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144 set/out 2009 - Odebrecht Informa

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ODEBRECHT<br />

# <strong>144</strong> • ano XXXVI • <strong>set</strong>/<strong>out</strong> <strong>2009</strong><br />

I N F O R M A<br />

Novo<br />

projeto<br />

gráfico<br />

A segurança como<br />

objetivo e valor<br />

Argentina amplia<br />

sua rede de gasodutos<br />

Indianos recebem<br />

treinamento em Triunfo<br />

Atuação internacional<br />

O olhar contemporâneo<br />

odebrecht informa


2<br />

Líbia, <strong>2009</strong>. A <strong>Odebrecht</strong> participa da<br />

construção do Terceiro Anel Rodoviário de Trípoli,<br />

uma autopista de 24 km de extensão, com duas vias<br />

e seis faixas de tráfego. Aqui, no verão, as equipes<br />

enfrentam um calor de até 50ºC. Trinta anos depois<br />

de sua estreia internacional em Charcani V, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> vive a experiência da multiculturalidade,<br />

conhece novos cenários e realiza novas obras,<br />

mas com os mesmos compromissos e, sobretudo,<br />

com o mesmo Espírito de Servir.<br />

odebrecht informa<br />

foto: almir bindilatti


04<br />

07<br />

08<br />

12<br />

14<br />

16<br />

segurança<br />

Empresas da <strong>Odebrecht</strong> atingem marcas históricas<br />

gasoduto<br />

Gasduc III: gás natural para cidades fluminenses<br />

argentina<br />

País amplia sua rede de gasodutos<br />

braskem 7 anos<br />

Os números de uma trajetória de crescimento<br />

república dominicana<br />

Projeto agrícola muda a vida de 28 famílias<br />

atuação internacional<br />

<strong>Odebrecht</strong> completa 30 anos de trabalho no exterior<br />

22<br />

ODEBRECHT<br />

I N F O R M A<br />

16<br />

<strong>144</strong><br />

A partir da esquerda,<br />

Justino Amaro<br />

(angolano), Ziad<br />

Hage (libanês), Carol<br />

Yeo (singapurense)<br />

e Javier Chuman<br />

(peruano).<br />

Foto de Roberto Rosa.<br />

24<br />

04<br />

12<br />

19<br />

19<br />

20<br />

24<br />

28<br />

água<br />

Limeira prorroga contrato com a Foz do Brasil<br />

treinamento<br />

Profissionais indianos se capacitam em Triunfo<br />

peru<br />

Inaugurado trecho da Rodovia IIRSA Norte<br />

produção agrícola<br />

Famílias assentadas se organizam para produzir<br />

14<br />

seções<br />

03<br />

11<br />

22<br />

27<br />

30<br />

32<br />

giro<br />

gente<br />

entrevista<br />

perfil<br />

notas da redação<br />

argumento


02<br />

Olhos novos para o novo<br />

Desde <strong>out</strong>ubro de 1973, quando foi criada no formato de um pequeno boletim<br />

interno, <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> vem acompanhando a trajetória de crescimento da<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong>. Nesse tempo, a revista tem se renovado constantemente<br />

e mudado suas características gráficas e editoriais para se adequar às transformações<br />

da Organização em novos ambientes culturais e negócios.<br />

Nesta edição, <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> inaugura <strong>out</strong>ro capítulo em sua história. A<br />

mudança decorre, mais uma vez, das necessidades de comunicação dos integrantes<br />

da Organização, a qual, desde o fim de 2008, vive um novo momento, com<br />

novos líderes nos negócios e com um grande número de pessoas recém-chegadas<br />

atuando nas diversas empresas.<br />

Além disso, diante das novas demandas do mundo do trabalho e das contínuas<br />

transformações tecnológicas que impactam as comunicações, percebeu-se a<br />

necessidade de produzir uma revista mais ágil, cujo conteúdo possa ser apreendido<br />

pelos leitores de forma mais rápida e mais eficaz.<br />

Com o novo projeto, que o leitor começa a conhecer nas 32 páginas desta edição,<br />

<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> continuará a lançar, a cada dois meses, um olhar amplo<br />

sobre as realizações dos integrantes da <strong>Odebrecht</strong>. E, para que isso continue a<br />

ocorrer com eficiência e eficácia, continuará aberta para perceber as mudanças<br />

em curso e adaptar-se a elas com olhos novos. Pois não adianta olhar para o novo<br />

com olhos velhos. A verdadeira renovação só ocorre quando o novo é visto com<br />

novos olhos, como aconselhou o escritor Oswald de Andrade na célebre frase que<br />

dá título a este editorial.<br />

As mudanças buscam oferecer melhor legibilidade e um apuro estético ainda<br />

maior à publicação, mas não alteram o seu caráter. A revista continua com<br />

o mesmo objetivo de quando foi criada, há 36 anos: servir de instrumento de<br />

comunicação interna e externa e de elemento de integração para as equipes da<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong>, em apoio aos negócios e ao desenvolvimento pessoal e<br />

profissional de cada um.<br />

www.odebrechtonline.com.br<br />

Videorreportagem<br />

> Uma viagem pela Rodovia<br />

IIRSA Norte, no Peru<br />

> Cinta Costera e Rodovia<br />

Madden-Colón: obras no Panamá<br />

> Foz do Brasil Limeira:<br />

concessão renovada<br />

> Novo rumo para a Comunidade<br />

de Mata do Sossego<br />

Acervos online<br />

> Acesse os números anteriores<br />

de <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong>, dos<br />

Relatórios Anuais da <strong>Odebrecht</strong><br />

S.A. desde 2002, da Reunião<br />

Anual da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />

desde 2002 e de publicações<br />

especiais (Edição Especial sobre<br />

Ações Sociais, 60 anos da<br />

Organização <strong>Odebrecht</strong>,<br />

40 anos da Fundação <strong>Odebrecht</strong> e<br />

10 anos da Odeprev)<br />

ODEBRECHT<br />

Fundada em 1944, a Organização<br />

<strong>Odebrecht</strong> atua nas áreas de<br />

Engenharia e Construção, Óleo<br />

e Gás, Engenharia Ambiental,<br />

Realizações Imobiliárias,<br />

Investimentos em Infraestrutura,<br />

Química e Petroquímica e Etanol<br />

e Açúcar. Seus 85 mil Integrantes<br />

estão presentes em países da<br />

América do Sul, América Central,<br />

América do Norte, África, Europa<br />

e Oriente Médio<br />

Responsável por Comunicação Empresarial<br />

na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro<br />

Responsável por Programas Editoriais<br />

na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez<br />

Coordenadores nas Áreas de Negócios<br />

Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi<br />

Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias<br />

Coordenador na Fundação <strong>Odebrecht</strong> Vivian Barbosa<br />

Coordenação Editorial Versal Editores<br />

Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho •<br />

Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti •<br />

Infografia Adilson Secco • Ilustrações Juliana Russo • Projeto Gráfico Noris Lima<br />

Tiragem 8.350 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom<br />

Redação Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466<br />

email: versal@versal.com.br


03<br />

Primeira concretagem<br />

A equipe do Consórcio Construtor Santo Antônio<br />

(CCSA) comemorou em 17 de julho um importante<br />

acontecimento nas obras da Usina Hidrelétrica Santo<br />

Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia: o lançamento<br />

da primeira camada de concreto. Essa etapa da obra<br />

foi antecipada, o que possibilitará que a geração de<br />

energia comece em dezembro de 2011, um ano antes<br />

da data constante do contrato de concessão.<br />

A concretagem foi feita à margem direita do rio, perto<br />

de onde ficarão as casas de força e um grupo de oito<br />

unidades de turbinas tipo Bulbo, do total de 44. O<br />

Governador de Rondônia, Ivo Cassol, o Prefeito de<br />

Porto Velho, Roberto Sobrinho, e o Presidente do<br />

Conselho de Administração da Santo Antônio Energia<br />

S/A, Felipe Jens, presenciaram o evento. Santo<br />

Antônio produzirá 3.150 megawatts (MW). Mais de<br />

5.700 pessoas trabalham atualmente na construção<br />

da hidrelétrica.<br />

Etapa concluída<br />

Foi concluído em junho o trecho de 261 m da linha<br />

de recalque (feita de polietileno de alta densidade)<br />

do Sistema de Disposição Oceânica Jaguaribe, obra<br />

mais conhecida como Emissário Submarino de Salvador.<br />

O método utilizado foi o Furo Direcional, um<br />

processo que minimiza o impacto socioambiental,<br />

pois evita a escavação de valas profundas e<br />

a interdição de ruas e avenidas. A passagem do<br />

tubo consumiu dois dias. O trabalho envolveu a<br />

mobilização da comunidade do bairro da Boca do<br />

Rio, que recebeu informações detalhadas sobre<br />

cada passo da operação. Outra conquista da equipe<br />

da <strong>Odebrecht</strong> na obra foi a chegada, no dia 12 de<br />

agosto, do Pipe Jacking ao Poço 3, depois de 454 m<br />

perfurados. O equipamento de escavação passará<br />

por uma manutenção de rotina e iniciará, em<br />

<strong>set</strong>embro, a partir do Poço 4, o penúltimo trecho da<br />

etapa terrestre, com 400 m de extensão. O último<br />

trecho, com 490 m, parte do Poço 4 em direção<br />

ao mar, para se conectar ao Emissário Submarino<br />

(3.800 m de extensão) numa profundidade de<br />

10 m a 400 m.<br />

Mecanização 100%<br />

Os dados reforçam o compromisso da ETH de praticar as melhores<br />

técnicas em sua produção de etanol, energia elétrica e açúcar:<br />

os índices de mecanização do plantio e da colheita de cana da<br />

Unidade Eldorado da empresa atingiram 100% e os fornecedores<br />

de cana da unidade também atingiram um índice elevado: 86%.<br />

Na Argentina, obra vai<br />

possibilitar aumento da<br />

produção anual de combustível<br />

O equipamento tem nome grande e sua missão é crucial:<br />

a Planta Reformadora Catalítica Contínua que a Construtora<br />

Norberto <strong>Odebrecht</strong> (CNO) construirá na cidade de La<br />

Plata, Província de Buenos Aires, para a petrolífera YPF,<br />

expandirá a capacidade da Petroquímica La Ensenada e da<br />

Refinaria de La Plata, e permitirá o aumento da produção<br />

anual de combustível premium de 6 milhões de m 3 para<br />

8 milhões de m 3 . A planta também produzirá 200 mil t de<br />

compostos aromáticos e 15 mil t de hidrogênio por ano.<br />

Vencedora da licitação para executar a obra, a CNO assumiu<br />

o desafio de colocar a nova unidade em operação em<br />

2012. Os investimentos serão de US$ 348 milhões. A YPF,<br />

que possui refinarias nas províncias de Buenos Aires, Mendoza<br />

e Neuquén, calcula que a demanda por combustíveis<br />

premium crescerá 33% nos próximos nove anos.


