutra<br />

Leve 2.200 800 900<br />

2006<br />

Pesada 2.150 850 1.200<br />

Média 2.050 850 1.200<br />

Leve 2.000 850 1.000<br />

LT S. Mesa / Rio das Éguas<br />

Oscilação tensão em<br />

P.Dutra<br />

<br />

Cenário Nordeste Exportador<br />

A tabela 4.3.2-3 resume os limites obtidos para o período 2004 a 2006, para o cenário<br />

Nordeste Exportador. Ressalta-se que na determinação desses limites, não foram<br />

admitidos corte de carga por atuação do ERAC, nem devido à atuação da proteção de<br />

subtensão.<br />

Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário Nordeste<br />

Exportador<br />

Ano<br />

Intercâmbio (MW)<br />

Patamar<br />

Carga N→SE NE→SE NE→N<br />

Fator Limitante<br />

Conseqüência<br />

Pesada 2.500 350 650 LT BEA / S. João do Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B.J.Lapa<br />

2004<br />

Média 2.500 350 800<br />

LT Sobradinho/ S.J. do<br />

Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B. J.Lapa<br />

Leve 2.500 350 800 LT BEA / S. João do Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B.J.Lapa<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 308 / 530


Ano<br />

Intercâmbio (MW)<br />

Patamar<br />

Carga N→SE NE→SE NE→N<br />

Fator Limitante<br />

Conseqüência<br />

Pesada 2.350 400 700 LT BEA / S. João do Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B. J.Lapa<br />

2005<br />

Média 2.200 300 700<br />

LT Sobradinho/ S.J. do<br />

Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B. J.Lapa<br />

Leve 2.200 400 750 LT BEA / S. João do Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B. J.Lapa<br />

Pesada 2.300 350 500<br />

LT Sobradinho/S.J. do<br />

Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B.J.Lapa<br />

2006<br />

Média 2.200 300 600<br />

LT Sobradinho/S.J. do<br />

Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B.J.Lapa<br />

Leve 2.400 400 700<br />

LT BEA/São João do<br />

Piauí<br />

Oscilação de tensão em<br />

B.J.Lapa<br />

4.3.2.4 Avaliação Preliminar de Restrições ao Despacho da UHE Tucuruí<br />

Com o objetivo de identificar situações onde possa haver restrição ao despacho<br />

pleno das UHEs Tucuruí e Tucuruí II, em função de limitação da capacidade de<br />

transmissão nas interligações, foi feita uma análise de balanço de carga x geração.<br />

A avaliação, basicamente elétrica, buscou quantificar a geração na Região Norte<br />

que, atendidos os mercado desse subsistema, leva ao esgotamento da respectiva<br />

capacidade de exportação através de interligações inter-regionais. Ou seja,<br />

procurou-se avaliar o montante de excedente, em termos de percentual da geração<br />

local, que poderia ser despachado atendendo o mercado local e exportando o<br />

excedente, sem que fossem atingidos os limites de transmissão. Nesta análise<br />

simplificada, os valores de geração no Norte que poderiam ser exportados, foram<br />

obtidos como se segue:<br />

Geração Tucuruí = Mercado Norte + Capacidade Norte-Nordeste + Capacidade<br />

Norte-Sul<br />

Excedente<br />

de Tucuruí<br />

Capacidade Norte-Nordeste<br />

N<br />

NE<br />

UHE<br />

Lajeado<br />

850 MW<br />

Capacidade Norte-Sul<br />

~<br />

450 MW<br />

~<br />

UHE Peixe<br />

Angical<br />

SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 309 / 530


A capacidade Norte-Sul é determinada pelo fluxo que chega em Serra da Mesa que<br />

é resultante da composição da potência oriunda da Região Norte com a geração na<br />

UHE Lajeado. O que pode ser exportado de Tucuruí através da interligação<br />

Norte/Sul depende, portanto, do despacho da UHE Lajeado. No sentido de fixar um<br />

dos parâmetros, considerou-se a UHE Lajeado gerando 850 MW em todos os anos<br />

analisados e a UHE Peixe Angical com 450 MW a partir de 2006.O limite dinâmico<br />

de intercâmbio determinado para a interligação Norte-Sul foi de 2.200 MW no<br />

sentido Sul -> Norte e 2.500 MW no sentido inverso, ambos medidos em Miracema.<br />

No caso do limite no sentido Norte->Sul, de 2.500 MW, irá requerer um esquema de<br />

corte de geração de Tucuruí de até 3 máquinas<br />

Nesta análise, ao mercado do Norte foi acrescentado 5% para representar as<br />

perdas. Os valores de geração obtidos foram comparados com a capacidade<br />

instalada nas UHEs Tucuruí e Tucuruí II. Ressalta-se que para fins desta análise,<br />

não foram considerados fatores limitantes ao despacho das usinas e interligações<br />

internacionais, seja por questões hidrológicas, seja por questão de indisponibilidade<br />

de unidades geradoras. A figura 4.3.2-1 resume os resultados obtidos.<br />

Figura 4.3.2-1 – Avaliação preliminar de restrições ao despacho da UHE Tucuruí<br />

100,0%<br />

90,0%<br />

80,0%<br />

70,0%<br />

Despacho em Tucuruí para atingir limite de exportação do Norte<br />

(Considerando UHE Lajeado com 850 MW e UHE Peixe com 450 MW)<br />

Cap. Instalada: UHE Tucurí I (12 x 350 MW) e UHE Tucuruí II (11 x 375 MW)<br />

% da<br />

capacidade<br />

instalada<br />

60,0%<br />

50,0%<br />

40,0%<br />

30,0%<br />

20,0%<br />

10,0%<br />

0,0%<br />

2004 2005 2006 2007<br />

Pesada Média Leve<br />

Observa-se que no cálculo da capacidade instalada a UHE Tucuruí foi considerada<br />

com 12 x 350 MW e a UHE Tucuruí II com 11 x 375 MW (sendo a 2ª, 3ª e 4ª<br />

unidades em 2003, 5ª, 6ª e 7ª em 2004, 8ª, 9ª e 10ª em 2005 e a 11ª unidade em<br />

2006).<br />

Os seguintes aspectos podem ser destacados da análise da figura:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 310 / 530


(a) os valores de despacho na UHE Tucuruí, que levam ao aproveitamento integral<br />

da capacidade de transmissão para as Regiões Nordeste e Sudeste, situam-se<br />

em torno de 90% da capacidade instalada na usina, ao longo de todo o<br />

horizonte analisado, sendo os montantes de geração mais baixos observados no<br />

patamar de carga leve;<br />

(b) a conclusão da interligação Norte/Sul II, em 2004, permite escoar praticamente<br />

toda a capacidade instalada da UHE Tucuruí, inclusive contando com as<br />

primeiras unidades da UHE Tucuruí 2, sendo necessário despacho superior a<br />

86% para provocar o esgotamento da capacidade de exportação do Norte;<br />

(c) a continuação da motorização da UHE Tucuruí 2 leva ao aproveitamento maior<br />

da capacidade de transmissão nas interligações, podendo haver restrição<br />

significativa ao despacho daquela usina a partir de 2006, que deve ser<br />

acentuada já em 2007 com a entrada em operação das usinas hidrelétricas<br />

previstas para o Tocantins; e<br />

(d) ressalta-se que esses valores foram obtidos considerando geração de 850 MW<br />

na UHE Lajeado e 450 MW na UHE Peixe Angical, esta em 2006. Despachos<br />

menores nessas usinas proporcionam maior capacidade de escoamento da<br />

energia gerada na UHE Tucuruí.<br />

Da análise das condições de escoamento da UHE Tucuruí, recomenda-se que<br />

sejam agilizados os estudos de planejamento da expansão de longo prazo,<br />

conduzidos pelo CCPE, visando estabelecer a evolução estrutural das interligações<br />

Norte/Sul, Norte/Nordeste e Sudeste/Nordeste, além dos reforços associados nos<br />

subsistemas receptores. A necessidade de caracterizar a expansão dessas<br />

interligações fica também evidenciada quando se considera o Programa de<br />

Licitação da Concessão de Usinas Hidrelétricas, sob responsabilidade da Aneel, o<br />

qual contempla diversas usinas a serem instaladas nessa Região.<br />

4.3.3 Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais<br />

As figuras 4.3.3-1 e 4.3.3-2 apresentam a síntese da evolução da capacidade de<br />

transmissão nas interligações inter-regionais, respectivamente, para perda dupla e<br />

perda simples, considerando os principais eventos previstos no horizonte analisado.<br />

Observa-se que por simplicidade de representação, não foram destacados diversos<br />

empreendimentos necessários para garantir os intercâmbios indicados na figura. Os<br />

valores indicados representam a média dos limites de transmissão para os<br />

patamares de carga pesada, média e leve, ponderada pela duração de cada<br />

patamar.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 311 / 530


Figura 4.3.3-1 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o<br />

despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingências simples)<br />

EXPORTAÇÃO DO NORTE<br />

3.400 MWmed Fev /2004<br />

4.300 Mwmed - 2005<br />

Tucurui / Açailândia C2 +<br />

CE S. Luis<br />

N<br />

FLUXO Sul ->Norte<br />

FSN<br />

NE<br />

2.100 Mwmed - Fev /2004<br />

2.250 Mw med-2005<br />

Teresina/Fortaleza 500kV +<br />

C.Serie BEA/SJI/USB<br />

RECEBIMENTO DO NORDESTE<br />

2. 200 MWmed - Fev 2004<br />

Miracema/I mperatriz 500kV<br />

Lajeado<br />

FLUXO Norte->Sul<br />

2.500 Mwm ed - Fev 2004<br />

Miracema/Imperatriz 500kV<br />

Valores considerando<br />

contingência simples<br />

Itaip<br />

3. 700 MWmed - 2004<br />

5.000 Mw med - 2005<br />

Londrina - Araraquara 500kV<br />

+ Trafo T. Preto 750/500 kV<br />

5. 300 MW med – 2006<br />

Ivaiporã/Londrina 500kV<br />

RE CE BIMENTO DO S UL<br />

FNS<br />

SE<br />

S<br />

RECEBIMENTO DO SUDESTE<br />

9. 200 MWmed- Fev/2004<br />

Miracem a/Imperatriz 500kV<br />

10.100 MWmed - 2005<br />

Londrina- Araraquara 500kV<br />

11.000 MWmed – Jun / 2006<br />

Ivaiporã/Londrina 525kV +<br />

C.Oeste/Ivai porã 525kV +<br />

2005<br />

S.Santiago/I vai porã 525kV<br />

4.200 Mwmed - 2004<br />

5.100 MWmed - 2005<br />

Londrina- Arar aquara 500kV<br />

6.000 MW med – 2006<br />

Ivaiporã/Londrina 500kV<br />

EXPORTAÇÃO DO SUL<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 312 / 530


Figura 4.3.3-2 – Evolução dos Limites de Intercâmbio das Interligações Inter-regionais, considerando o<br />

despacho “Baixo” da UHE Itaipu (contingência dupla com ECE)<br />

EXPORTAÇÃO DO NORTE<br />

3. 400 MWmed Fev /2004<br />

4.300 Mwm ed - 2005<br />

Tucurui / Açail ândia C2 + N<br />

CE S. Luis<br />

FLUXO Sul ->Norte<br />

2. 200 MWmed - Fev 2004<br />

Miracema/Imperatriz 500kV<br />

FSN<br />

Lajeado<br />

NE<br />

2.100 Mwmed - Fev /2004<br />

2.250 MWmed - 2005<br />

Teresina/Fortaleza 500kV +<br />

C.Serie BEA/SJI/USB<br />

RECEBIMENTO DO NORDESTE<br />

FLUXO Norte->Sul<br />

2.500 MWmed - Fev 2004<br />

Miracema/Imperatriz 500kV<br />

Valores considerando<br />

contingência dupla com ECE<br />

RE CE BIMENTO DO S UL<br />

Itaip<br />

3.700 MWmed - 2004<br />

5.000 Mwmed - 2005<br />

Londrina - Araraquara 500kV<br />

5.300 MW med – 2006<br />

Ivaiporã/Londrina 500kV<br />

FNS<br />

SE<br />

S<br />

RECEBIMENTO DO SUDESTE<br />

7. 900 MWmed- Fev/2004<br />

Miracema/Imperatriz 500kV<br />

9. 800 MWmed - 2005<br />

Londrina- Araraquara 500kV<br />

10.100 MWmed – Jun / 2006<br />

Ivaiporã/Londri na 525kV +<br />

C.Oeste/I vaiporã 525kV +<br />

2005<br />

S.Santiago/Ivaiporã 525kV<br />

3.000 Mw med - 2004<br />

4. 800 MWmed - 2005<br />

Londrina- Araraquara 500kV<br />

5.200 MW med – 2006<br />

Ivaiporã/Londrina 500kV<br />

EXPORTAÇÃO DO SUL<br />

4.4 Desempenho das Interligações Inter-Regionais<br />

Para cada interligação Inter-regional, a análise do desempenho é apresentada em<br />

três partes: primeiramente são identificados os fatores que acarretam restrições<br />

para os intercâmbios, a seguir é apresentada uma síntese do comportamento da<br />

interligação para cada cenário analisado e, por fim, são descritas análises<br />

adicionais realizadas nas avaliações efetuadas sobre as interligações.<br />

4.4.1 Interligação entre as Regiões Sul e Sudeste<br />

4.4.1.1 Fatores que Influenciam os Intercâmbios<br />

<br />

Despacho de Itaipu 60 Hz no RSE (Recebimento do Sudeste)<br />

O despacho da usina de Itaipu 60 Hz, apresentado no item.6, somente tem<br />

influência no valor do Recebimento pelo Sudeste (RSE) no ano 2004, onde a LT<br />

500 kV Londrina – Assis - Araraquara ainda não está em operação, e para o critério<br />

de perda simples. Nestes casos o despacho reduzido de Itaipu garante valores de<br />

RSE mais elevados.<br />

A partir do ano 2004, com a entrada da a LT 500 kV Londrina – Assis - Araraquara,<br />

a influência do despacho da usina de Itaipu no RSE mostra-se inexpressiva.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 313 / 530


Despacho de Itaipu 60 Hz no FSUL (Exportação pelo Sul)<br />

A exportação pelo Sul compete com a geração de Itaipu através do tronco de<br />

750 kV. Sendo assim, o montante de energia transferida do Sul para o Sudeste é<br />

maior para os casos com despacho de Itaipu reduzido. Como conseqüência, estes<br />

casos possuem fluxo na LT 500 kV Bateias - Ibiúna mais elevado.<br />

<br />

Restrições no Subsistema Sul<br />

Nos Cenários em que o subsistema Sul exporta energia para o subsistema Sudeste,<br />

“Sul e SE Exportadores” e “SE Importador”, os limites de intercâmbio estão<br />

condicionados ao plano de obras considerado neste trabalho. Tanto para os casos<br />

base de fluxo de potência de perda simples como para os de perda dupla, verificouse<br />

ainda que:<br />

(b) é necessário manter os esquemas de corte de geração das usinas do Iguaçu;<br />

(c) em 2006 ocorre sobrecarga de 20% no transformador de Campos Novos<br />

525/230kV quando do despacho pleno das UHEs Barra Grande e Campos<br />

Novos;<br />

(d) para a prática dos intercâmbios apresentados, nos casos de fluxo de potência<br />

de perda simples, faz-se necessário ECG de 2 ou 3 máquinas de Itá para a falta<br />

Salto Santiago - Itá 525 kV, para que os critérios de oscilação de tensão sejam<br />

atendidos. Uma outra opção, proposta pelo estudo pré-operacional da LT<br />

Bateias - Ibiúna, a ser estudada, é o ajuste dos PSS de Itá e Machadinho.<br />

<br />

Restrições no Subsistema Sudeste<br />

(e) Sistema receptor da área São Paulo<br />

A partir do ano 2004 verificaram-se algumas restrições no sistema receptor de<br />

São Paulo, no patamar de carga pesada, agravando-se para a condição de<br />

Itaipu 60Hz “Alto”, para os casos de fluxo de potência de perda simples e para<br />

os anos futuros. Um sinalizador importante de problemas no sistema receptor<br />

da interligação Sul/SE, em Tijuco Preto, é o FSE (somatório dos fluxos dos três<br />

circuitos entre Itaberá e Tijuco Preto). As seguintes restrições foram verificadas<br />

nos casos de fluxo de potência correspondentes aos limites de intercâmbios:<br />

- em todos os anos ocorreu sobrecarga em torno de 40% no circuito<br />

remanescente quando da perda da LT 345kV Tijuco Preto - Itapeti;<br />

- o sistema receptor Sudeste, na região de Tijuco Preto, pode<br />

apresentar sobrecarga para valores de FSE a partir de 7.400MW, em<br />

certas condições de despacho das usinas da Região Sudeste;<br />

- No ano 2004, na perda de um dos transformadores 750/345 kV de<br />

Tijuco Preto ocorre sobrecarga de cerca de 20% nas transformações<br />

remanescentes. A partir do ano 2005, quando está previsto a quarta<br />

unidade, este problema é solucionado;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 314 / 530


- nos anos 2005 e 2006, no patamar de carga pesada, na perda de<br />

um dos transformadores 500/345 kV de Campinas a transformação<br />

remanescente fica no limite de carregamento;<br />

- a perda do trecho da interligação Sul/SE entre as SEs de Assis e<br />

Araraquara pode acarretar sobrecarga na LT Assis - Bauru 440 kV.<br />

No ano 2006, patamar de carga pesada, caso de perda simples, a<br />

sobrecarga foi de 5%;<br />

(f) Sistema da área de Brasília<br />

No ano 2004, quando a expansão da interligação Norte/Sul é concluída e<br />

utilizada plenamente, i.é., intercâmbios entre os Subsistemas Norte/Nordeste e<br />

o Sudeste (entre Miracema e Gurupi) da ordem de 2.500 MW, verificou-se que<br />

na carga pesada o FSM máximo é da ordem de 3.600 MW. Deste modo o<br />

critério de oscilações de tensão, para defeitos na região são respeitados. O<br />

defeito que balizou o FSM máximo foi o curto em Samambaia com abertura da<br />

LT 500 kV Samambaia - Emborcação e a barra crítica foi Samambaia 345 kV.<br />

Na situação de carga leve estes defeitos agravam estas oscilações.<br />

Ainda no ano 2004 e carga pesada observaram-se sobrecargas nas LT’s 500kV<br />

Itumbiara - Emborcação e 345kV Itumbiara - Porto Colômbia, respectivamente<br />

de 15% e 10%, para o referida defeito.<br />

A partir de 2005 estas sobrecargas são eliminadas em virtude da entrada em<br />

operação da LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo, prevista para Dezembro de<br />

2004, ainda que as referidas LT’s apresentem carregamentos elevados.<br />

Para o cenário em que o Sudeste exporta energia, da ordem de 2.900 MW, para<br />

as regiões Norte e Nordeste, no ano de 2004, a emergência da LT 500 kV<br />

Samambaia - Itumbiara (1x1.665 MVA) acarreta sobrecarga de 10% na LT<br />

500 kV Samambaia - Emborcação quando se tem as UHE’s Serra da Mesa e<br />

Cana Brava operando com apenas uma máquina. Do mesmo modo a perda da<br />

LT 500 kV Samambaia - Emborcação (1x 1665 MVA) causa os mesmos 10% de<br />

sobrecarga na LT 500 kV Samambaia - Itumbiara nas condições acima<br />

mencionadas. Para um despacho de S. Mesa de 600 MW estas sobrecargas<br />

são eliminadas.<br />

Nos anos de 2005 e 2006, apesar do aumento de 300 MW de exportação para o<br />

Norte/Nordeste, não foram constatadas sobrecargas uma vez que a LT<br />

Itumbiara - Marimbondo já se encontra operando.<br />

4.4.1.2 Desligamento de Máquinas da UHE Itaipu 60 Hz X Limite de Intercâmbio<br />

Sul⇒Sudeste (RSE) X FSM<br />

Em todo o horizonte do estudo, para todos os cenários e patamares de carga,<br />

verificou-se que o desligamento de mais de uma máquina de Itaipu 60Hz, em<br />

decorrência de defeitos no tronco de 750 kV, não apresenta ganhos consideráveis<br />

no RSE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 315 / 530


Para o cenário “Sudeste Importador” o valor do FSM ainda limita o numero de<br />

máquinas de Itaipu a serem desligadas, isto é, para os casos com FSM próximo do<br />

máximo (Fluxo na interligação Norte/Sul de 2500 MW e despacho alto nas UHEs de<br />

Serra da Mesa e Cana Brava) o “TRIP” de duas máquinas de Itaipu acarreta<br />

colapso de tensão em Samambaia. Porém, como já foi mencionado acima, não se<br />

observam ganhos significativos no RSE para “TRIP” de mais de uma máquina de<br />

Itaipu.<br />

4.4.1.3 Perda Dupla da LT 500 kV Bateias – Ibiúna<br />

Nos cenários em que o Sudeste recebe energia do Sul, na ocorrência desta<br />

contingência dupla, considerou-se um esquema de corte de geração que desliga<br />

uma unidade da usina de Itaipu, reduzindo o impacto da falta. Constata-se que para<br />

o ano de 2004, o impacto da contingência dupla é maior que nos anos posteriores.<br />

Isto porque, a partir de 2005, a interligação Sul/Sudeste é reforçada pela LT 500 kV<br />

Londrina - Araraquara.<br />

Para os casos em que o Sul importa energia do Sudeste, nenhum esquema foi<br />

considerado e a perda dupla da LT 500 kV Bateias -Ibiúna não resulta em<br />

problemas mais graves no que tange à estabilidade eletromecânica e de tensão.<br />

Para a configuração de 2004, o caso se mostra oscilatório (0,66 Hz no Sul) e a falta<br />

pode provocar sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Para os anos<br />

seguintes, essa falta não impõe limitações para este cenário.<br />

4.4.1.4 Sumário dos Fatores Restritivos aos Intercâmbios entre Subsistemas<br />

A seguir são relacionados os fatores restritivos descritos anteriormente, referente à<br />

interligação Sul/Sudeste:<br />

- ERAC da Região Sul, para o cenário Sul Importador;<br />

- inércia mínima na Região Sudeste, nos patamares de carga leve e média, para<br />

o cenário SE Importador;<br />

- falta de suporte de tensão (Compensação reativa adicional) na Região Sul, no<br />

leste de Santa Catarina e Paraná, nos patamares de carga pesada e média, no<br />

cenário Sul exportador; l.<br />

- geração disponível na Região Sul no cenário Sul exportador. Ocorreu somente<br />

no ano 2005 nos patamares de carga pesada e média;<br />

- transformação de 750/345 kV de Tijuco Preto, em regime permanente, nos<br />

Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e Sudeste Exportadores” no ano 2004;<br />

- LT 345 kV Tijuco Preto - Itapeti, nos Cenários “Sudeste Importador” e “Sul e<br />

Sudeste Exportadores”;<br />

- perda dupla da LT 500 kV Bateias - Ibiúna com ou sem a presença do ECE;<br />

- tendência de colapso de tensão na região de Samambaia, para o cenário<br />

“Sudeste Importador”;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 316 / 530


- ocorrência de oscilação de tensão acima de 2%, valor máximo de critério;<br />

- FSE máximo admissível: Valor determinado para garantir que não ocorra<br />

sobrecarga nas transformações de Tijuco Preto e no tronco de 750 kV durante<br />

contingências dos mesmos. Ocorreu somente no ano 2006;<br />

- Sobrecarga na LT 525 kV Salto Santiago – Ivaiporã;<br />

- Sobrecarga na LT 525 kV Machadinho – Campos Novos;<br />

- Sobrecarga no AT 525/230 kV da SE Cascavel Oeste;<br />

- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Londrina;<br />

- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Bateias;<br />

- Sobrecarga no AT 525/230 kV na SE Curitiba;;<br />

- Sobrecarga na LT 230 kV Salto Osório – Pato Branco; e<br />

- Sobrecarga na LT 230 kV cascavel – Guairá.<br />

4.4.1.5 Síntese do Desempenho para cada Cenário Analisado<br />

A seguir apresenta-se uma síntese do desempenho dinâmico dos cenários<br />

analisados, para as condições de intercâmbios máximos. Quando não for<br />

mencionado o contrario, os casos analisados consideram despacho de Itaipu 60 HZ<br />

“Baixo”.<br />

<br />

Cenário Sul e Sudeste Exportadores<br />

Neste cenário ocorre transferência de energia dos subsistemas Sul para o Sudeste,<br />

através da Interligação Sul/Sudeste (RSE de 8.000 MW a 11.000MW), e do<br />

subsistema Sudeste para o Norte/Nordeste (3.000MW), via as interligações<br />

Norte/Sul e Sudeste/Nordeste. Devido à elevada importação do Sudeste, as usinas<br />

desta Região encontram-se com despacho baixo, principalmente na carga leve.<br />

Com relação à análise de regime permanente, este cenário caracteriza-se por<br />

elevados carregamentos na rede de transmissão do subsistema Sul, no tronco de<br />

750 kV, na transformação de Água Vermelha 440/500 kV e na interligação<br />

Norte/Sul. Já nas regiões de São Paulo e Minas houve dificuldade no controle de<br />

tensão, principalmente nos casos de carga leve, onde foi necessário desligar linhas<br />

do 440 kV e do 500 kV.<br />

Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica, este cenário caracteriza-se<br />

por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas Sudeste, Norte e Nordeste.<br />

Observa-se, principalmente no patamar de carga leve, comportamento oscilatório<br />

entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste (freqüência em torno de 0,35 Hz no<br />

ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006) e entre os subsistemas Sul e Sudeste em torno<br />

de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo.<br />

Estas oscilações entre os subsistemas Sudeste e Norte/Nordeste estão presentes<br />

em todo o horizonte do estudo e podem melhorar com o ajuste TCSC para esta<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 317 / 530


configuração. Para tal devem ser realizados estudos para determinar o novo ajuste<br />

dos TCSC que devem englobar vários cenários de intercâmbios, patamares de<br />

carga e fluxo na interligação.<br />

Figura 4.4.1-1- Fluxos na Interligação Norte/Sul e no Tronco 750 kV<br />

FLXA 65 IVAIPORA-765 69 IV-ITA-1-765 1 $19+$23<br />

ANO 2004 –CARGA LEVE-RSE=9000MW-EXP.SUL=3000MW<br />

2366<br />

FLXA MIRACEMA/GURUPI C1+C2<br />

2011<br />

1656<br />

FLXA IVAIPORÃ/T.PRETO C1<br />

L4SXAS1.PLT<br />

1301<br />

0, 4, 8, 12, 16, 20,<br />

X Title<br />

(a) Ano 2004<br />

Com a entrada da LT 500 kV Bateias/Ibiúna, e o conseqüente aumento da<br />

exportação de potência do subsistema Sul, este cenário apresenta elevado<br />

carregamento das LT 525 kV que transmitem energia do oeste para o leste do<br />

Paraná e Santa Catarina. Daí a necessidade de compensação reativa na área<br />

leste de Santa Catarina, Curitiba e Bateias, principalmente nos casos de carga<br />

pesada e média. Parcialmente este problema foi resolvido com a previsão de<br />

250 Mvar de compensação shunt em Blumenau e 50 Mvar em Palhoça.<br />

As contingências de LTs de 525 kV que interligam as usinas do rio Iguaçu, embora<br />

estejam bastante carregadas, não acarretam problemas de estabilidade e/ou<br />

sobrecarga nas linhas remanescentes, caso se continue adotando os Esquemas de<br />

Corte de Geração (ECG) associados à saída destas linhas. Além dos esquemas<br />

existentes acima mencionados, considerou-se mais um esquema adicional de corte<br />

de geração que consta do desligamento de duas máquinas da UHE de Salto<br />

Caxias, na ocorrência da abertura da LT 500 kV Salto Santiago/Salto Caxias, para<br />

evitar perda de sincronismo da UHE de Salto Caxias no ano 2004.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 318 / 530


A contingência da LT 525 kV Machadinho - Campos Novos, acarreta sobrecarga na<br />

LT 525 kV Segredo - Areia e vice-versa. Porém, está previsto um ECG que desliga<br />

duas máquinas de Machadinho de forma a contornar a situação.<br />

Neste ano 2004, para os casos de perda simples, os defeitos que balizaram os<br />

limites de intercâmbio foram o curto em Foz 750 kV seguido da abertura da LT<br />

750 kV Foz - Ivaiporã e desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz, nos patamares<br />

de carga pesada e Leve, e o curto em Areia com de abertura da LT 525 kV Areia -<br />

Bateias, no patamar de carga média. Para os casos de perda dupla o defeito que<br />

balizou os limites de intercâmbio foi o curto em Bateias 500 kV seguido da abertura<br />

da LT 500 kV Bateias - Ibiúna C1 e C2.<br />

A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW para os casos de perda<br />

simples, e em torno de 3.000 MW, para os casos de perda dupla. Para todos os<br />

casos o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco<br />

amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV.<br />

Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a<br />

exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 3.000 MW, embora tenha ocorrido uma<br />

redução de somente 300 MW no recebimento do Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz +<br />

RSUL). Já para os casos de perda dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em<br />

torno de 2.200 MW, redução de 700 MW, porém não houve alteração no RSE.<br />

(b) Ano 2005<br />

A partir do ano 2005 foi considerado reforço no subsistema Sul, mais precisamente,<br />

a linha de transmissão 525 kV Salto Santiago - Ivaiporã C2 e a LT 525 kV<br />

Machadinho - Campos Novos C2, e na interligação Sul/Sudeste por meio da LT<br />

525 kV Londrina - Araraquara e do terceiro banco transformador de Ivaiporã<br />

750/525 kV. Esses reforços, além de proporcionarem aumento na exportação do<br />

subsistema Sul, diminuem o impacto da perda dupla com relação a perda simples.<br />

Nesse ano 2005, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites<br />

de intercâmbio foi o curto em Ivaiporã seguido de abertura da LT 525 kV Londrina -<br />

Ivaiporã. Para os casos de perda dupla, o defeito que balizou os limites de<br />

intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV<br />

Bateias - Ibiúna C1 e C2.<br />

Nos casos com Itaipu “Baixo”, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de<br />

5.000 MW para os casos de perda simples e de perda dupla. Para os casos de<br />

perda dupla, o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco<br />

amortecidas, principalmente em Tijuco Preto 750 kV, e nos casos de perda simples<br />

foi a falta de geração no subsistema Sul, apesar de ocorrerem também oscilações<br />

de tensão pouco amortecidas.<br />

Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples e perda<br />

dupla, a exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 4.000 MW e o recebimento do<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 319 / 530


Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.200, mesmo valor para o caso<br />

com Itaipu “Baixo”.<br />

(c) Ano 2006<br />

A partir do ano 2006 foi considerado reforço na interligação Sul/Sudeste, através da<br />

LT 525 kV Londrina - Ivaiporã C2. Este reforço conjuntamente com a LT 525 kV<br />

Salto Santiago – Ivaiporã - Cascavel do Oeste, prevista para o ano 2005,<br />

proporciona um aumento de 1.000MW do RSE e em torno de 900MW na<br />

exportação do subsistema Sul. Ressalta-se, entretanto, que este aumento da<br />

exportação acarreta um maior carregamento da rede de transmissão do Subsistema<br />

Sul.<br />

Neste ano 2006, para os casos de perda simples, o defeito que balizou os limites de<br />

intercâmbio foi o curto em Londrina com a abertura da LT 500 kV Londrina - Assis<br />

nos patamares de carga média e leve, e o FSE máximo no patamar de carga<br />

pesada. Outros defeitos relevantes foram o curto em Itá 525 kV seguido da abertura<br />

da LT 525 kV Ita - Salto Santiago, com desligamento de 2 máquinas de Itá no<br />

patamar de carga média, e curto em Blumenau com abertura da LT 525 kV Campos<br />

Novos - Blumenau. Para os casos de perda dupla o defeito que balizou os limites de<br />

intercâmbio foi o curto em Bateias 525 kV seguido da abertura da LT 500 kV<br />

Bateias -Ibiúna C1 e C2.<br />

A exportação do Sul (FSUL) ficou em torno de 5.500 MW para os casos de perda<br />

simples e de 5.000 MW para perda dupla. Para os casos de perda dupla e simples,<br />

o fator que limitou o intercâmbio foram as oscilações de tensão pouco amortecidas,<br />

principalmente em Tijuco Preto 750 kV, também ocorreu falta de geração no<br />

subsistema Sul nos casos de carga pesada e média.<br />

Para os casos com Itaipu “Alto”, patamar de carga pesada, perda simples, a<br />

exportação do Sul (FSUL) fica em torno de 5.000 MW. Entretanto, o recebimento do<br />

Sudeste (RSE= Itaipu 60Hz + FSUL) em torno de 10.900, praticamente o mesmo<br />

valor para o caso com Itaipu “Baixo”.<br />

<br />

Cenário Sudeste Importador<br />

No cenário Sudeste Importador, os subsistemas Sul e Norte exportam energia para<br />

o Sudeste. Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do<br />

Sudeste, levando este subsistema a operar com baixa inércia.<br />

Nos patamares de carga leve e média, o limite de inércia mínima é rapidamente<br />

atingido, impossibilitando uma definição dos limites de interligação. Para o patamar<br />

de carga pesada, os limites de intercâmbio são muito próximos aos limites do<br />

cenário Sul e Sudeste Exportadores, apesar dos fatores limitantes serem distintos.<br />

No cenário Sudeste Importador e contingências simples, o máximo recebimento<br />

pelo Sudeste (RSE) é limitado, para o ano 2004, pela perda da LT 750 kV Foz -<br />

Ivaiporã seguido do desligamento de 1 máquina de Itaipu 60 Hz. Nota-se, para esta<br />

falta, tendência de colapso de tensão na região de Brasília.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 320 / 530


Sob o ponto de vista da estabilidade eletromecânica do sistema interligado, este<br />

cenário caracteriza-se por poucas máquinas sincronizadas nos subsistemas<br />

Sudeste. Verificam-se oscilações pouco amortecidas entre os subsistemas Sudeste<br />

e Norte/Nordeste, em torno de 0,35 Hz no ano 2004 e 0,45 Hz no ano 2006, e entre<br />

os subsistemas Sul e Sudeste em torno de 0.6Hz, conforme mostra a figura abaixo.<br />

Figura 4.4.1-2 – Fluxo na Interligação Norte/Sul e no Tronco de 750 kV<br />

2863<br />

FLXA 65 IVAIPORA-765 69 IV-ITA-1-765 1 -($32+$36)<br />

ANO 2004 – CARGA PESADA - RSE=11000MW-EXP.SUL=5500MW<br />

FLUXO S.MESA/GURUPI C1&C2<br />

2366<br />

1870<br />

FLUXO IVAIPORÃ/ITABERÁ C1<br />

P4SEAS1.PLT<br />

1373<br />

0, 4, 8, 12, 16, 20,<br />

X Title<br />

<br />

Cenário Sul Importador<br />

Neste cenário temos a transferência de energia do subsistema Sudeste para o Sul<br />

através da interligação Sul/Sudeste e dos subsistemas Norte/Nordeste para o<br />

Sudeste via as interligações Norte/Sul e Sudeste/Nordeste.<br />

Este cenário é caracterizado pelo despacho reduzido das máquinas do Sul, levando<br />

este subsistema a operar com baixa inércia.<br />

(a) Ano 2004<br />

A entrada da LT 500 kV Bateias - Ibiúna, que reforça a interligação Sul/Sudeste,<br />

permite um aumento considerável no intercâmbio entre estes dois subsistemas.<br />

A seguir são listados os fatores que limitam o recebimento do Sul (RSUL), para o<br />

patamar de carga pesada, por ordem de severidade:<br />

<br />

Sobrecarga no Transformador 440/230 kV de Assis<br />

Para níveis de RSUL a partir de 2.900 MW, o transformador 440/230 kV de Assis<br />

passa a operar em sobrecarga. Uma forma de contornar este problema consiste em<br />

operar-se o sistema com este transformador desligado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 321 / 530


Sobrecarga no Transformador 500/345 kV de Ibiúna<br />

Para níveis de RSUL a partir de 3.600 MW, a emergência num dos transformadores<br />

500/345 kV de Ibiúna, ocasiona sobrecarga no remanescente.<br />

<br />

Sobrecarga no Transformador 750/525 kV de Ivaiporã<br />

Para valores de RSUL a partir de 4.000 MW, a perda dupla da LT 500 kV Bateias -<br />

Ibiúna causa sobrecarga na transformação 750/525 kV de Ivaiporã. Já a perda de<br />

um destes transformadores, mesmo estando o RSUL em torno de 5.000 MW, não<br />

acarreta a saída do remanescente por sobrecarga (50%), caso a lógica 6 esteja em<br />

operação.<br />

<br />

Limite Para Atuação do ERAC/S<br />

Uma das possíveis limitações do RSUL se dá em função do esquema regional de<br />

alívio de carga por sobrefreqüência da Região Sul (ERAC/S), que corta até 50% da<br />

carga do Sul. Para valores de RSUL dessa ordem, foram simuladas emergências no<br />

Sul e Sudeste, não sendo constatados problemas de instabilidade transitória, de<br />

tensão ou oscilações não amortecidas. Em relação à sobrecarga nos equipamentos,<br />

vale o que foi apresentado nos itens anteriores.<br />

(b) Anos 2005 e 2006<br />

A entrada das LTs 525 kV Londrina – Assis - Araraquara, Salto Santiago - Ivaiporã<br />

C2, Cascavel do Oeste - Ivaiporã, Machadinho - Campos Novos C2 e do segundo<br />

transformador 440/230 kV de Assis, reforça consideravelmente a interligação<br />

Sul/Sudeste. Para valores de RSUL da ordem de 50% da carga do Sul (limite do<br />

ERAC/S), as sobrecargas nos equipamentos verificadas no ano de 2004 não mais<br />

se apresentam. Além disso, problemas de instabilidade ou oscilações pouco<br />

amortecidas não foram constatados.<br />

4.4.2 Interligação entre as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste<br />

4.4.2.1 Síntese do Desempenho e Evolução dos intercâmbios para cada Cenário<br />

Analisado<br />

<br />

Cenário Norte Exportador<br />

Este cenário caracteriza-se pela exploração da geração da área Norte com<br />

priorização para o Nordeste ou para o Sudeste.<br />

<br />

Norte Exportador com prioridade para o Nordeste<br />

(a) Horizonte 2004<br />

Neste horizonte será possível exportar da área Norte para o Nordeste, cerca de<br />

1.500 MW, estando limitado por contingências internas ao Nordeste, no eixo<br />

Presidente Dutra-Sobradinho, alem das externas, perda da interligação<br />

Sudeste/Nordeste. Em ambos os casos, há riscos de isolamento da área Nordeste,<br />

pela atuação das PPS, entre os sistemas acarretando perda de carga por atuação<br />

do esquema de rejeição de carga por subfreqüência.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 322 / 530


(b) Horizonte 2005<br />

Com a incorporação do segundo circuito Teresina II – Sobral III – Fortaleza II<br />

500 kV e da compensação série (70%) dos circuitos Boa Esperança - São João do<br />

Piauí – Sobradinho, além do AT 500/230 kV de Sobral e do CE 150/-70 Mvar de São<br />

Luis, será possível exportar até 2.100 MW do Norte para o Nordeste, representando<br />

um acréscimo de cerca de 600 MW em relação ao horizonte de 2004. A principal<br />

contingência balizadora deste cenário é a perda de circuito do trecho Boa<br />

Esperança - Sobradinho, acarretando, neste caso, oscilações de baixo<br />

amortecimento na região de Presidente Dutra. A contingência de perda de um<br />

circuito Tucuruí - Vila do Conde, com intercâmbio elevado na interligação Norte/Sul<br />

necessita da ativação de esquema de rejeição de geração em Tucuruí, tendo em<br />

vista risco de instabilidade entre os sistemas.<br />

(c) Horizonte 2006<br />

Neste horizonte não está previsto nenhum reforço de transmissão, razão pela qual<br />

os limites permanecerem praticamente os mesmos de 2005, apesar do acréscimo<br />

de carga neste horizonte. As contingências balizadoras são as mesmas de 2005,<br />

com as conseqüências já comentadas.<br />

<br />

Cenário Norte Exportador com prioridade para o Sudeste<br />

Com a incorporação de um esquema de alívio de geração em Tucuruí para perda de<br />

circuitos na interligação Norte/Sul, será possível exportar até 2.500 MW na<br />

interligação Norte/Sul, medidos no circuito Miracema - Gurupi.<br />

(a) Horizonte 2004<br />

Neste cenário, a perda de um circuito Tucuruí - Vila do Conde é a contingência<br />

balizadora. Deste modo, limitando-se o desligamento a três geradores de Tucuruí,<br />

será possível exportar do Norte para o Nordeste 700 MW nos períodos de carga<br />

pesada e média e 1.100 MW em carga leve. Portanto, o Norte poderá exportar para<br />

o Nordeste e Sudeste, simultaneamente, cerca de 3.200 MW nos períodos de carga<br />

pesada e média e 3.600 MW em carga leve. Desta forma, será possível explorar em<br />

torno de 90% da capacidade máxima totalizada das usinas de Tucuruí e Lajeado no<br />

período de carga pesada.<br />

(b) Horizonte 2005<br />

Neste cenário, com a incorporação das obras na Região Nordeste e a ampliação da<br />

Usina de Tucuruí, com a linha de transmissão associada, será possível exportar do<br />

Norte para o Nordeste até cerca de 1.900 MW, por limitação dinâmica. Neste caso,<br />

além das contingências dos circuitos Tucuruí - Vila do Conde, que exigirão o<br />

desligamento de geradores, a perda dos circuitos Boa Esperança - Sobradinho<br />

serão balizadoras deste cenário.<br />

Este reforço de transmissão e geração representará um acréscimo de cerca de<br />

1.200 MW nos períodos de carga pesada e média e de 700 MW em carga leve na<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 323 / 530


capacidade de exportação do Norte. Deste modo, neste horizonte, será possível<br />

utilizar cerca de 90% da geração das Usinas de Tucuruí e Lajeado, máxima<br />

totalizada, previstas para este horizonte, no período de carga pesada.<br />

(c) Horizonte 2006<br />

Neste horizonte, além dos 2.500 MW exportados na interligação Norte/Sul, será<br />

possível exportar simultaneamente do Norte para o Nordeste cerca de 2.000 MW.<br />

As contingências balizadoras são as mesmas do horizonte 2005, com as mesmas<br />

medidas a serem adotadas.<br />

Neste horizonte, será possível utilizar cerca de 90% da geração de Tucuruí e<br />

