Obras de transmissão deverão ser agilizadas - ONS

Obras de transmissão deverão ser agilizadas - ONS Obras de transmissão deverão ser agilizadas - ONS

06.05.2014 Views

Do papel para a ação ONS finaliza mais um ciclo do Plano de Ampliações e Reforços da Rede Básica e Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) cria grupo de trabalho para acompanhar e agilizar as obras relacionadas à transmissão. Aequipe da Gerência de Ampliação e Reforços da Rede Básica e seus parceiros nos Núcleos Regionais do ONS têm muito a comemorar. A área acaba de editar o Plano de Ampliações e Reforços (PAR 2008-2010) e o grupo de trabalho recém-criado pelo CMSE, integrado pelo ONS, a EPE e a Aneel, promete buscar procedimentos que permitam agilizar o processo de implantação de empreendimentos de transmissão, considerando o PAR, o Programa de Expansão da Transmissão (PET), o Planejamento da Operação Elétrica de Médio Prazo (PEL), o Plano de Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico (PMIS), a compatibilização pelo Ministério de Minas e Energia e a outorga ou autorização dada pela Aneel. O grupo de trabalho foi criado a partir de uma deliberação do CMSE na reunião realizada no dia 26 de setembro, após a apresentação de um estudo realizado pelo ONS. O diretor geral do Operador, Hermes Chipp, expôs um elenco de obras cujos atrasos impactam de forma significativa no Sistema Interligado Nacional e que, por isso, devem entrar em operação o mais brevemente possível. “O objetivo do Operador Nacional foi demonstrar a necessidade premente de providências do Ministério de Minas e Energia, da Aneel e de agentes para agilizar a implantação dessas obras”, explica Hermes Chipp. “As obras indicadas foram classificadas da seguinte forma: ampliações cujas concessões não estão equacionadas e que necessitam de agilização no processo de outorga, reforços cujas autorizações devem ser agilizadas e obras já equacionadas que demandam ações de gestão”, complementa. Para seleção dos empreendimentos, o ONS considerou a abrangência e a prioridade, segundo a natureza do impacto ao SIN. Em relação à abrangência, as obras foram classificadas da seguinte forma: impacto sistêmico, em uma ou mais regiões ou em um ou mais estados; com impacto em uma capital ou em pólos industriais; ou com impacto local. Quanto à prioridade: 1 - corte de carga em regime normal de operação; 2 - restrições aos intercâmbios entre regiões ou em necessidade de despacho de geração térmica; e 3 - corte de carga em contingência simples. Entre os empreendimentos destacados pelo diretor geral, vários fazem parte do PAR 2008-2010. São eles: LT 500 kV Bom Despacho 3 - Ouro Preto 2 - MG; LT 525 kV Foz do Iguaçu - Cascavel Oeste – Interligação SE/Sul; LT ONS | Ligação 108 | Setembro 2007

345 kV Neves 1 - Três Marias – MG; LT 345 kV Ouro Preto 2 - Taquaril – MG; SE Coxipó - MT; e SE Imbirussu - MS. Próximo leilão será em novembro O Leilão 004/2007, destinado à contratação das concessões para prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica – incluindo a construção, a operação e a manutenção das instalações de transmissão da rede básica do SIN –, está marcado para o dia 7 de novembro. Os sete lotes da licitação totalizam quase dois mil quilômetros de linhas e a previsão de investimentos é da ordem de R$1,051 bilhão. São eles: Sistema mais seguro • Lote A - LT Colinas - Ribeiro Gonçalves C2 e LT Ribeiro Gonçalves - São João do Piauí C2 - 500 kV • Lote B - LT São João do Piauí - Milagres - 500 kV • Lote C - LT Juba - Jauru; LT Maggi - Nova Mutum - 230 kV e Subestações Juba e Maggi - 230/138 kV • Lote D - LT Presidente Médici - Santa Cruz I - 230 kV • Lote E - LT Jardim - Penedo - 230 kV e Subestação Penedo - 230/69 kV • Lote F - LT Bateias - Pilarzinho, em 230 kV • Lote G - LT São Luís II - São Luís III - 230 kV e Subestação São Luís III - 230/69 kV O gráfico mostra a evolução do Índice de Severidade na Rede Básica, com o crescimento da carga do SIN no horizonte do PAR. Ele também expressa a expectativa de melhoria da confiabilidade do Sistema com a ampliação da Rede Básica, mesmo com o aumento da carga. O Índice de Severidade mostra quanto tempo duraria uma interrupção equivalente à demanda máxima do Sistema no horário de pico, considerando uma base de dados históricos de taxas de falhas de equipamentos registradas desde 1997. Severidade (Sistema-minuto) 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Meses/Ano Abr-Set/2008 Dez/2008-Mar/2009 Abr-Set/2009 Dez/2009-Mar/2010 Linha + Tr. Malha + Tr. Fronteira Carga Global (MW) Abr-Set/2010 Dez/2010-Mar/2011 71000 70000 69000 68000 67000 66000 65000 64000 63000 62000 61000 60000 Carga Global (MW) Quer saber mais? O engenheiro especialista Ramon Sergio Sampaio Parente Vianna explica como é formulada a proposta de obras no PAR. O Plano de Ampliações e Reforços (PAR) apresenta os resultados e conclusões dos diversos estudos elaborados e a visão do ONS sobre as ampliações e os reforços da rede básica, necessários para preservar ou atingir o adequado desempenho da rede, garantir o funcionamento pleno do mercado de energia elétrica e possibilitar o livre acesso, no horizonte de três anos de cada ciclo. A proposta anual de obras do PAR está contida em lei, deve ser remetida ao Poder Concedente e é resultado de cerca de oito meses de trabalho. O PAR começa com a solicitação das previsões de carga (consumo) por subestação dos sistemas de distribuição de energia, encaminhada aos agentes do setor elétrico conectados ao SIN. Esses dados são remetidos pelos agentes à GMC-1 que, após consolidálos, os envia à GAT-2, responsável pela elaboração do PAR. Paralelamente, começam a ser reunidos outros dados e insumos necessários a esse processo, tais como: Programa de Geração de Usinas; obras já autorizadas e/ou licitadas pela Aneel e que ainda não entraram em operação; novos acessos à rede básica ou às demais instalações de transmissão (DIT); obras planejadas pela EPE; Plano de Obras dos Agentes de Distribuição; e obras sugeridas pelos agentes. Esses dados e insumos são inseridos nos programas computacionais para a montagem da base de estudos elétricos. Esses programas permitem simular o desempenho da rede elétrica abrangida pelo estudo. O resultado das análises de sistema irá identificar os problemas existentes na rede elétrica que violam os critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede do ONS. Desse modo, a proposta final de obras do PAR, para cada ciclo, é resultado de um processo de avaliação de soluções para os problemas identificados. Finalmente, essa proposta é formulada aos agentes a partir das análises dos diversos grupos de estudos do PAR, propostas por outras áreas do ONS e ainda por meio de entendimentos com a EPE. Setembro 2007 | Ligação 108 | ONS