04<br />

segurança<br />

Trabalhador da Base Macaé em plataforma da Petrobras na Bacia de Campos: programas motivacionais, planos e ações de prevenção<br />

odebrecht informa


iuscidu ipsusci psusto<br />

od delisse doluptat.<br />

É um trabalho de<br />

todos e de cada um<br />

Empresas da <strong>Odebrecht</strong> chegam a marcas históricas de tempo<br />

de trabalho sem acidentes, fruto da consciência e da mobilização<br />

de suas equipes texto Thereza Martins / fotos Eduardo Barcellos<br />

Em terra ou em alto-mar, na escavação<br />

de túneis dentro de montanhas<br />

ou na execução de serviços em altitude,<br />

a exposição a riscos é inerente<br />

à engenharia e construção. Na<br />

<strong>Odebrecht</strong>, a segurança no trabalho é<br />

discutida em contrato, na composição<br />

do orçamento e no planejamento das<br />

atividades diárias. É um assunto que<br />

faz parte da cultura da Organização.<br />

É um valor – assumido pelas equipes,<br />

onde quer que estejam. O resultado<br />

do comprometimento e do empenho<br />

de todos e de cada um são as marcas<br />

recentemente atingidas (veja quadro).<br />

“O índice de 20 milhões de HHT<br />

(homens/horas trabalhadas) é fruto<br />

de intenso treinamento, conscientização,<br />

conversas diárias nos TDTs<br />

(Treinamentos Diários do Trabalho),<br />

comprometimento dos líderes e das<br />

equipes, além dos investimentos em<br />

equipamentos de segurança”, diz<br />

Marcelo Penna, Diretor de Contrato<br />

da Base Macaé (RJ).<br />

A Base Macaé é responsável por<br />

projetos de engenharia, planejamento,<br />

fornecimento de material, montagem<br />

e manutenção industrial de quatro<br />

plataformas de petróleo e gás da<br />

Petrobras instaladas na Bacia de<br />

Campos, no litoral fluminense, entre<br />

<strong>out</strong>ros contratos. Tanto a Base Macaé<br />

quanto o Terminal de Cabiúnas da<br />

Petrobras (também em Macaé e no<br />

qual a <strong>Odebrecht</strong> realiza a montagem<br />

de tubulações e válvulas) são enormes<br />

canteiros de obra, nos quais há movimentação<br />

de cargas pesadas, risco<br />

de deslizamentos, trabalho de solda<br />

em altura e de pintura em espaço<br />

confinado. Nas plataformas offshore,<br />

de exploração de petróleo, o cenário<br />

é ainda mais hostil e as condições,<br />

mais estressantes. A combinação de<br />

óleo e gás em um mesmo ambiente<br />

representa risco de explosão. O grau<br />

de risco 4, o mais alto atribuído pelo<br />

Ministério do Trabalho, indica perigo<br />

máximo.<br />

“A Petrobras e a <strong>Odebrecht</strong> Óleo<br />

e Gás (OOG) são bastante rigorosas<br />

na classificação de acidente de trabalho.<br />

Esse rigor exige a busca da<br />

excelência em tudo o que se faz”, diz<br />

Edney C<strong>out</strong>inho dos Santos, da OOG,<br />

Responsável por Saúde, Segurança no<br />

Trabalho e Meio Ambiente (SSTMA).<br />

Nada é mais importante do que o<br />

envolvimento, a dedicação e a persistência<br />

das equipes. Os incidentes<br />

(quase acidentes) e os acidentes sem<br />

afastamento são investigados e analisados,<br />

o que gera programas motivacionais,<br />

planos e ações de correção<br />

e prevenção. Ferramentas como qualimetria,<br />

auditoria comportamental e<br />

programas desenvolvidos pela empresa<br />

permitem que a OOG mantenha<br />

sua capacidade de produção com eficiência,<br />

qualidade e em conformidade<br />

com as metas de SSTMA. As diretrizes<br />

da OOG-Base Macaé atendem aos<br />

requisitos das normas OHSAS 18001:<br />

2007 e à NBR ISO 14001: 2004.<br />

CONQUISTAS NO BRASIL<br />

E NO EXTERIOR<br />

No Polo Petroquímico de<br />

Camaçari, a Construtora Norberto<br />

<strong>Odebrecht</strong> (CNO) presta serviços<br />

de construção e montagem à<br />

Braskem. Desde janeiro de 2004, a<br />

Construtora realizou cinco paradas<br />

para implantação de melhorias operacionais,<br />

obras de modernização<br />

em várias unidades da empresa,<br />

muitas vezes com a planta em operação,<br />

e <strong>out</strong>ros grandes investimentos<br />

nas unidades de negócio.<br />

“Em momentos de pico, chegamos<br />

a 6 mil trabalhadores. Isso<br />

significa um acréscimo de seis<br />

odebrecht informa


6<br />

Os nÚmeros da OOG e da CNO<br />

foto: Márcio Lima<br />

Entre junho e agosto, a <strong>Odebrecht</strong> Óleo e Gás (OOG)-Base Macaé e a<br />

Construtora Norberto <strong>Odebrecht</strong> (CNO) atingiram marcas históricas em<br />

segurança no trabalho. Nos últimos 40 meses, foram mais de 38 milhões<br />

de homens/horas trabalhadas sem acidentes com afastamento. O cálculo<br />

da TFCA (Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento) considera o<br />