Lajeado, máxima totalizada, no período de carga pesada.<br />

<br />

Cenário Sudeste Exportador<br />

Neste cenário, a máxima transferência de potência na interligação Norte/Sul está<br />

limitada a 2.200 MW no trecho Miracema - Imperatriz por motivo de contingências<br />

internas a este trecho, de modo a evitar possíveis atuações de proteções de<br />

sobrecarga dos capacitores série que desencadeiem perda de sincronismo entre as<br />

áreas.<br />

(a) Horizonte 2004<br />

Neste horizonte será possível o Sudeste exportar cerca de 2.900 MW medidos nos<br />

fluxos Miracema - Colinas e Sudeste/Nordeste, totalizados. As contingências<br />

balizadoras deste cenário são a perda dos circuitos ligados a Serra da Mesa.<br />

Destaca-se que a contingência no circuito Serra da Mesa - Rio das Éguas acarreta<br />

oscilações de tensões na interligação Norte/Nordeste de baixo amortecimento<br />

nestes intercâmbios. Com os intercâmbios estabelecidos verificou-se sensibilização<br />

da PPS da interligação Sudeste/Nordeste, sendo este fato limitador para os<br />

intercâmbios balizadores.<br />

(b) Horizonte 2005<br />

Neste horizonte, verifica-se uma elevação da capacidade de exportação do Sudeste<br />

de cerca de 350 MW médios em relação ao horizonte de 2004. Será elevada, ainda,<br />

a capacidade de importação do Nordeste devido a incorporação das obras de<br />

transmissão do Nordeste nos eixos Teresina-Fortaleza e Boa Esperança-<br />

Sobradinho. Deste modo, a contingência balizadora neste cenário é a perda da<br />

interligação Sudeste/Nordeste que acarreta oscilações de baixo amortecimento na<br />

interligação Norte/Nordeste.<br />

(c) Horizonte 2006<br />

Neste horizonte, a capacidade de exportação do Sudeste estará no patamar de<br />

2004, i.e. 2.900 MW, atribuindo-se essa redução, em relação a 2005, à elevação de<br />

carga do sistema. Com a máxima exportação do Sudeste será possível exportar<br />

para o Nordeste cerca de 2.000 MW nos períodos de carga pesada e média. As<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 324 / 530


contingências balizadoras deste cenário são as perdas da interligação Norte/Sul e<br />

Sudeste/Nordeste.<br />

<br />

Cenário Nordeste Exportador<br />

Neste cenário, foi explorada a máxima exportação do Nordeste considerando,<br />

simultaneamente, a máxima exportação do Norte para o Sudeste.<br />

Este cenário não apresentou evolução ao longo do período analisado, mesmo com<br />

a incorporação das obras no Nordeste. Em todos os horizontes, a máxima<br />

exportação do Nordeste não superou 1.160 MW medidos nas interligações<br />

Norte/Nordeste e Nordeste/Sudeste somados. A principal limitação é oscilação de<br />

baixo amortecimento na interligação Sudeste/Nordeste, quando de contingência no<br />

eixo Boa Esperança - Sobradinho.<br />

<br />

Cenário Norte Importador<br />

Este cenário foi analisado nos horizontes 2005 e 2006 nos períodos de carga<br />

pesada, como complementação de ponta de carga.<br />

(a) Horizontes 2005/2006<br />

Nos horizontes analisados limitou-se a importação do Norte pelo número de<br />

máquinas sincronizadas em Tucuruí, de tal modo que foi considerado um mínimo de<br />

8 máquinas nesta usina. Desta forma, a importação máxima do Norte seria de cerca<br />

de 1.900 MW. Com esta premissa não foram detectados problemas de origem<br />

dinâmica.<br />

4.4.2.2 ANÁLISE DAS CONTINGÊNCIAS BALIZADORAS DOS INTERCÂMBIOS<br />

<br />

Cenário Norte Exportador:<br />

Este cenário se caracteriza pela maximização da geração da usina de Tucuruí I e II,<br />

o que acarreta fluxos elevados nos eixos Tucuruí – Marabá – Imperatriz, bem como<br />

elevação do nível de curto circuito na SE Tucuruí.<br />

Alternativamente, esse cenário se desdobra em duas situações:<br />

- maximizar o recebimento do Nordeste;<br />

- maximizar o fluxo no sentido Norte⇒Sudeste.<br />

(a) Perda do circuito Boa Esperança –S. João do Piauí<br />

Esta contingência, juntamente com Tucuruí – Vila do Conde, foi balizadora para a<br />

maioria dos casos, podendo ocasionar abertura das interligações Norte/Nordeste e<br />

Nordeste/Sudeste com conseqüentes cortes de carga pela ativação de ERAC, além<br />

de oscilações de baixo amortecimento no Nordeste.<br />

(b) Perda do circuito Tucuruí – Vila do Conde<br />

A elevação do nível de curto-circuito da SE Tucuruí torna esta contingência crítica,<br />

cujas conseqüências são a perda de sincronismo entre os subsistemas e a<br />

presença de oscilações pouco amortecidas entre o Norte e o Nordeste. Utilizou-se<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 325 / 530


então esquema de desligamento de até 3 máquinas de Tucuruí a fim de evitar os<br />

referidos problemas.<br />

(c) Perda do circuito Tucuruí-Marabá C2<br />

A motorização da 5ª, 6ª e 7ª unidades geradoras de Tucuruí II ao longo de 2004<br />

eleva consideravelmente o fluxo nesse trecho causando perda de estabilidade<br />

quando da perda de um dos circuitos, sendo necessário esquema de desligamento<br />

de uma (carga pesada e média) ou duas unidades (carga leve) de Tucuruí. A partir<br />

de 2005, a entrada do 4º circuito Tucuruí - Marabá e do 2º circuito Marabá -<br />

Açailândia permite a prática dos intercâmbios mencionados sem a utilização de<br />

esquema de desligamento de máquinas de modo a evitar perda de sincronismo.<br />

(d) Perda do Circuito do Eixo Serra da Mesa - Bom Jesus da Lapa II<br />

Observou-se que em algumas situações neste cenário, esta contingência foi<br />

balizadora devido à presença de oscilações de tensão pouco amortecidas entre o<br />

Norte e o Nordeste, principalmente quando se prioriza o recebimento do Nordeste.<br />

<br />

Cenário Sudeste Exportador:<br />

Esse cenário caracteriza-se por fluxos elevados na interligação Norte/Sul (da ordem<br />

de 2.200MW no Sentido Serra da Mesa - Imperatriz) e na interligação<br />

Sudeste/Nordeste (em torno de 800 MW no sentido Serra da Mesa – Governador<br />

Mangabeira).<br />

(a) Perda da Interligação Sudeste/Nordeste (S. Mesa – Rio das Éguas)<br />

Neste cenário o máximo intercâmbio na interligação Sudeste/Nordeste, de tal modo<br />

que a perda desta interligação acarreta o escoamento instantâneo do fluxo para as<br />

regiões Norte e Nordeste, tendo como conseqüência um aumento do intercâmbio<br />

entre as áreas Norte e Nordeste, levando ao risco de perda de sincronismo entres<br />

estas áreas além de oscilações de tensão entre o Norte e o Nordeste de baixo<br />

amortecimento. Esta contingência é, balizadora para este cenário juntamente com a<br />

perda de um dos trechos da Norte-Sul, especificamente S. Mesa - Gurupi.<br />

(e) Perda do trecho Serra da Mesa / Gurupi<br />

Esta contingência apresenta-se como a de maior severidade no ano de 2004, ano<br />

este que antecede a entrada dos reforços no Norte e no Nordeste, havendo risco de<br />

instabilidade do sistema para fluxos da ordem de 2.200 MW na interligação Norte-<br />

Sul.<br />

<br />

Cenário Nordeste Exportador:<br />

Esse cenário caracterizou-se pela seguinte distribuição de fluxo:<br />

- Eixo Sobradinho - Boa Esperança - Presidente Dutra com fluxo elevado;<br />

- Eixo Luiz Gonzaga – Milagres - Fortaleza com fluxo elevado;<br />

- Interligação Sudeste/Nordeste com fluxo no sentido Sapeaçu ⇒ Serra da Mesa;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 326 / 530


- Eixo Presidente Dutra – Teresina II – Fortaleza II com fluxo reduzido.<br />

(f) Perda no trecho Boa Esperança - Sobradinho<br />

Para esta falta observou-se o aparecimento de oscilações não amortecidas entre<br />

os sistemas, onde destacamos as oscilações de tensão em Bom Jesus da Lapa II,<br />

fator limitante para a definição dos intercâmbios limites.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 327 / 530


5 Síntese da Análise da Confiabilidade da Rede Básica<br />

Este item apresenta os principais resultados comentados e respectivas premissas<br />

da avaliação probabilística preditiva dos níveis de confiabilidade, em regime<br />

estacionário (adequação), da Rede Básica brasileira, no horizonte 2003 - 2005,<br />

consoante o Plano de Ampliações e Reforços - PAR [5]. Uma descrição detalhada<br />

da avaliação da confiabilidade do SIN pode ser encontrada no relatório<br />

“Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003-2005” [7].<br />

Tais resultados constituem subsídio relevante para as ações de operação /<br />

planejamento, dado que complementam a análise tradicionalmente efetuada, em<br />

bases essencialmente determinísticas. As informações aqui disponibilizadas podem<br />

facilitar a gradativa evolução do clássico, porém rígido, critério "n-1" de<br />

planejamento, para o uso de critérios que reconheçam as incertezas e riscos<br />

intrínsecos a todo sistema elétrico de potência. Nessa perspectiva, o uso rotineiro e<br />

continuado da análise aqui apresentada possibilitará, futuramente, a caracterização<br />

dos paradigmas de riscos admissíveis na gestão da operação e planejamento do<br />

sistema [7].<br />

É fundamental ressaltar que todos os resultados apresentados são estritamente<br />

condicionados ao conjunto de premissas registradas na subseção 6.5.6 deste<br />

documento e descritas em detalhe no relatório [7]. Em particular, alerta-se o leitor<br />

que foi permitido o uso de medidas corretivas (e.g. redespacho de potência ativa)<br />

para a eliminação de violações operativas, em consonância com a práxis<br />

internacional em estudos de confiabilidade enfocando adequação. Também deve<br />

ser lembrado que todos os índices de confiabilidade são muito sensíveis aos<br />

intercâmbios do sistema. No estudo em pauta, um único ponto de operação foi<br />

analisado. Nos estudos do PAR, considerando outros cenários de geração e fluxos<br />

na interligação Norte – Sul, foram observadas maiores solicitações em alguns<br />

pontos do sistema, não investigadas na presente análise de confiabilidade.<br />

Estruturalmente esta seção está organizada da seguinte forma: Na subseção 5.1<br />

são mencionados alguns conceitos importantes para o bom entendimento do<br />

assunto tratado. Um brevíssimo glossário é aí esboçado. Na subseção 5.2<br />

apresentam-se os resultados, alguns deles inéditos, da análise de confiabilidade do<br />

sistema elétrico brasileiro, sob o ponto de vista global. Na subseção 5.3<br />

apresentam-se as principais conclusões. Como já foi acima mencionado, na<br />

subseção 6.5.6 registram-se as premissas usadas na avaliação numérica da<br />

confiabilidade.<br />

5.1 Aspectos Conceituais<br />

Visando facilitar a leitura deste documento, esta seção apresenta um conjunto<br />

resumido de alguns conceitos pertinentes ao tema tratado.<br />

- Adequação - é um tipo de análise clássica de confiabilidade realizada<br />

estritamente sob o ponto de vista do regime permanente. Nesse tipo de análise<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 328 / 530


é usual permitir-se o emprego de todas as medidas corretivas disponíveis para<br />

a eliminação de violações. A restrição do uso de medidas corretivas<br />

(principalmente o redespacho) pode ser realizada no âmbito de um estudo de<br />

confiabilidade enfocando a segurança (que considera o regime dinâmico do<br />

sistema).<br />

- Índices ou indicadores de confiabilidade ou desempenho - são as diversas<br />

mensurações de riscos passíveis de cálculo numérico. Usualmente o termo<br />

"confiabilidade" é usado para avaliações preditivas considerando as incertezas<br />

(i.e. em cenários futuros), enquanto o termo "desempenho" refere-se ao<br />

horizonte pretérito (i.e. a pós-operação). Ambos os termos englobam tanto<br />

aspectos sistêmicos como aspectos associados a componentes ou<br />

equipamentos. Existem muitos índices de confiabilidade, entre os quais, os<br />

usados neste trabalho são os seguintes: Severidade, PPS, PPC, ENS, DPC,<br />

FPC.<br />

- Severidade - é um dos mais modernos e importantes indicadores de risco<br />

probabilístico. A severidade é um índice normalizado, dado pela divisão de um<br />

valor estimado da energia interrompida (em MWh) por uma base de potência<br />

em MW (geralmente a ponta de carga do sistema ou de uma área). O valor<br />

numérico é multiplicado por 60 para a conversão em minutos. A severidade é<br />

então expressa em sistema-minuto ou simplesmente minuto. Assim, ele exprime<br />

um tempo fictício de um blecaute imaginário, que seria necessário para<br />

acumular uma energia não suprida exatamente equivalente àquela calculada,<br />

se toda a carga do sistema fosse afetada. Trata-se de um índice que captura<br />

não apenas a habitualidade das falhas do sistema, mas também a gravidade e<br />

conseqüências das mesmas. Pelo fato de ser um indicador normalizado,<br />

permite a comparação de sistemas de portes e naturezas distintas, advindo daí<br />

a sua importância. A severidade é um dos poucos indicadores probabilísticos de<br />

curso internacional e que já dispõe de uma escala de valoração classificatória,<br />

com base logarítmica. O conceito que o embasa é o da classificação dos<br />

eventos de forma semelhante àquele empregado no tratamento de terremotos,<br />

onde cada escala é diferenciada da antecedente por uma ordem de grandeza. A<br />

Tabela 5.2.1 mostra a hierarquia usada na classificação da confiabilidade do<br />

sistema via severidade. Cabe ainda ressaltar que entre dois sistemas, o mais<br />

confiável é o que apresenta menor valor numérico de severidade. Outra grande<br />

vantagem da severidade como indicador de risco, advém da possibilidade de<br />

calculá-lo tanto para eventos pretéritos, como de forma preditiva. A título de<br />

exemplo, a avaliação pretérita do blecaute do dia 11.03.1999 ocorrido no Brasil,<br />

mostrou que o mesmo alcançou o grau 3 (muito grave), com aproximadamente<br />

117 sistema-minutos.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 329 / 530


Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6]<br />

Classificação<br />

Severidade S<br />

(sistema-minuto)<br />

Interpretação<br />

Comentário<br />

Grau 0 S < 1 aceitável condição normal<br />

Grau 1 1 ≤ S < 10 não grave significativa p/ poucos agentes / consumidores<br />

Grau 2 10 ≤ S < 100 grave sério impacto p/ todos os agentes / consumidores<br />

Grau 3 100 ≤ S < 1000 muito grave<br />

Grau 4 1000 ≤ S catastrófica<br />

muito sério impacto p/ todos os agentes /<br />

consumidores, blecaute<br />

extremo impacto p/ todos: colapso do sistema,<br />

blecaute total<br />

- PPS - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a<br />

probabilidade de problemas no sistema. Esse índice reflete a situação<br />

estacionária do sistema imediatamente após a ocorrência das contingências,<br />

porém sem a aplicação de qualquer medida corretiva. Não diferencia a<br />

gravidade dos eventos, apenas os contabiliza.<br />

- PPC - é um indicador de confiabilidade adimensional (%) que exprime a<br />

probabilidade de perda de carga. Esse índice reflete a situação estacionária do<br />

sistema imediatamente após a ocorrência das contingências, porém com a<br />

aplicação de todas as medidas corretivas liberadas na análise em questão. Não<br />

diferencia a gravidade dos eventos, apenas os contabiliza.<br />

- ENS - é um indicador de confiabilidade (em MWh) que exprime a expectância<br />

de energia não suprida (ou seja, o valor médio da energia interrompida). Esse<br />

indicador diferencia a gravidade dos eventos e permite uma valoração<br />

econômica através do custo da energia interrompida.<br />

- DPC - é um indicador de confiabilidade (em horas) que exprime a duração de<br />

perda de carga (ou seja, o valor médio da duração da perda de carga)<br />

- FPC - é um indicador de confiabilidade (em ocorrências/ano) que exprime a<br />

freqüência de perda de carga (ou seja, a freqüência média de interrupção de<br />

carga).<br />

- Critério "n-1" - é, possivelmente, o mais tradicional critério determinístico de<br />

planejamento de sistemas elétricos de potência. Grosso modo, impõe que o<br />

sistema planejado deve ser infenso a todas as possíveis contingências simples.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 330 / 530


- Malha e Fronteira - elementos da malha são as linhas de transmissão e<br />

transformadores da rede básica conectados a outros elementos da própria<br />

malha, em ambas as extremidades. Elementos de fronteira são os<br />

transformadores que conectam a malha à rede não básica.<br />

- Níveis de risco - neste documento é sinônimo de níveis de confiabilidade.<br />

- Probabilidade - reflete o conceito de incerteza. É um valor numérico entre zero<br />

e um, que indica a chance de ocorrência de um fato qualquer. O valor unitário<br />

está associado à certeza absoluta, enquanto o valor zero indica a<br />

impossibilidade do fato acontecer.<br />

- Risco probabilístico intrínseco - refere-se à possibilidade de falha inerente a<br />

qualquer sistema físico, por mais robusto que seja. Em outras palavras, reflete o<br />

conceito básico da análise probabilística de confiabilidade de que a única<br />

certeza possível é a que afirma que todo sistema falha.<br />

- Função transmissão principal - refere-se ao transporte de energia<br />

exclusivamente pelas linhas de transmissão da rede básica. No documento<br />

essa função é amiúde denotada por LT.<br />

- Função transformação - refere-se ao transporte de energia exclusivamente<br />

pelos transformadores de malha de rede básica. No documento, essa função é<br />

geralmente denotada por TM (trafo de malha).<br />

- Função transformação de fronteira - refere-se ao transporte de energia<br />

exclusivamente pelos transformadores de fronteira da rede básica. No<br />

documento essa função é denotada por TF (trafo de fronteira).<br />

- Enumeração - é um método de análise de confiabilidade baseado na<br />

investigação exaustiva de uma lista de contingências.<br />

- Margem operacional de manobras - reflete os recursos e flexibilidade de um<br />

sistema para a eliminação de eventuais violações operativas.<br />

- Modos de falha - são as situações definidas como sendo os "defeitos" do<br />

sistema, tais como, subtensões, sobretensões, ilhamentos, sobrecargas, déficits<br />

de geração, etc.<br />

- Área elétrica - são os conjuntos de barramentos e linhas, geralmente<br />

associados a uma empresa ou região geográfica, definidos tradicionalmente nos<br />

estudos de fluxos de potência.<br />

- Simulação Monte Carlo - é uma forma de cálculo numérico da confiabilidade,<br />

cuja precisão é passível de controle pelo usuário, através da especificação de<br />

um parâmetro chamado "coeficiente de variação".<br />

- Enumeração - é outra forma de cálculo numérico da confiabilidade na qual o<br />

analista especifica rigorosamente todas as linhas de transmissão,<br />

transformadores e geradores que serão submetidos a contingências.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 331 / 530


5.2 Resultados Globais: Confiabilidade do Sistema Brasileiro<br />

5.2.1 Evolução Temporal do Risco Probabilístico Intrínseco da Malha Elétrica<br />

<br />

Intróito:<br />

As simulações realizadas geram um grande volume de indicadores probabilísticos<br />

diferenciados, representativos dos riscos do sistema elétrico. Entre eles destaca-se<br />

a denominada Severidade, expressa em minutos (também se usa a expressão<br />

"sistema-minuto"), e que será primeiramente utilizada para ilustrar a evolução<br />

temporal do risco no horizonte de análise, cobrindo oito configurações do sistema<br />

elétrico brasileiro, ao longo do horizonte 2003-2005.<br />

As oito configurações analisadas são as seguintes: junho 2003, dezembro 2003,<br />

fevereiro 2004, junho 2004, dezembro 2004, fevereiro 2005, junho 2005, dezembro<br />

2005.<br />

<br />

Resultados e Interpretação:<br />

A Figura 5.2.1 ilustra (vide a linha pontilhada) a evolução temporal do risco do<br />

sistema de transmissão brasileiro, expresso pela severidade. A linha cheia mostra a<br />

evolução da carga. Embora tenham sido analisadas apenas oito instantes de tempo,<br />

representando configurações estáticas, em regime de carga pesada, os gráficos são<br />

apresentados de forma contínua, no intuito de facilitar a visualização das variações<br />

entre cada instante, através dos coeficientes angulares de cada trecho das curvas.<br />

Toda a análise reflete a aplicação de contingências simples em todos os elementos<br />

com incertezas representadas.<br />

Deve ser ressaltado que na Figura 5.2.1 observa-se a evolução da severidade<br />

(minutos) do sistema brasileiro considerando as incertezas da totalidade de linhas<br />

(LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de fronteira (TF) da rede<br />

básica brasileira. A evolução da ponta de carga (MW) de todo o sistema, também<br />

mostrada nessa figura, tem a função de possibilitar uma comparação do<br />

crescimento da carga com os recursos agregados aos sistema. A análise<br />

concentrou-se no regime de carga pesada e contingências simples.<br />

(Nota de esclarecimento: trafos de fronteira ou acesso são os que conectam a rede<br />

básica à rede não básica, trafos de malha são os que conectam ao menos dois<br />

elementos da rede básica).<br />

A severidade [6] é um índice normalizado, dado pelo quociente da energia não<br />

suprida (MWh) pela ponta (MW) do sistema analisado e com o resultado convertido<br />

em minutos.<br />

Na Figura 5.2.1, a comparação dos coeficientes angulares da curva de carga com<br />

os coeficientes angulares da severidade informa se o percentual de variação da<br />

carga foi ou não acompanhado de uma degradação ou melhoria percentual<br />

compatível do risco expresso pela severidade. Nota-se, por exemplo, que entre<br />

fevereiro de 2005 e junho 2005, o crescimento da carga levou a um significativo<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 332 / 530


crescimento da severidade, violando a fronteira do grau 1, que sinaliza uma<br />

situação grave (vide Tabela 5. 2.1). Caso houvesse um critério de planejamento que<br />

sugerisse o grau 1 como meta a ser perseguida, a indicação do gráfico estaria<br />

apontando a necessidade de antecipação de algumas ampliações e/ou reforços do<br />

sistema.<br />

A Figura 5.2.2 mostra um outro resultado qualitativo interessante, comparando o<br />

risco intrínseco apenas das linhas de transmissão (LT) e apenas dos trafos de<br />

malha (TM) com os riscos acumulados totais e acumulados de linhas mais trafos de<br />

malha. Pode-se aí notar que os riscos nodais, associados aos trafos de malha,<br />

situam-se num patamar de alta confiabilidade, abaixo do grau zero. Por outro lado,<br />

a diferença entre a curva superior (LT+TM+TF) e a curva agregando (LT+TM)<br />

evidencia a contribuição significativa dos transformadores de fronteira(TF) para a<br />

degradação do risco.<br />

Esse resultado é muito importante porque alerta que a confiabilidade da grande<br />

massa de consumidores é mais afetada pelas interfaces da rede básica com os<br />

subsistemas de subtransmissão e distribuição (também aqui denominada como<br />

função transformação de fronteira) do que pelos elementos da malha de alta tensão.<br />

Deve-se lembrar que a curva associada ao desempenho dos transformadores de<br />

malha foi obtida considerando que todos os transformadores têm supostamente a<br />

mesma taxa de falha e tempo de reparo. Futuros estudos, utilizando parâmetros<br />

mais precisos, poderão apontar resultados com um grau maior de variabilidade.<br />

Finalmente, com base nas Figuras 5.2.1 e 5.2.2, conclui-se que o sistema brasileiro,<br />

como um todo, não atende ao critério "n-1", seja no que concerne a linhas de<br />

transmissão, transformadores de malha ou transformadores de fronteira (o critério<br />

seria atendido quando o valor da severidade fosse nulo). Uma avaliação do grau de<br />

aderência ao critério "n-1" pode ser vista em [7].<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 333 / 530


Figura 5.2.1 - Evolução da Severidade na Rede Básica<br />

SEV G lo b a l 2003<br />

2004 2005<br />

Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />

Carga Global 54004,25 53410,62 53878,59 56874,24 56035,98 56614,34 59485,66 58488,45<br />

Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira<br />

Carga Global<br />

12,00<br />

70000,0<br />

10,00<br />

60000,0<br />

50000,0<br />

8,00<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

6,00<br />

4,00<br />

GRAU 0<br />

40000,0<br />

30000,0<br />

Carga Global do Sistema (MW)<br />

20000,0<br />

2,00<br />

10000,0<br />

0,00<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

0,0<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 334 / 530


Figura 5.2.2 - Contribuições de Linhas e Trafos para os Níveis de Risco do Sistema Brasileiro<br />

SEV G lo b a l 2003<br />

2004 2005<br />

Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />

Linhas +Tr. Malha 7,70 7,61 6,92 7,13 6,87 7,37 8,11 6,96<br />

Linhas 7,28 7,33 6,63 6,95 6,68 7,16 7,91 6,78<br />

Tr. Malha 0,42 0,29 0,29 0,18 0,19 0,20 0,20 0,18<br />

LT+Tr.M+Tr.F<br />

LT+Tr.M<br />

LT<br />

Tr. M<br />

12,00<br />

10,00<br />

GRAU 1<br />

8,00<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

6,00<br />

4,00<br />

2,00<br />

GRAU 0<br />

0,00<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 335 / 530


5.2.2 Desempenho Esperado por Nível de Tensão<br />

<br />

Intróito:<br />

Os elementos de transmissão de cada nível de tensão provocam, sabidamente,<br />

impactos distintos no desempenho global da malha sistêmica. A identificação da<br />

responsabilidade de cada nível é importante porque facilita a procura de ações<br />

gerenciais de planejamento mais direcionadas. Tal argumento justifica a análise<br />

realizada nesta seção. A evolução temporal do risco foi espelhada pela severidade.<br />

Embora vários elementos da malha de 750 kV não pertençam à rede básica, a<br />

análise global desse nível de tensão foi incluída pelo seu forte impacto no<br />

desempenho da própria rede básica.<br />

<br />

Resultados e Interpretação:<br />

As Figuras 5.2.3 a 5.2.5 ilustram a evolução temporal do risco discriminado por<br />

malhas de tensões distintas. Cumpre inicialmente ressaltar que os resultados<br />

retratam tão-somente a influência das contingências simples das linhas de<br />

transmissão (LT) e transformadores de malha (TM). Nessas análises não foram<br />

aplicadas contingências nos transformadores de fronteira (TF). Apenas o regime de<br />

carga pesada foi tratado.<br />

Inicialmente, na Figura 5.2.3, comparam-se os desempenhos das malhas de 230 kV<br />

das regiões Norte/Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste, observando-se que em<br />

nenhum caso o critério "n-1" é atendido (como a simulação realizada contempla<br />

apenas contingências simples, o atendimento ao critério "n-1" seria verificado<br />

quando o índice fosse nulo). Entretanto, destacam-se os excepcionais<br />

desempenhos relativos da malha da Região Sul (inferior ao grau zero em todo o<br />

horizonte analisado) e em menor escala, mais ainda assim muito bom, o<br />

desempenho da malha de 230 kV da Região Sudeste/Centro-Oeste.<br />

Comparativamente, o desempenho da malha de 230 kV da Região Norte/Nordeste é<br />

o que apresenta debilidade mais acentuada. Nota-se porém, que em nenhum<br />

momento a severidade atinge a marca dos 5,0 minutos. Uma das possíveis causas<br />

dessa situação advém da própria estrutura fortemente radializada da Região<br />

Norte/Nordeste, em contraposição a uma estrutura mais malhada, que se verifica<br />

nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.<br />

Na Figura 5.2.4 constata-se que a malha de 500 kV do Sudeste e a de 525 kV do<br />

Sul atendem ao clássico critério "n-1" de planejamento em algumas das<br />

configurações analisadas. Fica evidente que a antecipação de obras levaria o<br />

sistema de 500 kV do Sudeste e 525 kV do Sul a operar atendendo ao critério "n-1"<br />

ao longo de todo o horizonte estudado. O mesmo não ocorre com a malha de<br />

500 kV do Norte/Nordeste, muito embora o desempenho sob o ponto de vista da<br />

severidade seja excelente (permanece durante todo o período na faixa do grau<br />

zero, vide Tabela 5.2.1).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 336 / 530


Finalmente, na Figura 5.2.5 nota-se a grande robustez das malhas de 750 kV e<br />

440 kV que também atendem parcialmente ao critério "n-1". O sistema de 345 kV<br />

apresenta comportamento oscilatório, porém com um nível de risco medianamente<br />

na faixa do grau zero.<br />

Comparando agora o comportamento relativo de todos os níveis de tensão percebese<br />

de forma nítida que talvez seja pertinente uma discussão sobre a conveniência<br />

de fixação de critérios probabilísticos diferenciados para cada nível de tensão. Isso<br />

ocorre porque se pode notar que os patamares médios de risco de cada nível de<br />

tensão são identificados qualitativamente, grosso modo via inspeção visual, sem<br />

dificuldades.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 337 / 530


Figura 5.2.3 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão – 230 kV<br />

SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />

Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha 230 kV (SE/CO) 1,09 0,98 0,82 0,96 0,97 1,02 0,99 0,72<br />

230 kV (N/NE) 4,48 4,84 4,30 4,30 4,67 4,56 4,49 4,85<br />

230 kV (S) 0,49 0,59 0,69 0,50 0,31 0,44 0,44 0,28<br />

230 kV (SE/CO)<br />

230 kV (N/NE)<br />

230 kV (S)<br />

6,00<br />

5,00<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

4,00<br />

3,00<br />

2,00<br />

GRAU 0<br />

1,00<br />

0,00<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 338 / 530


Figura 5.2.4 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 500 kV<br />

SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />

Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha 500 kV (N/NE) 0,28 0,29 0,29 0,18 0,19 0,23 0,22 0,18<br />

500 kV (SE) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,07 0,00<br />

525 kV (SUL) 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00<br />

500 kV (N/NE)<br />

500 kV (SE)<br />

525 kV (SUL)<br />

0,35<br />

0,30<br />

0,25<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

0,20<br />

0,15<br />

0,10<br />

0,05<br />

0,00<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 339 / 530


Figura 5.2.5 - Evolução da Severidade na Rede Básica por Nível de Tensão - 750/440/345 kV<br />

SEV por Nível de Tensão 2003 2004 2005<br />

Caso jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha 765 kV 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,25 0,00<br />

345 kV 1,20 0,90 0,82 1,19 0,73 0,84 1,49 0,94<br />

440 kV 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,12 0,00<br />

765 kV<br />

345 kV<br />

440 kV<br />

1,60<br />

1,40<br />

1,20<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

1,00<br />

0,80<br />

0,60<br />

GRAU 0<br />

0,40<br />

0,20<br />

0,00<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

5.2.3 Impacto de Contingências Múltiplas de Transmissão<br />

<br />

Intróito:<br />

Pela própria definição, o tradicional critério "n-1" refere-se ao impacto de<br />

contingências envolvendo elementos singulares. Sabe-se que o teste exaustivo de<br />

todas as contingências simples, embora oneroso, é ainda computacionalmente<br />

factível para a Rede Básica Brasileira. Ocorre, entretanto, que grandes blecautes do<br />

sistema são amiúde provocados por contingências múltiplas, o que tem originado as<br />

seguintes questões: "Qual o impacto das contingências múltiplas na confiabilidade<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 340 / 530


do sistema?"; "Seria viável o uso prático do critério "n-2" clássico, visando garantir<br />

maior confiabilidade ao sistema?" Visando uma resposta preliminar às indagações<br />

acima, foi realizada uma investigação do sistema envolvendo contingências<br />

múltiplas.<br />

<br />

Resultados e Interpretação:<br />

A Figura 5.2.6 ilustra a comparação da severidade causada por contingências<br />

simples com a evolução da severidade causada por contingências múltiplas.<br />

Entenda-se como "contingências múltiplas" um conjunto envolvendo<br />

acumuladamente todos os tipos de contingências, isto é, contingências simples,<br />

duplas, triplas, quádruplas e de ordem superior. Essa simulação foi realizada via<br />

Monte Carlo, com um coeficiente de variação (incerteza) de 3%. Em toda a análise<br />

foi considerado apenas o regime de carga pesada e a malha tratada englobou<br />

linhas, trafos de malha e trafos de fronteira.<br />

Observando as duas curvas é claro que as mesmas diferem aproximadamente de 4<br />

minutos, o que representa, também grosso modo, cerca de 40% do valor associado<br />

unicamente às contingências simples. Portanto, o desprezo das contingências de<br />

ordem superior às singulares representa um montante de risco em torno de 40%,<br />

que é bastante significativo. Essa constatação responde à primeira questão acima<br />

proposta.<br />

Na tentativa de responder à segunda questão, foi realizada uma simulação, por<br />

enumeração, envolvendo acumuladamente todas as contingências simples e duplas<br />

da configuração de junho de 2003, em carga pesada. A severidade resultante<br />

situou-se em 15,60 minutos, apontada com um único sinal triangular na Figura 5.2.6<br />

e pela barra intermediária na Figura 5.2.7.<br />

Essa simulação, envolvendo 879801 processamentos de fluxos de potência, via<br />

algoritmo de pontos interiores, revelou-se bastante onerosa computacionalmente,<br />

dado que requereu aproximadamente 269 horas (» 11 dias) de cálculo, num<br />

computador Pentium III, 733 MHz, 128 kb RAM, exclusivamente dedicado. Para que<br />

fique bem caracterizado o esforço computacional associado às contingências<br />

duplas registra-se que apenas o cálculo do conjunto de todas as contingências<br />

simples (1326 casos propostos) utilizando o mesmo computador, requereu um total<br />

aproximado de 135 minutos. Esse fato responde à segunda questão levantada,<br />

demonstrando a dificuldade operacional do cálculo rotineiro e exaustivo (por<br />

enumeração) de todas as contingências duplas da malha nacional, com a tecnologia<br />

e algoritmos atualmente disponíveis. Isso implica na adoção da metodologia Monte<br />

Carlo, caso uma análise do efeito de contingências de ordem superior seja<br />

necessária.<br />

É interessante notar que, no caso simulado (carga pesada, junho/2003), a parcela<br />

de severidade correspondente apenas às contingências duplas, cobre<br />

aproximadamente 75% da diferença entre as simples e as múltiplas. Então, a<br />

contribuição das contingências triplas e de ordem superior situar-se-ia em torno de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 341 / 530


1 (um) minuto. Caso a extrapolação destes percentuais fosse válida, tal<br />

consideração poderia ser útil para a fixação preliminar de fronteiras conservativas<br />

de desempenho probabilístico, refletindo a possibilidade de ocorrências múltiplas.<br />

A configuração topológica base de junho de 2003 tem uma probabilidade de<br />

ocorrência de 65,52%. Isso significa que aproximadamente durante 35% de uma<br />

base de tempo muito extensa, a Rede Básica não está intacta (ou seja, ocorre<br />

algum tipo de desligamento). Para esta configuração, o percentual analisado do<br />

espaço probabilístico de estados, considerando-se o caso base e também todas as<br />

contingências simples, atinge 92,70%, ou seja, a diferença (92,70 - 65,52 = 27,18%)<br />

corresponde apenas às contingências simples. O percentual do espaço não<br />

analisado (100 - 92,70 = 7,30%) corresponde então ao somatório das contingências<br />

duplas, triplas e de ordem superior. (Nota Auxiliar de Esclarecimento: Julga-se aqui<br />

oportuno lembrar a diferença conceitual entre probabilidade e duração de um<br />

estado probabilístico.)<br />

O percentual analisado do espaço probabilístico de estados considerando o casobase<br />

mais todas as contingências simples, mais todas as contingências duplas,<br />

atinge 97,992%. Infere-se então que a parcela associada apenas às duplas,<br />

corresponde aproximadamente a (97,992 - 92,70 = 5,29%) e o percentual de<br />

aproximadamente (100 - 97,992 = 2,0%) representa as contingências triplas,<br />

quádruplas e de ordem superior.<br />

Para o analista, o grande aspecto de interesse aqui é a constatação que apenas<br />

durante 2% de uma base de tempo muito extensa, a Rede Básica está<br />

significativamente debilitada, com desligamentos triplos ou de ordem superior.<br />

Porém, durante 5% desse tempo pode-se verificar a incidência de desligamentos<br />

duplos na Rede Básica.<br />

Não obstante, foi indicado (vide seção 6.3 da Ref. 3) que o montante de energia<br />

cortada oriundo de contingências múltiplas não importa em valor econômico que<br />

justifique investimentos capazes de mitigar essas contingências de ordem superior.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 342 / 530


Figura 5.2.6 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade (Carga Pesada)<br />

SEV Global<br />

Contingências<br />

2003<br />

2004 2005<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Linhas +Tr. Malha + Tr. Fronteira Simples 11,02 10,03 9,24 9,57 9,25 9,59 10,82 9,51<br />

Simples + Duplas 15,60<br />

Simples + Duplas + Ordem Superior 17,40 15,17 14,09 14,75 14,20 14,73 17,53 14,91<br />

Contingências Simples<br />

Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior<br />

Contingências Simples + Duplas<br />

20,0<br />

18,0<br />

16,0<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

14,0<br />

12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

jun/03 dez/03 fev/04 jun/04 dez/04 fev/05 jun/05 dez/05<br />

Meses/Ano<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 343 / 530


Figura 5.2.7 – Impacto das Contingências Múltiplas de Transmissão - Severidade<br />

Contingências Simples<br />

Contingências Simples + Duplas<br />

Contingências Simples + Duplas + Ordem Superior<br />

20<br />

18<br />

17,40<br />

16<br />

15,60<br />

Severidade (sistema-minuto)<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

11,02<br />

4<br />

2<br />

0<br />

jun/03<br />

Meses/Ano<br />

5.3 Principais Conclusões<br />

Neste item são enumeradas as principais conclusões retiradas dos estudos<br />

efetuados. As análises levam em conta a classificação conceitual exposta na Tabela<br />

5.2.1. explicitada na subseção 5.1 - Aspectos Conceituais.<br />

<br />

Evolução do Risco da Rede Elétrica Brasileira<br />

- Foi constatado que a rede elétrica básica brasileira planejada, consoante o PAR<br />

2003/2005, tem um risco probabilístico intrínseco expresso, aproximadamente,<br />

por um valor de severidade inferior a 10 (dez) sistema-minutos, para<br />

contingências simples e regime de carga pesada (vide Figura 5.2.1).<br />

- Foi também confirmado que o sistema brasileiro planejado não atende ao<br />

critério determinístico referido como "n-1"(o critério seria atendido quando o<br />

valor da severidade fosse nulo).<br />

<br />

Desempenho da Rede: Transmissão, Transformação e Transformação de<br />

Fronteira<br />

- Foi confirmado que, do ponto de vista funcional, uma importante fonte de risco<br />

para a malha nacional advém da função transformação de fronteira (vide<br />

definição na subseção 5.1) - TF. Esse resultado sugere que um melhor<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 344 / 530


desempenho pode ser alcançado caso haja um maior aporte de recursos nesse<br />

segmento da rede básica (vide Figura 5.2.2).<br />

- Foi constatada uma acentuada robustez no desempenho dos transformadores<br />

de malha - TM (vide definição na subseção 5.1) situados na faixa do grau de<br />

severidade zero (vide Tabela 5.2.1 e Figura 5.2.2).<br />

- Pode-se estimar que cerca de 75% do risco total intrínseco da rede básica é<br />

oriundo da função transmissão principal - LT (vide definição na subseção 5.1 e<br />

também a Figura 5.2.2).<br />

<br />

Desempenho da Rede por Nível de Tensão<br />

- Verifica-se que quando a rede básica planejada do SIN é discriminada por nível<br />

de tensão, certas configurações das malhas de 750, 500, 525 e 440 kV<br />

atendem ao critério "n-1" de planejamento (vide Figuras 5.2.4 e 5.2.5).<br />

- Os níveis de tensão 230 kV da Região S/SE, 230 kV da Região CO, o nível de<br />

440 kV, os níveis de 500 e 525 kV de todas as regiões e o nível de 750 kV<br />

situam-se no grau de severidade zero (i.e. menor do que 1 sistema-minuto),<br />

sinalizando um desempenho aceitável, conforme o critério da Tabela 5.2.1 (vide<br />

Figuras 52.3, 5.2.4 e 5.2.5).<br />

- O nível de tensão de 230 kV da Região N/NE situa-se no grau de severidade<br />

um, sinalizando um desempenho degradado, porém não grave. Esse resultado<br />

advém da estrutura eminentemente radializada desse sistema (vide Figura<br />

5.2.3).<br />

- O nível de tensão de 345 kV apresenta um desempenho oscilatório em torno de<br />

um minuto de severidade (vide Figura 5.2.5). Pode-se notar que esta malha<br />

apresenta em determinadas configurações uma severidade superior ao grau 1,<br />

não atendendo ao critério "n-1". A possível causa dessa situação advém de<br />

alguns sistemas radiais, especialmente no norte do Estado de Minas Gerais.<br />

<br />

Avaliação do Impacto de Contingências Múltiplas<br />

- Para a rede básica brasileira planejada, as contingências de ordem superior<br />

(i.e. duplas, triplas, etc) embutem um risco intrínseco equivalente a cerca de<br />

40% do risco associado às contingências simples (vide Figura 5.2.6).<br />

- Com a tecnologia atualmente disponível para estudos de confiabilidade não é<br />

recomendável o cálculo rotineiro da enumeração exaustiva do conjunto de<br />

contingências duplas da malha nacional. Assim, não é factível a aplicação<br />

rigorosa do critério "n-2", pois que o tempo computacional necessário é<br />

proibitivo (na investigação descrita na subseção 5.2.3 foram necessários 11<br />

dias de cálculo).<br />

Foi constatado que a probabilidade de ocorrência do estado topológico onde a Rede<br />

Básica está intacta é de 65,52%, ou seja, durante cerca de 35% de uma base de<br />

tempo muito extensa (tempo→∞), a Rede Básica pode sofrer algum tipo de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 345 / 530


desligamento. A probabilidade de todas as contingências simples atinge cerca de<br />

28% e a chance de desligamentos duplos e de ordem superior atinge<br />

aproximadamente 7%. Dentre estes, os desligamentos estritamente duplos<br />

contabilizam da ordem de 5% e os triplos e superiores, os restantes 2% (vide seção<br />

