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4 18 a 24 de Novembro de 2005<br />
O Milénio/Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />
Presidenciais:<br />
SOARES vs CAVACO<br />
"Depois de ponderada reflexão estou em<br />
condições de responder ao apelo que me foi<br />
dirigido por personalidades de vários sectores e<br />
obviamento pelo PS. E aceito candidatar-me a<br />
Presidente da República". Foi desta forma que<br />
Mário Soares dissipou todas as dúvidas em<br />
torno da sua terceira corrida a Belém.<br />
Diz que respondeu ao apelo de várias personalidades<br />
da vida social e política. O "estado<br />
de espírito dos portugueses" e a consequente<br />
necessidade de "sacudir o pessimismo" a que<br />
veio juntar-se "o vazio quanto a candidatos<br />
presidenciais capazes de suscitar o interesse<br />
dos portugueses" levaram Soares a "abandonar<br />
os seus propósitos de se afastar da vida política".<br />
"Apercebi-me do estado de espírito dos<br />
portugueses" que "a crise e a catástrofe dos<br />
recentes incêndios agravaram". Soares é<br />
categórico: "É preciso vencer este estado de<br />
espírito depressivo". E a sua candidatura, lê-se<br />
no discurso, é o remédio para o pessimismo.<br />
Dez anos depois, Soares quer regressar ao<br />
Palácio de Belém. Confia na vitória, diz que<br />
continua "fixe" e assegura: "Não serei um candidato<br />
do PS, mas sim um candidato nacional<br />
apoiado pelo PS".<br />
A quem o critica, o antigo líder socialista<br />
responde com sentido de humor. Lembra que é<br />
apenas mais um "idoso que se recusa a morrer<br />
antes do tempo" e assegura estar "em perfeito<br />
estado físico e mental, como a campanha vai<br />
comprovar". Soares compara até esta sua corrida<br />
a Belém com a candidatura de Norton de<br />
Matos à Presidência da República, que, apesar<br />
de ter 81 anos, despertou "um amplo movimento<br />
de renovação".<br />
Apesar dos 81 anos, Soares quis<br />
mostrar que tem uma visão comum<br />
com os jovens, de onde afirma terem<br />
chegado "os primeiros apoios".<br />
Valores como a paz, o respeito pela<br />
diferença e a preservação da<br />
Natureza fazem com que continue<br />
"fixe". E para provar esta visão<br />
comum, o candidato recorda até que<br />
desfilou na mega-manifestação que<br />
decorreu em Lisboa contra a guerra<br />
do Iraque.<br />
Sobre o categórico "basta", que<br />
respondeu quando questionado<br />
sobre uma possível recandidatura,<br />
Soares garante que "estava a ser sincero",<br />
até porque queria "abrir caminho"<br />
para o surgimento de uma candidatura<br />
entre "as gerações mais<br />
novas". Tal não veio a acontecer por<br />
"questões internas ou por questões<br />
externas, como a falta de apoio<br />
político".<br />
Numa clara alusão ao silêncio de Cavaco<br />
Silva, que se prolongará até ao final do período<br />
de férias - o candidato da direita ainda não<br />
adiantou se avança ou não para Belém -,<br />
Soares recorda que não esteve parado nestes<br />
últimos anos.<br />
Garante que vai respeitar a separação de<br />
poderes e realça que um Presidente da<br />
República, para agir com a isenção que lhe é<br />
pedida, tem que ter "um determinado perfil<br />
humano e experiência". Experiência que tenta<br />
demonstrar ao recordar o extenso curriculum,<br />
que engloba participações em várias instituições<br />
nacionais e internacionais.<br />
O antigo Presidente da República falava<br />
numa cerimónia que juntou centenas de pessoas<br />
no hotel Altis, incluindo o líder do PS,<br />
José Sócrates, ministros e dirigentes socialistas,<br />
artistas e personalidades independentes.<br />
Num discurso centrado na economia,<br />
Soares garante que "como no passado, vamos<br />
vencer a crise económica que nos afecta". E<br />
afirma que finalidade da candidatura é "unir os<br />
portugueses".<br />
Soares diz que Cavaco<br />
quer vingar derrota face a Jorge Sampaio<br />
O candidato presidencial Mário Soares<br />
acusou Cavaco Silva de pretender "vingar" a<br />
derrota sofrida no confronto com Jorge<br />
Sampaio nas eleições presidenciais de 1995.<br />
"Há dois anos que uma dada candidatura<br />
vem sendo preparada, mas em silêncio, na tentativa<br />
de levar essa pessoa à Presidência, sem<br />
que haja diálogo, discussão e esclarecimento<br />
dos portugueses", afirmou.<br />
O candidato presidencial apoiado<br />
pelo PS falava em Guimarães,<br />
durante um jantar de pré-campanha<br />
que juntou cerca de 300 apoiantes no<br />
Restaurante Jordão, e durante o qual<br />
também usou da palavra o presidente<br />
da Câmara local, o socialista António<br />
Magalhães.<br />
O jantar culminou um dia de visita<br />
de Soares ao distrito de Braga,<br />
com passagens por Cabeceiras e<br />
Celorico de Basto e por Fafe.<br />
No início do discurso, Soares<br />
prometeu não falar muito de Cavaco<br />
Silva, mas toda a sua intervenção<br />
posterior foi repleta de críticas directas<br />
e indirectas ao antigo primeiroministro<br />
do PSD, com quem espera<br />
travar uma luta pela vitória nas<br />
eleições de Janeiro.<br />
Para combater a candidatura de<br />
Cavaco Silva, Mário Soares reafirmou<br />
que vai fazer uma campanha eleitoral<br />