número de acidentes com afastamento ocorridos a cada milhão de horas<br />

trabalhadas.<br />

vezes em relação ao nosso efetivo<br />

no site. Cada integrante é um multiplicador<br />

de padrões e procedimentos;<br />

ele faz parte de um grande<br />

esforço de valorização da vida”,<br />

diz Rildo Gomes, Responsável por<br />

SSTMA. “O enorme contingente de<br />

pessoas aumenta a complexidade<br />

da rotina em campo. As equipes<br />

parceiras também são treinadas<br />

e conscientizadas com foco em<br />

segurança.”<br />

No Projeto Braskem, as ações de<br />

treinamento correspondem a uma<br />

média de 5,7% das horas trabalhadas.<br />

Para a melhoria contínua, a<br />

CNO adota as práticas dos sistemas<br />

internacionais de gestão ISO 9001, ISO<br />

14001 (Meio Ambiente) e OHSAS 18001<br />

(Segurança e Saúde Ocupacional), nos<br />

quais é certificada.<br />

O mesmo rigor com a segurança<br />

é praticado nas obras do Complexo<br />

Portuário da Planta de Exportação<br />

de Gás Natural Liquefeito, da<br />

Peru LNG, com 5 milhões de HHT<br />

sem acidentes com afastamento<br />

desde o início da obra (Consórcio<br />

CDB Melchorita – <strong>Odebrecht</strong> Perú,<br />

Saipem e Jan de Nul). “Todos os<br />

esforços e investimentos têm como<br />

meta atender à política de zero<br />

acidente”, afirma Paulo Saldanha,<br />

Responsável por SSTMA.<br />

Na República Dominicana, um <strong>out</strong>ro<br />

marco, construído a partir do início da<br />

obra: integrantes e parceiros que trabalham<br />

na construção da Hidrelétrica<br />

de Palomino, no noroeste do país,<br />

comemoraram 4,26 milhões de HHT<br />

sem acidentes com afastamento. O<br />

desafio inicial foi capacitar as pessoas.<br />

Boa parte dos trabalhadores foi<br />

contratada nos povoados vizinhos,<br />

cuja atividade de sobrevivência sempre<br />

foi a agricultura. “Começamos a<br />

ensinar o básico, como a importância<br />

do uso de botas, capacete e luvas, o<br />

que para eles era novidade. A partir<br />

daí, passamos aos conhecimentos<br />

técnicos e específicos por função e<br />

atividade”, conta Francisco Sawaguthi,<br />

Responsável por SSTMA. As charlas<br />

diárias incluem rezas ou missas campais,<br />

em respeito à cultura religiosa<br />

local.<br />

“Em engenharia e construção, os<br />

riscos fazem parte da atividade diária.<br />

Por isso precisam ser mapeados<br />

e conhecidos, e esse conhecimento<br />

deve ser compartilhado pelo líder<br />

com sua equipe. A análise, a aplicação<br />

de controles e o monitoramento<br />

são um processo contínuo”,<br />

avalia Sérgio Leão, Responsável<br />

por Segurança no Trabalho e Meio<br />

Ambiente na <strong>Odebrecht</strong>. “O excesso<br />

de confiança deve sempre ser evitado.<br />

Um ponto comum à história<br />

de recordes e sucessos a que chegamos<br />

é o fato de não admitirmos<br />

que mesmo as mais simples tarefas<br />

sejam executadas se não tiverem<br />

sido avaliadas sob a ótica e os critérios<br />

da segurança no trabalho.”<br />

odebrecht informa


gasoduto<br />

07<br />

Um senhor gás<br />

para crescer<br />

Gasduc III vai escoar gás natural da Petrobras<br />

para municípios fluminenses texto Edilson Lima<br />

foto: ARQUIVO ODEBRECHT<br />

Projetado para escoar a produção<br />

de gás natural da Petrobras no<br />

Espírito Santo e na Bacia de Campos<br />

para municípios do Rio de Janeiro, o<br />

gasoduto Gasduc III, com 183 km de<br />

extensão, interligará o Terminal de<br />

Cabiúnas, em Macaé (RJ), à Estação<br />

de Compressão de Campos Elíseos<br />

da Refinaria Duque de Caxias (Reduc),<br />

em Duque de Caxias (RJ). Será o<br />

gasoduto de maior capacidade já<br />

construído no país. Poderá transportar<br />

até 40 milhões de m 3 /dia.<br />

Em agosto de 2008, o consórcio<br />

Odetech – formado pela <strong>Odebrecht</strong><br />

Trecho do Gasduc III: transporte<br />

de gás produzido no Espírito<br />

Santo e na Bacia de Campos<br />

(líder) e Techint Engenharia – assinou<br />

contrato com a Transportadora<br />

Associada de Gás S.A. (TAG), empresa<br />

da Petrobras, no valor de R$ 640<br />

milhões, para construção e montagem<br />

da linha-tronco e do sistema<br />

de fibra ótica do gasoduto, com 104<br />

km de extensão, ligando Macaé<br />

(Cabiúnas) a Cachoeiras de Macacu<br />

(embocadura do túnel, na Serra do<br />

Gavião), ambas no Estado do Rio de<br />

Janeiro. A conclusão dessas obras<br />

está prevista para 15 de novembro<br />

de <strong>2009</strong>. Os 13 km iniciais já foram<br />

construídos e entraram em operação<br />

em 12 de abril, suprindo as usinas<br />

termelétricas Mario Lago e Norte<br />

Fluminense, em Macaé.<br />

O trecho de 104 km, com Cabiúnas<br />

e Cachoeiras de Macacu em suas<br />

extremidades, é o Pacote I. Cruzará<br />

<strong>out</strong>ros três municípios: Rio das<br />

Ostras, Casimiro de Abreu e Silva<br />

Jardim. No pico da obra, de agosto a<br />

<strong>set</strong>embro, o número de trabalhadores<br />

chegou a 2.800.<br />

O consórcio está desenvolvendo<br />

programas para formação profissional,<br />

dinamização do comércio local<br />

e preservação do meio ambiente.<br />

Implantou três centros de inclusão<br />

digital para a comunidade e os<br />

trabalhadores, em Macaé, Rio das<br />

Ostras e Silva Jardim. Até novembro,<br />

serão alfabetizadas mais de 1.400<br />

pessoas, integrantes da comunidade<br />

e do consórcio, como resultado<br />

de parcerias com a Secretaria de<br />

Educação de Silva Jardim; Associação<br />

de Moradores do Bairro Aroeira e<br />

provedor de banda larga Via Cabo, em<br />

Macaé; e Associação de Moradores do<br />

Bairro Palmital, em Rio das Ostras.<br />

Será o gasoduto de maior capacidade já construído no país<br />

odebrecht informa


08<br />

argentina<br />

Planta compressora<br />

que compõe o projeto:<br />

adequação do gás<br />

para o consumo<br />

A energia passa por aqui<br />

A condução e o tratamento do gás se intensificam durante<br />

o inverno e o ritmo das obras fica mais acelerado<br />

odebrecht informa


•O projeto passará por 13 províncias<br />

com diferenças significativas<br />

de topografia, clima e cultura.<br />

•6 plantas compressoras já estão<br />

em funcionamento, três estão em<br />

implantação e seis ainda serão<br />

construídas.<br />

•Cerca de 70% do gás natural é<br />

destinado à Província de Buenos<br />

Aires.<br />

•Todas as plantas compressoras<br />

possuem pequenas plantas ecológicas,<br />

cuja função é realizar o tratamento<br />

primário dos efluentes<br />

produzidos pelos equipamentos e<br />

assegurar sua destinação correta.<br />

Ampliação de gasodutos é a principal<br />

iniciativa do Governo argentino para aumentar<br />

a distribuição de gás, o mais importante<br />

componente da matriz energética do país<br />

texto Fabiana Cabral / fotos Holanda Cavalcanti<br />

A Argentina possui a maior frota<br />

de veículos movidos a gás natural<br />

do mundo: são mais de 1,7 milhão<br />

de carros. Dotado de grandes<br />

reservas de gás natural, o país, que<br />

consome 15 vezes mais gás por<br />

habitante do que o Brasil, adotou,<br />

na década de 70, o combustível<br />

limpo como fonte de energia, após<br />

a crise do petróleo. De lá para cá, a<br />

população e a economia cresceram,<br />

e os esforços do Governo argentino<br />

para aumentar a distribuição de<br />

gás, também.<br />

O Projeto de Ampliação de<br />

Gasodutos é a principal iniciativa<br />

nesse contexto. Há mais de<br />

20 anos presente na Argentina, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> é a responsável pelas<br />

obras desde 2006, contratada pelas<br />

empresas Cammesa (Compañia<br />

Administradora del Mercado<br />

Mayorista Eléctrico S.A.) e Albanesi.<br />

O desafio: instalar 1.800 km de<br />

gasodutos de norte a sul do país<br />

– dos quais 1.000 km já estão executados,<br />

com os <strong>out</strong>ros 800 km a<br />

serem instalados até o fim de 2010<br />

– e construir e ampliar a potência<br />

de 15 plantas compressoras para<br />

adicionar 13 milhões de m 3 /dia de<br />

gás no mercado consumidor até o<br />

mesmo ano. Desta meta, 7 milhões<br />

de m 3 /dia já estão sendo utilizados<br />

pelo país.<br />

O gás natural deve chegar ao<br />

consumidor final com boa qualidade<br />

– em condições de temperatura,<br />

pressão e volume adequadas. Em<br />

sua trajetória, desde a origem nas<br />

reservas naturais até a utilização<br />

em lares e indústrias argentinas,<br />

o gás passa por plantas compressoras,<br />

cuja função é, justamente,<br />

adaptá-lo para o consumo.<br />

“Quando o combustível chega a<br />

uma planta compressora, controlada<br />

remotamente de Buenos Aires,<br />

passa por quatro etapas”, explica<br />

Arlindo Facadio, da <strong>Odebrecht</strong>,<br />

Diretor do Contrato. A primeira<br />

é o Sistema de Filtragem, onde<br />

são retirados as impurezas e os<br />

líquidos. Após o processo, o gás é<br />

comprimido e, em seguida, resfriado.<br />

Depois do Sistema de Medição,<br />

volta para o gasoduto e segue seu<br />

percurso até o consumidor.<br />

A condução e o tratamento do<br />

gás se intensificam durante o inverno<br />

e o ritmo das obras fica mais<br />

acelerado. Entre julho e agosto,<br />

novas plantas compressoras entra-<br />

odebrecht informa


“Este projeto vai ampliar<br />

em 14,3% a capacidade<br />

total de transporte e<br />

fornecimento de gás<br />

natural na Argentina.<br />

Isso significa mais<br />

energia limpa de<br />

norte a sul do país”<br />

[ Flávio Faria ]<br />

ram em operação. No sul, as plantas<br />

General Cerri, General Conesa<br />

e Saturno, localizadas na Província<br />

de Buenos Aires, e Rio Seco,<br />

situada na Província de Santa Cruz,<br />

e no norte, a Planta de Leones, na<br />

Província de Córdoba.<br />

“Este projeto vai ampliar em<br />

14,3% a capacidade total de transporte<br />

e fornecimento de gás natural<br />

na Argentina. Isso significa mais<br />

energia limpa de norte a sul do<br />

país”, ressalta Flávio Faria, Diretor-<br />

Superintendente da <strong>Odebrecht</strong> na<br />

Argentina.<br />

Livros, computadores,<br />

tecidos e argila<br />

“Durante a instalação da planta compressora no município<br />

de General Conesa, na Província de Rio Negro, a <strong>Odebrecht</strong><br />

desenvolveu o Projeto Libros y Rincones de Lectura em 16<br />

escolas urbanas e rurais e em uma escola especial.<br />

As instituições de ensino receberam 5.500 livros e materiais<br />

escolares, e foram estimuladas a criar espaços de leitura. A<br />

iniciativa tem auxiliado na educação de 2.200 crianças.<br />

A <strong>Odebrecht</strong> também impulsionou a inclusão digital com a<br />

instalação de uma sala de informática e a disponibilização<br />

de instrutores para ministrar cursos com o uso de diversos<br />

softwares na Biblioteca Popular de General Conesa. Em <strong>set</strong>e<br />

meses, 300 pessoas, de 6 a 68 anos, já receberam certificados<br />

do curso de informática. “A procura foi tão grande, que<br />

abrimos turmas aos sábados. Mesmo assim temos uma lista<br />

de espera”, conta a professora Paola Molina.<br />

Mais ao sul do país, a <strong>Odebrecht</strong>, em parceria com a<br />

Prefeitura local, lançou no início de agosto, no município de<br />

San Julián, Província de Santa Cruz (região onde foi instalada<br />

a Planta Compressora Rio Seco), programas de capacitação<br />

de novos profissionais para o incremento do processo<br />

de industrialização da cerâmica, e de jovens para receberem<br />

conhecimentos transmitidos por tecedeiras experientes. A<br />

empresa forneceu os instrumentos de trabalho, os fornos e<br />

o apoio de técnicos especializados.<br />

odebrecht informa


por eliana simonetti<br />

11<br />

Vontade de ferro<br />

Dimas vai disputar o Ironman do Havaí<br />

Com 13 anos de <strong>Odebrecht</strong>, Dimas Dellamagna Salvia é Diretor de<br />

Contrato das obras do sistema de diques de Nova Orleans, nos Estados<br />

Unidos. Diariamente pedala às margens do Rio Mississipi, pratica corrida<br />

e natação. ”A cidade oferece facilidades, e o clima quente e úmido é<br />

estimulante”, explica. Em <strong>out</strong>ubro, participará do Ironman Triathlon do Havaí.<br />

Vai nadar 3,8 km, pedalar 180 km e correr 42 km, sem interrupção.<br />

Uma grande vitória. Um ano atrás, sedentário e pesando 90 kg, Dimas foi<br />

parar na UTI, com hipertensão. Depois do susto veio a mudança radical.<br />

Hoje, aos 33 anos, ele pesa 70 quilos e é triatleta.<br />

foto: Denise Cruz<br />

Família, futebol e o bairro<br />

Daphne está sempre nos estádios<br />

foto: Denise Cruz<br />

Filha de cubanos nascida nos Estados Unidos, Daphne<br />

Di Pasquale (ao centro na foto) foi selecionada, 18 anos<br />

atrás, para uma vaga de recepcionista na <strong>Odebrecht</strong>, então<br />

recém-instalada no país. Há quatro anos é Responsável<br />

por Pessoas. É casada e mãe de dois filhos – um rapaz e<br />

uma garota, ambos apaixonados praticantes de futebol.<br />

“Passo os fins de semana em estádios”, diz. Mas também<br />

gosta de passear pelas ruas arborizadas do bairro onde<br />

mora, Miami Lakes. Ali, Daphne recomenda um local pouco<br />

frequentado por turistas: “O restaurante Italy Today, na<br />

Main Street, oferece pratos, sorvetes e cafés saborosos”.<br />

Um jovem e uma marca<br />

Yuri trabalha na nova identidade da Braskem<br />

Yuri Tomina Carvalho era estagiário da Braskem quando apresentou seu<br />

trabalho de conclusão do curso de Publicidade sobre o potencial da marca<br />

da companhia. Tinha 23 anos. “A ideia de que a Braskem é uma petroquímica<br />

de classe mundial está consolidada. É preciso avançar, mostrar que ela tem<br />

uma filosofia amadurecida de valorização do ser humano e do meio ambiente,<br />

que desenvolve soluções para melhorar a vida de todos”, defendeu. Passou<br />

dois meses no Canadá, estudando inglês, depois casou-se com Geraldine<br />

Di Lucca, socióloga com militância na causa da sustentabilidade – tema que<br />

passou a ocupar mais espaço no seu dia a dia. Hoje, aos 26 anos, Yuri cursa<br />

MBA em Administração e, satisfeito, compõe a equipe que está inaugurando o<br />

novo posicionamento da marca Braskem.<br />

foto: holanda cavalcanti<br />

odebrecht informa


12<br />

braskem 7 anos<br />

foto: Arquivo braskem<br />

Instalações da Braskem em Paulínia: um dos principais investimentos para a expansão da empresa<br />

Uma história em números<br />

Texto Danielle Espósito<br />

A data é marcante, talvez até mística para muitos. Afinal existem muitas teorias em torno do número 7.<br />

E o fato é que o sétimo aniversário da Braskem, celebrado em 16 de agosto de <strong>2009</strong>, representa a<br />

conclusão de uma fase para a companhia, para seus integrantes e para o <strong>set</strong>or petroquímico.<br />

Desde 2002, quando foi criada, a Braskem não para de crescer. Com seu modelo de negócios, que integra<br />

a primeira e a segunda gerações petroquímicas, vem conquistando espaço de ponta no âmbito regional e<br />

destacando-se como líder de mercado na América Latina e como a terceira maior empresa petroquímica<br />

das Américas.<br />

Mais recentemente, a Braskem teve sua condição de líder evidenciada por alavancar, em parceria com a<br />