5.2.3).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 346 / 530


6 Condicionantes dos Estudos<br />

Este item trata das premissas utilizadas para a elaboração dos estudos que<br />

resultaram no Plano de Ampliações e Reforços proposto. Basicamente são<br />

enfocados o mercado, através das previsões de demanda, a previsão de geração e<br />

os critérios considerados.<br />

6.1 Mercado<br />

6.1.1 Contexto<br />

Em junho de 2002, foi realizado um Workshop Interno focando os produtos da<br />

consolidação das previsões de carga em seus diversos horizontes e escopos. A<br />

partir deste, foi possível detectar as melhorias necessárias ao processo para<br />

implementar plenamente o Módulo 5, priorizando os trabalhos de acordo com as<br />

necessidades levantadas.<br />

Foi então elaborado, em julho, o Termo de Referência de modo a informar e<br />

estabelecer compromissos com os envolvidos - Agentes e clientes internos do <strong>ONS</strong><br />

- na consolidação das previsões de carga para o PAR ciclo 2004-2006, quanto à<br />

forma de execução, as análises a serem desenvolvidas e o cronograma de<br />

atividades.<br />

Esta consolidação foi executada conforme consta dos Procedimentos de Rede do<br />

<strong>ONS</strong> - Submódulo 5.2, com um sensível aprimoramento em relação ao ciclo<br />

anterior, objetivando um maior grau de automatização e agilidade no processo,<br />

cumprimento dos prazos, e também evitar retrabalhos e erros advindos da<br />

manipulação da volumosa massa de dados envolvida, de modo a aperfeiçoar<br />

principalmente a qualidade das análises procedidas.<br />

Salienta-se que havia uma forte preocupação com a retomada do consumo após o<br />

período de racionamento que vigorou a partir do 2º semestre de 2001 até fevereiro<br />

de 2002. A base histórica era insuficiente para minimizar a considerável incerteza<br />

com relação aos impactos sobre diversos parâmetros pertinentes, tais como a sazonalidade<br />

ao longo do ano, as relações entre as condições de carga, pois o nível<br />

de racionalização foi bastante diferenciado de acordo com a participação dos<br />

diversos segmentos de consumo e características sócio-econômicas regionais.<br />

6.1.2 Dados<br />

As projeções de carga referem-se ao período de janeiro de 2003 a dezembro de<br />

2006. Dado o contexto em que se realizou o estudo, a solicitação contemplou<br />

também os dados verificados por barramento para os anos de 2000, 2001 e 2002,<br />

necessários para análises comparativas.<br />

A definição negociada junto aos Agentes, de quais as condições de carga a serem<br />

fornecidas para utilização nos estudos de cada Subsistema foi feita de forma<br />

criteriosa, face às características dos mercados regionais aliadas à dinâmica de<br />

evolução do comportamento de suas cargas. De acordo com os Procedimentos de<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 347 / 530


Rede, espera-se que haja uma evolução para que futuramente sejam informadas<br />

todas as condições de carga para todos os meses.<br />

Quadro 6.1.2-1 Condições de carga solicitadas<br />

6.1.3 Processo<br />

O processo consiste basicamente de três etapas:<br />

- Consolidar as previsões de carga ativa e reativa nos barramentos da Rede de<br />

Simulação, a partir dos dados informados pelos Agentes;<br />

- Solicitar aos Agentes revisões nas previsões enviadas; e<br />

- Disponibilizar para os Agentes informações utilizadas e geradas no processo de<br />

consolidação da previsão de carga.<br />

Vale destacar que a etapa de consolidação, além da análise dos dados<br />

propriamente dita, inclui a definição do padrão para envio dos dados, a solicitação<br />

dos dados, a articulação com os Agentes para esclarecer dúvidas sobre o processo<br />

e o controle dos prazos e da conformidade das informações.<br />

O processo de consolidação traz basicamente a comparação das previsões para o<br />

período 2003/2006 em relação ao valor previsto para o Estudo de Ampliações e<br />

Reforços do ciclo 2003/2005, bem como o confronto com o valor estimado para<br />

2002 e o verificado em 2000 e 2001, abrangendo as seguintes informações e<br />

indicadores:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 348 / 530


- Desvios das previsões de demanda ativa e reativa por barramento da Rede de<br />

Simulação dentro de condições de carga pré-estabelecidas => diferenças<br />

percentuais, diferenças absolutas, crescimentos, sazonalidade, fator de<br />

potência, fator de participação do barramento e de agrupamentos de<br />

barramentos no total da carga, fator de carga, relações entre diferentes<br />

condições de carga;<br />

- Comparações com valores históricos => premissas adotadas nas previsões<br />

quanto a sazonalidade, crescimento,....<br />

- Privilegiar a análise visual => Gráficos de vários tipos (de barras, “pizzas”,<br />

linhas contínuas);<br />

- Análise do fator de potência do barramento, agrupamento de barramentos,<br />

áreas e empresa;<br />

- Análise das curvas de carga típicas para dias úteis e sábados, por empresas,<br />

mês a mês para todo o ciclo, de forma a ratificar a escolha dos “momentos” de<br />

carga de interesse para estabelecimento de casos a serem analisados pela<br />

equipe de elaboração dos estudos;<br />

- Somatório da demanda ativa e reativa por barra compondo o total por:<br />

• Agrupamento de barramentos;<br />

• Empresas;<br />

• Áreas; e<br />

• Subsistemas.<br />

Primeiramente, foi elaborado o Relatório Síntese sobre conformidade de<br />

informações e prazos, que foi enviado aos Agentes. A partir dos dados recebidos<br />

para o período 2003/2006 do PAR, o <strong>ONS</strong> enviou texto abordando uma análise da<br />

carga por Empresa. Foram solicitadas eventuais revisões e/ou confirmações das<br />

projeções elaboradas pelos Agentes, acompanhadas de justificativas, bem como<br />

quaisquer outras informações que o Agente julgasse necessárias ao processo de<br />

consolidação de carga.<br />

6.1.4 Resultados<br />

Os dados formatados para utilização no ANAREDE foram disponibilizados ao final<br />

de outubro, apesar de diversos atrasos ocorridos ao longo do processo. A análise<br />

comparativa entre os ciclos foi concluída já no início de novembro. Todo o processo<br />

foi mais bem acompanhado e documentado que no ciclo anterior.<br />

Os primeiros resultados foram apresentados nas reuniões dos Grupos Especiais de<br />

Elaboração do PAR para o Sudeste e Sul, Norte/Nordeste, realizadas em São<br />

Paulo, Recife, e Florianópolis nos dias 9, 11 e 15 de outubro, respectivamente.<br />

Os resultados são mostrados a seguir através de comparação do somatório das<br />

cargas da rede de simulação que compõem a carga de cada estado, subsistemas e<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 349 / 530


SIN. O detalhamento por empresa, área e agrupamentos para os subsistemas foi<br />

disponibilizado aos Agentes ao longo da consolidação, sendo objeto de consulta<br />

caso haja interesse.<br />

A síntese dos resultados destaca, através de visualização gráfica:<br />

- a comparação da previsão de carga pesada por barramentos para meses de<br />

interesse, entre o PAR 2003-2005 e o PAR 2004-2006, mostrando os desvios<br />

percentuais das previsões nas setas verticais;<br />

- o atraso da carga constatado;<br />

- o crescimento anual percentual para o novo ciclo, mostrados nas setas<br />

horizontais, inclusive em relação ao maior valor verificado em 2002;<br />

- curvas de carga típicas diárias para um dia útil de inverno e de verão<br />

(escolhidos meses de maio e fevereiro para o Sul, julho, fevereiro e dezembro<br />

para o Sudeste/Centro Oeste, e junho e dezembro para o Norte Nordeste); e<br />

- gráficos do tipo “pizza” mostrando participações de cada subsistema no SIN, e<br />

de cada estado no subsistema, para a ocorrência da maior carga pesada.<br />

A carga consolidada adotada para a elaboração do ciclo atual do Plano de<br />

Ampliações e Reforço apresenta uma defasagem em relação ao ciclo 2003-2005<br />

para o SIN de pouco mais de um ano em média para o triênio, com desvios até da<br />

ordem de 5%.<br />

A composição da carga por Subsistema também é apresentada a seguir:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 350 / 530


Figura 6.1.4-1 Sistema Interligado Nacional – Comparação entre ciclos<br />

Figura 6.1.4-2<br />

SIN – Composição por Subsistema – previsão para a carga pesada de junho<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 351 / 530


Tabela 6.1.4-1 Previsão de Carga para o Sistema Interligado Nacional (MW)<br />

Tabela 6.1.4-2 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Interligado Nacional (%)<br />

6.1.4.1 Norte<br />

O Subsistema Norte apresenta desvios positivos na comparação entre ciclos, nos<br />

anos de 2004 e 2005, decorrentes da performance da carga industrial da ELETRO-<br />

NORTE, nos estados do Pará e Maranhão. Para o conjunto de distribuidoras CEL-<br />

PA, Cemar e CELTINS, a defasagem é em torno de um ano, ou seja, a carga<br />

prevista para 2003 no PAR 2003-2005 não ocorre até dezembro de 2004 no atual<br />

estudo. Já para as cargas atendidas pela Eletronorte, basicamente eletrointensivos,<br />

observa-se um acentuado crescimento, a partir de 2003. Os gráficos a<br />

seguir ilustram os comentários.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 352 / 530


Figura 6.1.4-3 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos<br />

Figura 6.1.4-4 Subsistema Norte – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de<br />

carga<br />

Observa-se que a Área Pará apresenta uma maior participação que a Área<br />

Maranhão, para a condição de carga pesada dos dias úteis. A participação da carga<br />

da Eletronorte é maior que a do conjunto das distribuidoras Celpa, Cemar e<br />

CELTINS, elevando-se de 57%, na carga pesada dos dias úteis para 72%, na carga<br />

mínima.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 353 / 530


Tabela 6.1.4-3 Previsão de Carga para o Sistema Norte – Áreas (MW)<br />

Tabela 6.1.4-4 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Norte – Áreas (%)<br />

Figura 6.1.4-5 Subsistema Norte – Comparação entre ciclos – ÁREAS<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 354 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 355 / 530


Análise das Curvas de Carga do Norte<br />

As curvas de carga de dias úteis apresentam uma sazonalidade com variação de<br />

até cerca de 6% nos montantes previstos para os períodos de carga média e<br />

pesada, dependendo do mês em questão. Para este Subsistema, o fator<br />

temperatura e conseqüentes hábitos de consumo não são preponderantes (clima<br />

equatorial), estando a demanda mais ligada principalmente a aspectos de produção<br />

industrial.<br />

Figura 6.1.4-6 Curvas típicas para meses distintos – dia úti – Subsistema Nortel<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 356 / 530


6.1.4.2 Nordeste<br />

Para o Subsistema Nordeste os resultados finais indicam uma defasagem de quase<br />

dois anos entre estes ciclos. Observa-se, por exemplo, que a carga prevista para o<br />

ciclo 2004-2006 é 8,5% inferior ao ciclo 2003-2005, em dezembro de 2004 e 2005,<br />

para a carga pesada. As previsões apresentadas para o ciclo 2004-2006 indicam<br />

um crescimento de 8%, entre a maior demanda ocorrida em 2002 e a carga de<br />

dezembro de 2003, seguido de crescimentos anuais em torno de 5%. A condição de<br />

carga média do ciclo anterior é da mesma ordem de grandeza que a de pesada do<br />

ciclo atual. Para o conjunto das distribuidoras, a defasagem é pouco maior que um<br />

ano.<br />

Figura 6.1.4-7 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos – Carga de verão<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 357 / 530


Figura 6.1.4-8 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - Carga de inverno<br />

Figura 6.1.4-9 Subsistema Nordeste – Composição por Agente e por Áreas – diferentes meses e condições de<br />

carga<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 358 / 530


Tabela 6.1.4-5 Previsão de carga para o Sistema Nordeste – Áreas (%)<br />

Tabela 6.1.4-6 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Sistema Nordeste – Áreas (%)<br />

Figura 6.1.4-10 Subsistema Nordeste – Comparação entre ciclos - ÁREAS<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 359 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 360 / 530


Análise das Curvas de Carga do Nordeste<br />

A sazonalidade ao longo dos diferentes meses reflete a influência dos<br />

consumidores industriais horosazonais, que contribuem no verão, juntamente com o<br />

efeito do horário de verão, para a carga pesada não ser tão elevada. Analogamente,<br />

nos meses de inverno, verifica-se uma queda de consumo e uma retomada a<br />

seguir, logo após o término do período de ponta.<br />

As áreas Norte, Sul e Sudoeste apresentam um perfil similar ao da curva do<br />

Subsistema. Um destaque para as áreas Sul e Sudoeste, é que a carga fora da<br />

ponta está maior que a do período de ponta. Merecendo atenção, pois as<br />

solicitações diurnas são superiores às noturnas, com maior impacto no atendimento<br />

devido ao limite de carregamento das linhas de transmissão ser menor que o<br />

noturno. Indica também, a necessidade de alertar a Aneel no sentido de avaliar o<br />

sinal de preço que estimula a modulação da carga do consumidor final.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 361 / 530


As áreas Leste e Oeste têm um comportamento similar ao conjunto das<br />

distribuidoras, com a máxima solicitação ocorrendo na ponta. A destacar que a<br />

ponta do sábado já é bem próxima da dos dias úteis.<br />

Figura 6.1.4-11 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Nordeste<br />

6.1.4.3 Sudeste/ Centro-Oeste<br />

A análise das comparações entre os ciclos foi feita visando a avaliação das maiores<br />

solicitações de carga. O período de inverno foi caracterizado pelo mês de maio para<br />

os anos de 2003 e 2004. Para os demais anos, foram consideradas as maiores<br />

cargas informadas pelas empresas no período de abril a setembro. Ressalta-se<br />

que, com relação aos valores informados para 2004, os meses de julho e agosto<br />

apresentam valores muito próximos ao de maio. Para a carga do período de verão,<br />

foram analisados os meses de dezembro e fevereiro.<br />

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma defasagem de aproximadamente<br />

um ano para este novo ciclo, quando comparado com o anterior. Destaca-se<br />

que o Centro Oeste e o Sudeste mostram comportamento similar no que se refere<br />

ao atraso entre ciclos, apesar dos valores dos desvios e taxas de crescimento do<br />

Centro-Oeste serem mais elevados que os do Sudeste.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 362 / 530


Em termos do crescimento esperado, está sendo prevista uma retomada da carga a<br />

partir de 2003, com taxas mais atenuadas que no ciclo anterior. A retomada da<br />

carga após o racionamento pode ser avaliada pelo crescimento de 10% entre a<br />

carga prevista para o inverno de 2003 e a verificada em 2002 e pela taxa<br />

geométrica de 6% entre a carga prevista para o inverno de 2004 e o verificado em<br />

2002. No ciclo anterior, estes indicadores eram 2% mais elevados, ou seja, 12% e<br />

8%, respectivamente.<br />

Figura 6.1.4-12 Subsistema Sudeste – Comparação entre ciclos<br />

A participação de cada área no total de carga do Subsistema é bastante variável em<br />

função da condição de carga e estação /mês do ano:<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 363 / 530


Figura 6.1.4-13 Subsistema Sudeste – Composição por Áreas – diferentes meses e condições de carga<br />

Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema Sudeste/Centro-Oeste (MW)<br />

PAR 2003-2005 PAR 2004-2006<br />

Áreas Mês 2002 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006<br />

Minas Gerais Inv 5.838 6.238 6.538 6.869 6.066 6.217 6.350 6.575<br />

São Paulo Inv 17.004 17.611 18.267 18.986 16.909 17.522 17.946 18.558<br />

Mato Grosso Inv 1.084 1.093 1.213 1.253 1.093 1.140 1.207 1.256<br />

Goiais+Dist.Federal Inv 1.896 2.129 2.285 2.451 2.010 2.137 2.276 2.415<br />

Rio + E.Santo 7.011 7.405 7.589 7.757 7.659 7.436 7.663 7.868<br />

Subsistema SE-CO Inv 32.833 34.477 35.892 37.315 33.738 34.452 35.442 36.672<br />

Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%)<br />

PAR 2003-2005 PAR 2004-2006 PAR 04-06 / PAR 03-05<br />

Áreas 03 / 02 04 / 03 05 / 04 04 / 03 05 / 04 06 / 05 2003 2004 2005<br />

Minas Gerais 6,9% 4,8% 5,1% 2,5% 2,1% 3,5% -2,8% -4,9% -7,6%<br />

São Paulo 3,6% 3,7% 3,9% 3,6% 2,4% 3,4% -4,0% -4,1% -5,5%<br />

Mato Grosso 0,9% 10,9% 3,3% 4,3% 5,9% 4,1% 0,0% -6,0% -3,7%<br />

Goiais+Dist.Federal 12,3% 7,3% 7,3% 6,3% 6,5% 6,1% -5,6% -6,5% -7,1%<br />

Rio + E.Santo 5,6% 2,5% 2,2% -2,9% 3,0% 2,7% 3,4% -2,0% -1,2%<br />

Subsistema SE-CO 5,0% 4,1% 4,0% 2,1% 2,9% 3,5% -2,1% -4,0% -5,0%<br />

A análise individualizada por Área indica um atraso superior a um ano para São<br />

Paulo e Minas Gerais, que juntas correspondem a 70% da carga deste Subsistema,<br />

embora haja uma considerável variação na composição da estrutura de mercado<br />

das diversas concessionárias, o que leva a diferentes conseqüências do<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 364 / 530


constrangimento imposto à carga. A Área Rio de Janeiro + Espírito Santo, por<br />

exemplo mostra um atraso inferior a um ano em 2005 e 2006.<br />

Figura 6.1.4-14 Subsistema Sudeste/ Centro Oeste – Comparação entre ciclos - Áreas<br />

Minas Gerais - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />

Evolução e diferença entre ciclos<br />

7000<br />

6800<br />

6600<br />

6400<br />

2003 2004 2005 2006<br />

-4,9%<br />

-7,6%<br />

6200<br />

6000<br />

-2,8%<br />

crescimento de 3,5%<br />

5800<br />

5600<br />

5400<br />

5200<br />

crescimento de<br />

2,5%<br />

crescimento de<br />

2,1% Atrasos:<br />

2004 ~ = 1 ano<br />

2005 > 1 ano<br />

2006 > 1 ano<br />

5000<br />

Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />

PAR 03-05 Pes DU<br />

PAR 04-06 Pes DU<br />

São Paulo- Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />

Evolução e diferença entre ciclos<br />

19500<br />

19000<br />

18500<br />

18000<br />

2003 2004 2005 2006<br />

-4,1%<br />

-5,5%<br />

17500<br />

17000<br />

16500<br />

16000<br />

15500<br />

-4,0%<br />

crescimento de 3,6%<br />

crescimento de2,4%<br />

crescimento de 3,4%<br />

Atrasos:<br />

2004 > 1 ano<br />

2005 > 1 ano<br />

2006 > 1 ano<br />

15000<br />

Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />

PAR 03-05 Pes DU<br />

PAR 04-06 Pes DU<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 365 / 530


650<br />

630<br />

610<br />

590<br />

570<br />

550<br />

530<br />

510<br />

490<br />

470<br />

450<br />

Mato Grosso do Sul - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />

Evolução e diferença entre ciclos<br />

2003 2004 2005 2006<br />

-1,4%<br />

crescimento de 4,3%<br />

Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />

PAR 03-05 Pes DU<br />

-4,6%<br />

crescimento de 3,2%<br />

-1,4%<br />

crescimento de 3,4%<br />

Atrasos:<br />

2004 = 1 ano<br />

2005 = 1 ano<br />

2006 < 1 ano<br />

PAR 04-06 Pes DU<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 366 / 530


Mato Grosso - Pesada dia útil - 2003 - 2006 (MWh/h)<br />

Evolução e diferença entre ciclos<br />

750<br />

2003 2004 2005 2006<br />

700<br />

650<br />

-5,6%<br />

600<br />

-7,3%<br />

crescimento de 4,7%<br />

550<br />

500<br />

1,3%<br />

crescimento de 4,3%<br />

crescimento de 8,3%<br />

Atrasos:<br />

2005 ~= 1 ano<br />

2006 ~= 1 ano<br />

450<br />

Inv/03 Inv/04 Inv/05 Inv/06<br />

PAR 03-05 Pes DU<br />

PAR 04-06 Pes DU<br />

<br />

Análise das Curvas de Carga do Sudeste/Centro Oeste<br />

Para o Subsistema como um todo, as várias áreas contribuem para uma<br />

conformação da curva de carga ao longo do ano que denota uma variação mais<br />

expressiva nos horários no entorno da ocorrência da ponta de carga. O efeito do<br />

horário de verão é notável, como se pode observar no deslocamento do horário de<br />

ponta, e também na sua diminuição, bem como através da previsão de um “vale” no<br />

período que a antecede.<br />

A máxima demanda de carga no ano ocorre no inverno, sendo que a carga média<br />

vespertina é maior nos meses de verão.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 367 / 530


Figura 6.1.4-15 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste<br />

Para as curvas das diferentes áreas, estas traduzem as diversas composições do<br />

mercado consumidor que as formam, com as diferentes intensidades nas<br />

participações dos segmentos tradicionais (residencial, comercial, industrial, poderes<br />

públicos, rural, etc..)<br />

Destaca-se que embora haja variações de destaque entre as Áreas, no geral a<br />

forma básica da curva de carga é a mesma, com a ponta descolada do restante da<br />

curva e representando a ocorrência da máxima carga do dia. A exceção é a área do<br />

Mato Grosso+ Mato Grosso do Sul, aonde se verifica a carga média vespertina<br />

empatando ou eventualmente até ultrapassando a ponta nos meses de verão, o que<br />

se verifica também em várias empresas da Região Sul.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 368 / 530


Figura 6.1.4-16 Curvas típicas para meses distintos – dia útil – Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste - Áreas<br />

6.1.4.4 Sul<br />

As previsões para o ciclo 2004-2006, quando comparadas com as do ciclo anterior,<br />

mostram desvios que levam a um atraso da carga global da Região Sul de<br />

aproximadamente um ano para 2004. A defasagem para todas as concessionárias é<br />

também desta ordem, à exceção da Copel, que apresentou atrasos de quase dois<br />

anos no início do novo ciclo e de pouco mais de um ano para o período restante.<br />

Tal retração está sendo esperada basicamente em função das expectativas de<br />

consumo e do cenário econômico nacional e regional.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 369 / 530


O crescimento está sendo previsto na faixa de 5% ao ano para o horizonte<br />

considerado, um pouco inferior ao que já se verificou recentemente para a Região,<br />

no biênio 1999/2000.<br />

A participação de cada estado na composição da carga regional é bastante<br />

diferenciada, variando em função da condição de carga e do período do ano.<br />

A seguir, são apresentados gráficos que consubstanciam os comentários acima.<br />

Figura 6.1.4-17 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 370 / 530


Figura 6.1.4-18 Subsistema Sul – Comparação entre ciclos - ÁREAS<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 371 / 530


Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês de maio(MW)<br />

PAR 2003-2005 PAR 2004-2006<br />

Áreas Mês 2002 2003 2004 2005 2003 2004 2005 2006<br />

Paraná Mai 3.321 3.447 3.819 4.030 3.178 3.344 3.557 3.742<br />

Santa Catarina Mai 2.282 2.434 2.558 2.716 2.349 2.453 2.589 2.725<br />

Rio Grande do Sul Mai 3.381 3.615 3.717 3.889 3.617 3.706 3.870 4.041<br />

Subsistema Sul Mai 8.984 9.496 10.094 10.635 9.144 9.503 10.016 10.508<br />

Tabela 6.1.4-10 Taxas de Crescimento e diferença entre ciclos – Subsistema Sul – mês de maio (%)<br />

PAR 2003-2005 PAR 2004-2006 PAR 04-06 / PAR 03-05<br />

Áreas 03 / 02 04 / 03 05 / 04 04 / 03 05 / 04 06 / 05 2003 2004 2005<br />

Paraná 3,8% 10,8% 5,5% 5,2% 6,4% 5,2% -7,8% -12,5% -11,7%<br />

Santa Catarina 6,7% 5,1% 6,1% 4,4% 5,5% 5,3% -3,5% -4,1% -4,7%<br />

Rio Grande do Sul 6,9% 2,8% 4,6% 2,5% 4,4% 4,4% 0,1% -0,3% -0,5%<br />

Subsistema Sul 5,7% 6,3% 5,4% 3,9% 5,4% 4,9% -3,7% -5,9% -5,8%<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 372 / 530


Figura 6.1.4-19 Subsistema Sul– Composição por Estado – ano de 2005 – carga média de verão e carga<br />

pesada de inverno<br />

<br />

Análise das Curvas de Carga do Sul<br />

As análises das curvas de carga global das empresas foram determinativas para<br />

definição de quais as cargas a serem consideradas para os estudos. As máximas<br />

solicitações ocorrem no verão no mês de março, durante o período vespertino –<br />

carga média – de dia útil, e no inverno, durante o período da ponta – carga pesada<br />

– igualmente de dia útil, em junho.<br />

A análise confirma a tendência de alteração na conformação destas curvas, em<br />

função da influência da carga vespertina, que faz com que durante todos os meses<br />

do verão o dia útil apresente a carga média acima da carga coincidente com o<br />

período de ponta do SIN. Este formato começou a se delinear no Rio Grande do<br />

Sul, aonde ainda é mais significativo, tendo evoluído para todo o Sul, a menos do<br />

Paraná. Destaca-se ainda que a componente reativa desta carga, em função de sua<br />

natureza ligada a aspectos como temperatura, etc, a torna interessante objeto de<br />

estudos dentro do escopo considerado.<br />

São apresentadas as curvas para os meses de inverno e de verão, este com as<br />

previsões com e sem a vigência do horário de verão (HV), de forma a explicitar a<br />

sazonalidade das mesmas e os importantes deslocamentos na ocorrência da máxima<br />

demanda.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 373 / 530


Figura 6.1.4-20 Subsistema Sul – Curva de carga diária típica para dias úteis–verão (com e sem HV) e inverno<br />

Figura 6.1.4-21 Curvas de carga diária típica para dias úteis – Subsistema Sul -verão e inverno - ÁREAS<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 374 / 530


6.1.5 Requisitos Máximos Anuais<br />

Para uma visão de conjunto da evolução dos requisitos máximos anuais por<br />

Subsistema ao longo do tempo, estão apresentados a seguir os valores de<br />

demanda máxima verificados até dezembro de 2002 e os requisitos máximos<br />

previstos no PAR 2004-2006.<br />

Tais requisitos são obtidos a partir da previsão por barramentos para as condições<br />

de carga associadas nas quais se espera a ocorrência da máxima carga anual para<br />

cada Subsistema, acrescidas de perdas previstas nos sistemas de transmissão.<br />

Estas perdas são obtidas a partir de estudos de casos de fluxo de potência<br />

elaborados com critérios e metodologias adotadas nos estudos do Plano de<br />

Ampliações e Reforços – PAR – do ciclo em análise, com considerações específicas<br />

quanto ao cenário de despacho de geração e topologia da rede.<br />

Conforme estabelecido no Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, estão sendo<br />

mostradas também as previsões de demanda máxima integrada constantes do<br />

Plano de Operação 2003 – Cenário de Referência, de forma a ter-se uma idéia das<br />

diferenças entre estas previsões.<br />

Cabe comentar que as premissas adotadas para as previsões de carga para o PAR<br />

e para o Plano de Operação diferem por concepção. No ambiente do Plano de<br />

Operação, o que se pretende á analisar a capacidade de atendimento à demanda<br />

global (não é analisada a distribuição espacial da carga), focando também a<br />

questão energética, em consonância com os cenários de mercado elaborados no<br />

âmbito do CCPE/CTEM. Não há a necessidade de se ter alternativas de expansão<br />

respaldadas contratualmente, o que faz com que as previsões sejam mais<br />

“ousadas”. Já o PAR guarda o compromisso contratual para a sinalização de<br />

expansões para a Rede Básica, o que leva a uma postura mais conservadora por<br />

parte dos previsores de carga.<br />

Foi elaborada a Tabela 11 abaixo, aonde são mostradas as previsões em questão e<br />

as diferenças, as perdas embutidas e os crescimentos envolvidos.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 375 / 530


Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 376 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 377 / 530


<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 378 / 530


Os desvios observados para os Subsistemas entre as previsões de demanda<br />

máxima para o PAR e para o Plano evoluem de valores na faixa de 2 a 5% em 2004<br />

para 6 a 9% em 2006. Estas diferenças mostram-se significativas quando<br />

confrontadas com as taxas de crescimento anuais.<br />

É importante frisar que os requisitos são extremamente sensíveis às perdas<br />

agregadas. Um parâmetro muito importante é o despacho de geração que é<br />

considerado implicitamente no CASO-BASE a partir do qual obtêm-se essas perdas.<br />

Comparações entre as previsões de carga para o PAR com as utilizadas nos<br />

estudos do CCPE/CTET, também por barramentos, não estão sendo realizadas no<br />

momento por indisponibilidade de dados para tal.<br />

6.2 Geração<br />

Conforme estabelecido no termo de referência [8], no desenvolvimento dos estudos<br />

que resultaram na proposta de ampliações e reforços contida neste documento, foi<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 379 / 530


adotado o programa de geração contemplado na elaboração do Plano Anual da<br />

Operação Energética, considerando:<br />

- usinas existentes;<br />

- usinas novas com contratos de concessão ou com solicitações de novos acesso<br />

já formalizados junto ao <strong>ONS</strong>/Agentes;<br />

- transferências contratadas em interligações internacionais;<br />

- as datas de entrada em operação das máquinas das usinas hidrelétricas são<br />

aquelas constantes no Acompanhamento das Usinas Hidrelétricas em<br />

Construção, versão de 10/10/2001, elaborado pela Aneel; e<br />

- as datas de entrada em operação das máquinas das usinas térmicas são<br />

aquelas constantes do processo de solicitação de acesso ao <strong>ONS</strong>/Agentes.<br />

No <strong>Volume</strong> III, é apresentado o programa de geração considerado na elaboração<br />

deste Plano de Ampliações e Reforços.<br />

6.3 Programa de Obras na Rede Básica<br />

Neste item é apresentado o programa de obras de transmissão adotado como<br />

premissa nos estudos que resultaram neste PAR 2004-2006. Os empreendimentos,<br />

que estão relacionados nas Tabelas 6.3-1 a 6.3-4, estão em construção, tendo sido<br />

já objeto de licitação ou de autorização pela Aneel. Destaca-se a importância de<br />

que o cronograma de implantação dessas obras seja mantido e, se possível,<br />

antecipado.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 380 / 530


Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Interligações Inter-regionais<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

TUCURUÍ – MARABÁ C4 E<br />

500 464 PA/MA Licitada EMPRESA NORTE<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

MARABÁ – AÇAILÂNDIA C2<br />

DE TRANSMISSÃO<br />

circuito simples, com<br />

DE ENERGIA S.A.<br />

compensação série em Marabá e<br />

Açailândia<br />

(interligação Norte/Nordeste)<br />

IVAIPORÃ<br />

750/<br />

1.650 PR Autorizado<br />

FURNAS JUN/2004 JUN/2004<br />

3o banco de autotransformadores<br />

525/<br />

69<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

799/02)<br />

IMPERATRIZ – COLINAS –<br />

500 1.278 MA/TO<br />

Licitada NOVATRANS OUT/2003<br />

OUT/2003<br />

MIRACEMA – GURUPI – SERRA<br />

/GO<br />

(S Mesa -<br />

(S Mesa -<br />

DA MESA C2<br />

Miracema) e<br />

Miracema) e<br />

circuito simples, com<br />

compensação série<br />

(Interligação Norte/Sul II)<br />

FEV/2004<br />

(Miracema -<br />

Imperatriz)<br />

FEV/2004<br />

(Miracema -<br />

Imperatriz)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 381 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

DONA FRANCISCA – ITAÚBA<br />

circuito simples<br />

GRAVATAÍ 2 – PORTO<br />

ALEGRE 8<br />

circuito simples<br />

PORTO ALEGRE 8<br />

SE nova (setor de 230 kV)<br />

230 23 RS Autorizada<br />

(Res.<br />

186/03)<br />

230 16,5 RS Autorizada<br />

(Res.<br />

497/01)<br />

230 -- RS Autorizada<br />

(Res.<br />

497/01)<br />

CEEE FEV/2005 FEV/2005<br />

CEEE OUT/2002 DEZ/2004<br />

CEEE OUT/2002 DEZ/2004<br />

PRESIDENTE MÉDICI -<br />

PELOTAS 3<br />

230 130 RS Licitada CEEE JUL/2004 JUL/2004<br />

circuito simples<br />

TAQUARA - CAXIAS<br />

circuito simples<br />

230 55 RS Autorizada<br />

(Res.<br />

557/00 e<br />

208/03)<br />

CEEE MAI/2003 JUL/2003<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 382 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

TAQUARA - OSÓRIO<br />

circuito simples<br />

230 54 RS Autorizada<br />

(Res.<br />

557/00 e<br />

208/03)<br />

CEEE MAI/2003 JUL/2003<br />

BATEIAS – JAGUARIAÍVA<br />

230 137 PR Licitada COPEL FEV/2003 AGO/2003<br />

circuito simples<br />

CAMPO COMPRIDO - UMBARÁ<br />

circuito duplo seccionamento<br />

para SE Cidade Industrial de<br />

Curitiba<br />

CIDADE INDUSTRIAL DE<br />

CURITIBA<br />

SE nova (associada ao<br />

seccionamento da LT 230 kV<br />

Campo Comprido – Umbará)<br />

AREIA<br />

Unidade reserva do banco de<br />

autotransformadores existente<br />

230 2x4 PR Autorizada<br />

(Res.<br />

086/01)<br />

230 --- PR Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

550/00)<br />

525 --- PR Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

COPEL DEZ/2001 NOV/2003<br />

COPEL JAN/2002 NOV/2003<br />

ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 383 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

AREIA – SÃO MATEUS<br />

recapacitação<br />

BLUMENAU<br />

banco de capacitores –<br />

2x125 Mvar<br />

BLUMENAU<br />

Complementação do arranjo para<br />

disjuntor e meio para o<br />

transformador<br />

CAMPOS NOVOS<br />

conexão para reator de barra<br />

100 Mvar<br />

230 129 PR Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

230 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

525 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

525 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

532/01)<br />

ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />

ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004<br />

ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />

ELETROSUL MAR/2003 JUN/2003<br />

CAMPOS NOVOS<br />

525/<br />

--- Autorizado<br />

ELETROSUL MAI/2003 JUN/2003<br />

complementação da configuração<br />

disjuntor e meio, com instalação<br />

de disjuntores para o TR 5<br />

230<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

427/01)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 384 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

CAMPOS NOVOS<br />

525/<br />

672 Autorizado<br />

ELETROSUL MAI/2003 JUL/2003<br />

2o banco de autotransformadores<br />

e unidade reserva<br />

230<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

427/01)<br />

CAMPOS NOVOS<br />

conexão para reator da linha de<br />

Areia<br />

CAXIAS<br />

reator manobrável de 150 Mvar e<br />

unidade reserva<br />

DOURADOS<br />

conexão para reator da linha de<br />

Guaíra<br />

ITÁ<br />

reencabeçamento da LT Salto<br />

Santiago e conexão para reator<br />

de barra de 150 Mvar<br />

525 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

525 --- RS Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

230 --- MS Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

525 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

ELETROSUL FEV/2004 FEV/2004<br />

ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />

ELETROSUL DEZ/2003 DEZ/2003<br />

ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 385 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

IVAIPORÃ FURNAS –<br />

IVAIPORÃ ELETROSUL<br />

circuito simples<br />

LONDRINA<br />

Complementação do arranjo para<br />

disjuntor e meio para o<br />

transformador<br />

PALHOÇA<br />

banco de capacitores – 50 Mvar<br />

SALTO OSÓRIO – CAMPO<br />

MOURÃO<br />

recapacitação<br />

525 0,7 PR Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

525 --- PR Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

230 --- SC Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

230 2X181 PR Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

033/03)<br />

ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />

ELETROSUL JUN/2004 JUN/2004<br />

ELETROSUL ABR/2004 ABR/2004<br />

ELETROSUL JUL/2004 JUL/2004<br />

MAÇAMBARÁ<br />

230 -- RS Licitada STE - SUL<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

reator manobrável – 30 Mvar<br />

TRANSMISSORA<br />

DE ENERGIA<br />

LTDA.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 386 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

MAÇAMBARÁ – SANTO<br />

230 205 RS Licitada STE - SUL<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

ÂNGELO<br />

TRANSMISSORA<br />

circuito simples<br />

DE ENERGIA<br />

LTDA.<br />

SANTO ÂNGELO 2 – SANTA<br />

230 54 RS Licitada STE - SUL<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

ROSA C2<br />

TRANSMISSORA<br />

circuito simples<br />

DE ENERGIA<br />

LTDA.<br />

UTE URUGUAIANA –<br />

230 130 RS Licitada STE - SUL<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

MAÇAMBARÁ<br />

TRANSMISSORA<br />

circuito simples<br />

DE ENERGIA<br />

LTDA.<br />

LAGOA VERMELHA<br />

230 -- RS Licitada TREZEGUET<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

SE nova (setor de 230 kV)<br />

(associada à nova conexão da<br />

PARTICIPAÇÕES<br />

LTDA.<br />

RGE e às LTs 230 kV Campos<br />

Novos – Lagoa Vermelha e<br />

Lagoa Vermelha – Santa Marta)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 387 / 530


Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para a Região Sul (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

LAGOA VERMELHA - CAMPOS<br />

230 84 RS/SC Licitada TREZEGUET<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

NOVOS<br />

PARTICIPAÇÕES<br />

circuito simples (associada à SE<br />

LTDA.<br />

Lagoa Vermelha)<br />

LAGOA VERMELHA – SANTA<br />

230 96 RS Licitada TREZEGUET<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

MARTA<br />

PARTICIPAÇÕES<br />

circuito simples (associada à SE<br />

LTDA.<br />

Lagoa Vermelha)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 388 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

TIJUCO PRETO – CACHOEIRA<br />

500 180 SP Licitada CACHOEIRA<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

PAULISTA C2<br />

PAULISTA<br />

circuito simples<br />

TRANSMISSORA<br />

DE ENERGIA<br />

LTDA.<br />

BOM DESPACHO 3<br />

SE nova para seccionamento das<br />

LTs 500 kV Jaguara – Neves,<br />

Jaguara - São Gonçalo do Pará e<br />

São Gotardo 2 – Neves. reator<br />

manobrável de barra – 91 Mvar<br />

NEVES<br />

conexão para reator da LT<br />

500 kV São Gotardo 2 – Neves –<br />

91 Mvar<br />

ANHANGUERA<br />

SE nova (setor de 345 kV)<br />

(associada à LT 345 kV<br />

Guarulhos – Anhanguera)<br />

500 --- MG Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

542/02)<br />

500 --- MG Autorizada<br />

(Resolução<br />

568/02 da<br />

Aneel)<br />

345 --- SP Autorizada à<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

230/01)<br />

CEMIG MAR/2004 MAR/2004<br />

CEMIG MAI/2003 JUN/2003<br />

CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 389 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

AVARÉ NOVA<br />

SE nova (setor de 230 kV)<br />

(associada à nova conexão da<br />

CFL Santa Cruz)<br />

230 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

312/02)<br />

CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003<br />

ARARAQUARA<br />

conexão para o reator RE-2 –<br />

180 Mvar<br />

440 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

591/02)<br />

CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />

BAIXADA SANTISTA<br />

Instalação de um disjuntor e 2<br />

chaves seccionadoras<br />

BAURU<br />

conexão para os reatores RE-2 –<br />

90 Mvar e RE-3 – 180 Mvar<br />

345 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

139/03)<br />

440 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

591/02)<br />

CTEEP OUT/2003 OUT/2003<br />

CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 390 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

CABREÚVA<br />

conexão para o reator RE-3 –<br />

90 Mvar<br />

440 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

272/01)<br />

CTEEP JAN/2003 JUN/2003<br />

CABREÚVA<br />

440/<br />

750 Autorizado<br />

CTEEP JUL/2004 JUL/2004<br />

3º banco de autotransformadores<br />

(Obra associada a expansão do<br />

consumidor CBA)<br />

230<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

503/02)<br />

CABREÚVA<br />

substituição de disjuntores e<br />

equipamentos de 7 bays (Obra<br />

associada ao 3º banco de<br />

autotransformadores 440/230 kV)<br />

230 --- Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

503/02)<br />

CTEEP JUL/2004 JUL/2004<br />

CHAVANTES – BOTUCATU C2<br />

230 137 SP Licitada CTEEP JUN/2003 DEZ/2003<br />

circuito simples<br />

GUARULHOS – ANHANGUERA<br />

circuito duplo<br />

(associada à SE Anhanguera)<br />

345 2x25 SP Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

542/00)<br />

CTEEP DEZ/2003 DEZ/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 391 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

INTERLAGOS<br />

345/<br />

500 SP Autorizado<br />

CTEEP DEZ/2003 DEZ/2003<br />

2o banco de autotransformadores<br />

230<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

785/02)<br />

JUPIÁ<br />

instalação de disjuntor na<br />

interligação de barras 440 kV<br />

TIJUCO PRETO – BAIXADA C3<br />

circuito duplo, lançamento do 2º<br />

circuito<br />

COXIPÓ<br />

reatores de linha – 2x30 Mvar<br />

(associado à LT 230 kV Jauru –<br />

Coxipó)<br />

440 --- SP Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

591/02)<br />

345 26 SP Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

319/01)<br />

230 --- MT Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

CTEEP ABR/2004 ABR/2004<br />

CTEEP OUT/2002 OUT/2003<br />

ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />

JAURU<br />

230/<br />

300 MT Autorizada<br />

ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />

SE nova (associada às LT 230 kV<br />

Jauru – Coxipó) com banco de<br />

transformadores e unidade<br />

138<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

reserva<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 392 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