Do papel<br />

para a<br />

ação<br />

<strong>ONS</strong> finaliza mais um ciclo do Plano <strong>de</strong><br />

Ampliações e Reforços da Re<strong>de</strong> Básica<br />

e Comitê <strong>de</strong> Monitoramento do Setor<br />

Elétrico (CMSE) cria grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

para acompanhar e agilizar as obras<br />

relacionadas à transmissão.<br />

Aequipe da Gerência <strong>de</strong> Ampliação<br />

e Reforços da Re<strong>de</strong><br />

Básica e seus parceiros nos<br />

Núcleos Regionais do <strong>ONS</strong> têm<br />

muito a comemorar. A área acaba<br />

<strong>de</strong> editar o Plano <strong>de</strong> Ampliações<br />

e Reforços (PAR 2008-2010)<br />

e o grupo <strong>de</strong> trabalho recém-criado<br />

pelo CMSE, integrado pelo <strong>ONS</strong>, a<br />

EPE e a Aneel, promete buscar procedimentos<br />

que permitam agilizar o<br />

processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> empreendimentos<br />

<strong>de</strong> transmissão, consi<strong>de</strong>rando<br />

o PAR, o Programa <strong>de</strong> Expansão<br />

da Transmissão (PET), o<br />

Planejamento da Operação Elétrica<br />

<strong>de</strong> Médio Prazo (PEL), o Plano <strong>de</strong><br />

Mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> Instalações <strong>de</strong> Interesse<br />

Sistêmico (PMIS), a compatibilização<br />

pelo Ministério <strong>de</strong> Minas<br />

e Energia e a outorga ou autorização<br />

dada pela Aneel.<br />

O grupo <strong>de</strong> trabalho foi criado<br />

a partir <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>liberação do<br />

CMSE na reunião realizada no<br />

dia 26 <strong>de</strong> setembro, após a apresentação<br />

<strong>de</strong> um estudo realizado<br />

pelo <strong>ONS</strong>. O diretor geral do<br />

Operador, Hermes Chipp, expôs<br />

um elenco <strong>de</strong> obras cujos atrasos<br />

impactam <strong>de</strong> forma significativa<br />

no Sistema Interligado Nacional<br />

e que, por isso, <strong>de</strong>vem entrar<br />

em operação o mais brevemente<br />

possível. “O objetivo do Operador<br />

Nacional foi <strong>de</strong>monstrar a necessida<strong>de</strong><br />

premente <strong>de</strong> providências do<br />

Ministério <strong>de</strong> Minas e Energia, da<br />

Aneel e <strong>de</strong> agentes para agilizar a<br />

implantação <strong>de</strong>ssas obras”, explica<br />

Hermes Chipp. “As obras indicadas<br />

foram classificadas da seguinte<br />

forma: ampliações cujas concessões<br />

não estão equacionadas e que necessitam<br />

<strong>de</strong> agilização no processo<br />

<strong>de</strong> outorga, reforços cujas autorizações<br />

<strong>de</strong>vem <strong>ser</strong> <strong>agilizadas</strong> e obras já<br />

equacionadas que <strong>de</strong>mandam ações<br />

<strong>de</strong> gestão”, complementa.<br />

Para seleção dos empreendimentos,<br />

o <strong>ONS</strong> consi<strong>de</strong>rou a abrangência<br />

e a priorida<strong>de</strong>, segundo a<br />

natureza do impacto ao SIN. Em<br />

relação à abrangência, as obras foram<br />

classificadas da seguinte forma:<br />

impacto sistêmico, em uma ou<br />

mais regiões ou em um ou mais estados;<br />

com impacto em uma capital<br />

ou em pólos industriais; ou com<br />

impacto local. Quanto à priorida<strong>de</strong>:<br />

1 - corte <strong>de</strong> carga em regime<br />

normal <strong>de</strong> operação; 2 - restrições<br />

aos intercâmbios entre regiões ou<br />

em necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong><br />

geração térmica; e 3 - corte <strong>de</strong> carga<br />

em contingência simples.<br />

Entre os empreendimentos <strong>de</strong>stacados<br />

pelo diretor geral, vários<br />

fazem parte do PAR 2008-2010.<br />

São eles: LT 500 kV Bom Despacho<br />

3 - Ouro Preto 2 - MG; LT<br />

525 kV Foz do Iguaçu - Cascavel<br />

Oeste – Interligação SE/Sul; LT<br />

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<strong>ONS</strong> | Ligação 108 | Setembro 2007

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