Petrobras, o novo desenho do <strong>set</strong>or petroquímico brasileiro, com a integração das empresas nas quais a<br />

estatal detinha participação nos polos de Triunfo (RS) e Paulínia (SP).<br />

Confira a seguir alguns números da trajetória de <strong>set</strong>e anos da Braskem.<br />

odebrecht informa


A produção gerada nas 18 unidades da<br />

empresa chega a mais de 60 países em todo o mundo.<br />

R$ 50 milhões, em média, são destinados<br />

anualmente a pesquisa e desenvolvimento.<br />

fotos: Arquivo braskem<br />

Os investimentos programados para <strong>2009</strong> devem atingir<br />

R$ 900 milhões, incluindo expansão de capacidade<br />

produtiva, novos projetos e paradas programadas.<br />

11 milhões de toneladas de resinas<br />

termoplásticas e <strong>out</strong>ros petroquímicos e químicos<br />

intermediários são produzidas anualmente.<br />

Mais de 4.500 pessoas trabalham na empresa.<br />

R$ 23 bilhões foi o faturamento da empresa<br />

em 2008.<br />

Mais de 220 patentes já foram depositadas.<br />

A Braskem fechou 2008 com 53% de participação no<br />

mercado brasileiro de polipropileno e 50% de<br />

polietilenos (alta densidade, linear e baixa densidade).<br />

São 1.400 clientes diretos no Brasil e 360 no exterior.<br />

Evolução dos indicadores de ecoeficiência desde 2002:<br />

redução de 13% no consumo de água; redução de<br />

1% no consumo de energia; redução de 48% no<br />

volume de efluentes líquidos; redução de 66% de<br />

resíduos sólidos.<br />

Projetos de internacionalização em desenvolvimento<br />

em três países: Venezuela, Peru e Bolívia.<br />

O número de acionistas saltou de 4.911 em 2002<br />

para 18.412 em <strong>2009</strong>.<br />

O valor de mercado da Braskem passou de<br />

US$ 200 milhões em 2002 para<br />

US$ 2,3 bilhões em <strong>2009</strong>.<br />

A circulação de ações da empresa (free float)<br />

cresceu de 25% em 2002 para 61,4% em <strong>2009</strong>.<br />

odebrecht informa


14<br />

república dominicana<br />

Famílias<br />

produtivas<br />

Programa social na obra da Hidrelétrica de<br />

Palomino tem como foco a agricultura familiar e<br />

também abrange a criação de pequenos animais<br />

e a promoção de ações de saúde e educação<br />

texto Leonardo Maia / fotos Luciano Andrade<br />

Luzia de la Cruz é responsável<br />

pelo controle da produção agrícola<br />

em Guayuyal, pequena comunidade<br />

na zona de influência da Hidrelétrica<br />

de Palomino, que está sendo construída<br />

pela <strong>Odebrecht</strong> na República<br />

Dominicana. Ela cuida do rateio do<br />

faturamento, que é proporcional ao<br />

volume de trabalho de cada uma<br />

das 28 famílias de Guayuyal. Firme<br />

em seu propósito de ser justa, Luzia<br />

nunca deixa de levar consigo o formulário<br />

de controle. “A produção<br />

tem melhorado cada vez mais. A<br />

alface, por exemplo, foi uma das<br />

culturas que mais rendeu, então<br />

vamos focar nela e na acelga, na<br />

próxima safra”, diz.<br />

Com tino para a administração,<br />

Luzia é respeitada na comunidade,<br />

localizada na província de San<br />

Juan, uma das mais pobres do país,<br />

na região sul. O projeto agrícola,<br />

iniciado pela comunidade em <strong>out</strong>ubro<br />

de 2008 como contribuição da<br />

<strong>Odebrecht</strong> para o desenvolvimento<br />

de Guayuyal, tem previsão de expansão<br />

para <strong>out</strong>ras seis localidades.<br />

No projeto de Educação<br />

Ambiental, na área de<br />

influência da obra, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> conta com<br />

a parceria da Fundação<br />

Sur Futuro, liderada pela<br />

dominicana Melba Grullón.<br />

Participaram dos cursos<br />

294 estudantes da rede<br />

pública e representantes<br />

das comunidades.<br />

“Nosso papel é identificar a<br />

aptidão, desenvolvê-la e dar todo<br />

o apoio para que a comunidade dê<br />

continuidade ao projeto de forma<br />

independente. Em Guayuyal, 88%<br />

da população tiram da agricultura<br />

o seu sustento”, afirma Pedro<br />

Schettino, Diretor de Contrato da<br />

hidrelétrica, que ficará pronta em<br />

2011 e gerará 80 MW, essenciais<br />

para diminuir a dependência da<br />

República Dominicana do petróleo, o<br />

principal componente de sua matriz<br />

energética.<br />

O programa social em Palomino,<br />

além do foco na agricultura familiar,<br />

abrange também a criação de<br />

pequenos animais e a promoção de<br />

ações de saúde, mais voltadas às<br />

mulheres e crianças, e educação,<br />

com cursos na área ambiental.<br />

A utilização da irrigação e as técnicas<br />

empregadas, como o sistema<br />

de ciclos de produção e a não utilização<br />

de agrotóxicos, colaboraram<br />

para o aumento da produtividade.<br />

Em menos de um ano, o programa<br />

já permitiu um acréscimo de US$ 79<br />

na renda de cada uma das famílias.<br />

Entre as principais culturas estão<br />

as de feijão, alface, acelga, couve,<br />

cebola, pimentão, abóbora, milho, e<br />

café. A produção mensal é de mais<br />

de 500 kg, com as vendas somando<br />

odebrecht informa


“A produção tem melhorado cada vez mais” [ Luzia de la Cruz ]<br />

US$ 1.100 mensais. A maior parte<br />

ainda é absorvida pelo canteiro de<br />

obras da <strong>Odebrecht</strong>, mas a intenção<br />

é aumentar a produção e vender<br />

em mercados das comunidades<br />

próximas.<br />

Outra melhoria foi a reforma<br />

da estrada de acesso a Guayuyal,<br />

intransitável em tempos chuvosos.<br />

Jesús Medina, um dos representantes<br />

mais atuantes da comunidade,<br />

foi um dos beneficiados. “Antes, as<br />

pessoas trabalhavam separadas.<br />

Hoje somos unidos e temos uma<br />

terra exclusiva para o cultivo. Esse<br />

novo acesso é muito bom, pois<br />

minhas duas filhas que moram<br />

longe podem me visitar”.<br />

A família de Jesus e todas as<br />

<strong>out</strong>ras de Guayuyal serão beneficiadas<br />

também com novas casas.<br />

O projeto construtivo saiu de um<br />

concurso realizado entre os jovens<br />

parceiros do contrato. Os vencedores<br />

foram William Suzaña, Jose<br />

Guillermo Hernandez e Maria<br />

Victoria Peralta, que vão orientar<br />

os moradores. “Nossos integrantes<br />

darão o apoio técnico de engenharia<br />

e nós, os recursos; mas a<br />

comunidade<br />

recebe<br />

As esposas<br />

dos integrantes<br />

da <strong>Odebrecht</strong><br />

na República<br />

Dominicana<br />

arrecadaram e<br />

doaram roupas,<br />

alimentos e<br />

pequenos fogões<br />

para as famílias de<br />

Guayuyal.<br />

casa tem de ser conquistada pela<br />

comunidade. Ela precisa se envolver<br />

diretamente na construção, isso<br />

não se discute”, diz Cláudio Castro,<br />

Responsável pelos Programas<br />

Sociais da <strong>Odebrecht</strong> na República<br />

Dominicana.<br />

Jesús Medina com a família: união e trabalho<br />

odebrecht informa


16<br />

atuação internacional<br />

Um certo jeito<br />

de estar no mundo<br />

Integração cultural marca a presença das equipes da <strong>Odebrecht</strong><br />

no exterior, uma história que completa 30 anos em <strong>2009</strong><br />

texto Cláudio Lovato Filho<br />

Javier Chuman é peruano e trabalha<br />

como Diretor de Contrato<br />

em Angola. Carol Yeo, nascida em<br />

Singapura, mora em Paris e corre o<br />

mundo como integrante da equipe<br />

de Pessoas e Organização da Vice-<br />

Presidência Internacional. Ziad Hage,<br />

advogado libanês, está na Líbia.<br />

Justino Amaro nasceu em Angola, é<br />

Responsável por Folha de Pagamento<br />

e Relações Sindicais, e permanece<br />

em seu país natal, por enquanto. Eles<br />

estão na foto de capa desta edição.<br />

São a face contemporânea da atuação<br />

internacional da <strong>Odebrecht</strong>, que em<br />

<strong>2009</strong> completa 30 anos.<br />

De 1979, ano do início das atividades<br />

fora do Brasil, no Peru, a <strong>2009</strong>,<br />

com presença em quatro continentes,<br />

a <strong>Odebrecht</strong> percorreu um caminho<br />

em que uma certeza, mais do que<br />

todas as <strong>out</strong>ras, prevaleceu: a de<br />

que, esteja onde estiver, seu maior<br />

diferencial sempre será sua cultura<br />

empresarial. Cultura que preconiza<br />

a integração e formação de talentos<br />

locais. Pessoas como Javier, Carol,<br />

Ziad e Justino, preparadas para<br />

fazer a diferença em seus próprios<br />

países e para viver na plenitude a<br />

experiência internacional como expatriados,<br />

representando a <strong>Odebrecht</strong> e<br />

seus princípios mundo afora. Como<br />

embaixadores da Organização. “A<br />

Tecnologia Empresarial <strong>Odebrecht</strong> é<br />

o nosso principal fator de diferenciação<br />

aos olhos do cliente internacional,<br />

que percebe a nossa prioridade:<br />

a valorização do ser humano”, diz<br />

Genésio C<strong>out</strong>o, Responsável por<br />

Pessoas e Organização na Vice-<br />

Presidência América Latina (menos<br />

Venezuela) e Angola, país ao qual a<br />

<strong>Odebrecht</strong> chegou há 25 anos.<br />

Muita coisa mudou nessas três<br />

décadas de trabalho fora do Brasil.<br />

“A empresa amadureceu muito”, afirma<br />

José Cláudio Daltro, Responsável<br />

por Administração e Finanças na<br />

Venezuela. Ele próprio um pioneiro<br />

da atuação internacional (trabalhou<br />

na construção da Hidrelétrica de<br />

Charcani V, no Peru, a primeira obra<br />

da <strong>Odebrecht</strong> fora do Brasil), José<br />

Cláudio ressalta: “Qualificamos muito<br />

a chegada do expatriado aos países,<br />

oferecendo um apoio cada vez mais<br />

amplo para ele e a família, e, com<br />

isso, aprimoramos a nossa capacidade<br />

de adaptação”. Experiente na<br />

vida fora do Brasil, com passagens<br />

também pela Argentina e o Chile,<br />

José Cláudio admite que, em 1979,<br />

aos 24 anos de idade, sentiu medo do<br />

desconhecido, mas a vontade de se<br />

desenvolver falou mais alto. “Mudei<br />

para crescer.”<br />

O aprofundamento da capacidade<br />

de adaptação aos países é um objetivo<br />

levado às últimas – e melhores<br />

– consequências na <strong>Odebrecht</strong>. O<br />

propósito é ser local onde quer que a<br />

empresa esteja. “Para isso é crucial<br />

que os expatriados se integrem ao<br />

país, no âmbito da comunidade e do<br />

canteiro de obras, e que a empresa<br />

qualifique e integre trabalhadores<br />

locais. Esses dois fatores são decisivos”,<br />

diz Genésio C<strong>out</strong>o.<br />

A necessidade de qualificar e<br />

integrar trabalhadores locais é uma<br />

convicção desde os primórdios da<br />

internacionalização da <strong>Odebrecht</strong>.<br />

“Não existe possibilidade de sobrevivência<br />

sem formar integrantes<br />

locais”, diz Paulo Rocha, Responsável<br />

por Pessoas e Organização na Vice-<br />

Presidência Internacional, que abrange<br />

Estados Unidos, Portugal, África<br />

(menos Angola) e Emirados Árabes<br />

odebrecht informa


Ponte Orinoquia, na Venezuela, e Hidrelétrica de Capanda, em Angola: símbolos da trajetória internacional da <strong>Odebrecht</strong><br />