JAURU – COXIPÓ<br />

circuito duplo<br />

reatores de linha 2 x 30 Mvar na<br />

SE Jauru<br />

SINOP<br />

compensador estático - (- 30,<br />

70) Mvar<br />

230 2x360 MT Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

230 --- MT Autorizada<br />

(Resolução<br />

569/02 da<br />

Aneel)<br />

ELETRONORTE OUT/2002 JUN/2003<br />

ELETRONORTE JUN/2004 JUN/2004<br />

AIMORÉS – GOVERNADOR<br />

VALADARES<br />

230 131 MG Autorizada ESCELSA NOV/2003 NOV/2003<br />

recapacitação – circuito simples<br />

(associada à conexão da UHE<br />

Aimorés)<br />

ITUMBIARA – MARIMBONDO<br />

500 210 MG Licitada EXPANSION AGO/2004 AGO/2004<br />

circuito simples<br />

CACHOEIRA PAULISTA –<br />

ADRIANÓPOLIS C3<br />

circuito simples (trecho entre a<br />

torre 214 e a SE Adrianópolis)<br />

500 178 SP/RJ Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

FURNAS JAN/2003 SET/2003<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 393 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

CAMPINAS<br />

reator manobrável de linha –<br />

136 Mvar (em substituição ao<br />

reator de 73 Mvar existente na LT<br />

Campinas – Cachoeira Paulista)<br />

ITUTINGA<br />

reator manobrável de barra –<br />

60 Mvar<br />

500 --- Autorizada<br />

(Resolução<br />

641/02 da<br />

Aneel)<br />

345 --- MG Autorizada<br />

(Resolução<br />

641/02 da<br />

Aneel)<br />

FURNAS MAI/2004 MAI/2004<br />

FURNAS MAI/04 MAI/04<br />

OURO PRETO 2<br />

500/<br />

400 MG Autorizado<br />

FURNAS MAI/2003 14 meses após<br />

3º banco de autotransformadores<br />

(associado à LT 345 kV Ouro<br />

Preto 2-Vitória)<br />

345<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

a obtenção da<br />

Licença de<br />

Instalação<br />

OURO PRETO 2 – VITÓRIA<br />

circuito simples<br />

345 370 MG/ES Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

FURNAS JUL/2003 14 meses após<br />

a obtenção da<br />

Licença de<br />

Instalação<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 394 / 530


Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

SAMAMBAIA<br />

banco de compensação série – 1<br />

x 252 Mvar (na LT para Serra da<br />

Mesa – no 3º circuito compacto)<br />

500 Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

335/01)<br />

FURNAS ABR/2003 JUN/2003<br />

TIJUCO PRETO<br />

750/<br />

1.650 Autorizado<br />

FURNAS OUT/2002 OUT/2003<br />

3o banco de autotransformadores<br />

500<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

193/01)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 395 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

BRUMADO II<br />

reator de barra manobrável –<br />

10 Mvar<br />

230 --- BA Autorizado<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

143/03)<br />

COELBA ABR/2004 ABR/2004<br />

BOA ESPERANÇA<br />

230/<br />

39 PI Autorizado<br />

CHESF<br />

DEZ/2000<br />

Previsão para<br />

3° transformador<br />

69<br />

apenas o<br />

transformad<br />

(apenas o<br />

transformador)<br />

entrar em<br />

operação:<br />

or sem as<br />

Depende de<br />

conexões<br />

autorização da<br />

(Resolução<br />

Aneel para as<br />

Aneel<br />

conexões<br />

166/00)<br />

CAUÍPE – FORTALEZA II C1/C2<br />

circuito duplo<br />

(obra associada às UTEs<br />

TERMOCEARÁ e FORTALEZA)<br />

230 2x56 CE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

233/02)<br />

CHESF AGO/2003 AGO/2003<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 396 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

FORTALEZA II – PICI C1/C2<br />

circuito duplo<br />

(associada à implantação da SE<br />

Pici)<br />

MILAGRES – FORTALEZA<br />

Complementação da conversão<br />

das LTs 230 kV transformáveis<br />

Milagres – Banabuiú - Fortaleza<br />

PARAÍSO<br />

SE nova seccionando a LT<br />

230 kV Campina Grande II –<br />

Natal II – 04V1<br />

(associada à nova conexão da<br />

Cosern)<br />

230 2x25 CE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

166/00)<br />

500 401 CE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

333/00)<br />

230 --- RN Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

402/02)<br />

CHESF DEZ/2000 Obra paralisada<br />

por decisão<br />

Judicial<br />

CHESF MAR/2002 AGO/2003<br />

CHESF JAN/2004 JAN/2004<br />

PICI<br />

230/<br />

2X100 CE Autorizada<br />

CHESF DEZ/2000 Depende da LT<br />

SE nova com 2 transformadores<br />

69<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

Fortaleza II –<br />

Pici, paralisada<br />

166/00)<br />

por decisão<br />

Judicial<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 397 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

PIRAPAMA II<br />

substituição de 2 disjuntores das<br />

conexões dos transformadores<br />

(associada à UTE<br />

Termopernambuco)<br />

QUIXADÁ<br />

SE nova de chaveamento<br />

(associada à conversão de LTs<br />

de 230 kV para 500 kV no eixo<br />

Paulo Afonso – Fortaleza)<br />

RECIFE II – PAU FERRO C1/C2<br />

circuito duplo<br />

230 --- PE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

233/02)<br />

500 --- CE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

079/01)<br />

230 2x32 PE Autorizada<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

166/00)<br />

CHESF DEZ/2003 DEZ/2003<br />

CHESF MAR/2002 SET/2003<br />

CHESF DEZ/2000 OUT/2003<br />

RECIFE II – PIRAPAMA II C1/C2<br />

230 2x28,<br />

PE<br />

Autorizada<br />

CHESF DEZ/2003 DEZ/2003<br />

recapacitação (de 232 MVA para<br />

350 MVA)<br />

(associada à UTE<br />

5<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

233/02)<br />

Termopernambuco)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 398 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

SÃO JOÃO DO PIAUÍ<br />

bancos de compensação série –<br />

480 Mvar (Boa Esperança) e<br />

435 Mvar (Sobradinho)<br />

SOBRAL II – SOBRAL III<br />

circuito duplo (associada ao 1º<br />

banco de autotransformadores<br />

500/230 kV da SE Sobral III)<br />

500 -- PI Autorizada<br />

(Resolução<br />

717/02 da<br />

Aneel)<br />

230 2x15 CE Autorizada<br />

(Resolução<br />

257/03 da<br />

Aneel)<br />

CHESF NOV/2004 NOV/2004<br />

CHESF MAR/2005 MAR/2005<br />

SOBRAL III<br />

500/<br />

600 CE Autorizada<br />

CHESF MAR/2005 MAR/2005<br />

1 o banco de autotransformadores<br />

(associada à LT 230 kV Sobral II<br />

– Sobral III)<br />

230<br />

(Resolução<br />

257/03 da<br />

Aneel)<br />

ALTAMIRA<br />

230/<br />

60 PA Autorizado<br />

ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003<br />

2° transformador<br />

69/<br />

13,8<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

233/01)<br />

SÃO LUÍS II<br />

compensador estático<br />

(- 100,150) Mvar<br />

230 -- MA Autorizada<br />

(Resolução<br />

569/02 da<br />

Aneel)<br />

ELETRONORTE AGO/2004 AGO/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 399 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

TRANSAMAZÔNICA<br />

230/<br />

30 PA Autorizado<br />

ELETRONORTE DEZ/2001 SET/2003<br />

2° transformador<br />

34,5<br />

(Resolução<br />

Aneel<br />

233/01)<br />

VILA DO CONDE – SANTA<br />

230 179 PA Licitada EMPRESA<br />

AGO/2004<br />

AGO/2004<br />

MARIA<br />

REGIONAL DE<br />

circuito simples<br />

TRANSMISSÃO DE<br />

ENERGIA S.A.<br />

GOIANINHA – MUSSURÉ II C3<br />

230 51 PE/PB Licitada GTESA JUL/2003 JUL/2003<br />

circuito simples<br />

ANGELIM II<br />

2 bancos de autotransformadores<br />

500/<br />

230<br />

2x600 PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />

ANGELIM II – CAMPINA<br />

GRANDE II<br />

230 186 PE/PB Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />

circuito simples<br />

XINGÓ - ANGELIM II<br />

500 200 AL/PE Licitada NTE JAN/2004 JAN/2004<br />

circuito simples<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 400 / 530


Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica Considerado para as Regiões Norte e Nordeste (continuação)<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

ou SUBESTAÇÃO<br />

kV<br />

km<br />

ou<br />

MVA<br />

UF<br />

SITUAÇÃO CONCESSIONÁRIA<br />

ENTRADA EM OPERAÇÃO<br />

PRAZO<br />

PREVISÃO<br />

CONTRATUAL<br />

PARAÍSO – AÇU II<br />

230 135 RN Licitada PARAÍSO-AÇU<br />

MAR/2004<br />

MAR/2004<br />

circuito simples (antiga Santa<br />

Cruz – Açu II)<br />

TRANSMISSORA<br />

DE ENERGIA S.A.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 401 / 530


6.4 Programa de Obras das Distribuidoras<br />

Neste item são apresentados os programas de obras encaminhados até o presente<br />

momento pelas distribuidoras, referentes às instalações não integrantes da Rede<br />

Básica.<br />

6.4.1 CEEE-D<br />

A tabela 6.4.1-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição CEEE-D, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />

Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEE-D<br />

OBRA<br />

SE Arroio do Sal, 1º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />

SE Guaíba, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA<br />

SE Camaquã, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />

SE Bagé 2, 2° transformador, 230/69 kV, 50 MVA<br />

SE Porto Alegre 8, 1º e 2º transformadores, 230/69kV, 2 x 83 MVA<br />

SE Porto Alegre 10, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />

SE Porto Alegre 6, 2º transformador, 230/13,8 kV, 50 MVA<br />

SE Porto Alegre 7, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV, 2 x 50<br />

DATA<br />

Nov/06<br />

Mar/06<br />

Out/06<br />

Abr/06<br />

Dez/04<br />

Set/05<br />

Jun/04<br />

Dez/06<br />

6.4.2 RGE<br />

A tabela 6.4.2-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição RGE, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo<br />

Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE<br />

OBRA<br />

SE Caxias 5, 1º banco de transformadores, 230/69 kV, 165 MVA<br />

SE Garibaldi, 2º transformador, 230/69 kV, 83 MVA<br />

SE Lagoa Vermelha, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA<br />

DATA<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Ago/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 402 / 530


OBRA<br />

SE Passo Fundo, 2º transformador, 230/138 kV, 84 MVA<br />

SE Tapera 2, 1° e 2° transformador, 230/69 kV, 2x83 MVA<br />

DATA<br />

Dez/04<br />

Jul/04<br />

6.4.3 AES<br />

A tabela 6.4.3-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição AES, informadas pela distribuidora no âmbito do Grupo<br />

Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES<br />

OBRA<br />

SE Sapucaia 2, 1º transformador (banco), 230/138 kV, 150 MVA<br />

DATA<br />

Jul/05<br />

6.4.4 CELESC<br />

A tabela 6.4.4-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição Celesc, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />

Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc<br />

OBRA<br />

LT 138 kV Lages - Vidal Ramos Jr., 1km<br />

LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Ermo)<br />

LT 69 kV Araranguá 2 - Araranguá, 2km (para Maracajá)<br />

LT 138 kV Itajaí - Brusque, 17km<br />

LT 138 kV Itajaí - Navegantes, 21km<br />

SE Araranguá 2, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 83 MVA<br />

SE Biguaçú, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />

SE Campos Novos (Eletrosul), 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Campos Novos (Eletrosul), complementação pátio 138kV<br />

DATA<br />

Dez/05<br />

Fev/06<br />

Fev/06<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Jan/06<br />

Dez/06<br />

Dez/05<br />

Jun/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 403 / 530


OBRA<br />

SE Itajaí, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA,<br />

SE Itajaí, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE J.Lacerda, 2º transformador, 230/69 kV, 83MVA<br />

SE Lages, 1o e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />

SE Palhoça, 4º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Palhoça, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Siderópolis Eletrosul, substituição transformador TT2, 230/69 kV,<br />

83 MVA<br />

SE Xanxerê, substituição transformador TT1, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Xanxerê, substituição transformador TT2, 230/138 kV, 150 MVA<br />

DATA<br />

Dez/04<br />

Dez/05<br />

Dez/05<br />

Dez/05<br />

Dez/04<br />

Dez/03<br />

Dez/04<br />

Mai/04<br />

Dez/05<br />

6.4.5 COPEL-D<br />

A tabela 6.4.5-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição Copel-D, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />

Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Copel-D<br />

OBRA<br />

LT 138 kV Belém - Palmeira, 2x0, 5 km<br />

LT 138 kV Mandaguari - Jardim Tropical, 2x3,0 km<br />

LT 138 kV Posto Fiscal - GBA, GPS, 2 km<br />

LT 138 kV Guarapuava – Santa Clara, 60 km<br />

LT 138 kV Vila Carli – Santa Clara, 12 km<br />

LT 69 kV Atuba - Quatro Barras, 2x0,5 km<br />

LT 69 kV Cid. Indl. Curitiba - Novo Mundo, 7,2 km<br />

LT 69 kV Colombo - Santa Mônica, 19,8 km<br />

LT 69 kV Guaraituba - Santa Mônica, 7,1 km<br />

LT 69 kV LT1 Atuba - Santa Mônica, 5 km<br />

LT 69 kV LT2 Atuba - Santa Mônica, 5 km<br />

DATA<br />

Jun/06<br />

Mar/05<br />

Mai/05<br />

Jan/05<br />

Jan/05<br />

Mar/05<br />

Fev/05<br />

Mar/05<br />

Mar/05<br />

Mar/05<br />

Mar/05<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 404 / 530


OBRA<br />

LT 69 kV Santa Mônica - Quatro Barras, 8 km<br />

LT 69 kV Santa Quitéria - Novo Mundo, 5,3 km<br />

SE Campo Mourão, 2º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/13,8 kV,<br />

2 x 50<br />

SE Cidade Industrial de Curitiba, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2x<br />

150MVA<br />

SE Cidade Industrial de Curitiba, Banco de capacitores, 69, kV,<br />

2x15 Mvar<br />

SE Foz do Iguaçu Norte, 1º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Jaguariaíva, 3º transformador, 230/138 kV, 150 MVA<br />

SE Novo Mundo, 1º e 2º transformadores, 69-13,8 kV, 41,67 MVA<br />

SE Pilarzinho, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />

SE Ponta Grossa Norte, 1º transformador (substituição), 230/138 kV,<br />

75 MVA<br />

SE Ponta Grossa Sul, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 75 MVA<br />

SE Posto Fiscal, 1º transformador, 230/138 kV, 150MVA<br />

SE Santa Mônica, 1º e 2º transformadores, 230/69 kV, 2 x 150 MVA<br />

SE Sarandi, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 2 x 150 MVA<br />

SE Uberaba, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />

SE Umbará, Banco de capacitores, 69 kV, 30 Mvar<br />

DATA<br />

Out/06<br />

Fev/05<br />

Jul/04<br />

Nov/03<br />

Nov/03<br />

Nov/03<br />

Jan/06<br />

Set/03<br />

Fev/05<br />

Jan/05<br />

Jan/03<br />

Jun/06<br />

Mai/05<br />

Mar/05<br />

Mar/05<br />

Jan/05<br />

Jan/05<br />

6.4.6 ENERSUL<br />

A tabela 6.4.6-1 apresenta as principais obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

da empresa de distribuição Enersul, informadas pela distribuidora no âmbito do<br />

Grupo Especial Sul/Mato Grosso do Sul.<br />

Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Enersul<br />

OBRA<br />

SE Anastácio, 2º transformador, 230/138 kV, 75 MVA<br />

DATA<br />

Dez/03<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 405 / 530


OBRA<br />

SE Dourados, 3º transformador, 230/138 kV, 75 MVA<br />

SE Imbirussu, 1º e 2º transformadores, 230/138 kV, 150 MVA<br />

DATA<br />

Dez/03<br />

Dez/05<br />

Nota: A Enersul informou, no fechamento deste PAR, que a expansão da SE Anastácio poderá ser feita com a substituição<br />

do transformador de 75 MVA por uma unidade de 150 MVA, sendo remanejado o transformador de menor capacidade para<br />

Dourados<br />

6.4.7 ESCELSA<br />

A tabela 6.4.7-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />

de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />

empresas de distribuição da área RJ/ES, conforme disposto no artigo 9 o da<br />

Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Escelsa.<br />

Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Escelsa<br />

OBRA<br />

Subestação de Distribuição Barra do Sahy – capacitor de 26,7 Mvar<br />

Paralelismo do 3º Transformador de 138/69 kV na SE de Distribuição<br />

Nova Venécia<br />

Recapacitação da LT 138 kV Pitanga – CST<br />

Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Vila Rica (Nova)<br />

SE Areinha 345/138 kV<br />

LT 138 kV Pitanga – Civit<br />

Recapacitação da LT 138 kV João Neiva – Linhares c1<br />

Recapacitação da LT 138 kV Nova Venécia – Linhares<br />

Subestação de Distribuição Linhares – capacitor de 26,7 Mvar<br />

Recapacitação da LT 138 kV Itarana – Suiça<br />

Subestação de Distribuição Pinheiros – capacitor de 26,7 Mvar<br />

Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Goiabeiras (Nova)<br />

Subestação de Distribuição 138/13,8 kV Lameirão (Nova)<br />

DATA<br />

Jun/03<br />

Mar/04<br />

Jun/04<br />

Out/04<br />

Jun/05<br />

Jun/05<br />

Ago/05<br />

Ago/05<br />

Ago/05<br />

Ago/05<br />

Abr/06<br />

Set/06<br />

Set/06<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 406 / 530


6.4.8 CELG<br />

A tabela 6.4.8-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />

de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />

empresas de distribuição da área de Goiás, conforme disposto no artigo 9 o da<br />

Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Celg.<br />

Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg<br />

OBRA<br />

LT Real/Goya – Independência 138 kV – 795 MCM – 4,98 km – c. duplo<br />

SE Independência 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />

LT Marajoara/Pamplona – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 8,72 km<br />

– circ. Duplo<br />

DATA<br />

Abr/03<br />

Abr/03<br />

Abr/03<br />

OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara<br />

SE Rio Vermelho 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />

LI Samambaia (Furnas) – Rio Vermelho 138 kV – 397,5 MCM – 42,0 km<br />

SE Aeroporto 3º TR 138/13,8 kV – 25 MVA<br />

SE DAIA – TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar<br />

TR 138/13,8 kV – 33 MVA instalar<br />

LT Jundiai/Anápolis – Santana 138 kV – 397,5 MCM – 2,4 km – c. duplo<br />

OBS: Secciona a LT Jundiai – Anápolis a 6,0 km de Anápolis<br />

LT Petrobrás – Senador Canedo 138 kV – 397,5 MCM – 1,65 km<br />

SE Senador Canedo 138/13,8 kV – 25 MVA – C/ LTC<br />

Abr/03<br />

Abr/03<br />

Jun/03<br />

Jun/03<br />

Jul/03<br />

Jul/03<br />

Jul/03<br />

SE Carajás 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />

OBS: será alimentada pela LT Anhanguera-Palmeiras circ. 2<br />

(atualmente em 69 kV)<br />

LT Carajás – Atlântico 138 kV – 795 MCM – 6,0 km<br />

LT Carajás – Independência/Goya 138 kV – 795 MCM – 2,5 km – c.<br />

duplo<br />

Dez/03<br />

Dez/03<br />

Dez/03<br />

OBS: secciona a LT Independência – Goya a 6,0 km de Goya<br />

LT Pirineus – Santana 138 kV – 795 MCM – 6,5 km – c. duplo<br />

SE Pirineus 230/138 kV – 1x225 MVA C/ LTC<br />

SE Jussara 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />

Jan/04<br />

Jan/04<br />

Jun/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 407 / 530


OBRA<br />

SE Meia Ponte – TR 138/13,8 kV – 25 MVA (retirar)<br />

TR 138/13,8 kV – 33 MVA (instalar)<br />

DATA<br />

Jun/04<br />

SE Real –<br />

TR 138/13,8 kV – 25 MVA retirar<br />

TR 138/13,8 kV – 33 MVA<br />

Jul/04<br />

LT Inhumas – Itaberaí 138 kV – 397,5 MCM – 50,0 km<br />

SE Itaberaí 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />

SE Carajás 230/138 kV – 225 MVA C/ LTC<br />

LI Rio Verde (Furnas) – Gessy Lever – Acreuna 138 kV – 397,5 MCM –<br />

90,2 km<br />

OBS: lançamento do 2º circuito no trecho I da LT Rio Verde – Perdigão<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Fev/05<br />

Jun/05<br />

Construção do trecho Gessy Lever – Acreuna – 73,0 km<br />

SE Acreuna 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />

SE Santana 138/13,8 kV – 33 MVA – C/ LTC<br />

LT UHE Corumbá (Furnas) – Serra de Caldas 138 kV – 397,5 MCM –<br />

30,0 km<br />

Jun/05<br />

Jul/05<br />

Jan/06<br />

OBS: Vão de linha 138 kV na SE Corumbá (Furnas)<br />

SE Serra de Caldas 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC<br />

SE DIMIC TR 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />

OBS: Tape na LI Catalão – Emborcação 138 kV a 10 km de Catalão<br />

Jan/06<br />

Jun/06<br />

SE Rio Verde<br />

TR 138/69 kV – 25 MVA (retirar)<br />

TR 138/13,8 kV – 25 MVA (instalar)<br />

Jun/06<br />

LT Santana – Anápolis Universitária 138 kV – 397,5 MCM – 7,5 km<br />

LT Xavantes/DAIA – Santa Genoveva 138 kV – 397,5 MCM 3,31 km – c.<br />

duplo OBS: tape a 3,6 km de Xavantes.<br />

SE Santa Genoveva 138/13,8 kV – 33 MVA C/ LTC<br />

LT Samambaia (Furnas) – Sto. Antônio do Descoberto 138 kV –<br />

397,5 MCM – 10,0 km<br />

SE Santo Antônio do Descoberto 138/13,8 kV – 25 MVA C/ LTC<br />

SE Pires do Rio 138/69 kV – 50 MVA – C/ LTC<br />

LI Rio Verde (Furnas) – Santa Helena 138 kV – 397,5 MCM – 33,0 km<br />

SE Santa Helena 138/69 kV – 50 MVA C/ LTC<br />

Jul/06<br />

Jul/06<br />

Jul/06<br />

Dez/06<br />

Dez/06<br />

Dez/06<br />

Dez/07<br />

Dez/07<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 408 / 530


OBRA<br />

SE Cachoeira Alta ampliação 138/69 kV – 25 MVA C/ LTC<br />

SE Parque das Emas 138/34,5 kV – 20 MVA C/ LTC – (retirar)<br />

138/34,5 kV – 33 MVA C/ LTC – (instalar)<br />

LT Pacaembu/Marajoara – Estrela Dalva 138 kV – 397,5 MCM – 8,0 km<br />

OBS: seccionamento a 8,0 km de Marajoara<br />

SE Estrela Dalva 138/13,8 kV – 33,0 MVA – C/ LTC<br />

DATA<br />

Dez/07<br />

Jun/07<br />

Jun/07<br />

Jun/07<br />

6.4.9 CEB<br />

A tabela 6.4.9-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das instalações<br />

de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade das<br />

empresas de distribuição da área do Distrito Federal, conforme disposto no artigo 9 o<br />

da Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela CEB.<br />

Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB<br />

OBRA<br />

Complementação provisória da LT 34,5 kV Taguatinga – Brazilândia,<br />

com substituição do cabo 4/0 AWG por 336 MCM, extensão de 18,7 km<br />

SE Vale do Amanhecer provisória com 1 transformador 69/13,8 kV –<br />

5/6,25 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores, 1 cubículo<br />

para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e banco de<br />

capacitores de 2,4 Mvar (transformador provisório vindo de Santa Maria<br />

e definitivo de Brazilândia)<br />

Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – Estrutura de Brasília Geral –<br />

circuito duplo subterrâneo, cabo 600 MCM, extensão de 0,50 km.<br />

Implantação da LT 34,5 kV Brasília Geral – SE 01 (trecho entre SE 01 e<br />

SE 02), 2º e 3º circuitos subterrâneos, cabo 600 MCM, extensão de<br />

0,20 km. Complementação da substituição dos cabos<br />

Implantação da SE São José definitiva 1ª etapa com 1 transformador<br />

69/13,8 kV – 5/6,25 MVA, e conexões de 69 e 13,8 kV, 4 alimentadores,<br />

1 cubículo para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco, 1 banco de<br />

capacitores de 2,4 Mvar e previsão para reguladores de tensão<br />

(transformador vindo de Sobradinho Transmissão)<br />

DATA<br />

Mar/03<br />

Mar/03<br />

Mar/03<br />

Mar/03<br />

Jun/03<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 409 / 530


OBRA<br />

Implantação da LT Tap Sobr. Transm. – PAD para a SE São José – LT<br />

69 kV, circuito simples, estrutura de concreto, cabo 336,4 MCM,<br />

extensão de 32 km<br />

Implantação da LT B. Norte – Contagem – LT 138 kV, lançamento de<br />

circuito nas estruturas da LT B. Norte – Tocantins, cabo 477 MCM,<br />

extensão de 17,9 km<br />

Ampliação da SE Monjolo – 01 entrada de linha 138 kV<br />

Implantação de subestação de Chaveamento em Santa Maria –<br />

Implantação do setor de 138 kV com 6 entradas de linha para conexão<br />

da usina de Corumbá IV<br />

Implantação da LT São Sebastião – Brasília Centro – LT 138 kV, 1º<br />

circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, (19 km) e trecho em<br />

cabo isolado na travessia do lago pela terceira ponte e na chegada a B.<br />

Centro (2,0 km)<br />

Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de LT 138 kV<br />

Implantação da LT Samambaia – Brasília Sul (Tap para Monjolo e Santa<br />

Maria) – LT 138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo<br />

477 MCM, extensão de 17,0 km<br />

Implantação da LT Santa Maria – São Sebastião – LT 138 kV, 1º<br />

circuito, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 30 km<br />

Implantação da SE São Sebastião – SE definitiva – 1ª etapa com 1<br />

transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138<br />

e 13,8 kV, duas entradas de linha 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo<br />

para serviço auxiliar, 1 cubículo para capacitores<br />

Ampliação da SE Contagem – 1 entrada de linha de 138 kV<br />

Ampliação da LT Estrutura Provisória – Sobradinho Transmissão – LT<br />

138 kV, C21circuito duplo, cabo 477 MCM, extensão de 9,1 km, em<br />

substituição à linha da Celg<br />

Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – 1 entrada de linha de<br />

138 kV<br />

Implantação da LT Sobr. Transm. – Tap PAD – LT 69 kV, 2º circuito,<br />

estrutura de concreto, cabo 266,8 MCM, extensão de 10 km<br />

Remanejamento das linhas B. Sul – TG, TG – CN e TG – RAD no<br />

corredor do Pistão Norte e Pistão Sul – LT's 138 kV, 2 circuitos<br />

duplos/simples, cabo 477 MCM, extensão de 3,0, 4,5 e 4,0 km,<br />

respectivamente<br />

DATA<br />

Jun/03<br />

Dez/03<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Set/04<br />

Out/04<br />

Out/04<br />

Out/04<br />

Out/04<br />

Dez/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 410 / 530


OBRA<br />

Remanejamento das linhas B. Sul – B. Norte do corredor atual para a<br />

via Estrutural – LT 138 kV, 2 circuitos duplos, cabo 477 MCM, extensão<br />

de 25,9 e 22,6 km, respectivamente. Lançamento do 4º circuito até<br />

Brasília Norte<br />

Remanejamento das linhas Taguatinga – Gama no corredor do Pistão<br />

Sul – LT 34,5 kV, 3 circuitos, cabo 336,4 MCM, extensão de 3,0 km<br />

Compactação das linhas de 230 kV de Furnas no trecho entre B. Sul e<br />

B. Geral – LT 230 kV, 2 circuito duplo, cabo 1272 MCM, extensão de<br />

13,5 km<br />

Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE Sudoeste – LT 138 kV,<br />

circuito duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de<br />

16,1 km (5,4 D + 7,5S + 3,2 D)<br />

Implantação da LT Núcleo Bandeirante – SE 05 – LT 138 kV, circuito<br />

duplo/simples /duplo, aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 13,7 km (5,4<br />

D + 7,7S+0,6D).<br />

Retrofit da SE 05 de 34,5 para 138 kV – Implantação do setor de 138 kV<br />

com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas<br />

de LT e conexões de 138 e 13,8 kV, 12 cubículos e banco de<br />

capacitores de 6,0 Mvar<br />

Implantação da LT SE 05 – Brasília Centro II – LT 138 kV, circuito<br />

duplo/simples /duplo aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 3,9 km (0,6D +<br />

2,1S + 1,2D)<br />

Implantação da LT SE Brasília Centro II – Brasília Centro – LT 138 kV,<br />

circuito duplo/simples aéreo, cabo 636 MCM, extensão de 6,4 km (1,2D<br />

+ 5,2S)<br />

Implantação da LT Samambaia – Núcleo Bandeirante – LT 138 kV,<br />

circuito duplo aéreo, estrutura de concreto, cabo 636 MCM, extensão de<br />

26,2 km<br />

Implantação da LT Brasília Norte – Sudoeste – LT 138 kV, circuito<br />

simples/duplo, cabo 636 MCM, extensão de 7,7 km (4,5S + 3,2 D).<br />

Implantação da SE Sudoeste – SE 1ª etapa com 1 transformador<br />

138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138 e 13,8 kV, 2<br />

entradas de linha de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo para serviço<br />

auxiliar, 1 cubículo para bancos de capacitores e 1 cubículo de<br />

interligação<br />

DATA<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 411 / 530


OBRA<br />

Implantação da SE Brasília Centro II – SE definitiva – primeira etapa<br />

com 2 transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC,<br />

conexões de 138 e 13,8 kV, 1 entrada de linha de 138 kV, 18 cubículos<br />

para alimentadores, 2 cubículos de interligação de barras, 1 cubículo<br />

para serviço auxiliar, 2 cubículos para bancos de capacitores e 2<br />

bancos de 6,0 Mvar<br />

Ampliação da SE Brasília Centro – Uma entrada de linha 138 kV<br />

Ampliação da SE 04 – 2ª etapa – Terceiro transformador 34,5/13,8 kV –<br />

20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV (transformador vindo da SE<br />

05)<br />

Ampliação da SE 09 – Segundo transformador 34,5/13,8 kV –<br />

20/25 MVA e conexões de 34,5 e 13,8 kV, 1 cubículo para interligação<br />

de barras, 6 alimentadores, 1 cubículo para banco de capacitores e 1<br />

banco de capacitores de 2,4 Mvar (transformador vindo da SE 05)<br />

Implantação da SE Núcleo Bandeirante em 138 kV – SE definitiva com 2<br />

transformadores 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, 2 entradas de<br />

linhas de 138 kV e 16 cubículos para alimentadores, 1 cubículo para<br />

serviço auxiliar, 2 cubículo para banco de capacitores e 2 bancos de<br />

6,0 Mvar<br />

Implantação da SE Taguatinga Norte – SE definitiva – primeira etapa<br />

com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões<br />

de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1<br />

cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e<br />

banco de 6,0 Mvar<br />

Compensação reativa na SE 01 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar<br />

– 13,8 kV<br />

Compensação reativa na SE 03 – Banco de capacitores de 2 x 4,8 Mvar<br />

– 13,8 kV<br />

Compensação reativa na SE 04 – Banco de capacitores de 1 x 4,8 Mvar<br />

– 13,8 kV<br />

Compensação reativa na SE Gama – Banco de capacitores de 1 x<br />

2,4 Mvar – 13,8 kV<br />

Ampliação da SE Sobradinho Transmissão – Terceiro transformador de<br />

138/69 kV – 50 MVA e conexões de 138 e 69 kV (Transformador vindo<br />

da SE Ceilândia Sul)<br />

DATA<br />

Dez/04<br />

Dez/04<br />

Jun/05<br />

Jun/05<br />

Out/05<br />

Out/05<br />

Out/05<br />

Out/05<br />

Out/05<br />

Out/05<br />

Dez/05<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 412 / 530


OBRA<br />

Ampliação da SE Vale do Amanhecer – Segundo transformador<br />

69/13,8 kV – 10/12,5 MVA e conexões de 69 e 13,8 kV, banco de<br />

2,4 Mvar e vão de linha 69 kV (transformador vindo de Núcleo<br />

Bandeirante)<br />

Ampliação da SE São Sebastião – SE Definitiva, 2ª etapa, com<br />

barramento duplo de 138 kV e 3 entradas de linha<br />

Implantação da SE Guará II – SE definitiva – primeira etapa com 1<br />

transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões de 138<br />

e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1 cubículo<br />

para serviço auxiliar, 1 cubículo para banco de capacitores e 1 banco de<br />

6,0 Mvar<br />

Implantação da LT Tap Rio Descoberto – Brazilândia – LT 138 kV,<br />

circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de 12 km<br />

Implantação da SE Brazilândia – SE definitiva – primeira etapa com 1<br />

transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexão de<br />

138 kV, 2 entradas de linha de 138 kV. Manutenção da barra de 13,8 kV<br />

existente, acrescida de 2 cubículos<br />

Implantação da SE Samambaia Oeste – SE definitiva – primeira etapa<br />

com 1 transformador 138/13,8 kV – 20/26/32 MVA com LTC, conexões<br />

de 138 e 13,8 kV, 2 entradas de linhas de 138 kV, 8 alimentadores, 1<br />

cubículo para serviço auxiliar, um cubículo para banco de capacitores e<br />

banco de 6,0 Mvar<br />

Implantação da LT Samambaia – Samambaia Oeste – LT 138 kV,<br />

circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão de<br />

6,0 km – Primeira etapa da LT Samambaia – Tap Rio Descoberto<br />

Implantação da LT Samambaia Oeste – Tap Rio Descoberto – LT<br />

138 kV, circuito duplo, estrutura de concreto, cabo 477 MCM, extensão<br />

de 16,5 km<br />

DATA<br />

Dez/05<br />

Out/06<br />

Out/06<br />

Out/06<br />

Out/06<br />

Out/07<br />

Out/07<br />

Out/07<br />

6.4.10 CEMAT<br />

A tabela 6.4.10-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

das empresas de distribuição da área MT, conforme disposto no artigo 9 o da<br />

Resolução 489/2002 da Aneel, apresentado pela Cemat.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 413 / 530


Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat<br />

OBRA<br />

LTs 138 kV<br />

Sinop Cemat / Sinop Centro, 10 km, 336.4 MCM<br />

Colider / Matupá, 98 km, 336.4 MCM<br />

Pch Braço Norte III / Matupá, 65 km, 336.4 MCM<br />

DATA<br />

out/04<br />

abr/03<br />

abr/03<br />

Der. SE Manobra/ Sapezal, 137 km, 336.4 MCM<br />

Campo Novo dos Parecis/Brasnorte, 186 km, 336.4 MCM<br />

Brasnorte/Faz.Cortez, 57 km, 336.4 MCM<br />

Faz. Cortez / Juina, 90 km, 336.4 MCM<br />

Faz. Cortez / Juara, 100 km, 336.4 MCM<br />

Couto Magalhães / Alto Araguaia, 35km, 336.4 MCM<br />

Santana do Araguaia / Confresa, 154 km, 336.4 MCM<br />

Confresa/Alto Boa Vista, 140 km, 336.4 MCM<br />

jul/04<br />

out/04<br />

dez/04<br />

dez/04<br />

dez/04<br />

out/05<br />

out/05<br />

dez/06<br />

Total LTs 138 kV = 1072 km<br />

LTs 69 kV<br />

N. Mutum/São José do Rio Claro, 90 km, 336.4 MCM nov/04<br />

Itanorte / Deciolândia, 55 km, 336.4 MCM<br />

Total LTs 69 kV = 145 km<br />

SEs 138 kV<br />

Sinop Centro, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Matupá, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />

Sapezal, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />

Sapezal bay de reator, 138 kV, 5 Mvar<br />

Canarana, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

Campo Verde (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA<br />

Brasnorte, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

Brasnorte bay reator, 138 kV, 10 Mvar<br />

Juína, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Juína bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />

Juara, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

set/06<br />

out/04<br />

out/04<br />

jul/04<br />

jul/04<br />

set/04<br />

set/04<br />

out/04<br />

nov/04<br />

dez/04<br />

dez/04<br />

dez/04<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 414 / 530


OBRA<br />

DATA<br />

Juara bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />

Jaciara (Subst. transformador), 138/34.5 kV, 25 MVA<br />

Trevo do Lagarto, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Sinop Centro – 2º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Alto Araguaia, 138/34.5 kV, 25 MVA<br />

Confresa bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />

Confresa, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

Rodoviária – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Sozinho, 138/34.5 kV, 12.5 MVA<br />

Rondonópolis II – 2.º transformador, 138/13.8 kV, 25 MVA<br />

Alto Boa Vista- bay reator, 138 kV, 5 Mvar<br />

Alto Boa Vista, 138/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

dez/04<br />

mar/05<br />

set/05<br />

set/05<br />

out/05<br />

dez/05<br />

dez/05<br />

set/06<br />

set/06<br />

set/06<br />

dez/06<br />

dez/06<br />

Total transf. SEs 138 kV = 337.5 MVA<br />

SEs 69 kV<br />

Sorriso – 2º transformador, 69/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

São José do Rio Claro, 69/13.8 kV, 12.5 MVA<br />

Nova Mutum, 69/13.8 kV, 15 MVA<br />

Deciolândia, 69/34.5 kV, 12.5 MVA<br />

dez/03<br />

nov/04<br />

dez/04<br />

set/06<br />

Total transf. SEs 69 kV = 52.5 MVA<br />

6.4.11 SÃO PAULO<br />

A tabela 6.4.11-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, sob a responsabilidade<br />

das empresas de distribuição da área São Paulo, conforme Relatório<br />

RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003. Observa-se que a efetiva data de implantação<br />

das obras relacionadas será estabelecida quando da celebração de contratos entre<br />

distribuidores e transmissores.<br />

Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo Paulo<br />

OBRA DATA EMPRESA<br />

LT 138 kV Três Irmãos – “Engate Ilha” – 2 km e 2 “bays” 12/2004<br />

Elektro<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 415 / 530


138 kV na SE Ilha Solteira<br />

OBRA DATA EMPRESA<br />

LT 138 kV Três Lagoas – Três Lagoas Y – 3 km -<br />

recapacitação<br />

LT 138 kV Mairiporã – Santo Ângelo (Arujá) – 23 km -<br />

recapacitação<br />

LT 138 kV CS Araraquara – São Carlos – 48 km, 1 “bay”<br />

em Araraquara e 1 “bay” em São Carlos<br />

LT 138 kV Jupiá – Três Irmãos (Castilho) – 36 km –<br />

reconstrução para 636 kcmil<br />

LT 138 kV Embu – Parelheiros – 7 km -<br />

recondutoramento<br />

LT 138 kV Guarulhos – Mairiporã - CD – 15 km e 2<br />

“bays” em Mairiporã<br />

Constituição da LTs 138 kV Rosana – Presidente<br />

Prudente, Rosana – Dracena, Taquaruçu – Dracena e<br />

Taquaruçu – Presidente Prudente<br />

LT 138 kV Votuporanga – S. José do Rio Preto – 75 km<br />

– recapacitação<br />

LT 138 kV Mogi Mirim III – Mogi Mirim II – 11 km -<br />

recapacitação<br />

LT 138 kV Mogi Mirim III – Jaguariúna – CD - 18 km e 2<br />

“bays” em Mogi Mirim III<br />

LT 88 kV Canoas II (Y) – Assis – 40 km -<br />

recondutoramento<br />

LT 88 kV Canoas II (Y) – Salto Grande – 5 km -<br />

recondutoramento<br />

LT 88 kV Salto Grande – Ourinhos II – 20 km -<br />

recondutoramento<br />

SE Jupiá 440/138 kV – substituição do transformador de<br />

150 MVA por 300 MVA<br />

SE Mogi Mirim III 440/138 kV - 3o transformador de<br />

300 MVA<br />

12/2004 Elektro<br />

12/2004 Bandeirante/<br />

Elektro<br />

12/2004 CPFL Paulista<br />

12/2004 Elektro<br />

12/2004 Eletropaulo (*)<br />

12/2005 Eletropaulo/<br />

Piratininga/<br />

Elektro<br />

12/2005 Elektro<br />

12/2005 Elektro/CPFL<br />

Paulista<br />

12/2006 Elektro<br />

12/2006 Elektro/<br />

Jaguari<br />

12/2006 Grupo Rede (*)<br />

12/2006 Grupo Rede (*)<br />

12/2006 Grupo Rede/<br />

Santa Cruz (*)<br />

12/2004 Elektro<br />

12/2004 Elektro<br />

SE Bauru 440/138 kV – 3o transformador de 150 MVA 12/2004 CPFL Paulista<br />

SE Bom Jardim 440/88 kV – 3o. transformador de 12/2004 CPFL<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 416 / 530


OBRA DATA EMPRESA<br />

300 MVA Piratininga<br />

SE Botucatu 230/138 kV – substituição de dois<br />

transformadores de 75 MVA por dois de 150 MVA<br />

SE Santa Bárbara 440/138 kV – 4o transformador de<br />

300 MVA<br />

SE Anhangüera 345/88 kV (nova) – dois<br />

transformadores 345/88 kV de 400 MVA<br />

SE Embu Guaçu 440/138 kV – 3o transformador de<br />

300 MVA<br />

12/2004 CPFL Paulista<br />

12/2004 CPFL Paulista<br />

12/2004 Eletropaulo (*)<br />

12/2004 Eletropaulo (*)<br />

SE Jurumirim 230/138 kV –<br />

75 MVA<br />

3o transformador de<br />

12/2004 Santa Cruz (*)<br />

SE Piratininga II 230/88 kV – 3 x 150 MVA (nova) 12/2004 Eletropaulo (*)<br />

SE Cabreúva 440/138 kV –<br />

150 MVA<br />

2o transformador de<br />

12/2005 Elektro<br />

SE Itararé II 230/138 kV – 180 MVA 12/2005 Elektro<br />

SE Baixada 345/88 kV – 3o transformador de 400 MVA 12/2005 CPFL<br />

Piratininga<br />

SE Bom Jardim – banco de capacitores 30 Mvar / 88 kV 12/2005 CPFL<br />

Piratininga<br />

SE Guarulhos 345/138 kV – instalação de um banco de<br />

400 MVA e fase reserva<br />

SE Capivara 440/138 kV – substituição do<br />

transformador de 150 MVA por 300 MVA<br />

SE Água Vermelha 440/138 kV – 2o transformador de<br />

300 MVA<br />

SE Botucatu 230/138 kV – substituição de um<br />

transformador de 75 MVA por outro de 150 MVA<br />

12/2005 Bandeirante/<br />

Eletropaulo (*)<br />

06/2006 Elektro<br />

12/2006 Elektro<br />

12/2006 CPFL Paulista<br />

SE Sumaré 440/138 kV – 3o transformador de 300 MVA 12/2006 CPFL Paulista<br />

SE Ribeirão Preto 440/138 kV – 3o transformador de<br />

300 MVA<br />

12/2006 CPFL Paulista<br />

SE Campinas 345/138 kV –<br />

150 MVA<br />

5o transformador de<br />

12/2006 CPFL Paulista<br />

(*) Fonte: Relatório RT/CCPE/CTET/NAR-SP/003/2003<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 417 / 530


