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Revista Espírita - Primeiro Ano – 1858 - Portal do Espírito

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O Livro <strong>do</strong>s <strong>Espírito</strong>s - Apreciações diversas<br />

disseminadas, pensamos, naturalmente, de qualquer outro mo<strong>do</strong> <strong>do</strong> que na Bolsa, no<br />

macadame <strong>do</strong>s bulevares, ou nas corridas de Longchamps. Perguntamo-nos, com freqüência,<br />

e isso muito tempo antes de ter ouvi<strong>do</strong> falar de médiuns, o que se passava nisso que se<br />

convencionou chamar lá no alto. Esboçamos mesmo, outrora, uma teoria sobre os mun<strong>do</strong>s<br />

invisíveis, que havíamos guarda<strong>do</strong>, cuida<strong>do</strong>samente, para nós, e que ficamos bem felizes de<br />

reencontrar, quase inteiramente, no livro <strong>do</strong> senhor Allan Kardec.<br />

A to<strong>do</strong>s os deserda<strong>do</strong>s da Terra, a to<strong>do</strong>s aqueles que caminham ou que caem, molhan<strong>do</strong> com<br />

suas lágrimas a poeira <strong>do</strong> caminho, diremos: lede O Livro <strong>do</strong>s <strong>Espírito</strong>s, isso vos tornará mais<br />

fortes. Aos felizes, também, aqueles que não encontram, em seu caminho, senão aclamações<br />

da multidão ou os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o, ele vos tornará melhores.<br />

O corpo da obra, diz o senhor Allan Kardec, deve ser reivindica<strong>do</strong>, inteiramente, pelos<br />

<strong>Espírito</strong>s que o ditaram. Está admiravelmente classifica<strong>do</strong> por perguntas e por respostas:<br />

Estas últimas são, algumas vezes, verdadeiramente sublimes, isso não nos surpreende. Mas<br />

não foi preciso um grande mérito a quem soube provocá-las?<br />

Desafiamos os mais incrédulos a rirem len<strong>do</strong> esse livro, no silêncio e na solidão. To<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong> honrará o homem que lhe escreveu o prefácio.<br />

A <strong>do</strong>utrina se resume em duas palavras: Não façais 'aos outros o que não quereríeis que se<br />

vos fizesse. Estamos tristes que o senhor Allan Kardec não tenha acrescenta<strong>do</strong>: E fazei aos<br />

outros o que gostaríeis que vos fosse feito. O livro, de resto, di-lo claramente, e, aliás, a<br />

<strong>do</strong>utrina não estaria completa sem isso. Não basta jamais fazer o mal, é preciso, também,<br />

fazer o bem. Se não sois senão um homem honesto, não haveis cumpri<strong>do</strong> senão a metade <strong>do</strong><br />

vosso dever. Sois um átomo imperceptível dessa grande máquina que se chama o mun<strong>do</strong>, e<br />

onde nada deve ser inútil. Não nos digais, sobretu<strong>do</strong>, que se pode ser útil sem fazer o bem;<br />

ver-nos-íamos força<strong>do</strong>s a vos replicar com um volume.<br />

Len<strong>do</strong> as admiráveis respostas <strong>do</strong>s <strong>Espírito</strong>s, na obra <strong>do</strong> senhor Kardec, nos dissemos que<br />

haveria aí um belo livro para se escrever. Bem ce<strong>do</strong> reconhecemos que estávamos<br />

engana<strong>do</strong>s: o livro está to<strong>do</strong> feito. Não poderíamos senão estragá-lo, procuran<strong>do</strong> completá-lo.<br />

Sois homem de estu<strong>do</strong>, e possuis a boa-fé que não pede senão para se instruir? Lede o livro<br />

primeiro sobre a Doutrina <strong>Espírita</strong><br />

Estais coloca<strong>do</strong> na classe das pessoas que não se ocupam senão de si mesmas, fazem, como<br />

se diz seus pequenos negócios tranqüilamente, e não vêem nada ao re<strong>do</strong>r de seus<br />

interesses? Lede as Leis morais.<br />

A infelicidade vos persegue encarniçadamente, e a dúvida vos cerca, às vezes, com seu<br />

abraço glacial? Estudai o livro terceiro: Esperanças e Consolações.<br />

To<strong>do</strong>s vós, que tendes nobres pensamentos no coração, que credes no bem, lede o livro<br />

inteiro.<br />

Se se encontrar alguém que ache, no seu interior, matéria de gracejo, nós o lamentaremos<br />

sinceramente. g. ou chalard.<br />

Entre as numerosas cartas que nos foram dirigidas, desde a publicação de O Livro <strong>do</strong>s<br />

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/<strong>1858</strong>/01m-o-livro-<strong>do</strong>s-espiritos.html (2 of 4)7/4/2004 08:12:35

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