fotos: arquivo odebrecht<br />

odebrecht informa


<strong>Odebrecht</strong> no mundo: ontem e hoje<br />

Unidos. “Os líderes da <strong>Odebrecht</strong><br />

em cada país precisam ser agentes<br />

de transformação, têm de querer<br />

ver florescer talentos, porque isso é<br />

estratégico, já que nossa visão é de<br />

longo prazo. Os locais têm de crescer.<br />

É o compromisso e o desafio que<br />

todos devem ter”, ele acrescenta.<br />

Mas como formar e integrar jovens<br />

talentos locais em países de quatro<br />

continentes e preservar a cultura<br />

empresarial? “Nosso grande desafio<br />

é transmitir a filosofia empresarial”,<br />

argumenta José Cláudio Daltro.<br />

Seja através de programas como o<br />

de Introdução à Cultura <strong>Odebrecht</strong><br />

e o Jovem Construtor, seja, sobretudo,<br />

nas relações interpessoais<br />

no cotidiano de trabalho, os líderes<br />

procuram transmitir os princípios<br />

e os valores da TEO. “São as pessoas<br />

que fazem isso”, explica José<br />

Cláudio. Portanto, ele sustenta, não<br />

há nada que seja mais importante<br />

do que contar com pessoas comprometidas<br />

com a empresa, motivadas,<br />

que conheçam a sua cultura, se<br />

identifiquem e se motivem com ela,<br />

A <strong>Odebrecht</strong> tem integrantes<br />

originários de 54 países.<br />

Depois do Brasil, os países<br />

com maior número de<br />

profissionais da <strong>Odebrecht</strong><br />

são Angola, Venezuela,<br />

Peru, Panamá e República<br />

Dominicana.<br />

pessoas que queiram mudar para<br />

crescer, que desejem ter vivência e<br />

visão de mundo e que sejam humildes<br />

para respeitar e aceitar as idiossincrasias<br />

de cada país.<br />

Para isso, um dos atributos daqueles<br />

que vão para o exterior é a capacidade<br />

de compreender que, em termos<br />

individuais, o mais importante é<br />

poder desfrutar da oportunidade de<br />

viver uma valiosa experiência pessoal<br />

e profissional. Com a experiência de<br />

quem já viveu e trabalhou em dois<br />

países além do Brasil (Equador e<br />

Angola), Genésio C<strong>out</strong>o enfatiza: “É<br />

preciso ser curioso, querer conhecer<br />

o país e a sua realidade; ser<br />

humilde, para aceitar a cultura e as<br />

suas diferenças, e ser tolerante com<br />

as dificuldades para poder ensinar.<br />

Quem chega, tem de trazer algo<br />

novo; quem sai, tem que deixar um<br />

legado”.<br />

Aos brasileiros que vão para sua<br />

primeira experiência internacional,<br />

Genésio adverte: “Não se pode ter<br />

o Brasil como referência. Isso atrapalha<br />

a inserção na realidade local”.<br />

Aos expatriados, brasileiros ou não,<br />

ele dá um conselho – na verdade, faz<br />

um pedido enfático: “É preciso evitar<br />

o gueto!”<br />

Em seus 65 anos de existência,<br />

a <strong>Odebrecht</strong> participou de projetos<br />

em 35 países. Hoje atua nas três<br />

Américas, na África, na Ásia (com<br />

destaque para o Oriente Médio) e<br />

na Europa. Seus integrantes falam<br />

português, espanhol, inglês, árabe e<br />

diversos <strong>out</strong>ros idiomas. São várias<br />

religiões e tradições. “É preciso<br />

aguçar a percepção sobre o <strong>out</strong>ro”,<br />

diz Paulo Rocha. “Nosso foco são<br />

as pessoas”, arremata José Cláudio<br />

Daltro.<br />

odebrecht informa


água 19<br />

Uma cidade que<br />

sabe o que quer<br />

Instalações da Foz do<br />

Brasil Limeira: serviços<br />

vão chegar a novos<br />

consumidores<br />

Em Limeira, no interior<br />

de São Paulo, empresa<br />

Foz do Brasil tem sua<br />

concessão estendida<br />

até 2039<br />

texto Júlio César Soares<br />

fotos Edu Simões<br />

Recém-batizada de Foz do Brasil<br />

Limeira, a então Águas de Limeira chegou<br />

à cidade, no interior de São Paulo,<br />

em 1995, para iniciar uma concessão<br />

de 20 anos. Nesses 14 anos, Limeira<br />

viu seu perímetro urbano quase duplicar,<br />

de 82 km 2 para os atuais 156 km 2 ,<br />

e o número de habitantes saltar de 225<br />

mil para 275 mil. “A cidade cresceu,<br />

precisamos crescer com ela”, diz o<br />

Diretor de Operações da Foz do Brasil<br />

Limeira, Sandro Stroiek.<br />

O Plano Diretor da cidade, aprovado<br />

recentemente pelo poder público municipal,<br />

indica os caminhos e o ritmo de<br />

crescimento em Limeira. “A Prefeitura<br />

fez reuniões nos bairros e chegou à<br />

conclusão que eram necessárias medidas<br />

para os serviços de água e esgoto<br />

chegarem aos novos consumidores”,<br />

explica Renê Aparecido Franco, Diretor-<br />

Presidente do Serviço Autônomo de<br />

Água e Esgoto (SAAE), autarquia responsável<br />

pela fiscalização do sistema<br />

em Limeira.<br />

Em junho de <strong>2009</strong> foi publicada<br />

pela Prefeitura a prorrogação do<br />

contrato de concessão com a Foz do<br />

Brasil Limeira, que continuará responsável<br />

pelo fornecimento de água<br />

e tratamento de esgoto na cidade<br />

até 2039. O investimento total será<br />

de R$ 286 milhões. “Nos próximos<br />

14 anos, teremos uma nova ampliação<br />

da Estação de Tratamento de<br />

Água (ETA), a execução de 16 km de<br />

adutoras e a construção de novos<br />

reservatórios”, anuncia Stroiek.<br />

O apoio da comunidade atesta<br />

a qualidade da concessão em<br />

Limeira e justifica sua prorrogação.<br />

Jaqueline dos Santos Conceição,<br />

17 anos, natural de Romaria (MG) e<br />

recém-chegada à cidade, destaca:<br />

“Além do ótimo atendimento, como<br />

o Laboratório Móvel, que vai até as<br />

casas, a água é de excelente qualidade”.<br />

CONTEÚDO EXTRA NA EDIÇÃO ONLINE<br />

www.odebrechtonline.com.br


20 treinamento<br />

Profissionais indianos durante seu treinamento em Triunfo: Braskem é referência mundial para a Basell<br />