6.4.12 CEMIG<br />

A tabela 6.4.12-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Cemig para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemig<br />

OBRA<br />

DATA<br />

SITUAÇÃO<br />

ATUAL<br />

SE Betim 4 138/13,8kV 12/2003 Aprovada<br />

SE Ipatinga1 TR 230/138 kV – 150 MVA 04/2004 Aprovada<br />

SE Pimenta 3º AT 345/138-150 MVA 08/2004 Estudo Viabilidade<br />

LT 138 kV Jaguara - Araxá 2 09/2004 Aprovado<br />

SE Sete Lagoas 4 345/138 kV-2x150MVA 05/2006 Plano Expansão (*)<br />

(*) não há solicitação de acesso até o momento<br />

6.4.13 CELPA<br />

A tabela 6.4.13-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Celpa para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa<br />

OBRA<br />

SE Eldorado dos Carajás (implantação)<br />

LT Utinga – Miramar – Reduto 69 kV - Recondutoramento<br />

SE Marabá (ampliação) – Pátio 69/13,8 kV para Celpa<br />

SE Abel Figueiredo (implantação) 69/13,8 kV<br />

SE Tomé Açu (ampliação) – Pátio 138/13,8 kV<br />

DATA<br />

SET/2002<br />

JUN/2003<br />

DEZ/2003<br />

DEZ/2004<br />

Dez/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 418 / 530


6.4.14 CELTINS<br />

A tabela 6.4.14-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela CELTINS para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CELTINS<br />

OBRA<br />

LT Secc. LT Agro – Dianopolis – 138 kV – 1 km<br />

LT UHE A Limpa – Areia – 138 kV – 5 km<br />

LT Dianopolis – Almas – 138 kV – 40 km<br />

LT Almas – Natividade – 138 kV – 65 km<br />

LT Natividade – Peixe – 138 kV – 100 km<br />

LT Secc. Gurupi – LT (PAR-GUR) – 138 kV - 2km<br />

LT Isamu Ikeda – Porto Nacional – 138 kV – 77 km<br />

LT Palmas – Porto Nacional – 138 kV – 55 km<br />

LT Palmas II – Santa Tereza – 138 kV – 70 km<br />

LT Santa Tereza – Novo Acordo – 138 kV – 40 km<br />

SE Palmas IV: EL 138kV<br />

SE Palmas IV: CT 138 kV<br />

SE Palmas IV: CT 13,8 kV<br />

SE Palmas IV: Transformador 138/13,8 kV – 30 MVA<br />

SE Araguatins: EL 69 kV<br />

SE Araguatins: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA<br />

SE Araguatins: CT 13,8 kV<br />

SE Augustinopolis: 2 ELs 69 kV<br />

SE Augustinopolis: Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA<br />

SE Augustinopolis: CT 69 kV<br />

SE Augustinopolis: CT 13,8 kV<br />

SE UHE Água Limpa: EL 138 kV<br />

SE UHE Água Limpa: Transformador 138/6,4 kV – 15 MVA<br />

SE UHE Água Limpa: CT 138 kV<br />

DATA<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

ABR/2005<br />

NOV/2005<br />

NOV/2005<br />

DEZ/2007<br />

JUN/2007<br />

JUN/2007<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

AGO/2003<br />

AGO/2003<br />

AGO/2003<br />

AGO/2003<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

JUN/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 419 / 530


OBRA<br />

SE UHE Água Limpa: 2 CTs 6,4 kV<br />

SE UHE Areia: 3 ELs 138 kV<br />

SE UHE Areia: CT 138 kV<br />

SE UHE Areia: CT 6,4 kV<br />

SE UHE Areia: Transformador 138/6,4 kV – 20 MVA<br />

SE Dianópolis: EL 138 kV<br />

SE Gurupi: Transformador 138/13,8 kV – 25 MVA<br />

SE Gurupi: CT 138 kV<br />

SE Gurupi: CT 13,8 kV<br />

SE Araguaína II: 2 ELs 138 kV<br />

SE Araguaína II: Transformador 138/13,8 kV – 20 MVA<br />

SE Araguaína II: CT 13,8 kV<br />

SE Gurupi II: EL 138 kV<br />

SE Gurupi II: Transformador 138/13,8 kV – 15 MVA<br />

SE Isamu Ikeda: EL 138 kV<br />

SE Monte do Carmo: 4 ELs 138 kV<br />

SE Palmas II: 2 ELs 138 kV<br />

SE Porto Nacional: EL 138 kV<br />

SE Toquaralto: 2 ELs 138 kV<br />

SE UHE Novo Acordo: 2 ELs 138 kV<br />

SE UHE Novo Acordo: 2 Transformadores 138/13,8 kV – 30 MVA<br />

SE UHE Novo Acordo: 2 CTs 138 kV<br />

SE UHE Santa Tereza: 4 ELs 138 kV<br />

SE UHE Santa Tereza: 3 Transformadores 138/13,8 kV – 25 MVA<br />

SE UHE Santa Tereza: 3 CTs 138 kV<br />

DATA<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

DEZ/2004<br />

NOV/2005<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

DEZ/2005<br />

MAI/2007<br />

MAI/2007<br />

MAI/2007<br />

DEZ/2007<br />

DEZ/2007<br />

JUN/2007<br />

JUN/2007<br />

AGO/2008<br />

JUN/2007<br />

JUN/2007<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

AGO/2008<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 420 / 530


6.4.15 COELCE<br />

A tabela 6.4.15-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Coelce para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelce<br />

OBRA<br />

DATA<br />

SE Cauípe: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005<br />

SE Pici: 3º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004<br />

SE Icó: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2004<br />

SE Tauá (Nova): Transformador 230/69 kV 100 MVA 2005<br />

SE Banabuiú: 3º Transformador 230/69 kV 50 MVA 2006<br />

SE Russas: 2º Transformador 230/69 kV 100 MVA 2006<br />

6.4.16 COSERN<br />

A tabela 6.4.16-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Cosern para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cosern<br />

OBRA<br />

SE Santa Cruz II - substituição do Transformador 69/13,8 kV – 5 MVA por<br />

outro de 10/12,5 MVA<br />

DATA<br />

2004<br />

SE Paraíso (implantação) 230/138 kV – 100 MVA 2004<br />

SE Paraíso: 2 ELs 138 kV 2004<br />

SE Açu II: 2º Transformador 230/138 kV – 55 MVA 2004<br />

SE Açu II: 2 ELs 138 kV 2004<br />

SE Icó: EL 69 kV 2004<br />

SE Natal Sul (implantação) – 2 transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />

SE Natal Sul: 4 ELs 69 kV 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 421 / 530


OBRA<br />

DATA<br />

SE Santana dos Matos II – transformador 138/69 kV – 50 MVA 2006<br />

6.4.17 CELPE<br />

A tabela 6.4.17-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Celpe para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe<br />

OBRA<br />

DATA<br />

SE Várzea (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV - 150 MVA 2004<br />

SE Limoeiro (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />

SE Urbana (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV – 100 MVA 2007<br />

SE Angelim: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2003<br />

SE Bom Nome: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA 2003<br />

SE Goianinha: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004<br />

SE Tacaimbó: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2004<br />

SE Pirapama: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005<br />

SE Pau Ferro: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2006<br />

SE Ribeirão: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2007<br />

SE Várzea: 3° Transformador 230/69 kV – 150 MVA 2007<br />

SE Pau Ferro: 4 Bays 69 kV 2003<br />

SE Angelim: 2 Bays 69 kV 2004<br />

SE Juazeiro II: 1 Bay 69 kV 2004<br />

SE Angelim: 1 Bay 69 kV 2005<br />

SE Pirapama: 1 Bay 69 kV 2005<br />

SE Várzea: 2 Bays 69 kV 2005<br />

SE Tacaimbó: 2 Bays 69 kV 2006<br />

SE Bom Nome: 1 Bay 138 kV 2007<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 422 / 530


OBRA<br />

DATA<br />

SE Várzea: 2 Bays de 69 kV 2007<br />

6.4.18 ENERGIPE<br />

A tabela 6.4.18-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Energipe para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Energipe<br />

OBRA<br />

DATA<br />

LT Penedo – Carrapicho 69 kV - C2 2004<br />

SE São Cristóvão: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004<br />

SE Itaporanga: Banco de Capacitor 1,2 MVA 15 kV 2004<br />

SE Jardim: 4° Transformador 230/69 kV – 100 MVA 2005<br />

6.4.19 COELBA<br />

A tabela 6.4.19-1 apresenta as obras constantes dos planos de obras das<br />

instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica, encaminhadas<br />

formalmente pela Coelba para elaboração do PAR 2004-2006.<br />

Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba<br />

OBRA<br />

SE Abaixadora: 2º Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />

SE Barreiras: Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />

SE Barreiras: Transformador 230/69 kV – 39 MVA (2º trafo na<br />

subestação)<br />

SE Barreiras: 2° Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />

SE Bom Jesus da Lapa: substituição do transformador 230/69 kV de<br />

33 MVA por outro de 50 MVA<br />

SE Bom Jesus da Lapa: 1º transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />

DATA<br />

DEZ/2006<br />

MAI/2004<br />

JUL/2007<br />

JUL/2007<br />

DEZ/2009<br />

MAI/2008<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 423 / 530


OBRA<br />

SE Bom Jesus da Lapa: 2º transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />

SE Catu: substituição de um dos transformadores 230/69 kV -<br />

40 MVA por outro de 100 MVA (2º trafo de 100 MVA)<br />

SE Funil: substituição do transformador 230/138 kV - 67 MVA por<br />

outro de 100 MVA (4º trafo de 100 MVA)<br />

SE Cícero Dantas: 1° Transformador 230/69 kV – 39 MVA (3º trafo da<br />

subestação)<br />

SE Cotegipe: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />

SE Irecê: 2° Transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />

SE Irecê: substituição de um dos transformadores 230/60 kV -<br />

39 MVA por outro de 100 MVA (1º trafo de 100 MVA)<br />

SE Jacaracanga: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />

SE Juazeiro II: 3° Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />

SE Narandiba (implantação): 2 Transformadores 230/69 kV –<br />

100 MVA<br />

SE Narandiba: 3º Transformador 230/69 kV – 100 MVA<br />

SE Eunápolis: 4º Transformador 230/138 kV – 100 MVA<br />

SE Olindina: 2° Transformador 230/69 kV – 40 MVA<br />

SE Narandiba: 6 ELs 69 kV (SEs CAB, BRS, MTT, PIT, FDR)<br />

SE Senhor do Bonfim: 1º Transformador 230/138 kV – 55 MVA<br />

LT 69 kV São Felipe – Santo Antônio de Jesus<br />

DATA<br />

DEZ/2009<br />

OUT/2008<br />

DEZ/2008<br />

JUL/2010<br />

DEZ/2006<br />

JUL/2007<br />

JUL/2010<br />

DEZ/2007<br />

JUL/2006<br />

NOV/2005<br />

DEZ/2008<br />

DEZ/2012<br />

DEZ/2008<br />

NOV/2004<br />

OUT/2008<br />

MAI/2006<br />

6.5 Critérios<br />

Os estudos foram desenvolvidos com base nos procedimentos, diretrizes e critérios<br />

descritos nos seguintes Submódulos dos Procedimentos de Rede: 4.2 (Elaboração<br />

do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica), 4.5 (Procedimentos para a<br />

Determinação das Ampliações e Reforços da Rede Básica), 4.6 (Critérios para<br />

Determinação das Ampliações e Reforços na Rede Básica), 23.2 (Critérios para a<br />

Definição das Redes do Sistema Elétrico Interligado) e 23.3 (Diretrizes e Critérios<br />

para Estudos Elétricos).<br />

Como determinado no módulo 4 dos Procedimentos de Rede, os condicionantes e o<br />

escopo dos estudos para elaboração deste PAR 2003-2005 foram estabelecidos no<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 424 / 530


início do ciclo e consolidados no documento “Estudo para Identificação das<br />

Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período 2003-2005 – Termo de<br />

Referência” [8], preparado no âmbito dos Grupos Especiais de Ampliações e<br />

Reforços.<br />

Alguns dos critérios descritos nos Procedimentos de Rede, devido à sua relevância<br />

para a realização dos estudos elétricos, são destacados a seguir.<br />

6.5.1 Critérios com Relação aos Níveis de Tensão<br />

As simulações foram realizadas buscando-se ajustar as tensões nos barramentos<br />

da Rede Básica dentro dos limites operativos apresentados na Tabela 1 – Níveis de<br />

Tensão (fase-fase) em Corrente Alternada, do item 5.3.1 (Níveis de Tensão) do<br />

Submódulo 23.3 (Diretrizes e Critérios para Estudos Elétricos) e reproduzida na<br />

Tabela 6.5.1-1 a seguir.<br />

Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fase-fase) em Corrente Alternada<br />

Nominal (kV) Máxima (p.u.) Mínima (p.u.)<br />

230 1,05 0,95<br />

345 1,05 0,95<br />

440 1,045 0,95<br />

500 1,10 1,00<br />

525 1,05 0,95<br />

750 1,046 0,94<br />

Ainda neste ciclo de estudos do PAR e tendo em vista as características regionais,<br />

os critérios utilizados para a avaliação do desempenho do sistema com relação aos<br />

níveis operativos de tensão para as condições normais e emergência foram os<br />

seguintes:<br />

- as tensões nos barramentos do secundário dos transformadores das<br />

subestações de fronteira com a Rede Básica, em condições normais de<br />

operação, poderão ser ajustadas para atender às necessidades dos<br />

acessantes, desde que isso não afete o desempenho do sistema. Se o<br />

acessante solicitar tensão acima de 1,0 p.u. e isso implicar em reforços ou<br />

ampliações na Rede Básica, este valor de tensão não será atendido;<br />

- caso a tensão na barra secundária dos transformadores das subestações de<br />

fronteira com a Rede Básica, em condições normais de operação, fique abaixo<br />

e 1,0 p.u., serão propostas ampliações/reforços na Rede Básica para atender<br />

ao limite mínimo de 1,0 p.u., desde que atendida a condição de fator de<br />

potência mínimo de 0,95 nesse ponto;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 425 / 530


- nas simulações de emergências, poderão ser aceitas tensões mínimas de 0,95<br />

p.u. nas barras do secundário dos transformadores das subestações de<br />

fronteira com a Rede Básica e 0,90 p.u. nas demais barras da rede de<br />

simulação. Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de<br />

obras, são explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema.<br />

6.5.2 Critérios para Fator de Potência<br />

Foram considerados os valores de carga reativa resultantes do processo de<br />

consolidação de previsão de carga, descrito no Submódulo 5.2 (Consolidação da<br />

Previsão de Carga para Estudos de Ampliações e Reforços na Rede Básica), dos<br />

Procedimentos de Rede.<br />

Nos pontos de conexão à Rede Básica devem ser assegurados os valores de fator<br />

de potência descritos no item 7.3 (Fator de Potência das Instalações) do Submódulo<br />

3.8 e reproduzidos na Tabela 6.5.2-1. Conforme estabelecido no CUST – Contrato<br />

de Uso do Sistema de Transmissão, ponto de conexão é o equipamento ou conjunto<br />

de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão elétrica na fronteira entre<br />

os sistemas das partes.<br />

Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão<br />

Tensão nominal do ponto de conexão<br />

Vn ≥ 230 kV<br />

Faixa de fator de potência<br />

0,98 indutivo a 0,98 capacitivo<br />

69 kV ≤ Vn < 230 kV 0,95 indutivo a 0,95 capacitivo<br />

Vn < 69 kV<br />

0,92 indutivo a 0,92 capacitivo<br />

Nos casos em que não houver tempo hábil para implantação de obras, bem como<br />

nos casos de demandas com fator de potência fora do valor indicado, serão<br />

explicitadas as conseqüências sobre o desempenho do sistema.<br />

6.5.3 Critérios de Carregamento de Linhas de Transmissão<br />

Os critérios para definição dos limites de carregamento das linhas de transmissão<br />

existentes e futuras, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão<br />

descritos no item 5.3.3 (Carregamento de Linha de Transmissão) do Submódulo<br />

23.3.<br />

Deverão ser relacionados no PAR todos os elementos terminais que limitarem o<br />

carregamento de linhas, para recomendação de futuro ajuste ou substituição.<br />

6.5.4 Critérios de Carregamento de Transformadores<br />

Os critérios para definição dos limites de carregamento dos transformadores<br />

existentes e futuros, para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos, estão<br />

descritos no item 5.3.4 (Carregamento de Transformadores) do Submódulo 23.3.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 426 / 530


6.5.5 Critérios para os Estudos das Interligações Regionais<br />

As diretrizes e os critérios para a realização dos estudos de estabilidade estão<br />

descritos no item 8 (Diretrizes e Critérios para Estudos de Transitórios<br />

Eletromecânicos) do Submódulo 23.3.<br />

(a)<br />

Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das<br />

interligações entre as regiões Sul e Sudeste.<br />

<br />

Critérios para despacho de geração<br />

Os principais critérios adicionais são:<br />

- para as usinas de Itaipu 60 Hz e Itaipu 50 Hz será adotado despacho igual;<br />

- serão considerados dois cenários para a geração de Itaipu, conforme Tabela<br />

6.5.5-1 abaixo; e<br />

- como geração mínima das usinas hidráulicas do Sul/Sudeste será adotado o<br />

resultado, mostrado na Tabela 6.5.5-2, obtido no estudo consolidado no<br />

documento “Reavaliação do Despacho Ótimo por Usina e por Unidade<br />

Geradora e determinação do Montante de Carga no Período de Carga Leve”,<br />

elaborado pelo <strong>ONS</strong>.<br />

Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em cada patamar de carga<br />

Patamares de<br />

carga<br />

Despacho de Itaipu 60 Hz/50 Hz (MW)<br />

Despacho Elevado Despacho Reduzido<br />

“ALTO”<br />

“BAIXO”<br />

Pesada 2 x 6.300 2 x 5.600<br />

Média 2 x 6.300 2 x 4.900<br />

Leve 2 x 4.900 2 x 4.900<br />

MWmédios 2 x 5.890 2 x 4.987<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 427 / 530


Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul<br />

Usina /<br />

Importação<br />

Garabi I e II<br />

Alternativa A<br />

Parque Gerador Mínimo<br />

Fora de operação<br />

Alternativa B<br />

(Iguaçu no Mínimo)<br />

UTE Uruguaiana Com despacho de 500 MW Com despacho de 320 MW<br />

Usinas Térmicas<br />

do 230 kV<br />

Usinas Hidráulicas<br />

(as hidráulicas que<br />

não estão<br />

despachadas<br />

foram simuladas<br />

operando como<br />

compensador<br />

síncrono)<br />

Com despacho mínimo,<br />

porém todas as unidades sincronizadas<br />

UHE Itá - 1 Maq.<br />

UHE Itá - 1 Maq.<br />

UHE Salto Santiago- 1 Maq. UHE Salto Santiago- 2 Maq.<br />

UHE Salto Osório - 1 Maq. UHE Salto Osório - 0 Maq.<br />

UHE Salto Segredo - 1 Maq. UHE Salto Segredo - 0 Maq.<br />

UHE Salto Caxias - 1 Maq. UHE Salto Caxias - 1 Maq.<br />

UHE G.B.Munhoz - 0 Maq. UHE G.B.Munhoz - 0 Maq.<br />

UHE P.Fundo - 0 Maq. UHE P.Fundo - 0 Maq.<br />

Todas as unidades da<br />

CGTE sincronizadas com<br />

despacho mínimo.<br />

Todas as unidades da<br />

CGTE sincronizadas com<br />

despacho mínimo.<br />

UTE J. Lacerda-2 máq. desl.<br />

Total ~2.800MW ~2.000MW<br />

<br />

Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais<br />

(Regime Dinâmico)<br />

Os principais critérios adicionais são:<br />

- foi simulada a aplicação de curto 1Φt, 80ms, seguido de abertura de um circuito<br />

e/ou dois circuitos, respectivamente, para o caso de linhas de circuito simples e<br />

duplo;<br />

- não se admitiu sobrecargas durante contingências, tendo como base os valores<br />

do CPST;<br />

- as Interligações devem permanecer em sincronismo e com oscilações bem<br />

amortecidas, para os defeitos simulados, tendo sido utilizados os seguintes<br />

critérios:<br />

• critério de estabilidade transitória: a tensão mínima transitória admissível na<br />

1º oscilação pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão préfalta<br />

e superior a 80% nas demais oscilações; e<br />

• critério de estabilidade dinâmica: as oscilações de tensão não devem ser<br />

superiores a 2% a partir do 10o segundo e as oscilações de potência não<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 428 / 530


devem ser superiores a 10%, em relação ao valor médio calculado entre<br />

picos a partir do 10° segundo.<br />

- a partir da entrada em operação do segundo circuito da interligação Norte/Sul, a<br />

Proteção de Perda de sincronismo (PPS) dessa interligação foi considerada<br />

bloqueada, i.é, os limites de intercâmbio devem ser tal que não sensibilizem<br />

esta PPS para os defeitos simulados;<br />

- na barra do capacitor série entre as subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã,<br />

750 kV foi permitido um valor de tensão máximo de 1,02 p.u.;<br />

- no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi permitida uma<br />

tensão mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito;<br />

- no barramento de 750 kV da SE Tijuco Preto foi admitida uma tensão mínima<br />

de 0,73 pu no transitório, após a retirada do defeito;<br />

- foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo de Itaipu 60 Hz<br />

transitoriamente após o defeito até 700ms;<br />

- foram simulados os Esquemas de Corte de Geração (ECG) existentes e futuros:<br />

• desligamento de 1 ou 2 máquinas da usina de Itaipu 60 Hz, em 200ms, na<br />

abertura de uma linha do tronco de 750 kV, comandado por CLP;<br />

• atuação da Lógica 6, que desliga até duas máquinas da UHE Itaipu 60 Hz,<br />

com objetivo de evitar a abertura da interligação Sul-Sudeste, no trecho da<br />

transformação de Ivaiporã 750/500 kV, por sobrecarga nos transformadores<br />

desta subestação;<br />

• desligamento de máquinas da UHE Serra da Mesa ou da UHE Lajeado, na<br />

perda de um dos circuitos de 500 kV entre Serra da Mesa e Samambaia,<br />

comandado por CLP; e<br />

• desligamento de 1 ou 2 máquinas da região do Iguaçu, em 200ms, na perda<br />

de linhas de 525 kV que saem desta região, conforme ECG hoje implantado.<br />

<br />

Critérios com relação à operação das máquinas<br />

Não foi permitida a atuação do limitador de corrente de campo das máquinas de<br />

Itaipu 60 Hz, mesmo que transitoriamente após o defeito.<br />

(b)<br />

Critérios adicionais para os estudos de fluxo de potência e estabilidade das<br />

interligações entre as regiões Norte e Nordeste.<br />

<br />

Critérios para despacho de geração<br />

Como geração mínima das usinas hidráulicas da Região Nordeste será adotado o<br />

resultado apresentado no relatório “Inércia Mínima no Nordeste”, elaborado pelo<br />

<strong>ONS</strong>.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 429 / 530


Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio de regime<br />

permanente<br />

Os principais critérios adicionais são:<br />

- carregamento dos equipamentos de compensação de potência reativa variáveis:<br />

foi adotado como limite o valor de 60% da potência nominal do primeiro<br />

equipamento que atingir este valor, depois de esgotado os recursos da<br />

regulação; e<br />

- níveis de tensão: na rede que interliga as regiões Norte e Nordeste foi<br />

considerada a tensão mínima de 1.04 p.u. na subestação de Presidente Dutra.<br />

<br />

Critérios com relação à determinação dos limites de intercâmbio operacionais<br />

(regime dinâmico)<br />

Os principais critérios adicionais são:<br />

- no barramento de 345 kV da subestação de Samambaia foi admitida tensão<br />

mínima de 0,8 p.u. no transitório, após a retirada do defeito;<br />

- não foi admitida a atuação do ERAC com perda de carga generalizada;<br />

- não foi admitida a atuação dos equipamentos de proteção de sobretensão que<br />

acarretem perda de carga;<br />

- não foi admitido o desligamento dos compensadores síncronos da interligação<br />

na área do subsistema Norte e área oeste do subsistema Nordeste; e<br />

- não foi admitido o desligamento dos autotransformadores por sobrecarga, com<br />

conseqüente perda de carga.<br />

- remoção dos reatores de linha quando da abertura dos circuitos;<br />

- foram aplicados curtos monofásicos com duração de 100ms;<br />

- foi considerada potência mínima sincronizada no Nordeste de 80% da carga;<br />

- foi adotado despacho de 70% da capacidade nominal das Usinas Térmicas em<br />

qualquer patamar de carga;<br />

- o despacho de unidades térmicas não deve limitar os intercâmbios, quando<br />

então deverão ser desligados;<br />

- foi admitido Esquema de Corte de Geração (ECG);<br />

- foram considerados fluxos limites quando, ao elevarmos o intercâmbio de<br />

100 MW as contingências simples de circuito acarretaram uma das seguintes<br />

conseqüências:<br />

• atuação do ERAC devido a Subfreqüência acarretadas por perda de geração<br />

ou ilhamento;<br />

• sobrefreqüência superiores a 66 Hz, ocorridas devido a rejeições de grande<br />

porte. Essas sobrefreqüência tendem a ocorrer na Região Norte e são<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 430 / 530


controláveis pelos esquemas de rejeição de geração nas usinas de Tucuruí e<br />

Lajeado. As sobrefreqüência máximas admissíveis são as seguintes:<br />

máquinas hidráulicas suportam 20% e térmicas 10%;<br />

• desligamento de compensadores síncronos por sobrecarga;<br />

• desligamento de carga por sobre ou subtensão;<br />

• violação do seguinte critério com relação à estabilidade transitória (três<br />

primeiros ciclos): a tensão mínima transitória admissível na 1º oscilação<br />

pós-distúrbio deve ser superior a 60% do valor da tensão pré-falta e superior<br />

a 80% nas demais oscilações;<br />

• violação do seguinte critério com relação à estabilidade dinâmica: a partir do<br />

10 o segundo a oscilação de tensão deve ser inferior a 2% e as oscilações de<br />

potência menores que 10%, em relação ao valor médio calculado entre<br />

picos a partir do 10 o segundo;<br />

• desligamento de autotransformador com conseqüente desligamento de<br />

carga;<br />

• tensão mínima transitória pós-distúrbio de 0,8 pu em Samambaia;<br />

• Corrente superior a 3.000A por até 10 segundos em circuito da interligação<br />

Norte/Sul;<br />

- foram admitidas aberturas das interligações por atuação da PPS ou outros<br />

esquemas quando não acarretaram perda de carga;<br />

- foi admitida perda de carga por atuação do esquema de subtensão da área<br />

Norte e Oeste da Região Nordeste, pela ocorrência de contingência local.<br />

6.5.6 Critérios para os Estudos de Confiabilidade<br />

Os critérios para os estudos de confiabilidade que permitem a avaliação dos riscos<br />

probabilísticos inerentes ao sistema elétrico estão descritos no item 11.3 (Critérios<br />

para Estudos de Confiabilidade) do Submódulo 23.3.<br />

Em complementação às informações disponíveis nos Procedimentos de Rede,<br />

registram-se nesta seção os aspectos que influenciam a monitoração dos<br />

indicadores de risco selecionados. Basicamente serão discutidos quatro aspectos<br />

fundamentais, a saber:<br />

- Taxionomia, objetivos e condicionantes da análise realizada;<br />

- Caracterização de dados e modelagem de fenômenos, efeitos e componentes;<br />

- Descrição das etapas de trabalho (metodologia);<br />

- Caracterização da simulação computacional de confiabilidade.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 431 / 530


Taxionomia, Objetivos e Condicionantes<br />

O registro de uma breve taxionomia (i.e. classificação por categorias ou tipos) da<br />

análise de confiabilidade realizada é útil porque o universo de possibilidades é<br />

muito vasto e essa caracterização ajuda a compreensão dos resultados obtidos. Os<br />

principais aspectos que merecem comentários são os seguintes:<br />

a) Quanto ao tipo e objetivo do estudo<br />

A análise encetada classifica-se como confiabilidade preditiva probabilística<br />

composta (ou de nível hierárquico dois) porque engloba os sistemas de<br />

geração e transmissão. Trata-se, porém, de um caso particular, já que o<br />

sistema de geração é tratado deterministicamente e apenas a transmissão é<br />

submetida a falhas (incertezas).<br />

O objetivo é a aferição dos patamares de riscos estáticos globais (SIN) e<br />

regionais (estados da federação e áreas elétricas) associados à rede básica<br />

brasileira para 8 configurações topológicas futuras no horizonte 2003 a 2005,<br />

previstas no Plano de Ampliações e Reforços - PAR.<br />

b) Quanto à abrangência espacial<br />

O enfoque concentra-se apenas na chamada rede básica brasileira. Não foram<br />

tratadas as incertezas das linhas de transmissão e dos transformadores com<br />

níveis de tensão inferiores a 230 kV. O sistema modelado abrangeu todo o<br />

território brasileiro (Sistema Interligado Brasileiro - SIN). O sistema de 750 kV<br />

foi integralmente representado, com suas incertezas. O demais sistemas de<br />

525, 500, 440, 345, e 230 kV foram também totalmente representados, com<br />

suas incertezas.<br />

c) Quanto à abrangência temporal<br />

A análise restringiu-se a uma seqüência de avaliações pontuais no tempo,<br />

cada uma delas associada a um único patamar de carga. Cada avaliação<br />

refletiu uma nova topologia consoante o PAR. Para cada um dos três anos do<br />

horizonte do PAR, foram investigados os meses de fevereiro, junho e<br />

dezembro.<br />

d) Quanto à natureza dos modos de falha<br />

Dado que o programa computacional utilizado foi o NH2, na sua versão 5.21<br />

de Maio de 2001, Edição de 02/08/2001, os modos de falha tratados retratam<br />

apenas os aspectos de continuidade e adequação, ou seja, foi realizado um<br />

estudo de confiabilidade estática (regime permanente). A contabilização da<br />

continuidade é feita pela discriminação de ilhamentos e, por abuso de<br />

linguagem, dos déficits de geração. A contabilização da adequação se dá pela<br />

detecção de violações de carregamento e violações de limites permissíveis de<br />

tensões.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 432 / 530


e) Condicionantes adicionais<br />

O sistema (SIN) estudado foi partilhado em 59 áreas representando as regiões<br />

de interesse das empresas.<br />

O fluxo na interligação Norte/Sul, na configuração de Junho 2003 pesada,<br />

medido na barra # 7101, no trecho entre Gurupi/S. Mesa 500 kV (# 7101) e<br />

Serra da Mesa/Gurupi 500kV (# 7236), no caso-base de confiabilidade,<br />

situava-se em 1021 MW - j 214 Mvar na direção Norte para Sul. Para a<br />

configuração de dezembro 2005 pesada, esse fluxo era de 678 MW - j<br />

81 Mvar, também na direção Norte para o Sul.<br />

Toda a análise foi realizada utilizando a usina de Ilha Solteira como barra de<br />

referência.<br />

Os elos de corrente contínua foram representados por injeções equivalentes<br />

(Itaipu, Garabi, Alumar).<br />

Em todos os casos, a usina nuclear de Angra I foi despachada, enquanto a<br />

Usina de Angra II manteve-se sempre com geração nula.<br />

A topologia de junho 2003 pesada foi tratada com aproximadamente 3121 nós<br />

e 4503 ramos. A topologia de dezembro 2005 pesada foi representada por<br />

3300 nós e 4826 ramos.<br />

<br />

Dados e Modelos<br />

As Tabelas 6.5.6-1 a 6.5.6-3 registram aspectos de interesse relativos aos dados<br />

determinísticos e probabilísticos usados nas simulações. Os aspectos de<br />

modelagem de interesse são comentados a seguir:<br />

a) Fontes primárias de energia<br />

A influência das incertezas das fontes primárias de energia de natureza<br />

hidrológica podem ser representadas em estudos de confiabilidade composta<br />

atribuindo-se probabilidades aos diferentes cenários de despacho possíveis.<br />

No presente estudo permitiu-se a livre variabilidade de despacho de todas as<br />

unidades geradoras, dentro dos limites permitidos a cada uma delas, para fins<br />

de eliminação de violações dos casos-base de confiabilidade. Assim o<br />

despacho do caso-base de confiabilidade foi tratado com probabilidade<br />

unitária.<br />

b) Geração<br />

Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas para fins da<br />

busca do ponto de operação mais conveniente, nesse estudo a capacidade de<br />

geração foi representada deterministicamente, ou seja, não foram permitidas<br />

falhas nas unidades geradoras.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 433 / 530


Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos<br />

Tipo de Dado e<br />

Comandos Associados<br />

Fontes primárias de<br />

energia<br />

Topologia da rede:<br />

geração e compensação<br />

reativa (DBAR,DUSI)<br />

Topologia da rede: linhas<br />

de transmissão CA da<br />

Rede Básica (DLIN,<br />

DLCT)<br />

Topologia da rede: linhas<br />

de transmissão CA não<br />

pertencentes à Rede<br />

Básica. (DLIN)<br />

Topologia da rede: linhas<br />

de transmissão CC e<br />

terminais retificadores e<br />

inversores (DBAR)<br />

Topologia da rede:<br />

transformadores de<br />

malha da Rede Básica<br />

(DLIN, DLCT)<br />

Topologia da rede:<br />

transformadores de<br />

fronteira da Rede Básica<br />

(DLIN, DLCT)<br />

Características dos Dados Determinísticos (configuração<br />

topológica e parâmetros)<br />

As fontes primárias não foram diretamente modeladas nesse estudo.<br />

Configuração, parâmetros e despacho inicial do caso-base de fluxo<br />

de potência retirados dos arquivos históricos do PAR (vide<br />

Tabela 8.6). Para a montagem do caso-base de confiabilidade as<br />

unidades geradoras foram individualizadas de tal modo a emular<br />

tentativamente o despacho inicial proposto no caso-base de fluxo de<br />

potência do PAR 2003-2005. Os limites superiores de potência ativa<br />

permissível para cada unidade geradora foram observados. Os<br />

limites inferiores foram tomados como nulos, por motivo de<br />

conveniência de processamento. Os limites superiores e inferiores de<br />

potência reativa foram observados.<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />

o CPST (folga de carregamento nula). Não foram modeladas as<br />

alterações vinculadas.<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites de carregamento infinito. Não foram modeladas as alterações<br />

vinculadas.<br />

Os elos de corrente contínua são automaticamente convertidos pelo<br />

programa NH2 em injeções equivalentes nas barras CA vizinhas<br />

adjacentes.<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />

o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE<br />

o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram<br />

modeladas as alterações vinculadas.<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites de carregamento normal e de emergência iguais e consoante<br />

o CPST (folga nula) para as regiões S, SE e CO. Para a Região N/NE<br />

o limite de emergência foi igual a 120% do limite normal. Não foram<br />

modeladas as alterações vinculadas<br />

Característica dos Dados<br />

Probabilísticos (parâmetros)<br />

Não se aplica<br />

Não foram modeladas as<br />

incertezas da geração (DECG).<br />

Dados típicos reais da rede<br />

brasileira retirados de [12,13].<br />

(DCTS). Vide Tabela 8.3. Não<br />

foram modeladas as falhas de<br />

modo comum.<br />

As incertezas dessas linhas não<br />

compuseram o espaço<br />

probabilístico de estados usado<br />

nas simulações.<br />

Incertezas não modeladas<br />

Foi utilizado um único valor típico<br />

estimado para a taxa de falha e o<br />

tempo médio de reparo para<br />

todos os trafos do SIN (DCTS). A<br />

incerteza dos trafos de 3<br />

enrolamentos foi associada<br />

unicamente ao ramo conectado à<br />

maior tensão. Vide Tabela 8.3)<br />

Vide observação acima<br />

(continua)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 434 / 530


Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos e Probabilísticos (continuação)<br />

Tipo de Dado e<br />

Comandos Associados<br />

Topologia da rede: trafos<br />

elevadores e trafos não<br />

pertencentes à Rede<br />

Básica (DLIN)<br />

Topologia da rede:<br />

elementos em derivação<br />

(reatores e capacitores),<br />

(DBAR)<br />

Topologia da rede:<br />

subestações (DBAR)<br />

Topologia da rede:<br />

elementos de<br />

compensação reativa<br />

série (DBAR, DLIN)<br />

Carga ativa e reativa nos<br />

barramentos (DBAR)<br />

Tensões nas barras com<br />

tensão controlada (DBAR)<br />

Faixas de variação das<br />

tensões nos barramentos<br />

(DTEN)<br />

Faixas de variação dos<br />

tapes de trafos (DLIN)<br />

Características dos Dados Determinísticos (configuração<br />

topológica e parâmetros)<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites de carregamento infinito. Os trafos elevadores<br />

(individualizados ou equivalentados) usados no caso-base de<br />

confiabilidade foram mantidos sem alteração no caso-base de<br />

confiabilidade. Não foram modeladas as alterações vinculadas.<br />

Configuração e parâmetros retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Não foram modeladas as alterações vinculadas.<br />

Topologia nodal da malha do SIN retirada dos arquivos históricos do<br />

PAR. O arranjo topológico individual de cada subestação não foi<br />

modelado neste estudo.<br />

Os dados determinísticos dos elementos série do subsistema de<br />

Itaipu foram explicitamente representados. A configuração e os<br />

parâmetros dos demais subsistemas com compensação série foram<br />

retirados ipsis-litteris dos arquivos históricos do PAR. Os limites de<br />

carregamento desses elementos são tomados como sendo infinitos<br />

ou idênticos aos da própria linha.<br />

Valores retirados dos arquivos históricos do PAR. Uma parcela das<br />

cargas foi modelada como função da tensão.<br />

Valores retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Limites normais diferenciados dos limites de emergência. Vide Tabela<br />

8.2. A Atribuição das faixas foi realizada visando a conveniência de<br />

processamento computacional<br />

Valores retirados dos arquivos históricos do PAR.<br />

Característica dos Dados<br />

Probabilísticos (parâmetros)<br />

Incertezas não modeladas<br />

Incertezas não modeladas<br />

As Incertezas internas das<br />

subestações foram indiretamente<br />

refletidas nas taxas de falha das<br />

linhas de transmissão.<br />

Incertezas não tratadas.<br />

As incertezas das cargas não<br />

foram consideradas. Os regimes<br />

de carga pesada, média e leve<br />

foram<br />

processados<br />

separadamente.<br />

Não se aplica<br />

Não se aplica<br />

Não se aplica<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 435 / 530


Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis para a Variação das Tensões<br />

Classe<br />

do<br />

Barramento<br />

Limite Inferior<br />

Normal<br />

(pu)<br />

Limite Superior<br />

Normal<br />

(pu)<br />

Limite Inferior<br />

Emergência<br />

(pu)<br />

Limite Superior<br />

Emergência<br />

(pu)<br />

Z 0,7 1,3 0,7 1,3<br />

D 0,94 1,046 0,9 1,046<br />

C 1,0 1,1 0,9 1,1<br />

B 0,95 1,050 0,9 1,050<br />

E 0,95 1,045 0,9 1,045<br />

A 0,80 1,20 0,8 1,2<br />

X 0,8 1,2 0,8 1,2<br />

O 0,8 1,2 0,8 1,2<br />

Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica Brasileira [3]<br />

Tensão (kV)<br />

Taxa de Falha p/ LT<br />

(falhas/km.ano)<br />

Reatância Tempo Médio de<br />

Média Reparo (horas) 3<br />

(% / km) 1<br />

LINHAS DE TRANSMISSÃO<br />

69 0,6334<br />

88 0,6070<br />

138 0,04092 0,260 2,958<br />

230 0,01981 0,0740 2,286<br />

345<br />

0,01804<br />

3,142<br />

(modo comum) 2 0,0316<br />

(0,01466)<br />

(0,198)<br />

440 0,01057 0,0166 3,411<br />

500, 525 0,01382 0,0127 1,521<br />

750 0,00978 0,005786 14,635<br />

Taxa de Falha p/ Trafos<br />

(falhas/unidade.ano) 4<br />

todas 0,020 40,0<br />

(1) Base = 100 MVA<br />

(2) Para a tensão 345 kV dispõe-se dos parâmetros da falha de modo comum coletados para a área de São Paulo.<br />

(3) O tempo médio de reparo está associado a contingências forçadas permanentes e fugitivas, todas com duração superior<br />

a 1 minuto, considerando todas as causas (internas, externas, secundárias e operacionais) e sem expurgar quedas de<br />

torres.<br />

(4) O valor utilizado em estudos anteriores foi de 0,11 falhas / unidade.ano<br />

<br />

Topologia (rede de transmissão)<br />

Nessa avaliação foram representadas todas as linhas e transformadores incluídos<br />

nos casos-base de fluxo de potência do PAR. Entretanto, foram atribuídas<br />

incertezas apenas aos elementos da Rede Básica. O tratamento dessas incertezas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 436 / 530


aseou-se na modelagem clássica de cadeias de Markov a dois estados, com todos<br />

os condicionantes tradicionais (ausência de: envelhecimento, regeneração,<br />

tendências e correlações). Os elementos da transmissão foram classificados em<br />

três categorias: linhas (LT), transformadores de malha (TM) e transformadores de<br />

fronteira (TF). Todas as categorias foram discriminadas por níveis de tensão. A<br />

classe dos trafos de fronteira englobou aqueles trafos onde a maior tensão é igual<br />

ou maior a 230 kV e a segunda menor tensão é inferior a 230 kV. À toda malha de<br />