"inovadora e de proximidade com os portugueses".<br />
Mário Soares respondeu ainda aos que o<br />
acusam de ser "demasiado velho" para uma<br />
luta eleitoral para a Presidência da República,<br />
revelando que fez um exame médico, "da<br />
ponta dos pés à ponta dos cabelos", antes de<br />
partir para estas eleições.<br />
"Os meus adversários dizem que estou<br />
velho, mas eu estou disposto a mostrar o boletim<br />
clínico que realizei, mas só o farei se todos<br />
os outros candidatos apresentarem o deles",<br />
declarou, reafirmando, tal como tem feito em<br />
quase todas as intervenções de pré-campanha,<br />
que está "de boa saúde".<br />
Nesse sentido, e apesar dos 81 anos que<br />
completa dia 7 de Dezembro, Mário Soares<br />
prometeu "não parar" no esclarecimento dos<br />
portugueses até às eleições de 22 de Janeiro e<br />
disse-se convicto de que vai vencer as presidenciais.<br />
Televisões mantêm segredo<br />
sobre debates e entrevistas<br />
Representantes da SIC, RTP e TVI reuniram-se<br />
para acertar como as estações vão<br />
cobrir eventuais debates e entrevistas com os<br />
candidatos à Presidência da República, mas<br />
desconhece-se por enquanto o rumo das negociações.<br />
O director-adjunto de Informação da SIC,<br />
Ricardo Costa, disse à Agência Lusa que as<br />
televisões acordaram por enquanto não revelar<br />
em que ponto está o processo, escusando-se a<br />
fazer mais declarações.<br />
Segundo informações já divulgadas na<br />
imprensa, a TVI propõe aos cinco candidatos<br />
às eleições presidenciais de 22 de Janeiro que<br />
as três televisões sorteiem três pacotes de<br />
debates: dois de três debates "a dois" e um de<br />
quatro debates "a dois".<br />
O jornal "Público" noticiou a semana passada<br />
que a RTP e a SIC vão apresentar uma<br />
proposta conjunta aos candidatos a Presidente<br />
da República que prevê a realização de dez<br />
debates, três dos quais transmitidos em<br />
simultâneo por aquelas duas estações.<br />
Cavaco garante que não vai pressionar<br />
O candidato a Belém Cavaco Silva garantiu<br />
que não vai pressionar ou sugerir qualquer<br />
alteração aos poderes presidenciais, e reiterou<br />
que irá manter-se à margem das críticas de que<br />
tem sido alvo.<br />
"Quando anunciei a minha candidatura<br />
disse que aceitava e respeitava integralmente<br />
os poderes que a Constituição confere ao<br />
Presidente da República. Não tenho qualquer<br />
intenção de pressionar, insistir ou sugerir alterações<br />
aos poderes presidenciais", afirmou<br />
Cavaco Silva, em entrevista à TVI.<br />
Questionado sobre a decisão tomada pelo<br />
actual chefe de Estado de dissolver o<br />
Parlamento no ano passado, Cavaco sublinhou<br />
que só Jorge Sampaio "tinha todos os dados<br />
para analisar a situação e decidir".<br />
"Pressuponho que o Presidente da<br />
República tinha razões muito fortes e extraordinárias.<br />
Não acredito que o actual<br />
Presidente tivesse feito uma coisa dessas se<br />
não tivesse razões de fundo", admitiu Cavaco<br />
Silva, referindo-se à demissão do Governo<br />
PSD/CDS-PP liderado por Pedro Santana<br />
Lopes.<br />
O ex-primeiro-ministro deixou ainda claro<br />
que vai manter-se à margem da s críticas de<br />
que tem sido alvo por parte de outros candidatos,<br />
apesar de o nome de Mário Soares - ou<br />
de qualquer outro adversário a Belém - nunca<br />
ter sido mencionado durante toda a entrevista.<br />
"Em lugar de andar com retórica aqui e<br />
acolá, vou continuar a empenhar-me em<br />
explicar aos portugueses porque razão decidi<br />
candidatar-me à Presidência d a República.<br />
Vou perder, perdão, ganhar todo o meu tempo<br />
a explicar essas razões ", afirmou.<br />
"Nunca me apresentei como dono dos<br />
votos dos portugueses, deixo à consciência dos<br />
portugueses que escolham qual o candidato<br />
que, nas circunstâncias actuais, possa ajudar a<br />
resolver os problemas do país", disse.<br />
Sublinhando que uma das características<br />
mais importantes de um Presidente da<br />
República é "a sua palavra", Cavaco Silva<br />
prometeu que, se for eleito, irá ser um "agente<br />
de confiança" e seguir as linhas de orientação<br />
que definiu no seu manifesto, "As minhas<br />
ambições para Portugal".<br />
"Eu irei actuar de acordo com o que<br />
escrevi, fui eu próprio que o escrevi, não<br />
encomendei a ninguém", frisou, considerando<br />
que um político que falta a uma promessa "fica<br />
ferido na sua credibilidade".<br />
O candidato a Presidente da República<br />
apoiado pelo PSD e CDS-PP voltou a afirmar<br />
que entrou na corrida a Belém para "ajudar a<br />
melhorar o futuro dos portugueses", prometendo<br />
uma "convergência estratégica com<br />
qualquer Governo" nos gr andes desígnios<br />
nacionais, como a educação, a competitividade<br />
das empresas ou a cooperação com os países<br />
africanos lusófonos.<br />
No entanto, Cavaco recusou fazer qualquer<br />
apreciação sobre o actual Governo socialista<br />
de José Sócrates.<br />
"Ainda é cedo para julgar um Governo que<br />
tomou posse na parte inicial do ano", afirmou,<br />
Continuação na página 5<br />
O MILÉNIO - STADIUM:<br />
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