Indianos, tchê!<br />

Dezoito profissionais da Índia visitam o Polo Petroquímico de<br />

Triunfo para aprender a trabalhar com uma tecnologia de<br />

produção de polietileno que a Braskem adquiriu da Basell<br />

texto Luciana Moglia / fotos Ricardo Chaves<br />

odebrecht informa


Impossível não perceber a presença<br />

daquela turma simpática<br />

circulando pelas instalações da<br />

Braskem no Polo de Triunfo (RS).<br />

Eram 18 indianos que estavam em<br />

Triunfo para aprender a trabalhar<br />

com uma tecnologia de produção<br />

de polietileno que a Braskem<br />

adquiriu da Basell. No refeitório,<br />

atraíam olhares também por<br />

conta da alimentação diferenciada<br />

– muito saudável: os indianos<br />

abusam das saladas e das frutas,<br />

e grande parte do grupo era vegetariana.<br />

O que não os impediu de<br />

visitar uma churrascaria gaúcha<br />

para conhecer a dança típica do<br />

Rio Grande do Sul.<br />

Esse não foi o primeiro grupo<br />

estrangeiro a participar de treinamentos<br />

nas plantas da Braskem.<br />

Nos últimos três anos, as unidades<br />

de polietileno e polipropileno<br />

receberam visitantes da Arábia<br />

Saudita, da Alemanha, da Rússia e<br />

do Irã. A vinda dos indianos confirma<br />

que a Basell tem na Braskem<br />

uma referência em âmbito mundial<br />

e sua base de treinamento na<br />

América Latina.<br />

Procedente da Indian Oil<br />

Corporation, o grupo chegou ao<br />

Brasil em 20 de julho para participar<br />

de um treinamento de<br />

20 dias nas três plantas Slurry<br />

PE 5, que utilizam a tecnologia<br />

Hostalen, desenvolvida pela Basell<br />

para a produção de polietileno.<br />

A mesma tecnologia foi adquirida<br />

pela empresa indiana, que<br />

até o fim do ano deverá iniciar<br />

a operação de uma unidade de<br />

polietileno com capacidade de<br />

300 mil t/ano. O grupo foi treinado<br />

por instrutores da Basell<br />

procedentes da Alemanha e da<br />

Índia, e teve a supervisão de Eros<br />

Ramos, Responsável pela Unidade<br />

Polietileno da Braskem em<br />

Triunfo, e do engenheiro de produção<br />

Rafael Matos, encarregado<br />

de acompanhar todas as visitas às<br />

plantas durante as tardes, após as<br />

aulas teóricas das manhãs, que<br />

abordaram temas como a química<br />

da reação e catalisadores, polimerização<br />

e extrusão.<br />

“Encontramos na Braskem um<br />

ótimo ambiente para realizarmos<br />

nossos treinamentos. As plantas<br />

têm excelente nível e todas as<br />

pessoas se mostraram muito<br />

amigas, nos acolheram bem e<br />

nos passaram informações”,<br />

disse Vatti Suresh Babu, um<br />

dos indianos.<br />

Os treinamentos não foram proveitosos<br />

apenas para os visitantes.<br />

“Ao participar das aulas práticas<br />

nas plantas, nos atualizamos com<br />

os instrutores da Basell e trocamos<br />

informações com os colegas”,<br />

comenta Rafael Matos. O grupo de<br />

brasileiros era formado por gerentes<br />

de produção, responsáveis por<br />

operações industriais, engenheiros<br />

de produção e operadores com<br />

idades entre 20 e 50 anos. “Esse<br />

tipo de programa é importante<br />

para as equipes se atualizarem<br />

sobre inovações”, afirma Eros<br />

Ramos.<br />

“Encontramos na<br />

Braskem um ótimo<br />

ambiente para<br />

realizarmos nossos<br />

treinamentos. As plantas<br />

têm excelente nível<br />

e todas as pessoas se<br />

mostraram muito amigas,<br />

nos acolheram bem e nos<br />

passaram informações”<br />

[ Vatti Suresh Babu ]<br />

Eros RAMos,<br />

Responsável pela<br />

Unidade Polietileno<br />

da Braskem em<br />

Triunfo<br />

“Esse tipo de<br />

programa é<br />

importante para<br />

as equipes se<br />

atualizarem<br />

sobre<br />

inovações”<br />

odebrecht informa


22<br />

com HERCULANO BARBOSA<br />

O coração<br />

no convés<br />

Nascido em Pedra Azul, no nordeste de Minas Gerais,<br />

Herculano de Almeida Horta Barbosa iniciou a carreira de<br />

engenheiro na <strong>Odebrecht</strong> Perfurações Ltda (OPL), em 1983.<br />

Trabalhou em plataformas em alto-mar por quatro anos e<br />

assumiu postos de liderança no escritório do Rio de Janeiro,<br />

onde permaneceu até 1998. Naquele ano, a Organização<br />

se retirou do <strong>set</strong>or. Herculano retornou em 2006 para ser<br />

Diretor de Contratos da <strong>Odebrecht</strong> Óleo e Gás (OOG),<br />

sucessora da OPL e então recém-constituída. Como Diretor-<br />

Superintendente da empresa, está empenhado na formação<br />

de uma nova geração de engenheiros e tripulantes dispostos<br />

a vencer desafios e a crescer junto com a empresa em mais<br />

um capítulo de sua história de pioneirismo.<br />

texto Thereza Martins / foto Américo Vermelho<br />

odebrecht informa


<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> – Nos tempos<br />

de estudante, você já tinha vontade<br />

de trabalhar na área de exploração<br />

de petróleo?<br />

Herculano Barbosa – Não. Meu<br />

objetivo era trabalhar em construção<br />

civil, fazer pontes e viadutos.<br />

Mas coincidiu de a OPL, constituída<br />

havia poucos anos, estar selecionando<br />

jovens engenheiros para um<br />

estágio de três meses na plataforma<br />

de petróleo Norbe I. Fui muito bem<br />

orientado e tive um ótimo aprendizado.<br />

Na ocasião, o encarregado do<br />

sistema elevatório da plataforma<br />

deixou a empresa e fiquei como auxiliar<br />

no posto. Pouco depois, ainda<br />

durante o estágio, fui convidado para<br />

substituí-lo.<br />

OI – O trabalho em plataformas é<br />

de altíssimo risco, do ponto de vista<br />

da segurança no trabalho. Você<br />

viveu alguma situação difícil nesse<br />

sentido?<br />

Herculano – Vivi algumas. A<br />

mais difícil de todas, em meados<br />

da década de 1980. Eu era Gerente<br />

da Plataforma Norbe V, em Natal,<br />

quando houve um blow <strong>out</strong> (vazamento<br />

de gás) na Norbe III. Toda<br />

a tripulação foi transferida para a<br />

Norbe V. Junto com a Petrobras,<br />

cliente da OPL, formamos uma<br />

equipe – incluindo integrantes que<br />

estão de volta à empresa, como<br />

José Pitta e Pedro Mathias – que<br />

se revezou durante um mês e meio<br />

para controlar a situação. O barulho<br />

do gás vazando era absurdo. Muito<br />

acima da capacidade do ouvido<br />

humano. Além disso, havia risco de<br />

explosão a qualquer momento. Foi<br />

um trabalho de enorme coragem<br />

e competência de toda a equipe.<br />

Houve um acidente, mas, por sorte,<br />

sem nenhuma vítima fatal.<br />

foto: Arquivo odebrecht<br />

Plataformas Norbe III e Norbe VI: marcos na história da OPL, que têm<br />

prosseguimento com a OOG<br />

OI – Quais foram suas maiores<br />

alegrias profissionais?<br />

Herculano – Sob minha gerência,<br />

nunca houve um acidente fatal,<br />

mesmo durante as situações mais críticas.<br />

Um importante indicativo do trabalho<br />

em equipe. Outra grande alegria<br />

foi ver o desenvolvimento profissional<br />

de pessoas da operação que ajudei<br />

a formar. Muitas delas são agora<br />

encarregados e gerentes em <strong>out</strong>ras<br />

empresas. Há também os colegas e<br />

amigos engenheiros que cresceram<br />

comigo na <strong>Odebrecht</strong>. Entre eles, José<br />

Pitta, hoje responsável técnico pela<br />

construção da plataforma de exploração<br />

semissubmersível Norbe VI, que a<br />

OOG está executando para a Petrobras<br />

em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e<br />

Pedro Mathias, Diretor de Contrato das<br />

Norbes VIII e IX, dois navios em construção<br />

na Coréia do Sul.<br />

OI – Quais são os principais<br />

desafios da OOG neste momento?<br />

Herculano – Com a OOG, a<br />

<strong>Odebrecht</strong> retornou ao segmento<br />

de perfuração de petróleo em um<br />

momento especialmente oportuno.<br />

A Petrobras está gerando oportunidades<br />

para empresas brasileiras<br />

atuarem em águas ultraprofundas,<br />

um <strong>set</strong>or dominado por companhias<br />

foto: Almir bindilatti<br />

estrangeiras. A OOG participou e<br />

saiu vencedora de duas importantes<br />

licitações para construir e operar as<br />

Norbes VI, VIII e IX, em contratos de<br />

longo prazo. Temos profissionais com<br />

experiência em águas profundas,<br />

mas precisamos de muitos <strong>out</strong>ros. A<br />

tecnologia para perfurar e explorar<br />

poços de até 12 mil metros de profundidade<br />

[3 mil metros de lâmina<br />

d’água e 9 mil metros de poço] exige<br />

uma tripulação altamente qualificada,<br />

que já está sendo preparada.<br />

OI – Quais são as perspectivas<br />

de atuar na exploração da camada<br />

de pré-sal?<br />

Herculano – Haverá grande<br />

demanda de serviço para o desenvolvimento<br />

desses campos. No momento,<br />

a OOG está acompanhando o<br />

movimento dos clientes para ampliar<br />

seu leque de atuação.<br />

OI – O futuro aponta em que<br />

direção?<br />

Herculano – A OOG atua em um<br />

segmento dominado por empresas<br />

internacionais, mas temos objetivos<br />

ambiciosos. Queremos aprimorar<br />

nossa qualificação para continuar a<br />

atender clientes em qualquer lugar<br />

do mundo.<br />

odebrecht informa


24 peru<br />

Um corredor<br />

na cordilheira<br />

Trecho I da IIRSA Norte, com 125 km, será um vetor de desenvolvimento para<br />

Yurimaguas e Tarapoto, cidades antes conectadas por uma trilha de terra<br />

texto Rodrigo Vilar / fotos Guilherme Afonso<br />

O ano é <strong>2009</strong>, estamos em meados<br />

de fevereiro e os últimos 100<br />

m dos 125 km do Trecho I da IIRSA<br />

Norte parecem intransponíveis. A<br />

menos de um mês da inauguração<br />

da obra pelo Presidente Alan<br />

García, as equipes de engenharia<br />

e de produção da <strong>Odebrecht</strong> buscam<br />

uma solução para vencer um<br />

dos <strong>set</strong>ores mais complicados da<br />

Cordilheira Escalera, região montanhosa<br />

da Alta Floresta peruana:<br />

uma plataforma muito estreita,<br />

espremida por um paredão de<br />

rocha, que limita a passagem da<br />

estrada pela encosta.<br />

Diante dessa barreira natural,<br />

a equipe da empresa supervisora,<br />

contratada pelo Governo peruano<br />

e responsável pela fiscalização<br />

do projeto, recomenda ao consórcio<br />

construtor (83% <strong>Odebrecht</strong> e<br />

17% Graña y Montero) que faça<br />

uma única faixa nesse trecho<br />

com extensão de 500 m. O problema<br />

parece estar resolvido,<br />

mas quando Ricardo Paredes,<br />

Responsável por Produção, leva a<br />

orientação para Eleuberto Antonio<br />

Martorelli, Diretor de Contrato,<br />

este não concorda. Olhar fixo no<br />

peruano Paredes, Martorelli lança<br />

o desafio: “Há 500 anos vocês<br />

construíram Machu Picchu e não<br />

conseguem finalizar esses 100 m?<br />

O sonho do nosso cliente é o de<br />

uma estrada de integração sulamericana,<br />

e a obra não pode ficar<br />

limitada por um trecho de mão<br />

única”.<br />

Ricardo e o Responsável por<br />

Engenharia, o brasileiro André<br />

Guimarães, reúnem suas equipes,<br />

voltam à prancheta e dias depois<br />

retornam com a solução: utilizar<br />

o recurso da Terra Armada, que,<br />