750 kV foram atribuídas incertezas, dado o impacto resultante das falhas nesse<br />

nível de tensão.<br />

Embora as unidades geradoras tenham sido individualizadas, os trafos elevadores,<br />

quando presentes, não sofreram o mesmo tratamento dado aos demais<br />

transformadores.<br />

A topologia nodal não foi explicitamente tratada. Entretanto, a influência das falhas<br />

das subestações foi parcialmente refletida nos parâmetros das linhas de<br />

transmissão da Tabela 6.5.3, dada a própria metodologia de coleta desses<br />

parâmetros.<br />

Nesse estudo não foram consideradas as falhas de modo comum nem as<br />

vinculações oriundas de esquemas de controle de emergência e proteção. Também<br />

não foram modeladas as falhas dos elementos transversais (capacitores e<br />

reatores).<br />

Os comprimentos das linhas de transmissão foram estimados usando os valores de<br />

reatância média dados na Tabela 6.5.3. Atribuiu-se um único valor para as<br />

incertezas dos transformadores de todas as classes, como mostrado na Tabela<br />

6.5.3. Os trafos elevadores foram tratados deterministicamente, exceto se passíveis<br />

de enquadramento como trafos de fronteira. Também não foram modelados os<br />

procedimentos de manutenção que impactam a malha de transmissão.<br />

<br />

Solicitação Ambiental<br />

Neste trabalho optou-se por não considerar nenhum efeito de solicitação ambiental<br />

com impacto na malha de transmissão e no regime hidrológico do sistema.<br />

<br />

Carga<br />

A modelagem da carga foi idêntica àquela utilizada nos casos de fluxo de potência<br />

do PAR para todas as configurações estudadas. A grande maioria das cargas foi<br />

modelada como valores de potência constante. No sistema N/NE algumas cargas<br />

foram modeladas funcionalmente, representando-se suas dependências com<br />

relação às variações de tensão. Tal representação facilita o processo de<br />

convergência, já que seu uso implica num corte implícito de carga quando da<br />

ocorrência de baixas tensões por esgotamento dos recursos dos sistema. Cumpre<br />

notar que esse aspecto tem influência direta nos valores dos índices de<br />

confiabilidade obtidos.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 437 / 530


Os regimes de carga pesada, média e leve, oriundos do PAR, foram processados<br />

de forma independente. Todos os três regimes foram processados de forma<br />

determinística (sem incertezas no patamar). A composição de indicadores de risco<br />

levando em conta todos os patamares de forma proporcional pode ser estimada<br />

usando as indicações da Tabela 6.5.6-4.<br />

Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/ influência de dias úteis e fins de semana [6]<br />

Patamar: Pesada Média Leve<br />

Duração (horas) 2,0<br />

12,0<br />

10,0<br />

(8,33%)<br />

(50%)<br />

(41,67%)<br />

Fonte: GCPS/SE/CTST/GTIN/001-91, apud [6].<br />

<br />

Composição do Espaço Probabilístico de Estados<br />

A composição do espaço probabilístico de estados tem extrema influência nos<br />

valores numéricos dos índices de confiabilidade. Por este motivo, é quase inútil o<br />

simples fornecimento de índices de confiabilidade, sem a descrição rigorosa da<br />

composição do espaço probabilístico de estados sobre o qual os mesmos índices<br />

foram gerados.<br />

Na avaliação realizada, este espaço foi composto apenas pelos circuitos (i.e. trafos<br />

e linhas) de transmissão. Para fins de referência e ilustração de ordens de grandeza<br />

a composição do espaço probabilístico da configuração de Junho de 2003 é<br />

aproximadamente especificada na Tabela 6.5.6-5.<br />

A probabilidade do caso-base de confiabilidade para a configuração de Junho 2003<br />

(i.e. rede completa sem contingências) é de 65,523926% Em Dezembro 2005 essa<br />

probabilidade se reduz a 62,343758% devido ao acréscimo de elementos.<br />

<br />

Metodologia (Etapas do Processamento Computacional)<br />

O processamento computacional compreendeu duas etapas encadeadas<br />

seqüencialmente, quais sejam: (i) Pré-processamento para obtenção do caso-base<br />

de confiabilidade; (ii) Cálculo numérico da confiabilidade. Todas as minúcias da<br />

simulação computacional podem ser vista em [7].<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 438 / 530


Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de Estados para Junho 2003, Pesada<br />

Elementos Número de Elementos Número de Estados Associados<br />

ao Elemento<br />

Geradores Individualizados 626 1 (não gera combinações)<br />

Linhas de transmissão<br />

750 kV<br />

9 2<br />

525 kV<br />

27 2<br />

500 kV<br />

83 2<br />

440 kV<br />

34 2<br />

345 kV<br />

94 2<br />

230 kV<br />

394<br />

2<br />

Total de linhas 641<br />

Transformadores de Malha<br />

750 kV<br />

525 e 500 kV<br />

12<br />

80 2<br />

440 kV<br />

8 2<br />

345 kV<br />

74<br />

2<br />

Total de trafos de Malha 174<br />

Total de trafos de Fronteira (230 kV)<br />

510 2<br />

Patamares de carga por regime 1 1 (não gera combinações)<br />

Total de Elementos a 2 Estados 641 + 174 + 510 = 1325<br />

Total Aproximado de Elementos do<br />

Espaço Probabilístico de Estados<br />

2 1325 = 10 398,86<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 439 / 530


7 Aspectos Relacionados à Fronteira da Rede Básica com a Rede de<br />

Distribuição<br />

A Resolução Aneel nº 433/00, emitida pela Aneel em novembro de 2000, revisou o<br />

conceito da Rede Básica estabelecendo que o ponto de conexão à Rede Básica se<br />

dá no barramento de alta tensão das subestações. Neste contexto, os novos<br />

transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV não mais integram a Rede<br />

Básica, sendo a sua implantação de responsabilidade dos distribuidores, dos<br />

consumidores livres ou dos geradores. Para os transformadores existentes, a<br />

reclassificação se dará a partir de 2003, nas datas fixadas para a revisão tarifária<br />

das distribuidoras.<br />

O <strong>ONS</strong>, com o apoio da Aneel, tem procurado estimular discussões envolvendo os<br />

transmissores e distribuidores visando disseminar os novos conceitos estabelecidos<br />

pela Resolução Aneel nº 433/00, bem como buscar soluções para assegurar a<br />

viabilização dos reforços em transformação na fronteira entre a Rede Básica e a<br />

rede de distribuição.<br />

Por outro lado, no desenvolvimento dos estudos para a elaboração deste Plano de<br />

Ampliações e Reforços, o <strong>ONS</strong> em conjunto com os Agentes através dos Grupos<br />

Especiais, identificaram situações nas quais os critérios adotados não são<br />

atendidos, sendo abordado em particular, os casos de violação para os<br />

transformadores com tensão secundária inferior a 230 kV, que não mais integrarão<br />

a Rede Básica.<br />

Neste sentido, as tabelas apresentadas neste item resumem as situações<br />

encontradas onde os critérios adotados nos estudos não são atendidos. Quando<br />

disponíveis, são registradas as soluções indicadas pelo Agente responsável.<br />

Os problemas estão organizados por região elétrica / concessionária de<br />

distribuição, sendo indicadas as violações de critério encontradas tanto em<br />

condições normais de operação como em contingências. No caso do Estado de São<br />

Paulo, em função do grande número de Agentes envolvidos, os problemas<br />

identificados foram agrupados em seis áreas de conexão, segundo critério utilizado<br />

pela Aneel para o estabelecimento dos correspondentes encargos de conexão.<br />

Observa-se que a solução a ser implementada, para que possa levar a melhores<br />

resultados do ponto de vista técnico-econômico, deve considerar que:<br />

− o conjunto de empreendimentos indica a pior situação, ou seja, não foi<br />

considerada a possibilidade de operação dos transformadores com carregamento<br />

20% acima de sua capacidade nominal, nem o remanejamento de carga através da<br />

rede de distribuição;<br />

− a entrada em operação das usinas termelétricas, notadamente na rede de<br />

distribuição, pode acarretar em modificação na natureza e na cronologia dos<br />

problemas identificados;<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 440 / 530


− no caso de instalações compartilhadas, o critério de rateio dos encargos de<br />

conexão tem influência nas análises técnico-econômicas; e<br />

− a indicação de sobrecarga em instalações muito próximas sinaliza a possibilidade<br />

de que determinadas soluções eliminam simultaneamente mais de um problema.<br />

Neste item são sinalizados também os locais nos quais foram identificados baixos<br />

valores de fator de potência, calculados do lado de alta dos transformadores, que<br />

devem merecer atenção especial por parte das concessionárias de distribuição.<br />

Finalmente são relacionados problemas detectados pelas próprias distribuidoras na<br />

sua área de atuação, que demandam expansões a partir da Rede Básica. Estes<br />

casos foram informados pelos respectivos Agentes envolvidos, no âmbito dos<br />

Grupos Especiais, antecipando a intenção de uma futura solicitação de acesso.<br />

Salienta-se que deverão ser adotadas medidas urgentes para a solução dos casos<br />

onde já ocorre, ou está prevista para ocorrer, sobrecarga em condições normais de<br />

operação, relacionados na Tabela 7-1. Esse problema foi identificado em 22<br />

subestações, cerca de 7% das SEs integrantes da Rede Básica atualmente.<br />

Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em condições normais de operação<br />

SUBESTAÇÃO<br />

UF<br />

1º ANO COM<br />

SOBRECARGA<br />

SE PICI – 230/69 kV – 2x100 MVA CE Jun/2004<br />

SE IPATINGA - 230/161– 1x150 MVA e 161/138 kV –<br />

1x120MVA<br />

MG<br />

Jul/2003<br />

SE MASCARENHAS DE MORAES - 345/138 kV – 150 MVA MG Jul/2004<br />

SE ANASTÁCIO - 230/138 kV – 1X75 MVA MS Jun/2004<br />

SE BOM NOME – 230/138 kV – 100 MVA PE Dez/2004<br />

SE BONGI – 230/13,8 kV – 2x40 MVA PE Dez/2004<br />

SE BONGI – 230/69 kV – 4x100 MVA PE Dez/2004<br />

SE BOA ESPERANÇA – 230/69 kV – 2x33 MVA PI Dez/2005<br />

SE CASCAVEL – 230/138 kV – 3x150 MVA PR Jun/2005<br />

SE BAGE – 230/69 kV – 2x50 MVA RS Jun/2004<br />

SE CAXIAS 2 – 230/69 kV – 165 MVA RS Fev/2005<br />

SE CHARQUEADAS - 230/69 kV – 86 MVA RS Jun/2006<br />

SE PORTO ALEGRE 10 – 230/13 kV – 50 MVA RS Fev/2005<br />

SE PORTO ALEGRE 6 – 230/69 kV – 2X83 MVA RS Jun/2004<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 441 / 530


SUBESTAÇÃO<br />

UF<br />

1º ANO COM<br />

SOBRECARGA<br />

SE SANTA MARTA – 230/69 kV – 83 MVA RS Jun/2004<br />

SE BOM JARDIM – 440/138 kV – 2x300 MVA SP Jul/2003<br />

SE BOTUCATU – 230/138 kV – 3x75 MVA SP Jul/2003<br />

SE CABREÚVA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul2006<br />

SE CAMPINAS – 345/138 kV – 4x150 MVA SP Jul/2004<br />

SE CAPIVARA – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2004<br />

SE JUPIÁ – 440/138 kV – 1x150 MVA SP Jul/2003<br />

SE JURUMIRIM – 230/138 kV – 2x75 MVA SP Jul/2003<br />

Além dos problemas em condições normais de operação, a contingência simples de<br />

um transformador resultou em carregamentos superiores a 140% nos equipamentos<br />

remanescentes em 23 locais (7,3% do total), ao longo do horizonte estudado.<br />

Nesses casos, há risco de desligamento em cascata e conseqüente perda da<br />

subestação.<br />

Em 36 SEs (11,5% das subestações), a perda de um transformador provocou<br />

carregamentos acima da capacidade nominal dos trafos remanescentes. Ressaltase,<br />

ainda, o caso de 25 subestações (8% do total) que contam com apenas um<br />

transformador, cuja indisponibilidade implica em, no mínimo, corte temporário de<br />

toda a carga atendida.<br />

Para os casos em que foram identificadas sobrecargas em condições de<br />

contingência, deverá ser estudada a implantação de esquema especiais de alívio de<br />

carga para preservar os equipamentos remanescentes.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 442 / 530


7.1 Região Sul<br />

7.1.1 CEEE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE CIDADE INDUSTRIAL<br />

230/138 kV – 2 X 150 MVA<br />

SE GRAVATAI<br />

230/69 kV – 2 X 165 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />

submetido a carregamentos da ordem de 167% em 2005<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />

submetido a carregamentos da ordem de 156% em 2006<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

BAGÉ - 230/69 kV 0,86; 0,95; 0,95 2004 a 2006<br />

CHARQUEADAS - 230/69 kV 0,91; 0,91; 0,91 2004 a 2006<br />

ELDORADO - 230/23 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006<br />

GUAÍBA - 230/69 kV 0,86; 0,86; 0,86 2004 a 2006<br />

PELOTAS 3 - 230/138 kV 0,88; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />

PORTO ALEGRE 10 - 230/13 kV 0,92; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />

PORTO ALEGRE 10 - 230/69 kV 0,95; 0,92; 0,92 2004 a 2006<br />

PORTO ALEGRE 13 - 230/13 kV 0,94; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />

PORTO ALEGRE 6 - 230/69 kV 0,91; 0,94; 0,93 2004 a 2006<br />

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SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

PORTO ALEGRE 8 - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />

QUINTA - 230/69 kV 0,92; 0,90; 0,90 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 444 / 530


7.1.2 RGE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE FARROUPILHA<br />

230/69 kV – 2 X 88 MVA<br />

SE SANTA MARTA<br />

230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />

SE GUARITA<br />

230/69 kV – 2 X 83 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />

submetido a carregamentos da ordem de 125% em 2004,<br />

185% em 2005 e 156% em 2006<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />

submetido a carregamentos da ordem de 189% em 2004<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente fica<br />

submetido a carregamentos da ordem de 153% em 2005 e<br />

157% em 2006<br />

Conforme RGE, com a entrada em<br />

operação do 2° TR, 230/69 kV, 83 MVA,<br />

na SE Garibaldi e do banco 230/69 kV,<br />

165 MVA, na SE Caxias 5 é possível<br />

remanejamento da carga no setor de<br />

69 kV no caso da perda de um TR da<br />

SE Farroupilha.<br />

Conforme RGE, esse problema será<br />

solucionado com a entrada em<br />

operação da SE Lagoa Vermelha em<br />

Set/04.<br />

A RGE informou que está estudando<br />

uma solução para o problema.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

GRAVATAI - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />

GUARITA - 230/69 kV 0,91; 0,91 2005 e 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 445 / 530


SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

MISSÕES - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />

NOVA PRATA - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />

SANTA MARTA - 230/138 kV 0,94 2006<br />

SANTA MARTA - 230/69 kV 0,92; 0,92 2005 e 2006<br />

SANTO ÂNGELO - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />

TAQUARA - 230/138 kV 0,93; 0,89 2005 e 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />

SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 446 / 530


7.1.3 AES<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE CAMPO BOM<br />

230/69 kV – 2 X 83 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente<br />

fica submetido a carregamentos da ordem de 178% em<br />

2005 e 191% em 2006<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

CAMPO BOM - 230/69 kV 0,93; 0,93 2005 e 2006<br />

LAJEADO - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />

POLO PETROQUÍMICO - 230/69 kV 0,90; 0,89; 0,86 2004 a 2006<br />

SANTA CRUZ - 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />

SANTA MARIA 3 – 230/69 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />

SÃO BORJA - 230/69 kV 0,88; 0,88 2005 e 2006<br />

SÃO VICENTE - 230/69 kV 0,94; 0,94; 0,94 2004 a 2006<br />

URUGUAIANA 5 - 230/69 kV 0,92; 0,92; 0,92 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />

SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 447 / 530


7.1.4 CELESC<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE XANXERÊ<br />

230/138 kV – 1 X 150 MVA + 2 X<br />

84 MVA + 1 X 75 MVA<br />

Na perda do transformador de 150 MVA, a unidade de<br />

75 MVA fica submetida a carregamentos da ordem de<br />

153% em 2005<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

JORGE LACERDA A - 230/138 kV 0,93; 0,82 2005 e 2006<br />

JORGE LACERDA A - 230/69 kV 0,90; 0,93 2005 e 2006<br />

PALHOÇA - 230/138 kV 0,93; 0,85; 0,82 2004 a 2006<br />

XANXERÊ - 230/138 kV 0,95; 0,87 2005 e 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />

SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 448 / 530


7.1.5 COPEL<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE PONTA GROSSA NORTE<br />

230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores, o remanescente<br />

fica submetido a carregamentos da ordem de 164% em<br />

2006<br />

LT 138 kV Rosana - Loanda Sobrecarga de 17% na carga pesada de inverno de 2006<br />

em condição normal de operação, com despacho pleno<br />

da UHE Rosana e intercâmbio de energia sudeste – sul<br />

de 4.000 MW.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

APUCARANA - 230/138 kV 0,91; 0,91 2005 e 2006<br />

CAMPO COMPRIDO - 230/69 kV 0,95 2005<br />

CAMPO DO ASSOBIO - 230/13 kV 0,86; 0,84; 0,84 2004 a 2006<br />

CAMPO DO ASSOBIO - 230/138 kV 0,92; 0,89; 0,88 2004 a 2006<br />

FOZ DO IGUAÇU NORTE- 230/138 kV 0,79 2006<br />

GOV. PARIGOT SOUZA - 230/138 kV 0,80; 0,95 2005 e 2006<br />

GUAÍRA - 230/138 kV 0,91; 0,88; 0,82 2004 a 2006<br />

LONDRINA - 230/138 kV 0,94; 0,94 2005 e 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 449 / 530


SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

MARINGÁ - 230/138 kV 0,84; 0,79; 0,81 2004 a 2006<br />

PATO BRANCO - 230/138 kV 0,87; 0,91 2004 e 2006<br />

PILARZINHO - 230/69 kV 0,94 2005<br />

PONTA GROSSA NORTE - 230/138 kV 0,80; 0,63; 0,62 2004 a 2006<br />

PONTA GROSSA NORTE - 230/34 kV 0,79; 0,85; 0,91 2004 a 2006<br />

PONTA GROSSA SUL - 230/34 kV 0,84; 0,82; 0,76 2004 a 2006<br />

POSTO FISCAL - 230/138 kV 0,85; 0,75 2005 e 2006<br />

SÃO MATEUS - 230/13 kV 0,90; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />

SÃO MATEUS - 230/34 kV 0,91; 0,89; 0,89 2004 a 2006<br />

SARANDI - 230/138 kV 0,90; 0,88 2005 e 2006<br />

UBERABA - 230/69 kV 0,87; 0,88; 0,86 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de baixa do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga e da compensação reativa da<br />

SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 450 / 530


7.2 Região Sudeste<br />

7.2.1 RIO DE JANEIRO / ESPÍRITO SANTO<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE JACAREPAGUÁ<br />

345/138 kV – 4 X 225 MVA<br />

SE VITÓRIA<br />

345/138 kV – 4 x 225 MVA<br />

SE MASCARENHAS<br />

230/138 kV – 1 X 150 MVA<br />

A transformação de Jacarepaguá 345/138 kV -<br />

4x225 MVA pode apresentar sobrecarga da ordem de<br />

12% para o ano de 2006, para cenários de geração<br />

térmica reduzida nas usinas Eletrobolt, Santa Cruz e<br />

Termorio e elevado nas usinas Macaé Merchant e N.<br />

Fluminense para a contingência da LT 500 kV C.<br />

Paulista – Grajaú ou em um de seus bancos de<br />

transformadores.<br />

Nos diversos cenários analisados, já com a presença da<br />

LT 345 kV Ouro Preto – Vitória, observa-se que a<br />

transformação de Vitória 345/138 kV (4X225 MVA)<br />

encontra-se bastante solicitada já em regime normal de<br />

operação, com carregamento em torno do nominal, de<br />

tal forma que na contingência de um transformador,<br />

pode-se encontrar sobrecarga de até 33% (2006) no<br />

transformador remanescente de menor impedância<br />

desta subestação.<br />

Com a usina de Aimorés em operação, a transformação<br />

de Mascarenhas, com um transformador de 150 MVA,<br />

não suportaria a contingência da LT 230 kV Aimorés -<br />

Conselheiro Pena<br />

SE AREINHA (Nova) – TR 345/138 kV –<br />

300 MVA (sem solicitação de acesso<br />

até o momento)<br />

Seccionamento de um circuito da LT<br />

345 kV Campos – Vitória 2 X 1 km (obra<br />

da Rede Básica)<br />

Substituição do TR 230/138 kV de<br />

150 MVA por um de 300 MVA<br />

(associada a UHE Aimorés)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 451 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

Nilo Peçanha 230/138 kV 0,84 / 0,93 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 452 / 530


7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BAIXADA SANTISTA<br />

345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />

SE BAIXADA SANTISTA<br />

230/138 kV – 2 X 150 MVA<br />

Na perda de uma unidade o carregamento na restante<br />

supera o seu valor nominal, em diferentes condições de<br />

carga, a partir de 2004. Com despacho mínimo na UHE<br />

Henry Borden 88 kV (19 MW), os fluxos na unidade<br />

restante em 2005 são de 403 MVA / 101% na carga<br />

média e 531 MVA / 133% na carga pesada, com a LT<br />

88 kV Henry Borden – Pedreira aberta em Henry<br />

Borden. Caso essa linha opere aberta em Pedreira os<br />

carregamentos na unidade restante são elevados para<br />

466 MVA / 116% em carga média e 667 MVA / 167%<br />

em carga pesada. É importante observar que está<br />

considerada a transferência da carga da Carbocloro do<br />

sistema em 88 kV para o em 230 kV a partir de junho<br />

de 2003.<br />

O fluxo nos transformadores 230/138 kV de Baixada<br />

Santista sofre influência do despacho de geração na<br />

área (UHE Henry Borden e UTEs Piratininga e Nova<br />

Piratininga). Com despachos máximos nessas usinas,<br />

na perda de uma unidade, há carregamentos de 105%<br />

em 2004, 110% em 2005 e 112% em 2006 na unidade<br />

restante, na carga pesada de dezembro. Para<br />

despachos de geração mínimos nas usinas da área, o<br />

valor nominal dos transformadores não é excedido em<br />

emergências.<br />

3 º banco de transformadores 345/88 kV<br />

- 400 MVA (CPFL Piratininga –<br />

12/2005)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 453 / 530


7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BOTUCATU<br />

230/138 kV – 3 X 75 MVA<br />

SE CAPÃO BONITO<br />

230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />

SE EMBU GUAÇU<br />

440/138 kV – 2 X 300 MVA<br />

Há carregamentos acima dos nominais em condição<br />

normal de operação. Em 2004, na carga pesada, em<br />

condição normal o fluxo é de 111% e na perda de uma<br />

de suas unidades 146% nas restantes.<br />

Na perda de uma unidade o carregamento na unidade<br />

restante é de 133% na carga pesada de 2004.<br />

Quando da perda de uma unidade, a remanescente<br />

apresenta carregamentos de 113% a partir de 2004 no<br />

patamar de carga pesada.<br />

Substituição de duas unidades de<br />

75 MVA por duas de 150 MVA (CPFL<br />

Paulista – 12/2004) e da terceira de<br />

75 MVA por 150 MVA (CPFL Paulista –<br />

12/2006).<br />

LT 230 kV, circuito simples, Jaguariaiva<br />

– Itararé II e SE com transformador<br />

230/138 kV 180 MVA na SE Itararé II<br />

(Elektro – 12/2005).<br />

3º banco de transformadores<br />

440/138 kV - 300 MVA (Eletropaulo -<br />

12/2004)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 454 / 530


7.2.2 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 1 (CLFSC, CPFL PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO E ELETROPAULO)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE JURUMIRIM<br />

230/138 kV – 2 X 75 MVA<br />

SE OESTE<br />

440/88 kV – 3 x 400 MVA<br />

Em 2004 poderá ocorrer carregamento de até 110% nos<br />

períodos de carga pesada em regime normal de<br />

operação. Na indisponibilidade de um banco, observase<br />

carregamento no transformador remanescente de até<br />

129% em carga pesada.<br />

Há sobrecargas nessa transformação também quando<br />

da perda das LTs 230 kV Chavantes – Botucatu (119%),<br />

Jurumirim – Avaré (134%), Avaré – Botucatu (129%) e<br />

Capão Bonito – Botucatu (148%) e de um<br />

transformador 230/138 kV em Capão Bonito (116%).<br />

Atualmente são necessárias medidas operativas para<br />

reduzir o carregamento dos transformadores existentes.<br />

A partir da solicitação de acesso da CBA para carga de<br />

129,5 MW no barramento de 88 kV de Oeste, quando da<br />

perda de uma de suas unidades acontecem<br />

carregamentos acima do nominal nas restantes: 7% em<br />

2004, 9% em 2005 e 19% em 2006, na condição de<br />

carga pesada e 5% em 2006 na carga média.<br />

Instalação do terceiro transformador<br />

230/138 kV – 75 MVA (CFLSC –<br />

12/2004)<br />

Transferência de carga da CBA do<br />

sistema em 88 kV para o sistema em<br />

230 kV atendido pela SE Cabreúva.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 455 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

BAIXADA SANTISTA – 345/88 kV 0,88 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />

BAIXADA SANTISTA – 230/138 kV 0,97 – 1,00 2005<br />

BOTUCATU – 230/88 kV 0,89 – 0,95 2004 - 2006<br />

CAPÃO BONITO – 230/138 kV 0,94 – 0,99 2004 - 2006<br />

JURUMIRIM – 230/138 kV 0,95 – 1,00 2004 - 2006<br />

OESTE – 440/88 kV 0,97 – 1,00 2005 - 2006<br />

(1) Há influência do despacho da UHE Henry Borden.<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 456 / 530


7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BOM JARDIM<br />

440/88 kV – 2 x 300 MVA<br />

SE BOM JARDIM<br />

440/138 kV - 150 MVA<br />

SE CABREÚVA<br />

440/138 kV - 150 MVA<br />

Na perda de uma unidade há carregamentos acima do<br />

nominal na unidade restante em 2004 nas cargas média<br />

(120%) e pesada (142%).<br />

O carregamento do transformador 440/138 kV de Bom<br />

Jardim é superior ao seu valor nominal (101% em 2004,<br />

109% em 2005 e 113% em 2006), notando-se elevados<br />

fluxos de reativos de Bom Jardim para Bragança<br />

Paulista.<br />

Há carregamentos superiores ao nominal no<br />

transformador 440/138 kV de Bom Jardim quando da<br />

perda do transformador 440/138 kV de Cabreúva (124%<br />

em 2004, 131% em 2005 e 135% em 2006).<br />

O carregamento do transformador 440/138 kV de<br />

Cabreúva é superior ao seu valor nominal em<br />

2006(102%).<br />

Há carregamentos superiores ao nominal no<br />

transformador 440/138 kV de Cabreúva quando da<br />

perda do transformador 440/138 kV de Bom Jardim<br />

(116% em 2004, 127% em 2005 e 130% em 2006).<br />

Na perda dos transformadores 440/138 kV de Bom<br />

Jardim ou de Cabreúva são verificadas tensões<br />

inferiores a 95% no sistema em 138 kV da área.<br />

Instalação da terceira unidade<br />

transformadora 440/88 kV – 300 MVA<br />

(CPFL Piratininga – Dez/2004)<br />

Instalação da segunda unidade<br />

transformadora 440/138 kV – 150 MVA<br />

em Cabreúva (Elektro – Dez/2005).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 457 / 530


7.2.3 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 2 (BANDEIRANTE, CPFL PIRATININGA, EEB, ELEKTRO E CESP)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE SANTO ÂNGELO<br />

440/138 kV – 1 X 300 + 2 X 150 MVA<br />

Na indisponibilidade do banco de 300 MVA, observamse<br />

carregamentos nos transformadores remanescentes<br />

de 103% em 2006, na carga pesada.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

APARECIDA - 230/88 kV 0,97 – 1,00 2006<br />

BOM JARDIM - 440/138 kV 0,67 – 0,89 2004 - 2006<br />

BOM JARDIM - 440/88 kV 0,94 – 0,98 2004 - 2006<br />

LT 230 kV – CD - CABREÚVA – CBA 0,94 - 0,94 2004 - 2006<br />

CABREÚVA – 440/138 kV 0,93 – 1,00 2005 - 2006<br />

MOGI – 230/88 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006<br />

SANTO ÂNGELO – 440/138 kV 0,95 – 0,98 2004 - 2006<br />

SÃO JOSÉ – 230/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 458 / 530


7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ARARAQUARA<br />

440/138 kV- 3 X 300 MVA<br />

SE MOGI MIRIM III<br />

440/138 kV – 2 X 300 MVA<br />

SE RIBEIRÃO PRETO<br />

440/138 kV- 2 X 300 MVA<br />

Quando da perda de uma unidade o carregamento nas<br />

restantes vai de 107% em 2004 a 111% em 2006<br />

Na perda de uma unidade o carregamento na restante,<br />

381 MVA / 127% em 2004 na carga pesada, é superior<br />

ao seu valor nominal.<br />

Durante a perda de um transformador, a unidade<br />

restante apresenta carregamento que evolui de 107%<br />

em 2004 a 114% em 2006.<br />

3º banco de transformadores<br />

440/138 kV – 300 MVA (Elektro –<br />

12/2004)<br />

Instalação da terceira unidade<br />

transformadora 440/138 kV – 300 MVA<br />

(CPFL Paulista– Dez/2006)<br />

SE SUMARÉ<br />

440/138 kV- 2 X 300 MVA<br />

Na perda de uma unidade o carregamento na restante<br />

supera seu valor nominal (105% em 2004, e 111% em<br />

2005 na carga pesada).<br />

Instalação do 3 o banco de<br />

transformadora 440/138 kV – 300 MVA<br />

(CPFL Paulista– Dez/2006)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 459 / 530


7.2.4 SÃO PAULO – ÁREA DE CONEXÃO 3 (CJE, CLFM, CPEE, CPFL PAULISTA, EEB, E ELEKTRO)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE SANTA BÁRBARA<br />

440/138 kV- 3 X 300 MVA<br />

O barramento de 138 kV da SE Santa Bárbara<br />

440/138 kV atualmente está operando aberto como<br />

medida para limitar o nível de curto-circuito no nível de<br />

138 kV. Nessa condição um dos transformadores de<br />

315 MVA alimenta as LTs 138 kV, circuito duplo, Santa<br />

Bárbara – Limeira 1 e Santa Bárbara – Mogi Mirim 2. As<br />

demais unidades de 300 MVA e 315 MVA suprem as<br />

linhas em 138 kV da CPFL. Em condições de<br />

emergência de um dos transformadores 440/138 kV o<br />

barramento de 138 kV é fechado. Na carga pesada de<br />

2004 o transformador 440/138 kV de 300 MVA de Santa<br />

Bárbara opera no limite em condição normal (294 MVA /<br />

98%) e, quando da perda de uma das unidades, após o<br />

fechamento do barramento de 138 kV, o fluxo nas<br />

restantes 318 MVA / 101% (unidade de 315 MVA) e<br />

330 MVA / 110% (unidade de 300 MVA) é superior a<br />

seus valores nominais.<br />

Instalação do 4 o banco de<br />

transformadores 440/138 kV – 315 MVA<br />

na SE Santa Bárbara (CPFL Paulista –<br />

12/2004)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 460 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ARARAQUARA – 440/138 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />

MOGI MIRIM 3 – 440/138 kV 0,91 – 0,98 2004 - 2006<br />

RIBEIRÃO PRETO - 440/138 kV 0,92 – 1,00 2004 - 2006<br />

SANTA BÁRBARA - 440/138 kV 0,92 – 0,97 2004 - 2006<br />

SUMARÉ - 440/138 kV 0,91 – 1,00 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 461 / 530


7.2.5 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 4 (CAIUÁ, CLFSC E EEVP)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ASSIS<br />

230/88 kV – 2 x 38 MVA<br />

SE CHAVANTES<br />

230/88 kV – 2 X 40 MVA<br />

As transformações 230/88 kV de Assis e de Chavantes<br />

operam no limite quando da perda de uma de suas<br />

unidades no ano 2006, na condição de carga pesada,<br />

para despacho de 88% nas UHEs Canoas I e II, Salto<br />

Grande, Ourinhos, Chavantes, Jurumirim e Piraju. Notase<br />

que o carregamento é devido ao fluxo de reativos do<br />

sistema em 230 kV para o em 88 kV, em função do fator<br />

de potência das cargas (média de 0,916). Despachos<br />

menores poderão causar carregamentos superiores ao<br />

nominal.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ASSIS – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />

AVARÉ – 230/138 kV 0,76 – 0,91 2004 - 2006<br />

CHAVANTES – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />

SALTO GRANDE – 230/88 kV (1) 2004 - 2006<br />

(1) Há elevados fluxos de reativos do sistema em 230 kV para o em 88 kV, em todas as condições de carga, devido ao fator de potência das<br />

cargas (0,916). O carregamento desses transformadores é influenciado pelo despacho de geração das usinas ligadas ao sistema em 88 kV:<br />

Canoas I e II, Salto Grande e Ourinhos.Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da<br />

carga, da compensação reativa e do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 462 / 530


7.2.6 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 5 (CAIUÁ, CPFL PAULISTA, EEVP,ELEKTRO E ENERSUL)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE CAPIVARA<br />

440/138 kV - 150 MVA<br />

SE TAQUARUÇU<br />

440/138 kV – 300 MVA<br />

O transformador 440/138 kV de Capivara opera no limite<br />

em condição normal de operação em 2004. Há<br />

carregamentos acima do nominal na perda do<br />

transformador 440/138 kV de Taquaruçu (137%) e das<br />

LTs 440 kV Jupiá – Taquaruçu (110%), Taquaruçu –<br />

Assis (108%), Capivara – Assis (149%), Assis – Bauru<br />

(127%) e Assis –Sumaré (119%).<br />

Na perda dos transformadores 440/138 de Capivara ou<br />

de Taquaruçu são verificadas tensões baixas nos<br />

barramentos de 138 kV da área.<br />

Substituição do transformador de<br />

150 MVA por outro de 300 MVA (Elektro<br />

– 06/2006).<br />

Constituição das LTs 138 kV Rosana –<br />

Presidente Prudente, Rosana –<br />

Dracena, Taquaruçu – Dracena e<br />

Taquaruçu – Presidente Prudente<br />

(Elektro – 12/2005).<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

CAPIVARA - 440/138 kV 0,87 – 1,00 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 463 / 530


7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ÁGUA VERMELHA<br />

440/138 kV – 300 MVA<br />

O transformador 440/138 kV de Água Vermelha pode<br />

apresentar carregamentos elevados em condição<br />

normal de operação em função do despacho de geração<br />

das usinas da área e do fluxo nos transformadores<br />

500/440 kV de Água Vermelha. Em 2006, para<br />

despachos de geração hidráulica elevados no Sudeste,<br />

despachos de geração térmica e nuclear baixos no<br />

Sudeste, com intercâmbios do sistema Norte para o<br />

Sudeste (2000 MW) e do Sudeste para o Sul<br />

(4000 MW), o fluxo no transformador 440/138 kV de<br />

Água Vermelha é de 293 MVA / 98%. Nessas mesmas<br />

condições o seu carregamento é de 310 MVA / 103%<br />

em 2004 e 327 MVA / 109% em 2006 na perda do<br />

transformador de 440/138 kV Três Irmãos e 318 MVA /<br />

106% em 2006 na perda do transformador 440/138 kV<br />

de Jupiá.<br />

Em 2006, a indisponibilidade desse transformador<br />

acarreta tensões próximas a 90% em várias barras da<br />

rede de 138 kV que atende à região norte do Estado de<br />

São Paulo, na condição de carga pesada.<br />

2 o banco de transformadores<br />

440/138 kV – 300 MVA (Elektro –<br />

12/2006)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 464 / 530


7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BAURU<br />

440/138 kV – 2 X 150 MVA<br />

Em 2004 na perda de um transformador acontece<br />

carregamento de 122% na unidade restante. As<br />

condições de carregamento na transformação<br />

440/138 kV são influenciadas pelo despacho de geração<br />

nas usinas do rio Tietê conectadas ao sistema em<br />

138 kV.<br />

Instalação da terceira unidade<br />

transformadora 440/138 kV – 150 MVA<br />

(CPFL Paulista – Dez/2004)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 465 / 530


7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE JUPIÁ<br />

440/138 kV – 150 MVA<br />

Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e<br />

com a UTE Três Lagoas fora de operação, há superação da capacidade nominal<br />

do transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá quando da perda de um dos<br />

transformadores 440/138 kV de Água Vermelha (113%) ou Três Irmãos (160%).<br />

Com apenas uma máquina despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três<br />

Lagoas o carregamento é superior ao nominal já em condição normal (116%).<br />

Substituição do transformador<br />

440/138 kV-150 MVA de Jupiá por outro<br />

de 300 MVA (Elektro – Dez/2004)<br />

Em 2004, na carga pesada, com as duas máquinas da UHE Jupiá despachadas e<br />

com a UTE Três Lagoas em operação (240 MW) o desempenho do sistema é<br />

adequado. Com apenas uma máquina da UHE Jupiá em operação, o<br />

carregamento no transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá é superior ao<br />

nominal quando da perda do transformador 440/138 kV de Três Irmãos (114%).<br />

Na carga leve, em condições de despachos máximos de geração na UHE Jupiá<br />

138 kV, UTE Três Lagoas e nas usinas do Mato Grosso do Sul (UHE Mimoso e<br />

UTE W. Arjona), o carregamento no transformador 440/138 kV - 150 MVA de<br />

Jupiá supera em cerca de 5% o seu valor nominal no caso de perda do<br />

transformador 440/138 kV de Três Irmãos.<br />

Após a substituição do transformador 440/138 kV por outra unidade de 300 MVA,<br />

são ainda verificados carregamentos superiores ao nominal durante a perda do<br />

transformador 440/138 kV de Três Irmãos, com apenas uma máquina<br />

despachada na UHE Jupiá 138 kV e sem a UTE Três Lagoas: 118% em 2004 e<br />

122% em 2006. A entrada em operação da nova interligação com o MS -<br />

transformador 440/230 kV de Porto Primavera e LT 230 kV Porto Primavera –<br />

Dourados, em 2006, reduzirá o carregamento no transformador 440/138 kV de<br />

Jupiá, quando da perda do transformador de Três Irmãos, de 122% para 101%,<br />

com uma máquina da UHE Jupiá 138 kV despachada e sem a UTE Três Lagoas.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 466 / 530


7.2.7 SÃO PAULO - ÁREA DE CONEXÃO 6 (CNEE, CPFL PAULISTA, ELEKTRO E ENERSUL)<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE TRÊS IRMÃOS<br />

440/138 kV – 300 MVA<br />

A indisponibilidade do transformador 440/138 kV de<br />

Três Irmãos poderá provocar sobrecargas no<br />

transformador 440/138 kV – 150 MVA de Jupiá em<br />

situações com a UTE Três Lagoas fora de operação e<br />

em função do despacho de geração das unidades da<br />

UHE Jupiá conectadas ao sistema em 138 kV e das<br />

usinas térmicas na região de Corumbá (MS). Nessas<br />

mesmas condições, a perda do transformador<br />

440/138 kV de Jupiá provoca carregamento de 345 MVA<br />

/ 115% no transformador de Três Irmãos em 2004.<br />

Substituição do transformador<br />

440/138 kV de Jupiá por outro de<br />

300 MVA (Elektro – Dez/2004).<br />

2 o banco de transformadores<br />

440/138 kV – 300 MVA em Três Irmãos<br />

(Elektro – 12/2007)<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ÁGUA VERMELHA - 440/138 kV 0,95 – 0,99 (1) 2004 - 2006<br />

BAURU – 440/138 kV 0,88 – 0,97 2004 - 2006<br />

JUPIÁ – 440/138 kV 0,95 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />

TRÊS IRMÃOS – 440/138 kV 0,94 – 1,00 (1) 2004 - 2006<br />

(1) Há influência da UHE Jupiá 138 kV e da UTE Três Lagoas.<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 467 / 530


7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BANDEIRANTES<br />

345/88 kV – 3 X 400 MVA<br />

SE PIRATININGA<br />

230/88 kV – 4 X 100 MVA<br />

SE EDGARD DE SOUZA<br />

230/88 kV – 1 x 100 MVA + 3 x 150 MVA<br />

SE PIRITUBA<br />

230/88 kV – 4 X 150 MVA<br />

Na perda de uma unidade 345/88 kV de Bandeirantes<br />

há carregamentos de 104% nas unidades restantes em<br />

2004.<br />

Na perda de uma unidade 230/88 kV de Piratininga há<br />

carregamentos de 100% nas unidades restantes em<br />

2004, com a UTEs Piratininga e Nova Piratininga fora<br />

de operação.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/88 kV da SE<br />

Edgard de Souza o carregamento nas unidades<br />

restantes é de 117% em 2004 na carga pesada.<br />

Durante a emergência de um dos transformadores<br />

230/88 kV da SE Pirituba o carregamento nas unidades<br />

restantes é de 122% na carga pesada de 2004.<br />

SE Piratininga II - 230/88 kV – 3 X<br />

150 MVA (instalação) e BC - 28,8 Mvar<br />

- 88 kV (Eletropaulo – 12/2004).<br />

Considerando a superação do nível de<br />

curto circuito será necessária a<br />

substituição de 7 bays de 88 kV.<br />

SE ANHANGÜERA - 345/88 kV - 2 x<br />

400 MVA (Eletropaulo – 12/2004)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 468 / 530


7.2.8 SÃO PAULO – ELETROPAULO<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE SUL 1<br />

345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />

SE SUL 2<br />

345/88 kV – 2 X 400 MVA<br />

ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE SÃO<br />

PAULO<br />

Na perda de uma unidade de Sul 1, observa-se<br />

carregamentos na carga pesada de 110% em 2004,<br />

chegando a 120% em 2006 no transformador<br />

remanescente.<br />

Na perda de uma unidade de Sul 2, observa-se<br />

carregamentos na carga pesada de 129% em 2004 e<br />

128% em 2006 no transformador remanescente. Na<br />

carga média os carregamentos são de 121% em 2004 e<br />

118% em 2006.<br />

A partir de 2004, carregamento elevado na SE Centro<br />

aliado ao esgotamento do sistema de distribuição da<br />

região central de São Paulo.<br />

Fechamento do disjuntor de interligação<br />

das barras de 88 kV das SEs Sul 1 e<br />

Sul 2 colocando em paralelo os 3<br />

bancos de transformadores<br />

remanescentes.<br />

SE MIGUEL REALE (NOVA) bancos<br />

de transformadores de 345/88-138 kV -<br />

2 X 400 MVA e fase reserva de<br />

133 MVA<br />

(obra em andamento pela Cteep com<br />

previsão para energização para junho<br />

de 2003).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 469 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

BANDEIRANTES – 345/88/34,5 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />

EDGARD DE SOUZA – 230/88 kV 0,97 – 1,00 2005<br />

MIGUEL REALE – 345/88/20 kV 0,96 – 0,97 2004 - 2006<br />

MILTON FORNASARO – 345/88 kV 0,96 – 1,00 2004 - 2006<br />

NORTE – 345/88 kV 0,96 – 0,99 2004 - 2006<br />

PIRITUBA – 230/88 kV 0,93 – 0,99 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 470 / 530


7.2.9 SÃO PAULO – BANDEIRANTES<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE SANTA CABEÇA<br />

230/88 kV – 2 x 60 MVA<br />

SE SÃO JOSÉ<br />

230/88 kV – 4 x 150 MVA<br />

Na perda de um dos dois transformadores há<br />

sobrecarga na unidade remanescente: 41% em 2004 e<br />

2005 e 50% em 2006, na carga pesada.<br />

Na perda de um dos quatro transformadores o<br />

carregamento nos restantes supera o valor nominal na<br />

condição de carga pesada: 104% em 2005 e 106% em<br />

2006.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

SANTA CABEÇA – 230/88 kV 0,93 – 0,98 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 471 / 530


7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE CAMPINAS<br />

345/138 kV – 4 x 150 MVA<br />

Em situações com baixo despacho de geração nas<br />

usinas ligadas ao sistema em 440 kV verifica-se fluxo<br />

de cerca de 95%, em condição normal na carga pesada,<br />

na SE Campinas 345/138 kV em 2004 e 2005. Nessas<br />

mesmas condições, em 2006, com a entrada em<br />

operação da interligação em 500 kV Londrina – Assis -<br />

Araraquara e do 2º autotransformador 500/345 kV –<br />

560 MVA, na SE Campinas, o fluxo nos transformadores<br />

345/138 kV dessa subestação é 14% superior ao seu<br />

valor nominal. Na perda de uma unidade, o fluxo nas<br />

restantes é sempre superior ao valor nominal (178 MVA<br />

/ 119% em 2004 e 214 MVA / 143% em 2006). A<br />

ampliação da SE Santa Bárbara 440/138 kV com a<br />

instalação da quarta unidade de 300 MVA, em<br />

dezembro de 2004, reduz o fluxo nos transformadores<br />

345/138 kV de Campinas, mas o fluxo nas unidades<br />

restantes ainda é superior ao valor nominal (166 MVA /<br />

111% em 2005).<br />

Instalação do 5º banco 345/138 kV –<br />

150 MVA (CPFL Paulista – 12/2006).<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 472 / 530


7.2.10 SÃO PAULO – CPFL PAULISTA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE MASCARENHAS DE MORAES<br />

345/138 kV – 1 X 150 MVA<br />

A SE Mascarenhas de Moraes está situada na área<br />

Minas Gerais, mas atende também a carga da CPFL<br />

Paulista na área de Franca.<br />

Dependendo do despacho de geração do sistema,<br />

principalmente das unidades da UHE Mascarenhas de<br />

Moraes conectadas em 138 kV e em 345 kV poderá<br />

haver sobrecarga no transformador 345/138 kV da SE<br />

Mascarenhas em condição normal de operação.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

CAMPINAS – 345/138 kV 0,92 – 0,99 2004 - 2006<br />

Obs: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 473 / 530


7.2.11 CEMIG<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE IPATINGA<br />

230/161 kV 1x150 MVA e<br />

161/138 kV – 1x120 MVA<br />

SE NEVES<br />

500/138 kV – 3 X 300 MVA<br />

As transformações de Ipatinga 230/161 kV 1x150 MVA e 161/138 kV<br />

– 1x120 MVA apresentarão carregamentos acima do nominal na<br />

ponta de carga da área Minas Gerais, em regime normal de<br />

operação, com valores de 104% em 2004, podendo chegar a 116%<br />

em 2006. Estes carregamentos poderão ser reduzidos para 74% e<br />

85%, respectivamente nos anos de 2004 e 2006, se as PCHs Pipoca<br />

(2x12,5MW) e Areia Branca (2X10MW), previstas para a região de<br />

Caratinga, entrarem em operação no ano de 2004. Ressalta-se que<br />

estas usinas ainda não possuem licença de operação e não foram<br />

consideradas no estudo deste PAR. A solução, em fase de<br />

implantação pela Cemig é a instalação de um novo transformador<br />

230/138 kV – 225 MVA que, além de eliminar as sobrecargas<br />

mencionadas anteriormente, aumentará a confiabilidade do<br />

atendimento da área, eliminando a necessidade de corte de carga<br />

durante contingência nas transformações.<br />

A SE Neves apresenta esgotamento da capacidade transformadora<br />

em condições normais de operação.<br />

Banco de transformador 230/138 kV –<br />

225 MVA na SE Ipatinga<br />

SE VESPASIANO 2 - em construção –<br />

AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA<br />

(seccionamento da LT 500 kV Neves -<br />

Mesquita – 2 X 3km)<br />

BC 3 X 41 Mvar - 138 kV<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 474 / 530


7.2.11 CEMIG<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BARREIRO<br />

345/138 kV – 4 X 150 MVA<br />

A SE Barreiro apresenta carregamentos próximos à capacidade<br />

nominal de seus transformadores.<br />

SE VESPASIANO 2 - em construção –<br />

AT 500/138 kV – 2 X 300 MVA<br />

(seccionamento da LT 500 kV Neves -<br />

Mesquita – 2 X 3km)<br />

BC 3 X 41 Mvar - 138 kV<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

JAGUARA - 345/138 kV 0,75 – 0,85 2004 - 2006<br />

JUIZ DE FORA – 345/138 kV 0,76 – 0,57 2004 - 2006<br />

IPATINGA – 230/161 kV 0,66 2004 - 2006<br />

TAQUARIL – 345/138 kV 0,80 2004 - 2006<br />

POÇOS DE CALDA – 345/138 kV 0,87 – 0.90 2004 - 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 475 / 530


7.3 Região Centro-Oeste<br />

7.3.1 CELG<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ANHANGUERA<br />

230/138 kV - 2x100 MVA<br />

Carregamento de 91% na condição normal de carga pesada de<br />

junho/2004. Na perda de um deles ocorre sobrecarga de 86%<br />

(186 MVA) no remanescente.<br />

Entrada da SE Carajás 230/138 kV,<br />

prevista para o primeiro trimestre de<br />

2005 e remanejamento de cargas.<br />

SE CACHOEIRA DOURADA<br />

230/138 kV - 1x120 MVA<br />

A saída de uma das LTs 500 kV Samambaia – Emborcação ou<br />

Itumbiara – Emborcação leva a sobrecargas da ordem de 17%<br />

(140 MVA). Essa sobrecarga tende a se intensificar nos casos de<br />

alta importação pelo Sudeste através da interligação Norte-Sul. A<br />

sobrecarga observada é justificada pelo valor relativamente alto das<br />

cargas na rede 138 kV na região do Triângulo Mineiro eletricamente<br />

próximas da SE Emborcação, as quais são supridas via<br />

transformação 500/138 kV de Emborcação e via LTs 138 kV<br />

derivadas de C. Dourada, formando um anel em 138 kV nessa área<br />

do sistema.<br />

SE XAVANTES<br />

230/138 kV - 3x150 MVA<br />

Na saída de uma das unidades, verificam-se nas remanescentes<br />

sobrecargas crescentes que atingem 24% (186 MVA) em<br />

junho/2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 476 / 530


7.3.1 CELG<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE RIO VERDE<br />

230/138 kV - 2x100 MVA<br />

Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />

remanescente da ordem de 20% (120 MVA) em 2005 e 2006.<br />

Verificou-se que apenas o aumento de carga não justificaria essa<br />

ocorrência a partir de 2005, tendo-se constatado que a presença da<br />

compensação série na rede 230 kV que interliga as áreas Goiás e<br />

Mato Grosso, prevista para ser instalada até o início de 2005, influi<br />

no aumento do carregamento dos citados transformadores.<br />

SE RIO VERDE<br />

230/69 kV - 2x42 MVA<br />

Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />

remanescente da ordem de 52% (64 MVA) na condição de carga<br />

pesada de junho/2004.<br />

SE ITAPACI<br />

230/69 kV - 2x50 MVA<br />

Na saída de uma das unidades, verificam-se sobrecargas na<br />

remanescente a partir de 2005, observando-se um valor de 14%<br />

(57 MVA) na condição de carga pesada de junho/2006.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 477 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

CACHOEIRA DOURADA – 230/138 kV 0,93 – 0,95 2004 a 2006<br />

ANHANGUERA – 230/138 kV 0,94 2004<br />

ANHANGUERA – 230/69 kV 0,86 – 0,92 2004 a 2006<br />

XAVANTES – 230/138 kV 0,94 – 0,96 2004 a 2006<br />

ÁGUAS LINDAS – 230/69 kV 0,89 – 0,95 2004 a 2006<br />

GOIÂNIA – 230/13,8 kV 0,80 – 0,94 2004 a 2006<br />

N. TOCANTINS – 230/13,8 kV<br />

(consumidor)<br />

0,79 – 0,82 2004 a 2006<br />

CODEMIN – 230/13,8 kV (consumidor) 0,93 2004 a 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 478 / 530


7.3.2 CEMAT<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

LTs 138 kV COXIPÓ-<br />

RONDONÓPOLIS e RONDONÓPOLIS-<br />

COUTO MAGALHÃES<br />

SE COXIPÓ 230/138 kV – 3x100 MVA<br />

Tais LTs, operando em paralelo com a rede 230 kV,<br />

tendem a se sobrecarregar, tornando-se elos restritivos<br />

para os despachos de geração local, inclusive da UTE<br />

Cuiabá em condições de carga leve e mínima. No<br />

trecho Rondonópolis-Couto Magalhães verificaram-se<br />

quedas acentuadas de tensão durante contingências<br />

nas LTs 230 kV Rondonópolis – B.Peixe – Rio Verde.<br />

É importante a caracterização dos fatores que afetam<br />

os limites de carregamento dessas linhas de 138 kV<br />

(74/86 MVA em condição normal/emergência, de<br />

acordo com as informações disponíveis).<br />

Com as usinas e as obras de transmissão previstas no<br />

período, observa-se que despachos elevados na UTE<br />

Cuiabá não mais ocasionam as sobrecargas<br />

mencionadas para as linhas de 138 kV, nas condições<br />

de carga leve e mínima. Ressalta-se, porém, que no<br />

caso da perda de um dos transformadores da SE<br />

Coxipó 230/138 kV pode ser verificada sobrecarga<br />

elevada nas unidades remanescentes.<br />

Com a entrada do 3 o elo em 230 kV<br />

entre as áreas de Coxipó e<br />

Rondonópolis, bem como a instalação<br />

de compensação série nos dois<br />

circuitos Rondonópolis-B. Peixe-<br />

R.Verde, incluindo o seccionamento do<br />

circuito no.1 e sua conexão na SE<br />

Barra do Peixe, obras essas previstas<br />

neste estudo para fevereiro/2005,<br />

serão eliminadas as sobrecargas e<br />

quedas de tensão citadas.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 479 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

NOVA MUTUM – 230/69 kV 0,83 – 0,87 2004 a 2006<br />

LUCAS DO RIO VERDE – 230/69 kV 0,86 – 0,88 2004 a 2006<br />

SORRISO – 230/69 kV 0,94 – 0,80 2004 a 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 480 / 530


7.3.3 ENERSUL<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ANASTÁCIO<br />

230/138 kV - 75 MVA<br />

SE DOURADOS<br />

230/138 kV – 2X75 MVA<br />

Sobrecarga em condição normal de operação, para<br />

intercâmbio elevado com o Sudeste, que se agrava com<br />

despacho reduzido na UTE William Arjona.<br />

Na saída de uma das unidades, sobrecarga na<br />

remanescente, de até 54% para intercâmbio Sul-Sudeste<br />

de 3400 MW, na carga pesada de inverno de 2004<br />

2° transformador<br />

3° transformador<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 481 / 530


7.4 Região Norte<br />

7.4.1 CELPA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE GUAMÁ<br />

230/69 kV – 2 X 150 MVA<br />

SE UTINGA<br />

230/69 kV – 3 X 150 MVA.<br />

SE SANTA MARIA<br />

230/69 kV – 1 X 150 MVA.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 124% em 2004, 131% em 2005 e 138% em 2006<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 116% em 2004, 122% em 2005 e 129% em 2006<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/69 kV da subestação.<br />

230/138 kV – 1 X 100 MVA. Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/138 kV da subestação. Este trafo<br />

possui fase reserva local e o tempo para sua<br />

substituição é de 15 minutos.<br />

No Plano de Obras encaminhado pela<br />

Celpa não fica clara solução para os<br />

problemas identificados<br />

SE ALTAMIRA<br />

230/69/13,8 kV – 1 X 60 MVA + 1 X<br />

60 MVA (reserva quente)<br />

SE TRANSAMAZÔNICA<br />

230/34,5 kV – 1 X 30 MVA +<br />

1 X 30 MVA (reserva quente)<br />

Corte temporário de toda a carga na perda de um dos<br />

transformadores da subestação, até energização do<br />

outro transformador (reserva quente local). Duração da<br />

troca 30 minutos.<br />

Corte temporário de toda a carga na perda de um dos<br />

transformadores da subestação, até energização do<br />

outro transformador (reserva quente local). Duração da<br />

troca 30 minutos.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 482 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

UTINGA - 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

TRANSAMAZÔNICA - 230/34,5 kV 0,89 2004 a 2006<br />

RURÓPOLIS - 230/138 kV 0,75, 0,71 e 0,74 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e do<br />

transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 483 / 530


7.4.2 CELTINS<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE MIRACEMA<br />

500/138 kV – 180 MVA<br />

Corte temporário de toda a carga, no caso de perda do<br />

único transformador existente. Após a energização do<br />

pólo reserva, que dura 4 horas, o corte de carga é<br />

eliminado.<br />

A CELTINS informou que, durante o<br />

período de substituição do banco<br />

monofásico defeituoso pelo reserva,<br />

existe a possibilidade de remanejar sua<br />

carga para a SE Porto Franco, da<br />

Eletronorte, e para a SE Porangatu, de<br />

Furnas.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 484 / 530


7.4.3 CEMAR<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE IMPERATRIZ<br />

230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />

SE COELHO NETO<br />

230/69 kV – 65 MVA<br />

SE PERITORÓ<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

SE MIRANDA<br />

230/138 kV – 100 MVA<br />

SE PORTO FRANCO<br />

230/138 kV – 100 MVA<br />

SE PRESIDENTE DUTRA<br />

230/69 kV – 50 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 131% em 2004, 134% em 2005 e 139% em 2006<br />

Corte temporário, com duração de 48 horas, de toda a<br />

carga na perda do único transformador 230/69 kV da<br />

subestação. Não há possibilidade de remanejamento de<br />

cargas através da rede de distribuição.<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/69 kV da subestação,até a entrada<br />

em operação do trafo reserva de 16,6 MVA e<br />

permanente do restante da carga.<br />

Corte permanente de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/138 kV da subestação.<br />

Corte temporário de toda a carga da CELTINS e corte<br />

permanente de toda a carga da Cemar na perda do<br />

único transformador 230/138 kV existente na<br />

subestação.<br />

Corte temporário, com duração de 24 horas, de toda a<br />

carga na perda do único transformador 230/69 kV da<br />

subestação.<br />

A Cemar informou que a solução a ser<br />

adotada é interagir junto a Eletronorte<br />

para que esta viabilize a aquisição dos<br />

seguintes equipamentos para reserva<br />

regional: um transformador 230/69 kV –<br />

100 MVA, um transformador 230/69 kV<br />

– 50 MVA, um transformador<br />

230/138 kV – 100 MVA.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 485 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

PERITORÓ – 230/69 kV 0,89 a 0,90 2004 a 2006<br />

MIRANDA – 230/69 kV 0,89 2004 a 2006<br />

SÃO LUÍS – 230/69 kV 0,83 2004 a 2006<br />

IMPERATRIZ – 230/69 kV 0,86 2004 a 2006<br />

PORTO FRANCO 230/69 kV 0,87 a 0,89 2004 a 2006<br />

PRESIDENTE DUTRA 230/69 kV 0,86 a 0,84 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 486 / 530


7.5 Região Nordeste<br />

7.5.1 CEPISA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE TERESINA<br />

230/69 kV – 3 x 100 MVA<br />

SE SÃO JOÃO DO PIAUÍ<br />

230/69 kV – 1 x 33 MVA e 1 X 30 MVA<br />

SE PIRIPIRI<br />

230/69/13,8 kV – 2 x 33 MVA<br />

SE PIRIPIRI<br />

230/138 kV – 1 x 55 MVA<br />

SE BOA ESPERANÇA<br />

230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 134% em 2004, 138% em 2005 e 146% em 2006<br />

Na perda do transformador 230/69 kV – 33 MVA, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 132% em 2004, 144% em 2005 e 152% em 2006<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 101% em 2004, 108% em 2005 e 113% em 2006<br />

Corte de toda a carga, na perda do único transformador<br />

230/138 kV da subestação. Não há possibilidade de<br />

remanejamento de carga através da distribuição.<br />

Em condição normal de operação, os transformadores<br />

230/69 kV ficam submetidos a carregamentos da ordem<br />

de 100% em 2004, 102% em 2005 e 109% em 2006<br />

A Cepisa ainda não encaminhou ao<br />

<strong>ONS</strong> o Plano de Obras da empresa.<br />

69/13,8 kV – 1 x 5 MVA Corte permanente de toda a carga, na perda do único<br />

transformador 69/13,8 kV da subestação.<br />

SE PICOS<br />

230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 168% em 2004, 184% em 2005 e 199% em 2006<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 487 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

TERESINA – 230/69 kV 0,89 2004<br />

PICOS – 230/69 kV 0,90 a 0,89 2004 a 2006<br />

BOA ESPERANÇA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 488 / 530


7.5.2 COELCE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BANABUIÚ<br />

230/69 kV – 2 x 33 MVA<br />

SE CAUÍPE<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

SE FORTALEZA<br />

230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />

SE DELMIRO GOUVEIA<br />

230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />

SE ICÓ<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

SE MILAGRES<br />

230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de<br />

174% em 2004, 187% em 2005 e 202% em 2006<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/69 kV da subestação.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />

remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de<br />

111% em 2006 (mesmo com a SE Pici)<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />

remanescentes fica submetido a carregamentos da ordem de<br />

112% em 2006 (mesmo com a SE Pici)<br />

Corte temporário de toda a carga da Cosern e permanente da<br />

Coelce na perda do único transformador 230/69 kV da<br />

subestação. Não há possibilidade de remanejamento da carga<br />

da Coelce através da rede de distribuição.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem de<br />

104% em 2004, 115% em 2005 e 128% em 2006<br />

A Coelce informou que a solução é a<br />

implantação do 3º transformador<br />

50 MVA em 2006.<br />

A Coelce informou que a solução é a<br />

implantação do 2º transformador<br />

100 MVA em 2005.<br />

A Coelce informou que a solução é a<br />

implantação do 2º transformador<br />

100 MVA em 2004.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 489 / 530


7.5.2 COELCE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE PICI<br />

230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />

SE RUSSAS II<br />

230/69 kV – 2 x 16,7 MVA +<br />

1x 100 MVA<br />

Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um<br />

carregamento da ordem de 113% em 2004, 119% em 2005 e<br />

128% em 2006 em condição normal de operação.<br />

A perda do transformador de 100 MVA nesta subestação,<br />

provoca carregamentos da ordem de 222% em 2004, 239%<br />

em 2005 e 259% em 2006, nos transformadores<br />

remanescentes.<br />

A Coelce informou que a solução é a<br />

implantação do 3º transformador<br />

100 MVA em 2004.<br />

A Coelce informou que a solução é a<br />

implantação do 2º transformador<br />

100 MVA em 2006.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO<br />

FATOR DE<br />

POTÊNCIA<br />

DATA<br />

FORTALEZA – 230/69 kV 0,92 2004<br />

PICI – 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />

DELMIRO GOUVEIA – 230/69 kV 0,92 2004<br />

MILAGRES – 230 kV 0,93 2005 a 2006<br />

RUSSAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 490 / 530


7.5.3 COSERN<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE AÇU II<br />

230/138 kV – 1 x 55 MVA<br />

SE NATAL II<br />

230/69 kV – 4 x 100 MVA<br />

SE MOSSORÓ II<br />

230/69 kV – 2 x 100 MVA<br />

SE PARAÍSO (Nova)<br />

230/138 kV – 1 x 100 MVA<br />

Considerando a operação do eixo de 138 kV aberto,<br />

haverá corte temporário de toda a carga alimentada em<br />

138 kV na SE Açu e da carga da SE Santana dos Matos<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 114% em 2004, 119% em 2005<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 113% em 2005 e 115% em 2006<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/138 kV da subestação.<br />

Instalação do 2º transformador 230/138 kV,<br />

100 MVA, previsto para 2004.<br />

SE Natal Sul com dois transformadores<br />

230/69 kV - 100 MVA, previsto para 2006.<br />

Efetivação da geração Eólica no sistema de<br />

69 kV deste regional no horizonte 2004-2006.<br />

Carga totalmente atendida pelos<br />

transformadores 230/138 kV da SE Campina<br />

Grande II.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO<br />

FATOR DE<br />

POTÊNCIA<br />

DATA<br />

MOSSORÓ II – 230/69 kV 0,92 a 0,93 2005 e 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 491 / 530


7.5.4 SAELPA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE COREMAS<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE MUSSURÉ<br />

230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 121% em 2004, 131% em 2005 e 139% em 2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 107% em 2005 e 114% em 2006.<br />

Em 2004 a solução é a transferência de<br />

carga pelo sistema de distribuição para<br />

os regionais de Icó, Milagres e Campina<br />

Grande. Em 2005, o Estudo<br />

CCPE/Saelpa recomenda a instalação<br />

do 3º transformador 230/69 kV -<br />

100 MVA.<br />

Transferência de carga através do<br />

sistema de distribuição para a SE<br />

Goianinha.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO<br />

FATOR DE<br />

POTÊNCIA<br />

DATA<br />

COREMAS – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 492 / 530


7.5.5 CELB e SAELPA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE CAMPINA GRANDE<br />

230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />

remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 113% em 2004, 121% em 2005 e 127% em<br />

2006.<br />

Transferência de carga através do<br />

sistema de distribuição para as SEs<br />

Goianinha e Coremas.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO<br />

FATOR DE<br />

POTÊNCIA<br />

DATA<br />

CAMPINA GRANDE – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 493 / 530


7.5.6 CELPE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ANGELIM<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE BOM NOME<br />

230/138 kV – 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 136% em 2004, 146% em 2005 e 153% em 2006.<br />

Corte de carga atendida pelo 138 kV na perda do único<br />

transformadores 230/138 kV da subestação. Não há<br />

possibilidade de remanejamento de carga através da<br />

rede de distribuição.<br />

Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />

100 MVA em 2003.<br />

Energização do transformador existente<br />

na SE. Depende de autorização da<br />

Aneel. O <strong>ONS</strong> já emitiu parecer à Aneel.<br />

(Previsto para 2003 no Plano de obras<br />

da Celpe).<br />

230/69 kV – 2 X 33 MVA Os transformadores 230/69 kV ficam submetidos a um<br />

carregamento da ordem de 100% em 2004, 104% em<br />

2005 e 110% em 2006 em condição normal de operação.<br />

Com a energização do 2º transformador<br />

230/138 kV – 100 MVA esse problema<br />

será eliminado. Depende de autorização<br />

da Aneel.<br />

SE BONGI<br />

230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />

Em 2004, os transformadores 230/69 kV ficam<br />

submetidos a um carregamento da ordem de 103% em<br />

condição normal de operação e de cerca de 139% no<br />

caso de contingência de um deles.<br />

SE VÁRZEA 230/69kV – 2x150 MVA em<br />

2004 seccionando os três circuitos<br />

230 kV Recife II – Bongi.<br />

230/13,8 kV – 2 X 40 MVA Um dos transformadores 230/13,8 kV (04T6) fica<br />

submetido a um carregamento da ordem de 100% em<br />

2004, 103% em 2005 e 108% em 2006 em condição<br />

normal de operação<br />

Transferência de carga de para o<br />

transformador (04T7). Em contingência,<br />

remanejamento pela distribuição.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 494 / 530


7.5.6 CELPE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE GOIANINHA<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE MIRUEIRA<br />

230/69 kV – 4 X 100 MVA<br />

SE PAU FERRO (Nova)<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 133% em 2004, 140% em 2005 e 145% em 2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />

remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 104% em 2004, 108% em 2005 e 111% em<br />

2006<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 187% em 2004, 193% em 2005 e 137% em 2006.<br />

Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />

100 MVA em 2004.<br />

Implantação da SE LIMOEIRO<br />

230/69kV - 2 x 100MVA em 2006.<br />

Instalar o 3º transformador na SE Pau<br />

Ferro em 2006.<br />

SE PIRAPAMA<br />

230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />

SE TACAIMBÓ<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE VÁRZEA (Nova)<br />

230/69 kV – 2 X 150 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os<br />

remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />

ordem de 110% em 2004, 116% em 2005 e 122% em<br />

2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 119% em 2004, 127% em 2005 e 134% em 2006.<br />

Considerando a SE Várzea em operação a partir de<br />

2004, na perda de um dos transformadores 230/69 kV<br />

nesta subestação, o remanescente fica submetido a<br />

carregamentos da ordem de 104% em 2005 e 107% em<br />

2006.<br />

Instalar o 4º transformador 230/69 kV –<br />

100 MVA em 2005.<br />

Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />

100 MVA em 2004.<br />

Instalar o 3º transformador 230/69 kV -<br />

150 MVA em 2007<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 495 / 530


LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

BONGI - 230/13,8 kV 0,77 a 0,78 2004 a 2006<br />

BOM NOME - 230/69 kV 0,90 a 0,91 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 496 / 530


7.5.7 CEAL<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE RIO LARGO II<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE MACEIÓ<br />

230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />

SE PENEDO<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 102% em 2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, os<br />

remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />

ordem de 116% em 2004, 119% em 2005 e 125% em<br />

2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 106% em 2004, 114% em 2005 e 119% em<br />

2006.<br />

A Ceal ainda não encaminhou ao <strong>ONS</strong><br />

o Plano de Obras da empresa.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

RIO LARGO II - 230/69 kV 0,78 a 0,83 2004 a 2006<br />

MACEIÓ - 230/69 kV 0,91 a 0,90 2004 a 2006<br />

PENEDO – 230/69 kV 0,94 a 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 497 / 530


7.5.8 ENERGIPE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ITABAIANA<br />

230/69 kV - 2 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da ordem<br />

de 105% em 2004, 112% em 2005 e 112% em 2006.<br />

Transferência de carga para os<br />

Regionais de Penedo, Cícero Dantas e<br />

Jardim durante o horizonte 2004/2006.<br />

69/13,8 kV - 3 X 5 MVA Na perda de um dos transformadores 69/13,8 kV, os<br />

remanescentes ficam submetidos a carregamentos da<br />

ordem de 108% em 2004, 126% em 2005 e 126% em<br />

2006.<br />

SE JARDIM<br />

230/69 kV - 3 X 100 MVA<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, um dos<br />

remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 129% em 2004, 145% em 2005 e 148% em<br />

2006.<br />

Transferência da carga excedente para<br />

os Regionais de Itabaianinha e<br />

Itabaiana no ano de 2004;<br />

Instalação do 4º transformador<br />

230/69kV - 100 MVA, prevista para<br />

dezembro /2005<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ITABAIANA – 230/69 kV 0,93 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 498 / 530


7.5.9 SULGIPE<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ITABAIANINHA<br />

230/69 kV - 2 X 33 MVA<br />

Atualmente os dois transformadores são conectados<br />

através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário de<br />

toda a carga na perda de um dos transformadores<br />

230/69 kV da subestação.<br />

A Sulgipe ainda não encaminhou o<br />

Plano de Obras da Empresa.<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO FATOR DE POTÊNCIA DATA<br />

ITABAIANINHA – 230/69 kV 0,89 a 0,86 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 499 / 530


7.5.10 COELBA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE ABAIXADORA<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

Corte de carga temporário quando da perda do único<br />

transformador 230/69/13,8 kV desta SE.<br />

Instalação do segundo transformador<br />

230/69kV 100 MVA previsto para<br />

dezembro de 2006<br />

SE BARREIRAS<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

A perda do único transformador da subestação, provoca<br />

corte temporário de toda a carga da subestação.<br />

Instalação de um 230/138 kV<br />

100 MVA, em maio de 2004.<br />

Instalação do segundo transformador<br />

230/69 kV 39 MVA previsto para julho<br />

de 2007<br />

230/138 kV – 100 MVA A perda do único transformador da subestação provoca<br />

corte permanente de toda a carga atendida pelo<br />

barramento de 138 kV.<br />

Instalação do segundo transformador<br />

230/138 kV - 100 MVA previsto para<br />

julho de 2007<br />

SE BOM JESUS DA LAPA<br />

230/69 kV – 2 X 40 MVA e 1 X 33 MVA<br />

SE CATU<br />

230/69 kV – 2 X 40 MVA + 1 X 100 MVA<br />

A perda de um dos transformadores 230/69 kV –<br />

40 MVA (04T2) na SE Bom Jesus da Lapa provoca<br />

carregamentos no transformador (04T3) da ordem de<br />

110% em 2004, 133% em 2005, e 141% em 2006.<br />

Na perda do transformador 230/69 kV, 100 MVA, um<br />

dos remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 103% em 2004, 105% em 2005 e 107% em<br />

2006<br />

Implantação da transformação<br />

230/138 kV – 55 MVA em maio de<br />

2008 e a substituição do transformador<br />

de 230/69 kV - 33 MVA (04T1) por<br />

outro de 50 MVA, previsto para<br />

dezembro de 2009.<br />

Substituição de um dos<br />

transformadores 230/69 kV 40 MVA por<br />

outro de 100 MVA previsto para<br />

outubro de 2008<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 500 / 530


7.5.10 COELBA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE BRUMADO<br />

230/69 kV – 100 MVA + 1x33 MVA<br />

(Reserva fria)<br />

SE CÍCERO DANTAS<br />

230/69 kV – 2 X 16,7 MVA<br />

SE COTEGIPE<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE EUNÁPOLIS<br />

230/138 kV – 3 X 100 MVA<br />

SE GOVERNADOR MANGABEIRA<br />

230/69 kV –100 MVA<br />

A perda do único transformador da subestação, provoca<br />

corte temporário de toda a carga da subestação.<br />

Atualmente os dois transformadores são conectados<br />

através de uma única CT de 230 kV. Corte temporário<br />

de toda a carga na perda de um dos transformadores<br />

230/69 kV da subestação.<br />

Mesmo com os transformadores conectados com CTs<br />

independentes, a perda de um deles, o remanescente<br />

fica submetido a carregamentos da ordem de 127% em<br />

2005 e 137% em 2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 107% em 2005, 110% em 2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/138 kV, um<br />

dos remanescentes fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 104% 2006.<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/69 kV da subestação.<br />

O transformador de 33 MVA está<br />

associado a negociação com a Chesf<br />

sobre a SE Catu.<br />

Sem previsão.<br />

Instalação do terceiro 230/69 kV de<br />

39 MVA previsto para julho de 2010.<br />

Instalação do terceiro transformador<br />

230/69 kV de 100 MVA em dezembro<br />

de 2006.<br />

Transferência de carga através do<br />

sistema Governador Mangabeira 69 kV<br />

para as SEs Tomba e Santo Antônio de<br />

Jesus.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 501 / 530


7.5.10 COELBA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE IRECÊ<br />

230/138 kV – 1 X 55 MVA<br />

SE JACARACANGA<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE JUAZEIRO II<br />

230/69 kV – 2 X 100 MVA<br />

SE MATATU<br />

230/69 kV – 3 X 100 MVA<br />

A perda do único transformador da subestação provoca<br />

corte permanente de toda a carga.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 117% em 2004, 121% em 2005 e 124% em<br />

2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 143% em 2004, 148% em 2005 e 156% em<br />

2006.<br />

Na perda de um dos transformadores 230/69 kV, em<br />

2004, os transformadores remanescentes ficam<br />

submetidos a carregamentos da ordem de 100%. Nessa<br />

mesma contingência o transformador 04T4 da SE<br />

Cotegipe fica submetido a um carregamento da ordem<br />

de 110%, além de ser verificado sobrecarga de 33% na<br />

LT 69 kV Pituaçu – Matatu C1/C2<br />

Instalação do segundo transformador<br />

230/138 kV 55 MVA com previsão para<br />

julho de 2007.<br />

Instalação do terceiro transformador<br />

230/69 kV de 100 MVA, com previsão<br />

para dezembro de 2007.<br />

Instalação do terceiro transformador<br />

230/69 kV de 100 MVA, com previsão<br />

para julho de 2006.<br />

Implantação da SE Narandiba, prevista<br />

para novembro de 2005.<br />

230/11,9 kV – 2 X 40 MVA Na perda de um dos transformadores 230/11,9 kV, o<br />

remanescente fica submetido a carregamentos da<br />

ordem de 167% em 2004, 145% em 2005 e 157% em<br />

2006<br />

Transferência de carga, através do<br />

sistema de distribuição em 11,9 kV.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 502 / 530


7.5.10 COELBA<br />

SUBESTAÇÃO/SISTEMA PROBLEMA IDENTIFICADO SOLUÇÃO INDICADA<br />

SE OLINDINA<br />

230/13,8 kV – 1 X 40 MVA<br />

SE SANTO ANTÔNIO DE JESUS<br />

230/69 kV – 100 MVA<br />

A perda do único transformador da subestação provoca<br />

corte permanente de toda a carga<br />

Corte temporário de toda a carga na perda do único<br />

transformador 230/69 kV da subestação.<br />

Instalação do segundo transformador<br />

230/69 kV de 40 MVA, com previsão<br />

para dezembro de 2008.<br />

Transferência de cargas pelo sistema<br />

de 69 kV para os regionais de<br />

Governador Mangabeira e Irecê (para<br />

possibilitar a transferência para o<br />

regional de Governador Mangabeira é<br />

necessário construir a LT 69 kV São<br />

Felipe – Santo Antônio, prevista para<br />

2006).<br />

LOCAIS ONDE FORAM IDENTIFICADOS BAIXOS FATORES DE POTÊNCIA<br />

SUBESTAÇÃO<br />

FATOR DE<br />

POTÊNCIA<br />

DATA<br />

OLINDINA – 230/13,8 kV 0,86 2004 a 2006<br />

CAMAÇARI II – 230/69 kV 0,91 2004 a 2006<br />

GOV. MANGABEIRA – 230/69 kV 0,92 2004 a 2006<br />

MATATU – 230/11,9 kV 0,91 2004 a 2006<br />

IRECÊ – 230/69 kV 0,90 2004 a 2006<br />

Obs.: fator de potência calculado no lado de alta do transformador, refletindo o consumo de reativo da carga, da compensação reativa e<br />

do transformador da SE<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 503 / 530


8 Integração de Usinas<br />

A Tabela 8-1 sintetiza o impacto sobre o sistema de transmissão das conexões<br />

cujos processos de solicitação de acesso já foram concluídos, ou se acham em<br />

andamento para aqueles. Estão relacionados tanto as ampliações e os reforços na<br />

Rede Básica, como as obras necessárias nos níveis de tensão inferiores a 230 kV.<br />

São empreendimentos que devem integrar a Rede Básica, instalações de uso<br />

restrito do acessante e instalações da rede de distribuição. É essencial o<br />

equacionamento de todos as obras destacadas para que a integração desses novos<br />

agentes se dê de acordo com os padrões de desempenho estabelecidos nos<br />

Procedimentos de Rede.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 504 / 530


Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de Acesso - Impacto sobre a Transmissão<br />

AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UHE CANA BRAVA<br />

Parecer 09/2002<br />

Em operação<br />

2º autotransformador 500/230 kV da SE<br />

Até a entrada em operação da<br />

3 x 157,2 MW<br />

CTA DAT-<br />

0877/02(15.03.02)<br />

Serra da Mesa – 400 MVA<br />

expansão da interligação Norte/Sul<br />

poderá haver limitação no despacho<br />

pleno simultâneo das UHE’s<br />

Lajeado, Serra da Mesa, Cana<br />

Brava e Tucuruí;<br />

Até a implantação do 2º<br />

autotransformador 500/230 kV da<br />

SE Serra da Mesa, haverá<br />

necessidade de implantar esquema<br />

de corte de geração para o caso de<br />

perda do autotransformador<br />

existente.<br />

UHE Funil<br />

Parecer de Acesso emitido<br />

Em operação<br />

Uma subestação seccionadora da LT de<br />

3 x 60 MW<br />

pela Cemig<br />

138 kV – Campo Belo – Lavras. Duas LT<br />

de 138 kV, circuito duplo, de<br />

aproximadamente 2 km de extensão,<br />

denominadas LT de 138 kV- Funil –<br />

Campo Belo e LT- Funil - Lavras<br />

UHE ITAPEBI<br />

Parecer 16/2001<br />

Em operação<br />

LT 500 kV Sapeaçu – Camaçari II (em<br />

3 x 150 MW<br />

CTA DAT-177/01<br />

(18.07.01) CTA DAT-<br />

licitação pela Aneel)<br />

007/02 (08.01.02) – Rev. 1<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 505 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UHE LAJEADO<br />

5 x 190 MVA<br />

Parecer 07/2001<br />

CTA DAT-124/01(06.06.01)<br />

CTA DAT-288/01(28.09.01)<br />

– Rev. 1<br />

Em operação Até a entrada em operação da<br />

expansão da interligação Norte/Sul<br />

haverá limitação no despacho<br />

simultâneo pleno das UHE’s<br />

Lajeado, Serra da Mesa, Cana<br />

Brava e Tucuruí<br />

UHE PIRAJU<br />

Parecer 004/2001<br />

Em operação<br />

Adequação das proteções nos terminais<br />

Adequação ainda pendente.<br />

2 X 45 MW<br />

CTA DAT-063/01(14.03.01)<br />

CTA DAT-101/01(21.05.01)<br />

Chavantes e Jurumirim 230 kV (a cargo<br />

do acessante)<br />

– Rev. 1<br />

<strong>ONS</strong>-313/200/2002<br />

(04.09.02) – Rev. 2<br />

UHE PORTO ESTRELA<br />

Parecer 13/2001<br />

Em operação<br />

Adequação das proteções nos terminais<br />

2 x 56 MW<br />

CTA DAT-247/01(14.09.01)<br />

– Rev.1<br />

Itabira 2-Ipatinga 1 230 kV<br />

UTE ELETROBOLT<br />

(360 MW)<br />

Parecer emitido pela Light Em operação Seccionamento do barramento 138 kV da<br />

SE Cascadura (fora da Rede Básica)<br />

Reconfiguração da rede de distribuição<br />

138 kV (fora da Rede Básica) Trafo<br />

230/138 kV da SE Nilo Peçanha<br />

Obras já implantadas<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 506 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE MACAÉ MERCHANT<br />

Parecer 005/2001<br />

Em operação<br />

Troca dos equipamentos terminais (TCs,<br />

Obras ainda pendentes<br />

4 x 4 x 178 + 4 x 45 MW<br />

CTA DAT-076/01(02.04.01)<br />

CTA DAT-298/01(04.10.01)<br />

chaves, etc.) nas SEs Adrianópolis e<br />

Campos, nos circuitos Adrianópolis-<br />

Rev.<br />

Campos 345 kV Substituição de um bay<br />

em Campos 138 kV e na UTEC 138 kV<br />

(fora da Rede Básica) quando da<br />

motorização da 1ª etapa completa da UTE<br />

UTE CANOAS<br />

Parecer 20/2001<br />

Em operação<br />

Associado à 1ª unidade: Adequação das<br />

2 x 160 +1 x 180 MW<br />

CTA DAT-304/01(10.10.01)<br />

CTA DAT-073/02(12.03.02)<br />

proteções nos terminais de C. Industrial e<br />

Gravataí 2; substituição dos disjuntores<br />

– Rev. 1<br />

138 kV dos trafos 2 e 3 da SE<br />

CTA DAT-137/02(24.04.02)<br />

Cachoeirinha e o disjuntor 138 kV do trafo<br />

– Rev. 2<br />

2 da SE Scharlau (fora da Rede Básica).<br />

CTA DAT-238/02(28.06.02)<br />

– Rev. 3<br />

Associado à 2ª unidade: substituição dos<br />

disjuntores dos terminais da linha Cidade<br />

Industrial - Gravataí 230 kV C1/C2 em<br />

Cidade Industrial (obra a cargo do<br />

acessante); substituição de 20 disjuntores<br />

da SE Cidade Industrial 230 kV e troca<br />

dos reles de proteção dos módulos de<br />

230 kV.<br />

UHE Guaporé<br />

Parecer de Acesso emitido<br />

Em comissionamento,<br />

LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó<br />

Linha autorizada à Eletronorte com<br />

3 x 40 MW<br />

pela Cemat<br />

aguardando a conclusão da<br />

LT 230 kV Jauru - Coxipó<br />

previsão para maio/2003<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 507 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UHE Jauru<br />

Parecer de Acesso emitido<br />

Em comissionamento,<br />

LT 230 kV circuito duplo Jauru - /Coxipó<br />

Linha autorizada à Eletronorte com<br />

3 x 39,35 MW<br />

pela Cemat<br />

aguardando a conclusão da<br />

LT 230 kV Jauru - Coxipó<br />

previsão para maio/2003<br />

UTE ARAUCÁRIA E<br />

Parecer 005/2000<br />

UTE ARAUCÁRIA<br />

LT 230 kV Gralha Azul -Umbará CD;<br />

Obras concluídas<br />

C<strong>ONS</strong>UMIDOR CISA<br />

CTA DAT-313/00(20.12.00)<br />

Em operação<br />

Recapacitação da LT 230 kV Umbará -<br />

<strong>ONS</strong>UMIDOR CISA<br />

Cidade Industrial;<br />

Tendência: Maio/2003<br />

SE Gralha Azul, arranjo em barra dupla,<br />

com dois módulos de entrada de linha e<br />

um módulo de interligação de barras;<br />

<strong>ONS</strong>-310/200/2002<br />

Recapacitação da LT 230 kV em circuito<br />

(30/08/2002)<br />

duplo existente entre as subestações de<br />

Umbará e Uberaba (já concluída pela<br />

Copel-T);<br />

Novo módulo de linha de 230 kV na SE<br />

Umbará.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 508 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE SENADOR CARLOS<br />