não por coincidência, emprega<br />

o mesmo conceito construtivo<br />

utilizado pelos incas em Machu<br />

Picchu. Assim, a equipe consegue<br />

entregar o Trecho I a tempo para<br />

odebrecht informa


a inauguração no dia 17 de março,<br />

incluindo o trecho de 500 m com<br />

duas pistas.<br />

Essa história destaca apenas um<br />

dos desafios enfrentados na etapa<br />

entre Yurimaguas e Tarapoto. Em<br />

três anos de trabalho, grandes<br />

obstáculos foram superados. Um<br />

projeto inicial que muitas vezes<br />

não correspondia às características<br />

geológicas e topográficas da<br />

região; a necessidade de construir<br />

preservando uma área de proteção<br />

ambiental com uma das mais<br />

ricas diversidades de fauna e flora<br />

do mundo; chuvas fortes; deslizamentos<br />

de terra e, por fim, a reestruturação,<br />

na metade da obra,<br />

do consórcio de construção, são<br />

alguns exemplos. Oscar Salazar,<br />

Responsável Administrativo-<br />

Financeiro, salienta um dos fatores<br />

decisivos para o equacionamento<br />

das dificuldades: “A integração<br />

sul-americana começou dentro da<br />

obra. Víamos peruanos, bolivianos,<br />

chilenos, brasileiros, equatorianos<br />

e argentinos, todos trabalhando<br />

em sinergia”, relata. “A união da<br />

equipe foi crucial.”<br />

O Trecho I é o único que precisou<br />

ser construído a partir do zero,<br />

do total de seis trechos que compõem<br />

os 955 km da IIRSA Norte.<br />

Viabilizada dentro de um modelo<br />

de parceria público-privada (PPP)<br />

para construção, reabilitação e<br />

operação da rodovia, a IIRSA Norte<br />

liga o porto marítimo de Paita, no<br />

Oceano Pacífico, ao porto fluvial de<br />

Yurimagua, na Amazônia peruana.<br />

A estrada atravessa as regiões de<br />

Piura, Lambayeque, Cajamarca,<br />

Amazonas, San Martín e Loreto.<br />

“Estamos tornando possível<br />

o surgimento de um corredor<br />

seguro com padrão internacional.<br />

Queremos que a IIRSA Norte seja<br />

um exemplo para o processo de<br />

concessão no país. Por isso, ter<br />

um sócio como a <strong>Odebrecht</strong> é<br />

muito importante”, explica Hjalmar<br />

Marangunich Rachumi, Diretor<br />

Geral de Concessões e Transportes<br />

do Ministério de Transportes e<br />

Comunicação, ressaltando que a<br />

obra é um vetor de integração e<br />

desenvolvimento para os povos da<br />

região norte do Peru.<br />

É isso o que se vê ocorrer, a<br />

passos largos, em Yurimaguas e<br />

Tarapoto, cidades de 160 mil e 50<br />

mil habitantes, respectivamente,<br />

antes conectadas apenas por uma<br />

trilha de terra, na qual um veículo<br />

demorava em média nove horas<br />

para transpor os 125 km. “Isso<br />

em tempo bom, porque quando<br />

chovia podíamos levar dois dias<br />

para atravessar, muitas vezes em<br />

odebrecht informa


O recurso da Terra Armada emprega o mesmo conceito<br />

construtivo utilizado pelos incas em Machu Picchu<br />

Ricardo Paredes explica o método da Terra<br />

Armada (ao lado): o passado ajudando o futuro.<br />

Acima, Mary Carmen (à esquerda)<br />

no Restaurante El Dorado: nova clientela<br />

cima de caminhões, sem nenhuma<br />

segurança”, relembra Adolfo<br />

Fasanando, jornalista e morador<br />

de Tarapoto. Hoje, o mesmo trecho<br />

é percorrido em duas horas de<br />

carro e já existe uma empresa com<br />

uma frota de oito ônibus novos,<br />

com ar-condicionado, fazendo<br />

transporte regular entre as cidades.<br />

Em um dos locais mais bonitos<br />

da estrada, onde a consórcio<br />

construiu um mirante e uma trilha<br />

ecológica que leva à Cachoeira<br />

de Ahuashiyacu, ponto turístico<br />

da Cordilheira Escalera, Manuel<br />

Bernales, 70 anos, membro da<br />

Associação Alto Ahuashiyacu, diz<br />

nunca ter visto tanto movimento de<br />

turistas. “Tem gente vindo de todas<br />

as regiões do Peru e de <strong>out</strong>ros<br />

países. A associação contou 5 mil<br />

visitantes na cachoeira em julho<br />

deste ano; no mesmo mês do ano<br />

passado foram 2 mil.”<br />

Chegando a Yurimaguas, que só<br />

tinha acesso a <strong>out</strong>ras cidades pela<br />

trilha de terra e pelo porto fluvial,<br />

é possível constatar que o fluxo<br />

recente de pessoas vindas pela<br />

IIRSA Norte está mudando a economia<br />

da cidade. A gerente do restaurante<br />

El Dorado, Mary Carmen<br />

del Aguila Pérez, comemora a<br />

chegada da nova clientela. “Hoje<br />

temos clientes de todas as partes<br />

dessa região e de <strong>out</strong>ros países,<br />

como Bolívia e Chile. O movimento<br />

diário dobrou e passamos de<br />

quatro para seis funcionários.<br />

Tem muito mais trabalho, melhor<br />

assim.”<br />

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www.odebrechtonline.com.br<br />

odebrecht informa


27<br />

O futuro já é!<br />

texto Marcus Neves / foto Elisa Ramos<br />

Ela é baiana, mas está plenamente adaptada ao estilo de vida<br />

carioca. Ticiana Leon, 28 anos, transferiu-se em 2006 para o<br />

Rio de Janeiro com a missão de coordenar o Tributo ao Futuro.<br />

Criado em 2004 pela <strong>Odebrecht</strong> S.A., esse programa permite<br />

aos integrantes da Organização <strong>Odebrecht</strong> investirem em projetos<br />

apoiados pela Fundação <strong>Odebrecht</strong>, com a contrapartida<br />

da dedução dos valores investidos do Imposto de Renda a pagar.<br />

Ticiana, filha única dos dentistas Noel e Leila, formada em<br />

Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ex-estagiária<br />

do Programa Jurídico da Fundação <strong>Odebrecht</strong>, está feliz com<br />

os resultados que o Tributo ao Futuro vem alcançando. Desde<br />

2006, a arrecadação de recursos do programa tem registrado<br />

um crescimento médio de 100% ao ano. E ela ainda quer mais.<br />

“No início era uma ‘eu quipe’”, diz Ticiana, com seu humor<br />

característico. Hoje ela lidera uma equipe de três pessoas e faz<br />

questão de dividir o sucesso de sua missão com <strong>out</strong>ras duas<br />

pessoas: Renato Baiardi, membro do Conselho de Administração<br />

da <strong>Odebrecht</strong> S.A., e Maurício Medeiros, Presidente Executivo da<br />

Fundação <strong>Odebrecht</strong>. “Sem a confiança deles eu não teria conseguido”,<br />

diz Ticiana. “Mas ainda há muito trabalho pela frente.”<br />

Uma das maiores razões da motivação de Ticiana vem da<br />

experiência que viveu como integrante da equipe de Projetos<br />

da Fundação. Ela passou dois anos e meio no Programa de<br />

Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da<br />

Bahia. “Vi de perto como se desenvolvem os capitais produtivo,<br />

humano, social e ambiental, para o crescimento de jovens e<br />

suas comunidades, em uma região historicamenrte carente de<br />

investimentos sociais”, ela diz.<br />

“Vi de perto como se desenvolvem os capitais produtivo, humano,<br />

social e ambiental, para o crescimento de jovens e suas comunidades”<br />

odebrecht informa


28 produção agrícola<br />

Terreno fértil<br />

para a realização<br />

Na comunidade de<br />

Mata do Sossego,<br />

famílias assentadas<br />

vivenciam uma nova<br />

forma de organização<br />

texto Mariana Menezes<br />

fotos Almir Bindilatti<br />

Assentamento Mata do<br />

Sossego: desenvolvimento<br />

humano, social e ambiental<br />

No município de Igrapiúna, no<br />

Baixo Sul da Bahia, a comunidade<br />

do assentamento Mata do<br />

Sossego experimenta uma nova<br />

proposta de organização da produção<br />

agrícola. Com orientação<br />

técnica e apoio administrativo,<br />

integrou-se à Cooperativa dos<br />

Produtores de Palmito do Baixo<br />

Sul (Coopalm) e aumentou sua<br />

renda média familiar mensal de<br />

R$ 150 para R$ 700.<br />

As 82 famílias assentadas eram<br />

desarticuladas, improdutivas e<br />

conviviam com altos índices de<br />

violência. Após um processo de<br />

mobilização e seleção, 39 delas<br />

iniciaram o cultivo do palmito de<br />

pupunha. A comunidade evoluiu<br />

não só em relação à renda, mas<br />

em termos de desenvolvimento<br />

humano, social e ambiental,<br />

tornando-se exemplo de assentamento.<br />

“Não houve intervenção.<br />

Construímos<br />

conjuntamente o<br />

futuro desejado, e este<br />

sonho partiu da própria<br />

comunidade”<br />

[ Roberto Lessa ]<br />

Uma parceria com o Banco<br />

do Brasil, com a contratação<br />

de operações de crédito rural<br />

via Programa Nacional de<br />

Fortalecimento da Agricultura<br />

Familiar (Pronaf), torna possível<br />

a atividade produtiva. “O recurso<br />

é liberado de uma única vez para<br />

a Coopalm, que repassa as parcelas<br />

aos produtores, respeitando<br />

o calendário agrícola”, explica<br />

Roberto Lessa, que acompanhou<br />

a comunidade desde o início do<br />

odebrecht informa


mobilizados<br />

para aprender<br />

Agenor de Souza<br />

e <strong>out</strong>ros 63<br />

cooperados da Mata<br />

do Sossego se<br />

mobilizaram quando<br />

não conseguiram<br />

a quantidade<br />

necessária de mudas<br />

de pupunha para o<br />

início do plantio em<br />

2007. Aprenderam<br />

novas técnicas<br />

e implantaram<br />

um germinador<br />

comunitário,<br />

passando a produzir<br />

suas próprias mudas.<br />

O resultado foi acima<br />

do esperado e, na<br />

época, o excedente<br />

foi vendido para<br />

abastecer seu antigo<br />

fornecedor.<br />

projeto, em 2005, e hoje é responsável<br />

pelo Núcleo de Aliança Cooperativa da<br />

Fundação <strong>Odebrecht</strong>, instituição que<br />

também apoia a iniciativa.<br />

A Coopalm acompanha os financiamentos,<br />

a elaboração de projetos e a prestação de<br />

contas. Com assistência técnica, os<br />

moradores da Mata do Sossego plantaram<br />

50 hectares com recursos liberados pelo<br />

Pronaf previstos para apenas 39 ha de<br />

plantio. “Estamos alcançando o que sempre<br />

sonhamos”, comemora o agricultor<br />

José Marculino dos Santos.<br />

palmito certificado<br />

O palmito produzido pela<br />

Coopalm tem os certificados<br />

ISO 9001 (Gestão da Qualidade),<br />

ISO 14001 (Gestão Ambiental),<br />

APPCC (Análise de Perigos e<br />

Pontos Críticos de Controle), além<br />

do Rainforest Alliance Certified, que<br />

auxilia o consumidor a identificar<br />

produtos agrícolas de origem<br />

responsável.<br />

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30<br />

José Mascarenhas recebe comenda<br />

foto: Acervo FIEB<br />

José de Freitas Mascarenhas, Responsável por Desenvolvimento de Oportunidades<br />

e Representação na <strong>Odebrecht</strong> S.A, recebeu no dia 20 de agosto a Ordem do Mérito<br />

Industrial <strong>2009</strong>, em cerimônia no auditório da Federação das Indústrias do Estado da<br />

Bahia (Fieb), em Salvador. A Ordem do Mérito Industrial é a mais importante comenda<br />

da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e destaca anualmente personalidades<br />

que contribuem para o desenvolvimento da economia. José Mascarenhas foi indicado<br />

pela Fieb e homologado pelo Conselho da Ordem do Mérito da CNI, formado por cinco<br />

presidentes de federações de indústria. A comenda foi entregue por Armando Monteiro,<br />