Parecer 24/2001<br />

200 MW disponíveis para<br />

Linha de transmissão Cauipe-Fortaleza II<br />

Obra autorizada pela Resolução<br />

JEREISSATI<br />

CTA DAT-380/01(21.12.01)<br />

operação<br />

C1 230 kV;<br />

Aneel 233/02, de 24.04.2002;<br />

4 x 50 + 1 x 70 MW<br />

CTA DAT-182/02(03.06.02)<br />

100 MW em operação<br />

Até que seja concretizada a<br />

efetiva<br />

implantação da LT Cauípe –<br />

70 MW em 30/03/2004<br />

Fortaleza II C1, o acessante deverá<br />

implantar um ECG para perda na<br />

LT 230 kV Cauípe -Fortaleza I;<br />

Devido à restrição no fornecimento<br />

de gás natural, atualmente apenas<br />

2X 50 MW podem operar. O<br />

fornecimento de gás para 4 X<br />

50 MW deverá ser normalizado<br />

ainda em 2003.<br />

UTE TERMORIO<br />

Parecer emitido pela Cerj<br />

Janeiro/03<br />

Seccionamento do barramento 138 kV da<br />

A entrada em operação desta UTE<br />

6 x 105,7 + 2 x 120 + 1 x<br />

180 MW<br />

para a etapa provisória<br />

(190 MW) (conexão<br />

138 kV)<br />

Parecer 2/2000 emitido<br />

pelo <strong>ONS</strong> para a etapa<br />

definitiva (1036MW) em<br />

São José (Rede Básica até<br />

novembro de 2003)<br />

<strong>ONS</strong> 286/200/2002 de<br />

21.08.02<br />

SE São José quando da 7ª unidade –<br />

Fev/03 (fora da Rede Básica)<br />

Remanejamento dos circuitos 138 kV que<br />

saem da SE São José 138 kV (fora da<br />

Rede Básica).<br />

Na etapa provisória: lançamento dos<br />

cabos do 2o circuito de 138 kV Reduc-<br />

Imbariê (fora da Rede Básica) e<br />

substituição de bay em Imbariê na etapa<br />

provisória<br />

agrava os problemas de<br />

carregamento na LT São José-<br />

Magé 138 kV, necessitando rever<br />

os limites de carregamento ou<br />

procurar uma solução de<br />

planejamento.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 509 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE NORTE FLUMINENSE<br />

Parecer 08/2001<br />

Julho/03<br />

LT 345 kV Macaé – Campos C3 (proposta<br />

Caso não haja ampliação da rede<br />

3 x 223 + 1 x 342 MW<br />

CTA DAT-113/01(24.05.01)<br />

neste PAR).<br />

Necessidade da linha de transmissão<br />

Ouro Preto-Vitória 345 kV.<br />

Troca dos equipamentos terminais (TC,<br />

Chaves, etc.) nas SEs Campos e Vitória,<br />

nos circuitos Campos-Vitória 345 kV<br />

345 kV, haverá necessidade de<br />

corte de carga/geração em caso de<br />

contingência no circuito 345 kV no<br />

trecho entre a UTE Macaé<br />

Merchant e a SE Campos. A<br />

necessidade das obras em<br />

Adrianópolis 345 kV está associada<br />

Troca de 3 disjuntores na SE Adrianópolis<br />

ao efeito conjunto das UTEs Macaé<br />

345 kV<br />

Merchant, Norte Fluminense,<br />

Campos, Paracari e Termorio<br />

UTE SANTA CRUZ<br />

Solicitação de Acesso em<br />

Junho/03<br />

Seccionamento do barramento 138 kV da<br />

A SE Jacarepaguá 138 kV possui 6<br />

2 x 175 MW (Contrato de Gás<br />

Interruptível)<br />

andamento – Conexão no<br />

sistema da Light<br />

SE Jacarepaguá (fora da Rede Básica)<br />

Recapacitação e reconstrução da rede de<br />

conexão entre a UTE Santa Cruz e a SE<br />

Jacarepaguá 138 kV (fora da Rede<br />

bays de 37 kA que necessitam ser<br />

trocados em Dez de 2002 e não<br />

dependem da entrada em operação<br />

da UTE Sta. Cruz<br />

Básica)<br />

Expansões adicionais em Sta. Cruz<br />

Recapacitação da SE Santa Cruz 138 kV<br />

(fora da Rede Básica)<br />

levarão à necessidade da troca dos<br />

demais disjuntores da SE<br />

Jacarepaguá<br />

Necessidade de definição de<br />

medidas operativas na condição de<br />

disjuntores superados na SE Sta.<br />

Cruz<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 510 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE CAMPOS<br />

Solicitação de Acesso em<br />

Maio/03<br />

Substituição de 9 disjuntores na SE<br />

Cronologicamente a troca de<br />

80 MW (Contrato de Gás<br />

Interruptível)<br />

andamento<br />

Campos 138 kV, 3 disjuntores na SE<br />

UTEC 138 kV e 5 disjuntores na SE UTEC<br />

69 kV (fora da Rede Básica).<br />

disjuntores será necessária quando<br />

da operação conjunta das UTEs<br />

Macaé, Norte Fluminense e<br />

Recapacitação dos circuitos Campos-<br />

UTEC 138 kV (2 km) (fora da Rede<br />

Básica), obra necessária<br />

independentemente da entrada da usina.<br />

Ampliação da transformação 138/69 kV da<br />

SE UTEC (fora da Rede Básica), obra<br />

necessária independentemente da<br />

entrada da usina<br />

Campos, em Julho de 2003. Do<br />

ponto de vista legal, Macaé e Norte<br />

Fluminense já possuem reserva de<br />

capacidade por terem assinado os<br />

contratos de uso. A UTE Campos<br />

poderá operar sem a troca dos<br />

equipamentos até a entrada da UTE<br />

Norte Fluminense, quando se<br />

tornará interruptível caso a troca de<br />

equipamentos não tenha sido<br />

concluída.<br />

UHE AIMORÉS<br />

3 x 116 MW<br />

Em Solicitação de Acesso Novembro/03 Recapacitação da LT 230 kV Gov.<br />

Valadares – Aimorés 230 kV; 2º Circuito<br />

da linha Aimorés –Mascarenhas, 20 km;<br />

pátio 230 kV da SE Mascarenhas e<br />

duplicação da transformação 230/138 kV<br />

– 150 MVA da SE Mascarenhas (fora da<br />

Rede Básica)<br />

(Obras já previstas no PAR<br />

2002/2004)<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 511 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE PARACAMBI<br />

Parecer 07/2002<br />

Novembro/03<br />

“bypass” na SE Adrianópolis 500 kV e<br />

O “bypass” na SE Adrianópolis<br />

2 x 187 + 1 x 184 MW<br />

CTA DAT-060/02(01.03.02)<br />

implantação de banco de reator de 500 kV<br />

chaveável na SE Adrianópolis e<br />

500 kV deve ser também associada<br />

à entrada em operação do 3º<br />

Cachoeira Paulista.<br />

circuito Cachoeira Paulista –<br />

Adrianópolis. As obras citadas<br />

estão associadas não só a UTE<br />

Paracambi, mas ao conjunto de<br />

térmicas da área Rio e dependem<br />

do despacho de geração do Rio<br />

Grande<br />

UTE SÃO GONÇALO<br />

Solicitação de Acesso em<br />

Outubro/03<br />

Troca de equipamentos nas subestações<br />

Impactos no sistema em avaliação<br />

190 MW (Contrato de Gás<br />

Interruptível)<br />

andamento<br />

Conexão no Sistema<br />

138 kV da Cerj<br />

vizinhas em avaliação pela Cerj<br />

pela Cerj no que se refere à<br />

substituição de equipamentos. O<br />

atraso na entrada em operação<br />

desta UTE agrava sobremaneira os<br />

problemas de carregamento na LT<br />

São José-Magé 138 kV acima<br />

citados<br />

UTE FORTALEZA<br />

Parecer 23/2001<br />

Dezembro/03<br />

LT 230 kV Cauípe - Fortaleza II C2 (além<br />

Obra autorizada pela Resolução<br />

2 x 112 + 1 x 123 MW<br />

CTA DAT-006/02(08.01.02)<br />

do C1 já citado acima); substituição de 6<br />

disjuntores 69 kV da SE Fortaleza (fora da<br />

Aneel 233/02, de 24.04.2002. Caso<br />

não estejam presentes os dois<br />

Rede Básica)<br />

circuitos Cauipe-Fortaleza II, a UTE<br />

Fortaleza não poderá ser<br />

despachada simultaneamente com<br />

a UTE Termoceará.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 512 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE TERMOPERNAMBUCO<br />

Parecer 010/2001<br />

Dezembro/03 Recapacitação dos circuitos Recife II –<br />

Autorizadas pela Resolução Aneel<br />

2 x 160,75 +1 x 188,35 MW<br />

CTA DAT-095/01(09.05.01)<br />

Pirapama 230 kV w substituição dos<br />

nº 233/02, de 24.04.2002.<br />

disjuntores 230 kV dos trafos da SE<br />

Pirapama II<br />

UHE Itaipu<br />

2 x 700 MW<br />

Março de 2004 Caso haja contratação de<br />

montantes além dos estabelecidos<br />

nos contratos iniciais, há<br />

necessidade de reforços na Rede<br />

Básica para controle de tensão na<br />

Área São Paulo.<br />

UTE TERMOAÇU<br />

Parecer 01/2002<br />

Junho/04 Linha de transmissão Paraíso-Açu II -<br />

A LT Paraíso – Açu II foi licitada<br />

2 x 157,5 MW<br />

CTA DAT-024/02(28.01.02)<br />

230 kV (obra prevista no PAR 2002/2004);<br />

Recapacitação da linha Açu II – Mossoró<br />

pela Aneel em 15/08/2002, com<br />

previsão de operação em<br />

II - 230 kV.<br />

março/2004.. Caso não estejam<br />

presentes a LT Paraíso-Açu II e a<br />

recapacitação da LT Açu II –<br />

Mossoró II, haverá restrição no<br />

despacho da UTE.<br />

CONVERSORA RIVERA<br />

Parecer 011/2001<br />

Pendente de acertos<br />

Troca dos TC’s da linha Alegrete 2–Santa<br />

Até a entrada em operação das<br />

70 MW<br />

CTA DAT-126/01(01.06.01)<br />

referentes à transferência<br />

do contrato de energia da<br />

Maria 3 230 kV, Alegrete 2-Maçambará,<br />

Alegrete 2- Livramento e Livramento-<br />

linhas UTE Uruguaiana –<br />

Maçambará haverá limitação no<br />

Eletrosul para a Eletrobrás<br />

BagéArranjo definitivo da SE Livramento,<br />

despacho pleno simultâneo da UTE<br />

230 kV, autorizado pela Resolução Aneel<br />

Uruguaiana e da Conversora Rivera<br />

nº 016/2001<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 513 / 530


AGENTE<br />

PARECER<br />

DATA ENTRADA<br />

EM OPERAÇÃO<br />

OBRAS NECESSÁRIAS<br />

OBSERVAÇÃO<br />

UTE Camaçari<br />

Parecer de Acesso emitido<br />

Primeira máquina entrou<br />

5 x 70 MW (Contrato de Gás<br />

Interruptível)<br />

em janeiro/2004.<br />

em operação em<br />

abril/2003.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 514 / 530


Neste item são apresentadas de forma sucinta, as principais restrições associadas<br />

ao sistema de transmissão e o efeito das obras previstas no PAR 2004-2006 sobre<br />

o pleno despacho de usinas integradas ao SIN. As tabelas 8-1 a 8-3 relacionam as<br />

principais restrições identificadas.<br />

Regiões Sudeste e Centro-oeste<br />

Foram abordados os efeitos das obras com relação a onze (11) restrições<br />

existentes ao despacho de geração hidráulica e verifica-se que:<br />

• uma (1) não sofre alteração em decorrência das obras;<br />

• duas devem sofrer alteração, sendo que uma delas expressiva e<br />

• oito (a maioria delas) devem ser eliminadas<br />

Foram abordados os efeitos das obras com relação a oito (8) situações existentes<br />

quanto ao despacho de geração térmica e verifica-se que as obras previstas<br />

afetam todas as situações relacionadas, sendo que em grande parte dos casos,<br />

essas obras favorecem o despacho mínimo de geração térmica nas usinas do<br />

Sudeste e Centro-Oeste.<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 515 / 530


Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, associadas à transmissão<br />

Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />

SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />

Efeito no despacho de geração<br />

Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />

Alteração<br />

Permite<br />

Redução<br />

Permite GT<br />

mínimo<br />

RJ/ES<br />

No ano de 2003, até a entrada<br />

do 3º banco, será necessário<br />

despacho de geração na usina<br />

SE Adrianópolis - 3º Banco de<br />

autotransformadores 500/345 kV – 560 MVA<br />

(junho/2003)<br />

A<br />

Macaé =mín<br />

de Macaé<br />

Sem as obras de transmissão<br />

em construção e para os fluxos<br />

previstos no sistema de 500 kV<br />

LT 500 kV Cachoeira Paulista – Adrianópolis C3<br />

(junho/2003)<br />

A<br />

Exceto<br />

Macaé ou<br />

há necessidade de despacho<br />

NFlu<br />

de geração térmica na área.<br />

O atendimento ao ES requer<br />

geração térmica para fluxos<br />

FES superiores a cerca de<br />

LT 345 kV Ouro Preto 2 –<br />

atrasadas)<br />

Vitória (obras<br />

X<br />

Macaé=0<br />

1070 MW antes da obra de<br />

transmissão prevista<br />

NFlu=mín<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 516 / 530


Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />

SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />

Efeito no despacho de geração<br />

Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />

Alteração<br />

Permite<br />

Redução<br />

Permite GT<br />

mínimo<br />

A contingência da LT 500 kV<br />

Tijuco Preto - Cachoeira<br />

Paulista pode acarretar em<br />

sobrecarga na LT Tijuco Preto -<br />

Taubaté<br />

LT 500 kV Tijuco Preto - Cachoeira Paulista C2<br />

(dezembro/2004)<br />

B<br />

SP<br />

Há restrições ao pleno<br />

despacho simultâneo das UTEs<br />

Piratininga (470 MW), Nova<br />

Piratininga (378 MW) e da UHE<br />

Henry Borden 230 kV<br />

(485 MW), no caso de perda do<br />

transformador 345/230 kV de<br />

Interlagos ou do transformador<br />

345/230 kV de Baixada Santista<br />

e ainda no caso<br />

da perda da LT 230 kV<br />

Piratininga – Henry Borden.<br />

Segundo banco de autotransformadores<br />

345/230 kV - 500 MVA na SE Interlagos e obras<br />

associadas (data contratual de 31/12/2003)<br />

X<br />

Piratininga=<br />

min<br />

Nova<br />

Piratininga=<br />

0<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 517 / 530


Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />

SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />

Efeito no despacho de geração<br />

Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />

Alteração<br />

Permite<br />

Redução<br />

Permite GT<br />

mínimo<br />

A área Minas Gerais é muito<br />

influenciada pelo fluxo na<br />

interligação Norte-Sul. Em<br />

cenários com importação<br />

elevada pelo Sudeste superior a<br />

Conexão do reator de Neves da LT 500 kV<br />

S.Gotardo – Neves já foi autorizada para a<br />

Cemig e está prevista para maio de 2003.<br />

1.500 MW e geração na bacia<br />

do Paranaíba elevada, mesmo<br />

após a entrada em operação da<br />

SE Bom Despacho, as<br />

contingências das LTs 500 kV<br />

Emborcação -São Gotardo 2 e<br />

Jaguará -Nova Ponte, podem<br />

levar a cortes de carga na<br />

SE Bom Despacho 500 kV (março de 2004) –<br />

(obra principal para redução de despacho de<br />

geração térmica)<br />

SE Ouro Preto 2 - conexão para reator 91 Mvar<br />

- 500 kV da LT Ouro Preto 2 – São Gonçalo do<br />

Pará - data de instalação solicitada para<br />

setembro de 2004<br />

região. Nesses cenários<br />

SE Jaguará - conexão para reatores nas LTs<br />

Igarapé=min<br />

MG<br />

poderão ser necessários<br />

despachos elevados nas usinas<br />

térmicas de Ibiritermo e Igarapé<br />

Jaguara – Neves e Jaguara – São Gonçalo do<br />

Pará (2x91 Mvar - 500 kV) - data de instalação<br />

solicitada para junho de 2005<br />

Ibiritermo=0<br />

J.Fora=0<br />

para um adequado controle de<br />

carregamento e de tensão da<br />

região central.<br />

SE Emborcação - conexão para reator 91 Mvar<br />

- 500 kV na LT São Gotardo 2 - - data de<br />

instalação solicitada para abril de 2005.<br />

SE São Gotardo 2 - reator manobrável de barra<br />

de 91 Mvar - 500 kV -- data de instalação<br />

solicitada para junho de 2005<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 518 / 530


Legenda: A permite redução expressiva, B permite redução<br />

SE/CO – DESPACHOS DE GERAÇÃO TÉRMICA E EFEITO DAS OBRAS<br />

Efeito no despacho de geração<br />

Área Descrição da situação Obra Prevista PAR 2004 - 2006 Sem<br />

Alteração<br />

Permite<br />

Redução<br />

A<br />

Permite GT<br />

mínimo<br />

MT<br />

Situação atual – Tendo em vista<br />

a expansão expressiva do<br />

parque gerador nessa área, há<br />

restrição de geração hidráulica<br />

e térmica para exportação para<br />

o SIN, devido à restrição<br />

estrutural do sistema de<br />

transmissão.<br />

Compensação série nos circuitos C1 e C2 dos<br />

trechos de linhas entre Rondonópolis e<br />

Itumbiara<br />

LT 230 kV, circuito duplo (25 km), Coxipó -<br />

Cuiabá e LT 230 kV Cuiabá-Rondonópolis,<br />

compensada em série (60%).<br />

Permite<br />

reduzir GT<br />

no caso de<br />

importação<br />

pelo MT e<br />

aumenta o<br />

limite de<br />

transmissão<br />

no caso de<br />

Aumento de<br />

GH local<br />

permite<br />

Cuiabá=0<br />

exportação<br />

LT 500 kV Cuiabá - Itumbiara, com<br />

Elimina<br />

MT<br />

seccionamentos em Riberãozinho e<br />

qualquer<br />

Intermediária e demais obras associadas.<br />

restrição<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 519 / 530


9 Referências<br />

[1] Módulo 4 dos Procedimentos de Rede, Revisão 0, autorizado pela Resolução Aneel<br />

240/00.<br />

[2] <strong>ONS</strong>, Planejamento da Operação Elétrica do Sistema Interligado Nacional - Período<br />

janeiro/2003 a abril/2004.<br />

[3] <strong>ONS</strong>/CCPE, Alternativas para Atendimento aos Sistemas Radiais – Termo de<br />

Referência, Abril, 2003.<br />

[4] <strong>ONS</strong>, Estudos de Curto-Circuito - Período 2002-2005, <strong>ONS</strong> RE 03/343/2002, Fevereiro,<br />

2003.<br />

[5] <strong>ONS</strong>, Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica, Período 2003 a 2005, Vol. 1/3,<br />

<strong>ONS</strong>-2.1-031/2002, Aprovado p/ Conselho de Administração em 13/06/2002, Junho,<br />

2002.<br />

[6] Fong C.C., et al., Bulk System Reliability Measurement and Indices, IEEE Trans on<br />

PWRS, Vol. 4, no 3, pp. 829-835, Aug 1989.<br />

[7] <strong>ONS</strong>, Confiabilidade da Rede Básica no Período 2003 a 2005, <strong>ONS</strong>-2.1-025/2003v3.0,<br />

Março, 2003.<br />

[8] <strong>ONS</strong>, Estudo para Identificação das Ampliações e Reforços na Rede Básica – Período<br />

2003-2005 – Termo de Referência.<br />

[9] Submódulo 23.3 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />

[10] Módulo 2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />

[11] Módulo 3 dos Procedimentos de Rede, Revisão 2, autorizado pela Resolução Aneel<br />

140/02.<br />

[12] Submódulo 5.2 dos Procedimentos de Rede, autorizado pela Resolução Aneel 140/02.<br />

[13] CCPE, Programa Determinativo da Expansão da Transmissão – PDET 2003/2007.<br />

[14] <strong>ONS</strong> NT 030/2002: Identificação de Reforços para Maior Acoplamento entre as Redes<br />

de 500 kV e 440 kV da Região Sudeste.<br />

[15] <strong>ONS</strong> NT 048/2002: Identificação de Reforços para Evitar o Colapso do Sistema de<br />

Transmissão de Itaipu em Caso de Defeitos Múltiplos no 440 kV<br />

[16] <strong>ONS</strong> 2.1-088/2002: “Diagnóstico das Deficiências do Sistema Físico de Transmissão<br />

do Sistema Interligado Nacional – Região Sul – Vols. I e II; Relatório preparado por Caldas<br />

e Carvalho Consultoria;<br />

[17] <strong>ONS</strong> 2.1-089/2002: “Condições de Atendimento às Capitais da Região Sul – Vols. I e<br />

II”;<br />

[18] <strong>ONS</strong> 2.1-086/2002: “Estudos de Melhorias das Condições de Segurança do Sistema<br />

Interligado Nacional – Regiões Sudeste e Centro-Oeste – Vols. I a VII”; Relatório elaborado<br />

pela ENERGY CHOICE Engenharia e Representações<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 520 / 530


[19] <strong>ONS</strong> 2.1-087/2002: “Diagnóstico do Sistema Interligado Norte/Nordeste/Sudeste”;<br />

Relatório preparado pela ANDESA Consultoria em Sistemas de Energia Elétrica”<br />

[20] <strong>ONS</strong> 3/320/2002: “Critérios e Diretrizes para Estudo de estabilidade Eletromecânica do<br />

<strong>ONS</strong>”<br />

[21] <strong>ONS</strong> NT 003/051/2001: “Reavaliação do Despacho Ótimo por Usina e por Unidade<br />

Geradora e Determinação do Montante Mínimo de Carga no Período de carga Leve –<br />

Sistema Sudeste/Centro-Oeste”<br />

[22] <strong>ONS</strong> “Consolidação da Carga para o PAR 2004-2006”<br />

[23] <strong>ONS</strong> 03/107/2003: “Estudos de Curto-Circuito - Superação de Disjuntores”<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 521 / 530


Lista de figuras, quadros e tabelas<br />

Tabelas<br />

Tabela 1.1 - Siglas usadas no Texto e nas Tabelas 9<br />

Tabela 1.2 - Regiões Geoelétricas 11<br />

Tabela 2.1.1-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />

Rede Básica nas Interligações Inter-regionais sem<br />

a concessão equacionada 17<br />

Tabela 2.1.2-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />

Rede Básica na Região Sul e no Mato Grosso do<br />

Sul sem a concessão equacionada 18<br />

Tabela 2.1.3-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />

Rede Básica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste<br />

sem a concessão equacionada 25<br />

Tabela 2.1.4-1 – Proposta de Ampliações e Reforços na<br />

Rede Básica nas Regiões Norte e Nordeste sem a<br />

concessão equacionada 43<br />

Tabela 2.2.1-1 – Acréscimo em km de Linhas de<br />

Transmissão – Relação Completa 49<br />

Tabela 2.2.1-2 – Acréscimo em Número de Linhas de<br />

Transmissão – Relação Completa 49<br />

Tabela 2.2.1-3 – Acréscimo em Capacidade de<br />

Transformação na Rede Básica (MVA) – Relação<br />

Completa 50<br />

Tabela 2.2.1-4 – Acréscimo em Número de<br />

Transformadores na Rede Básica – Relação<br />

Completa 50<br />

Tabela 2.2.2-1 – Acréscimo em km de Linhas de<br />

Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel 51<br />

Tabela 2.2.2-2 – Acréscimo do Número de Linhas de<br />

Transmissão ainda não Equacionadas pela Aneel 51<br />

Tabela 2.2.2-3 – Aumento da Capacidade de Transformação<br />

ainda não Equacionada pela Aneel 52<br />

Tabela 2.2.2-4 – Acréscimo do Número de Transformadores<br />

ainda não Equacionados pela Aneel 52<br />

Tabela 2.2.3-1 – Estimativa de Investimento Associado ao<br />

PAR 2004-2006 – Relação Completa (Valores em<br />

Milhões R$) 53<br />

Tabela 2.2.3-2 – Estimativa de Investimento Associado ao<br />

PAR 2004-2006 – Obras Cuja Concessão ainda<br />

não foi Equacionada (Valores em Milhões R$) 54<br />

Tabela 3.2-1 – Subestações Atendidas por meio de<br />

Circuitos Radiais Singelos 57<br />

Tabela 3.2-2 - Avaliação Preliminar dos Locais com<br />

Possíveis Problemas de Superação de Disjuntores 58<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 522 / 530


Tabela 3.3.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Região Sul (1) 62<br />

Tabela 3.3.1-2: Indisponibilidade da LT 525 kV Campos<br />

Novos – Blumenau, na carga média de verão 63<br />

Tabela 3.3.1-3: Déficit capacitivo em contingência – SE<br />

Caxias 65<br />

Tabela 3.3.1-5 – SE Gravataí 525/230 kV-carregamentos na<br />

perda do TR-1 da - carga média de verão 70<br />

Tabela 3.3.1-6 – SE Caxias 525/230 kV - Carregamentos em<br />

contingência - carga média de verão 71<br />

Tabela 3.3.1-5 – Principais Obras propostas para o Sistema<br />

Regional Sul ainda sem concessão 73<br />

Tabela 3.3.2-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Rio Grande do Sul 77<br />

Tabela 3.3.2-2 Carregamento na linha de circuito duplo,<br />

230 kV Gravataí 2 – Porto Alegre 6 79<br />

Tabela 3.3.2-3 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV de<br />

Caxias – Farroupilha e Caxias – Campo Bom 79<br />

Tabela 3.3.2-4 – Sobrecargas nas linhas de 230 kV<br />

Farroupilha – Caxias 5 – Lageado Grande –<br />

Siderópolis 80<br />

Tabela 3.3.2-5 – Restrições de despacho na UTE Presidente<br />

Médici 81<br />

Tabela 3.3.2-6 – Restrições de despacho na UTE<br />

Uruguaiana com geração máxima das usinas<br />

hidráulicas no Rio Grande do Sul (1123 MW) 83<br />

Tabela 3.3.2-7 – Restrições de despacho na UTE<br />

Uruguaiana com geração mínima das usinas<br />

hidráulicas no Rio Grande do Sul (235 MW) 84<br />

Tabela 3.3.2-8 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />

Canoas na indisponibilidade da LT 525 Itá -<br />

Gravataí 87<br />

Tabela 3.3.2-9 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />

Canoas na indisponibilidade do TR 01 525/230 kV<br />

da SE Gravataí 88<br />

Tabela 3.3.2-10 – Efeito da variação do despacho da UTE<br />

Canoas na indisponibilidade do TR 02 525/230 kV<br />

da SE Caxias 88<br />

Tabela 3.3.2-12 – Principais Obras propostas para o Rio<br />

Grande do Sul ainda sem concessão 89<br />

Tabela 3.3.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Santa Catarina 93<br />

Tabela 3.3.3-2 – Tensões no Leste de Santa Catarina 94<br />

Tabela 3.3.3-3 Carregamentos na LT 230 kV Salto Osório -<br />

Pato Branco 98<br />

Tabela 3.3.3-4 – Capacidade das linhas de 230 kV do leste<br />

de Santa Catarina 101<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 523 / 530


Tabela 3.3.3-5 – Resultados com rede completa, antes da<br />

relocação da linha para Palhoça, em regime<br />

permanente 101<br />

Tabela 3.3.3-6- Resultados com rede completa, em regime<br />

permanente, após a relocação 102<br />

Tabela 3.3.3-7 – Resultados quando da indisponibilidade da<br />

LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, antes da<br />

relocação 103<br />

Tabela 3.3.3-8 – Resultados quando da indisponibilidade da<br />

LT 230 kV Jorge Lacerda B – Blumenau, após a<br />

relocação 104<br />

Tabela 3.3.3-9 Contingências duplas mais severas no<br />

atendimento a Florianópolis 105<br />

Tabela 3.3.3-10 – Principais Obras propostas para Santa<br />

Catarina ainda sem concessão 105<br />

Tabela 3.3.4-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Paraná 109<br />

Tabela 3.3.4-2 - Fluxos na LT 230 kV Cascavel Oeste –<br />

Cascavel na perda de um circuito 112<br />

Tabela 3.3.4-3 – Fluxos na LT 230 kV Umbará – Uberaba na<br />

perda do circuito paralelo 116<br />

Tabela 3.3.4-4 - Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido –<br />

Pilarzinho em condição normal- configuração<br />

atual 116<br />

Tabela 3.3.4-5 Fluxos na LT 230 kV Campo Comprido –<br />

Pilarzinho com expansões no anel de Curitiba 117<br />

Tabela 3.3.4-6 Contingências duplas mais severas no<br />

atendimento a Curitiba 118<br />

Tabela 3.3.4-7 – Principais Obras propostas para o Paraná<br />

ainda sem concessão 119<br />

Tabela 3.4.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Rio de Janeiro e Espírito Santo 124<br />

Tabela 3.4.1-2 – Principais Obras propostas para o Sistema<br />

Regional Sudeste ainda sem concessão 130<br />

Tabela 3.4.1-3 – Capacidade Operativa das LTs 345 kV<br />

Adrianópolis – Campos - Vitória 133<br />

Tabela 3.4.1-4 – Carregamento na Transformação da SE<br />

Mascarenhas e na SE Vitória 136<br />

Tabela 3.4.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Minas Gerais 140<br />

Tabela 3.4.2-2 – Principais Obras propostas para a Área<br />

Minas Gerais ainda sem concessão 146<br />

Tabela 3.4.2-3 – Usinas hidrelétricas e térmicas previstas<br />

para a Área Minas Gerais até 2006 149<br />

Tabela 3.4.2-4 – Análise do Carregamento da LT 345 kV<br />

Furnas – Pimenta: Descrição do Cenário<br />

Analisado 153<br />

Tabela 3.4.2-5 – Carregamentos das Linhas e 345 kV em<br />

Condições Normais de Operação 153<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 524 / 530


Tabela 3.4.2-6 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />

emergência (Sem a LT Itumbiara – Marimbondo) 154<br />

Tabela 3.4.2-7 – Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />

emergência (Com a LT Itumbiara – Marimbondo) 154<br />

Tabela 3.4.2-8 - Carregamentos das Linhas de 345 kV em<br />

emergência – Efeito da duplicação da LT Furnas –<br />

Pimenta 155<br />

Tabela 3.4.2-9 – Cenários Considerados na Avaliação dos<br />

Carregamentos das Linhas em 345 kV, antes da<br />

Duplicação da LT Furnas – Pimenta 156<br />

Tabela 3.4.2-10 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />

Condições Normais de Operação, nos Cenários<br />

Analisados 157<br />

Tabela 3.4.2-11 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />

Condições Normais de Operação, nos Piores<br />

Cenários, Considerando a duplicação da LT<br />

Furnas – Pimenta 157<br />

Tabela 3.4.2-12 – Carregamentos das Linhas e 345 kV, em<br />

emergências, no Pior Cenário, Considerando a<br />

duplicação da LT Furnas – Pimenta 158<br />

Tabela 3.4.2-13 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />

Região da Mantiqueira, em Condições Normais de<br />

Operação 159<br />

Tabela 3.4.2-14 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />

Região da Mantiqueira, em Condições de<br />

Emergência da LT Furnas – Pimenta 160<br />

Tabela 3.4.2-15 – Carregamentos em Linhas de 138 kV da<br />

Região da Mantiqueira, em Condições de<br />

Emergência da LT Barbacena – Juiz de Fora 160<br />

Tabela 3.4.2-16 – Carregamentos em linhas de 345 kV e de<br />

138 kV, Considerando a Duplicação da LT Furnas<br />

– Pimenta 162<br />

Tabela 3.4.2-17 – Cenários Considerados na Análise do<br />

Efeito da Defasagem do Trafo da SE Mascarenhas 164<br />

Tabela 3.4.2-18 – Carregamentos nas Linhas de 230 kV no<br />

Leste de Minas Gerais, em função da Defasagem<br />

do Trafo da SE Mascarenhas 165<br />

Tabela 3.4.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área São Paulo 169<br />

Tabela 3.4.3-2 – Principais Obras propostas para a área<br />

São Paulo ainda sem concessão 176<br />

Tabela 3.4.3-3 – Carregamento nos Autotransformadores<br />

500/440 kV de Água Vermelha 181<br />

Tabela 3.4.3-4 - Carregamento nos Autotransformadores<br />

500/440 kV de Água Vermelha com Despachos<br />

Reduzidos no Paranaíba e no Grande 183<br />

Tabela 3.4.3-5 – Sobrecarga nos Circuitos 230 kV Mogi –<br />

São José (com tap para Itapeti) e Mogi – São José<br />

(expressa) 192<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 525 / 530


Tabela 3..5.1-1 – Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Goiás e Distrito Federal 203<br />

Tabela 3.5.1-2 – Principais Obras propostas para a área<br />

Goiás/Distrito Federal ainda sem concessão 207<br />

Tabela 3.5.1-3 – Área Goiás e Distrito Federal – Fluxos<br />

(MW) 210<br />

Tabela 3.5.2-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Mato Grosso 213<br />

Tabela 3.5.2-2– Principais Obras propostas para o sistema<br />

do Mato Grosso ainda sem concessão 216<br />

Tabela 3.5.2-3– Resultados da análise do estado do Mato<br />

Grosso – Ano 2004 e fevereiro/2005 220<br />

Tabela 3.5.2-4– Resultados da análise do estado do Mato<br />

Grosso – Ano 2005 (junho e dezembro) 224<br />

Tabela 3.5.2-5– Resultados da análise do estado do Mato<br />

Grosso – Ano 2006 224<br />

Tabela 3.5.2-6– Capacidade de geração e intercâmbios da<br />

área centro-norte do Mato Grosso 226<br />

Tabela 3.5.3-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Mato Grosso do Sul 229<br />

Tabela 3.5.3-2 – Cortes de Carga Estimados na<br />

Indisponibilidade da LT 230 kV Guaíra – Dourados 231<br />

Tabela 3.5.3-3 – Cortes de Carga Estimados na<br />

Indisponibilidade da LT 230 kV Dourados –<br />

Anastácio 232<br />

Tabela 3.5.3-4 Contingências duplas mais severas no<br />

atendimento a Campo Grande 236<br />

Tabela 3.5.3-5 – Principais Obras propostas para o sistema<br />

do Mato Grosso do Sul ainda sem concessão 236<br />

Tabela 3.5.3-6 - Obras Necessárias de Responsabilidade da<br />

Enersul 237<br />

Tabela 3.6.1-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Pará 240<br />

Tabela 3.6.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Pará 242<br />

Tabela 3.6.1-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />

Pará ainda sem concessão 243<br />

Tabela 3.6.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Maranhão/Tocantins 246<br />

Tabela 3.6.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Maranhão/Tocantins 249<br />

Tabela 3.6.2-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />

Maranhão/Tocantins ainda sem concessão 250<br />

Tabela 3.7.1-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Oeste 252<br />

Tabela 3.7.1-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Oeste 254<br />

Tabela 3.7.1-3 – Principais Obras propostas para a Área<br />

Oeste ainda sem concessão 255<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 526 / 530


Tabela 3.7.2-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Norte 258<br />

Tabela 3.7.2-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Norte 260<br />

Tabela 3.7.2-3 – Principais Obras propostas para Área<br />

Norte ainda sem concessão 262<br />

Tabela 3.7.3-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Leste 266<br />

Tabela 3.7.3-2– Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Leste 268<br />

Tabela 3.7.3-3 – Principais Obras propostas para Área<br />

Leste ainda sem concessão 270<br />

Tabela 3.7.4-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Sul 273<br />

Tabela 3.7.4-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Sul 276<br />

Tabela 3.7.4-3 – Principais Obras propostas para área Sul<br />

ainda sem concessão 277<br />

Tabela 3.7.5-1 - Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Centro 279<br />

Tabela 3.7.6-1- Capacidade Instalada e Demanda Máxima<br />

Anual – Área Sudoeste 282<br />

Tabela 3.7.6-2 – Subestações com fator de potência abaixo<br />

de 95% – Área Sudoeste 283<br />

Tabela 4.2-1 - Valores máximos de recebimento pelo<br />

Sudeste (RSE) 294<br />

Tabela 4.2-2 - Valores máximos de exportação do Sul<br />

(FSUL) 295<br />

Tabela 4.2-3 - Valores máximos de importação do Sul<br />

(RSUL) 296<br />

Tabela 4.2-4- Valores máximos de exportação e de<br />

recebimento das regiões Norte/Nordeste/Sudeste 298<br />

Tabela 4.3.1-1 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Simples e Itaipu com despacho<br />

“BAIXO” 300<br />

Tabela 4.3.1-2 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Simples e Itaipu com despacho<br />

“ALTO” 301<br />

Tabela 4.3.1-3 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />

considerando Contingências Simples e Itaipu<br />

60Hz com despacho “BAIXO” 302<br />

Tabela 4.3.1-4 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no Cenário “Sul e Sudeste Exportadores”,<br />

considerando Contingências Simples e Itaipu com<br />

despacho “ALTO” 303<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 527 / 530


Tabela 4.3.1-5 – Máximo Recebimento do Sul (RSUL) para o<br />

cenário Sul Importador 303<br />

Tabela 4.3.1-6 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no “Cenário Sudeste Importador”, considerando<br />

Contingências Duplas e Itaipu com despacho<br />

“BAIXO” 304<br />

Tabela 4.3.1-7 - Máximo Recebimento pelo Sudeste (RSE)<br />

no “Cenário Sul e Sudeste Exportadores”<br />

considerando Contingências Duplas e Itaipu 60Hz<br />

com despacho “BAIXO” 305<br />

Tabela 4.3.2-1 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />

Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Norte<br />

Exportador 307<br />

Tabela 4.3.2-2 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />

Norte, Nordeste e Sudeste, cenário Sudeste<br />

Exportador 308<br />

Tabela 4.4.3.2-3 –Limites de intercâmbio entre as regiões<br />

Norte, Nordeste e Sudeste para o cenário<br />

Nordeste Exportador 308<br />

Tabela 5.2.1 - Classificação do Risco pela Severidade [6] 330<br />

Tabela 6.1.4-7 Previsão de Carga para o Subistema<br />

Sudeste/Centro-Oeste (MW) 364<br />

Tabela 6.1.4-8 Taxas de Crescimento e diferença entre<br />

ciclos – Subsistema Sudeste/Centro Oeste (%) 364<br />

Tabela 6.1.4-9 Previsão de Carga para o Subistema Sul mês<br />

de maio(MW) 372<br />

Figura 6.1.4-22 Comparação entre as previsões do PLANO<br />

de OPERAÇÃO e o PAR 2004/2006 376<br />

Tabela 6.3-1 Programa de Obras na Rede Básica<br />

Considerado para as Interligações Inter-regionais 381<br />

Tabela 6.3-2 Programa de Obras na Rede Básica<br />

Considerado para a Região Sul 382<br />

Tabela 6.3-3 Programa de Obras na Rede Básica<br />

Considerado para as Regiões Sudeste e Centro-<br />

Oeste 389<br />

Tabela 6.3-4 Programa de Obras na Rede Básica<br />

Considerado para as Regiões Norte e Nordeste 396<br />

Tabela 6.4.1-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEEE-<br />

D 402<br />

Tabela 6.4.2-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – RGE 402<br />

Tabela 6.4.3-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – AES 403<br />

Tabela 6.4.4-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celesc 403<br />

Tabela 6.4.5-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Copel-<br />

D 404<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 528 / 530


Tabela 6.4.6-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Enersul 405<br />

Tabela 6.4.7-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Escelsa 406<br />

Tabela 6.4.8-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celg 407<br />

Tabela 6.4.9-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – CEB 409<br />

Tabela 6.4.10-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Cemat 414<br />

Tabela 6.4.11-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Sâo<br />

Paulo 415<br />

Tabela 6.4.12-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Cemig 418<br />

Tabela 6.4.13-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpa 418<br />

Tabela 6.4.14-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

CELTINS 419<br />

Tabela 6.4.15-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Coelce 421<br />

Tabela 6.4.16-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Cosern 421<br />

Tabela 6.4.17-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Celpe 422<br />

Tabela 6.4.18-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 –<br />

Energipe 423<br />

Tabela 6.4.19-1 – Instalações de transmissão não<br />

integrantes da Rede Básica – 2004 a 2006 – Coelba 423<br />

Tabela 6.5.1-1 – Níveis de Tensão da Rede Básica (fasefase)<br />

em Corrente Alternada 425<br />

Tabela 6.5.2-1 – Fator de Potência nos Pontos de Conexão 426<br />

Tabela 6.5.5-1 – Despachos da UHE Itaipu considerado em<br />

cada patamar de carga 427<br />

Tabela 6.5.5-2– Parque Gerador Mínimo na Região Sul 428<br />

Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos<br />

e Probabilísticos 434<br />

Tabela 6.5.6-1 - Características dos Dados Determinísticos<br />

e Probabilísticos (continuação) 435<br />

Tabela 6.5.6-2 - Limites Inferiores e Superiores Admissíveis<br />

para a Variação das Tensões 436<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 529 / 530


Tabela 6.5.6-3- Dados Probabilísticos da Rede Elétrica<br />

Brasileira [3] 436<br />

Tabela 6.5.6-4 - Perfil da carga típica diária do SIN, c/<br />

influência de dias úteis e fins de semana [6] 438<br />

Tabela 6.5.6-5 - Composição do Espaço Probabilístico de<br />

Estados para Junho 2003, Pesada 439<br />

Tabela 7-1 – Locais onde é prevista sobrecarga em<br />

condições normais de operação 441<br />

Tabela 8.1 – Resumo dos Pareceres de Solicitação de<br />

Acesso - Impacto sobre a Transmissão 505<br />

Tabela 8-1 Principais Restrições ao Pleno despacho de<br />

Usinas nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste,<br />

associadas à transmissão 516<br />

<strong>ONS</strong> PAR 2004-2006 530 / 530

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