Presidente da CNI, na presença de líderes empresariais e políticos, além de colegas,<br />

familiares e amigos do homenageado.<br />

Howard Gardner, um dos<br />

mais famosos psicólogos<br />

cognitivistas do mundo, participou do<br />

ciclo de palestras Fronteiras Braskem<br />

do Pensamento, em 18 de agosto, no<br />

Teatro Castro Alves, em Salvador. O<br />

tema de sua exposição foi “Educação<br />

no Século XXI”. Professor da Universidade<br />

de Harvard, nos Estados Unidos,<br />

Gardner falou sobre o conceito da<br />

Teoria das Inteligências Múltiplas<br />

(IMs), desenvolvido por ele em 1983.<br />

A psicologia tradicional defende que<br />

as pessoas possuem apenas uma<br />

inteligência, enquanto a teoria das<br />

IMs descreve nove tipos: linguística,<br />

lógico-matemática, musical, espacial,<br />

interpessoal, intrapessoal, corporal,<br />

naturalista e existencial. Segundo<br />

Gardner, ao contrário dos testes psicométricos<br />

(Q.I.), que reduzem a inteligência<br />

da pessoa a um número, as<br />

nove inteligências abrem um mundo<br />

de possibilidades.<br />

Outro tópico bastante discutido:<br />

as "cinco mentes" que ele considera<br />

essenciais para o futuro. Segundo<br />

Gardner, os indivíduos do século XXI<br />

têm de saber administrar suas atividades<br />

(mente disciplinada), distinguir<br />

as informações que lhes são úteis<br />

(mente sintetizadora), ir além do que<br />

já é conhecido (mente criativa), saber<br />

conviver com a diversidade (mente<br />

respeitosa) e ser bons trabalhadores<br />

e cidadãos (mente ética). “Quem não<br />

é letrado, não tem conhecimentos<br />

básicos ou pelo menos uma área de<br />

expertise estará ou desempregado ou<br />

trabalhando para alguém que tenha<br />

essas habilidades”, resumiu.<br />

O Fronteiras Braskem do Pensamento<br />

terá prosseguimento em 29<br />

de <strong>set</strong>embro, com a participação do<br />

ganhador do Prêmio Nobel de Economia<br />

de 2007, Eric Maskin. No dia 16<br />

de <strong>out</strong>ubro será a vez da psicanalista<br />

Maria Rita Kehl. Fechando o ciclo<br />

<strong>2009</strong>, o jornalista Tom Wolfe fará<br />

palestra em 11 de novembro.<br />

Angolanos<br />

na ETH<br />

Sessenta integrantes da Biocom,<br />

empresa angolana que produz açúcar<br />

e álcool, estão passando por um<br />

programa de treinamento na Unidade<br />

Eldorado da ETH Bioenergia. Até o fim<br />

de <strong>2009</strong>, receberão aulas teóricas e<br />

práticas nas áreas agrícola, industrial<br />

e administrativa. Serão 1.200 horas<br />

de atividades.<br />

Compromisso<br />

nacional<br />

No dia 25 de junho, as cinco unidades<br />

da ETH Bioenergia aderiram ao<br />

Compromisso Nacional para Aperfeiçoar<br />

as Condições de Trabalho na<br />

Cana-de-açúcar. Ao todo, 303 unidades<br />

produtoras, cerca de 75% de todas<br />

as unidades em operação no país,<br />

assinaram o documento, que prevê a<br />

regularização e a redução da terceirização<br />

de trabalhadores e a criação de<br />

soluções que requalifiquem aqueles<br />

que foram afetados pela crescente<br />

mecanização do plantio e da colheita.<br />

odebrecht informa


foto: arquivo braskem<br />

Caminhada<br />

na Venezuela<br />

A Primeira Caminhada Braskem na<br />

Venezuela, realizada em 29 de agosto,<br />

em Caracas, permitiu aos cerca de 100<br />

participantes apreciarem a agradável<br />

paisagem do Parque del Este. O evento<br />

promoveu a integração da equipe da<br />

Braskem e de seus familiares com os<br />

parceiros da estatal Pequiven (Petroquímica<br />

da Venezuela) e da Construtora<br />

Norberto <strong>Odebrecht</strong> (CNO), e<br />

celebrou os três anos da Braskem na<br />

Venezuela, além do sétimo aniversário<br />

de formação da empresa.<br />

Segundo João Batista Matos, integrante<br />

da Braskem que reside em<br />

Caracas desde <strong>set</strong>embro de 2008, “a<br />

caminhada proporcionou a integração<br />

das famílias que vivem na Venezuela e<br />

reforçou o compromisso da companhia<br />

com a saúde e a qualidade de vida das<br />

pessoas”. Emma Marisol Delgado,<br />

venezuelana que trabalha na área de<br />

Plantas Industriais da CNO, afirmou:<br />

“Este tipo de evento, mais do que<br />

promover as relações interpessoais,<br />

contribui para estreitar os laços e o<br />

sistema de comunicação, favorecendo<br />

o trabalho em equipe”.<br />

Na opinião de Samir Dib, integrante<br />

da Pequiven alocado ao projeto da Propilsur<br />

(empresa constituída pela Pequiven<br />

e pela Braskem), a caminhada não<br />

foi apenas um evento de atividade física,<br />

mas, sobretudo, uma oportunidade<br />

para “estreitar ainda mais os laços<br />

que unem a Braskem e a Venezuela e,<br />

em particular, a Braskem e a parceira<br />

Pequiven”.<br />

Entre perdas e ganhos,<br />

a busca pelo crescimento<br />

De um lado, medo, culpa e isolamento,<br />

decorrentes dos sa-crifícios<br />

pessoais – sobretudo a redução do<br />

tempo para convívio com a família<br />

e os amigos. De <strong>out</strong>ro, aumento da<br />

segurança profissional, da autoconfiança<br />

e da disciplina. Tudo isso foi<br />

apon-tado pela pesquisadora Maria<br />

Rosa Trombetta, da Universidade de<br />

São Paulo (USP), em sua dissertação<br />

de mestrado, após ter entrevistado<br />

participantes do Programa de Formação<br />

em Finanças da Organização<br />

fotos: almir bindilatti<br />

Tiro de Guerra<br />

<strong>Odebrecht</strong>, com atividades predominantemente<br />

online. O trabalho<br />

de Maria Rosa teve como objetivo<br />

verificar os resultados obtidos pelos<br />

“estudantes-executivos” ao incorporarem<br />

atividades educacionais<br />

corporativas online a sua rotina.<br />

Conclusão da pesquisadora: “Os<br />

ganhos cognitivos e afetivos em<br />

relação à atividade educacional<br />

online superam as perdas, contribuindo<br />

para o desenvolvimento<br />

pessoal e profissional”.<br />

A partir da esquerda,<br />

Heraldo Rocha, Deputado<br />

Estadual; Ramiro Campelo,<br />

Prefeito de Valença e<br />

Diretor do Tiro de Guerra;<br />

General de Divisão<br />

Mário Matheus de Paula<br />

Madureira, Diretor do<br />

Serviço Militar do Exército;<br />

General Marius Teixeira<br />

Neto, Comandante Militar<br />

do Nordeste; Roselidiana<br />

Viana Farias, Presidente<br />

da Câmara de Vereadores<br />

de Valença; Norberto<br />

<strong>Odebrecht</strong>, Presidente do<br />

Conselho de Curadores<br />

da Fundação <strong>Odebrecht</strong>,<br />

e General João Francisco<br />

Ferreira, Comandante da<br />

6ª Região Militar<br />

A inauguração do Tiro de Guerra de Valença, no Baixo Sul da Bahia,<br />

em 29 de julho, é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Valença<br />

e a Fundação <strong>Odebrecht</strong>, que investiu R$ 871 mil na construção das<br />

instalações. Os Tiros de Guerra são órgãos de formação de reserva<br />

do Exército brasileiro e contribuem para a fixação dos jovens em<br />

suas cidades de origem. O General Marius Teixeira Neto, Comandante<br />

Militar do Nordeste, afirmou: “Um estado ou país só pode crescer e<br />

se desenvolver se agir de forma harmônica, com todos os segmentos<br />

da sociedade envolvidos”.<br />

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32<br />

por Paulo Nassar<br />

A comunicação é<br />

essencial<br />

Por isso, deve ser transparente, percebida como vontade<br />

do gestor, e revelar, em todas as suas relações, o sentido<br />

de perenizar e valorizar a humanidade<br />

aA importância da comunicação<br />

para as organizações, como elemento<br />

estratégico de gestão, é<br />

inquestionável, sobretudo hoje,<br />

quando a tecnologia faz com<br />

que todos sejam tudo ao mesmo<br />

tempo: funcionário, consumidor,<br />

formador de opinião, acionista,<br />

etc. Segundo Philip Kotler,<br />

professor da Kellogg School of<br />

Management, da Universidade<br />

Northwestern, dos Estados<br />

Unidos, “a importância das<br />

informações transmitidas pelas<br />

empresas passou a ser menor<br />

do que a das criadas pelo consumidor”,<br />

o que nos dá a medida<br />

do deslocamento de forças<br />

no mercado, diante das quais as<br />

empresas buscam o reequilíbrio.<br />

Nesse contexto, vale lembrar a<br />

célebre hierarquia das necessidades<br />

humanas, representadas<br />

na pirâmide de Abraham Maslow<br />

(1908-1970), em cuja base estão<br />

as necessidades fisiológicas,<br />

seguidas, de baixo para cima,<br />

das necessidades de segurança,<br />

sociais, de estima e autorrealização.<br />

O atendimento delas, de<br />

maneira a valorizar a gestão, só<br />

é viabilizado por meio de uma<br />

boa comunicação, cujo eixo está<br />

no desempenho equilibrado da<br />

empresa nos âmbitos econômico,<br />

social e ambiental.<br />

Portanto, a comunicação é a<br />

essência das relações – dentro<br />

e fora dos muros da empresa –<br />

e permeia a vida de todos nós.<br />

Dela, muitas vezes resulta o<br />

sucesso ou o fracasso de uma<br />

empreitada. Na organização, ela<br />

é essencial para a sua própria<br />

existência. Por isso, deve ser<br />

transparente, percebida como<br />

vontade do gestor, e revelar,<br />

em todas as suas relações, o<br />

sentido de perenizar e valorizar<br />

a humanidade, além de atuar<br />

diretamente nos rituais, no diálogo,<br />

na identidade, na cultura<br />

e na memória daquele grupo de<br />

pessoas que a constitui.<br />

Paulo Nassar é Diretor-Geral<br />

da Associação Brasileira de<br />

Comunicação Empresarial<br />

e Professor da Escola de<br />

Comunicações e Artes da USP<br />

odebrecht informa


foto: arquivo odebrecht<br />

Peru, 1979. A <strong>Odebrecht</strong> participava da<br />

construção da Hidrelétrica Charcani V, obra que<br />

exigiu a perfuração de 13 km de túneis nas rochas<br />

fragmentadas do vulcão Misti, na Cordilheira dos<br />

Andes, a uma altitude de 3.600 metros, em região<br />

de frequentes tremores de terra e com temperatura<br />

de até 18ºC negativos. Foi assim, nesse ambiente<br />

desafiador, que um grupo de pioneiros deu início à<br />

atuação internacional da <strong>Odebrecht</strong>.


Acreditar Silvana Maria da Silva conquistou uma profissão. Ela trabalha como<br />

carpinteira em Jeceaba, Minas Gerais. Formou-se em junho no Programa de Qualificação<br />

Profissional Continuada – Acreditar. Criado nas obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio,<br />

em construção no Rio Madeira, em Rondônia, o Acreditar está sendo implantado em projetos<br />

com a participação da <strong>Odebrecht</strong> em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, e encontra-se<br />

em fase de pré-implantação na Líbia. De Rondônia para o mundo árabe, o Acreditar vai se<br />

consolidando como uma iniciativa de capacitação dotada de potencial para transformar o<br />

cenário da formação profissional no Brasil e em <strong>out</strong>ros países.<br />

foto: Dario de freitas

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